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O que significa nazireu?

Um nazireu era uma pessoa que se consagrava de maneira especial a Deus durante certo
período de tempo. O judeu que fazia o voto de nazireu deveria cumprir certas regras
durante o tempo de seu voto e fazer sacrifícios especiais a Deus. Tanto homens quanto
mulheres podiam fazer o voto de nazireu.

No Antigo Testamento, o voto de nazireu era uma decisão voluntária feita por um
israelita para se consagrar a Deus durante algum tempo. Durante o tempo do voto, o
nazireu cumpria restrições especiais, além das restrições normais de todo judeu:

 Não bebia vinho ou outra bebida alcoólica – Números 6:2-3


 Não comia uvas nem algum outro produto da videira – Números 6:4
 Não cortava o cabelo da cabeça – Números 6:5
 Não se aproximava de um cadáver – Números 6:6-7

Se, por acidente, o nazireu quebrasse alguma regra, deveria se purificar durante sete
dias, apresentar uma oferta pelo pecado, rapar o cabelo e começar o voto do zero. O
nazireu também poderia dedicar outras coisas durante o tempo de seu voto, de maneira
pessoal (Números 6:21).

No fim do tempo estipulado pelo voto, o nazireu ia para o templo para entregar uma
oferta especial a Deus. No templo, o nazireu rapava seu cabelo, que tinha sido
consagrado, e o jogava no fogo, junto com o sacrifício. Terminava assim seu voto e não
seria mais nazireu.

Veja também: o que a Bíblia diz sobre fazer promessas?

Por que as pessoas faziam o voto de nazireu?


O voto de nazireu servia como um tempo de dedicação especial a Deus e às coisas de
Deus. Durante esse período, o nazireu provavelmente dedicaria mais tempo à comunhão
com Deus.

Algumas pessoas eram dedicadas como nazireus por toda a vida. Esse era um sinal que
sua vida era consagrada de maneira especial à obra de Deus. Eles viviam para servir a
Deus.

Quem foi nazireu na Bíblia?


Deus escolheu Sansão para ser nazireu por toda sua vida, desde antes de nascer. Esse
era um sinal que Sansão era escolhido por Deus para realizar um trabalho especial –
libertar seu povo da opressão dos filisteus (Juízes 13:3-5). Enquanto não cortou o
cabelo, Sansão recebeu força sobrenatural de Deus. Mas quando seu cabelo foi cortado,
o voto de nazireu foi quebrado e Sansão perdeu sua força.
Veja aqui a história de Sansão.

O profeta Samuel também foi consagrado como nazireu por sua mãe. Seu cabelo não
foi cortado e ele cresceu no templo, servindo a Deus (1 Samuel 1:11). Samuel se tornou
um grande líder de Israel, que ouvia a voz de Deus.

Outra pessoa que foi dedicada de maneira semelhante ao voto de nazireu foi João
Batista, que nunca bebeu álcool e teve sua vida toda dedicada a Deus (Lucas 1:14-16).
No entanto, a Bíblia não diz se ele cortava seu cabelo.

Números 6
As Regulamentações do Voto de Nazireu

6 O SENHOR disse ainda a Moisés: 2 “Diga o seguinte aos israelitas: Se um


homem ou uma mulher fizer um voto especial, um voto de separação para
o SENHOR como nazireu, 3 terá que se abster de vinho e de outras bebidas
fermentadas e não poderá beber vinagre feito de vinho ou de outra bebida
fermentada. Não poderá beber suco de uva nem comer uvas nem
passas. 4 Enquanto for nazireu, não poderá comer nada que venha da videira,
nem mesmo as sementes ou as cascas.

5
“Durante todo o período de seu voto de separação, nenhuma lâmina será
usada em sua cabeça. Até que termine o período de sua separação para
o SENHOR ele estará consagrado e deixará crescer o cabelo de sua
cabeça. 6 Durante todo o período de sua separação para o SENHOR, não poderá
aproximar-se de um cadáver. 7 Mesmo que o seu próprio pai ou mãe ou irmã ou
irmão morra, ele não poderá tornar-se impuro por causa deles, pois traz sobre a
cabeça o símbolo de sua separação para Deus. 8 Durante todo o período de sua
separação, estará consagrado ao SENHOR.

