UNIDADE: A casa e as questões de género/ Portugal

SITUAÇÃO DE USO
- Exprimir opinião sobre questões de género/igualdade.

MARCADORES
Profissões; Arte; Pessoas.

EXPETATIVAS DE APRENDIZAGEM
- Descrever estilos de decoração de casa.
- Apresentar opiniões sobre o tema.
- Escrever um texto de opinião sobre o tema.

ATIVIDADE DE PREPARAÇÃO

 Converse com os seus colegas sobre a sua casa de sonho:

o localização;
o características (divisões, espaços, tipo de decoração, entre outras);
o o que privilegia mais numa casa e porquê.

 Existem vários estilos de decoração. Leia os textos presentes no

quadro abaixo e preencha-o, indicando a que estilo (a-f) se refere
cada um deles:
o clássico;
o moderno;
o contemporâneo;
o rústico;
o retro/pop;
o oriental.

Descrição Estilo
a) A casa é um ambiente sagrado, feito para recarregar as
energias. A decoração segue essa linha, com móveis limpos, retos
e baixos, e muitos objetos – a maioria inspirada na Tailândia,
China, Japão, Báli ou Índia. No quarto, quanto menos móveis,
melhor. Um colchão sobreposto a um tapete é mais do que
suficiente para uma boa noite de sono, certo?
b) Para quê tantas linhas retas se o rococó imprime muito mais
classe e requinte ao ambiente? Flores, em vasos ou em tecidos
encorpados. Uma poltrona Luís XV, do século XVIII, objetos de
feiras de antiguidades, louças e cristais cheios de história. Afinal,
este estilo nunca sai de moda!
c) “Madeira bonita é madeira em bruto”, quanto mais simples
melhor. Não se preocupa em usar o material em demasia, pois
ama a natureza e sente-se aconchegado num ambiente cheio dela.
Pedras também são bem-vindas, assim como tecidos simples,
como a chita. Falta uma cadeira para o jantar? Usa o banco de

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 madeira da varanda sem nenhum problema – e ainda gosta do
efeito.
d) Limpo com poucas peças, assim é o seu ambiente preferido.
Design assinado, mobiliário com linhas retas e tecidos
tecnológicos. Minimalismo é a palavra de ordem. Peças escolhidas
a dedo, poucas e boas. Recordações de viagens e fotos da família
devem ter um espaço especial, não na decoração, mas
organizadas dentro do armário.
e) Ambientes frios não foram feitos para os adeptos deste tipo de
decoração. O espaço deve ser acolhedor e uma mistura estilos.
Muitos dos móveis podem ser limpos ou lavados facilmente graças
a tecidos como algodão e couro. Preza a praticidade e adora
objetos e móveis feitos de acrílico, plástico ou cromados. A cor das
paredes variam do branco ao papel estampado. Diversificar é o
lema.
f) O lema é “Faz só o que te faz bem”. A casa deve ter a alma do
morador. Muitas cores e mistura peças de várias épocas e estilos,
sobretudo aquelas baseadas em desenhos geométricos. Posters
de filmes e cartazes antigos. Jovialidade e conforto com estilo.

BLOCO DE ATIVIDADES

Atividade 1: Leia o artigo que se segue sobre o decorador Luís Pedro de

Abreu.

Neto, filho, irmão e sobrinho de artistas, Luís Pedro de Abreu dificilmente

poderia enveredar por uma área que não tocasse as artes. O facto de ter
familiares escultores, pintores, decoradores e arquitetos, influenciou-o nos
seus gostos, escolhas e opções de vida. Ainda hoje continua a esbarrar
diariamente com trabalhos interpretados pelo pai, Luís Filipe de Abreu, que
idealizou, por exemplo, os símbolos da Galp ou do mítico leite da Ucal.

Luís Pedro é formado em arquitetura mas o seu contacto com ateliers teve
início bem mais cedo. “Comecei seguramente, aos 15 anos durante as férias
grandes. Ia trabalhar com os meus primos para o atelier do meu tio acabando
por ser um misto de trabalho e paródia”, conta. Ao longo da sua carreira
concebeu inúmeros projetos de arquitetura e decoração, mas o
reconhecimento público surgiu pela sua participação no programa Querido
Mudei a Casa. Habituado a surpreender os candidatos com as suas
propostas de renovação, desta vez o centro das atenções foi o seu próprio
espaço.

