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NORMAS SOBRE OS EXTINTORES DE INCÊNDIOS

Uma definição muito interessante para saber quando se trata de extintores é


a diferença entre capacidade extintora e unidade extintora, dessa forma, segue a
definição segundo o RSIP – DF NT 003 (2015, p. 2 – 3).

■ Capacidade extintora: medida do poder de extinção de fogo de um


extintor de incêndio, obtida em ensaio prático normalizado, ou seja, é quantidade de
fogo que um extintor de incêndio extingue.
■ Unidade extintora: extintor que atende à capacidade extintora mínima
prevista nesta Norma, em função do risco e da natureza do fogo, ou seja, o tipo de
extintor que será fixo em um determinado local, depende em qual material que
queremos utilizar este extintor.

Como a própria definição já diz, a unidade extintora é o local destinado a


colocar os extintores com as distâncias pré-estabelecidas. Já a capacidade extintora
é a “quantidade” de fogo que é possível extinguir com um extintor de incêndio.
Conforme RSIP — DF NT 003/2015, os extintores portáteis devem ser
dimensionados, considerando-se:

a. A classificação de risco da edificação ou da área de risco a ser protegida;


b. A classe do fogo a ser extinto;
c. O agente extintor a ser utilizado;
d. A capacidade extintora do extintor;
e. A distância máxima a ser percorrida.

O CSCIP-CB/PMPR — NPT 021-2014 e o Regulamento de segurança contra


incêndio das edificações e áreas de risco são equivalentes em recomendar que a
distância de caminhamento máxima entre os extintores é para risco baixo – D=25m,
risco médio ou moderado – D=20m e para risco alto ou elevado – D= 15m, sendo
que a classe de risco pode ser encontrada no NPT 017/2014 e IT 17/2014. Nos dois
códigos, é explicado que, quando se utiliza extintores sobre rodas, deve-se acrescer
a metade dos valores das distâncias.

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Para Mattos e Másculo et al. (2011, p. 169),

O número mínimo, o tipo e a capacidade dos extintores necessários para


proteger um risco isolado dependem:

1- Da natureza do fogo a extinguir;


2- Da substância utilizada para a extinção do fogo;
3- Da quantidade dessa substância e sua correspondente unidade extintora;
4- Da classe ocupacional do risco isolado e de sua respectiva área.

INSTALAÇÃO E SINALIZAÇÃO PARA OS EXTINTORES

O RSIP — DF NT 003, o CSCIP-CB/PMPR — NPT 021-2014 e o


Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco são
equivalentes em recomendar que:

■ Quando os extintores forem instalados em paredes ou divisórias, a altura


de fixação do suporte deve variar, no máximo, entre 1,6 m do piso, de forma que a
parte inferior do extintor permaneça, no mínimo, a 0,10 m do piso acabado.
■ É permitida a instalação de extintores sobre o piso acabado, desde que
permaneçam apoiados em suportes apropriados, com altura recomendada entre
0,10 m e 0,20 m do piso.
■ Os extintores não devem ser instalados em escadas. Devem estar
desobstruídos e devidamente sinalizados de acordo com o estabelecido na norma
de sinalização de emergência.

Convenciona-se, portanto, que os extintores estejam em seus suportes, fixos


na parede ou sobre o piso acabado, com a altura máxima de 1,6 m do piso medido
na altura da mangueira, e o mínimo no suporte sobre o piso acabado, entre 0,10 e
0,20 m. A figura mostra a forma correta da instalação e sinalização dos extintores.
Na figura, há uma demonstração dos extintores e seus suportes mais utilizados no
momento.

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Instalação dos extintores portáteis

E
X Pared
T
I e
N
T
O
R

0,1 Vermelho
5 0,7
5
0,7 Amar
elo
0,15 0,1 5 0,1
5 5
Piso
acabado

Figura: Instalação dos extintores de incêndio e sinalização Fonte: Carvalho


Junior... (online).

