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FICHA TÉCNICA
Coordenação editorial: Ana Lúcia Queiroz e Márcia Zoet
Coordenação geral: Felipe Siles
Redação: Felipe Siles
Prefácio: Pedro Aragão
Revisão de texto: Nicolas Brandão
Transcrição musical: Deni Domenico, Felipe Siles, Márcio Modesto e Pedro Bruschi
Revisão de partituras: André Bachur
Editoração de partituras: Felipe Siles
Projeto gráfico e editoração eletrônica: Gsé Silva
Capa e logo: Luan Borgo
Realização: Illumina Imagens e Memória Ltda
Siles, Felipe
O choro negro e paulistano de Esmeraldino
Salles / Felipe Siles. -- 1. ed. -- São Paulo :
Illumina, 2023.
ISBN 978-85-65591-03-4
Agradecimentos. . .........................................................................................................07
Prefácio.......................................................................................................................09
Introdução . . ................................................................................................................10
Capítulo 1: Esmeraldino no rádio ..................................................................................................12
1.1. O início.......................................................................................................................................12
1.2. Rádio Tupi, Associadas e o bairro do Sumaré........................................................................13
1.3. Esmeraldino na Rádio Tupi.....................................................................................................13
1.4. Esmeraldino finalmente líder do regional...............................................................................16
Capítulo 2: “Causos”..........................................................................................................................18
2.1. Paulo Sérgio...............................................................................................................................19
2.2. Luiz Machado............................................................................................................................19
2.3. Laércio de Freitas......................................................................................................................19
2.4. João Macacão............................................................................................................................20
2.5. Esmeralda Salles........................................................................................................................20
2.6. Izaías Bueno Almeida...............................................................................................................20
2.7. Osvaldo Colagrande..................................................................................................................21
Capítulo 3: Além da rádio Tupi........................................................................................................21
3.1. Esmeraldino nas casas noturnas.............................................................................................21
3.2. Esmeraldino na televisão..........................................................................................................22
3.3. O “disco” de Esmeraldino.........................................................................................................24
Capítulo 4: Ao nosso amigo Esmê...................................................................................................25
4.1. O último festival........................................................................................................................25
4.2. Tributos e Homenagens............................................................................................................27
4.3. Esmeraldino centenário............................................................................................................28
4.4. Orlando Silveira, o grande parceiro de Esmeraldino.............................................................29
4.5. O legado de Esmeraldino..........................................................................................................29
Partituras..............................................................................................................................................31
Fonte bibliográfica..............................................................................................................................81
1 Os instrumentos principais de Esmeraldino eram o cavaquinho e o contrabaixo, mas ele também tocava violão e violão tenor.
2 Na pesquisa de mestrado levantei a existência de 30 músicas de Esmeraldino, porém duas delas não consegui gravação e nem
partitura. Sabemos da existência da música Inveja, composta em parceria com Siles, pela imprensa da época e da música Eloiza,
composta em parceria com Orlando Silveira, através de blogs e sites de fichas técnicas de discos.
Felipe Siles
08 de março de 2023
3 Quando a saudade chegar foi harmonizada por mim, Felipe Siles, e Guilherme Lamas, para uma gravação que fizemos e dispo-
nibilizamos no Youtube. Brisa e Valsa Breve foram harmonizadas por Deni Domenico. Izaías Bueno Almeida nos relatou que
Valsa Breve foi composta por Esmeraldino com o intuito de soar como uma valsa “tradicional”, então tivemos essa preocupação
ao harmonizá-la.
4 Calouros eram cantores iniciantes que aspiravam a uma carreira profissional, na maioria das vezes oriundos de classes popula-
res, buscando ascensão social por meio da música.
5 Apesar da biografia de Antonio Rago apontar Zequinha como o pandeirista, Izaías Bueno de Almeida revelou-me, em entrevista
(Blog Esmeraldino Salles, 2019), que, antes dele, quem tocou percussão no regional foi o músico Zé Pretinho. Devido à alta
rotatividade desses conjuntos, é muito difícil encontrar documentação precisa que registre esse fluxo de músicos. Mesmo a He-
meroteca Digital não dispõe de todas essas fichas técnicas.
6 O filho de Esmeraldino, Paulo Sérgio, me contou que Esmeraldino tinha um acordo com um taxista, que o levava para os shows
quando precisava levar o contrabaixo.
A liderança do regional passou então a ser de Siles. Nascido em Ribeirão Preto, em 26 de abril de 1926, Wan-
derley Taffo, apelidado como Siles, era um grande clarinetista. O músico começou cedo a carreira, em sua cidade natal,
tocando aos treze anos de idade na Banda Italiana, na Casa Jazz Progresso, na Jazz Band Bico Doce e, posteriormente, no
PRA-7 Rádio Clube, além de ter sido primeiro clarinete da Orquestra Sinfônica da cidade, com apenas dezessete anos.
