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Matéria da edição Nº137 - Julho/2002

Texto: Carlos Napoletano Neto


Técnico

Recirculação de Gases de Escapamento - Parte Final


Conforme vimos na primeira parte desta matéria, a emissão de gases nocivos ao meio ambiente pela
combustão nos motores veiculares vem sendo cada vez mais controlada, através de dispositivos
desenvolvidos para esta finalidade.

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ao meio ambiente pela combustão nos motores veiculares vem sendo cada
vez mais controlada, através de dispositivos desenvolvidos para esta
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finalidade.
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Para o controle dos Óxidos de Nitrogênio (NOx), formados quando a temperatura da
câmara de combustão alcança valores elevados, existe a válvula de Recirculação dos
Gases do Escapamento, ou EGR valve, que nos motores com gerenciamento eletrônico
de primeira geração, ou mesmo carburados, funciona pela diferença de pressão entre
os gases de escape e o vácuo do coletor de admissão, sendo controladas
mecanicamente (Ver edição anterior).
Nos sistemas de gerenciamento eletrônico mais avançados, a idéia básica continua a
mesma, ou seja, a redução dos Óxidos de Nitrogênio e a conseqüente redução da
temperatura da câmara pela admissão de uma pequena parcela de gases de escape.
Porém, com a exigência de um controle cada vez maior das emissões, esta dosagem
passou a ser realizada pela UCE (Unidade de Controle Eletrônico), com o auxílio de
sensores e atuadores.
Existem, dois sistemas de controle eletrônico dos Óxidos de Nitrogênio utilizados
atualmente.
O primeiro deles utiliza uma válvula EGR linear, que é basicamente composta por um
potenciômetro e um solenóide num mesmo encapsulamento. (veja figura 1)
A localização deste tipo de válvula EGR continua a mesma, ou seja, ela interliga os
coletores de escape e admissão, por meio direto (fixada diretamente entre os dois
coletores), ou indireto (montada em uma tubulação que possui conexão com os
coletores).
O segundo sistema também utiliza um solenóide que interliga os coletores de admissão
e escape, porém, a UCE obedece as informações de um transdutor de pressão,
conforme veremos mais adiante. (veja figura 3)

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Princípio de funcionamento

- EGR Linear (1º sistema) - Quando o sistema começa


a trabalhar em circuito fechado, atendendo as
informações da sonda lambda, e o motor está em um
regime de trabalho diferente da marcha lenta, a UCE
determina um percentual de abertura da EGR,
conforme sua calibração, acionando o solenóide que
trabalha como atuador. O solenóide pulsa em uma
freqüência que permite aos gases de escape serem
admitidos na dosagem correta no coletor de admissão,
realizando, assim, seu trabalho de diminuição dos
Óxidos de Nitrogênio.
Como a UCE sabe se o solenóide está atuando de
maneira correta? Através do potenciômetro existente na
válvula EGR linear, que envia uma informação de
retorno a UCE dependendo da abertura do solenóide ou
da quantidade de pulsos do mesmo. A informação da
sonda lambda também é utilizada para complementar
os dados da UCE sobre como a queima da mistura está
se processando pelo motor.
O sinal de retorno do potenciômetro integrado a válvula EGR nunca poderá ser de 5,0V
nem próximo de 0,0V; caso contrário, a UCE entenderá isto como curto a linha ou curto
à massa e armazenará um código de falha correspondente. (Veja figura 2).
Este sistema permite um bom diagnóstico por parte do técnico de serviço, uma vez que
o travamento da válvula devido ao acúmulo de resíduos da queima pode também ser
detectado pela informação do potenciômetro e a UCE também possui um código de
falha para esta condição.

- EGR com Transdutor de pressão (2º


sistema) - Neste segundo sistema utilizado
pelas montadoras, a UCE também controla um
solenóide, através de pulsos de massa,
porém, obedece a um outro tipo de
informação, proveniente de um transdutor de
pressão (veja figura 3), que está interligado
por meio de mangueiras à tubulação de
escape do veículo.
Entre seus dois pontos de ligação com o
escapamento, existe no cano de escape um
Venturi, ou estrangulamento, a fim de gerar
um diferencial de pressão entre as duas
tomadas. Quanto maior for este diferencial,
maior será a pressão gerada pelos gases de
escape e maior a aceleração imposta ao veículo.
O transdutor (elemento que transforma entradas de pressão, vazão, etc. em impulsos
elétricos) envia imediatamente este diferencial de pressão, em forma de variação de
tensão à UCE, que determina, então, o percentual de abertura que o solenóide deverá
obedecer.
Neste caso, mesmo que haja alguma anormalidade de funcionamento no transdutor de
pressão, no solenóide ou em suas respectivas alimentações, a UCE estabelecerá um
código de falha específico para estas situações, facilitando o trabalho do técnico de
serviço na pesquisa de defeitos.
O técnico deve lembrar sempre que, em ambos os casos, o solenóide da EGR, seja ele
incorporado ou não ao potenciômetro, trabalha sempre com 12,0V e o potenciômetro ou
o transdutor de pressão recebe uma alimentação regulada de 5,0V proveniente da UCE.
Portanto, em suas medições na pesquisa de defeitos ele deverá procurar por estas
duas tensões.
Não aconselhamos tentativas de limpeza destes componentes, pois, isto acarretará em
perda de tempo e dinheiro, uma vez que a mesma falha tornará a se manifestar num
curto período de tempo. Tais componentes não são passíveis de limpeza nem de
retrabalhos, devendo, portanto, serem substituídos uma vez detectada sua inoperância.

Esta matéria foi eleborada pelo profissional certificado ASE Brasil Carlos
Napoletano Neto, diretor técnico da TEC - Center - Centro Técnico Automotivo e
gerente de treinamento da INTEA do Brasil - Treinamentos. Fones: (11) 4229.1268.

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Técnico : Recirculação de Gases de Escapamento - parte 1

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