Figura: Tipos de suporte de extintores de incêndio

O CSCIP-CB/PMPR – NPT 021-2014 e o regulamento de Segurança contra


incêndio das edificações e áreas de risco são equivalentes em recomendar que:

■ Cada pavimento deve possuir, no mínimo, duas unidades extintoras, sendo


uma para incêndio classe A e outra para incêndio classe B e C. É permitida a
instalação de duas unidades extintoras iguais de pó ABC.
■ O extintor de pó ABC poderá substituir qualquer tipo de extintor de classes
específicas A, B e C dentro de uma edificação ou área de risco.
■ É permitida a instalação de uma única unidade extintora de pó ABC em
edificações, mezaninos e pavimentos com área construída de até 50 m².
Os códigos mostram que cada pavimento deve possuir duas unidades
extintoras, ou seja, dois extintores que podem ser todos de classe ABC, pois esses

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extintores protegem em relação às classes A, B e C, ou seja, extintor PQS (ABC) ou
um extintor classe A (materiais sólidos), ou seja, extintor AP e outra BC (líquidos/
gases inflamáveis e materiais elétricos energizados, ou seja, PQS (BC) ou CO2.
Já o RSIP – DF NT 003 (2015, p. 5) recomenda: “Deverá ser instalado, no
mínimo, um extintor portátil por pavimento e mezanino, independente da área da
edificação e área de risco”. Adverte, ainda, que: “Os extintores portáteis devem ser
adequados às classes de fogo existentes na edificação ou na área de risco a ser
protegida”. Dessa forma, o regulamento do DF permite uma menor quantidade de
extintores de incêndios disponíveis para o uso e cita que deve ser adequado ao
risco, não convencionando o extintor que deve ser usado.
O CSCIP-CB/PMPR – NPT 021-2014 e o regulamento de segurança contra
incêndio das edificações e áreas de risco são equivalentes em recomendar que:

■ Os extintores de incêndio devem ser adequados à classe de incêndio


predominante dentro da área de risco a ser protegida, de forma que sejam
intercalados na proporção de dois extintores para o risco predominante e um para a
proteção do risco secundário.
As classes de incêndios são classe A (materiais sólidos), classe B
(líquidos/gases inflamáveis), classe C (materiais elétricos energizados) e classe D
(metais pirofóricos), dependerão da classe predominante e secundária para adequar
seus extintores conforme o código.

■ São aceitos extintores com acabamento externo em material cromado,


latão ou metal polido, desde que possuam marca de conformidade expedida por
órgão credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação (Inmetro).
■ Quando os extintores de incêndio forem instalados em abrigo embutido na
parede ou divisória, além da sinalização, deve existir uma superfície transparente
que possibilite a visualização do extintor no interior do abrigo.
Atualmente, não é mais obrigatório manter os extintores de incêndio sendo
vermelho, apesar de ser uma prática utilizada, pois fica mais fácil a visualização e
podem-se utilizar abrigos para colocar os extintores, desde que tenha a sinalização
(sobre o extintor além da demarcação do solo) e uma parte transparente para que
possamos ver o extintor de incêndio.

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O RSIP – DF NT 003, o CSCIP-CB/PMPR – NPT 021-2014 e o Regulamento
de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco são equivalentes em
recomendar que:

■ As unidades extintoras devem ser as correspondentes a um só extintor,


não sendo aceitas combinações de 2 ou mais extintores, à exceção do extintor de
espuma mecânica.

No passado, era comum vermos mais de um extintor de incêndio em cada


unidade extintora, atualmente, é obrigatória a instalação de um extintor em cada
unidade extintora, a não ser quando nos referimos à espuma mecânica, pois a
espuma é eficiente no abafamento, mas não abaixa a temperatura abaixo do ponto
de combustão, fazendo com que, quando a espuma acaba, o fogo pode voltar.
Por fim, o RSIP – DF NT 003 recomenda que os extintores portáteis devem
ser dimensionados, de maneira que:

a. Haja menor probabilidade de o fogo bloquear seus acessos;


b. Sejam visíveis, para que todos os usuários fiquem familiarizados com as
suas localizações;
c. Permaneçam protegidos contra intempéries e danos físicos em potencial;
d. Não fiquem obstruídos por pilhas de mercadorias, matérias-primas ou
qualquer outro material;
e. Estejam junto aos acessos dos riscos;
f. Não fiquem no interior de escadas e de antecâmaras de escadas;
g. Não fiquem dentro de vagas de veículos, em garagens.