Mudou-se para São Paulo, contratado pela Rádio Tupi, para integrar o Conjunto de Rago. Siles era exímio clarinetista,
elogiado por sua sonoridade, conhecimento em harmonia e habilidade para improvisar. Foi casado durante muitos anos
com a cantora Rosa Pardini, com quem teve um filho, Wander Taffo8. Siles comandou o regional até o final da década de
1950, voltando à Ribeirão Preto para trabalhar na Rádio Clube daquela cidade.
O conjunto, agora sob liderança de Siles, gravou três discos de 78 rotações, um deles, curiosamente, acompa-
nhando o próprio Esmeraldino Salles, o que denota que apesar da liderança do clarinetista, configurou-se, após a saída
de Rago, uma divisão do protagonismo do regional entre Salles e Siles. Importante registrar também que, até o presente
momento, esse é o único disco oficialmente gravado em que Esmeraldino Salles é o solista. Os três discos foram lançados
em 1954. Além do disco de Esmeraldino, constam também discos acompanhando Henricão e Zé Fidélis.
Vale ressaltar que essa era a época onde a mídia estava em transição do 78 rotações para o longplay, o famoso
LP, que proporcionava a gravação de um repertório maior. Siles gravou três LP’s como solista e líder de conjunto: Brejeirice
(Polydor – 1956), Samba Society (RGE – 1958) e Boleros na Penumbra (RGE – 1959). Consta na ficha técnica do álbum
Brejeirice a formação: Wanderley Rizotto (acordeon), Azeitona (contrabaixo), “Mestre Esmê” (cavaquinho), Wanderley Ta-
ffo (clarinete), Zequinha (bateria e percussão) e Poly (guitarra). O time que tocou no disco Samba Society, tinha a mesma
formação instrumental que tocava na casa noturna Chicote, na mesma época, com Siles (clarinete), Luis Loy (acordeon),
Azeitona (contrabaixo), Domingos Machado (guitarra) e Nelson “Cotôco” (bateria). Já o disco Boleros na Penumbra apre-
senta formação ligeiramente diferente dos anteriores: clarinete, acordeon, vibrafone, piano, contrabaixo, bateria e percussão,
Siles regressou a Ribeirão, sua cidade natal, por volta de 1959, depois de se divorciar da esposa Rosa Pardini, quan-
do voltou a morar com os pais e a exercer sua primeira profissão: alfaiate. De volta a Ribeirão, paralelamente à profissão de
alfaiate, Siles atuou novamente na Orquestra Sinfônica e deu aulas de música no Educandário Coronel Quito Junqueira. Siles
teve câncer de garganta e passou a depender do uso de um respirador. Em decorrência de uma falha desse respirador, faleceu
em Ribeirão Preto, sua terra natal, em 1979, curiosamente no mesmo ano do falecimento de Esmeraldino.
Uma outra formação do regional de Esmeraldino participava do programa Gaiola de Ouro, apresentado por Alfredo
Borba: Izaías Bueno de Almeida (bandolim), Zezinho Guarani (pandeiro), Osvaldo Colagrande (violão), Israel Bueno de
Almeida (violão), Dorival Malavasi (cavaquinho), Esmeraldino Salles (contrabaixo) e Diquinho (trombone).
Depois de 19 anos tocando no regional, e tendo sido, durante esse período, umas das principais referências criati-
vas do grupo, Esmeraldino torna-se, enfim, oficialmente o líder do grupo. Enquanto líder, Esmeraldino tinha uma forma,
digamos, peculiar de lidar com os calouros do rádio. Ele marcava uma breve reunião com o aspirante a cantor, dispensan-
do os outros músicos. Nessa reunião, ele iria identificar o tom das músicas que o calouro planejava cantar. Fazia isso sem
nenhum instrumento musical na mão, já que possuía ouvido absoluto. Já sabendo a tonalidade das músicas, Esmeraldino
reunia os músicos para ensaiar os pequenos arranjos que ele próprio criava, assobiando ou cantarolando introduções,
finais e transições instrumentais. Tudo criado ali, no ambiente de trabalho. Esmeraldino soube fazer do seu emprego
um laboratório criativo, e, com certeza, aquelas introduções e pequenas melodias inéditas criadas para os calouros são
fruto desse processo criativo. E esse cuidado no acompanhamento dos calouros — criando arranjos com introduções,
solos e finais — além da concepção musical moderna para a época, fazia com que o regional tivesse muitos admiradores
e entusiastas.
