WBA0840_v1.

Fundações rasas e profundas

Dimensionamento de fundações
e critérios de projeto
Dimensionamento de sapata excêntrica com
viga equilíbrio

Bloco 1
Eduarda Pereira Barbosa
Sapata excêntrica com viga de equilíbrio
Figura 1 – Representação esquemática em planta da
sapata excêntrica com viga de equilíbrio
𝑙1
𝑙1 : Distância entre eixo dos pilares.
𝑙: Distância entre eixo das sapatas.
𝐷: Dimensão da sapata normal a divisa.
𝐵: Dimensão da sapata paralela a divisa.

𝐵 Viga de equilíbrio
P01 P02

𝐷
𝑙
Fonte: elaborada pela autora.
Sapata excêntrica com viga de equilíbrio

• Dimensão da sapata normal a divisa (𝐴𝐿 ):

𝑄1 : Carregamento do pilar P01.
𝜎𝑎𝑑𝑚 : Tensão admissível do solo.

• Excentricidade (𝑒):
𝑑: Dimensão da pilar normal a divisa.

• Distância entre eixos das sapatas (𝑙):

Sapata excêntrica com viga de equilíbrio

• Carga de reação nas sapatas (𝑄′):

𝑄2: Carregamento do pilar P02.

Figura 2 – Representação esquemática das cargas atuantes na

fundação

Fonte: elaborada pela autora.

Sapata excêntrica com viga de equilíbrio

• Dimensão da sapata paralela a divisa (𝐵):

• Alturas da sapata (ℎ e ℎ0):

𝑏: Dimensão da pilar paralelo a divisa

ℎ ≥ 20 𝑐𝑚
Sapata excêntrica com viga de equilíbrio
Figura 3 – Representação esquemática em vista da sapata excêntrica com
viga de equilíbrio

Fonte: elaborada pela autora.

Sapata excêntrica com viga de equilíbrio

• Alturas da viga de equilíbrio (𝑑𝑣1 e 𝑑𝑣2):

𝑏𝑤 : Base da viga.

Figura 4 – Representação do diagrama de esforço cortante

Fonte: elaborada pela autora.

Dimensionamento de fundações
e critérios de projeto
Dimensionamento de sapata associada

Bloco 2
Eduarda Pereira Barbosa
Sapata associada

Condições de cálculo:
• 𝑄1 ≅ 𝑄2 . • 𝑄1 > 𝑄2 . • 𝑄1 < 𝑄2 .

Figura 5 – Representação esquemática da sapata associada

Fonte: elaborada pela autora.

Sapata associada com 𝑸𝟏 ≅ 𝑸𝟐
Figura 6 – Representação em planta da sapata associada 𝑙2 : Distância entre eixo dos pilares.
𝜎𝑎𝑑𝑚 : Tensão admissível do solo.
𝑙1 = 𝑙2 .
𝑎 = 𝑙1 + 𝑙2 + 𝑙3 .

Fonte: elaborada pela autora.

Sapata associada com 𝑸𝟏 < 𝑸𝟐 com pilar de divisa
Figura 7 – Representação em planta da sapata associada
Fonte: elaborada pela autora.
𝑙1 : Distância entre eixo do pilar e a
divisa do terreno.
𝑙2 : Distância entre eixo dos pilares.
𝜎𝑎𝑑𝑚 : Tensão admissível do solo.
Sapata associada com 𝑸𝟏 > 𝑸𝟐 com pilar de divisa
Figura 8 – Representação em planta da sapata associada 𝑄2 𝑐1
𝑥𝑅 = .𝑙 𝑦𝑅 = 𝑥𝑅 + + 𝑓1
𝑄1 + 𝑄2 2

𝑐1 𝑐2
𝑙 = 𝑓1 + + 𝑙2 + + 𝑓2
2 2

Fonte: elaborada pela autora.