Este último parágrafo vem retomar a importância de manter seu extintor


desobstruído, e que não seja obstruído pelo fogo, protegido de intempéries, não
fique no interior de escadas e dentro de garagens, pois temos que ter livre acesso
aos extintores, uma vez que estes poderão interromper um incêndio que necessite
de uma intervenção do Corpo de Bombeiros.

EQUIPAMENTOS FIXOS DE COMBATE AO INCÊNDIO

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Vamos agora entender os diferentes tipos de hidrantes, analisar as normas
sobre os hidrantes, compreender os chuveiros automáticos e analisar sua norma e,
por fim, comparar as diferenças do detector de fumaça e dos chuveiros automáticos.
Na primeira parte, abordaremos os hidrantes, que pertencem aos
equipamentos fixos de combate ao incêndio, mostraremos as partes do hidrante,
diante disso, conseguiremos entender como utilizar um hidrante, tipos, falaremos do
tipo coluna e passeio e a forma correta de enrolar as mangueiras do sistema de
hidrantes, que pode ser enrolada, aduchada e ziguezagueada.
Na segunda parte, estudaremos as normas ou regulamentos para os
hidrantes, mostraremos como se utiliza as tabelas para a identificação do tipo de
hidrante e seus itens obrigatórios até chegarmos à quantidade mínima necessária
para a reserva de incêndio. Mostraremos os tipos de mangueiras, esguichos e
registros, além dos tipos e normas para os hidrantes e mangotinhos.
Na terceira parte, apresentaremos os tipos de chuveiros automáticos
(sprinklers) e a forma de funcionamento. Mostraremos que os chuveiros possuem
ampolas, as quais contêm um líquido com uma determinada cor e, dependendo da
cor do líquido da ampola, esta estoura com a ação do calor em temperaturas
diferentes, liberando o fluxo de água e diminuindo a possibilidade de propagação do
incêndio.
Na quarta e última parte, mostraremos a diferença entre os chuveiros
automáticos e os detectores de fumaça. Os detectores, por sua vez, precisam de
fumaça para serem ativados e liberam um alarme sonoro; eles estão ligados em
uma central que indica qual detector foi acionado.

HIDRANTES

Conforme Pereira (2009), o sistema de hidrantes e mangotinhos é um


dispositivo instalado nas edificações e áreas de risco, com a finalidade de combate a
incêndios. Esse sistema é composto de reserva de incêndio (água destinada apenas
para essa finalidade), bomba de incêndio (salvo os locais onde for possível a

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utilização da gravidade conjunta ou unicamente), rede de tubulações (sinalizada de
cor vermelho segurança), hidrantes (abrigo e seus equipamentos) ou mangotinhos.

Os hidrantes também são conhecidos como equipamentos fixos de combate a


incêndio ou como equipamentos hidráulicos. Os hidrantes, na sua maioria, podem
ser utilizados com água ou com espuma. Em usinas de álcool ou petroquímicas é
muito comum encontrar os hidrantes de espumas, já nas demais indústrias,
shoppings ou edificações, onde a classe de risco predominante é a classe A
(materiais sólidos), o hidrante encontrado será sempre o de água.

Segundo Saliba (2010), o hidrante é um aparelho que possui mangueira,


esguicho e um conjunto de materiais que conseguem funcionar e ser
autossuficiente, disponibilizando água destinada ao combate ao incêndio. Os
hidrantes devem ser distribuídos na edificação, de tal forma que possuam dois jatos
em todos os sentidos da edificação.