CAPÍTULO 2
“CAUSOS”
Esmeraldino era um tipo caseiro, um pai muito presente na vida dos filhos, inclusive os levava em certos trabalhos
e viagens. O núcleo familiar de Esmeraldino, nos tempos de Rádio Tupi, era formado pela esposa Joana e os filhos: Cás-
sio, Alaor, Paulo Sérgio, Esmeralda e Paula. Esmeraldino teve dois filhos de outros casamentos, Ismael e Claudete, que
tinham pouco contato com esse núcleo primeiro. O salário da Tupi não era nenhuma fortuna, mas propiciou a Esmeral-
dino matricular os filhos em colégios particulares.
A amizade com artistas famosos do rádio, como Hebe Camargo, fazia com que os filhos ganhassem bons presentes.
Além disso, Esmeraldino não precisava gastar dinheiro com discos, ganhava a maioria deles, da rádio, das gravadoras e
de seus amigos, e sua vitrola tocava os mais variados tipos de sons. Mas mesmo com essa aparente estabilidade financeira,
o precavido Esmeraldino era um tipo estoquista, quando saía um cachê um pouco melhor, ele corria no CEASA e com-
prava sacos e sacos de arroz e feijão, garantindo assim o sustento da sua família, mesmo em algum cenário mais adverso.
Tentava deixar o trabalho para fora de casa, mas esporadicamente acabava sediando alguns ensaios e aulas de música.
Além disso, vários músicos e artistas eram frequentadores assíduos da casa de Esmeraldino para visitar o amigo e comer
a boa comida de Dona Joana.
Esmeraldino é descrito pelas pessoas como um tipo doce, acolhedor, uma figura aconchegante. Ao mesmo tem-
po, tinha um senso de humor muito peculiar. Fazia piada com tudo, e as pessoas gostavam muito dele, era uma pessoa
que transformava o ambiente. Se alguém estava chateado, Esmê logo fazia alguma piada e em questão de minutos todos
estavam rindo e o problema era, quando não esquecido, ao menos atenuado. Ao mesmo tempo, era reservado, não se
expunha, era muito habilidoso socialmente e sabia muito bem em que contexto podia brincar e quando tinha que ser
extremamente profissional. Esmeraldino é lembrado pelos colegas também pelo seu marcante profissionalismo, vestia-se
sempre de terno e gravata, exibindo seu sorriso característico. Seguem alguns “causos” e depoimentos de amigos que nos
ajudam a entender um pouco a personalidade de Esmeraldino10:
9 Programa Ensaio com Laércio de Freitas (2015), disponível no canal do próprio Programa Ensaio no Youtube. Acesso em: janeiro
de 2023.
10 Os depoimentos foram editados a partir dos anexos da dissertação de mestrado (ver sessão Fonte Bibliográfica).
CAPÍTULO 3
ALÉM DA RÁDIO TUPI
11 NEGRO, Maurício (coord.); FINZETTO, Yves (org.); MENDONÇA, Marquinhos (org.); VALENTE, Roberta (org.). Brasil toca
choro 1. ed. São Paulo: Cultura, 2019. Página 43.
12 Vale mencionar que nessa mesma casa se apresentava o cantor e pianista Johnny Alf, figura central nos primórdios da Bossa
Nova.
Figura 5: Esmeraldino, Colagrande, Silvio Caldas e João Macacão. Fonte: acervo pessoal de Barão do Pandeiro.
Figura 8: Esmeraldino no contrabaixo, Laércio de Freitas ao piano e Fuminho na bateria, gravando no Canal 2, TV Cultura.
Fonte: acervo pessoal de Laércio de Freitas.
O caráter relaxado da gravação me faz acreditar que se tratava daqueles momentos onde o conjunto já tinha
cumprido com a obrigação de ensaiar o repertório de algum cantor e se divertia tocando músicas autorais e de com-
positores que admiravam. Chama muita atenção o ecletismo do repertório, além de quatro músicas autorais (duas
de Xixa e duas de Esmeraldino), temos samba, jazz, bossa nova e até mesmo uma música de apelo mais popular na
época, a composição Feeling, que era sucesso na voz do brasileiro Maurício Alberto, que adotava o pseudônimo de
CAPÍTULO 4
AO NOSSO AMIGO ESMÊ
4.1. O último festival
Nélson Galeno, mais conhecido como Balói, é uma figura bastante icônica para o choro paulistano. Descobriu
músicos jovens e talentosos, como Gian Correa e Danilo Brito, e os orientou no mundo das rodas de choro e gravações.
