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1.

INTRODUÇÃO

Com o advento das simulações computacionais, em conjunto com a utilização do método de


elementos finitos, muitos dos aspectos referentes à seleção de materiais, à criação de
protótipos eletrônicos e à realização de testes anteriores à execução do projeto têm tido
relevante importância nas diversas engenharias que pesquisam e desenvolvem materiais e
suas respectivas aplicações.

Na engenharia metalúrgica não poderia ser diferente. A viabilidade de se realizar simulações


computacionais gera uma grande fonte de pesquisas e desenvolvimento, bem como uma
facilidade ímpar na alternância das variáveis e nas modificações de processos e estudos.

A indústria, hoje, tem se apegado a este tipo de análise antes da criação de protótipos e
projetos, pois uma gama de parâmetros e variáveis pode ser drasticamente reduzida,
diminuindo tempo e custos e gerando, conseqüentemente, maior competitividade industrial.

No campo acadêmico, pode-se dizer que o emprego das simulações computacionais, além de
suprir a demanda do mercado, é de grande valia para a geração de novas tecnologias e
inovações. No entanto, deve-se ater ao modo como os estudos serão direcionados, visto que
há hoje uma grande quantidade de softwares que realizam simulações usando o método de
elementos finitos.

Um aspecto importante na escolha do software é a facilidade de uso através de uma interface


amigável e que permita fácil compreensão, sendo didaticamente favorável ao ensino. Além
disso, a escolha deve premiar ferramentas que incorporem diversos empregos, dispensando a
aquisição de outros itens acessórios, como por exemplo, uma ferramenta de desenho CAD.
Neste aspecto o SolidWorks apresenta-se como uma ferramenta ideal, especialmente quando
comparada com o ANSYS/LS-DYNA, pois este último apresenta muitas dificuldades de
entendimento e processamento, apesar do imenso potencial e enorme versatilidade.

Este trabalho pretende demonstrar a facilidade e flexibilidade de uso do software SolidWorks,


aliado ao seu pacote de simulação COSMOSWorks, baseado em Elementos Finitos, um dos
softwares mais amplamente empregado na indústria mecânica de transformação e que, se bem
estudado e usado com critério, pode ser aplicado com vantagens nas diversas áreas da
engenharia metalúrgica. Este possui, em sua interface, todas as funcionalidades para obtenção
do resultado final, desde o desenho de peças complexas até as simulações.

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2. OBJETIVOS

 Realizar um levantamento preliminar sobre a usabilidade do software SolidWorks.

 Mostrar as funcionalidades principais e suas possíveis aplicações na Engenharia


Metalúrgica.

 Fazer um comparativo da redução de custos, da produtividade e retorno de investimento


utilizando-se o método de elementos finitos apresentado pelo software COSMOSWorks.

 Como objeto do estudo para posteriores usos e análises, confeccionar uma apostila com
um tutorial para a execução de trabalhos utilizando o SolidWorks e o COSMOSWorks.

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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1. Razões para simular

Antes de algum produto novo entrar em produção, um protótipo de teste é confeccionado a


fim de se assegurar que o desempenho do produto atenda às expectativas do cliente. Alguns
testes requerem apenas modelos físicos simples, enquanto outros necessitam de testes: fadiga,
queda, por exemplo. Estes testes podem requerer modelos e protótipos que possam realizar
testes reais. Protótipos, em geral, são caros, pois tomam tempo para serem fabricados, e
estendem muito o desenvolvimento do produto, especialmente quando for necessário um
grande número de peças e corpos de prova para os vários testes. Os protótipos testados
revelam freqüentemente problemas e isso requer modificações no projeto, tendo por resultado
a necessidade de corpos de prova adicionais e testes para examinar o desempenho da
modificação. [1]

Tipicamente, o custo de fabricação é aumentado significativamente até o final da execução do


projeto. No “mundo real” essa manufatura sofre atrasos e se gasta muito na prototipagem e
nos freqüentes testes. Reduzir o número destes projetos, protótipos e testes pode gerar um
impacto adverso na qualidade do produto. [1]

As companhias simplesmente podem não ter condições para despender recursos para construir
e testar o número dos protótipos necessários até chegar a um projeto otimizado e é necessário
aceitar um projeto “bom o bastante”, com custo compatível, do que continuar criando novos
projetos. Observa-se então que corpos de prova e protótipos físicos são os obstáculos
principais, pois embora tornem o desenvolvimento do produto bem sucedido, criam
problemas e adicionam custo, além de aumentar os ciclos do projeto, freqüentemente sem
produzir um efeito suficientemente eficaz.

Atendendo a estas demandas, principalmente em se tratando de projetos mais seguros, mais


inovadores, mais aerodinâmicos, de maior confiança, os produtores fizeram com que muitos
fabricantes desenvolvessem a tecnologia de Engenharia Assistida por Computador (Computer
Aided Engineering - CAE) para simular as iterações do protótipo-teste e realizar a otimização
dos projetos, baseando-se em uma perfeita compreensão do comportamento físico. Usando a
análise mainstream do projeto como tecnologia para predizer o seu comportamento,
coordenadores podem otimizar projetos on-line no próprio computador, sem a necessidade de
se construir um único protótipo.

