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SUPLE MENT Introdugéo Entre as liberdades que necesita 0 sindicato, esta liberdade coletiva de exercicio de suas fun- GOes, sem ela o sindicato, em sentido amplo, nao Cumpre adequadamente sua finalidade, que € 2 defesa e coordenacao dos interesses econdmicos ou profissionais de empregadores ou de traba- Ihadores, por ele representados. A liberdade de exercicio das atividades sindi- cais nao 6 ilimitada, pois deve respeitar as normas e principios constitucionais, bem como as infra- constitucionais, visando sempre a preservagio ea promocao da dignidade da pessoa humana. ‘A Carta Magna de 1988, em seu art, 88, atri- buiu av sindicato a fungio de defender os direitos e interesses coletivos ou individuais da catego- ria, alterando a diretriz que vigorou até a Cons- tituigao de 1946, amplamente corporativista. Até a Constituigio de 1946 os sindicatos atuavam cumprindo fung6es delegadas do Estado. O sindicato além da fungao de representacao exerce outras fungdes, como as fungdes negocial, assistencial, social, econdmica, politica, ética parafiscal, as quais nao serao objeto deste estudo. (©) Rosana Marques Nunes ¢ Mestranda em Direito das Re- Jagdes Sociis pela PUC/SP, especalista em Diteito do Traba- Iho pela PUC/St, professora de Dieito do Trabalho e Legisla- (aosocial da FAENAC— Faculdade Editor Nacional, membro Gy Asociacion Iberoamericana de Derecho del Trabajo y de la Seguridad Socal. Seon Oc RAB ALHIS IS REPRESENTAGAO SINDICAL: LIMITES E SUBSTITUICAO PROCESSUAL Ros farques Nunes No presente texto, estudamos 0 grande dile- ma travado hoje pela doutrina e jurisprudéncia, fu seja, qual a abrangéncia da funcao de repre- sentacao, ela inclui a substituigio processual? Caso entendermos que inclui a substituigao pro- cessual, serd que esta € ampla, nao precisando nem mesmo de lei que a regulamente? Outra questdo importante refere-se aos inte- resses, serd gue 05 sindicatos podem defender interesses difusos e coletivos, ou somente indi- viduais homogéneos? Representagio sindical A fungao de representacao decorre da finali- dade do Sindicato, que é de defender os interes- ses do grupo que representa, A representacio ¢ definida pelo art. 513, alf- neas ae b, da CLT, e pelo art. 8%, inciso IIl, da CF/88, consistindo na representacao judicial e extrajudicial dos interesses coletivos e individu- ais da categoria. Preleciona José Cliudio Monteiro de Brito Filho que “(... a representagao, quanto a drea de atua- ‘40, pode ser dividida em: judicial e extrajudicial; quanto aos interesses: individuais e coletivos, € quanto aos limites subjetivos desta represen taco, erga onmes e dos associados”. (1) Direito Sindical: anélise do modelo brasileiro de rela- ‘goes coletivas de trabalho 3 luz de direito comparado eda dau- fina da O'T; proposta de Insercio da comissdo de empresa ‘Sho Paulo: Li, 2000, p. 172 Serer eae eeeeeeeeeeeeee (_ Para Amauri Mascaro Nascimento, a funcao de representagio desdobra-se em dois planos: “0 coletivo e 0 individual. No plano coletivo, 0 sin- dicato representa grupos, nas suas relagdes com outros érgaos e grupos, sendo essa a sua natural atribuicao. (...) no individual, o sindicato cum- pre fungdes representativas, com maiores ou menores limitacOes: participando de processos judiciais, pratica atos homologatérios de resci ses contratuais ete.” Aponta Mauricio Godinko Delgado que a repre- sentacao é a principal funcao (prerrogativa) dos sindicatos, dividindo-a