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M86 ete ‘Ao dt cada matadeem parte ins, eremos 8 pastes tous 0 todo. Eno, cade pogo coneoponde a gdh 14gd Loge, Beg 2 Avancando nas operagdes com fracées 3s alunos deverso colorir as figuras de acordo com as das legendas: ‘As pecas C e E representam, cada uma, 1/16 do quadrado; as pegas D, Fe G tém a mesma medida, representando, cada 1. pols as fragées tem losangos. No entanto, se cada woot eMATiCA losango for decomposto em 2 triangulos, havera 40 deles na figura. Assim, a “unidade de referéncia” aqui é 0 tridngulo, podem-se colorir 8 triéngulos de azul, 9 de verde, 16 de laranja 7 de vermelho, conforme solicitado. Tercetra ativipabe Fornega a cada aluno uma folha contendo as seguintes figu- ras como modelo: AARAQ) __ Em seguida, pera que reproduzam e recortem vérias figuras iguais as do modelo, que eles podero manipular & vontade para responder &s questdes a @) Quantos triangulos pequenos () so necessérios para co- {8806 trangulos grandes; 5 inteose 1 docompost em tringules paquencs.) woo niet 189 Quarta avivipape lunos podem comecar a resolver problemas como, 1. Uma pessoa tem um terreno ¢ quer construir uma casa, de tal modo que: 8) {do terreno sja ocupado pela cass a tine 20 pom ) Ado terreno se destine 20 roma, 1 1 para ojardim; ) 2 para oj 4) 1 para # ereulagto Desenhe uma planta para essa casa. Hi diferentes solugdes para esse problema, como por exernpl: £ muito importante , “os homens primitives encon- tram tals modelos em seu ambiente Imodiato: as asas de um paasaro po- dem simbolizar o mimero dois, un trevo, tres; as pataa de um animal, quatro; seus propos dedos, cine, A Prova dessa origem em tais palavras uneries pose oor encode x ‘multas linguas primitivad™™ Grado 0 sistema numérico para contar of elementos de uina colegta, dastou fazer @ corresponcenoin A construgao dos nimeros ‘Sabemos que a crianga entra em contato com os nimeros desde muito cedo, no contexto familiar e social: sua dade, ni ‘mero de sua casa ou telefone, ndmero do seu canal de televisso preferido, ou do andar onde mora, ete. Esse contato, embora informal, é de grande importancia, pois oferece condigées de familiarizagSo com 0 conceito, e a ‘rianga comeca a estabelecer suas primeiras hipsteses a respei- to do processo de representagao de quantidades. ‘Assim, nada impede que uma crianga de 4 ou 5 anos repre- sente 0 nimero de sua casa, ou que registre, no desenho que acabou de fazer, o dia do més e 0 ano. Isso ndo significa, no ‘entanto, que ela de fato tenha construido © niimero. \Vejamos quais so as estruturas operatérias envolvidas nes- ‘se processo. Ordem e inclusdo hierérquica Para a pesquisadora piagetiana Constance Kamii(1984: 19), xamero é uma sintese de dots tipos de relacko que a crianga labora entre os objetos. Uma 6 a ordem ea outra é a incluso hierarquica”. “Muitas vezes, quando pedimos a uma crianga que conte al- guns objetos, o que ela faz é reproduzir a seqléncia numérica decorada, sem se preocupar se contou mesmo todos os abjetos ou se algum deles foi contado mais de uma vez ‘Segundo Piaget, orciem é a nossa necessidade logica de es tabelecer uma organizacio (que nao precisa ser espacial) entre (5 objetos, para termos certeza de que contamos todos e de que rnenhum fol contado mais de uma vez. ‘Quando observamos uma crianca em seus primeltos conta- tos com os nameros, percebemos que, 20 contr, ela recita os “nomes" dos nlimeros, do mesmo modo que recitaria os nomes de algumas pessoas. Assim, depois de contar cinco brinquedos, se lhe pedirmos que indique o cinco ela mostraré o quinto brin- quedo contado, como se “cinco” fosse o nome dele. 6 cusses Na perspectiva de Piaget, inclusdo hierdrqutca 6 a capaci dade de perceber que 0 “um” esta incluide no “dois”, o “dois” no *trés”, ¢ assim por diante, de modo