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20 de Abril de 2000
,
I S~RJE- Número 16
BOLETIM DA REPUBLICA
PUBUCAÇÃD OFICIAL DA REPÚBLICA D[ M~AM8IQUl
3.° SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE Art. 2. São revogadas as disposições contrárias ao pre-
sente Decreto.
AVISO
Aprovado pelo Conselbo de Minis:ros.
A matéria a publicar no .Boletlm da República.
deve ser remetida em cópia devldarnente autenticada. Publique-se.
uma por cada assunto, donde conste. além das Indi-
cações necessárias para esse efeito, o averbamento O Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi.
seguinte, assinado e autenticado: Para publlcaçio no
-Boletim da República»,
Regulamento que Estabelece as Competênc as
e os ProcedImentos Re'ativos à Atribuição de Concessões
SUMÁRIO de Produção, Transporte, D'stribu:ção e Comere al'zação
de Energ:a Eléctrica. bem como a sua Importação e fxpvrta\ào
Conselho de Ministros:
Decreto n.' 8/2000' CAPtTUW I
Aprova o Regulamento que estabelece as competências e Disposições preliminares
os procedimentos para atribuição, controlo e extinção de
concessões de produção, transporte, distribuição e comer- ARTIGO I
cialização de energia eléctrica, bem COIBO a sua impor-
tação e exPOrtação. Delniç6es
Decreto n.' 9/2000. Para efeitos de aplicação do disposto neste Regulamento.
Revoga o Decreto n.' 35/93, de 30 de Dezembro. salvo se o contexto em que inserirem exigir sentido dife-
rente, as palavras e expressões seguintes terão o signifi-
cado que a seguir se lhes atribui:
«Actividades Reguladas» significa cada uma das actíví-
CONSELHODE MINISTROS dades de produção, transporte. distribuição e comercíalí-
zação, incluindo a importação e exportação, de energia
Decreto n.. 8/2000 eléctrica realizadas ao abrigo de uma concessão.
de 20 de Abr;1 «Centro de Despacho» é o centro de contrclo da Rede
Nacional de Transporte (RNT) afecto à sociedade coa-
Tomando-se necessãrlo regulamentar a Lei n.· 21/91, cessionária.
de 1 de Outubro, que faculta a pessoas singulares c colec- «CNELEC» é a designação abreviada do Conselbo
tivas a possibilidade de explorarem o serviço público de Nacional de Electricidade. criado pela Lei no' 21/91, de
fornecimento de energia eléctrica em regime de concessão, 1 de Outubro,
ao abrigo do disposto no artigo 42 da Lei n.· 21/91, «Concessão de Comercialização,. é a autorização dada
de 1 de Outubro, o Conselbo de Ministros, decreta: pela Entidade Competente, conferindo à sociedade eon-
Artigo 1. I! aprovado o Regulamento que estabelece as cessionária a faculdade de venc'er energia eléctrica a um
competências e os proeedímentoe para atribuição, controlo consumidor para utilização própria ou para efeitos de
revenda a terceiros.
e extinção de concessões de produção. transporte, distrl-
buição e comercialização de energia eléctrica. bem como «Concessão de Distribuição» é a autorização dada pela
a sua importação c exportação. em anexo e que constitui Entidade Competenfe; conferindo à sociedade concessio-
parte integrante do presente Decreto. nária levar a cabo as actividades de distribuição e comer-
cialização de energia eléctrica.
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«Concessão de Produção» é a autorização dada pela «Pessoa Interessada» qualquer sujeito de direito, deten-
Entidade Competente, conferindo à sociedade concessio- tor do direito do uso e aproveitamento da terra no lugar
nária a faculdade de produzir e comercializar energia onde se vai instalar o projecto ou directamente ínterres-
eléctrica. sa no fornecimento de energia eléctrica.
«Concessão de Transporte» é a autorização dada pela «Plano de Desenvolvimento» é o conjunto de docu-
Entidade Competente, conferindo à sociedade concessio- mentos li planos do projecto relativamente à construção
nária a faculdade de transmitir energia eléctrica das subes- de Instalações eléctricas, bem como os seu incrementos
tações elevadoras às abaixadoras, bem corno de comer- e. extensões a serem realizadas nas instalações eléctricas,
cializar tal transporte. com vista ao seu melhoramento.
«Sociedade concessionária existente» significa a pessoa «Plano de Investimento de Capital» é a estimativa de
jurídica a quem, à data de entrada em vigor deste custos para a construção do empreendimento objecto do
Regulamento, esteja atribuída uma concessão para a pro- pedido de concessão, ou ainda o custo estimado para a
dução, transporte ou distribuição, incluindo a importação Implementação do Plano de Desenvolvimento.
e exportação, de energia eléctrica.
