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SISTEMA DE POTENCIA Texto 7
SISTEMA DE POTENCIA Texto 7
A Figura 1.35 mostra o modelo do gerador síncrono de rotor cilíndrico (pólos lisos).
ra = resitência da armadura;
XS = reatância síncrona, que é a soma da reatância Xa, devido a reação da armadura, e da
reactância X devido a dispersão.
Pode-se desprezar a resistência da armadura nas máquinas em que esta é muito menor que XS.
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A representação da carga depende muito do tipo de estudo realizado. Em geral, a carga pode
ser representada por:
impedância constante;
corrente constante; ou
potência constante.
É importante que se conheça a variação das potências activas e reactivas com a variação da
tensão. Em uma barra típica a carga é composta de:
O arranjo designado Barra Simples, apresenta um custo bastante baixo, é utilizado para suprir
regiões de baixa densidade de carga. Normalmente, o transformador da subestação (SE)
apresenta potência nominal de 10 MVA. Este tipo de SE pode contar com uma única linha de
suprimento. Este arranjo conta, na alta tensão de um único dispositivo para a proteção do
transformador. Sua confiabilidade é baixa, pois quando ocorre uma contingência na
subtransmissão, há perda de suprimento da SE.
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Neste tipo de arranjo, aumenta a confiabilidade do sistema, dotando a SE de dupla alimentação
radial, o alimentador de subtransmissão é construído em circuito duplo operando a SE com
uma das duas chaves de entrada aberta.
Quando houver uma interrupção no alimentador em serviço, abre-se sua chave de entrada,
normalmente fechada (NF), e fecha-se a chave, normalmente aberta (NA) do circuito de
reserva. Para a manutenção do transformador ou do barramento é necessário o desligamento
da SE.
Este arranjo é utilizado em regiões com maior densidade de carga. Aumenta-se o número de
transformadores o que torna a SE com maior confiabilidade e maior flexibilidade operacional.
A Figura 1.37 mostra uma barra dupla com dois circuitos de suprimento com saída dos
alimentadores primários.
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Fig. 1.37: Barra dupla com dois circuitos de suprimento (Saída dos alimentadores primários).
Este arranjo é uma evolução do arranjo anterior, onde se distribui os circuitos de saída em
vários barramentos, permitindo-se maior flexibilidade na transferência de blocos de carga entre
os transformadores, e a manutenção dos disjuntores é realizada através do disjuntor de
transferência.
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e) Barra dupla com barra de transferência
A Figura 1.39 mostra uma subestação com barra principal e barra de transferência.
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Transformadores trifásicos em banco podem operar em conexão Delta aberto (V), com um dos
transformadores monofásicos em manutenção, podendo fornecer 58% da capacidade nominal
do banco.
Nas contingências, a SE pode operar com capacidade reduzida, o que não é possível com
transformadores trifásicos. A utilização de quatro unidades monofásicas permitiria a SE operar
a plena capacidade, com uma unidade fora de serviço.
Embora seja exacto considerar as características da Potência Actia e Tensão (PV) e Potência
Reactiva e Tensão (QV) de cada tipo de carga para simulação de fluxo de carga e estabilidade,
o tratamento analítico é muito complicado. Para os cálculos envolvidos existem três maneiras
de se representar a carga, que são tratadas em módulos apropriados.
A Figura 1.41 mostra a representação da carga como potência activa e reactiva constantes.
Fig.1.41: Representação da carga como potência constante para estudo de fluxo de potência.
Neste estudo, as cargas estáticas e pequenas máquinas são desprezadas. Somente as máquinas
de grande porte contribuem para o curto-circuito, logo apenas estas máquinas são consideradas.
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1.7.4 Representação da carga pelo modelo ZIP
impedância constante;
corrente constante; e
potência constante.
𝑝𝑧 + 𝑝𝑖 + 𝑝𝑝 = 1,0 (1.69)
onde:
𝑝𝑧 , 𝑝𝑖 𝑒 𝑝𝑝 - São os percentuais de carga com impedância, corrente e potência constantes,
respectivamente. Esse percentual varia se considerada a determinação para a potência
activa ou reactiva
e
𝑞𝑧 + 𝑞𝑖 + 𝑞𝑝 = 1,0 (1.71)
onde:
𝑉2
Impedância constante => 𝑃 = , Ex.: Chuveiros, iluminação incandescente.
𝑅
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V
Corrente constante => P = VxI, Ex.: Rcctificadores e iluminação.
V
`Potência constante => VxI Ex.: motores.
2.1.1 Função
2.1.3 Constituição
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Fig. 1.35: Sistema eléctrico de Potência.
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2.1.4 Eficiência
Para atingir um ponto de eficiência, onde se consiga economizar os investimentos, cada vez
mais se tem buscado operar e expandir o sistema utilizando critérios de custos.
Para operar a menor custo, deve-se gerar toda a energia através de fontes hidráulicas, que são
largamente mais baratas. Entretanto, essa operação para longo prazo é complicada, pois
depende do ciclo das águas e do regime de chuvas na região dos reservatórios das usinas.