da seguinte forma: “Essa fung&o representativa, lato sensu, abran- ge intimeras dimensées. A privada, em que 0 sin- dicato se coloca em didlogo ou confronto com os empregadores, em vista dos interesses coletivos da categoria (...). A administrativa, em que 0 sindicato busca relacionar-se com o Estado, vi sandoa solugao de problemas trabalhistas em sua area de atuacao. A piiblica, em que ele tenta dia- logar com a sociedade civil, na procura de su- porte para suas acoes e teses laborativas. A judi cial, em que atua 0 sindicato também na defesa dos interesses da categoria ou de seus filiados”.® Importante salientar que, na opiniao do refe- rido autor, a representacio judicial engloba tan- toa representacao nos dissidios coletivos, a subs- tituigZo processual, bem como a atuacao judicial em sentido estrito, por meio de mandato, em fa- vor dos trabalhadores. Assevera Sergio Pinto Martins que “alguns autores chegaram a afirmar que se trataria de hipétese de substituigao processual essa declina- da no inciso III do art. 8° da Lei Maior. Entretan- to, a substituicao processual é uma legitimacao extraordindria conferida pela lei ao sindicato, que no se confunde com a legitimacao ordinaria, de representar a categoria, que é o que se encontra no dispositivo constitucional. As hipéteses de substituiggo processual estdo no § 2? do art. 195 da CLT, no paragrafo tinico do art. 872 da CLT, no art. 3° da Lei n. 8.73/90". @) “Compendio de direito sindical”. 4 ed, S30 Paulo: LT, 2005. p. 257, (G) "Curso de dreito do trabalho”. 5¥ed, Sto Paulo: LT 2006, p. 1338. (4) Ibidem, mesma pégina. (6)"Dizeitodo trabalho". 2% ed, So Paulo: Atlas, 2006, .723, Eduardo Gabriel Saad, comentando o art. 513 da CLT, “0 texto da alinea a, do artigo em estudo, Sbriga o traco distintivo do sindicato frente a uma associacdo profissional. Enquanto esta s6 repre- Senta os interesses de seus associados, o primei To tem a prerrogativa de representat, nao apenas seus filiados, mas todos aqueles que compoem a categoria profissional ou econémica num mes- mo Municipio ou regiso”® Continua o referido autor: “(...) na represen- tacdo dos interesses gerais da categoria, 0 sindi- cato fala em nome nao apenas de seus associa- dos, mas de todos aqueles que integram a mes- ma categoria, a0 passo que, em relagio aos inte- resses individuais, s6 poderé fazé-lo quando o interessado for sett associado”.” Esclarece ainda que a “representacdo nao se confunde com substituigdo processual (...) na primeira hipétese, é imprescindivel o instrumen- to procuratério e, af, 0 sindicato vai a juizo de- fender, em nome do titular, o direito deste; na substituicao processual, a lei autoriza, expressa- mente, 0 sindicato a estar em juizo em nome pré- prio defendendo interesse alheio”.® Para 0 autor hé certa dtivida quanto a recep- sa0 do art. 513, a, pela Carta Magna de 1988, de- vido a redacao do inciso III, do art. 8, lecionan- do que “aumentou a inseguranga, nos meios ju- ridicos, no que tange ao verdadeiro alcance do precitado inciso constitucional, com decisdes do Supremo Tribunal Federal (...) sustentando que ele confere as entidades sindicais a substituicao processual, 0 que foi acolhido pelo legislador ordindrio no art. 38, da Lei n. 8.073/90". Para Saad, com 0 cancelamento da Stimula n, 310 do TST, a matéria tornou-se ainda mais divergente, uma vez que o inciso Ill, do art. 8° da Constituigao Federal de 1988, “quando incum- be o sindicato da defesa dos direitos coletivos ou individuais da categoria, deixou ao legislador infraconstitucional a incumbéncia de esclarecer se essa defesa ganharé forma de substituigéo ou (6)"Consotidacio das Leis do Trabalho Comentaca”. 