9
“Se alguém morrer repentinamente perto dele, contaminando assim o cabelo
que consagrou, ele terá que rapar a cabeça sete dias depois, dia da sua
purificação. 10 No oitavo dia, trará duas rolinhas ou dois pombinhos ao
sacerdote, à entrada da Tenda do Encontro. 11
O sacerdote oferecerá um como
oferta pelo pecado e o outro como holocausto , para fazer propiciação por ele,
[a]

pois pecou ao se aproximar de um cadáver. Naquele mesmo dia o nazireu


reconsagrará a sua cabeça. 12 Ele se dedicará ao SENHOR pelo período de sua
separação e trará um cordeiro de um ano de idade como oferta de reparação.
Não se contarão os dias anteriores porque ficou contaminado durante a sua
separação.

13
“Este é o ritual do nazireu quando terminar o período de sua separação: ele
será trazido à entrada da Tenda do Encontro. 14
Ali apresentará a sua oferta
ao SENHOR: um cordeiro de um ano e sem defeito como holocausto, uma
cordeira de um ano e sem defeito como oferta pelo pecado, um carneiro sem
defeito como oferta de comunhão , 15 juntamente com a sua oferta de cereal,
[b]

com a oferta derramada e com um cesto de pães sem fermento, bolos feitos da
melhor farinha amassada com azeite e pães finos untados com azeite.

16
“O sacerdote os apresentará ao SENHOR e oferecerá o sacrifício pelo pecado e
o holocausto. 17 Apresentará o cesto de pães sem fermento e oferecerá o
cordeiro como sacrifício de comunhão ao SENHOR, juntamente com a oferta de
cereal e a oferta derramada.

18
“Em seguida, à entrada da Tenda do Encontro, o nazireu rapará o cabelo que
consagrou e o jogará no fogo que está embaixo do sacrifício da oferta de
comunhão.

19
“Depois que o nazireu rapar o cabelo da sua consagração, o sacerdote lhe
colocará nas mãos um ombro cozido do carneiro, um bolo e um pão fino
tirados do cesto, ambos sem fermento. 20
O sacerdote os moverá perante
o SENHOR como gesto ritual de apresentação; são santos e pertencem ao
sacerdote, bem como o peito que foi movido e a coxa. Depois disso o nazireu
poderá beber vinho.

21
“Esse é o ritual do voto de nazireu e da oferta dedicada ao SENHOR de acordo
com a sua separação, sem contar qualquer outra coisa que ele possa dedicar.
Cumprirá o voto que tiver feito de acordo com o ritual do nazireu”.
A Bênção Sacerdotal

22
O SENHOR disse a Moisés: 23 “Diga a Arão e aos seus filhos: Assim vocês
abençoarão os israelitas:

24
“O SENHOR te abençoe e te guarde;
25
o SENHOR faça resplandecer
o seu rosto sobre ti [c]

e te conceda graça;
26
o SENHOR volte para ti o seu rosto
e te dê paz.

27
“Assim eles invocarão o meu nome sobre os israelitas, e eu os abençoarei”.

Footnotes

a. 6.11 Isto é, sacrifício totalmente queimado; também em todo o livro de


Números.
b. 6.14 Ou de paz; também em 6.17,18 e em todo o capítulo 7.
c. 6.25 Isto é, mostre a sua bondade para contigo.

O Que Significa Nazireu?


Nazireu é um termo utilizado na Bíblia cujo significado indica um voto de
consagração especial que uma pessoa fazia diante de Deus. Muita gente já ouviu
falar no voto do nazireado na Bíblia principalmente em conexão com a história de
Sansão.
Neste estudo bíblico nós iremos entender corretamente o que era ser um nazireu
nos tempos bíblicos. Também iremos conhecer tudo o que envolvia o significado
do voto do nazireado.