2,2. (𝑄1 + 𝑄2)

𝑎= −𝑏
𝑙
Dimensionamento de fundações
e critérios de projeto
Determinação da capacidade de carga pelo
Método de Berberian

Bloco 3
Eduarda Pereira Barbosa
Capacidade de carga da estaca – Métodos semiempíricos

• Método de Aoki-Velloso.
• Método de Décourt-Quaresma.
• Método de Teixeira.
• Método de Antunes & Cabral.
• Método de Berberian.
Método de Berberian

Um dos métodos mais precisos, pois o autor

correlaciona um modelo matemático-estatístico com
fatores corrigido por resultados de ensaio de prova de
carga de estacas.

Resistência lateral (𝑅𝐿 ):

𝑲𝑳𝑫𝑩: Coeficiente de resistência do solo.

𝑵𝟕𝟐: Valor do 𝑁𝑆𝑃𝑇 ao longo do fuste.
𝑨𝑳: Área lateral da estaca.
𝑭𝑷𝑳: Fator de escala da lateral em função do tipo de estaca.
Método de Berberian

Resistência de ponta (𝑅𝑃 ):

𝑲𝑷𝑫𝑩: Coeficiente de resistência do solo.

𝑵𝑷,𝒎é𝒅: Valor médio do 𝑁𝑆𝑃𝑇 na ponta da estaca.
𝑨𝒑: Área da ponta da estaca.
𝑭𝑷𝑷: Fator de escala da ponta em função do tipo de estaca.
Método de Berberian

• Área lateral (𝐴𝐿 ):

• Área da ponta (𝐴𝑃 ):

• Valor médio do 𝑵𝑺𝑷𝑻 na ponta da estaca (𝑁𝑃,𝑚é𝑑 )

Somatória do 𝑁𝑆𝑃𝑇 da camada de solo na cota de
assentamento, 𝑁𝑆𝑃𝑇 acima e 𝑁𝑆𝑃𝑇 abaixo.
Tabela do Método de Berberian
Tabela 1 – Coeficientes de resistência lateral e resistência de
ponta em função do tipo de solo

Tipo de solo 𝑲𝑷𝑫𝑩 (t/m²) 𝑲𝑳𝑫𝑩 (t/m²)

Areia 100,0 1,4
Areia Siltosa 80,0 1,60
Areia Argilosa 60,0 1,80
Silte 40,0 1,20
Silte Arenoso 55,0 1,20
Silte Argiloso 23,0 0,78
Argila 40 1,20
Argila Arenosa 70 0,84
Argila Siltosa 44 0.88
Turfa 0 0

Fonte: adaptada de Berberian (2015).

Tabela do Método de Berberian
Tabela 2 – Fatores de escala para resistência lateral e resistência de
ponta em função do tipo de estaca

Tipo de estaca 𝑭𝑬𝑷 𝑭𝑬𝑳

Hélice contínua e Ômega 7,00 2,60
Pré-moldada de concreto cravada a 2,50 2,35
percussão
Franki de fuste apiloado 2,40 4,00
Franki de fuste vibrado 2,40 4,20
Perfis metálicos cravados 2,00 3,20
Escavada mecanicamente sem lama 4,0o 4,60
Mega de concreto prensada 1+1,25D 1,75 + 2,19D
Escavada com lama bentonítica(estacão) 3,50 5,00
Raiz 2,80 2,40
Strauss 4,00 3,00
Solo. Cimento Plástico e Estaca Broca 3,00 5,00
Fonte: adaptada de Berberian (2015).
Método de Berberian

A capacidade de carga de ruptura do solo, que o autor

denomina de resistência total (𝑅𝑇 ), deve ser ponderado
a resistência de ponta em estacas escavadas, tal que a
resistência de ponta não deve contribuir em mais que
20% da resistência total da estaca.