39" e. Atvalizada,revisada ¢ ampliada por José Eduardo Duarte Saad Ana Maria Saad Castelo Branco. $40 Paulo: LT, 2006, p. 517. (0) idem, p. 518. (8) "Consolidacio das Leis do Trabalho Comentada”, 39% ed. Atualizada, revisada eampliada por José Eduardo Duarte Saad ‘© Ana Maria Saad Castelo Branco, S8o Paulo: Lr, 2006, p. 518. (9) Ibidem, mesma pagina. PROPRIEDADE D Redo: Ru opuaribe, $71 — Fovefax tt) 2167-1101 ma Iecom br —CeP 01234-001 ~ Sto Paulo- SP ends un Ap 185 Fone (1) 3026-2708 Fan: (ii) 36269180 = CEP 01201904 Sta Paulo SP SUPLEMENTO TRABALHISTA LTR Reg ik Cas: Di Pub. DPF estpaGh/78 RON Iloite6 REDACAO: DIRETOR - ARMANDO CASIMIRO COSTA - DET “SAO PAULO 749 REDATOR - ARMANDO CASIMIRO COSTA Mio - DRT- SAO TAULO Ses DEDALTREDITORALTDA. conan ite 20811 reso Eira Gifcos Us Rue Bueno de Andras S16 S208C1354 de representacio profissional”™, apontando como ar} ‘ 2 do Cé como argumento o ar. 6* do Cédigo de Processo © fundamento para o cancel lamento da Simu- la n. 310 do. TST foi o seu descompasso com 0 entendimento adotado pelo Supr : Federal. pelo Supremo Tribunal © Supremo Tribunal Federal, ni do Mandado de Injungao n. 347.5, eae néria de 7.5.93, decidiu que o inciso Il, do art. 88 da Constituigéo Federal, autoriza 0 sindicato de trabalhadores a atuar na Justica do Trabalho, como substituto processual.(" José Carlos Arouca aponta que a Lei n. 8073/90, “deu expressio & substituicao processual a cat- go do sindicato, para a defesa dos direitos dos membros da categoria, logo, de todos os repre- sentados associados ou nao, sem limitar a natu- reza dos direitos”. Nao se pode esquecer que a referida lei, sobre politica nacional de saldrios, foi quase que in- teiramente vetada, restando apenas seu art. 38, que traz. a seguinte redacao: “as entidades sindi- cais poderao atuar como substitutos processuais dos integrantes da categoria”. Carlos Henrique Bezerra Leite aponta que “em sede doutrinéria, hd, atualmente, duas correntes que procuram interpretar o art, 8°, Ill, da CR. A primeira defende a tese de que esse dispositive Constitucional consagra amplamente a substitui- cao processual. A segunda vé nele simples repro- dugao do art. 513, a, da CLT, ou seja, um caso tipi- co de representacio judicial (ou legal), com o que ‘2 substituigao processual continuaria a depender da expressa previsio na lei (CPC, art. 68)". © TST sempre adotou a segunda corrente, 0 que se observava na redacio da Simula n. 310 daquela Corte. Enquanto 0 STF vem decidindo que o art. 8°, III, da Constituicao Federal atribui 3s entidades sindicais 0 direito de atuar como substitutos processuais da categoria. Continua Carlos Henrique Bezerra Leite: “Dessa forma, partindo-se da premissa de que 08 direitos e interesses individuais homogéneos $30 materialmente individuais, embora, devido a Sua origem comum, possam ser pracessualmente futelados por demanda coletiva, conclui-se que a legitimagio conferida as pessoas juridicas e ins- tifuigdes arroladas no sistema integrado de aces- io ie, p59. (0) ide Garie."Conoldate da Leda Tt ane ete tend, revsnda sampling Pr bathe ome ge sad ana Mai Sad Cao Bano Jee lacy 2006 p50 (iy “Cur isco dediakost & . (13) “Curso de direito processual do trabalho”. 