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Aula 13

Direito Financeiro p/ Procurador da Fazenda Nacional (PGFN) - 2015 (com videoaulas)

Professor: Sérgio Mendes

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Direito Financeiro p/ PGFN
Procurador da Fazenda Nacional
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Sérgio Mendes Aula 13

AULA 13: Lei de Responsabilidade Fiscal - Parte V


APRESENTAÇÃO DO TEMA
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DO TEMA ................................................................................ 1
1. EMPRÉSTIMOS .......................................................................................... 3
1.1 Empréstimos Compulsórios .................................................................... 3
1.2 Empréstimos Voluntários ....................................................................... 3
1.3 Outras Informações ................................................................................... 4
2. DÍVIDA PÚBLICA ......................................................................................... 6
2.1. Definições ............................................................................................... 6
2.2. Competências ........................................................................................ 12
2.3. Limites ao Endividamento ........................................................................ 13
2.4. Recondução da Dívida aos Limites ............................................................. 14
2.5. Exceções aos Prazos para Recondução da Dívida aos Limites ......................... 15
3. OPERAÇÕES DE CRÉDITO ........................................................................... 19
3.1. Regras Gerais para as Operações de Crédito ............................................... 19
3.2. Das Operações de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária ............... 20
4. VEDAÇÕES ............................................................................................... 25
5. BANCO CENTRAL DO BRASIL ....................................................................... 29
5.1. BACEN e suas Operações na LRF ............................................................... 29
5.2. Outras Considerações sobre o BACEN......................................................... 29
6. GARANTIA E CONTRAGARANTIA .................................................................. 32
7. REGRA DE OURO ....................................................................................... 35
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8. PRECATÓRIOS .......................................................................................... 39
MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF ....................................... 42
MEMENTO XIII .............................................................................................. 63
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................... 69
GABARITOS ................................................................................................. 83

Olá amigos! Como é bom estar aqui!

Nesta última aula sobre LRF abordaremos os tópicos que eu, particularmente,
considero a parte mais difícil do curso.

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Entretanto, isso não é motivo para desistirmos. Vamos com tudo pra cima da
LRF! O ponto positivo é que nessa parte impera a letra fria da Lei, ou seja, as
bancas cobram exatamente como está escrito na LRF, sem muitos rodeios.

Estudaremos nesta aula os temas da Lei de Responsabilidade Fiscal que ainda


não foram abordados ao longo do nosso curso, relacionados à dívida pública.

Aproveito a oportunidade para informar sobre a 4ª edição do meu livro:


Administração Financeira e Orçamentária, Teoria e Questões, Sérgio
Mendes, Editora Método. O livro já está disponível nas melhores livrarias de
todo o país.

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E vamos começar nossa aula!

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1. EMPRÉSTIMOS

O crédito público é uma das formas que o Estado dispõe para obter
ingressos financeiros visando cobrir as despesas de sua responsabilidade.
No entanto, os recursos deverão ser devolvidos, acrescidos de juros e
encargos correspondentes. Assim, ao captar os recursos, é gerada uma
obrigação correspondente ao endividamento. Os empréstimos do Estado
podem ser compulsórios ou voluntários.

1.1 Empréstimos Compulsórios

De acordo com a Constituição Federal de 1988, a competência para instituir


empréstimos compulsórios é da União, cabendo sua instituição e disciplina
dependente de lei complementar. Consiste na tomada compulsória de uma
certa importância do particular, a título de empréstimo, com promessa de
resgate em certo prazo, e em determinadas condições prefixadas em lei,
para atender situações excepcionais ali estabelecidas. Os recursos
arrecadados terão sua aplicação vinculada à despesa que fundamentou sua
instituição. De acordo com o STF, a restituição do empréstimo compulsório
deverá ser feita em moeda corrente.

Segundo o art. 148 da CF/1988, a União, mediante lei complementar, poderá


instituir empréstimos compulsórios:
 Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência.
 No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional. Neste caso deve ser observado o princípio tributário
da anterioridade, o qual veda a cobrança de tributos no mesmo exercício
financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.

Os empréstimos compulsórios são considerados de natureza tributária por


grande parte da doutrina e pela jurisprudência. No entanto, apenas para efeito
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das classificações orçamentárias, os empréstimos compulsórios pertencem


à categoria econômica receitas de capital e sua origem são operações de
crédito.

A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu


resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei (art. 15,
parágrafo único, do Código Tributário Nacional).

São considerados créditos públicos impróprios, já que não há o caráter


voluntário de emprestar os recursos. Não há a manifestação livre da vontade
do investidor.

1.2 Empréstimos Voluntários

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Os empréstimos voluntários são contraídos pelo estado de forma contratual,


pela livre manifestação da vontade do investidor. Desta forma, são
considerados créditos próprios.

1.3 Outras Informações

Os próximos tópicos raramente caem em prova. O motivo é que não há


consenso por parte da doutrina. Vamos apenas resumi-los por meio de
quadros, trazendo as informações que possuem menos divergência.

Classificação quanto à origem

Obtido dentro do território nacional


Interno
(seja de nacionais ou estrangeiros no país)

Externo Obtido no exterior

Classificação quanto ao prazo


Sem previsão de data de pagamento do principal. Há apenas o
Perpétuo
pagamento indefinidamente de juros ao credor.
Com data prevista de pagamento. Podem ser de curto ou longo
Temporário
prazo:

Curto Prazo Pagamento do Estado no mesmo exercício financeiro da aquisição

Pagamento do Estado em exercício financeiro diferente ao da


Longo Prazo
aquisição

Classificação quanto à competência


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Federal Tomado pela União

Estadual Tomado pelas unidades federativas

Municipal Tomados pelos municípios

Fases

Emissão O Estado se propõe a obter o crédito e explicita as condições.

Dívida Pública Flutuante ou Fundada (próximos tópicos)

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Garantias

Garantia da devolução da
Exemplo: indicação de fiadores, vinculações de receita.
quantia emprestada

Garantia contra a Exemplos: vinculação ao valor da moeda estrangeira


desvalorização da moeda ou ao padrão ouro.

Principais formas de Extinção da Dívida Pública

Amortização Feita por compra no mercado, sorteio ou junto ao credor.

Compensação Compensação dos débitos com os créditos devidos ao Estado.

Estado altera condições anteriores, geralmente por meio de redução de


Conversão
juros.

O Estado cancela a dívida por falta de legitimidade, como as dívidas


Repúdio
assumidas por atos de corrupção ou regime políticos não reconhecidos.

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2. DÍVIDA PÚBLICA

2.1. Definições

A dívida pública é a decorrência natural dos empréstimos. São consideradas


fundamentais para o equilíbrio entre receitas e despesas, em virtude de seu
potencial para causar danos às contas públicas. O assunto é tão importante
que o art. 34 da CF/1988 dispõe que a União não intervirá nos estados nem
no Distrito Federal, exceto, entre outros motivos, para reorganizar as finanças
da unidade da Federação que suspender o pagamento da dívida fundada
por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; ou deixar
de entregar aos municípios receitas tributárias fixadas na Constituição, dentro
dos prazos estabelecidos em lei.

Quanto à origem, a dívida pública se subdivide em dívida interna e dívida


externa. Já quanto à duração, subdivide-se em flutuante ou fundada. Esta
última classificação que mais interessa ao Direito Financeiro/Orçamento
Público, por terem definições na Lei 4320/1964 e na Lei de Responsabilidade
Fiscal.

De acordo com o art. 92 da Lei 4.320/1964, a dívida flutuante compreende:


 Os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida.
 Os serviços da dívida a pagar (parcelas de amortização e juros da dívida
fundada).
 Os depósitos.
 Os débitos de tesouraria (operações de crédito por antecipação de
receita).

Consoante o art. 98, a dívida fundada compreende os compromissos de


exigibilidade superior a 12 meses, contraídos para atender o desequilíbrio
orçamentário ou financeiro de obras e serviços públicos.
O Decreto 93.872/1986 é mais abrangente. Segundo o art. 115, a dívida
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pública abrange a dívida flutuante e a dívida fundada ou consolidada.

A dívida flutuante compreende os compromissos exigíveis, cujo pagamento


independe de autorização orçamentária, assim entendidos:
 Os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida.
 Os serviços da dívida.
 Os depósitos, inclusive consignações em folha.
 As operações de crédito por antecipação de receita.
 O papel-moeda ou moeda fiduciária.

Já a dívida fundada ou consolidada compreende os compromissos de


exigibilidade superior a 12 meses contraídos mediante emissão de títulos ou
celebração de contratos para atender a desequilíbrio orçamentário, ou a

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financiamento de obras e serviços públicos, e que dependam de autorização


legislativa para amortização ou resgate.

A Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu regras mais rígidas para o


endividamento público, até mesmo redefinindo conceitos da Lei 4.320/1964
e do Decreto 93.872/1986. A LRF adota no art. 29 as definições relacionadas
ao crédito público e ao endividamento.

A dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao montante total,


apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação,
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização
de operações de crédito, para amortização em prazo superior a 12 meses.
Também será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à
emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil e as
operações de crédito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham
constado do orçamento.

Ainda, para fins de aplicação dos limites ao endividamento, os precatórios


judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido
incluídos integram a dívida consolidada.

 Amortização em prazo superior a 12 meses;


 A relativa à emissão de títulos de responsabilidade
do BACEN e as operações de crédito de prazo
inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado
da LOA;
 Para fins de aplicação dos limites ao endividamento,
Integram a Dívida os precatórios judiciais não pagos durante a
Pública Consolidada execução do orçamento em que houverem sido
ou Fundada incluídos.

A dívida pública mobiliária é aquela representada por títulos emitidos pela


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União, inclusive os do Banco Central do Brasil, dos estados e dos municípios. É


uma especificação da dívida consolidada geral para que ocorra um maior
controle.

Considera-se operação de crédito o compromisso financeiro assumido em


razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição
financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda
a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. Equiparam-se à
operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas
pelo ente da Federação, sem prejuízo do cumprimento das exigências dos arts.
15 e 16 da LRF, relacionados à geração de despesa.

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A concessão de garantia corresponde a compromisso de adimplência de


obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou
entidade a ele vinculada.

O refinanciamento da dívida mobiliária corresponde à emissão de títulos


para pagamento do principal acrescido da atualização monetária.
O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término
de cada exercício financeiro, o montante do final do exercício anterior, somado
ao das operações de crédito autorizadas no orçamento para este efeito e
efetivamente realizadas, acrescido de atualização monetária.

Nas restrições às despesas de pessoal, se não alcançada a redução no prazo


estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá contratar,
entre outros, operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao
refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das
despesas com pessoal.

A Resolução do Senado Federal 43/2001 acrescenta que a dívida consolidada


líquida é a dívida pública consolidada deduzidas as disponibilidades de caixa,
as aplicações financeiras e os demais haveres financeiros.

1) (CESPE – Analista Administrativo – Direito - ANTT – 2013) São


consideradas no montante da dívida pública consolidada ou fundada as
obrigações financeiras do ente da Federação assumidas por contrato
ou convênio, cuja amortização deve se dar em até doze meses.

A dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao montante total,


apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação,
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização
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de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses


(art. 29, I, da LRF).
Resposta: Errada

2) (CESPE – Analista - Planejamento e Orçamento - MPU – 2013)


Integra a dívida pública consolidada da União a dívida relativa à
emissão de títulos de responsabilidade do BACEN.

Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de


títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil (art. 29, § 2º, da LRF).
Resposta: Certa

3) (CESPE – Analista – Finanças e Controle - MPU – 2013) Para fins de


ajustes da dívida pública consolidada aos limites fixados, os

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precatórios liquidados durante a previsão do orçamento bem como os


precatórios não pagos não devem ser incluídos no montante da dívida
consolidada.

Os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que


houverem sido incluídos integram a dívida consolidada, para fins de aplicação
dos limites (art. 30, § 7º, da LRF).
Resposta: Errada

4) (CESPE – Técnico Científico – Direito – Banco da Amazônia - 2012)


Define-se dívida pública consolidada ou fundada como o montante
total das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em
virtude de abertura de crédito, para amortização em prazo inferior a
doze meses.

A dívida fundada ou consolidada compreende os compromissos de exigibilidade


superior a 12 meses contraídos mediante emissão de títulos ou celebração de
contratos para atender a desequilíbrio orçamentário, ou a financiamento de
obras e serviços públicos, e que dependam de autorização legislativa para
amortização ou resgate.
Resposta: Errada

5) (CESPE – Técnico – FNDE – 2012) Os restos a pagar, assim como os


serviços da divida a pagar, integra a divida flutuante.

De acordo com o art. 92 da Lei 4.320/1964, a dívida flutuante compreende:


_ Os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida.
_ Os serviços da dívida a pagar (parcelas de amortização e juros da dívida
fundada).
_ Os depósitos.
_ Os débitos de tesouraria (operações de crédito por antecipação de receita).
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Resposta: Certa

6) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) A dívida ativa contém as


obrigações financeiras da fazenda pública e classifica-se, quanto à
origem, em interna ou externa e, quanto à duração, em flutuante ou
fundada.

Quanto à origem, a dívida pública se subdivide em dívida interna e dívida


externa. Já quanto à duração, subdivide-se em flutuante ou fundada.
A dívida ativa não se confunde com a dívida pública (passiva), que representa
as obrigações do ente público para com terceiros. A dívida ativa abrange os
créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas,
por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas.
Resposta: Errada

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7) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) A Lei n.º 4.320/1964, diploma


legal sobre normas gerais de direito financeiro, recepcionada pela CF
como lei complementar até a edição da norma prevista em seu art.
165, § 9.º, teve alguns de seus conceitos e procedimentos alterados ou
acrescidos pela LRF. Nesse sentido, é correto afirmar que a LRF incluiu
no conceito de dívida fundada não só as dívidas com prazo de resgate
superior a doze meses, como conceituado pela Lei n.º 4.320/1964,
mas também aquelas inferiores a doze meses cujas receitas tenham
constado do orçamento.

A Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu regras mais rígidas para o


endividamento público, até mesmo redefinindo conceitos da Lei 4.320/1964 e
do Decreto 93.872/1986.
De acordo com a LRF, a dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao
montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente
da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados
e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a
12 meses. Também será incluída na dívida pública consolidada da União a
relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil e
as operações de crédito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham
constado do orçamento.
Resposta: Certa

8) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) A dívida


fundada refere-se ao montante, apurado sem duplicidade, das
obrigações financeiras do estado do Espírito Santo, assumida em
virtude de leis, contratos, convênios ou tratados. Refere-se, também,
às obrigações decorrentes de operações de crédito, para amortização
em prazo superior a 12 meses.

A dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao montante total,


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apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação


(como o Estado do Espírito Santo), assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para
amortização em prazo superior a doze meses.
Segundo a LRF, são entes da federação: a União, cada Estado, o Distrito
Federal e cada Município.
Resposta: Certa

9) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCDF – 2012) A dívida


pública, que representa o montante das obrigações financeiras do
Estado, pode ser classificada quanto à origem em fundada e flutuante.

Quanto à origem, a dívida pública se subdivide em dívida interna e dívida


externa. Já quanto à duração, subdivide-se em flutuante ou fundada.

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Resposta: Errada

10) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados –


2014) A emissão de títulos de responsabilidade do Banco do Brasil S.
A. será incluída na dívida pública consolidada da União.

Também será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à


emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil e as
operações de crédito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham
constado do orçamento.
O Banco Central do Brasil (BACEN), criado pela Lei 4.595, de 31 de dezembro
de 1964, é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, que tem
por missão assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um
sistema financeiro sólido e eficiente. Não se confunde com o Banco do Brasil
S.A. (BB), que é uma instituição financeira constituída na forma de sociedade de
economia mista.
Resposta: Errada

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2.2. Competências

Sobre o montante da dívida pública brasileira, a CF/1988 atribuiu


competências ao Congresso Nacional e separadamente ao Senado Federal.

Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República,


dispor sobre matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e
suas operações; bem como sobre moeda, seus limites de emissão, e
montante da dívida mobiliária federal.

Atenção: é da competência exclusiva do Congresso Nacional julgar


anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os
relatórios sobre a execução dos planos de governo (art. 49, IX, da CF/1988).

