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Bares e restaurantes estarão livres do fumo no Recife

Publicado em 17.01.2008, às 13h10

É proibido fumar. Isso é o que dirão os avisos em hotéis, bares, boates, restaurantes e
motéis do Recife a partir de 2 de fevereiro, quando os estabelecimentos tornam-se
livres do fumo. Um convênio entre a Secretária de Saúde, a Procuradoria Regional do
Trabalho e a Vigilância Sanitária obriga o cumprimento da lei de número 9.294, de
1996, que proíbe o uso e a propaganda de derivados do tabaco em recinto coletivo,
privado ou público. A fiscalização coincide com a ruidosa restrição de cigarros na
França, que atingiu os famosos cafés parisienses, verdadeiros cartões postais da
fumaça.

“A lei não é contra o fumante, mas contra o cigarro. A restrição é uma tendência
mundial”, pondera Maristela Menezes, coordenadora de Controle do Tabagismo e
Outros Fatores de Riscos de Câncer da Secretaria de Saúde. A fiscalização será feita
pela Procuradoria Regional do Trabalho e a Vigilância Sanitária, com multas que podem
chegar a R$ 400 mil.

A novidade é que o fumo passa a ser tratado como problema de saúde ocupacional. O
empregado não pode ser obrigado a se expor à fumaça do cigarro. Segundo Antônio
Noronha, vice-presidente Sindicato dos Trabalhadores em Comércio Hoteleiros e
Similares de Pernambuco, será uma lei difícil de implantar. “Os bares e restaurantes
estão reclamando porque eles temem que a lei prejudique o movimento. Se isso
acontecer, será apenas no início, com o choque da medida. Depois tudo voltará ao
normal”, afirmou. Noronha ressaltou que o sindicato nunca recebeu reclamação dos
seus associados em relação à exposição ao cigarro.

O procurador Fábio André de Farias, que está na coordenação da fiscalização da lei no


Recife, tem consciência das dificuldades. “Num shopping, por exemplo, é mais fácil
fiscalizar, porque é um lugar onde você leva seu filho, sua mãe, as pessoas se sentem
constrangidas em fumar ali. No caso de um bar, o fumante está com uma turma que
apóia o seu vício. É preciso que o dono do estabelecimento saiba como se dirigir ao
cliente que fuma”, ressaltou Farias.

Com a fiscalização, as áreas de fumantes e não-fumantes, como conhecemos, não


mais existirão. Não pode haver serviço onde as pessoas fumam, mesmo em áreas
abertas. A reportagem do JC visitou terça à noite a Rua da Moeda, no Bairro do Recife,
onde os bares Novo Pina e Casa da Moeda têm mesas na calçada. A medida dividiu
opiniões. O autônomo Nestor Valença, que estava com três amigas, achou que a
medida irá restringir seu direito. “O meu livre arbítrio fica prejudicado com essa
medida, é uma hipocrisia”, reclamou. Sua amiga, a artesã Cristina Batista, gostou da
fiscalização – “Quando fumar, a partir de agora, vou procurar me afastar. É importante
essa vigilância”. O garçom Marcelo Souza, da Casa da Moeda, é fumante. “É claro que
os garçons que não fumam reclamam. O problema é que isso vai diminuir o
movimento”, atestou.

O roadie e ex-fumante Sérgio “Pezão” Valença estava na área interna do Bar Central
com um grupo de amigos, terça à noite. O resto da mesa fumava. “Eu sou totalmente
a favor dessa lei. Para quem não fuma é desagradável. Eu fui duas vezes à França,
uma vez como fumante e a segunda quando tinha parado de fumar. Na primeira, achei
aquilo uma maravilha. Na segunda, vi que era uma desgraça”, disse.
Os proprietários dos estabelecimentos estão sendo visitados e notificados pelos fiscais.
Alguns empresários comemoram a mudança. Maria do Céu, responsável pela Boate
Metrópole, está preparada para os tempos. “Os fumantes da Metrópole têm o Bar da
Laje, que é uma área aberta ótima, que respeita o direito de quem não fuma. Qualquer
lei que leve o meu filho a não fumar, vou comemorar”, diz a empresária, que está
preparando um novo ambiente no clube noturno. O novo espaço terá piscina e área ar
livre para os fumantes. O investimento é em torno de R$ 30 mil.

O UK Pub também se prepara para os novos tempos. A casa fecha sábado e reabre
depois do Carnaval, com um espaço ao ar livre para os fumantes, com som ambiente.
Segundo um dos proprietários, Lula Sampaio, o investimento é de R$ 25 mil. Quem
celebra a mudança é o DJ residente, Salvador, que está parando de fumar. “Vai ser um
excelente incentivo”, apontou.