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Este trabalho tem por objetivo mostrar a viabilidade de se compreender o valor da análise do
projeto tridimensional (3D) para descrever, avaliar e selecionar o máximo em benefícios para
o processo de desenvolvimento do produto.

3.2. Elementos Finitos

A análise de projetos através do Método de Elementos Finitos (MEF) é uma tecnologia de


análise computacional em que o software usa o MEF para simular o comportamento físico de
um projeto sob circunstâncias de operação específica. Faz-se a divisão de um modelo
contínuo em “elementos geométricos”, que são representados matemática e/ou graficamente
no computador e, assim, os cálculos são feitos pontualmente e, por meio de análises e
interações matemáticas, é gerado um resultado na forma de uma malha 3D que cobre e
permeia o modelo contínuo. Resolvem-se, assim, as equações diferenciais que governam os
fenômenos físicos inerentes ao problema em questão. O MEF permite simular respostas dos
projetos e usar estes resultados para melhorar seu desempenho, minimizando a necessidade de
protótipos físicos. [1]

Em linhas gerais, pode-se definir o MEF como um método matemático, no qual um meio
contínuo é discretizado (subdividido em elementos que mantêm as propriedades do objeto
original). Esses elementos são descritos por equações diferenciais e resolvidos por modelos
matemáticos para que sejam obtidos os resultados desejados. [2]

Segundo Oliveira [3], em 1943 o conceito de elementos finitos foi apresentado, ainda sem
esta denominação, por Richard Courant (1888–1972) e, em 1960, os pesquisadores Turner,
Clough, Martins e Topp utilizaram pela primeira vez o nome “Método de Elementos Finitos”,
descrevendo-o e detalhando os fundamentos de seu enorme potencial. A partir de então, o
desenvolvimento do MEF foi exponencial, aplicando-se à simulação e à solução de problemas
em diversos campos da Engenharia, Medicina, Odontologia e áreas afins.

O método, quando bem gerenciado, pode proporcionar diversas vantagens em relação a outros
estudos, pela facilidade de obtenção e interpretação dos resultados. Entretanto, para a correta
execução desta metodologia, é necessária a interação entre profissionais das diversas áreas
para que as idéias possam ser postas em prática e resultados corretos e válidos sejam obtidos.

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Os resultados de simulação obtidos por meio dos elementos finitos são bastante variados, indo
desde a distribuição de tensões e deformações até o preenchimento de matrizes e a detecção
do surgimento de trincas. O emprego do método de elementos finitos no estudo da
conformação de metais, até o final da década de 80, era baseado no princípio da discretização
através de uma malha de elementos finitos. Para essa situação, as formulações de fluxo ou
elasto-plástica dos códigos são elaboradas utilizando as informações provenientes da malha
de elementos finitos gerada para o modelo a ser analisado. [4]

Na década de 90 alguns trabalhos começaram a avaliar o emprego do método incorporando


um princípio de discretização independente de uma malha. Atualmente, os programas
comerciais de elementos finitos para a análise da conformação de metais trabalham com o
princípio da discretização através de uma malha.

Assim, o Método dos Elementos Finitos é uma ferramenta extremamente valiosa para ajudar
as equipes de engenharia numa das tarefas mais importantes no desenvolvimento de produtos:
a de determinar o seu comportamento estrutural e garantir que não haverá falha tanto em
condições normais de operação como em situações críticas, por intermédio da determinação
da distribuição de tensões nos diversos componentes. [4]

Sabe-se, no entanto, que o uso de softwares e o MEF são muito vantajosos, porém as
desvantagens existem, dentre elas o fato de não haver uma solução perfeitamente compatível,
capaz de prever qualquer situação. Sabe-se também da importância de uma ferramenta de
auxílio, bastando estudo, compreensão de suas funcionalidades e, principalmente, o bom
senso de quem opera com ela. Sabe-se, ainda, que os programas de elementos finitos não são
ferramentas que independem do julgamento do analista, pois constituem apenas um auxílio a
ele, que deve conhecer os conceitos fundamentais do MEF e o comportamento dos principais
elementos da Biblioteca do Programa [4]. Uma base conceitual adequada é o melhor caminho
para se obter bons resultados nas aplicações práticas do dia-a-dia com os softwares de
Elementos Finitos.

3.3 A Análise de Projetos

Em seus termos mais simples, a análise do projeto é uma tecnologia poderosa de software
empregada para simular seu comportamento físico num computador.

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“Quebrará?” ... “Deformar-se-á?” ... “Ficará muito quente?” ...

Estes são alguns tipos de perguntas para quais a análise do projeto fornece respostas exatas.
Em vez de construir um protótipo e desenvolver regimes elaborados, testando e analisando o
comportamento físico de um produto através de estudos e testes em protótipos, os projetistas
podem apreciar estas informações com rapidez e precisão diretamente no computador, pois
projetar a análise pode minimizar ou mesmo eliminar os protótipos físicos. Isto tem feito
deste método uma valiosa ferramenta de desenvolvimento, hoje presente em quase todos os
campos da engenharia.