Compete privativamente ao Senado Federal:

(por meio de resolução)


 Autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da
União, dos estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos municípios.
 Fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o
montante da dívida consolidada da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios.
 Dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito
externo e interno da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo
Poder Público federal.
 Dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União
em operações de crédito externo e interno.
 Estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida
mobiliária dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
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2.3. Limites ao Endividamento

Os limites para a dívida pública, operações de crédito e concessão de garantia


serão fixados em percentual da receita corrente líquida para cada esfera de
governo e aplicados igualmente a todos os entes da Federação que a integrem,
constituindo, para cada um deles, limites máximos. Para fins de verificação do
atendimento do limite, a apuração do montante da dívida consolidada será
efetuada ao final de cada quadrimestre. Exceção se dá para os municípios
com população inferior a 50 mil habitantes, que podem usufruir de regras
especiais de aplicação das determinações constantes na LRF, entre as quais se
inclui a apuração semestral dos limites da dívida consolidada. A mesma
exceção ocorre na apuração das despesas com pessoal.

Serão estabelecidos pelo Senado Federal por proposta do Chefe do Poder


Executivo da União, enviada 90 dias após a publicação da LRF (art. 30, I, da
LRF):
 Limites globais para o montante da dívida consolidada da União, Estados
e Municípios e de limites e condições relativos às operações de crédito
externo e interno da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo
Poder Público federal.
 Concessão de garantia da União em operações de crédito externo e
interno e montante da dívida mobiliária dos estados, do Distrito Federal e
dos municípios.

Os limites para o montante da dívida mobiliária federal serão estabelecidos


pelo Congresso Nacional, mediante projeto de lei encaminhado pelo Chefe do
Poder Executivo da União, enviado também 90 dias após a publicação da LRF
(art. 30, II, da LRF).

As propostas também poderão ser apresentadas em termos de dívida líquida,


evidenciando a forma e a metodologia de sua apuração.
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Sempre que alterados os fundamentos das propostas enviadas ao Senado


Federal (no caso do art. 30, I, da LRF) ou ao Congresso Nacional (no caso do
art. 30, II, da LRF), em razão de instabilidade econômica ou alterações nas
políticas monetária ou cambial, o Presidente da República poderá encaminhar
solicitação de revisão dos limites.

As propostas enviadas e suas alterações conterão:


 Demonstração de que os limites e condições guardam coerência com as
normas estabelecidas na LRF e com os objetivos da política fiscal.
 Estimativas do impacto da aplicação dos limites a cada uma das três
esferas de governo.
 Razões de eventual proposição de limites diferenciados por esfera de
governo.

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 Metodologia de apuração dos resultados primário e nominal.

Vale ressaltar que a LRF traz diversas regras sobre a dívida pública, porém,
diferentemente das despesas com pessoal, não determina quais são os limites
do endividamento, pois tais definições cabem ao Senado Federal.

As Resoluções do Senado 40/2001, 43/2001 e 48/2007 dispõem sobre os


limites dos entes em relação à Receita Corrente Líquida:

LIMITES EM RELAÇÃO À RCL


Objeto União Estados/DF Municípios
Dívida consolidada Não há 200% 120%
Contratação de operações de crédito 60% 16%
Concessão de garantias 60% 22%
Pagamento dos serviços da dívida Não há 11,5%
Contratação de operações por ARO Não há 7%

2.4. Recondução da Dívida aos Limites

Se a dívida consolidada de um ente da Federação


ultrapassar o respectivo limite ao final de um
quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término
Recondução da dívida dos três subsequentes, reduzindo o excedente em pelo
(art. 31 da LRF) menos 25% no primeiro.

Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido se submeterá


às seguintes sanções:
I – estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive
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por antecipação de receita, ressalvado o refinanciamento do principal


atualizado da dívida mobiliária.
II – obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite,
promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho.

Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e enquanto perdurar o


excesso, o ente ficará também impedido de receber transferências voluntárias
da União ou do estado. Ressalto que, para fins da aplicação das sanções de
suspensão de transferências voluntárias constantes da LRF, excetuam-se
aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência social.

As normas serão observadas nos casos de descumprimento dos limites da


dívida mobiliária e das operações de crédito internas e externas.

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2.5. Exceções aos Prazos para Recondução da Dívida aos Limites

Estas são as exceções aos prazos do art. 31 da LRF para recondução da dívida
aos limites:

Aplicação imediata: as restrições são aplicadas imediatamente se o


montante da dívida exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano
do mandato do Chefe do Poder Executivo.

Suspensão: na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso


Nacional, no caso da União, ou pelas Assembleias Legislativas, na hipótese dos
estados e municípios; e em caso de estado de defesa ou de sítio decretado na
forma da constituição, enquanto perdurar a situação, serão suspensas a
contagem dos prazos e as disposições estabelecidas no artigo.

Duplicação: já em caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto


Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por período igual ou superior
a quatro trimestres, os prazos do artigo serão duplicados. Entende-se por
baixo crescimento a taxa de variação real acumulada do PIB inferior a 1%, no
período correspondente aos quatro últimos trimestres.

Ampliação: ainda, na hipótese de se verificarem mudanças drásticas na


condução das políticas monetária e cambial, reconhecidas pelo Senado Federal,
o prazo poderá ser ampliado em até quatro quadrimestres.

11) (CESPE – Analista – Finanças e Controle - MPU – 2013) Os limites


globais para o montante da dívida consolidada da União, estados e
municípios propostos pelo presidente da República poderão ser
verificados a partir de percentual da receita corrente líquida (RCL).
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Os limites para a dívida pública, operações de crédito e concessão de garantia


serão fixados em percentual da receita corrente líquida para cada esfera de
governo e aplicados igualmente a todos os entes da Federação que a integrem,
constituindo, para cada um deles, limites máximos.
Resposta: Certa

12) (CESPE – Analista – Finanças e Controle - MPU – 2013) Se


ultrapassar o respectivo limite ao final de um bimestre, a dívida
fundada de um ente da Federação deverá ser a ele reconduzida até o
término do bimestre subsequente, reduzindo-se o excedente em pelo
menos 25%.

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Consoante o art. 31 da LRF, se a dívida consolidada de um ente da Federação


ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele
reconduzida até o término dos três subsequentes, reduzindo o excedente
em pelo menos 25% no primeiro
Resposta: Errada

13) (CESPE – Analista Judiciário - Administrativa – STF – 2013)


Sempre que forem alterados os fundamentos das políticas monetária
ou cambial em razão de instabilidade econômica, o presidente da
República, em atendimento aos dispositivos constitucionais vigentes,
poderá encaminhar ao Congresso Nacional proposta de revisão dos
limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos
estados e dos municípios.

Sempre que alterados os fundamentos das propostas enviadas ao Senado


Federal (no caso do art. 30, I, da LRF) ou ao Congresso Nacional (no caso do
art. 30, II, da LRF), em razão de instabilidade econômica ou alterações nas
políticas monetária ou cambial, o Presidente da República poderá encaminhar
solicitação de revisão dos limites.

Assim, sempre que forem alterados os fundamentos das políticas monetária ou


cambial em razão de instabilidade econômica, o presidente da República, em
atendimento aos dispositivos constitucionais vigentes, poderá encaminhar ao
Senado Federal proposta de revisão dos limites globais para o montante da
dívida consolidada da União, dos estados e dos municípios. O encaminhamento
ao Congresso Nacional seria no caso de dívida mobiliária federal.

Resposta: Errada

14) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10 – Prova


cancelada - 2013) No caso de crescimento real baixo ou negativo do
Produto Interno Bruto (PIB), será suspenso o prazo para que o ente da
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Federação reconduza a divida consolidada que ultrapassar o respectivo


limite ao final de um quadrimestre.

Em caso de crescimento real baixo ou negativo do PIB nacional, regional ou


estadual por período igual ou superior a quatro trimestres, os prazos
previstos serão duplicados. Entende-se por baixo crescimento a taxa de
variação real acumulada do PIB inferior a 1%, no período correspondente aos
quatro últimos trimestres.
Resposta: Errada

15) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012)


Compete exclusivamente ao Congresso Nacional dispor sobre limites e
condições para a concessão de garantia da União em operações de
crédito externo e interno.

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Compete privativamente ao Senado Federal dispor sobre limites e condições


para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e
interno.
Resposta: Errada

16) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Os limites globais


para o montante da dívida consolidada da União e para o montante da
dívida mobiliária federal devem ser fixados, em percentual da receita
corrente líquida, para cada esfera de governo.

Os limites para a dívida pública, operações de crédito e concessão de garantia


serão fixados em percentual da receita corrente líquida para cada esfera de
governo e aplicados igualmente a todos os entes da Federação que a integrem,
constituindo, para cada um deles, limites máximos.
Resposta: Certa

17) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Se o estado


do Espírito Santo tivesse ultrapassado o limite de endividamento no
último quadrimestre de 2009, então ele deveria tomar medidas
imperativas de recondução ao limite, no máximo até o término de
2010, enquanto perdurasse o excesso, as operações de crédito
ficariam suspensas, até mesmo as de antecipação de receita.

Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo


limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término
dos três subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% no
primeiro. Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido se
submeterá a sanções, entre elas, a proibição de realizar operação de crédito
interna ou externa, inclusive por antecipação de receita, ressalvado o
refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.
Logo, se o estado do Espírito Santo tivesse ultrapassado o limite de
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endividamento no último quadrimestre de 2009, então ele deveria tomar


medidas imperativas de recondução ao limite, no máximo até o término de
2010, ou seja, até o término dos três quadrimestres subsequentes. Enquanto
perdurasse o excesso, como regra geral, entre outras sanções, as operações
de crédito ficariam suspensas, até mesmo as de antecipação de receita.
Resposta: Certa

18) (CESPE – AUFC – TCU – 2009) Compete a lei complementar dispor


sobre finanças públicas e sobre os limites globais e condições para o
montante da dívida mobiliária dos estados, do Distrito Federal (DF) e
dos municípios.

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Compete privativamente ao Senado, por meio de resolução, estabelecer


limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios.
Resposta: Errada

19) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados –


2014) É competência da Câmara dos Deputados dispor a respeito dos
limites globais e das condições para o montante da dívida mobiliária
dos estados, do DF e dos municípios.

É competência do Senado Federal dispor a respeito dos limites globais e das


condições para o montante da dívida mobiliária dos estados, do DF e dos
municípios.
Resposta: Errada

20) (CESPE – Administrador – Polícia Federal – 2014) Se o presidente


da República pretender modificar os limites globais para o montante
da dívida pública consolidada, deverá enviar proposta ao Poder
Legislativo que contenha a metodologia de apuração dos resultados
primário e nominal.

Sempre que alterados os fundamentos das propostas enviadas ao Senado


Federal (no caso do art. 30, I, da LRF) ou ao Congresso Nacional (no caso do
art. 30, II, da LRF), em razão de instabilidade econômica ou alterações nas
políticas monetária ou cambial, o Presidente da República poderá encaminhar
solicitação de revisão dos limites.
As propostas enviadas e suas alterações conterão:
_ Demonstração de que os limites e condições guardam coerência com as
normas estabelecidas na LRF e com os objetivos da política fiscal.
_ Estimativas do impacto da aplicação dos limites a cada uma das três esferas
de governo.
_ Razões de eventual proposição de limites diferenciados por esfera de
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governo.
_ Metodologia de apuração dos resultados primário e nominal.
Resposta: Certa

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3. OPERAÇÕES DE CRÉDITO

3.1. Regras Gerais para as Operações de Crédito

O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e das condições


relativos à realização de operações de crédito de cada ente da Federação,
inclusive das empresas por eles controladas, direta ou indiretamente. O ente
interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus
órgãos técnicos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o
interesse econômico e social da operação e o atendimento das seguintes
condições:

I – existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no texto


da lei orçamentária, em créditos adicionais ou lei específica.
II – inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos
provenientes da operação, exceto no caso de operações por antecipação de
receita.
III – observância dos limites e condições fixados pelo Senado Federal.
IV – autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação
de crédito externo.
V – atendimento da regra de ouro (inciso III do art. 167 da CF/1988).
VI – observância das demais restrições estabelecidas na LRF.

Vale ressaltar que os contratos de operação de crédito externo não conterão


cláusula que importe na compensação automática de débitos e créditos.

A instituição financeira que contratar operação de crédito com ente da


Federação, exceto quando relativa à dívida mobiliária ou à externa, deverá
exigir comprovação de que a operação atenda às condições e limites
estabelecidos.

A operação realizada com infração do disposto na LRF será considerada nula,


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procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a devolução do principal,


vedados o pagamento de juros e demais encargos financeiros. Se a devolução
não for efetuada no exercício de ingresso dos recursos, será consignada
reserva específica na lei orçamentária para o exercício seguinte.

Enquanto não efetuado o cancelamento, a amortização, ou constituída a


reserva, aplicam-se as sanções previstas nos incisos do § 3º do art. 23 (as
mesmas para despesas com pessoal). Também se constituirá reserva, no
montante equivalente ao excesso, se não atendido o disposto na LRF sobre a
regra de ouro.

Relembro que a CF/1988 veda a transferência voluntária de recursos e a


concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos
Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento

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de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos estados, do Distrito


Federal e dos municípios.

3.2. Das Operações de Crédito por Antecipação de Receita


Orçamentária

Um tipo destacado de operação de crédito é o que ocorre por antecipação de


receita orçamentária (ARO). Em geral, o primeiro contato com o termo
acontece quando se estuda o princípio orçamentário da exclusividade, previsto
na CF/1988, pois ele determina que a lei orçamentária não poderá conter
matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se
dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito,
inclusive por ARO.

De acordo com o art. 7º da Lei 4.320/1964:


“Art. 7º A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:
II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito
por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa.”

De acordo apenas com a Lei 4.320/1964, a LOA poderá conter autorização ao


Executivo para realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de
crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa.
No entanto, esse dispositivo foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura
combinada com a LRF, por ser esta mais restritiva.

Segundo o art. 38 da LRF, a operação de crédito por antecipação de receita destina-


se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as
exigências para as operações de crédito (tópico anterior) e as seguintes:
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I – realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício.


II – deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia 10 de
dezembro de cada ano.
III – não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de
juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira,
ou à que vier a esta substituir.
IV – estará proibida enquanto existir operação anterior da mesma natureza não
integralmente resgatada, bem como no último ano de mandato do Presidente,
Governador ou Prefeito Municipal.

As operações de crédito por antecipação de receita orçamentária compõem a


dívida flutuante; logo, não compõem a dívida fundada do ente, tampouco
entram nos limites ao endividamento público. As operações de crédito por ARO
também não serão computadas para efeito do que dispõe a regra de ouro,

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desde que liquidadas com juros e outros encargos incidentes, até o dia 10 de
dezembro de cada ano.

As AROs realizadas por estados ou municípios serão efetuadas mediante


abertura de crédito junto à instituição financeira vencedora em processo
competitivo eletrônico promovido pelo Banco Central do Brasil, o qual manterá
um sistema de acompanhamento e controle do saldo do crédito aberto e, no
caso de inobservância dos limites, aplicará as sanções cabíveis à instituição
credora.

21) (CESPE – Administrador – Ministério da Integração - 2013)


Considere que determinado município contrate empréstimo com
instituição financeira que consista na antecipação de parte de seus
tributos para pagamento da folha de salários de seus funcionários.
Nessa situação, deve-se considerar essa operação dívida flutuante.

As operações de crédito por antecipação de receita orçamentária compõem a


dívida flutuante.
Resposta: Certa

22) (CESPE – Analista - Planejamento e Orçamento - MPU – 2013) A


LRF proíbe que, nos dois últimos anos do mandato, governadores e
prefeitos antecipem receitas tributárias por meio de empréstimos de
curto prazo, concedam aumento de salários e contratem novos
servidores públicos.

Questão que mistura Dívida Pública e Despesas com Pessoal (outro tema da
LRF).
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A operação de crédito por antecipação de receita orçamentária estará proibida


no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.

No que tange ao tema “Despesas com Pessoal”, é nulo de pleno direito o ato
de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos 180 dias
anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão (art. 21,
parágrafo único, da LRF). Seria o caso da concessão de aumento de salários e
da contratação de novos servidores públicos.

A questão está incorreta porque em ambos os casos afirma que a proibição


abrange os últimos dois anos do mandato.
Resposta: Errada

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23) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade - TRE/RJ – 2012)


Caso, em 2012, os municípios realizem operações de crédito por
antecipação de receita orçamentária, essas operações deverão ser
incluídas em suas respectivas leis orçamentárias, em obediência ao
princípio da universalidade.

As operações de crédito por antecipação de receita orçamentária destinam-se


a insuficiência de caixa e são receitas extraorçamentárias.
Resposta: Errada

24) (CESPE - Advogado – AGU – 2012) Em determinadas situações


previstas em lei, o governo federal poderá conceder empréstimos para
pagamento de despesas com pessoal dos estados, do DF e dos
municípios.

