08/11/2021

Conceitos de Potência

2 Conceitos de Potência, Fator de Potência e Energia

Assuntos abordados neste capítulo:

• Conceituação de Potência
• Potência variável no tempo ou instantânea
• Potências ativa, reativa, aparente e fator de potência
•Potência em sistemas polifásicos

2-2

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2 Conceitos de Potência, Fator de Potência e Energia

 2.1 Conceituação de Potência

 2.2 Potência no domínio do tempo
 2.3 Potência no Estado Estacionário Senoidal
 2.4 Triângulo de Potências
 Potências Ativa, Reativa e Aparente
 2.5 Correção do Fator de Potência
 2.6 Potências em Sistemas Polifásicos

2-3

2 Conceituação de Potência

Potência:
Potência é a taxa de trabalho realizado ou o
trabalho realizado por unidade de tempo. A
unidade da potência é o joule por segundo, ou
watt:

2-4

2
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2 Conceituação de Potência

Potência:
 Recordando as unidades de corrente e tensão:

 Podemos ver que um produto da tensão pela corrente

resulta na potência.

 Assim, P = VI onde P é a potência

2-5 elétrica em watts; V, a
tensão em Volts; e I, a corrente em Amperes.

2 Conceituação de Potência

Potência:
 Se a Lei de Ohm é substituída na equação, o resultado é:

 e se I = V/R é substituído, o resultado é:

 Estas duas últimas equações de potência representam uma

forma de cálculo da potência
2 - 6 se a resistência e a tensão ou

corrente são conhecidas.

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2 Conceituação de Potência

Potência no Domínio do Tempo:

 Quando uma resistência pura tem uma tensão senoidal aplicada a ela,
a corrente é senoidal e em fase com a tensão.

 Assim, a potência dissipada nesse caso, é igual ao produto dos valores

eficazes de tensão e corrente.

 No caso de um elemento reativo puro, a corrente e a tensão estão

defasadas de exatamente 90º, e o produto dos valores eficazes de
tensão e corrente é igual à potência reativa que alternadamente é
armazenada e devolvida.

 O que ocorre é que, se um circuito

2 - 7 possui tanto resistências como
reatâncias, temos potência reativa e potência dissipada.

2 Conceituação de Potência

Potência no Domínio do Tempo:

 Uma rede passiva generalizada, com uma tensão v(t) e uma corrente
resultante i(t)

p(t )  v(t ).i (t ) [W ]

 A potência variável no tempo ou instantânea na rede é o produto da

tensão pela corrente 2-8

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2 Conceituação de Potência

Potência no Domínio do Tempo:

Se v(t) for senoidal, então, após ter passado o
período transitório, a tensão periódica e a
corrente periódica darão como resultado uma
potência periódica.

Pela convenção de sinais:

 uma potência positiva corresponde a uma transferência
de energia da fonte para a rede
 e uma potência negativa
2-9
a um retorno da energia, da
rede para a fonte.

2 Conceituação de Potência

Potência no Domínio do Tempo:

Para uma rede passiva, naturalmente, a
transferência de energia da rede deve ser da
fonte para a rede; portanto, a potência média de
tempo deve ser ou positiva ou nula.

A potência média zero resultaria de uma rede

puramente reativa, em que o acúmulo de energia
pudesse se realizar periodicamente,
2 - 10 mas sem
dissipação de energia.

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2 Conceituação de Potência

Potência no Estado Estacionário Senoidal:

No caso de uma rede passiva contendo um único elemento indutivo de circuito, a tensão
senoidal aplicada v( t )  Vm. cos( t ) resulta em uma corrente senoidal que se atrasa

em 90, i( t )  Im . cos( t  90 ) . Logo, a potência instantânea é dada por:

o

p (t )  v(t ).i (t )
 Vm Im cos(t ) cos(t  90o )
1
 Vm Im sen(2t )
2

2 - 11
11

2 Conceituação de Potência
Potência no Estado Estacionário Senoidal:
 Nos intervalos onde v(t) e i(t)
são do mesmo sinal, como por
exemplo, 0 < t < π/2, p(t) é
positivo.
 A energia será transferida da
fonte para o elemento do
circuito indutivo, durante esses
momentos.
 Em outros intervalos, tais como
π/2 < t < π, p(t) é negativo e a
energia volta do elemento do
circuito para a fonte.
 No decurso de um ciclo, o valor
médio de p(t) é igual a zero.
2 - 12
 Observar que a frequência da
potência é o dobro daquela da
tensão e da corrente.