Durante os anos 90, o processo de desenvolvimento de produtos começou a evoluir da antiga


existência de protótipos-teste para o desenvolvimento de produtos novos dirigidos pela
tecnologia de Projeto Assistido por Computador (Computer Aided Design - CAD), o que
representou, na verdade, uma quebra de paradigma.

Melhor que despender tempo e recursos com a confecção de protótipos e corpos de prova,
bem como com a realização dos respectivos testes, é projetar e analisar modelos desenhados
em computador, com o auxílio do MEF. Os pacotes de software de criação e análise de
projeto, no princípio do desenvolvimento do MEF, eram as aplicações únicas, altamente
especializadas que foram usadas para as simulações originais e específicas que não poderiam
ser testadas eficazmente com protótipos. A construção do reator nuclear é um exemplo do uso
inicial da análise de projeto, simulando um cenário e testando ambientes extremamente
perigosos, antes de se construir o projeto real.

Para todos os tipos de desenvolvimento, a partir de quando os benefícios da análise de projeto


tornaram-se óbvios, o próprio desenvolvimento industrial passou a tornar-se responsável pela
diminuição dos protótipos físicos e pela ampliação do uso da análise computacional do
projeto 3D, a partir de meados dos anos 1990, essencialmente em virtude dos seguintes
fatores:
• O software de modelagem 3D contínuo tornou-se poderoso, acessível, e fácil de usar;
• O software da análise de projeto tornou-se poderoso, e acessível a pessoas não
especializadas;
• O sistema operacional Microsoft® Windows® permitiu o uso do CAD e das
aplicações da análise em microcomputadores pessoais;
• A própria ferramenta "computador pessoal" tornou-se poderosa, e de confiança.

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Nos textos de apresentação de praticamente todos os softwares disponíveis no mercado, pode-
se constatar a ocorrência de termos comuns a todos os fatores: “mais poderoso”, “mais fácil
de usar” e “menos caro” [1].

O desenvolvimento de ferramentas avançadas para análise de projetos permitiu à indústria


tirar vantagem da versatilidade e da capacidade do computador, além do acesso aos benefícios
da análise do projeto em tempo real (mainstream). Esta poderosa combinação é que tem
permitido aos projetistas testarem um projeto diretamente no computador, obtendo resultados
tão confiáveis quanto os dos testes físicos realizados antigamente em protótipos. A figura 3.1
apresenta as etapas mais gerais que são seguidas por um software de simulação, ilustrando
claramente esta confiabilidade.

(a) (b) (c)

Fig. 3.1 – Etapas para a análise computacional usada pelo método de elementos finitos, na seqüência:
a) peça projetada 3D; b) malha de elementos gerada pelo software; c) análise de tensões. [5]

Como se pode ver, os modelos CAD são verdadeiros protótipos virtuais e os programas de
análise computacional suplantaram os testes físicos, permitindo produzir resultados
rapidamente e a um custo reduzido, otimizando, assim, o desenvolvimento de novos
processos, equipamentos e componentes. Além disso, o projeto e a análise computacionais
permitem exames detalhados do desempenho do produto sempre que for necessário, levando a
produtos mais inovadores, mais confiáveis e mais facilmente produzíveis.

3.4 Protótipos vs. Análises de projeto em relação ao custo de fabricação

Alguns estudos mostram que 80% dos custos na produção de um produto estão dentro da
Análise de projeto, isso porque a necessidade de se executar iterações rápidas e baratas no
projeto antes de liberara-lo para a produção em série se transformou em uma grande

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vantagem, devido as inúmeras vantagens supra citadas. Com a Análise de projeto, é possível
se executar iterações através de computador em vez de protótipos físicos e possivelmente
caros. [6]

Há vezes em que custos na produção de protótipos não sejam considerações importantes,


nestes casos a análise de projeto fornece ao produto final um significativo aumento da
qualidade, permitindo que os desenvolvedores detectem problemas no projeto de forma mais
rápida se comparada a forma convencional, ampliando, além disso, as possibilidade de estudo.

Numerosas concepções antigas cercam o uso de software para a análise do projeto. Muitos
acreditam que a análise baseada no MEF é cara e difícil de usar. Outros acreditam que o
análise do projeto baseada em software requer a operação de um Ph.D., e é usada somente por
grandes companhias, sendo desnecessária para alguns tipos de trabalho. Os estudos
mostraram que sete entre dez projetistas que usam softwares CAD têm estas impressões [1].

No entanto sabe-se, por questões de economia, custo e tempo, que estas afirmações estão cada
vez mais desaparecendo, dando lugar a uma nova tendência no mercado e na engenharia.
Talvez em uma época anterior, essas afirmações tenham sido verdadeiras, no entanto em se
tratando de funcionalidade, poder de execução e balanço dos custos, pode-se observar como
está se comportando o cenário atual. Assim, mais e mais engenheiros têm utilizado as
ferramentas da análise de projeto.