A CF/1988 veda a transferência voluntária de recursos e a concessão de


empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos
Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de
despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios (art. 167, X, da CF/1988).
Resposta: Errada

25) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) A LRF restringiu a realização


das operações de crédito por antecipação de receita, antes permitidas
a qualquer tempo pela Lei n.º 4.320/1964, para somente após o
segundo mês do início do exercício financeiro.

De acordo com o art. 7º da Lei 4.320/1964:


“Art. 7º A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:
II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito
por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa.”
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De acordo apenas com a Lei 4.320/1964, a LOA poderá conter autorização ao


Executivo para realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de
crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa.

No entanto, esse dispositivo foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura
combinada com a LRF, por ser esta mais restritiva. Uma das regras é que as
operações de crédito por antecipação de receita realizar-se-ão somente a
partir do décimo dia do início do exercício. Logo, não são permitidas
apenas após o segundo mês do início do exercício financeiro, como afirma o
item.

Resposta: Errada

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26) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) Acerca da elaboração


e do controle dos orçamentos e balanços da União, dos estados, dos
municípios e do Distrito Federal, julgue o item.
A lei de orçamento pode conter autorização ao Poder Executivo para
que este realize, em qualquer mês do exercício financeiro, operações
de crédito por antecipação da receita, para atender insuficiências de
caixa.

A questão pede a resposta apenas de acordo com a elaboração e o controle


dos orçamentos e balanços da União, dos estados, dos municípios e do Distrito
Federal, ou seja, de acordo com a Lei 4320/1964. De acordo apenas com a Lei
4.320/1964, a qual estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal, a LOA poderá conter autorização ao Executivo
para realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito
por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa.

Relembro que esse dispositivo foi parcialmente prejudicado e deve ter sua
leitura combinada com a LRF, por ser esta mais restritiva.
Resposta: Certa

27) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRE/MT – 2010)


Uma operação de crédito por antecipação de receita somente pode ser
feita nos últimos quatro meses do exercício financeiro.

Uma operação de crédito por antecipação de receita somente pode ser feita a
partir do décimo dia do início do exercício, desde que cumpra as demais
exigências legais.

Resposta: Errada

28) (CESPE – Analista – Administração - EMBASA - 2010) É permitida a


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contratação da antecipação de receita orçamentária, desde que não


ocorra no último ano de mandato.

É vedada a contratação da antecipação de receita orçamentária no último ano


de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal. Logo, é
permitida nos demais anos, desde que obedeça às demais regrais legais.
Resposta: Certa

29) (CESPE – Economista - DPU - 2010) Conforme a LRF, no último ano


de mandato, é permitido aos prefeitos firmar, pela prefeitura,
operação de crédito por antecipação de receita, em meados de janeiro
desse ano, desde que a liquide até o último dia de novembro do
mesmo ano.

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De acordo com a LRF, a operação de crédito por antecipação de receita estará


proibida no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito
Municipal.
Resposta: Errada

30) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – MDIC – 2014) As


dívidas realizadas para atender a insuficiências de caixa ou de
tesouraria constituem dívida flutuante.

As operações de crédito por antecipação de receita (débitos de tesouraria),


destinadas à insuficiência de caixa, compõem a dívida flutuante.
Resposta: Certa

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4. VEDAÇÕES

Vamos falar das vedações previstas na LRF.


Segundo o art. 34 da LRF, o Banco Central do Brasil não emitirá títulos da
dívida pública a partir de dois anos após a publicação da LRF, o que significa
que tal determinação já está produzindo efeitos há vários anos.

O art. 35 da LRF veda a realização de operações de crédito entre entes da


Federação, sob qualquer forma, seja diretamente ou por intermédio de fundo,
autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, ainda que sob a forma
de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída
anteriormente. Essa vedação não impede estados e municípios de comprar
títulos da dívida da União como aplicação de suas disponibilidades.

No entanto, excetuam-se da vedação citada as operações entre


instituição financeira estatal e outro ente da Federação, inclusive suas
entidades da Administração indireta, que não se destinem a financiar,
direta ou indiretamente, despesas correntes; e que não se destinem a
refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição
concedente. Ou seja, são permitidas para refinanciar dívidas contraídas
junto à instituição concedente.

De acordo com Nascimento e Debus (2002), ao discorrerem sobre a vedação à


realização de operações de crédito entre entes da Federação prevista na LRF,
“tende a encerrar-se um longo capítulo em que a União seguidamente
refinanciou dívidas de Estados e Municípios, assumiu dívidas de Estados
recém-criados, bem como de órgãos que foram extintos, sendo esse
procedimento responsável, em boa parte, pelo crescimento vertiginoso do
estoque da dívida do Governo Central. Para lembrar, somente em 1996/97 a
União refinanciou, com juros subsidiados, dívidas de Estados no montante de
R$ 103,0 bilhões e, nas vésperas da sanção da LRF, a Prefeitura do município
de São Paulo teve a sua dívida renegociada em mais de R$ 10,0 bilhões, com
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prazo de 30 anos.”

Segundo o art. 36, é proibida a operação de crédito entre uma instituição


financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de
beneficiário do empréstimo. Essa vedação não proíbe instituição financeira
controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para atender
investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União para
aplicação de recursos próprios. Também segundo Nascimento e Debus, “dessa
forma, estão vedadas as operações envolvendo os bancos estaduais e os
respectivos governos, onde proliferaram, durante muito tempo, práticas
escusas, que a norma busca abolir definitivamente”.

Ainda, de acordo com o art. 37, I a IV, da LRF:

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“Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados:

I – captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição


cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7º do art.
150 da Constituição;
II – recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha,
direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e
dividendos, na forma da legislação;
III – assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada,
com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval
de título de crédito, não se aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes;
IV – assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para
pagamento a posteriori de bens e serviços.”

Note que o art. 37 equipara diversos mecanismos a operações de crédito e


também os proíbe, a fim de evitar que sejam utilizados para burlar as
vedações.

O inciso I veda antecipações de receitas antes da ocorrência do fato gerador do


tributo ou contribuição. Ainda, faz referência ao § 7o do art. 150 da CF/1988, o
qual dispõe que a lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a
condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato
gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial
restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.

O inciso II veda antecipações de receitas das empresas estatais, excetuando,


na forma da legislação, os lucros e dividendos.

Já os incisos III e IV vedam a assunção de compromissos de quaisquer formas


com fornecedores, excetuando as empresas estatais dependentes; e de
obrigação sem autorização orçamentária, ainda que para pagamento posterior.
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31) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – Ministério da


Integração - 2013) Uma instituição financeira estatal não pode obter
empréstimos junto ao ente da Federação que a controla, mas poderá
adquirir no mercado títulos da dívida pública para atender às
necessidades de investimentos de seus clientes.

Segundo o art. 36 da LRF, é proibida a operação de crédito entre uma


instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na
qualidade de beneficiário do empréstimo. Essa vedação não proíbe instituição
financeira controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para

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atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da


União para aplicação de recursos próprios.
Resposta: Certa

32) (CESPE – Especialista – FNDE – 2012) Proíbe-se aos estados e


municípios a compra de títulos de dívida da União como forma de
aplicação de suas disponibilidades.

O art. 35 da LRF veda a realização de operações de crédito entre entes da


Federação, sob qualquer forma, seja diretamente ou por intermédio de fundo,
autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, ainda que sob a forma de
novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente.
Entretanto, essa vedação não impede estados e municípios de comprar títulos
da dívida da União como aplicação de suas disponibilidades.
Resposta: Errada

33) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) A LRF veda a aquisição por


instituição financeira estatal de títulos da dívida pública emitidos por
seu ente público controlador.

Segundo o art. 36 da LRF, é proibida a operação de crédito entre uma


instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na
qualidade de beneficiário do empréstimo. Essa vedação não proíbe instituição
financeira controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para
atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da
União para aplicação de recursos próprios.
Resposta: Errada

34) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) À instituição


financeira controlada pela União é permitida a aquisição de títulos da
dívida pública para atender investimentos de seus clientes.
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Segundo o art. 36 da LRF, é proibida a operação de crédito entre uma


instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na
qualidade de beneficiário do empréstimo. Essa vedação não proíbe, ou seja,
permite a instituição financeira controlada de adquirir, no mercado,
títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou
títulos da dívida de emissão da União para aplicação de recursos próprios.
Resposta: Certa

35) (CESPE - Procurador - PGE/PE - 2009) Não se admite a realização


de operações de crédito entre uma instituição financeira estatal e o
ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do
empréstimo, mesmo nos casos de aquisição de títulos da dívida pública
para atender a investimento de seus clientes.

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Segundo o art. 36 da LRF, é proibida a operação de crédito entre uma


instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na
qualidade de beneficiário do empréstimo. Essa vedação não proíbe instituição
financeira controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para
atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da
União para aplicação de recursos próprios.
Resposta: Errada

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5. BANCO CENTRAL DO BRASIL

5.1. BACEN e suas Operações na LRF

O Banco Central do Brasil (BACEN), criado pela Lei 4.595, de 31 de dezembro


de 1964, é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, que tem
por missão assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um
sistema financeiro sólido e eficiente. Não se confunde com o Banco do Brasil
S.A. (BB), que é uma instituição financeira constituída na forma de sociedade de
economia mista.

Quanto às operações com o Banco Central do Brasil, a LRF dispõe que nas suas
relações com ente da Federação, o BACEN está sujeito às vedações do art. 35
(estudamos no tópico sobre vedações) e às seguintes:
 Emissão de títulos da dívida pública.
 Compra de título da dívida, na data de sua colocação no mercado. Só
poderá comprar diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar
a dívida mobiliária federal que estiver vencendo na sua carteira. Ainda,
tal operação deverá ser realizada à taxa média e condições alcançadas
no dia, em leilão público.
 Permuta, ainda que temporária, por intermédio de instituição financeira
ou não, de título da dívida de ente da Federação por título da dívida
pública federal, bem como a operação de compra e venda, a termo,
daquele título, cujo efeito final seja semelhante à permuta. Não se aplica
ao estoque de Letras do Banco Central do Brasil, Série Especial,
existente na carteira das instituições financeiras, que pode ser
refinanciado mediante novas operações de venda a termo.
 Concessão de garantia.

É vedado ao Tesouro Nacional adquirir títulos da dívida pública federal


existentes na carteira do Banco Central do Brasil, ainda que com cláusula de
reversão, salvo para reduzir a dívida mobiliária.
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O Tribunal de Contas da União acompanhará o cumprimento de tal vedação e


da determinação que o BACEN só poderá comprar diretamente títulos emitidos
pela União para refinanciar a dívida mobiliária federal que estiver vencendo na
sua carteira, bem como que a operação deverá ser realizada à taxa média e
condições alcançadas no dia, em leilão público.

5.2. Outras Considerações sobre o BACEN

A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo


banco central.

É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao


Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição

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financeira. No entanto, o BACEN poderá comprar e vender títulos de emissão


do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de
juros.

Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na LOA, as despesas do


Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio
administrativo, inclusive os destinados a benefícios e assistência aos
servidores, e a investimentos.

O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a constituição ou


reversão de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido
até o décimo dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais. O
resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro para com o Banco Central
do Brasil e será consignado em dotação específica no orçamento. Assim, o
Tesouro Nacional é beneficiário dos resultados positivos do BACEN, apurados
após a constituição ou a reversão de reservas, bem como é devedor de
eventuais resultados negativos da mesma instituição.

O impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo Banco Central do


Brasil serão demonstrados trimestralmente, nos termos em que dispuser a lei
de diretrizes orçamentárias da União. Os balanços trimestrais do BACEN
conterão notas explicativas sobre os custos da remuneração das
disponibilidades do Tesouro Nacional e da manutenção das reservas cambiais e
a rentabilidade de sua carteira de títulos, destacando os de emissão da União.

36) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Administração - ABIN -


2010) O resultado positivo do Banco Central, apurado após a
constituição ou reversão de reservas, constitui receita do Tesouro
Nacional; o resultado negativo, obrigação do Tesouro para com o
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Banco Central, devendo ser consignado em dotação específica no


orçamento.

O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a constituição ou


reversão de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido
até o décimo dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais. O
resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro para com o Banco Central
do Brasil e será consignado em dotação específica no orçamento.
Resposta: Certa

37) (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Veda-se ao Banco Central conceder,


direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a
qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.

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É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao


Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição
financeira.
Resposta: Certa

38) (CESPE – Analista – Administração - FINEP - 2009) Integram as


despesas da União e são incluídas na lei orçamentária as despesas do
Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais e custeio
administrativo, excluídas as destinadas a benefícios e assistência aos
servidores.

Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na LOA, as despesas do


Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio
administrativo, inclusive os destinados a benefícios e assistência aos
servidores, e a investimentos.
Resposta: Errada

39) (CESPE – Analista – Finanças e Contabilidade - FINEP - 2009) O


Tesouro Nacional é beneficiário dos resultados positivos do BACEN,
apurados após a constituição ou a reversão de reservas, assim como
devedor de eventuais resultados negativos da mesma instituição.

O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a constituição ou


reversão de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido
até o décimo dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais. O
resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro para com o Banco Central
do Brasil e será consignado em dotação específica no orçamento.
Resposta: Certa

40) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo - SUFRAMA – 2014) Se o


Banco Central do Brasil apresentar resultado negativo em determinado
semestre, o Tesouro Nacional ficará responsável pela cobertura do
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prejuízo, utilizando para tanto dotação específica no orçamento.

O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a constituição ou


reversão de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido
até o décimo dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais. O
resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro para com o Banco Central
do Brasil e será consignado em dotação específica no orçamento.
Resposta: Certa

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6. GARANTIA E CONTRAGARANTIA

A concessão de garantia corresponde a compromisso de adimplência de


obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou
entidade a ele vinculada.

Consoante o art. 40 da LRF, os entes poderão conceder garantia em operações


de crédito internas ou externas, observados o disposto neste artigo, as normas
do art. 32 (são as normas sobre operações de crédito previstas na LRF) e, no
caso da União, também os limites e as condições estabelecidos pelo Senado
Federal.

O § 1º do art. 40 determina que a garantia estará condicionada ao


oferecimento de contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a
ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear relativamente a
suas obrigações junto ao garantidor e às entidades por este controladas,
observado o seguinte:
_ Não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do próprio ente.
_ A contragarantia exigida pela União a estado ou município, ou pelos estados aos
municípios, poderá consistir na vinculação de receitas tributárias diretamente
arrecadadas e provenientes de transferências constitucionais, com outorga de
poderes ao garantidor para retê-las e empregar o respectivo valor na liquidação da
dívida vencida.

No caso de operação de crédito junto a organismo financeiro internacional, ou


a instituição federal de crédito e fomento para o repasse de recursos externos,
a União só prestará garantia a ente que atenda, além do disposto no § 1º, as
exigências legais para o recebimento de transferências voluntárias. Ainda, é
nula a garantia concedida acima dos limites fixados pelo Senado Federal.
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Quando honrarem dívida de outro ente, em razão de garantia prestada, a


União e os estados poderão condicionar as transferências constitucionais ao
ressarcimento daquele pagamento. O ente da Federação cuja dívida tiver sido
honrada pela União ou por estado, em decorrência de garantia prestada em
operação de crédito, terá suspenso o acesso a novos créditos ou
financiamentos até a total liquidação da mencionada dívida.

É vedado às entidades da Administração indireta, inclusive suas empresas


controladas e subsidiárias, conceder garantia, ainda que com recursos de
fundos. Tal vedação não se aplica à concessão de garantia por:
I – empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem à prestação de
contragarantia nas mesmas condições;
II – instituição financeira a empresa nacional, nos termos da lei.

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Excetua-se das regras dispostas na LRF a garantia prestada por instituições


financeiras estatais, que se submeterão às normas aplicáveis às instituições
financeiras privadas, de acordo com a legislação pertinente; bem como a
prestada pela União, na forma de lei federal, a empresas de natureza
financeira por ela controladas, direta e indiretamente, quanto às operações de
seguro de crédito à exportação.

41) (CESPE - Advogado – AGU – 2012) Tratando-se de empréstimo a


estado ou município, a União poderá conceder garantia, mediante o
oferecimento de contragarantia consistente na vinculação de receitas
tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de transferências
constitucionais.