O que é nazireu? Qual o significado de


nazireu?
Na Bíblia, nazireu é o nome utilizado para se referir a uma pessoa que estava presa
a um voto especial de consagração a Deus. Não se sabe ao certo quando essa
prática surgiu, mas tudo indica que sua origem é pré-mosaica. Os semitas já tinham
o costume de deixar seus cabelos compridos durante um tempo especifico a qual
buscavam um auxílio divino.

O voto do nazireado geralmente era feito voluntariamente, e compreendia apenas


um período específico de tempo. Entretanto existem referências em que os pais
consagravam os filhos como nazireus por toda a vida. O caso mais conhecido
certamente é o de Sansão (Juízes 13).

A palavra nazireu significa algo como “consagrado” ou “separado”. Esta palavra


vem do hebraico nazir, que deriva da raiz nazar, “separar”, “consagrar” ou “abster-
se”. O hebraico nezer, “diadema”, “coroa de Deus”, às vezes é aplicada em
referência aos cabelos compridos e característicos dos nazireus.

Como era o voto dos nazireus?


Devido a sua consagração, um nazireu deveria cumprir uma série de restrições. O
capítulo 6 do livro de Números fornece o texto base auxilia na compreensão de
como era o voto dos nazireus. Pode-se dizer que esse capítulo registra um tipo de
legislação completo do nazireado, onde podemos destacar:

1. Os nazireus deviam adotar a abstinência do vinho e de qualquer outra


bebida levedada. Em relação ao fruto da vide, essa proibição não se
restringia apenas ao vinho. Ela incluía também o suco da uva e a própria
uva, tanto fresca quanto passas (Números 6:3,4). Semelhantemente a
um sacerdote oficiante, a renúncia ao vinho era feita para que ele
pudesse se aproximar mais dignamente de Deus.
2. Os nazireus também não podiam cortar seus cabelos durante o período
de seu voto de separação (Números 6:5).

3. Quem fazia esse voto de nazireado não podia aproximar-se de um


cadáver, nem mesmo se fosse de seu parente mais próximo. Durante o
voto dos nazireus, aproximar-se de um cadáver implicava em sua
contaminação (Números 6:6). Essa mesma proibição também era aplicada
ao sumo sacerdote. Em caso de violação dessa regra, o nazireu deveria se
submeter a um detalhado ritual de purificação, e começar tudo
novamente.

Ao terminar o período de seu voto, o nazireu deveria obedecer a um procedimento


especial. Nesse procedimento diversas ofertas e sacrifícios prescritos deveriam ser
oferecidos. Além disso, o nazireu também tinha que raspar sua cabeça e queimar os
cabelos cortados sobre o altar. Todo o processo era devidamente levado a efeito
pelo sacerdote (Números 6:13-21). Após todo o procedimento ser concluído, o
nazireu ficava livre do voto.

De forma resumida, é possível dizer que diferentemente de outros votos, o


nazireado implicava numa consagração total a Deus. O corpo do nazireu era
separado completamente para o serviço santo, de modo que esse tipo de
consagração era semelhante aquela que era experimentada apenas pelos
sacerdotes.

Quem foi nazireu na Bíblia?


Alguns personagens bíblicos aparecem como pessoas dedicadas ao nazireado. A
história mais conhecida é a de Sansão. Ele foi consagrado por seus pais desde seu
nascimento (Juízes 13). Samuel foi outro personagem citado como nazireu (1
Samuel 1:9-11; 1 Samuel 1:22).