Nos períodos de seca, estas usinas podem levar a racionamentos na produção de electricidade,
pois as turbinas precisam de uma vazão mínima de água para gerar energia dentro da tensão e
frequência padronizadas. Assim, para a operação, o menor custo é um meio-termo onde se gera
parte nas hidroelétricas e parte em centrais térmicas ou outro tipo de usinas, de forma a deixar
sempre uma certa reserva de energia hidráulica para o futuro.
Para o planeamento da transmissão, o menor custo ocorre quando é mínima a totalização dos
custos dos investimentos necessários para atender o critério de custos das perdas térmicas e
outras perdas de transporte da rede eléctrica. Para transmitir grandes quantidades de energia
com a menor perda possível, faz-se uso de elevadas tensões eléctricas, geralmente, de até
765 000 volts.
O uso de tensões elevadas pode ser explicado pelo efeito da transformação de potência eléctrica
(uso de transformadores), onde temos que ao elevar a tensão elétrica V, para uma
mesma potência elétrica P, teremos uma menor corrente eléctrica I. Como as perdas térmicas
são dadas pela Lei de Joule, que afirma que a perda é proporcional ao quadrado da corrente,
conclui-se que reduzindo a corrente eléctrica e aumentando a tensão obtemos uma significante
redução nas perdas.
Assim, se fará necessário toda uma cadeia de geração, elevação de tensão, subestações,
transmissão, redução de tensão e distribuição da energia elétrica. O que envolve uma enorme
quantidade de equipamentos, como:
Geradores;
Transformadores;
Disjuntores;
Pára-raios;
Chaves seccionadoras;
Relés;
Isoladores;
Estruturas de suporte e sustentação;
Sistemas de gerenciamento por computadores.
Portanto, os sistemas eléctricos de potência são essenciais para garantir o melhor índice de
eficiência na geração e consumo da energia eléctrica, assim como garantir os padrões
de qualidade, confiabilidade e continuidade.
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A Gestão de Energia e Operação de Sistemas Elétricos é uma tarefa extremamente difícil e
complexa e exige:
o técnicas;
o econômico-financeiras.
É de lembrar que armazenar uma grande quantidade de energia na forma eléctrica é uma
tarefa inviável.
a continuidade;
a qualidade; e
a economia.
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A dificuldade ou a complexidade da gestão de energia aumenta à medida que mais agentes
(geradores, transmissores, consumidores, etc), novas tecnologias e forças sócio-econômicas
são incluídos nos Sistemas Electro-Energéticos.
Os controles centrais são responsáveis pela coordenação geral dos sistemas, isto é, passam
a ocupar-se do nível mais alto na hierarquia.
Controle de Geração:
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Despacho Econômico (ou óptimo).
A estratégia de dois sistemas independentes, perdurou até o final da década de 60, quando os
pesquisadores começaram a analisar o problema de um ponto de vista sistêmico, tendo como
motivação:
Segurança; e
de Controle de Segurança em Tempo-Real
o Controle de Geração;
Para a determinação dos estados operativos, as seguintes restrições devem ser consideradas:
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o refletem a necessidade de serem obedecidos os limites de operação dos
equipamentos do Sistema, por exemplo, a máxima potência que pode ser
transmitida por uma determinada linha de transmissão; e
Normal Seguro;
Normal Alerta;
Emergência; e
Restaurativo
Neste estado, são obedecidas as restrições de carga e operação; nem todas as restrições
de segurança são obedecidas.
Da mesma maneira que no estado seguro, o sistema está intacto, com atendimento de
toda a sua demanda e sem nenhuma violação de limites de operação, porém, a
ocorrência de pelo menos uma das contingências listadas como possíveis poderá levar
o sistema para o estado de emergência.
Estado de Emergência:
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Estado Restaurativo:
Este estado é atingido quando uma emergência é eliminada por desligamento manual
ou automático de partes do sistema, efetuado pelo centro de controle ou por dispositivos
locais.
As restrições operacionais são obedecidas, mas o sistema não está intacto (cargas não-
atendidas, ilhamentos, etc). Nota-se, portanto, que ao se passar do estado de emergência
para o estado restaurativo, sacrifica-se a integridade total do sistema, a fim de se
resgatar a observância das restrições de operação.
Para a execução das estratégias acima, os centros de controle são constituídos pelo
Sistema de Análise de Redes, que aglutinam várias funções ou programas distintos.
Para reduzir os problemas de análise de redes, a rede eléctrica é geralmente dividida em:
sistema interno; e
sistema externo
Sistema externo: compreende todas as áreas não supervisionadas que são interligadas ao
sistema interno de uma dada empresa.
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A Figura 2.2 mostra o modelo de barra-linha considerando chaves e medidores.
1) Análise de Observabilidade;
2) Estimação de Estado propriamente dito;
3) Processamento de Erros Grosseiros.
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Programa de Previsão de Carga:
Simulações Estáticas:
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Análise de Fluxo de Potência e de Estimação de Estado sob condições de
contingências de equipamentos (perda de geradores, linhas, transformadores,
medidores, UTRs, etc);
Análise e Detecção de Ilhamento Elétrico e Identificação de Ramos Críticos (ou
Linhas Críticas).
Simulações Dinâmicas:
Controle Preventivo:
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