Conforme Mattos e Másculo (2011), os hidrantes devem ser dispostos da


seguinte forma: pelo menos um próximo ao ponto de acesso principal do pavimento
ou risco isolado protegido; os demais hidrantes devem ser dispostos nas áreas de
circulação de risco, próximos das paredes externas ou divisões internas. Os
hidrantes devem estar dispostos de forma que fiquem em locais de fácil acesso, sem
obstrução e com sinalização delimitando a área de 1m2 para a utilização do hidrante
caso seja preciso. Eles devem ser sempre inspecionados, para verificar se suas
mangueiras, storz, registro, chave e esguichos estão em conforme. O sistema de
hidrantes pode utilizar a ação da gravidade, bombas ou mistos para abastecer a
linha de hidrantes. Mattos e Másculo (2011) explanam claramente as diferenças dos
sistemas. O sistema de hidrantes terá reserva de água permanente, podendo ser
feito por ação da gravidade, isto é, de forma que a reserva de incêndio não dependa
de bombeamento, por bombas fixas de acionamento automático para o
abastecimento de água no momento da necessidade do combate ao incêndio, ou,
ainda, por sistema misto, gravidade e bombeamento. De acordo com Mattos e
Másculo (2011, p. 173),

A instalação elétrica para o funcionamento das bombas e demais


equipamentos dos sistemas de hidrantes deverá ser independente da instalação ou

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executada de modo a se poder desligar a instalação geral sem interromper a sua
alimentação. Para serem operados, são necessárias pessoas treinadas. Em alguns
casos, torna-se obrigatório o uso de brigadas de incêndio ou corpo de bombeiros
particulares.

Como o sistema de hidrantes irá funcionar dependerá das condições de cada


local e, principalmente, da vazão que será necessária para abastecer a linha de
hidrantes; onde for possível utilizar apenas a ação da gravidade pode ser utilizada,
nos locais onde isso não for possível, insira uma bomba com acionamento
automático. É comum ficarmos sabendo que, em casos de emergência, não tem
água na linha, pois o local onde aciona a bomba está trancado. Em caso de
incêndios, fiquem atentos com esses locais.

Existem dois tipos de hidrantes: de coluna e de parede. Os hidrantes de


coluna são chamados, também, de acordo com Camillo (1999, p. 74), de
emergentes, combinam as formas permanentes de hidrantes sendo dotados de
meios de conexão direta às mangueiras, esses hidrantes possuem 2 ou 3 conexões
para mangueiras, figura.

Os hidrantes de parede são aqueles instalados em indústrias, empresas ou


prédios residenciais, ou comerciais para a proteção contra incêndios; são instalados
nas paredes, com o hidrante, mangueiras, esguichos, registros e chaves para
engate, figura. Além desses tipos, existem os hidrantes de parede no interior da
empresa e de passeio (calçada) destinado ao recalque, que, segundo Camillo (1999,
p. 77), é um ponto de hidrante, destinado a receber água sob pressão externa à rede
de incêndio, para a utilização em casos de emergência, figura.

Pereira (2009) ressalta a diferença entre os sistemas de hidrantes ou


mangotinhos para combate de incêndios nas edificações e áreas de risco dos
hidrantes urbanos em relação à forma de abastecimento, ou seja, os urbanos são

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pontos de obtenção de água providos de dispositivos de manobra (registros) e união
de engate rápido (storz), ligado à rede pública de abastecimento de água, podendo
ser de coluna ou subterrâneo (no passeio).

Figura: Tipos de hidrantes - (a) Hidrantes de coluna abastecidos pela rede


pública; (b) Hidrantes de paredes com abastecimento da empresa responsável.