«Rede de Interligação» é a rede constituída pelas linhas
«Entidade Competente» Conselho de Ministros, Minis- de alta e muito alta tensão que estabelecem a ligação
tro que tutela a área de energia, órgãos locais do Es:ado e entre a Rede Nacional de Transporte e a rede de trans-
órgãos autárquicos a quem são atribuídas competências porte dos países vizinhos.
para atribuir concessõesnos termos do presente Regula.
mento. «Serviço Público de fornecimento de Energia eléctrica»
significa a concepção, construção, exploração e gestão
«Instalação de Alta Tensão» são aquelas com tensão das actívidades de produção, transporte, distribuição,
superior a 66 KiloVolt (kV) e igualou inferior a 220kV. Incluindo a importação e exportação, de energia eléctrica,
«Instalações de Baixa Tensão» são aquelas com tensão para consumo público de forma a contribuir para o desen-
até 1 kV. volvimentoeconómiconacional e bem-estardas populações.
«Instalações de Muito Alta Tensão» são aquelas com «Tensão Minima de Transporte» significa 66 kV ou
tensao superior a 220kV. outra tensão que venha a ser determinada por lei.
«Instalaçõea de Média Tensão» são aquelas com tensão
superior a 1 kV e igualou inferior a 66 kV. ARTIGO 2
competências, na medida em que forem reunindo con- d) O local onde podem ser dados esclarecimentos
dições para a emissão de concessões, ouvido o Ministro adicionais aos concorrentes e examinado o
que superintende a área da administração estalai. caderno de encargos;
6. A autorização para o aumento da capacidade de e) Preço de caderno de encargos.
produção que resulte numa capacidade total igual ou
superior a 1 MVA, bem como para a ampliação de ARnoo 6
sistemas de transporte e distribuição de energia eléctrica
caderno dI> _""
que ultrapasse os limites territoriais sob jurisdição dos
órgãos referidos no número 4 deste artigo, deve ser pre- No caderno de encargos deverá indicar-se:
víamente requerida ao Ministro que superintende a área
de Energia. a) A natureza e objecto da concessão que se pretende
atribuir;
Almoo 4
b) O modelo do contrato de concessão;
Acesso il infonnaçã,o
c) A descrição sumária dos elementos caracteriza.
I. O Ministério de tutela da área de energia manterá dores do objecto de concurso;
um arquivo público, dos seguintes documentos: d) O direito que a Entidade Competente se reserva
a) Processos de licenciamento e atribuição de con- para efeitos de adjudicação;
cessões; f) Os critérios de avaliação das propostas.
b) Petições, decisões e outros materiais resultaotes e) O; termos de referência do estudo de impacto
de consultas públicas; ambiental. quando exigível, nos termos esta-
c) Processos de conciliação, mediação e arbitragem. belecidos na legislação aplicável;
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25 DE ABRIL DE 2000 60-(9)
pela Entidade Competente. esta decidirá sobre a atribui. 2. A sociedade concessionária. bem como os seus sócios.
ção de concessão. podem participar no capital social de qualquer eutra
ARTIGO 14
sociedade concessionária de fornecimento de energia eléc-
Conur.caçllo da 8lr.b.fç'o da ClOf1CII8sl1o trica. desde que tal participação não lhe confira, uma
posição de domínio económico, salvo autorização do
1. A Entidade Competente notificará cada um dos con-
Ministro que superintende a área de energia. no intereaae
correntes que tenham submetido a sua proposta nos público. ouvido o CNELEC.
tennos do presente Regulamento da decisão final reIati.
vamente à atribuição da concessão. ARTIGO 19
2. A notificação a que se refere o número anterior, fonnII do COtlbatoda """'
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_'01'10
especificará:
a) Se a concessão foi adjudicada e o nome do adju. 1. A atribuição da concessão será feita mediante a
dicatário: celebração de um contrato administrativo entre a Entidade
Competente e a sociedade concessionária.
b) Qualquer condição suspensiva da concessão, in-
cluindo a conclusão doa procedimentos de 2. Os contratos de concessão deverão ser publicados
expropriação tal como previsto na Lei de no Boletim da República, observando as disposições da
Electricidade e, sendo o caso, a obtenção do Lei de Electricidade e seus Regulamentes, sob pena de
nulidade.