É uma figura bastante conhecida e querida por quem circula pelas rodas de choro de São Paulo. Violonista de sete cordas
(dos bons), ele se gaba de nunca ter vivido só da música, tem um negócio de família, uma tapeçaria. Balói, juntamente
de seu conjunto, o Bachorando, acompanhou o flautista João Dias Carrasqueira no I Festival Nacional de Choro Brasilei-
rinho, da TV Bandeirantes, em 1977. No festival, tocaram a música Chorinho triste, de autoria de Carrasqueira. O choro
acabou pegando o terceiro lugar no festival e levou uma boa premiação, o que deixou Balói muito animado para partici-
par do festival novamente no ano seguinte, só que dessa vez tocando as composições geniais de seu amigo Esmeraldino
Salles. Restava convencê-lo disso, não seria tarefa fácil.
Balói entrou em contato com Esmeraldino para convencê-lo a concorrer na segunda edição do festival. Esmeral-
dino, muito provavelmente por conhecer bem os bastidores do rádio e da TV, estava muito reticente, não queria, dizia
que esse tipo de festival é cheio de cartas marcadas e que não queria perder seu precioso tempo com aquilo. Balói foi
insistente, disse que acompanhou Carrasqueira no ano anterior, que não teve nenhuma carta marcada nesse caso, e que
13 FREITAS, Laércio de. São Paulo no balanço do choro: ao nosso amigo Esmê. LP, Eldorado, 1980.
14 O termo faz referência ao conglomerado de mídias Rockfeller nos Estados Unidos, localizado em Nova Iorque.
G♯° Am7 Cm7 Bm7 B♭ E♭7 Am7
6
1. 2.
12 D7 G7
G♭7 D7
F
G♭7(9)
6
B
Gm7
G7(9) Bm7(♭5) E7 Am Am/G F7 E7
18 9
Dm6
Am Am6 A7/C♯ Dm B♭7 A7 Dm
24
Dm Dm/C Bm B♭7 Am Am/G♯ Am/G F♯m7(♭5) B♭7/F B♭7
30
2. Am7 A♭7 Gm7 G♭7
Bm7(♭5) E7 F7/C E7/B To Coda
36
D.S. c/ rep. e Coda
Am(7M)
42 Am6 Cm7 F7
48
Dm/C Bm7(♭5) Fm7 B♭7 Em7 A7 Gm7 C7(9) G♭7(♯11)
11
Fmaj7 Gm G♯m Am7 Dm7 Fm7
B♭7 Fm7 B♭7 Em7 A7
16
Em7 E♭7♯11 Dm A7(♭13)/C♯ Dm/C Bm7(♭5) Fm7 B♭7 Em7 A7
21
Dm A7(♭13)/C♯ Dm/C Bm7(♭5) Fm7 B♭7 Em7 F7 B♭6
26
3
B♭m6 Fmaj7
3 Gm7 Am7 A♭m7 Gm7 G♭maj7
To Coda
31
Fmaj7 Em6 A7 Dm A7(♭13)/C♯ Dm/C Bm7(♭5) 6 Fm7 B♭7
36
6
3 3
3 6
1.
Em7 A7 Dm A7(♭13)/C♯ Dm/C Bm7(♭5) 6 Fm7 B♭7 Em7 D7♭9
41
3 3 6
3
Gm7
C7(9)
G♭7(♯11)
Fmaj7
Gm7 G♯m7 Am7
Dm
Fm7
B♭7
46
2.
Fm7 B♭7 Em7 A7 Em7 E♭7(♯11) Em F7 B♭6
51
6
B♭m6
Gm7
Fmaj7 Am7 A♭m7 Gm
56
6
6
Fmaj7 6
G♭maj7 Em7 A7 Fmaj7 B♭
6 6
60 9
6
3
6 D.S. ao Coda
Fmaj7
B♭7♯11
Fmaj7
65
rit.
1. 2.
B
A7 A7/C♯ Dm Bm7(♭5) Am B7 E7 Am E7 Am G7 C
13
To Coda
C° Bº Em7 A7 Dm7 G7 C G D7
19
G G7/F C7/E C7 F D7/F♯ D7 G7 C E7
25
1. 2.