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2 Conceituação de Potência

Potência no Estado Estacionário Senoidal:

Um caso mais geral é aquele em que uma tensão do tipo v( t )  Vm. cos( t ) resulta em
uma corrente i( t )  Im . cos( t   ) , onde  pode ser negativo ou positivo,
o

correspondendo à impedância equivalente indutiva ou capacitiva, respectivamente.

p( t )  v( t ).i( t )  Vm Im cos( t ) cos( t   o )

1
 Vm Imcos  cos( 2t   )
2
2 - 13

13

2 Conceituação de Potência
Potência no Estado Estacionário Senoidal:
 O segundo termo da equação cos(2t   )
o

representa uma onda cossenoidal

negativa com o dobro da frequência da
tensão aplicada;
 já que o valor de uma onda
cossenoidal é zero, esse termo não
contribui na potência média.
 Todavia, o primeiro termo é de
particular importância porque os
termos V, I e cosΘ são todos
constantes e não mudam ao longo do
tempo.
 o termo constante VIcosΘ é o valor
médio da potência instantânea.
2 - 14
1
Pmed  Vm Im cos
2

14

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2 Conceituação de Potência
Potência no Estado Estacionário Senoidal:
A partir deste instante, o subscrito será omitido e P indicará a potência média. Os valores
eficazes (RMS – Root Mean Square – valor médio quadrático) das funções seno e cosseno,
são:

Vm Im
Vef  , I ef 
2 2

1
Como a potência média é: Pmed  Vm Im cos
2

2 - 15
Então:

P  Vef I ef cos  [W]

15

2 Conceituação de Potência
Potência no Estado Estacionário Senoidal:
Como o produto Vef Ief não representa qualquer potência média em watts ou potência
reativa em VArs, ele é definido por um novo termo, potência aparente, que recebe o
símbolo S, sendo medido em voltamperes [VA], onde 1 VA = 1V.A = 1 W. Assim,
podemos reescrever a equação anterior como:

P  S cos 

O fator pelo qual a potência aparente deve ser multiplicada para obter a potência média é
chamado de fator de potência. 2 - 16

FP  cos 

16

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2 Conceituação de Potência
Potência no Estado Estacionário Senoidal:
Ao citar-se o FP, é comum incluir dados sobre o sinal de  falando de um FP de atraso se
>0 (a corrente atrasada em relação à tensão, sendo portanto o circuito com caracteristica
indutiva) ou em um FP que adianta se <0 ( a corrente adianta em relação à tensão,
caracterizando portanto um circuito capacitivo). Seja como for, 0  FP  1.

FP  cos 
2 - 17

17

2 Conceituação de Potência
Triângulo de Potência
 A equação sugere uma relação de Pitágoras entre a potência ativa
e a potência aparente.
 Lembrando que o circuito RL série possui um diagrama fasorial de
tensão que forma um triângulo retângulo.

2 - 18

18

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2 Conceituação de Potência
Triângulo de Potência
 Multiplicando cada lado pelo módulo de uma corrente I, encontramos um
triângulo similar, onde a potência ativa está ao longo do eixo horizontal, a
potência reativa ao longo do eixo vertical e a potência aparente é a hipotenusa.