De acordo com o art. 40, II, da LRF, a contragarantia exigida pela União a
Estado ou Município, ou pelos Estados aos Municípios, poderá consistir na
vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de
transferências constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para
retê-las e empregar o respectivo valor na liquidação da dívida vencida.
Resposta: Certa

(CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011) Com


relação ao disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal acerca das
garantias e contragarantias em operações de crédito internas e
externas, julgue os itens a seguir.
42) O ente da Federação que tiver a sua dívida honrada pela União em
decorrência de garantia prestada em operação de crédito não terá
acesso a novos créditos ou financiamentos até que a respectiva dívida
seja totalmente liquidada.
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Quando honrarem dívida de outro ente, em razão de garantia prestada, a


União e os Estados poderão condicionar as transferências constitucionais ao
ressarcimento daquele pagamento. O ente da Federação cuja dívida tiver
sido honrada pela União ou por Estado, em decorrência de garantia prestada
em operação de crédito, terá suspenso o acesso a novos créditos ou
financiamentos até a total liquidação da mencionada dívida.
Resposta: Certa

43) É vedado às entidades da administração indireta e suas


respectivas empresas controladas e subsidiárias conceder garantia
com recursos de seus próprios fundos.

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A LRF veda às entidades da administração indireta, inclusive suas empresas


controladas e subsidiárias, conceder garantia, ainda que com recursos de
fundos.
Resposta: Certa

44) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) A operação de


crédito consiste no compromisso de adimplência de obrigação
financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a
ele vinculada.

A concessão de garantia corresponde a compromisso de adimplência de


obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou
entidade a ele vinculada.
Resposta: Errada

45) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) A vinculação de


receitas tributárias diretamente arrecadadas por um estado pode ser
legalmente oferecida como contragarantia à União.

De acordo com o art. 40, II, da LRF, a contragarantia exigida pela União a
Estado ou Município, ou pelos Estados aos Municípios, poderá consistir na
vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de
transferências constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para
retê-las e empregar o respectivo valor na liquidação da dívida vencida.
Resposta: Certa

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7. REGRA DE OURO

A legislação atual atribui uma série de restrições para a aplicação de


determinadas origens da receita de capital em despesas correntes. A CF/1988,
em seu art. 167, III, estabelece:

“Art. 167. São vedados:


III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder
Legislativo por maioria absoluta.”

Essa norma, conhecida como “regra de ouro”, objetiva dificultar a


contratação de empréstimos para financiar gastos correntes, evitando que o
ente público tome emprestado de terceiros para pagar despesas de pessoal,
juros ou custeio.

De acordo com esta regra, cada unidade governamental deve manter o seu
endividamento vinculado à realização de investimentos e não à manutenção da
máquina administrativa e demais serviços. Não deve haver endividamento
público para fins não relevantes. É necessário haver critério para a realização
de operações de créditos.

No que se refere às receitas, não são todas as receitas


de capital que entram na apuração da regra de ouro,
são apenas as operações de crédito. Por outro lado, no
que tange às despesas, são todas as despesas de
capital: “(...) realização de operações de créditos que
Regra de Ouro
excedam o montante das despesas de capital (...)”.

Vale destacar que segundo o § 2º do art. 12 da LRF:


“§ 2º O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá
22528601034

ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei


orçamentária.”

Repare que tal parágrafo da LRF descarta as exceções constitucionais. Por isso,
foi proposta uma Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo
Tribunal Federal, o qual suspendeu liminarmente a eficácia deste dispositivo.
Porém, a regra de ouro e suas exceções continuam em pleno vigor
devido ao dispositivo constitucional.

A LRF também traz os critérios para a apuração das operações de crédito e das
despesas de capital para efeito da regra de ouro. Segundo o § 3º do art. 32,
considerar-se-á, em cada exercício financeiro, o total dos recursos de operações

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de crédito nele ingressados e o das despesas de capital executadas, observado


o seguinte:
I – não serão computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma
de empréstimo ou financiamento a contribuinte, com o intuito de promover
incentivo fiscal, tendo por base tributo de competência do ente da Federação,
se resultar a diminuição, direta ou indireta, do ônus deste.
II – se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for concedido
por instituição financeira controlada pelo ente da Federação, o valor da
operação será deduzido das despesas de capital.

O art. 6º da Resolução do Senado Federal 43/2001 trata do cumprimento do


limite da regra de ouro, o qual deverá ser comprovado mediante apuração das
operações de crédito e das despesas de capital conforme os critérios definidos
na LRF e citados acima. Acrescenta também que se verificarão,
separadamente, o exercício anterior e o exercício corrente, tomando-se por
base:
I – no exercício anterior, as receitas de operações de crédito nele realizadas e
as despesas de capital nele executadas.
II – no exercício corrente, as receitas de operação de crédito e as despesas de
capital constantes da lei orçamentária.

Ainda, ressalta que se entende por operação de crédito realizada em um


exercício o montante de liberação contratualmente previsto para o mesmo
exercício. Nas operações de crédito com liberação prevista para mais de um
exercício financeiro, o limite computado a cada ano levará em consideração
apenas a parcela a ser nele liberada.

Vale ressaltar que, consoante a LRF, as operações de crédito por


antecipação de receita não serão computadas para efeito da regra de ouro,
desde que liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia 10 de
dezembro.
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Como se observa, a Legislação procura restringir a aplicação de receitas de


capital no financiamento de despesas correntes. No entanto, o gestor público
ainda encontra espaço para custear seus gastos correntes utilizando receitas
de operações de crédito, desde que o total não ultrapasse as despesas de
capital ou sejam autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais,
com finalidade específica e aprovados pelo Poder Legislativo por maioria
absoluta.

46) (CESPE – Analista Administrativo - IBAMA – 2013) Considere que


o montante total dos empréstimos realizados por determinado
município tenha sido igual às despesas de capital fixadas no

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orçamento municipal para o exercício financeiro em execução. Nessa


situação, caso o município precise realizar mais uma operação de
crédito, sem alterar o total das despesas de capital, somente poderá
fazê-la se for aprovado pela câmara de vereadores, por maioria
absoluta, um crédito suplementar ou especial com finalidade precisa.

Segundo a “regra de ouro”, é vedada a realização de operações de créditos


que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas
mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta (art. 167, III, da
CF/1988).

Assim, caso o município precise realizar mais uma operação de crédito, sem
alterar o total das despesas de capital, somente poderá fazê-la se for aprovado
pela câmara de vereadores (Poder Legislativo municipal), por maioria absoluta,
um crédito suplementar ou especial com finalidade precisa.

Resposta: Certa

47) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) É


conhecida como regra de ouro a vedação, prevista na CF, à realização
de operações de créditos que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares,
ou especiais, com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo,
por maioria absoluta.

Segundo a “regra de ouro”, é vedada a realização de operações de créditos


que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas
mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta (art. 167, III, da
CF/1988).
Resposta: Certa 22528601034

48) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) A regra de ouro presente na


CF e nas constituições estaduais prescreve que as operações de crédito
não poderão exceder as despesas com investimentos realizadas no
exercício financeiro, ressalvadas as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo
Poder Legislativo por maioria absoluta.

Segundo a “regra de ouro”, é vedada a realização de operações de créditos


que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta (art. 167, III,
da CF/1988).

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No que se refere às receitas, não são todas as receitas de capital que entram
na apuração da regra de ouro, são apenas as operações de crédito. Por outro
lado, no que tange às despesas, são todas as despesas de capital: “(...)
realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas
de capital (...)”.

O erro da questão foi considerar apenas os investimentos e não todas as


despesas de capital.
Resposta: Errada

49) (CESPE – Analista Judiciário – Administração – STM - 2011)


Mesmo que, em determinado exercício financeiro, as despesas de
capital fixadas no orçamento sejam integralmente financiadas com
recursos de operações de crédito, novos empréstimos poderão ser
realizados, desde que autorizados por maioria absoluta do respectivo
Poder Legislativo.

A Legislação procura restringir a aplicação de receitas de capital no


financiamento de despesas correntes. No entanto, o gestor público ainda
encontra espaço para custear seus gastos correntes utilizando receitas de
operações de crédito, desde que o total não ultrapasse as despesas de capital
ou sejam autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais, com
finalidade específica e aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
Resposta: Certa

50) (CESPE – Agente Administrativo - MTE – 2014) A Constituição


Federal de 1988 (CF) permite a realização de operação de crédito que
exceda o montante das despesas de capital, se essa operação for
aprovada pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.

É vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das


despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos
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suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder


Legislativo por maioria absoluta (art. 167, III, da CF/1988).
Resposta: Certa

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8. PRECATÓRIOS

Os precatórios são pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal,


estaduais, Distrital e municipais, em virtude de sentença judicial. Decorrem de
situações em que a Administração não reconhece uma dívida na esfera
administrativa e o credor ingressa com uma ação no Poder Judiciário. Em caso
de vitória do credor, haverá um procedimento diferenciado para o pagamento,
já que os bens públicos são impenhoráveis. A Emenda Constitucional 62, de 9
de dezembro de 2009, alterou o dispositivo constitucional dos precatórios.

O atual art. 100 da CF/1988 determina que os pagamentos far-se-ão


exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à
conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas
nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
São preferências à ordem cronológica:
 O § 2º dispõe que os débitos de natureza alimentícia cujos titulares
tenham 60 anos de idade ou mais1, ou sejam portadores de doença
grave, definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre
todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em
lei para os fins do disposto no § 3º (obrigações definidas em lei como de
pequeno valor), admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo
que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do
precatório.
 Os débitos de natureza alimentícia serão pagos com preferência sobre
todos os demais débitos, excetuados os citados acima. Poderão ser
fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades de direito
público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo
igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social.
 Exceção: o § 3º dispõe que a expedição de precatórios não se aplica aos
pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que
as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial
transitada em julgado. 22528601034

Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de


salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios
previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em
responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado.

Os pagamentos devidos pela Fazenda Pública, em virtude de sentença


judiciária, far-se-ão na ordem de apresentação dos precatórios e à conta dos

1
O § 2º dispõe: “os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos
de idade ou mais na data de expedição do precatório” (...). Entretanto, o STF declarou a
inconstitucionalidade da expressão ‘na data da expedição do precatório’. Entendeu-se haver
transgressão ao princípio da igualdade, porquanto a preferência deveria ser estendida a todos
credores que completassem sessenta anos de idade na pendência de pagamento de
precatório de natureza alimentícia.
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créditos respectivos, sendo proibida a designação de casos ou de pessoas nas


dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para esse fim (art. 67
da Lei 4320/1964).

É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de


valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da
execução para fins de enquadramento de parcela do total em obrigações
definidas em leis como de pequeno valor.

O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a


terceiros, independentemente da concordância do devedor, não se aplicando
ao cessionário o disposto nos já citados §§ 2º (preferência para maiores de
60 anos ou com doenças graves) e 3º (obrigações definidas em lei como de
pequeno valor). No entanto, a cessão de precatórios somente produzirá
efeitos após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal de
origem e à entidade devedora.

Relembro que os passivos contingentes podem ser definidos como dívidas cuja
existência dependa de fatores imprevisíveis, como os processos judiciais em
curso e dívidas em processo de reconhecimento. Assim, os precatórios não se
enquadram no conceito de Risco Fiscal por se tratarem de passivos “efetivos” e
não de passivos contingentes, pois, conforme estabelecido pelo art. 100, § 5º
da Constituição Federal, é obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades
de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos,
oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios
judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o
final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados
monetariamente. Com base nesse mesmo dispositivo, os precatórios não se
enquadram nos conceitos de “imprevisível e urgente”, alicerces para a abertura
de créditos adicionais extraordinários. Logo, o Poder Executivo não poderá
abrir credito extraordinário com o objetivo de realizar o pagamento de
precatórios. 22528601034

O STF, por meio da Súmula Vinculante 17,


dispõe que durante o período previsto no §
1º do art. 100 da Constituição (atualmente
é §5°), não incidem juros de mora sobre
Incidência de Juros de Mora os precatórios que nele sejam pagos.

As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados


diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que
proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a
requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de
seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor
necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva. O

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Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo,


retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios, incorrerá em
crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional
de Justiça.

Na linha da firme jurisprudência do STF, os atos


praticados por Presidentes de Tribunais no
tocante ao processamento e pagamento de
Atos praticados por precatório judicial têm natureza
Presidentes de Tribunais administrativa, não jurisdicional.

Os atos praticados por Presidentes de Tribunais no tocante ao processamento e


pagamento de precatório judicial têm natureza administrativa, não
jurisdicional. A função do Presidente do Tribunal é, no caso, meramente
administrativa. Ele não é Juiz da execução. Juiz da execução é aquele que
expede o precatório. Pelo nosso sistema, é o Presidente do Tribunal, a cuja
disposição estão “as verbas”, quem expede a ordem de pagamento. Encerra-se
a execução com a expedição do precatório. Esta é a função executória.

A CF/1988 faculta ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade


federativa devedora, a entrega de créditos em precatórios para compra de
imóveis públicos do respectivo ente federado.

O art. 100 ainda dispõe que a União poderá assumir, a seu critério exclusivo e
na forma de lei, débitos oriundos de precatórios, de estados, do Distrito
Federal e de municípios, refinanciando-os diretamente.

De acordo com o STF, os privilégios da Fazenda


Pública são inextensíveis às sociedades de
economia mista que executam atividades em
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regime de concorrência ou que tenham como


Sociedades de Economia objetivo distribuir lucros aos seus acionistas.
Mista e os Precatórios Portanto, tais empresas não podem se beneficiar
do sistema de pagamento por precatório de
dívidas decorrentes de decisões judiciais.

O art. 10 da LRF determina que a execução orçamentária e financeira


identifique os beneficiários de pagamento de sentenças judiciais, por meio de
sistema de contabilidade e Administração Financeira, para fins de observância
da ordem cronológica determinada no art. 100 da CF/1988.

Relembro que, de acordo com o art. 30 da LRF, para fins de aplicação dos
limites ao endividamento, os precatórios judiciais não pagos durante a
execução do orçamento em que houverem sido incluídos integram a dívida
consolidada.
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MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF

51) (ESAF – Auditor – TCE/GO - 2007) A obrigação financeira estatal


assumida em virtude de operação de crédito, para amortização em
prazo superior a doze meses, classifica-se como:
a) refinanciamento de dívida.
b) despesa obrigatória de caráter continuado.
c) dívida pública mobiliária.
d) dívida pública fundada.
e) dívida consolidada líquida.

Questão que mistura diversos temas da LRF.

a) Errada. O refinanciamento da dívida mobiliária corresponde a emissão de


títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária.

b) Errada. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente


derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem
para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois
exercícios.

c) Errada. A dívida pública mobiliária é a dívida pública representada por títulos


emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e
Municípios.

d) Correta. A dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao montante


total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da
Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e
da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a
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doze meses.

e) Errada. A dívida consolidada líquida é a dívida pública consolidada deduzidas


as disponibilidades de caixa, as aplicações financeiras e os demais haveres
financeiros.

Resposta: Letra D

52) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) A Lei


Complementar n. 101/2000, entre os conceitos e definições acerca da
dívida e do endividamento público, adota o seguinte:
a) a dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao montante
total sem duplicidade das obrigações financeiras do ente da Federação
para amortização em prazo não superior a doze meses.
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b) a dívida pública mobiliária corresponde à dívida pública


representada por títulos emitidos e contratos assumidos pela União,
inclusive os do Banco Central, pelos Estados, Distrito Federal e
Municípios.
c) a concessão de garantia corresponde aos ativos vinculados por ente
da Federação ou entidade a ele vinculada ao compromisso de
adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por outro
ente da Federação.
d) considera-se operação de crédito, a aquisição financiada de bens,
recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de
bens e serviços, e o arrendamento mercantil, inclusive com o uso de
derivativos financeiros.
e) o refinanciamento da dívida mobiliária corresponde à emissão de
títulos por ente da Federação para pagamento do principal acrescido
dos respectivos juros e atualização monetária dessa dívida.

a) Errada. A dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao montante


total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da
Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e
da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a
doze meses. Ainda, será incluída na dívida pública consolidada da União a
relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil e
as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham
constado do orçamento.

b) Errada. A dívida pública mobiliária corresponde à dívida pública


representada por títulos emitidos pela União (não trata de contratos),
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios.

c) Errada. A concessão de garantia corresponde a compromisso de adimplência


de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou
entidade a ele vinculada (não trata de ativos vinculados por ente da
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Federação).

d) Correta. Considera-se operação de crédito o compromisso financeiro


assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título,
aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes
da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.
Equipara-se a operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a
confissão de dívidas pelo ente da Federação, sem prejuízo do cumprimento das
exigências dos arts. 15 e 16 da LRF, relacionados à geração de despesa.

e) Errada. O refinanciamento da dívida mobiliária corresponde à emissão de


títulos para pagamento do principal acrescido da atualização
monetária.