Am
Am A7 D7 G7 C G7 C E7
31
D.C. ao Coda
A
Am7
C F7 Bm7(♭5) E7 F♯m7(♭5) B7 Em7 A7 Dm7
9
G7 C Em Am7 F♯m7(♭5) Em7 B7 Em7 G7 C
/B
18
Am7
F7 Bm7(♭5) E7 Em7 A7 Dm7 G7
26
B
C
B♭7 A7 Dm7 G7 To Coda C
G7
35
C C7 F E7
43
Am7
D7 G7
G7
51
C A7
Dm7
C G7 Dm7 D♭7 C7M
67
A'
B♭
Cm7 B7 B♭7M F7 E♭7 Am7(♭5) D7
76
Gm7 Em7(♭5) A7 Dm7 G7 Cm7 F7 B♭ Dm/A Gm7 Em7(♭5)
85
Dm7 A7 Dm7 F7 B♭ E♭7 Am7(♭5) D7 Gm7
93
Dm7 G7 Cm7 F7 B♭ A♭7 G7 Cm7
102
F7 To Coda B♭
B' F7 B♭
110
C7 F7 F7 B♭
125
D7 Gm7 G7 Cm7 F7 B♭ G7
133
Cm7 F7 B♭ F7
B♭ C7(9) B7(9) B♭7M(9)
141
D.S. ao Coda
tema
G7M Bm7(♭5) Bm7(11) E7(♭9) Am(7M)
5
F7(9) Am7 D7 G7M B♭m7
10
Am7(11) F♯m7(9) F7 Em7 E7(9) A7(13) B♭7
15
3
3
3 3 6
Am7(11) D7(♭9)
G7M Bm7(♭5) Bm7(11) E7(♭9)
20
Am(7M) F7(9) Am D7 G7
25
E7
G7/F C7M F7(♯11) G Am D7
30 To Coda
3 3
6
6 6
A♭7(♯11) A♭ 9 G9
G6 B♭° Am7 G6
35
D.S. ao Coda
A
Am
= 110
G E♭7 Am D G E7 B7/D♯ B7
F♯7
Em Em/G Bm D7 G E♭7/B♭ Am D /C G /B E7
7
1. 2.
/D♭ E♭7
Am
Am/G E♭ G /D E7 Am7 D7 G G G7
13
To Coda
B C C(♯5) Dm G7 C6 G7 C C7/E F
19
D7 D7/F♯ G7 Cm A♭ B♭7 E♭6
25
1. 2.
G7 C A7(9)/C♯ Dm7 G7 C G7 C D7sus4 G
31
D.S. ao Coda
G7(♭9,13)
= 90 C7M B♭7M Dm7
A C Em/B Am Am/G
G7
Em
C Dm7 G7 C Am Dm7 Dm
7
A♭ B♭m7
A♭
/C
D7/F♯ Em
G7 G(♯5) C Dm7 G7
13
1. 2.
Dm7
A7
G7/B
G7 C G7 C G(♯5)
C C7
19
B
F D♭7/A♭ Gm G7 C7 F6 F A♭° Gm
24
1. 2. A'
C
G♭6
D♭7 C7 F C7 F G(♯5) Dm7
36
D.S. sem rep. 3
e segue
42 Em G7 C C♯° Dm Dm G7 C D7
3
C7(♯11)
A7 Dm G7 C
54
F F♯7 G7 G7 C
Bm7 E7 Am7 Am/G F Fm6 C E7 Am F♯° E B7 E
13 To Coda
G7 C Bm7 E7 Am7 F Fm6 C A7(9) Dm7 G7 C
1. 2. B
20
F
C7
A7
Dm
A7
B♭ F /A Dm G7 C7 F C7 A7
32
1.
Dm7 A7 F7 B♭ F /A Dm Gm7 C7 F
2.
38 D.S. ao Coda
C A7 Dm7 G7 C C A7 Dm7 G7 C
= 82 Gm E♭7 D7 Gm E♭7 D7 G7
C7 E♭7 D7 Gm E♭7 D7
/A♭ G7
Fm6
6
1. 2.
Cm E♭7 A♭ Gm E♭7 D7 Gm Gm F7
12
To Coda
B
B♭ G♭ F B♭ D7/F♯ D7 Gm Gm/B♭
18
D /A Em/B A7/C♯ D F7 B♭ G♭ F7 B♭ B♭7
24
1. 2.
Gm
E♭/G G7/B Cm E♭m6/G♭ B♭ G7 Cm F7 B♭ F7 B♭ D7
30
D.S. ao Coda
= 108
F7M F6
A
F6 Gm7 C7(♭9,13) F6 F° Gm7
5
fill............
11 C7(♭9,13) F6 F° Gm7 C7(♭9,13) F6
17 1. 2.