Como exemplo, pode-se lembrar de uma citação da empresa criadora do software


SolidWorks: “Usando algumas das características de otimização, pode-se reduzir de 15 a 20%
da quantidade de material usado na fabricação do produto.” [1]

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4. APLICAÇÃO DO SOFTWARE SOLIDWORKS A
PROBLEMAS MECÂNICO-METALÚRGICOS

O SolidWorks supre a lacuna entre o projeto industrial e a engenharia com poderosos recursos
que permitem o acabamento de superfícies, a importação simplificada de geometria a partir de
ferramentas de projeto industrial dedicadas, análises usando MEF e o melhor ambiente de
engenharia mecânica do setor, tendo a grande vantagem de se incorporar estas funcionalidade
em um único pacote. Neste documento, mostra-se como o software SolidWorks pode fornecer
um ambiente de modelagem completo para conduzir projetos desde a concepção de idéias à
fabricação.

A indústria de produtos de consumo possui e sempre possuiu um potencial conjunto de


desafios, precisa trazer rapidamente novos produtos ao mercado com projetos de ponta,
objetivando a liderança com custos de fabricação competitivos. Uma das exigências mais
importantes é a transição do projeto artisticamente concebido para um produto preciso
utilizando-se os materiais necessários tal qual um estudo de engenharia, possibilita.
Atualmente, os projetistas de produtos para o consumidor usam ferramentas especializadas
para definir, por exemplo, as superfícies harmoniosas que geralmente distinguem os projetos
industriais de última geração. Engenheiros mecânicos, entretanto, usam ferramentas diferentes
para transformar as criações dos projetistas em projetos matematicamente precisos, funcionais
e fabricáveis.

Infelizmente, essas ferramentas individuais possuem interfaces separadas que exigem um


processo de conversão demorado e propenso a erros ou que implicam em reiniciar o processo
na transição de ambiente para outro, constantemente.

Constituir o uso de uma ferramenta flexível, usável e que possa atender inúmeras expectativas
em um único produto, é a chave para o sucesso da conversão de uma concepção artística de
produto para a usabilidade final e a transição da mesa de projeto para a linha de fabricação.
Neste ponto, que é parte da proposta deste trabalho, podemos considerar e apresentar o
software SolidWorks, não como solução mas como uma das possibilidades de estudo.

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4.1. COSMOSWorks

A ferramenta COSMOSWorks é um sistema da análise de projeto inteiramente integrado com


SolidWorks. Utiliza em sua concepção de análise o Método de Elementos Finitos, cujos
resultados podem ser amplamente empregados nas diversas áreas da engenharia metalúrgica.

O COSMOSWorks fornece uma solução para a análise de tensões, freqüência, influência


térmicas além de análises de otimização. Através destes tipos de análise, com o
COSMOSWorks é possível resolver problemas complexos usando apenas um “computador
pessoal”.

Fig. 4.1 - Exemplos simples de aplicação de métodos não-lineares para a


resolução de problemas com o COSMOSWorks. [1]

4.2. Benefícios da análise

Em um ensaio ou análise das diversas propriedades e comportamentos de um projeto, muitas


são as ocasiões em que uma peça tem que deixar de ser uma concepção virtual e ser levada ao
ensaio propriamente dito, pois é necessário certificar-se de que ela funcionará eficientemente
em condições reais de trabalho. Em algumas situações, isso torna o projeto dispendioso, em
termos de tempo e custo, pois para se obter com precisão as propriedades, muitos serão os
ensaios necessários.

As ferramentas de análise servem justamente para corresponder a essa deficiência no


desenvolvimento do produto, analisando o comportamento de um projeto sem a necessidade
do ensaio.

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Em um ciclo de desenvolvimento do produto inclui tipicamente as seguintes etapas:
• Construção de um protótipo do projeto;
• Teste do protótipo em laboratório;
• Avaliação dos resultados dos testes;
• Modificação do projeto baseando-se nos resultados dos testes;

Este processo continua até que uma solução satisfatória seja alcançada. Assim, a análise via
simulações computacionais pode ajudar a realizar as seguintes tarefas:

• Reduzir o custo simulando testes de seu modelo no computador em vez dos testes de
laboratórios que eventualmente podem ser dispendiosos.

• Reduzir o tempo e custo de mercado reduzindo o número de ciclos de


desenvolvimento do produto.

• Melhorar produtos rapidamente, testando muitas variáveis e cenários antes de fazer


uma decisão final.