Embora o profeta Samuel não seja chamado explicitamente de nazireu no texto


hebraico do Antigo Testamento, tem sido aceito pela maioria dos estudiosos que
de fato ele teria sido um nazireu. Essa conclusão se apoia principalmente na
descrição feita por Ana acerca do voto a qual seu filho seria submetido. Em 1
Samuel 1:22, Ana diz: “ele morará ali para sempre”. Esta frase também pode ser
entendida como: “um nazireu para sempre, todos os dias de sua vida”. Na verdade é
dessa forma que esse mesmo versículo aparece no texto Qumran.
É verdade também que alguns intérpretes fazem objeções quanto ao nazireado de
Sansão e Samuel. No caso de Sansão, alguns alegam que a narrativa de sua vida
parece claramente demonstrar que ele não se abstinha de vinho. Por outro lado, a
quem defenda que o caso de Sansão só demonstra o quanto ele quebrou as regras
de seu voto. Consequentemente, ele foi reprovado por Deus devido a sua
desobediência.

Outro personagem que também é considerado por muitos como tendo sido um
nazireu é Absalão. Nos dias de Amós, a narrativa bíblica parece indicar que os
nazireus eram numerosos. Inclusive, o povo apóstata tentava forçar os nazireus a se
desviarem de sua abstinência. Eles insistiam para que os nazireus tomassem vinho
(Amós 2:11,12).

Em Atos 18:18, o texto fornece indícios da possibilidade do apóstolo Paulo ter feito
um voto temporário de nazireado. Mais a frente, no próprio livro de Atos dos
Apóstolos, Paulo foi persuadido a financiar os sacrifícios finais dos votos de
nazireado feitos por quatro crentes judeus. Então juntamente com eles, Paulo
deveria participar do ritual de purificação.
Essa era uma situação corriqueira da época. Os judeus ricos frequentemente
pagavam pelo término dos sacrifícios. Segundo Flávio Josefo em sua obra
Antiguidades Judaicas, Herodes Agripa I também fez o mesmo. Há também a
sugestão defendida por alguns estudiosos de que João Batista e Tiago, irmão de
Jesus, teriam sido nazireus (cf. Lucas 1:15,80).

Nazireu
Nazireu (do hebraico nazir ‫ נזיר‬da raiz nazar ‫" נזר‬consagrado", "separado"), dentro
da Torá é o termo que designa uma pessoa para serviços de Deus. Segundo a Bíblia,
a marca mais comum da separação desta pessoa - que podia ser um homem ou uma
mulher - era o uso do cabelo não cortado e a abstinência do consumo de vinho ou
qualquer outro alimento feito de uva.

No Antigo Testamento
O voto de nazireado (ou nazireato), foi institucionalizado e regulamentado na Torá no Livro
de Números 6:1-21. Em virtude desta consagração, o nazireu devia abster-se de tomar
certos alimentos e bebidas fermentadas, de cortar o cabelo e tocar em cadáveres, além de
não comer carne em muitas circunstâncias. Romanos 14:21 mostra uma carta de Paulo,
em seu tempo de nazireato. Estas exigências particulares parecem traduzir os seguintes
princípios: manter-se mentalmente são ("abster-se de vinho e de bebida fermentada") e
em sujeição a Deus (simbolizado pelo não cortar o cabelo) e manter-se cerimonialmente
puro (não tocar em cadáveres).
Havendo contacto com cadáveres, os dias de voto tomados seriam considerados inválidos
e o voto teria que ser retomado. Porém, antes de retomar o voto, o nazireu passava por
uma semana completa de purificação, no termo da qual rapava o cabelo (Números 6:9).
Sansão (Juízes 13:4-7, 16, 17) e Samuel (I Samuel 1,11) eram nazireus desde o
nascimento. Em virtude desta consagração, tanto a mãe, durante a gravidez, como o
futuro nazireu deviam abster-se de certos alimentos como carnes e bebidas fermentadas,
de cortar o cabelo e tocar em cadáveres. O não tocar em cadáveres, leva a alguns
filósofos a crer que eles não comiam carne, e outros, dizem que não comiam apenas as
ditas como impuras, vistos no Livro de Levítico, de Moisés.
Após a conclusão do seu voto, o nazireu realizava o ritual de purificação e fazia três
oferendas no Santuário. Um voto dito "à semelhança de Sansão" era um voto para toda a
vida.
Os registros judaicos dizem que essas pessoas eram, frequentemente, as que não
bebiam vinho ou qualquer bebida feita de uvas, ou que não cortavam o cabelo, ou que não
tocavam nos mortos. Os mesmos registros nos dizem que a história ou origem da seita
nazarita na antiga Israel é obscura.
Afirmam também que Sansão era nazireu, como o fora sua mãe, e que a mãe de Samuel
prometera dedicá-lo ao voto dos nazireus. Os registros judaicos também dizem que era
comum os pais dedicarem seus filhos menores ao voto nazireu.
Esses registros judaicos dizem que Lucas I: 15 é uma referência a esta dedicação. A
rainha Helena, e Míriam de Palmira são mencionadas como nazireus nos registros
judaicos, e muitas outras pessoas famosas na literatura sacra são apresentadas como
nazireus. Está claramente indicado em muitos registros históricos que os termos Nazireu e
Nazareno nada tinham a ver com uma cidade ou vila chamada Nazaré. O último nazireu
que se tem registro é exatamente João Batista.