Gm7
C7(♭9,13) F6 F6
3
To Coda
BDm7 Em7(♭5)
A7(♭13)
Dm6 D7(♭9) Gm7
22
impro
Em7(♭5)
Dm7
E7(♭9) A7 A7(♭13) Dm6
28
3
39 D7(9) F7M G♭7M
D.S. ao Coda
3
44 F7M D7(♭9) Gm7 C7(♭9,13) F7M
3
3 3
3 3
F7M
G♭7M
D7(♭9) 3
49
3 3
3
F(9,♯11,13)
54 Gm7 C7sus4
3
= 60
G Em Am7 Cm7 Cm6 B♭ A♭7(♯11)
7
A
G7M Am6 B♭m6 Bm6 Cm6 F7(9) G7M Am6 B♭m6 Bm6 Cm6 F7(9) Bm7 Em7
1. 2.
F♯7
C♯m7
12
Am7 Cm7 F7 B♭7M
A♭7(♯11)
Am7 D7 G7M C7
6
B
D Bm7
Bm Bm/A Em6/G C7(9) Bm Em7 6 A7
18
6
A♭7(♯11) A
Am7 G7M Am6 B♭m6 Bm6 Cm6 F7(9) G7M Am6 B♭m6 Bm6 Cm6
24
A'
G7M
Cm6
F7(9) G7M Em7 Am7 D7 G6 G♯° Am7 D7 F7(9)
29
3
6
6
6
C♯m7 B
2. Am7
D7(♭9) G7M C7 /G C7 F♯7
Bm Bm Bm Em6
/A
42
A♭7(♯11)
D Bm7 Em7 6 A7 Am7
6
48
6
3
53
A
G7M Am6 B♭m6 Bm6 Cm6 F7(9) G7M Am6 B♭m6 Bm6 Cm6 F7(9) G7M Em7 Am7 D7
59
final
G7
Fm6/A♭
G7M F♯7M F7M F♯7M G7M B♭7 E♭ Cm
F7(9) B♭7M A♭7(♯11) G7(♯11)
64
6
Am6
B♭m6
Dm7
G7
5
F♯m7(♭5)
Fm7(♭5)
C7M/E
A7
9
Dm7 G7 C7M C(♯5)
13
F♯m7(♭5) Fm7(♭5) C7M/E B7
E C♯m7 F♯m7 B7 E G7
21
Am6 A♭m6 C7M/E A7
25
Dm7 G7 C
C7
29
Dm7 E♭° Em7 A7
33
1. 2.
Dm7 G7 C Dm7 Em7 A7 C7M
A
F♯m(11) B7
7
Em7(9)
13 F7M E♭7M
F♯m7 B7
19
25 Em7(9) F7M
E♭7M
31
37 F♯m7 B7 F♯dim B7/D♯ Em
Fim
B
Em7(9) C7(♯11) Em7add9
42
Bm7 E7 Am Am7 D7 G7M Em Em/D
7
48
C♯m7(11) F♯7 Am6 B7 Em
54
C7(♯11) Em Bm7 E7
7
60
Am Am7 D7 G7M Em Em/G Am F♯m7(♭5) B7
66
72 Em
D.S. ao Fim
Em7
E♭°
A F°
= 94 D6
A7
F°
7
D7M Fm7 B♭7 Em7 A(♯5)
D
A7 A(♯5)
Em7
Em7 E7
13
Bm7
3
F°
Em7
E♭° D7M
D6 A7 Fm7 B♭7
19
Am7
B♭(♯5) G7M
Em7 A(♯5) C7(9)
25
D7M
Bm7 Em7 A7 D6 B Am7 D7
31
37 G♯m7 C♯7 Gm7 C7 F♯m7 B7
43 E7(9) A7 F♯m7 F° Em7 A7
D Fm7 B♭7 Em7 A(♯5) D7M F°
55
Em7 E7 E7 Em7 A(♯5)
61
D6 F° Em7 A7 D Fm7 B♭7
67
Em7 A(♯5) Am7 D7 G7M
73
C7(9♯11) D7M Fm7 Em7 A7 D7M
78
3
C7(9,♯11) F7M D7M
83
3 3 3
7
To Coda
1. 2.
B
19 B♭7 E7 Am Am A F7
E7 E7(♭13)/G♯ A E7 A C♯m7 F♯m G♯7 C♯m E7
24
3
A F7 E7 E7(♭13) A A7 D Bm7(♭5) A F♯7
30
36 B7 E7 A A D.S. ao Coda B♭7 E7 Am Dm6
3
3
Am
42
B♭6 Dm7(♭5) G7 Cm
6
com pa pai on tem.e le me dis se.es se ra paz ao car tó rio não vai
1. 2.