A figura (a) mostra um hidrante abastecido pela rede pública, aqui no Brasil
existe em pequena quantidade; esse tipo de hidrante é muito comum nos Estados
Unidos. Não confundir esse modelo com os hidrantes de recalque que também são
de passeio ou de coluna, mas é o final da linha de hidrantes da edificação que
destina. A figura mostra um hidrante de coluna ou parede, esses hidrantes podem
ser com uma única expedição (simples) ou duas (duplos), as conexões dos
hidrantes devem ser iguais aos do corpo de bombeiros, tipo engate rápido. A figura
mostra o hidrante de recalque de coluna, que pode estar dessa forma ou embutido
na parede, e os de passeio.

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Figura: Hidrante de recalque de coluna e de passeio. Fonte: Sistema... (2015,
online).

Instalado na rede hidráulica

Figura: Sistema de mangotinhos Fonte: Carretel.

Em alguns casos, ao invés de hidrantes, as edificações possuem


mangotinhos, sendo um ponto de obtenção de água destinada ao combate ao

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incêndio, com uma saída simples e contendo uma válvula de abertura rápida,
adaptador, mangueira semirrígida, esguicho regulável.

Os acessórios para os hidrantes de colunas utilizados nos interiores das


edificações são: abrigo, chave de mangueira, esguicho, mangueiras, registros, que
serão explicados com as normas.

Conforme Camillo Jr. (1999), mangueiras de incêndio é o nome dado ao


condutor flexível utilizado para conduzir a água sob pressão da fonte de suprimento
ao lugar onde deve ser lançada.

De acordo com Camillo Jr. (1999), as mangueiras são um dos materiais mais
caros e sempre são utilizadas em locais desfavoráveis, dessa forma, temos que
tomar alguns cuidados para elas terem uma durabilidade maior:

■ Abrigá-las em locais arejados.


■ Não arrastar as mangueiras em locais que possuam entulhos, quinas,
vidros, telhados, principalmente quando estiverem molhadas ou cheias de água.
■ Não devem ser deixadas sobre óleos, substâncias químicas, ácidos, pois
podem danificar as fibras ou estragar a borracha.
■ As juntas (storz), como são de cobre, não devem ser arrastadas ou sofrer
batidas, pois podem amassar e dificultar o engate.
■ Não se deve passar veículos ou qualquer carro, carrinho sobre as
mangueiras.
■ As mangueiras não podem ser colocadas sobre superfícies aquecidas.
Na conservação das mangueiras de incêndio, devem ser observados alguns
pontos, como:

■ Não se devem deixar as mangueiras conectadas, pois, caso haja um


vazamento na linha, se as mangueiras estiverem conectadas, dificulta a verificação
rápida desse vazamento, o que pode ficar longos períodos vazando sem a
identificação e, quando isso acontecer, a mangueira estraga.
■ Enrolar as mangueiras sempre secas, para evitar que estrague as fibras.

Após a utilização das mangueiras, estas devem ser levadas para um local
onde não transitem veículos e possua alguma inclinação, assim, as mangueiras

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podem ficar secando sem estragar. Para isso, pegue uma das extremidades e
levante até sua cabeça, vai andando e levantando toda a mangueira de pouco em
pouco, para ir retirando toda a água que, por ventura, ainda tenha dentro dela.
Depois que estiver seca, pode ser enrolada.

As mangueiras para hidrantes têm quatro formas de serem acondicionadas:


enrolada ou espiral, aduchada, ziguezagueadas em pé e ziguezagueadas deitada,
conforme a NBR 12.779/92, mas apenas três podem ser dispostas no abrigo,
lembramos que só podemos enrolar as mangueiras depois que elas estiverem
secas.

1. Forma zigue-zague deitada: para acondicionarmos a mangueira da forma


ziguezagueada deitada, primeiramente, acoplamos uma extremidade da mangueira
no registro e, em seguida, apoiamos essa em cima de seus vincos sobre superfície
não abrasiva, no abrigo, até dobrá-la inteira. Quando terminar de colocá-la no
abrigo, retira-se o storz acoplado no registro e o coloca por cima da mangueira, a
outra extremidade, acopla-se o esguicho e o apoia em cima da mangueira também.
Podem ser acopladas várias mangueiras para que a linha de hidrantes fique pronta.
Recomenda-se essa forma de acondicionamento nas caixas de hidrantes, para
locais que não possuem brigadistas. A mangueira nunca deve ficar acoplada no
registro.