Capacidade de carga admissível da estaca (𝑅𝑎𝑑𝑚):

Teoria em Prática
Bloco 4
Autora: Eduarda Pereira Barbosa
Palestrante: Márcio Fernandes Leão
Reflita sobre a seguinte situação
Considere que você é o engenheiro contratado para elaborar o projeto
de fundações e, ao avaliar o laudo de sondagem foi constatada ausência
de lençol freático e solo resistente a 8 metros de profundidade com
tensão admissível de 4,88 kgf/cm², portanto, optou em utilizar tubulões
a céu aberto.
Durante o dimensionamento das fundações, você se deparou com a
seguinte situação: a planta de locação mostra um pilar próximo da divisa
(P01), cujo eixo está afastado 65 cm, conforme ilustra a Figura 9.
Sabendo que o carregamento do pilar P01 é 90 tf, dimensione e detalhe
os tubulões, tal que atenda os critérios normativos da NBR 6.122.]

Dados:
𝑧 = 8,0 𝑚.
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 4,88 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚².
𝑄 = 90000 𝑘𝑔𝑓.
Reflita sobre a seguinte situação
Figura 9 – Croqui com a locação do pilar Dados:
𝑧 = 8,0 𝑚.
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 4,88 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚².
𝑄 = 90000 𝑘𝑔𝑓.

Fonte: elaborada pela autora.

Norte para a resolução...

Primeiro passo: calcular o diâmetro do fuste. Dados:

Admitindo-se uma tensão resistente do concreto de 5 𝑧 = 8,0 𝑚.
MPa (50 kgf/cm²). 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 4,88 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚².
𝑄 = 90000 𝑘𝑔𝑓.

Adota-se ∅𝑓,𝑚í𝑛 = 80 𝑐𝑚

Segundo passo: calcular o peso próprio do fuste.

Admitindo-se peso específico do concreto não armado
(2400 kgf/m³).
Norte para a resolução...
Terceiro passo: calcular o diâmetro da base. Dados:
𝑧 = 8,0 𝑚.
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 4,88 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚².
𝑄 = 90000 𝑘𝑔𝑓.
Adota-se ∅𝐵 = 165 𝑐𝑚 (𝑅𝐵 = 82,5 𝑐𝑚)
Figura 10 – Projeção da base circular do tubulão

Não convém tubulão de

base circular.
Solução: utilizar tubulão
de base em falsa elipse.

Fonte: elaborada pela autora.

Norte para a resolução...
Dados:
Quarto passo: calcular o valor de x na falsa elipse em 𝑧 = 8,0 𝑚.
função da base do tubulão. 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 4,88 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚².
𝑄 = 90000 𝑘𝑔𝑓.
Figura 11 – Projeção da base em falsa elipse do tubulão
𝑃𝑝 = 9651 𝑘𝑔𝑓.
𝐴𝑓𝑎𝑙𝑠𝑎 𝑒𝑙𝑖𝑝𝑠𝑒 = 𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑥 = 99 𝑐𝑚
Adota-se 𝑥 = 100 𝑐𝑚
Fonte: elaborada pela autora.
Norte para a resolução...

Quinto passo: verificar os parâmetros geométricos.

Figura 12 – Projeção da base em falsa elipse do tubulão

Relação a/b deve ser menor que 2,50.

𝑎 = 210 𝑐𝑚 < 2,50 (𝑜𝑘)

100 𝑐𝑚

Fonte: elaborada pela autora.

Norte para a resolução...

Sexto passo: calcular a altura da base alargada.

Adota-se ℎ = 110 𝑐𝑚
Figura 13 – Representação esquemática em corte do tubulão

ℎ = 110 𝑐𝑚

Fonte: elaborada pela autora.

Dica do(a) Professor(a)
Bloco 5
Eduarda Pereira Barbosa
Dica da professora

Vídeo: Dimensionamento de fundações em

estacas.

• Assista ao vídeo do professor Maycon

Almeida de 8 de maio de 2020.

• Acesse o YouTube e busque pelo vídeo no

canal Maycon Almeida.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR
6122 – Projeto e execução de fundações. Rio de Janeiro:
ABNT, 2019.

BERBERIAN, Dickran. Engenharia de Fundações. 3. ed.

Brasília: Infrasolo, 2017.

VELLOSO, Dirceu A.; LOPES, Francisco R. Fundações: critério

de projeto, investigação do subsolo, fundações superficiais,
fundações profundas. São Paulo: Oficina de Textos, 2010.
Bons estudos!