EXPLOSÃO EM RINHA DE CÃES NO AFEGANISTÃO DEIXA AO MENOS 80


MORTOS

Ao menos 80 pessoas morreram em um atentado suicida em Candahar (sul do


Afeganistão) neste domingo, durante uma rinha de cães, segundo o governador da
Província de Candahar, Asadullah Khalid.

O atentado de hoje foi o pior desde a queda do regime Taleban, milícia que
controlava 90% do Afeganistão até a invasão da coalizão liderada pelos EUA em 2001,
segundo a agência de notícias Associated Press (AP).

Wali Karzai, presidente do conselho provincial de Candahar e irmão do presidente


afegão, Hamid Karzai, disse que o alvo principal no atentado era Abdul Hakim Jan, líder
de um grupo armado. Segundo ele, Jan morreu no ataque.

Jan foi chefe de polícia da Província de Candahar no início dos anos 90 e foi o
único a se opor ao regime Taleban, disse à AP o parlamentar da província Khalid
Pashtun. Jan havia sido indicado recentemente para comandar uma força policial
auxiliar, formada por moradoras das tribos locais, para fazer a segurança da região de
Arghandab, ao norte da Província.

O grupo reunido para ver a rinha, na região oeste da cidade, incluía centenas de
pessoas, incluindo líderes de milícias. Após a explosão, testemunhas ouvidas pela AP
disseram que houve tiroteio. Ainda não havia informação sobre quantas pessoas
morreram no tiroteio.

Segundo o porta-voz do Ministério da Saúde Abdullah Fahim outras 70 pessoas


ficaram feridas. Fontes do Taleban ouvidas pela AP não confirmaram se membros do
grupo foram responsáveis pela explosão.

Candahar que já foi o principal reduto dos membros do Taleban-- é uma das
principais áreas de produção de ópio no Afeganistão.
Rinhas de cães são comuns no país, e costumam atrair grupos de centenas de
pessoas. A prática havia sido banida durante o regime Taleban.

O morador de um vilarejo de Candahar Faizullah Qari Gar, que estava na rinha,


disse que "os guarda-costas dos líderes das milícias abriram fogo contra a multidão
após a explosão".

O pior ataque a bomba antes do ocorrido hoje foi o que aconteceu em novembro
do ano passado, em Baghlan (norte do país). Cerca de 70 pessoas morreram em um
atentado suicida à época, entre as quais seis parlamentares, além de cinco professores
e 59 estudantes.

» RESGATE
Morte de estudante em trote na USP vira filme
Publicado em 17.02.2008

Jornalista chinês que há 15 anos vive no Brasil vai levar para as telas a trágica história
do estudante Edison Hsuen, que morreu afogado aos 22 anos durante um trote na
Faculdade de Medicina, em 1999

Márcia Abos

Agência O Globo

SÃO PAULO – A trágica história do estudante Edison Hsueh, que aos 22 anos
morreu afogado durante um trote na Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (USP), vai virar filme. Trata-se do primeiro projeto cinematográfico a ser
produzido por chineses do Brasil, falado em mandarim e em português. A idéia é
também mostrar como vivem os cerca de 200 mil imigrantes que cruzaram o oceano
para morar aqui.

O idealizador do projeto – e roteirista – é o jornalista chinês Yuan Yiping, que


vive há 15 anos em São Paulo. Ele também é editor-chefe de um jornal publicado em
mandarim voltado aos imigrantes e seus descendentes.

Edison Hsueh foi vítima de um trote brutal de seus colegas veteranos. O jovem
chinês, que não sabia nadar, foi empurrado na piscina da faculdade. Morreu afogado na
tarde de 22 de fevereiro de 1999. Pouco mais de sete anos após a morte de Edison, o
Superior Tribunal de Justiça (STJ) trancou a ação penal contra os réus. Ninguém foi
punido e o caso foi encerrado.

“Queremos mostrar como vivem os chineses no Brasil, especialmente os jovens,


por meio da história de Edison”, conta Yuan.

A história revoltou a pacata e discreta comunidade chinesa que vive no Brasil, diz
Fernando Ou, presidente da Associação Cultural Chinesa do Brasil e diretor de elenco
do filme. “Esperávamos que fossem descobertos os assassinos e que eles fossem
punidos conforme a lei, o que não aconteceu.”

Mas o filme não quer apenas enfatizar a revolta causada pela morte de Edison.
Quer também mostrar como os chineses encontram seu lugar ao sol no Brasil, por
meio de seus méritos e esforços, assim como o jovem estudante o fez, ingressando em
um dos mais disputados vestibulares do País, com uma perspectiva de ter uma
brilhante carreira.

A idéia também é descolar dos chineses que vivem aqui a imagem de


contrabandistas e camelôs. Muita gente associa os chineses à imagem de Law Kin
Chong, chinês naturalizado brasileiro, que é apontado pela polícia como um dos
maiores contrabandistas do país.