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Resposta: Letra D

53) (ESAF – Analista Jurídico – SEFAZ/CE – 2007) Indique a definição


que foi adotada pela Lei Complementar n. 101/2000.
a) Dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado
sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação,
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da
realização de operações de crédito, para amortização em prazo
superior a doze meses, excluídas as operações de crédito de prazo
inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.
b) Operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de
mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição
financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes
da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, excetuadas as que envolvam o uso de
derivativos financeiros.
c) Dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos
emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e
Municípios.
d) Concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação
financeira ou contratual assumida apenas por entidade vinculada a
ente da Federação.
e) Refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para
pagamento do principal, excluída atualização monetária.

a) Errada. A dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao montante


total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da
Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e
da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a
doze meses. Ainda, será incluída na dívida pública consolidada da União a
relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil e
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as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham


constado do orçamento.

b) Errada. Considera-se operação de crédito o compromisso financeiro


assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título,
aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes
da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.
Equipara-se a operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a
confissão de dívidas pelo ente da Federação, sem prejuízo do cumprimento das
exigências dos arts. 15 e 16 da LRF, relacionados à geração de despesa.

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c) Correta. A dívida pública mobiliária corresponde à dívida pública


representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do
Brasil, Estados e Municípios.

d) Errada. A concessão de garantia corresponde a compromisso de adimplência


de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou
entidade a ele vinculada.

e) Errada. O refinanciamento da dívida mobiliária corresponde a emissão de


títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária.

Resposta: Letra C

54) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) Os limites globais para o


montante da dívida consolidada da União, Estados e Municípios é
estabelecido em:
a) decreto legislativo.
b) lei ordinária.
c) lei complementar.
d) lei delegada.
e) resolução do senado.

Subordina-se às normas estabelecidas em Resolução do Senado a dívida


pública consolidada e a dívida pública mobiliária dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
Resposta: Letra E

55) (ESAF – Analista Jurídico – SEFAZ/CE – 2007) Não se equipara a


operações de crédito a(o):
a) captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou
contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo
do disposto no § 7º do art. 150 da Constituição.
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b) recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder


Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social
com direito a voto.
c) assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação
assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços,
mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando
esta vedação a empresas estatais dependentes.
d) assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com
fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços.
e) recebimento antecipado de lucros e dividendos de empresa em que
o Poder Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital
social com direito a voto, na forma da legislação.

Segundo a LRF:

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Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados:


I - captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou
contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do
disposto no § 7o do art. 150 da Constituição;
II - recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público
detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a
voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação;
III - assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação
assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante
emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta vedação a
empresas estatais dependentes;
IV - assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores
para pagamento a posteriori de bens e serviços.

Logo, não se equipara às operações de crédito o recebimento antecipado de


lucros e dividendos de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou
indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, na forma da
legislação.
Resposta: Letra E

56) (ESAF – Analista Jurídico – SEFAZ/CE – 2007) A Lei de


Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n.101/2000) proíbe a
realização de operação de crédito entre um ente da Federação,
diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou
empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da
administração indireta, ainda que sob a forma de novação,
refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente.
Indique as duas únicas exceções a essa vedação.
a) Operações entre instituição financeira estatal e outro ente da
Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não
se destinem a financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes e
a refinanciar dívidas contraídas junto à própria instituição concedente.
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b) Operações entre instituição financeira estatal e outro ente da


Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que se
destinem a financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes e a
refinanciar dívidas contraídas junto à própria instituição concedente.
c) Operações entre instituição financeira estatal e outro ente da
Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não
se destinem a financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes e
a refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição
concedente.
d) Operações entre instituição financeira estatal e outro ente da
Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que se
destinem a financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes e a
refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição
concedente.

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e) Operações entre instituição financeira estatal e o ente da Federação


que a controle, inclusive suas entidades da administração indireta, que
não se destinem a financiar, direta ou indiretamente, despesas
correntes e a refinanciar dívidas contraídas junto à própria instituição
concedente.

As exceções à proibição de realização de operação de crédito entre um ente da


Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou
empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da
administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou
postergação de dívida contraída anteriormente são as operações entre
instituição financeira estatal e outro ente da Federação, inclusive suas
entidades da administração indireta, que não se destinem a financiar,
direta ou indiretamente, despesas correntes; e a refinanciar dívidas
não contraídas junto à própria instituição concedente.
Resposta: Letra C

57) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) É vedada a realização de


operação de crédito:
a) entre instituição financeira estatal e outro ente da Federação para
refinanciar dívidas contraídas junto à própria instituição concedente.
b) entre um ente da Federação e outro.
c) por antecipação de receitas orçamentárias.
d) mediante aquisição por instituição financeira controlada de títulos
da dívida pública da União para aplicação de recursos próprios.
e) na forma de assunção de obrigação com fornecedores para
pagamento a posteriori de bens e serviços, independentemente de
autorização orçamentária.

a) Errada. Excetuam-se da vedação a realização de operações de crédito entre


instituição financeira estatal e outro ente da Federação, inclusive suas
entidades da administração indireta, que não se destinem a financiar,
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direta ou indiretamente, despesas correntes; e a refinanciar dívidas


não contraídas junto à própria instituição concedente. Logo, é
permitida para refinanciar dívidas contraídas junto à própria instituição
concedente.

b) Correta. Consoante o art. 35, é vedada a realização de operação de crédito


entre um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo,
autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas
entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação,
refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente.

c) Errada. Apesar de serem subordinadas a diversas regras, não são vedadas


as operações de crédito por antecipação de receitas orçamentárias.

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d) Errada. Segundo o art. 36 da LRF, é proibida a operação de crédito entre


uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na
qualidade de beneficiário do empréstimo. Essa vedação não proíbe instituição
financeira controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para
atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da
União para aplicação de recursos próprios.

e) Errada. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados a assunção


de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para
pagamento a posteriori de bens e serviços. Logo, com autorização
orçamentária é permitida.

Resposta: Letra B

58) (ESAF – AFC/STN – 2005) Com relação à Lei Complementar nº


101, Lei de responsabilidade Fiscal (LRF), assinale a opção incorreta.
a) O planejamento é um alicerce da LRF.
b) A LRF estabeleceu limites máximos, por Poder, para as despesas de
pessoal, em percentual da Receita Corrente Líquida.
c) Apesar de proibir o financiamento dos Municípios e dos Estados
junto ao Banco Central, a LRF autoriza os empréstimos da União e dos
Estados aos Municípios.
d) A LRF também proíbe ou coíbe diversos abusos na administração
financeira e patrimonial, particularmente no que se refere à
antecipação de receitas orçamentárias (AROS), à concessão de
garantias e à inscrição em restos a pagar.
e) A LRF permite o acompanhamento das metas na execução
financeira, obrigando a publicação das metas de arrecadação
bimestrais e da programação financeira mensal para o exercício.

Questão que mistura diversos temas da LRF.


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a) Correta. A LRF apoia-se sobre quatro pilares, dos quais depende o alcance
de seus objetivos: o planejamento, a transparência, o controle e a
responsabilidade.

b) Correta. A LRF estabeleceu limites máximos, por Poder e também por ente,
para as despesas de pessoal, em percentual da Receita Corrente Líquida.

c) É a incorreta. Consoante o art. 35 da LRF, é vedada a realização de


operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou por
intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e
outro, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob a
forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída
anteriormente. Em resumo, é vedada a realização de operação de crédito
entre entes da Federação. Como exceção, essa vedação não impede

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Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União como aplicação de


suas disponibilidades. A LRF não menciona nenhuma exceção para os
empréstimos da União e dos Estados aos Municípios, portanto, são vedados.

d) Correta. A LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para a


responsabilidade na gestão fiscal, a qual pressupõe ação planejada e
transparente, em que se previnam riscos e corrijam desvios capazes de afetar
o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de
resultados entre receitas e despesas e à obediência a limites e condições no
que tange à renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da
seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e
inscrição em Restos a Pagar.

e) Correta. O Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o


cronograma de execução mensal de desembolso. Em até trinta dias após a
publicação dos orçamentos, as receitas previstas serão desdobradas, pelo
Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação,
em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à
sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da
dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários
passíveis de cobrança administrativa.

Resposta: Letra C

59) (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG – 2010)


Sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal, é correto afirmar:
a) se a despesa total com pessoal, do Poder ou Órgão de cada ente da
Federação, ultrapassar os percentuais intralimites definidos no art. 20
da Lei de Responsabilidade Fiscal, o Poder Executivo do ente
respectivo, enquanto o excedente não for eliminado, não poderá obter
garantias diretas, indiretas e aval de outros entes, receber
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transferências voluntárias, bem como contratar operações de créditos,


ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as
que visem à redução das despesas com pessoal.
b) o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e
proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre
rendimentos pagos, a qualquer título, por Estado, Município, suas
autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem, não deve
ser excluído do somatório dos gastos com pessoal para efeito de
apuração dos limites previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal.
c) é vedada ao Banco Central do Brasil a emissão de títulos da dívida
pública a partir da vigência da Lei Complementar n. 101, de 2000
(LRF).

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d) é vedada a realização de operação de crédito entre instituição


financeira estatal e outro ente da federação para refinanciar dívidas
contraídas junto à instituição concedente.
e) se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o
respectivo limite no final de dois quadrimestres, deverá ser a ele
reconduzida até o término dos três subsequentes, reduzindo o
excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.

Questão que mistura diversos temas da LRF.

a) Errada. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou Órgão de cada ente da


Federação, ultrapassar os percentuais intralimites definidos no art. 20 da Lei
de Responsabilidade Fiscal, o percentual excedente terá de ser eliminado nos
dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro.
Apenas se não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto
perdurar o excesso, o ente não poderá receber transferências voluntárias,
ressalvadas as destinadas à saúde, à educação e à assistência social; obter
garantia, direta ou indireta, de outro ente; contratar operações de crédito,
ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que
visem à redução das despesas com pessoal.

b) Correta. Não há previsão na LRF de que o produto da arrecadação do


imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na
fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por Estado, Município, suas
autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem, seja excluído do
somatório dos gastos com pessoal para efeito de apuração dos limites.

c) Errada. Segundo o art. 34 da LRF, é vedada ao Banco Central do Brasil a


emissão de títulos da dívida pública a partir de dois anos após a publicação
da Lei.

d) Errada. Consoante o art. 35 da LRF, é vedada a realização de operação de


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crédito entre um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo,


autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas
entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação,
refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente. No
entanto, excetuam-se da vedação citada as operações entre instituição
financeira estatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da
administração indireta, que não se destinem a financiar, direta ou
indiretamente, despesas correntes; e que não se destinem a refinanciar
dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente. Ou seja,
são permitidas para refinanciar dívidas contraídas junto à instituição
concedente.

e) Errada. Consoante o art. 31 da LRF, se a dívida consolidada de um ente da


Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre,

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deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subsequentes, reduzindo o
excedente em pelo menos 25% no primeiro.
Resposta: Letra B

60) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) A


Constituição da República dedica um capítulo às finanças públicas.
Sobre o tema, é correto afirmar que:
a) não é só o Banco Central do Brasil que tem a atribuição de exercer a
competência constitucional de emitir moeda.
b) o Banco Central pode conceder empréstimos a instituições
financeiras, inclusive a órgãos do governo, que não seja instituição
financeira, exceto ao Tesouro Nacional.
c) o sistema orçamentário trazido na Constituição da República
instituiu a possibilidade de um sistema integrado de
planejamento/orçamento-programa, de sorte que o orçamento fiscal,
os orçamentos de investimento das empresas e o orçamento da
Seguridade Social passam a constituir etapas do planejamento de
desenvolvimento econômico e social.
d) a lei orçamentária anual não poderá conter a autorização para
abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
e) a Constituição não permite a transposição, o remanejamento ou a
transferência de recursos de uma categoria de programação para outra
ou de um órgão para outro, ainda que haja prévia autorização
legislativa.

Questão que mistura diversos temas (não se assuste caso algum esteja fora do
edital).

a) Errada. A competência da União para emitir moeda será exercida


exclusivamente pelo banco central.
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b) Errada. A CF/1988 veda ao BACEN conceder, direta ou indiretamente,


empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja
instituição financeira.

c) Correta. A CF/1988 buscou resgatar a prática do planejamento como


instrumento de alocação dos recursos públicos. O Plano Plurianual e a Lei de
Diretrizes Orçamentárias (instrumentos criados pela Constituição de 1988), em
conjunto com a lei orçamentária anual, possibilitaram a efetivação de um
sistema integrado de planejamento/orçamento-programa cerca de 10 anos
depois.

d) Errada. Segundo o princípio da exclusividade, a lei orçamentária não poderá


conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. No
entanto, em caráter de exceção, poderá conter a autorização para abertura de

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créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por


antecipação de receita, nos termos da lei.

e) Errada. O princípio da proibição do estorno veda a transposição, o


remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização
legislativa. Logo, é permitido com prévia autorização legislativa.

Resposta: Letra C

61) (ESAF – AUFC – TCU – 2006) A Lei de Responsabilidade Fiscal


adotou regras referentes à Dívida Pública Fundada. Entre as opções
abaixo, identifique qual a opção correta com relação à Dívida Pública
Consolidada e a LRF.
a) Integra a dívida pública fundada o refinanciamento da dívida
pública imobiliária.
b) Integram a dívida pública consolidada os depósitos e os serviços da
dívida a pagar.
c) Integra a dívida pública consolidada da União a dívida relativa à
emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil.
d) Integram a dívida pública fundada as dívidas de curto prazo, como
os restos a pagar processados.
e) Integra a dívida fundada o resultado de operações de caráter
financeiro que se refletem no Patrimônio Financeiro.

A dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao montante total,


apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação,
assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização
de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.
Ainda, será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à
emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil e as
operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham
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constado do orçamento.
Resposta: Letra C

62) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Acerca


das diretrizes para o estabelecimento dos limites para a dívida pública
e a realização de operações de crédito estabelecidas pela Lei de
Responsabilidade Fiscal, não é correto afirmar:
a) os limites para a dívida pública e a realização de operações de
crédito serão fixados em proporção da receita corrente líquida para
cada uma das esferas de governo, e serão aplicados igualmente a
todos os entes da Federação integrantes da respectiva esfera.
b) o refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao
término do exercício financeiro, o montante ao final do exercício

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anterior, acrescido das operações de crédito autorizadas no orçamento


e realizadas para esse fim, acrescido de atualização monetária.
c) os limites globais e condições para as operações de crédito externo
e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público
Federal, serão estabelecidos pelo Senado Federal por proposta do
Chefe do Poder Executivo da União.
d) os limites globais para o montante da dívida consolidada da União,
Estados e Municípios serão fixados pelo Senado Federal por proposta
do Chefe do Poder Executivo da União.
e) os limites para o montante da dívida mobiliária federal, estadual e
municipal serão estabelecidos pelo Congresso Nacional, mediante
projeto de lei encaminhado pelo Chefe do Poder Executivo da União.

a) Correta. Os limites para a dívida pública, operações de crédito e concessão


de garantia serão fixados em percentual da receita corrente líquida para cada
esfera de governo e aplicados igualmente a todos os entes da Federação que a
integrem, constituindo, para cada um deles, limites máximos.

b) Correta. O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá,


ao término de cada exercício financeiro, o montante do final do exercício
anterior, somado ao das operações de crédito autorizadas no orçamento para
este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atualização monetária.

c) d) Corretas. A proposta de limites globais para o montante da dívida


consolidada da União, Estados e Municípios e de limites e condições relativos
as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas
pelo Poder Público federal; e concessão de garantia da União em operações de
crédito externo e interno e montante da dívida mobiliária dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios serão estabelecidos pelo Senado Federal por
proposta do Chefe do Poder Executivo da União.
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e) É a incorreta. Os limites para o montante da dívida mobiliária federal (não


trata da estadual e municipal) serão estabelecidos pelo Congresso Nacional,
mediante projeto de lei encaminhado pelo Chefe do Poder Executivo da União.

Resposta: Letra E

63) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) Assinale a opção


que indica uma exceção ao conceito de Dívida Flutuante de que trata o
art. 92 da Lei n. 4.320/64.
a) Os débitos de tesouraria.
b) Os depósitos.
c) Os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida.
d) Os serviços da dívida a pagar.

