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Universidade Estadual do Maranhão - UEMA

Centro de Ciências Tecnológicas - CCT


Departamento de Engenharia Mecânica – DEMEC

Curso: Engenharia MECÂNICA

Disciplina: ENSAIOS E SELEÇÃO DOS MATERIAIS

1ª AVALIAÇÃO REMOTA 2021.1

DATA: 03/06/2021

Nome do (a) Aluno (a): Heder Mendes da Cruz Matrícula: 20190084590

QUESTÕES:

1ª Questão: 2,0 pontos.

Em um ensaio de tração, realizado em uma Universidade, utilizou-se um


CP ASTM E8M de um aço SAE 4340 temperado e revenido com 12 mm de
diâmetro da região útil e L0=50 mm. A carga máxima registrada durante o ensaio
foi de 11,2t e a carga durante a ruptura final foi de aproximadamente 7,1t. A curva
apresentada foi traçada diretamente dos dados do ensaio. A região de ruptura
final possuía um diâmetro de 9 mm.
a) Calcule a tensão de máxima de engenharia e a tensão de ruptura real e
compare os resultados.

R- Calculando a tensão de engenharia:

( )
A0= = =113,097 mm2

11,2t=109834,48 N
Substituindo:
,
σ Max= =
,
= 971,152 (Mpa).

Tensão de ruptura real:

7,1t= 69627,21 N

( )
A0= = = 63,617 mm2

,
σ real= ,
= 1094,47 (Mpa)

Assim, pode-se perceber que a tensão de ruptura real é maior que


a tensão de engenharia.

b) Calcule a tensão de escoamento do material.


,
σ escoamento= =
,
= 971,152 (Mpa).
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c) A deformação mostrada é real ou convencional? Estaria sendo levada em


consideração a rigidez da máquina de ensaios?

R- Convencional. Não está sendo levada em consideração a rigidez da


máquina de ensaios.

d) As tensões calculadas são reais ou convencionais, por quê?

R- Convencionais, pois no gráfico pode-se verificar uma curva, uma vez


que em um gráfico de tensão real, este apresenta uma reta na parte da
deformação plástica.
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2ª questão: 4,0 pontos.

Será composta dos exercícios 2 e 3 do livro Ensaios dos Materiais-


GARCIA, A et al. valendo cada um 2 pontos.
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Exercicio 2

a) 1800 N
b) 28000 N
c) 22000 N
d)
,
ξ= = = 0,002

E= = ,
= 1000000 = 1000 GPa

e) 𝛿= = = 0,1

f)

𝑆 6 − 4,93
𝜙= = = 0,178
𝑆 6

g) U= ∗
=162 J/m3
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Exercicio 3

Para o primeiro caso:


𝑇
𝜙 = 1− ∗ 100%
𝑇

9
𝜙 = 1− ∗ 100%
11

𝜙 = 18.18%

Para o segundo caso:

𝑇
𝜙 = 1− ∗ 100%
𝑇

7
𝜙 = 1− ∗ 100%
9

𝜙 = 22,22%

Para o segundo caso:

𝑇
𝜙 = 1− ∗ 100%
𝑇

5
𝜙 = 1− ∗ 100%
7

𝜙 = 28,57%

R- Logo, pode-se dizer que o processo é viável, pois a redução da área


na deformação do processo a frio é menor que a redução de área na ruptura no
ensaio de torção.
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3ª Questão: 2,0 pontos.


Estime a dureza Brinell e o limite de resistência à tração de uma peça de
aço ABNT 1060 resfriada ao ar, a partir da região austenítica. (Consulte a tabela
dos valores de dureza dos microconstituintes dos aços e a tabela que relaciona
dureza e resistência à tração). Qual seria o aumento percentual no limite de
resistência à tração caso esse aço fosse submetido a um tratamento térmico que
provocasse à formação de perlita fina?
Relação entre microconstituintes e dureza Brinell para aços-carbono
Microconstituintes Dureza Brinell – HB
Ferrita 80
Perlita grosseira 240
Perlita fina 380
Martensita 595

Valores experimentais de α para alguns materiais (Adaptado de Callister, 1994).


Material α Material α
Aço-carbono 3,60 Latão encruado 3,45
Aço-carbono tratado termicamente 3,40 Cobre recozido 5,20
Aços-liga tratados termicamente 3,30 Alumínio e suas ligas 4,00

R-
(𝟎,𝟖 𝟎,𝟔)
%α= 𝟎,𝟖 𝟎
= 𝟎, 𝟐𝟓 = 𝟐𝟓%

(𝟎 𝟎,𝟔)
%ρ= 𝟎,𝟖 𝟎
= 𝟎, 𝟕𝟓 = 𝟕𝟓%

Para o recozimento:

HBaço=%α HBferrita + %ρ HBperlita grosseira


=0,25x80 +0,75x240 = 200
αur=3,6xHB = 3,6x200=720 Mpa

Para o normalização:

HBaço=%α HBferrita + %ρ HBperlita fina


=0,25x80 +0,75x380 = 305
αun=3,4xHB = 3,4x305=1037 Mpa

Cálculo de aumento percentual:

𝟏𝟎𝟑𝟕
Δ= = 𝟕𝟐𝟎
=1,44=144%.

Desta forma, percebe-se que houve um aumento de 44% de perlita fina.


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4ª Questão: 2,0 pontos.


Explique as seguintes proposições:
(a) De exemplos de casos que são recomendados realizarem ensaio de
micro dureza em vez de dureza normal?
R: Para situações ode há necessidade de determinação da dureza de
pequenas áreas do corpo de prova. A medida do gradiente de dureza que
se verifica em superfícies cementadas e a determinação da dureza
individual de microconstituintes de uma estrutura metalográfica são
alguns exemplos dessas situações.

(b) Quais os principais cuidados que se deve ter no procedimento de medida


de dureza de um material de dureza desconhecida?
R: Quando se realiza um ensaio em que a dureza do material a ser
ensaiado é desconhecida, deve-se utilizar uma escala alta de dureza para
evitar danos no penetrador, além da utilização de uma carga
intermediária, observando-se a identação e verificando se a mesma é
possível de medição no sistema óptico do equipamento ou se ficou muito
pequena, dificultando a medição.

(c) Em relação a todos os ensaios de dureza estudados quais os principais


cuidados a serem considerados na distância entre uma impressão e outra
e da distância da impressão à borda?
R: A distância entre os centros de duas impressões adjacentes deverá ser
superior a 3 vezes o comprimento médio das diagonais no caso de aços,
cobre, alumínio, zinco, etc. e 6 vezes para ligas leves, chumbo, estanho
etc. (NBR NM-188-1), enquanto a norma ASTM E92:2003 recomenda
apenas uma distância mínima de 2,5 vezes o comprimento médio das
diagonais.
A distância entre o centro de cada impressão e a borda do corpo
de prova deverá ser superior a 2,5 vezes o comprimento médio das
diagonais para aços, cobre, alumínio, e ligas, e 3 vezes para materiais
moles como chumbo, estanho, ligas leves etc.

(d) Que grupo de materiais é usualmente ensaiado à compressão? Por quê?


R: É um tipo de ensaio de aplicação mais usual em materiais frágeis,
como cerâmicos, ferros fundidos, madeira, pois em aplicações práticas, a
exigência requerida para um projeto é a resistência à compressão.

Boa sorte!

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