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Patologia das

Construções
AULA - 03

Prof. Me. Aldo Leonel Temp


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UNIDADE 3 – REVESTIMENTOS E PINTURAS
3.1- Revestimento argamassado
3.2- Revestimento cerâmico (paredes e pisos)
3.3- Pinturas

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ARGAMASSAS

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REVESTIMENTOS EM ARGAMASSA - FUNÇÕES

•Proteção da obra / durabilidade do edifício;


•Estanqueidade / impermeabilidade;
•Isolação térmica;
•Isolação acústica;
•Eventual proteção contra ação do fogo;
•Higiene / salubridade →lavabilidade;
•Estética / acabamento;
•Regularização para outros revestimentos;
•Contribuição mecânica (peças suspensas etc).
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PROPRIEDADES REQUERIDAS DAS ARGAMASSAS
Estado fresco Estado Endurecido
•Resistência mecânica
•Consistência (impacto,desgaste por
•Coesão abrasão etc)
•Plasticidade •Resistência ao fogo
•Trabalhabilidade •Aderência
•Retração
•Retenção de água •Capacidade de deformação
•Aderência inicial •Impermeabilidade
•Condutibilidade térmica
•Resistência ao
congelamento
•Resistência aos sulfatos
•Durabilidade
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Principais patologias dos revestimentos em
argamassa

•Irregularidades geométricas (desvios do plano,


requadramentos, arestamentos tortuosos etc);
•Fissuras;
•Descolamentos;
•Desagregação;
•Esborcinamentos;
•Proliferação de fungos.

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FISSURAS

Fissuras de retração
•Traço inadequado;
•Teor excessivo de finos;
•Material argiloso na areia;
•Excessiva absorção da base
•Excessiva evaporação
(insolação, ventos);
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Fissuras horizontais

-Assentamento plástico /
descolamento;
-Expansão da argamassa de
assentamento (sulfatos, presença
de material argiloso na
argamassa etc.)

Fissuras verticais ou inclinadas:


Possível enfraquecimento pela presença de tubos e eletrodutos.

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Fissuras mapeadas, com espaçamentos/aberturas regulares

•Movimentações higrotérmicas diferenciadas entre


revestimento e estrutura, eventualmente associadas à
retração de secagem da argamassa.
Fissuras nas juntas de assentamento dos blocos

•Blocos com alto poder de absorção de água, blocos


ressecados, com elevada retração (“blocos verdes”);
•Retração da argamassa / juntas secas;
•Pequena espessura do revestimento;
•Falhas no assentamento (materiais ou mão-de-obra).
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• Eflorescências

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FORMAÇÃO DE VESÍCULAS, BOLHAS, EMPOLAMENTOS

•Hidratação retardada de óxidos;


•Presença de pirita, matéria orgânica
ou concreções na areia;

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FORMAÇÃO DE VESÍCULAS, BOLHAS, EMPOLAMENTOS

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Manchas escuras / Umidade em trechos das paredes

•Manchas escuras localizadas - contaminação da areia


com pirita e / ou material orgânico;
•Manchas de ferrugem - contaminação da areia com
concreções ferruginosas;
• Manchas de gordura - contaminações com
desmoldantes, graxas etc;
•Bolor / fungos - acesso de umidade ao revesti-mento,
más condições de ventilação, vazamentos de instalações
de água ou esgoto etc;

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DESAGREGAÇÕES, EXPANSÕES E PULVERULÊNCIAS

•acesso de umidade ao revestimento;


•argamassas com teores excessivamente baixos de
cimento;
•argamassa constituída com material argiloso (expansões
na umidificação, retrações na secagem, desagregando
progressivamente o material);
•hidratação retardada de óxidos de cálcio ou magnésio
presentes na cal hidratada;
•argamassa composta com gesso, em contato com blocos
ou juntas de assentamento com cimento não hidratado;
•cristalização de sais / ataque por sulfatos;
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UMIDADE FOTOGRAFANDO BLOCOS “FANTASMAS”

•traço inadequado / argamassa muito porosa;


•camada muito fina;
•retenção de água pelos blocos;
•falta de impermeabilização/ falta de conservação;

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DESCOLAMENTO NA INTERFACE PAREDE/ EMBOÇO
OU PAREDE / MASSA ÚNICA

•revestimento aplicado sobre base suja (poeiras,


eflorescências,bolor);
•revestimento aplicado sobre base muito absorvente/ressecada;
•revestimento aplicado sobre base saturada;
•revestimento aplicado sobre base muito lisa ou pouco absorvente;
•revestimento aplicado sobre concreto com desmoldante;
•argamassa pobre em aglomerante (pequeno poder de aderência);
•argamassa muito rica em cimento (pequeno poder de acomodar
movimentaçõesda estrutura ou do próprio revestimento);

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•contaminação da areia e/ou da água de amassamento com
matéria orgânica (inibindo reações de hidratação do cimento);
•emprego de cal hidratada "rica" em adulterantes (finos
inertes);
•emprego de argamassa constituída por “saibro”, “caulim”,
“areia de estrada”, “areia de barranco”etc;
•aplicação de camada muito fina (evaporação rápida da água);
•aplicação de camada muito grossa (excessivo peso próprio da
camada de argamassa fresca, dificuldade de carbonatação da
cal próxima à base da parede);
•remistura de argamassa após início da hidratação do cimento;
•aplicação de pintura impermeabilizante antes do
endurecimento;

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DESCOLAMENTO NA INTERFACE EMBOÇO / REBOCO

•contaminação da areia e/ou da água de amassamento com


matéria orgânica (inibindo reações de hidratação do cimento);
•emprego de cal hidratada "rica" em adulterantes (finos
inertes);
•emprego de argamassa constituída por “saibro”, “caulim”,
“areia de estrada”, “areia de barranco”, etc;
•aplicação de camada muito fina (evaporação rápida da água);
•aplicação de camada muito grossa (excessivo peso próprio
da camada de reboco, dificuldade de carbonatação da cal);
•remistura de argamassa após início da hidratação do
cimento;
•aplicação de pintura impermeabilizante na parede antes da
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carbonatação da cal.
Referencias
Notas de Aulas Professora Luciane Lorenzi,2010.
Notas de Aula Professor Ercio Thomaz.
SOUZA,Vicente;RIPPER,Thomaz. Patologia,recuperação e
reforço de estruturas de concreto. Editora Pini,2009.

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