3 ed. Sho. paul i 28 pp 2200, : indical". Ske Paulo: LTr, 2006, 80 coletivo a justiga (CF/LACP/CDC) ¢ do tipo extraordinaria, ocorrendo af o fendmeno da subs- tituiggo processual. Isso nao se dé, porém, em tema para legitima- sfo para defesa de interesses coletivs ou difu- Justifica sua posig&o no sentido que “nao se pode aplicar a tematica da legitimacao ativa na defesa dos interesses difusos ou coletivos stricto sensu, pois estes nao sio individuais, mas tran- sindividuais. Vale dizer, os titulares do direito ou interesse material difuso sao pessoas indeter- minadas e unidas entre si por circunstancias meramente faticas” 2 Pedro Paulo Teixeira Manus sustenta que “nao hé como admitir outra conclusio a nao ser a de que o art. 88, Ill, da Constituigao Federal reco- mheceu ao sindicato amplos poderes de substi- tuigao processual dos interesses individuais de todos os membros da categoria que representa. Nao se limita, assim, a substituicio processual do art. 6 do CDC. Embora subsista a regra do referido dispositivo legal comum, em Direito Processual do Trabalho 0 legislador constituinte entendeu de autorizar expressamente o sindica- to a agir como substituto processual, de forma ampla, pelo texto expresso do art. 8° da Consti- tuigdo Federal”. José Afonso da Silva também defende que 0 art, 88, IIL, da Carta Magna trata de substituigao processual, vejamos: “Trata-se de um direito de substituicéo pro- cessual, que, no caso, consiste no poder que a Constituicao conferiu aos sindicatos de ingres- sar em juizo na defesa de direitos ¢ interesses coletivos e individuais da categoria. E algo dife- rente da representacdo nas negociades ou nos dissidios coletivos de trabalho. Claro que, aqui, © sindicato esta no exercicio de prerrogativa que the é conatural. O ingresso em juizo—e em qual- quer juizo —, ou mesmo na Administragéo, para defender direitos ou interesses individuais espe- cialmente, mas também coletivos da categoria, ¢ atribuigio inusitada, embora de extraordinario alcance social. Trata-se, a nosso ver, de subst tuigdo processual, j4 que ele ingressa em nome préprio na defesa de interesses alheios”.(” Para Nelson Nery Jiinior: “Ainda que se tenha por princfpio que a CF art. 8%, II, nao encerra caso de substituigio proces~ sual pelo sindicato, a LACP art. 5% e 0 CDC art. 82 tém precisamente essa finalidade: legitimar as as- (14) tiem, p. 240. (15) fbidem, mesma pagina. (16)"Substituigioprocessual no processo do trabalho", p.250, apui, LETTE, Carlos Henrique Bezerra, “Curso de diteito proces- Sual do trabalho”. 3% ed. S80 Paulo: LT, 2005, p. 240. (7) "Comentério contextual & Constituigdo". S20 Paulo: Malheitos, 2008, p. 197. Compra Verba RUSP/____ siete ook sociagdes e os sindicatos & defesa, em juizo de di- reitos difusos, coletivos e individuais homogéneos. ACF 8, lil, nao profbe que a lei ordindria cometa outras fungdes ao sindicato. (...) E foi isso que a LACP art. 5% e o CDC art. 82 fizeram: dividiram a legitimacao do MP com as associagées civis, sindi- catos e érgios puiblicos’.® Entende Nelson Nery Jinior que se trata de legitimidade, legitimacao autdnoma, superando a dicotomia classica da legitimacao ordinaria ou extraordinéria Assevera Gustavo Felipe Barbosa Garcia™® que a esta legitimacio atinge toda a categoria e nao ape- nas os associados, cabendo, portanto, aos sindi- catos, a defesa dos interesses difusos, coletivos ¢ individuais homogéneos de toda a categoria. Na opiniao do referido autor, “o simples argu mento de que os direitos difusos e coletivos nao tém titulares determinados nao é suficiente para descartar institutos fundamentais da teoria geral do processo, como o da legitimidade ad causam. (..) Referida indeterminacao dos titulares € fato que no resulta em incompatibilidade com a di- cotomia mencionada, pois, na legitimacao ordi: néria e na extraordinéria, referida determinacao nao se apresenta como requisito essencial”.