respectivo título de uso e aproveitamento da
terra; 3. Do contrato de concessão deverão constar, para
além das licenças atribuídas. disposições relativas a:
c) O prazo para apresentação de reclamações. que
não deverá ser inferior a 15 dias a contar da a) Natureza e objecto da concessão;
data da notificação; b) Duração:
c) Direitos e obrigações das partes;
â) Qualquer outra informação considerada relevante.
d) Tarifas. taxas e impostos aplicáveis;
3. A Entidade Competente deverá proceder. nos 15 e) Meios de resolução de conflitos. recurso conten-
dias subsequentes à data limite para apresentação das cioso e arbitragem;
reclamações. à publicação da referida atribuição através f) Responsabilidade civil e seguros;
de anúncin num jornal de maior circulação nacional. g) Uso e aproveitamento da terra;
h) Garantias;
ARTIGO 15 i) Medidas de protecção ambiental;
Reckmaçlíes j) Lei aplicável;
k) Resgate por parte do 'Estado;
A Entidade Competente deverá. no prazo de 20 dias I) Minuta de contrato de vinculação com a Opera-
a contar da data limite da apresentação das reclamações. dora da Rede Nacional de Transporte de ener-
dar provimento ou não às reclamações. durante o qual gia eléctrica;
fica suspensa a atribuição da concessão. m) Utilização de recursos hídricos.
ARTIGO 16 ARTIGO 20
SlmpTf CQÇIio do Pl"CIC:'eS8O DuraçIo da oancoasIlo
Quando se tratam de concessões previstas nos números 1. As concessões de produção terão uma duração
:5 e 4 do artigo 3 do presente Regulamento. os prazos máxima inicial. consoante o recurso natura1 que utilizem,
referidos nesta secção serão reduzidos a metade. e serão não superior a:
dispensadas as formalidades constantes das alineas d), h)
a) Cinquenta anos quando se trate de aproveitamen.
e j) do n.' 2 do artigo 7. e a1fneas d) e e) do artigo 8. tos hidroeléctricos;
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Secção II
b} Vinte cinco anos em todos os outros casos.
COIOCBSSIo 2. As concessões de transporte e distribuição. terão a
duração máxima de vinte e cinco anos.
3. As concessões de comercialização. terão a duração
00 contrato de concessão DUú<únade dez anos. "
4. Nos casos de uma concessão abrangendo várias
ARTIGO 17 aetivídades, a mesma terá a duração mãxíma inicial da
Celabralçllo do 00I\tII:dD concessão de prazo mals longo excluindo a a1inea a) do
número 1.
t. Para efeito da celebração do contrato de concessão ARTIGO 21
o concorrente a quem tenha sido atribuída a concessão
Taxas da oancoasIlo
deverá constituir-se sob a forma de sociedade comercial.
2. A assinatura do contrato está condicionada à apre- 1. E devida uma taxa anual até ao valor máximo
sentação da licença ambietal nos termos da legislação correspondente a 10% da receita bruta.
aplicável. 2. Para efeitos do número anterior. cada sociedade
ARTIGO 18
concessionária enviará à Entidade Competente com cópia
Cond'tu"çIo de .c);(edn1M COIICBes:on6rf_ ao CNELEC. até 31 de Maio de cada ano. um relat6rio
de contas devidamente auditado, correspondente ao exer-
t. A sociedade concessionária pode. em conformidade cfcio do ano anterior, incluindo o Balanço e a demonstra.
com o disposto na legislação comercial. asscclar-ee ou ção de resultados.
adquirir partes no capital de outras sociedades, com a
restrição prevista no número seguinte. 3. Ouvido o CNELEC. os Ministros que superinten-
dem as áreas das finanças e de eneIgla, fIXarão por
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1 $SRIE-NOMERO 16
diploma ministedal conjunto o valor da taxa. pagar o d) Pllgar as indelllllizações devidas p,la constilUlção
os mecanismos ·de líquídação, cobrança o destino dos de servidões e expropriação que requeiram às
valores destas taxas, sem prejuízo do estabelecido no entidades competentes;
Decre,o n.· 24/97. de 22 de Julho. fi) Proceder à construçllo, manutenção e reparação
4. O CNELEC. conforme a documentação referida no das infra-estruturas necessárias à exploração
nÚl)l.ero 2 deste ar .ígo, vai propor o valor da tua a da concessão.