E♭m6 B♭ G7 C7 F7 B♭ F7
12
Fim
e que.o nos so.a mor as sim tam bém co mo vai não vai Jo sé o pa pai tem ra
B Cm F7 B♭6 G7 C7 F7
18
zão vo cê não quer pe dir mi nha mão quan do.eu fa lo.em ca sa men to vo cê fi ca bran co no mo men
B♭ G7 Cm C♯° B♭/D G7
24
to pro me ti que ho je.a ca ba ri a com es ta do ce.e len ta a go ni a pois o que.eu que ro.é ca sa men
B♭°
A7 Dm
C7 F7 F7
D.S. ao Fim
30 3
3
to e vo cê Jo sé quer mo vi men to Jo sé
D7 G7 Cm Gm A♭ B♭7 E♭ C7
7
1. 2.
F C A7 D7 G7 C G7 C E7 B Am
13
To Coda
F7
C
G7
F E7 Am
19
C♯°
25 E7 Dm B° C F G7
1. 2.
C A7 Dm G7 C E7 C G7 D7 G7 C
31
D.S. ao Coda
= 70
G6 Em Am D7 G Em Am 3 C♯7 D7
A
G6 Em Am
D7 G6
E♭7(9)
6
Am7 A♭7
Dm7
D♭7
C6
5
3 3 3
6
Bm7(♭5) E7 A D(♯5) G6 Em Am D7 G6 6
C6
B(♯5)
11
G6
1.
Cm7 F7 Bm7 E7 Am7 D7
17
To Coda
B
2. C6
21 G6 Am B7 Em Dm7 G7 E7
Am B7 Em Dm7 G7 C6
E7 Am
Cm6
G6
Em
30
6 6
6
1. 2.
G6
Am7 D7 G6 G6
36
6 D.S. ao Coda
= 50 Gm7
F7M G♭7M
Gm7
G♭7
3
A
5 F7M G♭7M F7M E♭7(9)
9
13 F G♭7M
F E♭7(9)
Fine
B
Cm7 F7 Cm7 F7(♭13) B♭7M Cm7 C♯° Dm7 Gm7 A7 Dm G7
21
Dm7 G7 A♭7M G♭7
F G♭7M
26
A'
F F♯°
Gm C7 F G♭7 F E♭7
36
3
6
6 Gm7 C7(♭9)
F /A A(♯5)
Gm7 G♯°
F
G♭7 F
42
3
6
6
F F♯° Gm G♭7 B
F7M
48 E♭7 B♭7 F7M Dm7 D♭m7 Cm7 F7
Dm7 G7 Dm7 G7 A♭maj7 G♭7
D.S. ao Fim
57
6
Am
D7
G7
Dm
C7M
Cm6
7
A7/C♯
D7 G G°
13
Am D7 G /B B♭° Am G7
19
C7M C♯° G /D Em Cm6/E♭ D7
25
= 200
A7
B
G D D° Em
31
Fim
G B♭° Bm7 E7(♯11) A7 D
43
D7
F° Em A7 F♯m G
49
B7(♭9)
E♭
55 B7(♭9) Em7(9)
D
1. 2.
Em7
A7(13) D D D7
D.C. ao Fim
61
rall.
3
3 3 3 3 3 3
Quan do o.a mor a con te ce a gen te es que ce.a tris te za.o.a mar gor dis sa bor lin dos
3
3
3
so nhos en fim a con te cem tam bém
13
3 3 3 3 3 3
Dois co ra ções pal pi tan do os dois ca mi nhan do na.es tra da do.a mor e da.i lu são bri lha.a
3 3
3
3
lua com ar dour quan do.a con te ce.o.a mor fa
B B♭m7/D♭ B♭m7/A♭
E♭7/G 3 E♭7/G 3 A♭6
21
3 3 3
zen do cas te los de.a mor os mais be los pra dois só dois mo rar jar
Cm7/G Cm7/G
F7 F7 Fm7 B♭7/F E7
25 3 3
3
3 3
dins co lo ri dos em so nhos per di dos num lin do ro man ce.ao lu ar
29
3
3 3 3 3 3 3
Quan do o.a mor a con te ce a gen te es que ce.a tris te za.o.a mar gor dis sa bor lin dos
3
3
3
so nhos en tão a con te cem tam bém bri lha.a
1.
Fm7 A♭m6 E♭6 Cm7 Fm7 B♭7 E7(♯9)
37 3
3
lu a com.ar dor quan do.a con te ce o.a mor
41 E♭6
mor
A
= 90 Dm/A
Dm(7M) Dm A7/E Dm/F
Gm Gm(7M) Fm
7
B♭7(9) Em7 E♭7(9) Dm(7M)
14
21
1. 2.