Nazireus no cristianismo
João Baptista teria sido também um nazireu, embora o Novo Testamento nunca se refira a
ele usando diretamente este termo. O seu estatuto de nazireu deduz-se devido ao seu
estilo de vida ascético; em Lucas 1:15 o anjo informa a Zacarias, pai de João, que a sua
mulher dará à luz um filho que "não beberá vinho nem bebida alcoólica".
O apóstolo Paulo, junto com outros cristãos, fizeram também um voto temporário de
nazireato (Atos 18:18 até ; Atos 21:23-26).

Este tipo de consagração é considerado pelos teólogos católicos como modelo precursor
do monasticismo cristão. Já outras denominações cristãs, encaram-no como precursor do
ministério religioso por tempo integral. Embora depois da destruição do segundo templo de
Jerusalém o voto Nazireu oficialmente foi extinto pois ele era possível somente com o
templo em funcionamento, O Segundo Templo foi o templo que o povo judeu construiu
após o regresso a Jerusalém, após o Cativeiro Babilônico, no mesmo local onde o Templo
de Salomão existira antes de ser destruído. Manteve-se erguido entre 515 a.C. e 70 DC
quando foi destruído pelos Romanos, tendo sido, durante este período, o centro de culto e
adoração do Judaísmo.

Nazireu
Termo derivado do hebraico, que significa “selecionado”,
“dedicado” e “separado”. Havia duas categorias de nazireus: os
voluntários e os que eram designados por Deus. Homens e
mulheres podiam fazer um voto a Jeová de viver como nazireu
por um determinado período. Os que faziam esse voto tinham
três restrições principais: não deviam tomar nenhuma bebida
alcoólica nem comer nenhum produto da videira, não deviam
cortar o cabelo e não deviam tocar num cadáver. Já os
designados por Deus como nazireus continuavam nessa
designação por toda a vida, e Jeová especificava os requisitos
para eles. — Núm 6:2-7; Jz 13:5.