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e) A dívida mobiliária de curto prazo.

De acordo com o art. 92 da Lei 4.320/1964, a dívida flutuante compreende:


 os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
 os serviços da dívida a pagar (parcelas de amortização e juros da dívida
fundada);
 os depósitos;
 os débitos de tesouraria (operações de crédito por antecipação de
receita).
Logo, de acordo com a Lei 4320/1964, a dívida mobiliária de curto prazo não
se enquadra no conceito de dívida flutuante.
Resposta: Letra E

64) (ESAF – AUFC – TCU – 2002) As operações de crédito por


antecipação da receita, mais conhecidas como AROs, além de
sujeitarem-se às normas da Resolução nº 78/1988, do Senado da
República, sujeitam-se à da Lei de Responsabilidade Fiscal. Identifique
a única opção proibida na mencionada Lei, com relação às AROs.
a) Somente poderão ser realizadas a partir do 10º dia do início do
exercício.
b) Não serão autorizadas se forem cobrados outros encargos
incidentes que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente
prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que a vier
substituir.
c) Deverão ser liquidadas (pagas), com juros e outros encargos
incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano.
d) Estarão proibidas enquanto existir operação anterior da mesma
natureza não integralmente resgatada.
e) Serão permitidas suas contratações mesmo que seja o último ano
de mandato do Presidente, do Governador ou Prefeito Municipal.

A ARO estará proibida enquanto existir operação anterior da mesma natureza


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não integralmente resgatada, bem como no último ano de mandato do


Presidente, Governador ou Prefeito Municipal (LRF, art. 38, IV).
Resposta: Letra E

65) (ESAF - Analista de Finanças e Controle – CGU – 2002) De acordo


com o disposto pelo art. 115 do Decreto nº 93.872/86, a dívida
flutuante compreende os seguintes compromissos, exceto:
a) o papel-moeda.
b) os serviços da dívida.
c) os depósitos (de terceiros).
d) os restos a pagar.
e) os precatórios.

Segundo o art. 115 do Decreto 93.872/1986, a dívida pública abrange a dívida

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flutuante e a dívida fundada ou consolidada.


A dívida flutuante compreende os compromissos exigíveis, cujo pagamento
independe de autorização orçamentária, assim entendidos:
 Os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida.
 Os serviços da dívida.
 Os depósitos, inclusive consignações em folha.
 As operações de crédito por antecipação de receita.
 O papel-moeda ou moeda fiduciária.

De acordo com a LRF, para fins de aplicação dos limites ao endividamento, os


precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que
houverem sido incluídos integram a dívida consolidada.
Logo, os precatórios não integram a dívida flutuante.
Resposta: Letra E

66) (ESAF - Procurador da Fazenda Nacional – 2007) A Lei de


Responsabilidade Fiscal - LRF estabelece normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. Entre as normas da
LRF, não se inclui:
a) a inexistência de estimativa do impacto orçamentário-financeiro e
de demonstração da origem dos recursos para as despesas destinadas
ao serviço da dívida.
b) a proibição de que o Banco Central do Brasil emita títulos de dívida
pública a partir de dois anos após a publicação da LRF.
c) a necessidade de estimativa do impacto orçamentário-financeiro
para redução da alíquota do IPI.
d) a nulidade do ato de que resulte aumento da despesa com pessoal
nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do
respectivo Poder ou órgão.
e) a vedação da realização de operação de crédito entre uma
instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na
qualidade de beneficiário do empréstimo.
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Esta questão mistura vários pontos da LRF.

a) Correta. As despesas destinadas ao serviço da dívida e ao reajustamento de


remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da CF/1988 estão
excluídas da obrigatoriedade de estimativa do impacto orçamentário-financeiro
e de demonstração da origem dos recursos para as despesas destinadas ao
serviço da dívida (art. 17, § 6º).

b) Correta. Há a proibição de que o Banco Central do Brasil emita títulos de


dívida pública a partir de dois anos após a publicação da LRF (art. 34).

c) É a incorreta. Segundo o art. 14 da LRF, entre outras determinações, a


concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da

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qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do


impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência
e nos dois seguintes. Entretanto, o disposto na LRF sobre renúncia de receitas
não se aplica às alterações das alíquotas dos impostos de importação de
produtos estrangeiros (II), de exportação, para o exterior, de produtos
nacionais ou nacionalizados (IE), de produtos industrializados (IPI), de
operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários (IOF) e ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao
dos respectivos custos de cobrança. Logo, entre as normas da LRF, não se
inclui a necessidade de estimativa do impacto orçamentário-financeiro para
redução da alíquota do IPI.

d) Correta. Há nulidade do ato de que resulte aumento da despesa com


pessoal nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do
respectivo Poder ou órgão (art. 21, parágrafo único).

e) Correta. Há a vedação da realização de operação de crédito entre uma


instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na
qualidade de beneficiário do empréstimo (art. 36, caput).

Resposta: Letra C

67) (ESAF - Analista de Finanças e Controle – CGU – 2002 - Adaptada)


Identifique a única afirmativa correta com relação à Lei de
Responsabilidade Fiscal.
a) O resultado do Banco Central, apurado após a constituição ou
reversão de reservas, não constitui receita do Tesouro Nacional.
b) O montante previsto para as receitas de operações de crédito
sempre poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do
projeto de lei orçamentária.
c) Considera-se como Despesa Total com Pessoal o somatório dos
gastos do ente da Federação com os ativos, relativos a mandatos
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eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros


de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias.
d) A operação de crédito irregular impede a obtenção de garantias, o
recebimento de transferências voluntárias e contratação de novas
operações de crédito.
e) É permitida pela Lei a assunção de obrigação, sem autorização
orçamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori de bens
e serviços.

Questão que mistura diversos temas da LRF.

A questão foi adaptada porque a alternativa “B” original tratava de um


dispositivo que sofreu ADIN.

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a) Errada. O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a constituição


ou reversão de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e será
transferido até o décimo dia útil subsequente à aprovação dos balanços
semestrais (art. 7º, caput, da LRF).

b) Errada. O montante previsto para as receitas de operações de crédito não


poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei
orçamentária (art. 11, § 2º, da LRF). Repare que tal parágrafo da LRF descarta
as exceções constitucionais. Por isso, foi proposta uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, o qual suspendeu
liminarmente a eficácia deste dispositivo (após esta prova de 2002). Porém, a
regra de ouro e suas exceções continuam em pleno vigor devido ao dispositivo
constitucional. Logo, a regra ainda é a proibição em comento, porém o
montante previsto para as receitas de operações de crédito poderá ser superior
ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária, desde
que cumpridos os requisitos constitucionais.

c) Errada. Não é qualquer espécie remuneratória. Na despesa total com


pessoal, para fins de verificação dos limites definidos na LRF, consoante o § 1º
também do art. 19, não será(ão) computada(s) a(s) despesa(s):
 Com indenização por demissão de servidores ou empregados.
 Relativas a incentivos à demissão voluntária.
 Com convocação extraordinária do Congresso Nacional (a Emenda
Constitucional 50/2006 vedou o pagamento de parcela indenizatória em
razão de convocação do Congresso Nacional).
 Decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao
da apuração da despesa total com pessoal somando-se a realizada no
mês em referência com as dos 11 imediatamente anteriores, adotando-
se o regime de competência. As despesas com pessoal decorrentes de
sentenças judiciais do período atual serão incluídas no limite do
respectivo Poder ou órgão.
 Com pessoal, do Distrito Federal e dos estados do Amapá e Roraima,
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custeadas com recursos transferidos pela União decorrentes da


competência da própria União para organizar e manter o Poder
Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal
e dos Territórios; e organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o
corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar
assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços
públicos, por meio de fundo próprio. Nesses casos, as despesas desses
entes não são pagas com suas próprias receitas e sim da União, logo,
não são somadas aos seus limites de 60%.
 Com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas
por recursos provenientes:
– da arrecadação de contribuições dos segurados;
– da compensação financeira entre os diversos regimes de previdência
social para efeito de aposentadoria, assegurada a contagem recíproca do

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tempo de contribuição na Administração Pública e na atividade privada, rural e


urbana, segundo critérios estabelecidos em lei.
– das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a
tal finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem
como seu superávit financeiro.

d) Correta. De acordo com o art. 33, §§ 1 º e 3º, da LRF, a operação realizada


com infração do disposto nesta Lei Complementar será considerada nula,
procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a devolução do principal,
vedados o pagamento de juros e demais encargos financeiros. Enquanto não
efetuado o cancelamento, a amortização, ou constituída a reserva, aplicam-se
as sanções previstas nos incisos do § 3º do art. 23: o ente não poderá obter
garantias, receber transferências voluntárias e contratar novas operações de
crédito (ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as
que visem à redução das despesas com pessoal).

e) Errada. Equipara-se a operações de crédito e está vedado, entre outros, a


assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para
pagamento a posteriori de bens e serviços (art. 37, IV, da LRF).

Resposta: Letra D

68) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010)


Assinale a opção verdadeira a respeito da autorização que pode estar
consignada na Lei Orçamentária Anual, segundo o art. 7º da Lei n.
4.320/64.
a) Realizar, em qualquer mês do exercício financeiro, operações de
crédito por antecipação da receita, para atender insuficiência de caixa.
b) Alterar a legislação tributária a fim de adequar a realização da
receita aos fluxos financeiros esperados.
c) Realizar despesas sem o prévio empenho para atender situações de
calamidade, desde que devidamente justificado.
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d) Abrir créditos adicionais sem a indicação das fontes de recursos


para atender ao equilíbrio da dívida pública.
e) Prorrogar restos a pagar não processados até o limite da despesa
empenhada.

Consoante o art. 7° da Lei 4320/64, a Lei de Orçamento poderá conter


autorização ao Executivo para:
I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as
disposições do artigo 43;
II - Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de
crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de
caixa.

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A questão exigia a interpretação apenas segundo a Lei 4320/1964. No


entanto, como regra geral, o inciso II do art. 7º foi parcialmente prejudicado e
deve ter sua leitura combinada com o art. 38 da LRF, por apresentar muito
mais restrições a realizações de operações de crédito por antecipação de
receita.
Resposta: Letra A

69) (ESAF - Analista de Finanças e Controle – STN – 2008) A Lei de


Responsabilidade Fiscal (LRF):
a) exige a liquidação das operações de ARO (antecipação de receitas
orçamentárias) até o final do exercício financeiro de sua contratação.
b) veda a inscrição em restos a pagar nos últimos dois anos do
mandato, quando não houver disponibilidade financeira suficiente para
o seu pagamento.
c) proíbe aumento de despesa de pessoal ao longo de todo o último
ano do mandato.
d) estabelece limite para os gastos com pessoal de 60% sobre a
receita corrente líquida, para a União, os Estados e Municípios.
e) considera que os gastos com inativos e pensionistas não devem ser
incluídos nas despesas com pessoal.

A questão mistura diversos tópicos da LRF.

a) Errada. Exige a liquidação das operações de ARO (antecipação de receitas


orçamentárias) até o dia 10 de dezembro do exercício financeiro de sua
contratação (art. 38, II, da LRF).

b) Errada. Veda a inscrição em restos a pagar nos últimos dois


quadrimestres do mandato, quando não houver disponibilidade financeira
suficiente para o seu pagamento (art. 42, caput, da LRF).

c) Errada. Proíbe aumento de despesa de pessoal expedido nos cento e


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oitenta dias anteriores ao final do mandato (art. 21, parágrafo único, da


LRF).

d) Errada. Estabelece limite para os gastos com pessoal de 60% sobre a


receita corrente líquida, para os Estados e Municípios. Entretanto, para a União
o limite é de 50% (art. 19, I, da LRF).

e) Errada. Considera que os gastos com inativos e pensionistas devem ser


incluídos nas despesas com pessoal (art. 18, caput, da LRF).

Resposta: Anulada (Todas incorretas)

70) (ESAF – Procurador da Fazenda Nacional – 2007) Sobre a Lei de


Responsabilidade Fiscal - LRF, assinale a opção incorreta.

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a) Compete ao Ministério da Fazenda verificar o cumprimento dos


limites e condições relativos à realização de operações de crédito de
cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles controladas,
direta ou indiretamente.
b) Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito
internas ou externas, observados o disposto na LRF e, no caso da
União, também os limites e as condições estabelecidos pelo Senado
Federal.
c) As sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes
da LRF não se aplicam a ações de educação, saúde e assistência social.
d) A captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo
ou contribuição cujo fato gerador já tenha ocorrido é equiparada a
operação de crédito.
e) Compete privativamente ao Senado Federal autorizar operações
externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados,
do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.

a) Correta. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e


condições relativos à realização de operações de crédito de cada ente da
Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou
indiretamente (art. 32, caput, da LRF).

b) Correta. Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito


internas ou externas, observados o disposto neste artigo, as normas do art. 32
e, no caso da União, também os limites e as condições estabelecidos pelo
Senado Federal (art. 40, caput, da LRF).

c) Correta. Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências


voluntárias constantes desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas relativas
a ações de educação, saúde e assistência social (art. 25, § 3º, da LRF).

d) É incorreta. A captação de recursos a título de antecipação de receita de


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tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido é


equiparada a operação de crédito (art. 37, I, da LRF).

e) Correta. Compete privativamente ao Senado Federal autorizar operações


externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios (art. 52, V, da CF/1988).

Resposta: Letra D

71) (ESAF – Técnico de Nível Superior – ENAP/MPOG – 2006) A partir


do Plano Real, a economia brasileira iniciou uma fase de estabilidade
monetária e maior transparência dos resultados fiscais. Sem os efeitos
inflacionários com o impacto que essa perda causou aos tesouros,
cresceu o debate sobre a necessidade de ajuste nas contas públicas. A

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Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 4 de maio de 2000, veio


estabelecer normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade fiscal. Com base na LRF, indique a opção que não é
verdadeira.
a) Prevenção de déficits imoderados e reiterados.
b) Limitação do gasto público continuado.
c) Limitação da dívida pública a níveis prudentes.
d) Administração prudente dos riscos fiscais.
e) Contratação de operações de crédito, que em cada exercício não
deverá ser limitada ao montante da despesa de capital.

A LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade


na gestão fiscal, a qual pressupõe ação planejada e transparente, em que se
previnam riscos e corrijam desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e
despesas e à obediência a limites e condições no que tange à renúncia de
receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras,
dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.

Estão incluídas a prevenção de déficits; a limitação do gasto público


continuado; a limitação da dívida pública a níveis prudentes e administração
prudente dos riscos fiscais e a contratação de operações de crédito, que em
cada exercício deverá ser limitada ao montante da despesa de capital (regra
de ouro).
Resposta: Letra E

E assim terminamos nossa última aula. E você que chegou aqui já é um


vitorioso, pela persistência e força de vontade.
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Segui estritamente o edital para a PGFN, aprofundando nos temas de acordo


com o que vem aparecendo nas provas, para levar ao estudante o que há de
mais importante e as maiores possibilidades de exigências.

Procurei ao longo dessas semanas trazer o que tinha de mais atualizado da


matéria. Nestas 14 aulas (0 a 13), você teve a oportunidade de aprender a
teoria e ainda se exercitar com cerca de 700 questões comentadas. É um
número muito significativo para um curso teórico. Sinta-se realmente confiante
e preparado!

Agradeço sinceramente os elogios, as críticas e as sugestões. É dessa forma


que o professor aprimora seu trabalho, enfatizando o que está dando certo e
melhorando o que não está bom.

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Desejo a você ótimos estudos e excelente prova!

Para aqueles que querem se aprofundar ainda mais nos estudos, indico a
leitura dos meus artigos na parte aberta do site e os outros
cursos on-line de minha autoria no Estratégia Concursos
(http://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorProfessor/sergio-mendes-
3000/). Ainda, indico meu blog www.portaldoorcamento.com.br

E aguardo você no serviço público, buscando contribuir para o


desenvolvimento de nosso país. Lembro que estarei com você sempre que
necessitar no e-mail sergiomendes@estrategiaconcursos.com.br

Forte abraço!

Sérgio Mendes

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MEMENTO XIII

DÍVIDA PÚBLICA

A dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao montante total, apurado sem


duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de
leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para
amortização em prazo superior a doze meses. Também será incluída na dívida pública
consolidada da União a relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central
do Brasil e as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham
constado do orçamento. Ainda, para fins de aplicação dos limites ao endividamento, os
precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido
incluídos integram a dívida consolidada.

