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Redes Distribuicao Baixa Tensao
Redes Distribuicao Baixa Tensao
Disciplina de:
Critérios de Cálculo
A maioria dos receptores não suporta grandes variações de tensão, sem profundas
alterações no seu funcionamento, com perdas potência, de rendimento e origem de
sobrecargas.
Exemplo:
Perda de potência de uma lâmpada de incandescência (receptor óhmico) devido à queda
de tensão.
V2
- Potência activa da Lâmpada P=RI = 2
R
V − V' e
- Queda de Tensão percentual e (% ) = 100% = 100%
V V
P P − P ' P'
- Perda de Potência relativa = = 1−
P P P
2
P P V−e e e e
2 2 2
V'
vem = 1− 2 = 1− = 1 − 1 − = 2 −
P V P V V V V
Permite-se que, no limite e para instalações de força motriz nas zonas urbanas, a tensão
dos receptores seja 9,75 % inferior à nominal.
O calor dissipado, para o exterior, depende da área de exposição do condutor (superfície periférica de
contacto com o meio envolvente).
Para uma determinada corrente a energia calorífica diminui e o calor dissipado aumenta com o aumento
da secção do condutor (diminuição da resistência e aumento da superfície de dissipação).
O valor da corrente, para cada secção e em regime permanente, não deve ultrapassar um certo valor
estipulado (corrente máxima admissível na canalização – IZ), que corresponde à temperatura máxima
(qZ) de funcionamento permanente, sem deteriorar o isolamento dos condutores.
Para dimensionar a menor secção, que obedeça ao critério do aquecimento e sobrecarga, tem de se
considerar o valor eficaz da corrente de serviço (IS) no condutor.
I a = I aK I aK = I K cos K
I S = I a2 + I 2r = (I cos )2 + (I sen)2 K
I r = I rK I rK = I K sen K
K
Corrente solicitada pelos receptores (consumidores, cargas – Pinst, a, m,…, Pmax, coef. de simult. as,...)
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-... secção (scal) que será aproximada por excesso à secção comercial normalizada
(Snorm) mais próxima.
Exemplo:
ZL = R L + j X L - Impedância do distribuidor
e em módulo, V0 − V R L I
Para o receptor não interessa o desfasamento da tensão U que lhe é aplicada, mas sim o
seu valor absoluto (valor eficaz).
A queda de tensão absoluta ou em módulo (e) entre o ponto de alimentação A e o
receptor B é:
ε = V0 − V R L I cos + X L I sen = R L I a + X L I r
Como em BT X L R L e X L I r R L I a
A queda de tensão (e) ε aprox V cos = R L I cos ou ε aprox R L I a
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Para que a queda de tensão óhmica (e) seja menor ou igual que a queda de tensão
regulamentar (eadm)
L
ε adm ε então ε adm Ia
S
L
obtemos, assim, a Secção teórica que satisfaz o 1º critério s cal Ia
σ ε adm
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Ln
L2
L1
i1 i2 ik in n
1 2
1 2 k n
A
I1, cos1 I2, cos2 In, cosn
MA = L1Ia1 + …+ Ln Ian M A = L k I ak
n
figSELE1_01
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k
e = R1 ia1 + R2 ia2 + …+ Rn ian e= i ak e adm
n S k
1
MA
e= k i ak e adm s cal → Snorm s cal
S n e adm
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1 i ak 1
= iak / Sk = const e adm
n
k = k
Sk n
I1 In
230 V S1 S2 Sn
l1 l2 ln
I2
<
eadm sk > iak /
L
Distribuidor c/ 3 ou mais percursos com redução de secções (sem ramificações)
Podem ser normalizadas para os valores mais próximos (superior ou inferior)
