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SE EU PUDESSE AQUI FICAR

Quero abraçar os pinheiros como velhos companheiros


E mergulhar de um rochedo para o rio que corre, sem medo

Quero escalar o penedo de onde avisto o verde manto


Dos pinhais e arvoredos desta paisagem que canto

Cores que ainda me deslumbram depois de tanto as pintar


Nos recantos da memória onde sonho enfim voar

Como as aves que povoam estes céus ao madrugar


São as vozes que ecoam que me estão sempre a chamar

Brilham reflexos nas águas do rio que serpenteia


Em labirintos de vales que a solidão semeia

Ah, se eu pudesse aqui ficar... Há sempre um destino a chamar


Alma viandante quer sair, futuras memórias descobrir

Quero abrir novos caminhos por trilhos desconhecidos


Quero rotas, quero estradas, viagens atribuladas

Quero perder as certezas das crenças, mitos e regras


Noutras paragens e rumos onde há outros supra-sumos

Pelas curvas deste mundo anda a sorte assim escondida


Seja num vale profundo ou no cimo de uma ermida

Ah, se eu pudesse já sair, guiando as esperanças ao porvir


Alma resistente quer ficar, lembrando as histórias dos lugares
Ah, se eu pudesse aqui ficar... Há sempre um destino a chamar
Alma viandante quer sair, futuras memórias descobrir

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