Luís Pedro aceitou o desafio para mostrar a sua casa, onde, explica, a
decoração foi definida a pensar em si e no filho, Sebastião. Toda a vida viveu
em Alfragide e, circunstancialmente, acabou por ali ficar. “Depois de procurar
uma casa antiga, para recuperar, em Lisboa, e só encontrar coisas

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caríssimas, optei por um apartamento”.

A casa tem um total de 160 m2 distribuídos entre um enorme hall de entrada,

dois quartos, um escritório, duas casas de banho e uma cozinha. O terraço,
de 110 m2, tem duas pequenas salas de apoio e uma vista privilegiada. As
remodelações são da sua autoria: eliminei a varanda para aumentar a sala e
mudei o chão”. A divisão mais ‘vivida’ é a sala onde o branco ganha
destaque. Esta é, aliás, uma particularidade do seu trabalho. “Num espaço
nosso temos que sentir-nos confortáveis e, por vezes, as cores cansam”. São
os laranjas e os vermelhos pontuados pelas jarras e as almofadas que dão
vida à base branca.

http://www.omeupedireito.com/bora-la-falar-de/item/420-em-casa-do-arquiteto-e-decorador-
luis-pedro-de-abreu#sthash.l2ROYW1b.dpuf

a. Sublinhe, no texto, a resposta às seguintes perguntas..

 A ligação às artes na família de Luís Pedro de Abreu é uma
tradição?
 Qual a formação do decorador?
 Quando é que o trabalho do decorador começou a ter mais
visibilidade?
 O que norteou a decoração da sua casa?

b. Observe as imagens que se seguem. Em que estilo incluiria a

casa do decorador?

 O que define o trabalho de Luís Pedro de Abreu?

 No seu país, há muitos decoradores homens? Ou é,

habitualmente, uma tarefa desempenhada por mulheres?

EXTENSÃO DA UNIDADE

 Leia o artigo As Mulheres e os Sentidos na Decoração que apresenta

uma visão do ponto de vista feminino.

Como um todo, o nosso corpo é por si só a unidade e a totalidade, os nossos

sentidos, cada um deles com a sua sensibilidade, orientam-nos no sentido de
encontrar o equilíbrio e a harmonia. Talvez pela nossa maior proximidade
com aquilo que os sentidos nos dão, nós, mulheres, encontramos na forma
como decoramos os nossos espaços, um reflexo da nossa personalidade, daí

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que, dificilmente, nas nossas casas, eles consigam ter grande espaço para
arrumar os "tarecos" que simplesmente achamos não se harmonizarem com
o ambiente (mas há exceções à regra).

Dentro de casa, como refúgio que é, os nossos sentidos são estimulados de

forma a encontrar a sintonia em cada uma das divisões da casa, e decerto já
identificou, como cada um dos recantos estabelece uma, ou mais ligações,
com os seus cinco sentidos, que, no caso específico das mulheres se diz
haver um sexto.

Os sentidos na decoração
Comecemos pela visão, um dos sentidos mais estimulados, ou pelo menos
aquele que nos dá uma apreensão direta do mundo envolvente. Na
decoração este é evidente, desde o equilíbrio estabelecido pelas cores, pela
disposição dos objetos decorativos, pelos recantos mais ou menos
iluminados, que nos fazem escolher "aquele" canto da casa e não outro, para
ler um livro, meditar, beber um refresco ou uma chávena de chá.

O olfato, talvez seja o segundo sentido que mais sensações nos transmite, é
a vela aromática que arde e nos inebria com o seu cheiro, é o incenso que
confere a paz de espírito, e a cozinha que nos enche de cheiros de iguarias,
afinal quem não sente estes cheiros numa casa, num restaurante ou em
qualquer loja, decerto não conseguirá ficar por muito tempo, já que este
sentido dá alma aos espaços.

O tato, as texturas, o sentido que nos faz escolher umas almofadas de

veludo no inverno e umas cobertas de linho e ou algodão no verão, que nos
faz sentir o conforto de percorrer descalças num tapete ou carpete fofos e
deslizar num soalho bem envernizado e/ou encerado. A frescura da seda, da
organza, dos tecidos transparentes nos cortinados, e o conforto de um
edredão de penas nas noites mais frias do inverno.