4.2.1. Os conceitos básicos da análise utilizada no COSMOSWorks

Geralmente os softwares de análise se utilizam do método de elementos finitos (MEF),


abordado no item 3.2 deste trabalho. Como mostrado, o MEF é uma metodologia numérica de
analise de projetos de engenharia que atualmente é tido como o método padrão da análise
computacional devido a sua generalidade e sua facilidade para a execução do computador. O
MEF divide o modelo em muitas partes pequenas de formas simples chamadas de elementos
que substituem eficazmente um problema complexo por muitos problemas simples que
necessitam ser resolvidos simultaneamente. A soma de todos os elementos finitos que compõe
o modelo é chamamos de malha (mesh). [1]

O projeto CAD de um modelo ou peça é subdividido em elementos pequenos compartilhando


pontos comuns chamados nós. O comportamento de cada elemento é, então, conhecido sob
todos os cenários possíveis. A resposta de qualquer alteração nas variáveis de um elemento é
interpolado na resposta nos nós dos elementos adjacentes. No COSMOSWorks, cada nó é
descrito inteiramente por uma gama de parâmetros dependendo do tipo da análise e do
elemento usado. Por exemplo, a temperatura de um nó descreve inteiramente sua resposta na
análise térmica. Para análises estruturais, a resposta de um nó é descrita, no geral, por três
variáveis (x,y,z) e por três rotações (x,y,z). Estes são chamados graus de liberdade (degrees of

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freedom, DOFs). A figura 4.2 ilustra um elemento finito tridimensional típico (neste caso,
tetraédrico), ressaltando seus nós e arestas.

Fig. 4.2 - Representação esquemática de um “elemento” e seus respectivos “nós”. [5]

Assim, o software formula as equações que governam o comportamento de cada elemento que
se faz necessário de acordo com as características de ensaio a se examinar fazendo
considerações e relações de sua ligação a outros elementos.

Estas equações relacionam a resposta às propriedades, às restrições, e às cargas materiais já


conhecidas e alimentadas no sistema. Em seguida, o programa organiza as equações em um
lote grande de equações algébricas simultâneas e resolve-as. Na análise de tensões, por
exemplo, o programa encontra os deslocamentos em cada nó e, então, calcula as tensões,
apresentando o resultado, por exemplo, na forma de um gráfico tridimensional de cores, como
ilustra a figura 4.3.

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Fig. 4.3 - Exemplo de estudo executado com o COSMOSWorks. [5]

O software permite estudos estáticos (ou de tensões), estudos de freqüência, estudos de


ondulatória, estudos térmicos, de otimização, estudos não lineares, testes de queda e estudos
de fadiga. Faz-se, a seguir, uma descrição sumária de tais estudos:

Estudos estáticos (ou de tensões)

Os estudos estáticos calculam deslocamentos, forças de reação, tensões (stress), deformações


elásticas (strain) e o possibilita a geração de um fator de segurança. Um componente tende a
falhar nas posições onde as tensões excedem um determinado nível. Os estudos estáticos
podem ajudar a evitar falhas apresentadas por tensões elevadas, por exemplo. Um fator da
segurança menor do que uma unidade indica a falha material. Fatores grandes da segurança
em uma região contínua que provavelmente pode-se remover material em excesso naquela
região. Estes fatores podem tranqüilamente ser obtidos pela simulação no software.

Assim, ao construir um objeto com sua “malha” e suas características definidas, o software
procede da forma citada a seguir, de acordo com a seqüência mostrada na figura 4.4:

• Constrói e resolve um sistema de equações de equilíbrio, usando o método de


elementos finitos para calcular os deslocamentos de cada nó.

• Usa, então, os resultados dos deslocamentos para calcular as componentes dos


esforços.

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• Em seguida, usa os resultados e as correlações para calcular a distribuição de tensões
(e/ou de deformações), mostrando-as ao usuário na forma de um diagrama de cores.

Malha, propriedades do material,


carregamentos e restrições

Deslocamentos

Esforços

Tensões

Fig. 4.4 - Seqüência de cálculo do software COSMOSWorks

Estudos de freqüência.

Um corpo quando sofre uma perturbação tende a vibrar em determinadas freqüências


chamadas naturais, ou em freqüências ressonantes. A Análise de Freqüência, calcula as
freqüências naturais e as suas formas associadas. Na teoria, um corpo tem um número infinito
de modalidades de freqüências. No MEF, são os graus de liberdade (DOFs) que dão a margem
da precisão do cálculo. Na maioria de casos, somente algumas modalidades são consideradas
por serem mais expressivas. A resposta concreta é de que, se um corpo for sujeitado a uma
carga dinâmica, este vibra em uma de suas freqüências naturais. Este fenômeno é chamado
ressonância. Por exemplo, um carro com um pneu desbalanceado agita violentamente em
alguma velocidade, e essa vibração só será realmente expressiva naquela velocidade
específica, devido à ressonância. A agitação diminui ou desaparece em outras velocidades.
Um outro exemplo é que um som forte, como a voz de um cantor de ópera, pode fazer com
que um vidro se quebre. A análise de freqüência pode ajudar a evitar falhas devido às tensões
excessivas causadas pela ressonância. Pode também fornecer informações para resolver
problemas envolvendo resposta dinâmica.

Estudos térmicos.

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Os estudos térmicos calculam temperaturas, gradientes de temperatura e fluxo de calor
baseado na geração do calor, na condução, na convecção, e em certas condições da radiação.
Os estudos térmicos podem ajudar a evitar condições térmicas indesejáveis como o
superaquecimento e o derretimento. Deve-se notar que o estudo térmico no SolidWorks não
agrega estudos como os de transformações térmicas, transformações de fase, bem como as
dinâmicas dos processos térmicos e termoquímicos, sendo necessários, nestes casos, estudos
co-relacionados, análises qualitativas e estudos de similaridade.