REFLEXÕES SOBRE A VIDA DE UM


NAZIREU
por Nathan Figueiredo | jul 16, 2021 | Esquina da Teologia | 0 Comentários
Por Everton Edvaldo
Leitura Bíblica: (Números 6.1-8)
Introdução: Quando analisamos a Bíblia, notamos que os personagens envolvidos em
suas narrativas, deixaram um legado para nossa vida. Nela encontramos sacerdotes,
reis, pastores, profetas, patriarcas, levitas, apóstolos, evangelistas e tantos outros que
eram servos de Deus. Entre esses personagens, estudaremos sobre o nazireu, alguém
que fazia um voto com o Senhor. As características que esse voto possuía, trazem
lições práticas de como devemos nos comportar como um “nazireu de Deus”. Porém,
como esse voto ocorria? Quais requisitos estavam envolvidos? Como esses requisitos
se aplicam ao cristão? Tentarei responder a essas perguntas no decorrer do estudo.
Boa leitura!
I- COMO OCORRIA O VOTO?
1. A primeira vez que a palavra “nazireu” aparece na Bíblia é em Números 6.2,
esse termo vem da palavra hebraica nazir que significa “separar”, “consagrar”
“abster-se”. Os nazireus eram homens e mulheres de israel que se
consagravam inteiramente ao Senhor a fim de cumprir o voto nazireu de
separação. Todos podiam fazer o voto, homens e mulheres de qualquer tribo e
em qualquer momento da vida.
2. Esse voto era tomado por um período mínimo de 30 dias, onde o nazireu se
dedicava e se consagrava ao Senhor. É importante deixar bem claro que
haviam os nazireus vitalícios como por exemplo: Sansão (Jz 13.5,7), Samuel
(1Sm 1.9-11) e João Batista (Lc 1.15). Cada nazireu desejava glorificar ao Senhor
e obedecer à sua Palavra. Eles não se isolavam da sociedade, pois faziam a
diferença dentro dela.
3. Segundo Warren W. Wiersbe: “havia três responsabilidades envolvidas no voto
nazireu. Primeiramente não deviam beber vinho, suco de uva, vinagre ou
bebidas fermentadas, nem comer uvas, passas, cascas ou semente de uvas! Em
segundo lugar, deviam deixar o cabelo crescer como sinal de que eram
especialmente consagrados a Deus. Uma vez que os cabelos das mulheres já
eram longos, talvez os deixassem soltos ou de algum modo despenteados
como marca de sua consagração. Em terceiro lugar, jamais deveriam tocar o
corpo de um morto, nem que fosse de um parente próximo.” Analisemos cada
aspecto que envolvido nesse voto:
II- ABSTER-SE DO VINHO E DA BEBIDA FORTE:
1. O nazireu prometia abster-se de vinho e bebida forte, o vinagre está incluso na
lista de proibições, porque os hebreus o fabricavam de bebidas intoxicantes
que tinham azedado. “Em Israel as bebidas fortes eram frutas de cevadas, uvas,
maçãs, tâmaras, mel e pêras. Portanto estavam em foco todos tipos de cidras,
licores, vinhos que tivessem qualquer conteúdo alcoólico por meio da
fermentação natural.”( R.N Champlin).
2. O nazireu para cumprir essas ordenanças, analisava o que comia( ou seja, o
que mastigava) e o que bebia. O vinho era uma das principais bebidas das
sociedades antigas, este quando ingerido em excesso deixava a pessoa bêbada
e desnorteada, porém, enquanto os ímpios se embriagavam em orgias e nas
danças, o nazireu era diferente, dava testemunho e procedia com retidão. Ele
guardava o seu interior, rejeitando tudo o que não fazia parte do seu cardápio.
3. Na Bíblia, Deus revela que dentre os jovens suscitou nazireus, porém o povo os
embriagava com o seu vinho( Am 2.12). Quando isso acontecia o voto era
quebrado imediatamente. Mas para um nazireu comprometido com Deus
havia temor em seu coração, talvez alguém o dissesse: “Mas rapaz bebe o
vinho, todo mundo toma, isso é besteira, é só um golinho”. Então o nazireu
respondia: “Não, eu tenho um voto com Deus, sou consagrado, sou diferente e
sou escolhido, eu sou crente!”
III- NÃO CORTAR O CABELO DA CABEÇA:
1. O nazireu não cortava o seu cabelo, era identificado pelo testemunho e pelo
cabelo( parte exterior) deixando-o crescer livremente. No versículo 7 da
passagem a qual estamos estudando está escrito que o nazireu de Deus estava
sobre sua cabeça. Ele era diferente no modo de se comportar, vestir e comer,
ou seja, era santo. O seu cabelo era sua identidade, aonde ele passava alguém
dizia: “ali vai o consagrado do Senhor.”
2. Para o cristão, que é um nazireu, ou seja, “consagrado a Deus”, esse ato
simboliza o impacto e a diferença que fazemos no mundo, desse modo os que
estão ao nosso redor reconhecem que somos de Deus, e que Deus se importa
tanto com o nosso interior(alma e espírito) quanto o exterior( corpo).
IV- NÃO SE APROXIMAR DE NENHUM CADÁVER:
1. O nazireu não se aproximava de um cadáver, mesmo que este fosse de um
parente. Ele não deixava se contaminar por coisas que estivessem sem vida,
imóvel. Isso fala de santidade na vida do servo de Deus.
2. Quando ele cumpria a palavra de Deus, mostrava que tinha compromisso com
o Senhor. Ele era santo ao Senhor por todos os dias do seu nazireado.
3. Na vida cristã a santidade é um fator progressivo, que todos os dias vai se
aperfeiçoando, até chegar a vida eterna. Aprendemos que para herdar a vida
eterna lá em cima, não devemos nos contaminar com as coisas mortas daqui
de baixo. A ordem é bem clara: “não se aproximar de um morto.” Nós temos
que se aproximar de quem tem vida para nós dar e vida em abundância, seu
nome é Jesus.
Conclusão: Diante de uma sociedade impura, Deus conta com seus “nazireus” para
fazer a diferença, homens e mulheres que não se embriaguem das coisas mundanas,
que deem testemunho de cristão e que se afastem daquilo que não tem vida. Que
sejam fiei em tudo, sem precisar sair do mundo, mas fazer a diferença dentro dele.
Obras consultadas:
O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo- R.N Champlin [Hagnos].
Comentário Beacon Vol. 1 [Cpad]
Comentário Bíblico Expositivo- Warren W. Wiersbe Vol. 1 [Geográfica]