O elenco do filme ainda não está completo. O roteirista, junto com o diretor, Tony
Lee, cineasta radicado no Brasil há sete anos, formado pela Academia de Cinema de
Pequim, estão em busca do protagonista.

Perto do fim da carreira, Guga ensaia trabalho de embaixador

Gustavo Kuerten recebeu convite para ser embaixador do Torneio da Costa do


Sauípe na próxima temporada, mas nesta semana que passou "desfrutando" no resort
já desempenhou a função informalmente.

Eliminado em sua estréia no torneio que inicia sua turnê de despedida, na terça,
Guga, 31, decidiu permanecer no litoral baiano até hoje, data da final.

"Sempre defendi a bandeira do torneio, lutei muito por isso, que foi uma coisa
que não tive quando era jovem", afirmou Guga, ao anunciar que pretendia ajudar na
divulgação e consolidação do evento.

Para desfrutar o clima dos torneios escolhidos para sua última temporada com
mais intensidade, o tricampeão de Roland Garros quer prolongar a estada em cada um
deles.

Em condições normais, ele já teria deixado a Costa do Sauípe para se preparar


para o próximo compromisso, o Masters Series de Miami, em março.

Mesmo sem se preocupar com treinos, Guga teve agenda cheia na semana que
passou.

No dia seguinte ao seu último jogo no único torneio de primeira linha no Brasil,
ele fez uma sessão de autógrafos. Foi mais de uma hora assinando seu nome e
posando para fotos.

Sua mãe e seu irmão mais velho, que o aguardavam para o jantar, decidiram ir
na frente e aguardá-lo no restaurante.

Na quinta, o ex-número um do mundo bateu bola com jovens de um projeto


social.
Com mais tempo disponível, atendia à imprensa mais uma vez e não conseguia
andar mais de um metro sem atender um pedido para foto ou autógrafo.

"Agora que não estou tão preocupado com resultados, estou mais acessível para
fazer outras coisas", afirmou.

Em outros tempos, o tenista treinaria, falaria com repórteres rapidamente,


atenderia alguns fãs, mas partiria com passos apressados para o próximo
compromisso, como sessão de massagem ou fisioterapia.

Agora, se dá ao luxo de parar para assistir ao treino do amigo Nicolas Lapenti


com seu companheiro de duplas na Costa do Sauípe, André Baran, 16.

"Aê Baran, agora você acerta todas", brincou. "Nico, viu como ele joga bem no
treino", gritou ao amigo equatoriano.

Ele foi homenageado com presentes (ganhou, de Maria Esther Bueno, um tapete
com s cores do Brasil) e com um vídeo com depoimentos de familiares e amigos.

Ouviu o cantor Fagner lhe dedicar a música "Guerreiro Menino". Depois, com
Marcelo Melo, cantou "Coração Alado", como acompanhamento apenas do violão de
Fagner.

A música estava interferindo na quadra central, onde o amigo Carlos Moyá


disputava as quartas-de-final, e o show teve que ser interrompido. "[A semana] está
sendo ótima, bem no espírito que eu gostaria."

Choque entre pequeno avião e helicóptero deixa dois mortos na Austrália

Sydney (Austrália), 17 fev (EFE).- Duas pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida
hoje quando um helicóptero bateu em pleno vôo contra um pequeno avião no norte da Nova
Zelândia, informou a Polícia local.

O fato aconteceu perto do aeroporto de Paraparaumu, uma cidade ao norte da capital neo-
zelandesa de Wellington. O helicóptero caiu depois sobre uma loja, embora não tenha sido
registradas mais vítimas, segundo a rádio estatal.

Já o avião caiu na rua de um bairro residencial onde quase bate contra uma casa, e o piloto
teve que ser resgatado do aparelho em chamas antes de ser levado para o hospital em estado
crítico.
Os moradores usaram as próprias mangueiras que utilizam para regar seus jardins para tirar
o combustível deixado pela fuselagem retorcida.

Mulher mata filhas a tiros em SP; PM negocia rendição

Morreram as meninas de 10 e 6 anos supostamente baleadas pela mãe na tarde


deste sábado, dentro de casa, no Jardim Cinco de Julho (zona leste de São Paulo).
Segundo a Polícia Militar, a mulher permanecia trancada no imóvel, às 23h --o crime
aconteceu por volta das 17h. Os PMs negociam a rendição dela.

Não há informações de onde as meninas foram atingidas ou de como elas foram


retiradas do imóvel para serem socorridas --a de 10 anos foi socorrida no pronto-
socorro São Mateus e a de 6 foi levada no helicóptero da PM para o Hospital Santa
Marcelina.

De acordo com a PM, a mulher aparenta ter problemas mentais e, com uma arma
apontada para a cabeça, ameaça cometer suicídio.

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