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FACULDADES INTEGRADAS PADRÃO – GUANAMBI-BA

Clínica Integrada I
NOME: Henrique Tulio Martins Tolentino
6° PERÍODO

ATIVIDADE ACADÊMICA
TIC´s- Esterilização Cirúrgica Masculina e Feminina Voluntária - SEMANA 4

GUANAMBI/BA
2023
PERGUNTA:

Quais as regras que precisamos seguir para verificarmos a possibilidade de um paciente (ambos
os sexos) ser submetido à Esterilização Cirúrgica Voluntária?

RESPOSTA:

No Brasil, a esterilização cirúrgica está regulamentada por meio da Lei n° 9.263/96 que trata do
planejamento familiar a qual estabelece no seu artigo 10 os critérios e as condições obrigatórias para a
sua execução. De acordo com a lei referida, somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes
situações:

I – em homens ou mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de idade ou, pelo menos,
com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e
o ato cirúrgico, período na qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da
fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização
precoce;

II – risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório e assinado por 2
médicos (BRASIL, 1996).

A legislação federal impõe, como condição para a realização da esterilização cirúrgica, o registro da
expressa manifestação da vontade em documento escrito e firmado, após a informação a respeito dos
riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais, dificuldades de sua reversão e opções de contracepção
reversíveis existentes. A legislação federal estabelece, ainda, que em vigência de sociedade conjugal, a
esterilização depende do consentimento expresso de ambos os cônjuges.

Além do exposto acima, a legislação federal não permite a esterilização cirúrgica feminina durante os
períodos de parto ou aborto ou até o 42° dia do pós-parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada
necessidade, por cesarianas sucessíveis anteriores (BRASIL, 1996). Essa restrição visa à redução da
incidência de cesárea para procedimento de laqueadura, levando-se em consideração que o parto
cesariano, sem indicação clínica, constitui – se em risco inaceitável à saúde da mulher e do recém –
nascido. Além disso, esses momentos são marcados por fragilidade emocional, em que a angústia de uma
eventual gravidez não programada pode influir na decisão da mulher. Ademais, há sempre o risco de que
uma patologia fetal, não detectada no momento do parto, possa trazer arrependimento posterior à decisão
tomada.
REFERÊNCIAS:
Brasil. Ministério da Saúda. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde
reprodutiva. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponível em:
http://189.28.128.100/dab/docs/publicaçoes/cadernos_ab/abcad26.pdf Acesso em: 02 agost 2023

OMS, Organização Mundial da Saúde. Planejamento Familiar: um manual global para profissionais e serviços de
saúde – orientações baseadas em evidência científica, elaboradas por meio de colaboração em âmbito mundial.
2007. Disponível em: http://www.reprolatina.org.br/site/pdfs/HANDBOOK_PORT.pdf Acesso em: 02 agost 2023

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