e
Mk
Secção diferente para cada lanço
Necessidade de verificação da e adm
real
k e adm S eadm
k
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Mk
sk
e1
Quedas de tensão parciais
e adm
e1 e 0 = e adm − e1
L0 M 0
1+
Lk - Comprimento de cada lanço derivado Lk M k
L0 - Comprimento do lanço principal (AB)
M0 - Momento eléctrico do lanço principal
Mk - Momento eléctrico de cada lanço derivado
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e0 M0
M
SAB (aquecimento) e =
real
s0 0 0
SAB
e0
e1corrigido = e adm − e 0real
e1corrigido
Mk
s k corr SBK (aquecimento)
e1
Sobredimensionamento de AB (aquecimento) – queda de tensão parcial AB menor
Maior queda de tensão parcial permitida nas derivações – Diminuição das secções
das derivações (economia no volume dos condutores)
Satisfação do critério do aquecimento e colocação das respectivas protecções
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Fusível APC
tc ≤ ta e tc ≤ 5s
Iccmin ≥ Ia
Iccmin ≥ Icc (5s)
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S tC ta tC 5s
t =k
I CC
I CC min I a t C t a
I CC min tC
I CC min I CC (5 s ) t C 5 s
Fusíveis APC gI
Disjuntores magneto-térmicos
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0,95 VS
I CC =
L L
rCC F + rCC N
SF SN
1
Para o cobre, por exemplo, rCC = 1,5 W mm 2 m −1
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SF
SF e SN podem ser diferentes (para o cobre se SF 16 mm 2 SN )
2
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FigSELE1_09
SDE lDE
E
Secção e Protecção Menor corrente de C.C. Corrente de C.C. mínima
(Percursos de secções variáveis) (Tabelas, …)
SCD e FC (I n ) D
I CC =
0,95 VS
I CC min (SCD e FC )
L L L L L L
rCC FAB + NAB + FBC + NBC + FCD + NCD
SAB SAB SBC SBC SCD SCD
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SBC e F1B (I n )
0,95 VS
I CCC = I CC min (SBC e F1B )
L L L L
rCC FAB + NAB + FBC + NBC
SAB SAB SBC SBC
SBE e F2 B (I n ) E
I CC =
0,95 VS
I CC min (SBE e F2 B )
L L L L
rCC FAB + NAB + FBE + NBE
SAB SAB SBE SBE
Notas:
A influência dos receptores na corrente de C.C. é desprezável (o defeito não
depende do funcionamento dos receptores).
A protecção mais “próxima” a jusante do defeito deve ser a responsável pelo corte
da corrente (as protecções a montante não detectam nenhum defeito).
Fusível aM ou gI ?
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Redes Bialimentadas
iD
4 4
D
I4
cos 4 (-) iEF (-) iFB
(ba) F UB
E
B
iB
iE5 iF
7
5 7
FigSELE1_06 6 8
Se as extremidades do distribuidor são alimentadas pela mesma fonte, os pontos de alimentação são
coincidentes, o distribuidor diz-se em anel
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UA = UB
A FA
B
FB
As quedas de tensão verificam-se das fontes para um ponto intermédio do distribuidor (ba)
Quedas de tensão nas canalizações provocadas pelas resistências dos cabos e pelas componentes activas das correntes
Para o cálculo das correntes dos receptores considera-se que a tensão aplicada nos terminais respectivos é o valor nominal
da tensão na rede
As correntes que as fontes fornecem dependem das cargas IK e da eventual “diferença” entre de tensões UA e UB
O dimensionamento da rede; cálculo das secções e protecções, do distribuidor principal, ramais e derivações.