pagar tomando em consideraçiío o valor actual do empre-
endimento. 2. Sem prejuízo das suas obrlgaçlles nos tenoos da
22
AllTloo legislação em geral, da lei da Electricidade e 8eus Regula-
~"'911o mentos. bem como do Jlróprlo contrato de conceesãc, as
sociedades concessionánas deverão:
1. Som prejuízo dos poderes acomotidge • OutrllS entl-
a) Garantir que todas as condições técnicas e nonoas
dados, cabo 110 Ministério quo suporil!ltende a área do
energia a fiscalização de todos os aspectos da concessão de segurança para a instalação eiéctrica. sejam
que se insiram no âmbito de SUll competência, nomeada- observadas;
mente o cumprimento da lei o do respectivo contrato. b) Desenvolver l\Cções,necesBátias visando a promo-
2 Para efeitos do número anterior. a socíedade conces- ção do uso eflclente de energia eléctrica pelos
sionária deve prestar touas as informações e facultar todos conaumldores;
os documentos que lhos forem solicitados, bem como per- c) Diligenciar no sentido de garantir que GlS direitos
ml.ir o livre acesso dos funcionários o agentes das entl- do consumidor sejam respeitados;
dades fiscalizadoras devi,damonte identificados. a quais- d) Cumprir, entre outras, com as normas do regime
quer instalações eléctricas. de licenciamento de imstal8ÇÕeseléctricas.
Sub.ocç4o II 3. Na prossecuçllo dos deveres acima mencionados, o
DI S~dade ConoeesiOn6rfe CNELEC intervirá por sua iniciativa ou quando para tal
for solicitado e as suas recomendações deverão ser segui.
AllTloo 23 das pela sociedade concesslonárÜl.
PBtrm61).·o 4. Para além das publicações a que estão sujeitos o
1. A sociedade concessionária não poderá alienar. dispor. balanço e as contas das empresa. nos tQrmos do Código
dar de garantia. transferir, transmrtlr, nem ceder, nem Comerciai, a sociedade concessionária deverá:
por qualquer forma onerar. total ou parcialmente. o patri. a) Fornecer à Entidade Competente, até 31 de Mala
mõnío abrangido peia concessão,' sem a prévia autoriza. de cada ano, cópia do relatório de contas devi.
ção Entidade Competente. damente audltadas;
2. Compete à Entidade Competente a homolpgação de b) Sujeitar-se a q\lalsquer auditorias sollcltadas pela
propos.as de intervenção nos sistemas, que de forma Entidade Competente.
substantiva qualitativa influam no funcionamento das
instalações eléctricas e que poasam agravar llS tarifas de AaTIOO 26
venda de energia eléctrica. O•. lII1tlae
3. Os limitei das nru1tas referidas no número anterior, c) O grau de prudência e razoabilidade do operador;
serão actualizados por despacho conjunto dos Ministros
d) O Plano de investimentos;
que superintendem as áreas de finanças e de energia, de
acordo com o Indíce do Preço no Consumidor publi- e) O programa de exploração.
cado pelo Instituto Nacional de Estatística.
2. Apenas no caso de, durante o período de três anos
4. Os Ministros que superintendem as áreas de energia acima referido, ocorrer um evento qualificado como sendo
e de finanças fixarão por diploma ministerial conjunto de força maior, poderá a sociedade concessionária requerer
os mecanismos de liquidação, cobrança e destino destas a desistência da renovação.
multas sem prejuízo do estabelecido no Decreto n. 24/ O
/97. de 22 de Julho.
Subsecção IV
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60-(12) I SSRIB-NOMSRO 16
AilTlOO 35 4. Não constituem causas de revogação os factos ocor-
SlellO$ da oxfn910 ridos por motivo de força maior e, bem assim, aqueles
que a Entidade Competente aceite como justificados.
1. A extinção da concessão fará reverter, para o Bsta-
do, ou para a entidade que este indicar, todas as insta- 5. No caso de pretender revogar o contrato, designada-
lações e bens afectos, nos termos dos artigos 24 e 25 da mente pelo facto referido na alínea f) do número 1, a
Lei de Electricidade. ' Entidade Competente deverá ainda notificar os principaIs
credores conhecidos da sociedade concessionária para, no
2. Da reversão prevista no número anterior excluem-se: prazo que lhes for determinado, nunca superior a três
a) Os bens e meios não afectos li concessão: meses, proporem uma solução que possa sobrestar à res-
b) Todos os bens próprios da sociedade concessio- cisão, desde que a Entidade Competente com ela concorde.
nária: 6. A revogação prevista no número I, determina a
c) Os fundos consignados li garantia ou cobertura de reversão de todos os bens e melos afectos li concessão
obrigações da sociedade concessionária de cujo para o Estado ou outra entidade que este indicar, nos
cumprimento lhe seja dada quitação pela Entí- termos do n.O 1 do artigo 32, sem direito a qualquer
dade Competente, a qual se presume se, decoro indemnização.