A dívida pública mobiliária corresponde à dívida pública representada por títulos emitidos
pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios.

Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre


matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações; bem
como sobre moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.

Compete privativamente ao Senado Federal:

Autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados,


do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;

Fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida
consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

Dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da
União, Estados, do DF e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades
controladas pelo Poder Público federal;

Dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de


crédito externo e interno;
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Estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados,
DF e Municípios.

Recondução da dívida aos limites:

Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final


de um quadrimestre, deverá ser reconduzida até o término dos 3 subsequentes, reduzindo
o excedente em pelo menos 25% no 1.°.

Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido se submeterá às seguintes
sanções:

Estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por


antecipação de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida

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mobiliária.

Obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promovendo, entre


outras medidas, limitação de empenho.

OPERAÇÕES DE CRÉDITO E VEDAÇÕES

A LRF define operação de crédito como o compromisso financeiro assumido em razão de


mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens,
recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços,
arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de
derivativos financeiros.

É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente


ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro,
inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação,
refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente. Essa vedação não
impede Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União como aplicação de
suas disponibilidades.

Excetuam-se da vedação citada as operações entre instituição financeira estatal e outro


ente da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se
destinem a financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes; e a
refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente.

É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da


Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. Essa vedação não
proíbe instituição financeira controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública
para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União para
aplicação de recursos próprios.

O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos


técnicos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e
social da operação e o atendimento das seguintes condições:

Existência de prévia e expressa autorização para contratação, na LOA, em créditos


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adicionais ou lei específica;

Inclusão na LOA ou em créditos adicionais dos recursos provenientes da operação, exceto


no caso de ARO;

Observância dos limites e condições fixados pelo Senado Federal;

Autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação de crédito


externo;

Atendimento da regra de ouro (inciso III do art. 167 da CF/1988);

Observância das demais restrições estabelecidas na LRF.

Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados:

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I – captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo


fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7. o do art. 150 da
CF/1988;

II – recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha,


direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e
dividendos, na forma da legislação;

III – assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com


fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título
de crédito, não se aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes;

IV – assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para


pagamento a posteriori de bens e serviços.

ARO

Destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro.

Apenas poderá ser realizada a partir do décimo dia do início do exercício e deverá ser
liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada
ano.

Não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da
operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier
a esta substituir.

É proibida enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente


resgatada e no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.

BACEN

Atribuições do BACEN segundo a CF/1988

A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo BACEN.
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A CF veda ao BACEN conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional


e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. Porém, faculta ao
BACEN comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de
regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.

BACEN nas relações com entes da federação:

Vedação: emitir títulos da dívida pública.

Vedação: compra de título da dívida, na data de sua colocação no mercado.


Exceção: só poderá comprar diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar a
dívida mobiliária federal que estiver vencendo na sua carteira. Ainda, tal operação deverá
ser realizada à taxa média e condições alcançadas no dia, em leilão público.

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Vedação: permuta, ainda que temporária, por intermédio de instituição financeira ou


não, de título da dívida de ente da Federação por título da dívida pública federal, bem
como a operação de compra e venda, a termo, daquele título, cujo efeito final seja
semelhante à permuta.
Exceção: não se aplica ao estoque de Letras do BACEN, Série Especial, existente na
carteira das instituições financeiras, que pode ser refinanciado mediante novas operações
de venda a termo.

Vedação: concessão de garantia.

Vedação ao Tesouro Nacional: adquirir títulos da dívida pública federal existentes na


carteira do BACEN, ainda que com cláusula de reversão.
Exceção: poderá adquirir para reduzir a dívida mobiliária.

CONCESSÃO DE GARANTIA

Corresponde ao compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual


assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.

A garantia estará condicionada ao oferecimento de contragarantia, em valor igual ou


superior ao da garantia a ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear
relativamente a suas obrigações junto ao garantidor e às entidades por este controladas,
observado o seguinte:

Não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do próprio ente;

A contragarantia exigida pela União a Estado ou Município, ou pelos Estados aos


Municípios, poderá consistir na vinculação de receitas tributárias diretamente
arrecadadas e provenientes de transferências constitucionais, com outorga de poderes
ao garantidor para retê-las e empregar o respectivo valor na liquidação da dívida
vencida.
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É vedado às entidades da administração indireta, inclusive suas empresas controladas e


subsidiárias, conceder garantia, ainda que com recursos de fundos. Tal vedação não se
aplica à concessão de garantia por:

Empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem à prestação de contragarantia


nas mesmas condições.

Instituição financeira a empresa nacional, nos termos da lei.

Excetua-se das regras dispostas na LRF a garantia prestada por instituições financeiras
estatais, que se submeterão às normas aplicáveis às instituições financeiras privadas, de
acordo com a legislação pertinente; bem como a prestada pela União, na forma de lei
federal, a empresas de natureza financeira por ela controladas, direta e indiretamente,
quanto às operações de seguro de crédito à exportação.

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REGRA DE OURO

É vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de


capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com
finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta (art. 167, III, da
CF/1988).”

As operações de crédito por ARO não serão computadas para efeito da regra de ouro,
desde que liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia 10 de dezembro.

A LRF também traz os critérios para a apuração das operações de crédito e das despesas
de capital para efeito da regra de ouro. Segundo o § 3º do art. 32, considerar-se-á, em
cada exercício financeiro, o total dos recursos de operações de crédito nele ingressados e
o das despesas de capital executadas, observado o seguinte:
I – não serão computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma de
empréstimo ou financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal,
tendo por base tributo de competência do ente da Federação, se resultar a diminuição,
direta ou indireta, do ônus deste.
II – se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for concedido por
instituição financeira controlada pelo ente da Federação, o valor da operação será
deduzido das despesas de capital.

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Complemento do aluno

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (CESPE – Analista Administrativo – Direito - ANTT – 2013) São consideradas


no montante da dívida pública consolidada ou fundada as obrigações
financeiras do ente da Federação assumidas por contrato ou convênio, cuja
amortização deve se dar em até doze meses.

2) (CESPE – Analista - Planejamento e Orçamento - MPU – 2013) Integra a


dívida pública consolidada da União a dívida relativa à emissão de títulos de
responsabilidade do BACEN.

3) (CESPE – Analista – Finanças e Controle - MPU – 2013) Para fins de ajustes


da dívida pública consolidada aos limites fixados, os precatórios liquidados
durante a previsão do orçamento bem como os precatórios não pagos não
devem ser incluídos no montante da dívida consolidada.

4) (CESPE – Técnico Científico – Direito – Banco da Amazônia - 2012) Define-


se dívida pública consolidada ou fundada como o montante total das
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de
abertura de crédito, para amortização em prazo inferior a doze meses.

5) (CESPE – Técnico – FNDE – 2012) Os restos a pagar, assim como os


serviços da divida a pagar, integra a divida flutuante.

6) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) A dívida ativa contém as obrigações


financeiras da fazenda pública e classifica-se, quanto à origem, em interna ou
externa e, quanto à duração, em flutuante ou fundada.

7) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) A Lei n.º 4.320/1964, diploma legal


sobre normas gerais de direito financeiro, recepcionada pela CF como lei
complementar até a edição da norma prevista em seu art. 165, § 9.º, teve
alguns de seus conceitos e procedimentos alterados ou acrescidos pela LRF.
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Nesse sentido, é correto afirmar que a LRF incluiu no conceito de dívida


fundada não só as dívidas com prazo de resgate superior a doze meses, como
conceituado pela Lei n.º 4.320/1964, mas também aquelas inferiores a doze
meses cujas receitas tenham constado do orçamento.

8) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) A dívida fundada


refere-se ao montante, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras
do estado do Espírito Santo, assumida em virtude de leis, contratos, convênios
ou tratados. Refere-se, também, às obrigações decorrentes de operações de
crédito, para amortização em prazo superior a 12 meses.

9) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCDF – 2012) A dívida pública, que


representa o montante das obrigações financeiras do Estado, pode ser
classificada quanto à origem em fundada e flutuante.

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10) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados – 2014) A


emissão de títulos de responsabilidade do Banco do Brasil S. A. será incluída
na dívida pública consolidada da União.

11) (CESPE – Analista – Finanças e Controle - MPU – 2013) Os limites globais


para o montante da dívida consolidada da União, estados e municípios
propostos pelo presidente da República poderão ser verificados a partir de
percentual da receita corrente líquida (RCL).

12) (CESPE – Analista – Finanças e Controle - MPU – 2013) Se ultrapassar o


respectivo limite ao final de um bimestre, a dívida fundada de um ente da
Federação deverá ser a ele reconduzida até o término do bimestre
subsequente, reduzindo-se o excedente em pelo menos 25%.

13) (CESPE – Analista Judiciário - Administrativa – STF – 2013) Sempre que


forem alterados os fundamentos das políticas monetária ou cambial em razão
de instabilidade econômica, o presidente da República, em atendimento aos
dispositivos constitucionais vigentes, poderá encaminhar ao Congresso
Nacional proposta de revisão dos limites globais para o montante da dívida
consolidada da União, dos estados e dos municípios.

14) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10 – Prova cancelada -


2013) No caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto Interno Bruto
(PIB), será suspenso o prazo para que o ente da Federação reconduza a divida
consolidada que ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre.

15) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) Compete


exclusivamente ao Congresso Nacional dispor sobre limites e condições para a
concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno.

16) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Os limites globais para o


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montante da dívida consolidada da União e para o montante da dívida


mobiliária federal devem ser fixados, em percentual da receita corrente líquida,
para cada esfera de governo.

17) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Se o estado do


Espírito Santo tivesse ultrapassado o limite de endividamento no último
quadrimestre de 2009, então ele deveria tomar medidas imperativas de
recondução ao limite, no máximo até o término de 2010, enquanto perdurasse
o excesso, as operações de crédito ficariam suspensas, até mesmo as de
antecipação de receita.

18) (CESPE – AUFC – TCU – 2009) Compete a lei complementar dispor sobre
finanças públicas e sobre os limites globais e condições para o montante da
dívida mobiliária dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios.

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19) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados – 2014) É


competência da Câmara dos Deputados dispor a respeito dos limites globais e
das condições para o montante da dívida mobiliária dos estados, do DF e dos
municípios.

20) (CESPE – Administrador – Polícia Federal – 2014) Se o presidente da


República pretender modificar os limites globais para o montante da dívida
pública consolidada, deverá enviar proposta ao Poder Legislativo que contenha
a metodologia de apuração dos resultados primário e nominal.

21) (CESPE – Administrador – Ministério da Integração - 2013) Considere que


determinado município contrate empréstimo com instituição financeira que
consista na antecipação de parte de seus tributos para pagamento da folha de
salários de seus funcionários. Nessa situação, deve-se considerar essa
operação dívida flutuante.

22) (CESPE – Analista - Planejamento e Orçamento - MPU – 2013) A LRF


proíbe que, nos dois últimos anos do mandato, governadores e prefeitos
antecipem receitas tributárias por meio de empréstimos de curto prazo,
concedam aumento de salários e contratem novos servidores públicos.

23) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade - TRE/RJ – 2012) Caso, em


2012, os municípios realizem operações de crédito por antecipação de receita
orçamentária, essas operações deverão ser incluídas em suas respectivas leis
orçamentárias, em obediência ao princípio da universalidade.

24) (CESPE - Advogado – AGU – 2012) Em determinadas situações previstas


em lei, o governo federal poderá conceder empréstimos para pagamento de
despesas com pessoal dos estados, do DF e dos municípios.

25) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) A LRF restringiu a realização das


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operações de crédito por antecipação de receita, antes permitidas a qualquer


tempo pela Lei n.º 4.320/1964, para somente após o segundo mês do início do
exercício financeiro.

26) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) Acerca da elaboração e do


controle dos orçamentos e balanços da União, dos estados, dos municípios e
do Distrito Federal, julgue o item.
A lei de orçamento pode conter autorização ao Poder Executivo para que este
realize, em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por
antecipação da receita, para atender insuficiências de caixa.

27) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRE/MT – 2010) Uma


operação de crédito por antecipação de receita somente pode ser feita nos
últimos quatro meses do exercício financeiro.

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28) (CESPE – Analista – Administração - EMBASA - 2010) É permitida a


contratação da antecipação de receita orçamentária, desde que não ocorra no
último ano de mandato.

29) (CESPE – Economista - DPU - 2010) Conforme a LRF, no último ano de


mandato, é permitido aos prefeitos firmar, pela prefeitura, operação de crédito
por antecipação de receita, em meados de janeiro desse ano, desde que a
liquide até o último dia de novembro do mesmo ano.

30) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – MDIC – 2014) As dívidas


realizadas para atender a insuficiências de caixa ou de tesouraria constituem
dívida flutuante.

31) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – Ministério da Integração -


2013) Uma instituição financeira estatal não pode obter empréstimos junto ao
ente da Federação que a controla, mas poderá adquirir no mercado títulos da
dívida pública para atender às necessidades de investimentos de seus clientes.

32) (CESPE – Especialista – FNDE – 2012) Proíbe-se aos estados e municípios


a compra de títulos de dívida da União como forma de aplicação de suas
disponibilidades.

33) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) A LRF veda a aquisição por


instituição financeira estatal de títulos da dívida pública emitidos por seu ente
público controlador.

34) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) À instituição financeira


controlada pela União é permitida a aquisição de títulos da dívida pública para
atender investimentos de seus clientes.

35) (CESPE - Procurador - PGE/PE - 2009) Não se admite a realização de


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operações de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da


Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo, mesmo
nos casos de aquisição de títulos da dívida pública para atender a investimento
de seus clientes.

36) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Administração - ABIN - 2010) O


resultado positivo do Banco Central, apurado após a constituição ou reversão
de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional; o resultado negativo,
obrigação do Tesouro para com o Banco Central, devendo ser consignado em
dotação específica no orçamento.

37) (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Veda-se ao Banco Central conceder, direta
ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou
entidade que não seja instituição financeira.

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38) (CESPE – Analista – Administração - FINEP - 2009) Integram as despesas


da União e são incluídas na lei orçamentária as despesas do Banco Central do
Brasil relativas a pessoal e encargos sociais e custeio administrativo, excluídas
as destinadas a benefícios e assistência aos servidores.

39) (CESPE – Analista – Finanças e Contabilidade - FINEP - 2009) O Tesouro


Nacional é beneficiário dos resultados positivos do BACEN, apurados após a
constituição ou a reversão de reservas, assim como devedor de eventuais
resultados negativos da mesma instituição.

40) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo - SUFRAMA – 2014) Se o Banco


Central do Brasil apresentar resultado negativo em determinado semestre, o
Tesouro Nacional ficará responsável pela cobertura do prejuízo, utilizando para
tanto dotação específica no orçamento.

41) (CESPE - Advogado – AGU – 2012) Tratando-se de empréstimo a estado


ou município, a União poderá conceder garantia, mediante o oferecimento de
contragarantia consistente na vinculação de receitas tributárias diretamente
arrecadadas e provenientes de transferências constitucionais.

(CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011) Com relação ao


disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal acerca das garantias e
contragarantias em operações de crédito internas e externas, julgue os itens a
seguir.
42) O ente da Federação que tiver a sua dívida honrada pela União em
decorrência de garantia prestada em operação de crédito não terá acesso a
novos créditos ou financiamentos até que a respectiva dívida seja totalmente
liquidada.
43) É vedado às entidades da administração indireta e suas respectivas
empresas controladas e subsidiárias conceder garantia com recursos de seus
próprios fundos. 22528601034

44) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) A operação de crédito


consiste no compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual
assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.

45) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) A vinculação de receitas


tributárias diretamente arrecadadas por um estado pode ser legalmente
oferecida como contragarantia à União.

46) (CESPE – Analista Administrativo - IBAMA – 2013) Considere que o


montante total dos empréstimos realizados por determinado município tenha
sido igual às despesas de capital fixadas no orçamento municipal para o
exercício financeiro em execução. Nessa situação, caso o município precise
realizar mais uma operação de crédito, sem alterar o total das despesas de

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capital, somente poderá fazê-la se for aprovado pela câmara de vereadores,


por maioria absoluta, um crédito suplementar ou especial com finalidade
precisa.

47) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) É conhecida


como regra de ouro a vedação, prevista na CF, à realização de operações de
créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as
autorizadas mediante créditos suplementares, ou especiais, com finalidade
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo, por maioria absoluta.

48) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) A regra de ouro presente na CF e nas


constituições estaduais prescreve que as operações de crédito não poderão
exceder as despesas com investimentos realizadas no exercício financeiro,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com
finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.