- Tem de satisfazer os critérios da queda de tensão e do aquecimento, tal como para as redes radiais
Para calcular as correntes nos lanços da rede e obter os respectivos momentos eléctricos é necessário identificar inicialmente
as correntes (activas e reactivas) fornecidas pelas respectivas fontes
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I1, I2, …,Ik, … – representam as correntes aparentes dos receptores, ramais ou derivações ligados ao
distribuidor principal AB (“receptores” – cargas, ramais ou derivações; pendurados no distribuidor
principal)
i1, i2, …,ik, …– representam as correntes nos correspondentes lanços do distribuidor AB
lK
R = R AB = rK = é a resistência total do distribuidor
K K sK
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e obter a corrente no lanço inicial fornecida pela fonte A
VA - VB
I r
a
K
J = K +1
J
i1a = + K
R R
VA - VB
I l
a
K
J = K +1
J
L
i1a = + K
e R=
R L S
Para se determinar a corrente fornecida pela fonte A temos que
inicialmente considerar que a corrente de circulação é igual a zero
VA − VB
Considera-se inicialmente que UA = UB (RAB = ?) i circ = =0
R
a
Conhecida a corrente i 1 no primeiro lanço, as correntes nos lanços seguintes são obtidos pela
simples subtracção das sucessivas correntes que derivam do distribuidor
i a2 = i 1a − I1a ... etc.
À medida que avançamos nos cálculos, vão aparecer correntes com valores negativos (sentido contrário ao
convencionado para o cálculo das q. de t.), o que é compreensivo tendo em conta que as cargas estão a ser
alimentadas por ambas as fontes A e B
I
K
a
K L K +1 representa a soma dos momentos eléctricos das cargas “penduradas”
no distribuidor principal em relação à outra fonte, ponto B
i a
=
I a
K L K +1
=
M B
K ( receptores)
Corrente de alimentação da fonte A A
L L
Conhecidas as correntes activas, de alimentação fornecidas por cada uma das fontes, podemos calcular as correntes em
cada um dos lanços do distribuidor e diversos ramais e os respectivos momentos, para conhecer as quedas de tensão ...
M máx
s AB SAB (norm) = ... → i A e iB (critério do aquecimento ...)
eadm
(SAB – secção para o distribuidor e eventualmente para a derivação que provoca o Mmáx)
As componentes reactivas nos lanços calculam-se, por aproximação, de um modo idêntico ao das
correntes activas (considera-se que as cargas têm factores de potência idênticos), e que se
encontram igualmente distribuidas
NOTA: Se a corrente de circulação é diferente de zero ( U A U B ) o seu valor dependo da secção provisória SAB que foi
calculada para o distribuidor principal. A corrente de circulação terá de ser introduzida no quadro dos lanços, alterando os
valores das correntes activas inicialmente considerados, ... e todos os cálculos terão de ser refeitos ...
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FigIEL_05 6 8
(Quadro dos Receptores)
‘Receptores’ (cargas) pendurados no distribuidor principal I1 I 23 = i C 2 I 4 = i D4 I 56 = i E 5 I 78 = i F7
Corrente da fonte A i a
=
I l a
K K +1
=
M B
K ( receptores)
A
L L
L - Comprimento do distribuidor principal M BK ( receptores ) - Momento dos “receptores pendurados” no distribuidor
ACDEFB de secção constante (S) principal, em relação à outra fonte (B)
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E5 i aE 5 ... ...
56 ... ... ...
F7 i aF7 ... ...
78 ... ... ...
O ponto bialimentado corresponde ao “receptor” onde as correntes nos lanços alteram de sinal (+/-)
No ponto bialimentado as cargas recebem corrente de ambas as fontes
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M máx
s AB SAB (norm) = ... → i A1 e i BF (critério do aquecimento ...)
eadm
SAB – secção provisória para o distribuidor e eventualmente para a derivação que provoca o Mmáx
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M imáx
s i
SiAB (norm) = ... → iiA1 e iiFB (critério do aquecimento ...)
eadm
AB
+1
O processo termina quando SiAB = SiAB
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Quedas de tensão residuais ou permitidas nas respectivas derivações ou ramos e ramo eadm − e real
K
M ramo
Cálculo das secções mínimas para as derivações sk
e ramo
C23; D4; E56; F78 → (Critério do aquecimento e sobrecarga)
...
NOTA: Verificação final das condições de curto circuito – idêntica à utilizada nas redes radias
(menor corrente de C.C., ou máximo comprimento para situações mais desfavoráveis dos APC)
0,95 VS
I CC =
L L
rCC F + rCC N
SF SN