2 - 19

19

2 Conceituação de Potência
Triângulo de Potência

Considerando então uma rede passiva no domínio da frequência, a impedância equivalente

da rede Z = Z, pode ser escrita:

R
FP  cos  
Z
e, uma vez que Vef = Ief.Z,

Potência aparente (S) é: S  Vef I ef  I ef2 .Z [ VA ]

2 - 20

20

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2 Conceituação de Potência
Triângulo de Potência

Potência média ou ativa (P) é: P  Vef I ef cos   I ef2 R [ W ]

Segue-se daí que S e P podem ser representados geometricamente como o lado horizontal e
a hipotenusa de um triângulo retângulo, sendo esse triângulo simplesmente o diagrama da
impedância escalado pelo fator (Ief)2. As figuras 2.5(a) e 2.5(b) ilustram o triângulo para
dois casos distintos.

2 - 21

21

2 Conceituação de Potência
Triângulo de Potência
O lado vertical do triângulo é a:

Potência de quadratura ou potência reativa (Q): Q  Vef I ef sen   I ef X

2
[ VAR ]

A unidade de Q é o Voltampère reativo, var, onde novamente, 1 var = 1W. É usual sempre
tomar Q como não negativo. Assim, quando  < 0 (como na figura 2.4(b)), cita-se “Q =
13,2 var (capacitivo)” em vez de “Q = -13,2 var”. Quando  > 0, Q é cotado em var
(indutivo).

2 - 22

22

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2 Conceituação de Potência
Triângulo de Potência – Redes ligadas em Paralelo

2 - 23

23

2 Conceituação de Potência
Triângulo de Potência – Redes ligadas em Paralelo
Esses resultados (que também valem para as redes ligadas em série) significam que o
triângulo de potência para a rede pode ser obtido ligando-se os triângulos de potência para
os ramos, de um vértice a outro. No exemplo mostrado na figura 2.7, n = 3, com ramos 1 e
3 considerados indutivos e o ramo 2 capacitivo. Em tais diagramas, alguns dos triângulos
podem tornar-se segmentos de reta se o correspondente R ou X for nulo.

2 - 24

24

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2 Conceituação de Potência
Triângulo de Potência – Redes ligadas em Paralelo

2 - 25

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2 Conceituação de Potência
Triângulo de Potência – Redes ligadas em Paralelo

2 - 26

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2 Conceituação de Potência
Correção do Fator de Potência
 A maioria das cargas industriais e residenciais são
indutivas, isto é, elas operam atrasando o fator de
potência.

A consequência de um fator de potência atrasado é uma

potência aparente maior sendo requerida em
comparação a uma requerida para carga semelhante
operando em um fator de potência unitário.

Isso é facilmente visto reportando-nos ao triângulo de

2 - 27
potência anteriormente visto.

27

2 Conceituação de Potência
Correção do Fator de Potência
 uma potência aparente S é requerida para produzir uma potência
P, para uma carga operando em um fator de potência de ângulo θ.

 Todavia, se a mesma potência, P, é mantida enquanto o ângulo do

fator de potência é próximo de 0°, a hipotenusa do triângulo de
potência se torna menor até o caso limite onde é igual ao lado do
triângulo.

 A potência aparente necessária para fornecer uma potência real

dada é então a mínima.

 A potência aparente desejável é a mínima possível, especialmente

2 - 28
para companhias de distribuição de energia elétrica, já que, a
uma dada tensão, uma menor corrente de linha oferece um
resultado de maior eficiência.

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2 Conceituação de Potência
Correção do Fator de Potência
Embora não seja possível mudar a natureza indutiva de
uma carga, é possível, pela conexão de uma carga
capacitiva em paralelo com a carga indutiva, cancelar
parte da potência reativa indutiva, diminuindo a
potência aparente.

Esta adição de um capacitor em paralelo com uma carga

indutiva reduz a potência aparente sem alterar a tensão
ou corrente na carga, sendo conhecida como correção
do fator de potência.
2 - 29

29

2 Conceituação de Potência
Correção do Fator de Potência

2 - 30

30

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2 Conceituação de Potência
Correção do Fator de Potência
Exemplo 2:
Uma carga operando em um fator de potência atrasado de 0,7 dissipa 2kW quando
conectada a uma linha de 220V, 60 Hz. Qual o valor da capacitância necessária para
corrigir o fator de potência para 0,9?