49) (CESPE – Analista Judiciário – Administração – STM - 2011) Mesmo que,


em determinado exercício financeiro, as despesas de capital fixadas no
orçamento sejam integralmente financiadas com recursos de operações de
crédito, novos empréstimos poderão ser realizados, desde que autorizados por
maioria absoluta do respectivo Poder Legislativo.

50) (CESPE – Agente Administrativo - MTE – 2014) A Constituição Federal de


1988 (CF) permite a realização de operação de crédito que exceda o montante
das despesas de capital, se essa operação for aprovada pelo Poder Legislativo
por maioria absoluta.

51) (ESAF – Auditor – TCE/GO - 2007) A obrigação financeira estatal assumida


em virtude de operação de crédito, para amortização em prazo superior a doze
meses, classifica-se como:
a) refinanciamento de dívida.
b) despesa obrigatória de caráter continuado.
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c) dívida pública mobiliária.


d) dívida pública fundada.
e) dívida consolidada líquida.

52) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) A Lei


Complementar n. 101/2000, entre os conceitos e definições acerca da dívida e
do endividamento público, adota o seguinte:
a) a dívida pública consolidada ou fundada corresponde ao montante total sem
duplicidade das obrigações financeiras do ente da Federação para amortização
em prazo não superior a doze meses.
b) a dívida pública mobiliária corresponde à dívida pública representada por
títulos emitidos e contratos assumidos pela União, inclusive os do Banco
Central, pelos Estados, Distrito Federal e Municípios.

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c) a concessão de garantia corresponde aos ativos vinculados por ente da


Federação ou entidade a ele vinculada ao compromisso de adimplência de
obrigação financeira ou contratual assumida por outro ente da Federação.
d) considera-se operação de crédito, a aquisição financiada de bens,
recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e
serviços, e o arrendamento mercantil, inclusive com o uso de derivativos
financeiros.
e) o refinanciamento da dívida mobiliária corresponde à emissão de títulos por
ente da Federação para pagamento do principal acrescido dos respectivos juros
e atualização monetária dessa dívida.

53) (ESAF – Analista Jurídico – SEFAZ/CE – 2007) Indique a definição que foi
adotada pela Lei Complementar n. 101/2000.
a) Dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem
duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em
virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações
de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses, excluídas as
operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham
constado do orçamento.
b) Operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo,
abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens,
recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e
serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas,
excetuadas as que envolvam o uso de derivativos financeiros.
c) Dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos
pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios.
d) Concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação
financeira ou contratual assumida apenas por entidade vinculada a ente da
Federação.
e) Refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do
principal, excluída atualização monetária.
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54) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) Os limites globais para o montante


da dívida consolidada da União, Estados e Municípios é estabelecido em:
a) decreto legislativo.
b) lei ordinária.
c) lei complementar.
d) lei delegada.
e) resolução do senado.

55) (ESAF – Analista Jurídico – SEFAZ/CE – 2007) Não se equipara a


operações de crédito a(o):
a) captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou
contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do
disposto no § 7º do art. 150 da Constituição.

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b) recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público


detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a
voto.
c) assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação
assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante
emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta vedação a
empresas estatais dependentes.
d) assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores
para pagamento a posteriori de bens e serviços.
e) recebimento antecipado de lucros e dividendos de empresa em que o Poder
Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com
direito a voto, na forma da legislação.

56) (ESAF – Analista Jurídico – SEFAZ/CE – 2007) A Lei de Responsabilidade


Fiscal (Lei Complementar n.101/2000) proíbe a realização de operação de
crédito entre um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo,
autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas
entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação,
refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente. Indique as
duas únicas exceções a essa vedação.
a) Operações entre instituição financeira estatal e outro ente da Federação,
inclusive suas entidades da administração indireta, que não se destinem a
financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes e a refinanciar dívidas
contraídas junto à própria instituição concedente.
b) Operações entre instituição financeira estatal e outro ente da Federação,
inclusive suas entidades da administração indireta, que se destinem a
financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes e a refinanciar dívidas
contraídas junto à própria instituição concedente.
c) Operações entre instituição financeira estatal e outro ente da Federação,
inclusive suas entidades da administração indireta, que não se destinem a
financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes e a refinanciar dívidas
não contraídas junto à própria instituição concedente.
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d) Operações entre instituição financeira estatal e outro ente da Federação,


inclusive suas entidades da administração indireta, que se destinem a
financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes e a refinanciar dívidas
não contraídas junto à própria instituição concedente.
e) Operações entre instituição financeira estatal e o ente da Federação que a
controle, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se
destinem a financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes e a
refinanciar dívidas contraídas junto à própria instituição concedente.

57) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) É vedada a realização de operação


de crédito:
a) entre instituição financeira estatal e outro ente da Federação para
refinanciar dívidas contraídas junto à própria instituição concedente.
b) entre um ente da Federação e outro.

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c) por antecipação de receitas orçamentárias.


d) mediante aquisição por instituição financeira controlada de títulos da dívida
pública da União para aplicação de recursos próprios.
e) na forma de assunção de obrigação com fornecedores para pagamento a
posteriori de bens e serviços, independentemente de autorização
orçamentária.

58) (ESAF – AFC/STN – 2005) Com relação à Lei Complementar nº 101, Lei de
responsabilidade Fiscal (LRF), assinale a opção incorreta.
a) O planejamento é um alicerce da LRF.
b) A LRF estabeleceu limites máximos, por Poder, para as despesas de pessoal,
em percentual da Receita Corrente Líquida.
c) Apesar de proibir o financiamento dos Municípios e dos Estados junto ao
Banco Central, a LRF autoriza os empréstimos da União e dos Estados aos
Municípios.
d) A LRF também proíbe ou coíbe diversos abusos na administração financeira
e patrimonial, particularmente no que se refere à antecipação de receitas
orçamentárias (AROS), à concessão de garantias e à inscrição em restos a
pagar.
e) A LRF permite o acompanhamento das metas na execução financeira,
obrigando a publicação das metas de arrecadação bimestrais e da
programação financeira mensal para o exercício.

59) (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG – 2010) Sobre a


Lei de Responsabilidade Fiscal, é correto afirmar:
a) se a despesa total com pessoal, do Poder ou Órgão de cada ente da
Federação, ultrapassar os percentuais intralimites definidos no art. 20 da Lei
de Responsabilidade Fiscal, o Poder Executivo do ente respectivo, enquanto o
excedente não for eliminado, não poderá obter garantias diretas, indiretas e
aval de outros entes, receber transferências voluntárias, bem como contratar
operações de créditos, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida
mobiliária e as que visem à redução das despesas com pessoal.
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b) o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de


qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer
título, por Estado, Município, suas autarquias e pelas fundações que instituírem
e mantiverem, não deve ser excluído do somatório dos gastos com pessoal
para efeito de apuração dos limites previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal.
c) é vedada ao Banco Central do Brasil a emissão de títulos da dívida pública a
partir da vigência da Lei Complementar n. 101, de 2000 (LRF).
d) é vedada a realização de operação de crédito entre instituição financeira
estatal e outro ente da federação para refinanciar dívidas contraídas junto à
instituição concedente.
e) se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo
limite no final de dois quadrimestres, deverá ser a ele reconduzida até o
término dos três subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25%
(vinte e cinco por cento) no primeiro.

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60) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) A


Constituição da República dedica um capítulo às finanças públicas. Sobre o
tema, é correto afirmar que:
a) não é só o Banco Central do Brasil que tem a atribuição de exercer a
competência constitucional de emitir moeda.
b) o Banco Central pode conceder empréstimos a instituições financeiras,
inclusive a órgãos do governo, que não seja instituição financeira, exceto ao
Tesouro Nacional.
c) o sistema orçamentário trazido na Constituição da República instituiu a
possibilidade de um sistema integrado de planejamento/orçamento-programa,
de sorte que o orçamento fiscal, os orçamentos de investimento das empresas
e o orçamento da Seguridade Social passam a constituir etapas do
planejamento de desenvolvimento econômico e social.
d) a lei orçamentária anual não poderá conter a autorização para abertura de
créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.
e) a Constituição não permite a transposição, o remanejamento ou a
transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de
um órgão para outro, ainda que haja prévia autorização legislativa.

61) (ESAF – AUFC – TCU – 2006) A Lei de Responsabilidade Fiscal adotou


regras referentes à Dívida Pública Fundada. Entre as opções abaixo, identifique
qual a opção correta com relação à Dívida Pública Consolidada e a LRF.
a) Integra a dívida pública fundada o refinanciamento da dívida pública
imobiliária.
b) Integram a dívida pública consolidada os depósitos e os serviços da dívida a
pagar.
c) Integra a dívida pública consolidada da União a dívida relativa à emissão de
títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil.
d) Integram a dívida pública fundada as dívidas de curto prazo, como os restos
a pagar processados. 22528601034

e) Integra a dívida fundada o resultado de operações de caráter financeiro que


se refletem no Patrimônio Financeiro.

62) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Acerca das


diretrizes para o estabelecimento dos limites para a dívida pública e a
realização de operações de crédito estabelecidas pela Lei de Responsabilidade
Fiscal, não é correto afirmar:
a) os limites para a dívida pública e a realização de operações de crédito serão
fixados em proporção da receita corrente líquida para cada uma das esferas de
governo, e serão aplicados igualmente a todos os entes da Federação
integrantes da respectiva esfera.
b) o refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término
do exercício financeiro, o montante ao final do exercício anterior, acrescido das

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operações de crédito autorizadas no orçamento e realizadas para esse fim,


acrescido de atualização monetária.
c) os limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias
e demais entidades controladas pelo Poder Público Federal, serão estabelecidos
pelo Senado Federal por proposta do Chefe do Poder Executivo da União.
d) os limites globais para o montante da dívida consolidada da União, Estados
e Municípios serão fixados pelo Senado Federal por proposta do Chefe do Poder
Executivo da União.
e) os limites para o montante da dívida mobiliária federal, estadual e municipal
serão estabelecidos pelo Congresso Nacional, mediante projeto de lei
encaminhado pelo Chefe do Poder Executivo da União.

63) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) Assinale a opção que indica
uma exceção ao conceito de Dívida Flutuante de que trata o art. 92 da Lei n.
4.320/64.
a) Os débitos de tesouraria.
b) Os depósitos.
c) Os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida.
d) Os serviços da dívida a pagar.
e) A dívida mobiliária de curto prazo.

64) (ESAF – AUFC – TCU – 2002) As operações de crédito por antecipação da


receita, mais conhecidas como AROs, além de sujeitarem-se às normas da
Resolução nº 78/1988, do Senado da República, sujeitam-se à da Lei de
Responsabilidade Fiscal. Identifique a única opção proibida na mencionada Lei,
com relação às AROs.
a) Somente poderão ser realizadas a partir do 10º dia do início do exercício.
b) Não serão autorizadas se forem cobrados outros encargos incidentes que
não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à
taxa básica financeira, ou à que a vier substituir.
c) Deverão ser liquidadas (pagas), com juros e outros encargos incidentes,
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até o dia dez de dezembro de cada ano.


d) Estarão proibidas enquanto existir operação anterior da mesma natureza
não integralmente resgatada.
e) Serão permitidas suas contratações mesmo que seja o último ano de
mandato do Presidente, do Governador ou Prefeito Municipal.

65) (ESAF - Analista de Finanças e Controle – CGU – 2002) De acordo com o


disposto pelo art. 115 do Decreto nº 93.872/86, a dívida flutuante compreende
os seguintes compromissos, exceto:
a) o papel-moeda.
b) os serviços da dívida.
c) os depósitos (de terceiros).
d) os restos a pagar.
e) os precatórios.

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66) (ESAF - Procurador da Fazenda Nacional – 2007) A Lei de


Responsabilidade Fiscal - LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas
para a responsabilidade na gestão fiscal. Entre as normas da LRF, não se
inclui:
a) a inexistência de estimativa do impacto orçamentário-financeiro e de
demonstração da origem dos recursos para as despesas destinadas ao serviço
da dívida.
b) a proibição de que o Banco Central do Brasil emita títulos de dívida pública
a partir de dois anos após a publicação da LRF.
c) a necessidade de estimativa do impacto orçamentário-financeiro para
redução da alíquota do IPI.
d) a nulidade do ato de que resulte aumento da despesa com pessoal nos
cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo
Poder ou órgão.
e) a vedação da realização de operação de crédito entre uma instituição
financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de
beneficiário do empréstimo.

67) (ESAF - Analista de Finanças e Controle – CGU – 2002 - Adaptada)


Identifique a única afirmativa correta com relação à Lei de Responsabilidade
Fiscal.
a) O resultado do Banco Central, apurado após a constituição ou reversão de
reservas, não constitui receita do Tesouro Nacional.
b) O montante previsto para as receitas de operações de crédito sempre
poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei
orçamentária.
c) Considera-se como Despesa Total com Pessoal o somatório dos gastos do
ente da Federação com os ativos, relativos a mandatos eletivos, cargos,
funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer
espécies remuneratórias.
d) A operação de crédito irregular impede a obtenção de garantias, o
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recebimento de transferências voluntárias e contratação de novas operações


de crédito.
e) É permitida pela Lei a assunção de obrigação, sem autorização
orçamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e
serviços.

68) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) Assinale a


opção verdadeira a respeito da autorização que pode estar consignada na Lei
Orçamentária Anual, segundo o art. 7º da Lei n. 4.320/64.
a) Realizar, em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por
antecipação da receita, para atender insuficiência de caixa.
b) Alterar a legislação tributária a fim de adequar a realização da receita aos
fluxos financeiros esperados.

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c) Realizar despesas sem o prévio empenho para atender situações de


calamidade, desde que devidamente justificado.
d) Abrir créditos adicionais sem a indicação das fontes de recursos para
atender ao equilíbrio da dívida pública.
e) Prorrogar restos a pagar não processados até o limite da despesa
empenhada.

69) (ESAF - Analista de Finanças e Controle – STN – 2008) A Lei de


Responsabilidade Fiscal (LRF):
a) exige a liquidação das operações de ARO (antecipação de receitas
orçamentárias) até o final do exercício financeiro de sua contratação.
b) veda a inscrição em restos a pagar nos últimos dois anos do mandato,
quando não houver disponibilidade financeira suficiente para o seu pagamento.
c) proíbe aumento de despesa de pessoal ao longo de todo o último ano do
mandato.
d) estabelece limite para os gastos com pessoal de 60% sobre a receita
corrente líquida, para a União, os Estados e Municípios.
e) considera que os gastos com inativos e pensionistas não devem ser
incluídos nas despesas com pessoal.

70) (ESAF – Procurador da Fazenda Nacional – 2007) Sobre a Lei de


Responsabilidade Fiscal - LRF, assinale a opção incorreta.
a) Compete ao Ministério da Fazenda verificar o cumprimento dos limites e
condições relativos à realização de operações de crédito de cada ente da
Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou
indiretamente.
b) Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou
externas, observados o disposto na LRF e, no caso da União, também os
limites e as condições estabelecidos pelo Senado Federal.
c) As sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes da LRF
não se aplicam a ações de educação, saúde e assistência social.
d) A captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou
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contribuição cujo fato gerador já tenha ocorrido é equiparada a operação de


crédito.
e) Compete privativamente ao Senado Federal autorizar operações externas de
natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal,
dos Territórios e dos Municípios.

71) (ESAF – Técnico de Nível Superior – ENAP/MPOG – 2006) A partir do Plano


Real, a economia brasileira iniciou uma fase de estabilidade monetária e maior
transparência dos resultados fiscais. Sem os efeitos inflacionários com o
impacto que essa perda causou aos tesouros, cresceu o debate sobre a
necessidade de ajuste nas contas públicas. A Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF), de 4 de maio de 2000, veio estabelecer normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade fiscal. Com base na LRF, indique a opção que
não é verdadeira.

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a) Prevenção de déficits imoderados e reiterados.


b) Limitação do gasto público continuado.
c) Limitação da dívida pública a níveis prudentes.
d) Administração prudente dos riscos fiscais.
e) Contratação de operações de crédito, que em cada exercício não deverá ser
limitada ao montante da despesa de capital.

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GABARITOS

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E C E E C E C C E E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C E E E E C C E E C
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C E E E E C E C E C
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C E E C E C C E C C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
C C C E C C C E C C
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
D D C E E C B C B C
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
C E E E E C D A * D
71
E

*Anulada (todas incorretas)

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