Para estudos térmicos transientes, o software conta com um sistema de termostato, onde são
definidas as temperaturas máximas e mínimas e, assim, é executada uma rotina como a
esquematizada na figura 4.5.

Fig. 4.5 - Demonstração do mecanismo de termostato usado pelo software. [5]

Estudos de Otimização.

Os estudos de otimização automatizam a busca para um projeto melhor baseado na geometria.


O software carrega uma tecnologia capaz de detectar rapidamente tendências e identificar a
solução que melhor se ajuste ao seu funcionamento. Os estudos de otimização requerem as
seguintes definições:

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• Objetivo: Deve-se indicar claramente o objetivo do estudo já que existem uma gama de
variáveis disponíveis na questão da otimização, poderíamos citar, por exemplo, a variável
do material mínimo a ser usado.

• Variáveis do projeto ou da geometria: O software pede para selecionar as dimensões que


podem variar. Por exemplo, o diâmetro de um furo pode variar de 0,5cm a 1,0cm.

• Ajustes do comportamento: O software pede para ajustar as circunstâncias a que o projeto


deve estar submetido para satisfazer as necessidades estabelecidas. Por exemplo, o
usuário pode querer que a tensão em algum componente não exceda um determinado
valor e que a freqüência natural esteja dentro de uma escala especificada.

A figura 4.6 apresenta uma caixa de diálogo do COSMOSWorks, na qual o limite de


escoamento do material é especificado como parâmetro para a otimização.

Fig. 4.6 - Demonstração do ajuste de comportamento necessário para os estudos de otimização,

Estudos não-lineares.

Quando as suposições necessárias para a análise baseadas em estática linear não se aplicam,
pode ser necessário usar estudos não-lineares para resolver o problema. As fontes principais
do não-linearidade são: grandes deslocamentos, propriedades dos materiais não-lineares, e

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contato. Os estudos não-lineares calculam deslocamentos, forças da reação, tensões, forças em
níveis incrementais, variando as cargas e as restrições. Para estudos térmicos, o software
resolve automaticamente um problema linear ou não-linear baseado em propriedades
materiais, restrições e cargas térmicas.

Resolver um problema não-linear requer muito mais tempo e recursos do que um estudo de
estática linear similar. O princípio da superposição não se aplica para estudos não-lineares.
Por exemplo, se uma força F1, aplicada em um ponto, produz um efeito S1 e uma força F2,
aplicada no mesmo ponto, produz um efeito S2, as forças aplicadas em conjunto (F1 + F2)
não causam necessariamente o efeito conjunto resultante (S1+S2), no ponto, como acontece
no caso dos estudos lineares. Os estudos não-lineares ajudam a avaliar o comportamento do
projeto, como um todo.

Os estudos de estática, em se tratando de soluções não-lineares, oferecem respostas para


problemas de contato, muito úteis na análise do comportamento plástico e nas simulações de
processos de Transformação Mecânica dos Metais. A figura 4.7 ilustra as possibilidades de
relação entre força e deslocamento. Qualquer afastamento da linha tracejada que representa a
relação linear, característica do regime elástico, exige um tratamento não linear, característico
do regime plástico.

Fig. 4.7 - Representação da diferença entre análise linear e não-linear. [5]

Para os estudos não-lineares, devem ser incorporados ao sistema métodos numéricos para a
solução de problemas usando o MEF. Essas ferramentas auxiliares devem controlar as etapas
do processo e usar um método iterativo eficiente para o cálculo. Como exemplo ilustrativo,
podemos citar um dos artifícios usados pelo software COSMOSWorks, o método de Newton-
Raphson, esquematizado na figura 4.8.

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Fig. 4.8 - Método de Newton-Raphson usado como sistema de cálculo para estudos não-lineares. [5]

Neste esquema, ma matriz da linha tangencial esta formada e decomposta em cada interação
de acordo com cada passo, como mostra a figura 4.8. O método de Newton-Raphson tem uma
alta taxa de convergência e esta taxa de convergência é quadrática. Contudo, como a linha
tangencial é formada e decomposta a cada interação, isso poderá ser proibitivamente
demorado para grandes modelos, podendo, nesses casos, ser vantajoso usar outros métodos de
interação.

Testes de queda.

Os testes de queda, como o próprio nome diz, avaliam o efeito de se submeter projeto a uma
situação na qual este se choca a um assoalho rígido, a partir de uma altura estabelecida. Pode
ser especificada a altura e/ou a velocidade devida à altura do impacto, além da aceleração da
gravidade. O programa resolve este problema dinâmico em função do tempo, usando métodos
explícitos de integração. Os métodos explícitos são rápidos, mas requerem o uso de
incrementos pequenos de tempo. Depois de terminada a simulação, pode-se traçar os gráficos
de velocidade, aceleração, tensão e força. A figura 4.9 apresenta um exemplo de resultado de
simulação de teste de queda realizado na UFOP, em setembro de 2006, pelo hoje engenheiro
metalurgista Rodrigo Cruz Oliveira, na época concluindo sua monografia de graduação. [4]

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Figura 4.9 – Exemplo de Teste de Queda mostrando a distribuição da tensão efetiva ao longo de
um cilindro de alumínio lançado verticalmente sobre uma superfície plana [4]

Estudos de fadiga.