* Hi entendimento no sentido de que a defesa de interesses difusos cabe estritamente a0 Mi- (18) © processo do trabalho ¢ 05 direitos individuais homo- igtneos ~ um estudo sobre a agao civil publica trabalhista, Sto Baulo, Revista LTr, ano 64, n. 02, p. 154, fev. 2000. Apud, GARCIA, Gustavo Felipe Barbosa, “Sindicato e process: aplica Gio do codigo de defesa do consumidor bs relacoes coletivas Sho processo do trabalho", Jn: SANTOS, Enoque Ribeiro dos: Sl A "Osi Pinto (coor); CRAVO, Silmara Cosme; FIORAVANTE, ‘Tamira Maira (org). "Temas controvertidos do direito coletivo do trabalho no cendrio nacional e internacional”. Sto Paulo: Ly, 2006. p. 235. (49) tbidem, p. 239. (20) Sindicato e processo: aplicacio do cédigo de defesa do consumidor as relagoes coletivas no processo do trabalho In: ‘SANTOS, Enoque Ribeiro dos; SILVA, Otto Pintoe coords Js CRAVO, Silmara Cosme; FIORAVANTE, Tantra Maira (orgs). "Temas controvertides do direitocoletive do trabalho nd cendrio nacio- ale internacional”. Sio Paulo: LTr, 2006. p. 240. (21) fbider, mesma pégina. FAC. DIR. U.S. P, BIBLIOTECA CENTRAL ~ nistério Péblico do Trabalho, pois os efeitos nfo podem atingir pessoas nao pertencentes a cate- Poria no caso da defesa por intermédio dos sin- dicatos Para Gustavo Felipe Barbosa Garcia, o art. 8°, III, da CF/88, quando menciona “direitos coletivos” Cfo fax restrigao, podendo o sindicato defender 0 Tuoio ambiente de trabalho seguro, mesmo que esta defesa extrapole 0 Ambito da categoria. 0 Cédigo de Defesa do Consumidor, aplicé- vel nas relagdes de trabalho, também nao faz Renhuma restrigao em relagéo a associacao sin dical como legitimada para defender interesses difusos, desde que observada a pertinéncia temética. Concluséo Nio se pode olvidar que para o exercicio de qualquer fungio do sindicato é fundamental a li- berdade sindical, pois sem ela o sindicato, em sen- tido amplo, nao cumpre adequadamente sua fi- nalidade, que é a defesa e coordenacao dos inte- resses econdmicos ou profissionais de emprega- dores ou de trabalhadores, por ele representados. ‘Assim, cabe ao sindicato a representagao ju- dicial e extrajudicial dos interesses coletivos e individuais da categoria, sendo forte a tendéncia hoje de se interpretar o art. 88, III, da Constitui gao Federal como reconhecedor da substituigio processual ampla, sem a necessidade de lei in- fraconstitucional para regular a matéria. Podemos dizer também que em relacdo aos interesses coletivos ha um forte dissenso doutri- nario, nfo havendo um posicionamento tinico sobre a verdadeira natureza juridica da legitimi- dade. Porém, acreditamos ser plenamente vidvel a defesa de interesses difusos e coletivos pelos sindicatos, desde que respeitada a pertinencia tematica, ou seja, a matéria tratada deve ser sem- pre relacionada a interesses trabalhistas. Quanto mais ampla a atuagio sindical, mais perto a sociedade pode chegar da protecio da Gignidade do trabalhador e da construgdo de uma sociedade mais justa e solidéria. i ‘AC. DIR. U.S. Py RIDLIATECA CENTRAL

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