Ailnoo 37
rido um ano sobre a extinção dll concessão,
não houver declaração em contrário do Minis- Reac'sIo por Par1IIl ckI SlIa:ed<lde Conceaalon6r:e
tro que superintende a área.
1. A sociedade concessionária poderá rescindir o con-
3. Se no 12.0 mês posterior à data da extinção da trato de concessão mediante notificação dirigida à Entí-
concessão se mantiverem ónus ou encargos respeitantes dade Competente, com antecedência de 12 meses, dando
aos contratos de aquisição de bens das respectivas ínfra- a conhecer a sua intenção, com base nos seguintes motivos:
-estruturas ou fornecimento de serviços com elas rela- a) Incumprimento grave de qualquer das cláusulas
cionados, o Estado asauml-los-ã desde que a respectiva contratuals por parte da Entidade Compe-
Entidade Competente haja autorizado a sua contratação tente: ou
pela sociedade concessionária e não se trate de obrigações b) Ocorrência de caso de força maior.
já vencidas mas não cumpridas.
4. A reversão das instalações eléctricas e bens afectos 2. Nos casos referidos no número anterior será consi-
à concessão, será precedida de vistoria às referidas insta- derada como legítima e válida a justificação da rescisão
ções e bens, realizada pela Direcção Nacional de Energia, pelo comprometimento grave elou impossibilidade do
li qual assis:irão representantes da sociedade concessionária. exercício adequado das actividades objecto da concessão,
bem como do fornecimento regular e contínuo de energia
AilTIOO 36 eléctrica.
Ravogaçlo 3. A Entidade Competente deverá no prazo de 60 dias
a contar da data da notificação pela concessionária justi.
1. A Entidade Competente poderá revogar o contrato car ou fazer a causa de rescisão findo o qual a rescisão
quando tenha ocorrido qualquer dos factos seguintes: consíderar-ee-ã efectiva.
4. A rescisão do contrato produzirá os seus efeitos
a) Desvio do objecto da concessão; desde a data da sua comunicação à Entidade Competento
b) Interrupção prolongada da exploração do serviço por carta registada com aviso de recepção.
por facto directamente imputável à sociedade 5. A rescisão determina Igualmente a reversão para a
concessionária nos termos a fixar no contrato Entidade Competente de todo os bens e meios afectos à
concessão: concessão, sem prejuízo do direito da sociedade conces-
c) Recusa reiterada ao exercício da fiscalização, sionárla a ser ressarcido dos prejuízos que lho forem
repetida desobediência às determinações da causados.
Entidade Competente ou sistemática Inobser- Ail1'lOO 38
vância da Lei de Electricidade e respectivos Deourso do ~
Regulamentos, quando se mostrem ineficazes
as sanções aplicadas; 1. Cessando a concessão pelo decurso do respectivo
d) Recusa em proceder à adequada OOllServaçãoe
prazo, a Entidade Competente pagará ~ sociedade con-
reparação das infra·estruturas; cessionária uma indemnização correspondente ao valor
conrebíltstíco audltado dos bens sfectcs à concessão, com
e) Cobrança dolosa de preços superiores aos fixados; referência ao último balanço aprovado.
i) Declaração de falência da sociedade concessio- 2. Para a determinação do valor contabilístico referido
nária: no número anterior, a Entidade Competente poderá ardo-
g) Transmissão da concessão ou subconcessllo não nar uma auditoria independente.
autorizadas:
h) Outros factos que nos termos do contrato de con-
Ailnoo 39
cessão sejam considerados de graves violações. Proced'lIMRIOBa tomlIr no tanno da cone"'o
2. Verificando-se um dos factos extintivos a Entidade 1. A Entidade Competente reserva-se o direito de, nos
Competente, ouvido o CNELEC, notificará a sociedade últimos 24 meses do prazo da concessão, tomar as provi.
concessionária da existência da causa de extinção. dênclas que julgar convenientes para assegurar a conti-
nuidade do serviço no termo da concessão.
3. A sociedade concessionária tem o prazo de 60 dias 2. Caberá à Entidade Competente decidir, baseando-
a contar da data da notificação, para justificar ou fazer -se no parecer para tal solicitado ao CNELEC, da opur-
cessar a causa da extinção, findo o qual o contrato de tunidade e conveniencil\ de abertura de COl1.'Curso
pl1blico
concessão conslderar-so-á revosado. para atribuição de uma nova concesllo.
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25 DE ABRIL DE 2000
60-(13)
CAP1TULO 1II ARTIGO 43
fiada Nao:onaI da Transporte de energ~ Béc1rica Instalações~a,lleS da RNT
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