Gm/B♭ C7 F A7 C7 Dm C7
29
To Coda
36
B F7M D♭7/A♭ Gm B♭m6 F6 Am7
43
51 C7(♭9) F7M D♭7/A♭ Gm B♭m6 F6
F
A7
C7
Dm Dm9(7M)
66
D.S. ao Coda
Dm(7M) F7M
72
F♯7
Gm E7 A7 D G7
3
7
1. 2.
F♯7 Gm Dm E7 A7 Dm A7 Dm C7
13
3 6
To Coda
B
F F(♯5) C7 Gm F F(♯5) Gm C7 Cm F7
19
3 3
C7
C7
F7
B♭ G7 Fm B♭m B♭m
24
1. 2.
B♭m Gm7(♭5) Fm G7 C7
Fm A7 Dm Fm E7 F
31
D.S. ao Coda
E7 A7 Dm Gm A7 Dm D7
7
B
Dm
Gm E♭ A7 Dm D Em
13
To Coda
A7
G
D D F♯m C♯7 F♯m A7
19
A7
D
Em
G
D D7
G C7
25
F B♭7 E♭ A7 D Dm
30
D.S. ao Coda
= 54
Am7
tema G7M
A♭7
Cm7
A♭7 Bm7 Am7
5
3
G7
Dm7
C7M Cm7 F7(9)
G7M Bm7
10
6
Am7
1. 2.
D7(♭13)
Bm7
Bm7 E7
G7M Am7 Bm7 C7M C♯m7(♭5) F♯7 B♭°
16
Am7 G
Am7 A7 D7 B♭6 Gm7 Cm7 F7 Dm7 C♯ο Cm7 B7(9)
23
3
6
6
var. E♭m7
B♭7M B♭7M
Dm7 Cm7 B7(9)
30
3
Dm7 Fm7 B♭7 E7 E♭7M E♭m7 A♭7(9) B♭7M Cm7
35
6
Dm7 E♭7M Em7(♭5) A7 Dm7 G7 Cm7 B7(9) Dm7 C♯° Cm7
41
final
Cm7
C7(9) F7(9) B♭7M B7M Cm7
48 6
B7(9) B♭7(9♯11)
52
= 98 tema
Am/G Fm7(♭5)
C G /B Am D7/F♯
G7(♭13)
C
G7/D C D7 D7/C G7M/B
6
C
B♭° Am7 D7 Dm D♭7(♯11) G /B
12
Am Am/G D7(9) Fm7(♭5) Em7(♭5)
18
C7(13)
F7MB♭7(9) C B♭
A7
Dm
Dm(♯5)
24
1. 2.
G7 C G7(♭13) G7(♭13)
30
To Coda
G /B Am
C Am/G D7(9) A♭m6
35
41
G7(♭13) C D7 G7M B♭°
Am7
D7
Dm
/BD♭7(♯11)
/G C G Am Am
47
D7(9) A♭m6 C7(9)
53
F♯m7(♭5)
/E /C♯
Fm6 C A7 A7 D7 G7
59
6
6
A♭6
C G7(♭13) D♭6
65
D.S. ao Coda
71
C6
C7(♯11)
Em Em/G F♯m7(♭5) B7 Em Em/B Am Am
7
Am C7 C7/G F♯m7 F7(♯11) Em Em/G F♯m7(♭5) B7
12
To Coda
Em Em/B Am B♭° Am Am/E F♯m7(♭5) B7
ponte
17
Em(7M) Em G6 Em7 Am D7(♯11) G /B B♭° Am7 B♭° D7
22
G /B
Em7 Am7
D7 D♯7 E7
F7 D7/F♯
G6
Am A♯°
G /B
B♭°
Am7
3
28
Am7 D7 G E7 Am7 D7 G6 Em7 Am7 F♯m7(11) B7 Em(7M) Em6/C♯
D.S. ao Coda
34
C C♯° G /B F7 E7 Am D7(♭9) G Em(7M) Em
39
Em(7M) C7(♯11)
C 1.
9 E♭ E♭(♯5) A♭7M D♭maj7 G7 G7(13) C G7(13) C
To Coda
2.C D♭
C D♭
C
17
B
A7
Dm
B7(♭9)
Em
A♭
D♭ G7
25
1. 2.
C G7
C
C Cm(7M) Cm7/B♭
Am7(♭5)
G7(♭13)
32
Cm(7M) Cm7/B♭
Fm6
/A♭ G7
C7
F7 E♭
B♭7
39
1. 2.
A♭7M D7 G7 Cm G7 Cm Cm C6
46
6
D.C. ao Coda
Abaixo o QR Code para acessar diretamente a bibliografia utilizada na dissertação de mestrado de Felipe Siles.
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27157/tde-07042022-114022/pt-br.php
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