Notadamente, o carregamento repetido enfraquece objetos sobre o tempo, mesmo que as


tensões aplicadas sejam consideravelmente menores do que os limites permissíveis de tensão.
O número dos ciclos necessários para a falha por fadiga ocorre em uma posição dependente
do material e das flutuações de tensão. Esta informação, para alguns materiais, é fornecida por
um diagrama chamado curva S-N, ilustrado na figura 4.10. A curva descreve o número de
ciclos que causam a falha para níveis diferentes de tensão. Os estudos de fadiga, então,
avaliam a vida útil de um objeto baseando-se em eventos comparados com curvas S-N.

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Fig. 4.10- Ilustração de uma curva de fadiga usada pelo software. [5]

Pode-se concluir, então, que a ferramenta COSMOSWorks, aliada às potencialidades do


software SolidWorks, pode, sem dúvida, preencher e suprir aspectos interessantes da área de
simulações em engenharia metalúrgica, podendo ser aplicado a diversos tipos de situações
bem como no desenvolvimento de novas técnicas, processos e materiais.

Em se tratando da necessidade de ensaios usando as diversas formas de fluidos, observando


todas suas variáveis, o SolidWorks, oferece um pacote chamado FloWorks, no entanto como
este não é o objeto de estudo deste trabalho, este não será abordado, podendo no entanto, ser
usado em trabalhos posteriores.

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5. Fatores e aspectos diferenciais

As simulações feitas com o software SolidWorks demonstraram que é possível alunos


universitários utilizarem esses softwares comerciais como ferramentas de pesquisa e
desenvolvimento. Entretanto, é necessário esclarecer onde tais funcionalidades estão
apresentadas e onde irão conduzir a estudos e análises bem sucedidos na área da engenharia
metalúrgica.

5.1. Materiais

Uma das grandes vantagens do SolidWorks, além da facilidade de uso, está no fato de ele
permitir alterar, no sistema, os valores das propriedades dos materiais em estudo, tornando
possível uma grande variedade de testes e simulações, com situações ainda não previstas, bem
como o estudo das variações de comportamento dos materiais quando se alteram essas
variáveis durante as simulações.

Antes de se executar um estudo, devem-se definir todas as variáveis e os cenários para as


respectivas análises e seus estudos para se obter o resultado desejado. Por exemplo, o módulo
de elasticidade é necessário para os estudos de análise estática, de freqüência e de ondulatória,
enquanto a condutividade térmica é necessária para estudos térmicos. Podem-se definir, a
qualquer tempo, essas variáveis antes de se executar o estudo.

É possível se criar um sólido com características próprias, no entanto, modificar e as variáveis


do material de modo a se diferenciar em determinadas partes do sólido, este recurso é muito
útil, por exemplo, no caso de um material que sofre um tratamento térmico seletivo.

No entanto o caso citado acima é apenas um exemplo da seletividade e possibilidade de


combinações diversas usando as diversas variáveis do material em estudo.

Dentre as variáveis possíveis de se alterar nos materiais, podemos encontrar:


• Módulo de elasticidade
• Coeficiente de Poisson
• Coeficiente de expansão térmica
• Condutividade térmica
• Densidade
• Calor específico
• Força

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Outra funcionalidade é a possibilidade de se obter características isotrópicas e anisotrópicas
para os materiais facilitando uma série de análises.

Nos materiais isotrópicos, o Cosmos, entende que as propriedades mecânicas e térmicas são
as mesmas em todas as direções, e nos anisotrópicos, elas variam dependendo da direção,
assim como é a definição de isotropia. [5]

Há a possibilidade de se obter diferentes propriedades de acordo com a temperatura do


material, através de pares de valores temperatura versus propriedade, podemos criar uma
curva onde estas propriedades são usadas pelo software.

Ao especificar um material, em casos de estudos não lineares, podemos atribuir-lhes


características elásticas ou plásticas. No caso de materiais com comportamento elástico não-
linear, pode-se empregar um sistema de elasticidade não-linear (fig. 4.11).

Quando o estudo envolve um comportamento plástico do material, pode-se atribuir-lhe a


característica de deformação plástica e, nesses casos, podem-se usar três modelos de cálculo:
• Modelo de plasticidade de von Mises
• Modelo de plasticidade de Tresca
• Modelo de plasticidade de Drucker

Além destes modelos mais usados, pode-se ainda atribuir modelos hiperelásticos (modelo de
Rivlin, modelo de Odgen e modelo de Blatz), modelos de viscoelasticidade e modelos de
fluência.