Figura: Forma de acondicionar a mangueira no hidrante – ziguezagueada


deitada

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Figura: Forma de acondicionar a mangueira no hidrante – ziguezagueada em

2. Forma espiral: consiste em enrolar a mangueira a partir de uma de suas


extremidades, ou seja, uma de suas extremidades fica no meio da mangueira
enrolada e continua-se enrolando, formando uma espiral. Essa forma só deve ser
utilizada para armazenamento em estoque, não é permitido ser colocada dessa
forma nos abrigos.

Figura: Forma de acondicionar a mangueira no hidrante – ziguezagueada em


3. Forma aduchada: consiste em enrolar a mangueira previamente dobrada


sobre ela mesma, formando uma espiral a partir da dobra em direção às
extremidades, nenhuma extremidade fica no meio dela, as duas ficam para fora,
facilitando o engate no registro e no esguicho. Recomenda-se essa forma de
acondicionamento nas caixas de hidrantes, para locais que possuem brigadas de

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incêndio. A mangueira nunca deve ficar acoplada no registro.

Figura: Forma de acondicionar a mangueira no hidrante – aduchada

Conforme Camillo Jr. (1999), as mangueiras de incêndio são feitas de fibras


de tecido vegetal (algodão, rami, linho, etc.) ou de tecido sintético (poliéster), todas
revestidas internamente de borracha.

A escolha da mangueira é em função do local e das condições de utilização,


os tipos devem estar conforme indicação da NBR/ABNT 11861 — Mangueiras de
incêndio — Especificações.

■ Tipo um: destina-se a edifícios de ocupação residencial. Mangueira


construída com um reforço têxtil, compressão de trabalho de 980 kPa (10 kgf/cm²).
■ Tipo 2: destina-se a edifícios comerciais e industriais ou Corpo de
Bombeiros. Mangueira construída com um reforço têxtil, com pressão de trabalho de
1 370 kPa (14 kgf/cm²).
■ Tipo 3: destina-se à área naval e industrial ou Corpo de Bombeiros, onde é
desejável uma maior resistência à abrasão. Mangueira construída com dois reforços
têxteis sobrepostos e pressão de trabalho de 1 470 kPa (15 kgf/cm²).
■ Tipo 4: destina-se à área industrial, onde é desejável uma maior resistência
à abrasão. Mangueira construída com um reforço têxtil, acrescida de uma película
externa de plástico e pressão de trabalho de1 370 kPa (14 kgf/cm²).
■ Tipo 5: destina-se à área industrial, onde é desejável uma alta resistência à
abrasão e a superfícies quentes. Mangueira construída com um reforço têxtil,
acrescida de um revestimento externo de borracha e pressão de trabalho de 1 370

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kPa (14 kgf/cm²).
As mangueiras destinadas ao combate a incêndios utilizadas nas edificações
podem ser de 38 mm e 63 mm de diâmetro. Nas extremidades das mangueiras,
devem ser montadas uniões tipo engate rápido de latão ou bronze, são chamados
storz e são de formato universal, cada lance de mangueira pode ser de 15, 20 ou 30
metros, dependendo do local onde os hidrantes estão localizados e do tipo de
edificação que os hidrantes estão protegendo.

Para o sucesso das operações de combate ao incêndio, um dos


equipamentos fundamentais são as mangueiras de incêndio, dessa forma, é
importante que elas estejam sempre com a manutenção correta antes e após sua
utilização. É importante que as mangueiras, a partir do momento utilizado para o
combate ao incêndio, não sejam guardadas molhadas, visto que podem danificar
seu material e, quando for utilizar novamente, pode vazar.

Figura: Utilização do hidrante para extinção do fogo

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