Nazireu
Nazireu era nome de tais israelitas que assumiram o voto prescrito em no
livro de Números 6:2-21. A palavra denota geralmente um que é separado
dos outros e consagrado a Deus. Embora não haja menção de nenhum
nazireu antes de Sansão, é evidente que eles existiram antes do tempo de
Moisés. O voto de um nazareno envolvia estas três coisas, (1) abstinência
do vinho e bebida forte, (2) abstenção de cortar o cabelo da cabeça
durante todo o período da continuação do voto, e (3) evitar o contato com
os mortos.
Quando o período da continuação do voto chegou ao fim, o nazireu tinha
que se apresentar à porta do santuário com (1) um cordeiro do primeiro
ano para um holocausto, (2) um cordeiro de ovelhas de o primeiro ano
para uma oferta pelo pecado, e (3) um carneiro para uma oferta pacífica.
Depois destes sacrifícios oferecidos pelo sacerdote, o nazireu cortava os
cabelos na porta e jogava-o no fogo sob a oferta da paz.

Por algum motivo, provavelmente no meio de seu trabalho em Corinto,


Paulo assumiu o voto nazireu. Isso só poderia ser interrompido por sua
ascensão a Jerusalém para oferecer o cabelo que até então deveria ser
deixado sem cortar. Mas parece ter sido permitido a pessoas à distância
para cortar o cabelo, que deveria ser levado para Jerusalém, onde a
cerimônia estava completa. Este fez Paulo em Concréia logo antes de
partir em sua viagem para a Síria (Atos 18:18). Em outra ocasião (Atos
21:23-26), na festa de Pentecostes, Paulo assumiu novamente o voto
nazireu.

Quanto à duração de um voto nazireu, todos ficaram na liberdade de


definir seu próprio tempo. Há menção feita nas Escrituras de apenas três
que eram nazireus para a vida, Sansão, Samuel e João Batista (Juízes 13:4-
5; 1 Sm 1:11; Lucas 1:15). Naum sua forma comum, no entanto, o voto do
nazireu durava entre trinta e cem dias.

Esta instituição era um símbolo de uma vida dedicada a Deus e separada


de todo pecado, uma vida santa.

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