Ouvir, ter a possibilidade de ouvir o próprio silêncio da fresca brisa que faz
tocar os sininhos dos espanta-espíritos nas janelas, ou de ouvir aquela
música calma na nossa loja de roupa e/ou de decoração favoritas, ou que
nos faz pôr um som mais alto, num ritmo quente e dançar pelo salão liberto,
mesmo que as janelas abertas possam fazer adivinhar uma grande festa.

Beber um vinho doce e um copo de água fresca, abrir aquela garrafa antiga e
aproveitar o serão com os amigos a degustar pequenos churrascos, petiscos,
mariscos, e sentir na garganta, além do sorriso, as temperaturas que fazem
da nossa casa, ou do nosso lugar favorito, o local onde mais horas
gostaríamos de passar, o gosto, por vezes tão agredido de fast-food, faz sem
dúvida alguma parte de uns dos sentidos que mais prazer pode dar ao ser
humano.

Se bem que dizem que o sexto sentido é obra das descendentes de Eva,
pode dizer-se quase com toda a certeza que este não é mais que a

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conjugação de todos os outros, que num só se harmonizam, equilibram e
mostram a quem tenha um pouco mais de sensibilidade, que uma casa, uma
loja, um ambiente distinto, estão bem decorados... e em tudo o resto...as
nossas impressões sobre os espaços e as pessoas que nos rodeiam.

http://expresso.sapo.pt/as-mulheres-e-os-sentidos-na-decoracao=f709186#ixzz2ygbQ3cvz
 Reponda às questões:

o A que se refere "eles" (l.5)?

o A palavra inebria (l.18) pode ser substituída por:

a) ilumina
b) embriaga
c) descansa
d) felicita

o De acordo com o texto, o que é o sexto sentido?

o Qual o sentido que considera mais importante para decorar uma casa?
Por que motivo?

o Costuma ler revistas de decoração? Há muitas revista especializadas

nesta área no seu país?

 Discuta com os seus colegas sobre:

o o ponto de vista apresentado;
o os argumentos a favor e contra a perspetiva apresentada;
o c) o papel do homem e da mulher na gestão das tarefas domésticas.

ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO

 Leia o texto que se segue.

Quando a decoração é feita para os homens, tudo é mais prático, tecnológico

e minimalista. Se o espaço for tipicamente masculino, a adesão aos tons
neutros é mais frequente, mas cores fortes nos lugares certos podem fazer
toda a diferença e deixar o ambiente muito mais moderno.

Segundo a arquiteta Sandra Diniz, os homens geralmente preferem tons mais

sóbrios como bege, cinza, grafite, café e até mesmo preto. Neste tipo de
decoração, a escolha errada de uma cor pode deixar o projeto desarmonioso
e pesado. “As nuances mais quentes, e nada discretas, não são descartadas,
mas a escolha deve ser condizente com a proposta do ambiente”, diz.

Num ambiente de trabalho, por exemplo, Sandra considera o uso de cores

fortes muito pertinente, uma vez que elas contribuem para deixar as pessoas
mais alertas. “No caso do home office, o tom amarelo, aplicado sobre a
parede na cor beringela, é um boa aposta. Essa combinação faz uma

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interligação entre o trabalho e o lazer”, explica.
Já na sala, a profissional sugere cores nos detalhes: “Ao optar por um sofá
neutro, como o linho cru, pode-se propor o uso de almofadas em tons mais
fortes e marcantes, como vermelho, verde, beringela, roxo ou azul escuro”. E
tudo no quarto precisa de favorecer o descanso: “No quarto, deve-se
escolher cores que remetam ao relaxamento e ao descanso. Os tons mais
suaves, como o verde folha, bege, castor, azul mais escuro, café e até
mesmo o cinza, são indicados”.

Sandra aconselha a que qualquer que seja a combinação escolhida seja feita
sempre em conjunto com as paredes, mobiliários e complementos. “Pode-se
abusar do poder das cores e criar os mais diversos climas, o importante é
que tudo esteja na mais perfeita harmonia”.

http://decorarcasaejardim.blogspot.pt/2011/10/decoracao-para-homens.html (adaptado)

 Escreva um texto de opinião (100-120 palavras), em que se refira:

o à decoração "feita para homens";
o à escolha das cores consoante as divisões;
o c) ao que é uma casa harmoniosa para si.