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Data 16 Novembro 2020

Pedro Marques

Poema
Deprimido não Rendido
Estou num estado abastado cheio de tristeza muito foleira
Sendo um animal como sou
Hoje se fosse um cão usaria uma besta e suja coleira cheia de pregos para
amedrontar misérias de ladrar sem parar
Mostrando dentes agudos muitos brancos entre outros amarelos e partidos
Mas sendo pessoa poeta escritor como partilho este estado de estar farto
E detestaria também que esta azia de estar a bestar fartíssimo de
pensamentos em misérias somados
Pareceriam somados nunca mais acabados
Mas caro leitor e digníssima leitora teria que pôr fim ao mau estar destes
momentos e por isso não desisti
Sai e andei fuçando sozinho sem incomodar ninguém
Andei e caminhei ao qual dei energia para bons pensamentos
E até lá tentei pensar e lembrar de emoções ou raciocínios bons
E neste caminho em que fui indo e rindo que não me iria render
Arranhando comichões de cabeça para eu sem pensar coçava e coçava
Sem parar sentindo unhas que já se faziam de sentinelas para não ficar
ferido

1
Depois a ficar cansado vi um banco de madeira belo e verde da mesma cor
da árvore e sentei-me
Sentado respirei devagar e apreciei o pinheiro enorme por cima de mim
Fazendo uma sombra de luzes muito prazerosa
E amorosa onde saiam feixes de raios de sol entre os ramos altos e fortes
Acomodei assim meus insulados pensamentos para situações e emoções
melhores que tinha tido durante horas e horas intercalares de vários dias
Pensei e olhei ainda sentado a ver meu corpo com bolas e ângulos de
sombras e perfaziam raios de luz em minha volta
Raciocinando neste âmbito de sombras e luz que os maus resultados
Em situações não podem nem devem andar a ser alimentados muitos vezes
Podendo fazer isso com que os multipliquemos vezes sem conta
E isso poder-nos-à prejudicar a nossa abençoada e agradecida saúde
Mas atenção em razão como uma pedra alojada no cérebro construindo e
rindo nos meus sonhos
Sonhei e dei azo que tinha um punhal e sacola cheia de pedras e azulejos
partidos de ângulos variados
Ao qual eu animal destemperado mas sem mal algum
Estava a construir um castelo forte de muros de consciência que
incomodavam ao dormir neste meu porquê que agora vês e lês
Sonhava que queria voar levando o castelo para outros locais mas não
conseguia porque caía e caía mas não desistia
Mesmo tendo e vendo-me com asas fortes que em outros sonhos já tinha
levado e transportado em braços fortes e esotéricos belas azas neles
E nessas viagens haviam e apareciam belos animais cheios de animaria
Mas desta vez não conseguia perdia forças nas asas ao voar e caíram não
uma vez mas variadas vezes no chão ao eu abestalhado desistia pousando ao
lado desses seres de serem e estarem belos anteriormente
Passavam agora a animalescos em desespero mas o sorriso não o perdiam

2
Não desistiam e com olhos diamante diziam palrando entres outros com
livros de folhas agarradas a ramos liam entre eles olhando para mim
Até ao dia que acreditando e amando eles e os sonhos
Dizíamos e líamos em conjunto o poema que virou lema
Estás deprimido não é fácil
Mas não estás senil
Não é fácil estás deprimido e deprimindo
Mas não estás rendido
Nem és de desistir
Um dia vais conseguir sonhar e voar outra vez
Afinal és um animal prazeroso consciencioso e espirituoso
E animal sem mal de ser pessoa de bem que nos levas sempre que queres
És mágico e se transformas as palavras em corpos
E se os corpos têm alma
Poderão em razão voltar a ter castelos e até castelões
Cheios de vida com emoções e raciocinando condutas e regras de uns
castelos para os outros
Mas leitor desculpe agora que vê e ainda lê senti mas esqueci
Neste porquê de agora ler como ser que é esqueci-o
Leia o poema até ao fim e será assim depois muitos Sois e Luas até ao
infinito
Entrar e ajudar neste nosso novo lema de ser e ter ao dar mais um passo
certo no degrau do conhecimento
Que é com certeza embalar o olhar de novo mundo com pureza e leveza
de amar e observar e depois acabar a amar e falar consigo amigo leitor ou
leitora deste leitorado poético vivo e amado por todos nós

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