2 - 31

31

2 Conceituação de Potência
Correção do Fator de Potência

2 - 32

32

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2 Conceituação de Potência
POTÊNCIA EM SISTEMAS EQUILIBRADOS
A potência total em um sistema de n fases, tanto equilibrado como desequilibrado, é a
soma das potências monofásicas nas respectivas fases, isto é:

PT  P1  P2  P3  ...  Pn
onde Pn é a potência de fase da enésima fase.

Nas condições de equilíbrio:

P1  P2  P3  Pn
de forma que podemos escrever:

Pt  nPF
2 - 33
onde PF é a potência por fase dada pela expressão de potência monofásica:

PF  VF .I F cos 

33

2 Conceituação de Potência
POTÊNCIA EM SISTEMAS EQUILIBRADOS
É importante lembrar que VF é a tensão por fase, IF a corrente de fase, e θ o ângulo entre a
tensão e a corrente de fase. Assim, para o sistema trífásico:

PT  3VF .I F cos 

O desenvolvimento desta última equação em termos das tensões e correntes de linha é

obtido a partir das relações entre valores de linha e de fase. Para a conexão estrela:

V 
PT  3VF .I F cos   3 L .I L cos   3VL .I L cos 
 3
e para a conexão delta:
2 - 34
I 
PT  3VF .I F cos   3VL . L  cos   3VL .I L cos 
 3

34

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2 Conceituação de Potência
POTÊNCIA EM SISTEMAS EQUILIBRADOS
Portanto, a equação para a potência trifásica em um sistema equilibrado, tanto para delta ou
estrela, é:

PT  3VL .I L cos 
Onde o valor 3VL .I L é definido como potência aparente trifásica (VA) do sistema
polifásico.

De forma similar, a potência reativa trifásica, QT, é encontrada como sendo o produto da
potência aparente vezes o seno do ângulo 2de- 35
fase θ:

QT  3VL .I L sen

35

2 Conceituação de Potência
Energia
Energia, em joules, é a integral da potência instantânea durante um terminado intervalo de
tempo. Por integral deve-se entender somatório. Portanto, a energia entregue a uma carga
desde o instante t0 ao instante t, é:

t t
W   p( t )dt   v( t ).i( t )dt [J]
t0 t0

2 - 36

36

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2 Conceituação de Potência
Exercicios

2 - 37

37

2 Conceituação de Potência
Exercicios

2 - 38

38

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2 Conceituação de Potência
Exercicios

2 - 39

39

2 Conceituação de Potência
Exercicios

2 - 40

40

20
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2 Conceituação de Potência
Exercicios

2 - 41

41

2 Conceituação de Potência
Exercicios

2 - 42

42

21
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2 Conceituação de Potência
Exercicios

2 - 43

43

2 Conceituação de Potência
Exercicios

2 - 44

44

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2 Conceituação de Potência
Exercicios

2 - 45

45

2 Conceituação de Potência

46

23
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2 Conceituação de Potência

2 - 47

47

2 Conceituação de Potência

2 - 48

48

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2 Conceituação de Potência
Exercicios
Ex. 01

Ex. 02

Ex. 03
2 - 49

49

2 Conceituação de Potência
Exercicios
Ex. 04

Ex. 05

Ex. 06
2 - 50

50

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2 Conceituação de Potência
Exercicios
Ex. 07 Ex. 08

Ex. 09

2 - 51

51

2 Conceituação de Potência
Exercicios
Ex. 10

2 - 52

52

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2 Conceituação de Potência

2 - 53

53

2 Conceituação de Potência

2 - 54

54

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2 Conceituação de Potência

2 - 55

55

2 Conceituação de Potência

2 - 56

56

28
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2 Conceituação de Potência

2 - 57

57

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