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Podcast
Disciplina: Fundamentos básicos de geotecnia em mineração
Título do tema: Gestão ambiental e de água nas pilhas e
barragens de resíduos da mineração
Autoria: Eduarda Pereira Barbosa
Leitura crítica: Petrucio Santos Junior

Abertura:

Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos aprender um pouco mais sobre EIA e
RIMA, que são necessários para execução da atividade de mineração e como
ferramentas de gestão ambiental. Mas vocês sabem o que é um EIA e um
RIMA?

O EIA, Estudo de Impacto Ambiental, de modo geral abrange quatro etapas.

Primeira, descrever a implantação do empreendimento e suas alterações
ambientais, diagnosticar as condições ambientais e sociais que poderão ser
modificadas, avaliar possíveis impactos ambientais no ambiente devido ao
projeto e propor medidas mitigatórias e compensatórias para esses impactos.
Esse estudo é revisado pelos órgãos ambientais responsáveis, e se for
aprovado, é concedido a licença prévia. O que sinaliza a viabilidade do projeto.

Já o RIMA, Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente, apresenta o resumo

das principais informações e a conclusão do estudo do EIA em uma linguagem
simplificada.

Para que possamos ilustrar de maneira mais clara vamos discutir alguns
aspectos sobre o EIA/RIMA das empresas de mineração.

O minério extraído e produzido pelas mineradoras será utilizado para abastecer

o mercado interno e externo, fomentando assim a oferta de trabalho e
aquecendo a economia. Para implementação das lavras é necessário
desmatamento de uma certa quantidade da vegetação natural e como medida
compensatória deve ser previsto, por exemplo, o plantio de árvores nativas em
torno do empreendimento, que serão as futuras Áreas de Preservação
Permanente.

Os diagnósticos de estudo ambiental da área afetada nos mostram um pouco

sobre o relevo, a hidrografia, a fauna e a flora antes da implantação do
empreendimento. Podemos destacar aqui, para efeito de exemplo, quais
animais serão afetados pela implantação e operação das atividades de
mineração. A partir disso, deve-se planejar programas que contemplem ações
com medidas mitigatórias e compensatórias.

No EIA/RIMA devem ser delimitadas as áreas de influência do empreendimento

e estabelecidos os impactos diretos e indiretos que podem ser causados.
Esses impactos devem ser divididos em três categorias: meio físico, biótico e
socioeconômico com diferentes áreas de impacto. Também são avaliados os
estudos de impactos, no qual devem ser analisadas as alterações positivas e
negativas esperadas para o meio ambiente, após a instalação do
empreendimento.

Para cada impacto deve ser levado em consideração sua natureza, ocorrência,
reversibilidade, abrangência, duração, forma de manifestação, prazo de
ocorrência, magnitude, significância e relevância. Além disso, ainda deve ser
estudado como atividade de múltiplos impactos, que atuam de forma
simultâneas. Uma vez levantados os impactos ambientais previstos,

Para fins de exemplo, vamos destacar um aspecto comum a todos os

empreendimentos de mineração: a geração de resíduos devido o
processamento do minério.

Esses resíduos devem ser dispostos de maneira adequada em um local

seguro. Dependendo do tipo de material armazenado e da maneira como é
disposta, há potencial para causar diversos impactos ao meio ambiente.

No EIA/RIMA deve levar isso em consideração e conter propostas de ações de

mitigação dos impactos como forma de atenuar os possíveis danos do
empreendimento. Essas ações devem ser organizadas em programas, como o
de monitoramento de barragem ou monitoramento dos efluentes, no qual
devem ser contempladas medidas preventivas que impeçam a contaminação
do solo e da água, bem como medidas operacionais para conter eventuais
contaminações que possam ocorrer.

A fim de acompanhar os impactos resultantes da operação de mineração, são

apresentadas as ações de monitoramento ambiental, como programa de
monitoramento da qualidade da água que tem como objetivo acompanhar a
qualidade da água superficial e subterrânea, por meio de análises físico-
químicas de amostras coletadas periodicamente na área de influência direta do
empreendimento. Com isso, avalia-se as possíveis alterações que o
empreendimento pode causar na bacia hidrográfica da região. Além disso, o
EIA/RIMA devem contemplar ações de compensação ambiental, como
programa de benfeitorias e educação ambiental.

Neste sentido, o EIA/RIMA apresenta alternativas com enfoque em como

devem ser resolvidos os problemas gerados pelo empreendimento, tal que há
necessidade de um detalhamento sobre ações mitigatórias a serem adotadas
para o desenvolvimento sustentável e acompanhamento posterior das
atividades desenvolvidas, que deve ser apresentado aos órgãos competentes e
ser também amplamente divulgado para a sociedade.

Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!