Fig. 4.11 - Exemplo típico de uma curva tensão-deformação para um material não-linear. [5]

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5.2 Carregamentos e Restrições

Os carregamentos e as restrições são usados para definir o ambiente de trabalho para as


simulações do modelo. O resultado da análise depende diretamente deste carregamento e das
restrições. Estes elementos são aplicados à entidades geométricas, ou seja, ao modelo e são
tratados como características e à medida que a geometria é alterada, automaticamente há
alteração em suas propriedades.

Por exemplo, se for aplicado uma pressão P a uma área A1, o equivalente da força aplicada é
PA1. No entanto se é modificado valor da área para A2, então o equivalente é automaticamente
mudado para PA2. A reestruturação da malha do modelo é necessária a cada mudança na
geometria para o cálculo dos carregamentos e restrições.

Quando é criado um estudo ou cenário de estudo, o programa SolidWorks cria uma pasta
“Load/Restraint” na árvore “COSMOSWorks” e, para cada carregamento e restrição que for
definida, é adicionado um item nesta pasta.

Os tipos de carregamentos e restrições dependem do tipo de estudo.

Dentre alguns tipos de carregamentos e restrições podemos citar:

• Estudos Linear, Não-linear, e Ondulatório


o Restrições de movimento
o Pressão
o Força
o Gravidade
o Força Centrípeta
o Carregamento remoto
o Carregamento de rolamento
o Temperatura

• Estudo Térmico
o Temperatura
o Convecção
o Fluxo de Calor
o Radiação
o Fonte de Calor

• Estudos de Fadiga, Otimização e Testes de Queda, possuem cenários próprios.

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6. Considerações finais

O Método de Elementos Finitos, aliado a ferramentas computacionais poderosas, como é o


caso de uma aplicação CAD/CAE, onde a versatilidade permite a realização de simulações
complexas, pode ajudar em muito os diversos ramos da engenharia, reduzindo custos, tempo e
permitindo o desenvolvimento de novas e inovadoras tecnologias.

A grande vantagem, no entanto, está no fato de que se pode avaliar e modificar as propostas e
projetos à medida que estes são desenvolvidos, permitindo evitar problemas que de outro
modo poderiam passar despercebidos, desde a concepção até a linha de produção de um
modelo ou protótipo.

Com o fornecimento de uma ampla variedade de recursos integrados, o ambiente SolidWorks


ajuda a automatizar muitos aspectos do processo de projeto. Aliado a isso e à enorme gama de
variáveis passíveis de alteração, juntamente com a existência de várias ferramentas de análise
integradas, o software permite simular aspectos desde os mais corriqueiros até os mais
complexos na área metalúrgica, facilitando o desenvolvimento de novos processos e produtos.

Como a área acadêmica é um reflexo da área industrial, e vice-versa, é natural que uma se
beneficie do desenvolvimento tecnológico da outra, visto que o desenvolvimento industrial,
via simulação com o método de elementos finitos, é uma tecnologia nova, porém muito
utilizada, e é dever da área acadêmica propor métodos e soluções para o desenvolvimento e
propagação desta nova técnica de análise de dados. Partindo deste princípio, e para abertura
de novos meios para esta propagação, foi anexada a este trabalho uma primeira apostila onde
se expõe a funcionalidade do software SolidWorks aliado a uma introdução ao emprego do
sistema de análise COSMOSWorks, de uma forma mais didática e abrangente.

O desenvolvimento, porém, não pode parar por aí: serão necessárias mais pesquisas
abrangendo tanto outras funcionalidades do software SolidWorks, como a de outros softwares
de simulação, para que novos interessados possam exercer, no mínimo, o poder de escolha.

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7. Referências Bibliográficas

1. SOLIDWORKS CORPORATION, Going Mainstream Analisys: A Manufacturer’s Guide


to Maximizing the Productivity Gains of Finite Element Analysis (FEA), 2006,
http://www.cosmosm.com/pages/services/support/documents/GoingMainstream2006.pdf
(consulta em fevereiro de 2007)

2. LOTTI, R. S., MACHADO, A. W., MAZZIEIRO, E. T., LANDRE Jr, J. Aplicabilidade


científica do método dos elementos finitos, R. Dental Press Ortodon Ortop Facial,
Maringá, v. 11, n. 2, p. 35-43, mar./abril 2006.

3. OLIVEIRA, E. J. Biomecânica básica para ortodontistas. 1.ª ed. Belo Horizonte: UFMG,
2000. 196p., apud Lotti, R. S. [ref. 2].

4. OLIVEIRA, Rodrigo Cruz. Levantamento da aplicação do método de elementos finitos


em problemas de transformação mecânica dos metais, Monografia de Graduação, UFOP,
2006

5. SOLIDWORKS CORPORATION, SolidWorks Online User's Guide, 2006. (Arquivos de


ajuda contidos no programa de instalação do software)

6. VOLPE, M. L., Productivity and return of investment from COSMOS finite element
software, MIT, 2003, http://www.cosmosm.com/pages/services/support/documents/ROI-Report-
COSMOS.pdf (consulta em abril de 2007)

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