que os cinco brinquedos 880 0 grupo todo. ‘Ainda envolvendo a inclusdo hlerérquica, temos a conexida- de. Uma pesquisa realizada por Mort e Piaget (Kas, 1984: 28) conclui que, “embora a estrutura mental do niimero seja bastan- te bem-formada em torno dos § para 6 anos, possibitando & ‘maioria das criangas a conservagao do ntimero elementar, ela 1nBo esté suficientemente estruturada antes dos 7 anos e meio de idede para permitir que a crianga entenda que todos os nit 'meros consecutivos esto conectados pela operacio de “+ 1". A esse respeito, Kamil (idem, p. 49) relata um fato qu ilus- tra a questao da conexidade: Jodo Pedro etava com 5 anos de idade e sabia contr até mais ou menos tnt, quando sua mae he ped qu clorase um gunrdanapo pra cada um dos protec totam colocads mesa Para o almogo. Ero canto pros. © marin fo eran ego um quardanapo eo ealocon sobre o primero proto olou para Peger © scour sim fo fazendo oe completa os at. Em wis oases, contnuou realizado ess trabalho para a mi, com suas qua sae i | Banos e 4 meses, ele conto espontaneamete os quatro pats, fl ao arnsto, conto qnroquardanapos eos toune pare a mesa. Coninubu or ous day, com sass Als das depot guns dies depos, sia mie avsro de que naquce di tram um héspode para c almogar com eles. Joso Pedro pega se habits ato guadarapos a0 eribubon, psredbeu gle um pratoexiava sam gurdanapo, Recthau todos ost ellos ero "ou a extratégia anterior faendo cinco vagens para conpletar oa tela, O texto mostra que, para Jogo Pedro, o total “cinco” néo c podia ser obtido a partir do quatro, com a operacéo de “+ 1”. 23 Conservacio de quantidades ‘Antes de chegar ao concelto de ndmero, € necessério que a F467 EI 0 wee 1) ZERS6ABIOC wl 1234567890 es BO nln emerson ese ee eee 27.9 tros aparelhos digitals. Romanos * indianos Para entender melhor o significado do valor posicional no sistema de numeraco, podemos examinar 0 algarismo em dois sistemas diferentes: 0 romano e o decimal, NNo sistema romano, Vill representa 0 ndmero “oito”, pois 0 ‘simbolo I tem sempre o mesmo valor de “ unidade simples”, ¢ © simbolo V, 0 valor de “5 unidades simples”. Jé no sistema de nnumerago decimal, os mesmos simbolos representam um ni ‘mero totalmente diferente, de acordo com a posicdo que oct pam, representando agrupamentos diferentes de unidades Assim, em “5 111", 0 primelro simbolo 1, da direita para a ‘esquerda, representa “1 unidade simples"; 0 mesmo simbolo 1, ra segunda posigo, representa “10 unidades simples"; e, na terceira, “100 unidades simples”; 0 simbolo 5, equivalente ao V romano, representa "5 000 unidades simples", por estar ocur pando a quarla posigio no numeral ‘A maioria de nés recebeu essa “informagao" e a decorou, ‘sem refletir muito sobre ela. Embora a utlizemos nos algoritmos ue aplicames para somar, subtrair, multiplicar e dividir ndme= ros naturais, ao fazer isso operamos de modo automatizado, essa maneira, deixamos de estabelecer as devidas relagées, ecorando *novas” regras para cada “nova” situacao que, na realidade, aplica os mesmos principios — tais como: 4) ndmeros racionais, sob a forma decimal; 1b) representacdo de medidas no sistema métrico decimal, tem que temos agrupamentos de 10 em 10 (casodo metro, 63 do litro, do grama, com seus miltiplos e submal- tiplos}, agrupamentos de 100 em 100 (caso do metro quadrado, com seus maitiplos e submiltiplos), agrupa- ‘mentos de 1000 em 1.000 (caso do metro calico, com seus miitiplos e submiltiplos) ©) representacdo de medidas em outros sistemas, como 0 ‘grau, que mede angulos, com seus submntitiplos minuto e segundo agrupandorse de 60 em 60. ‘OLHANDO MAIS DE PERTO Voce conece bem cs sitemas de rameracSo? Ent vamos fazer vm tee 1, Represnte os nimeres2, 5, 82, 147, 47863 742 nos temas ‘apt, baba echinds. 2. Complete 0 qudro abaixoe rexponda 8x porgunts a sgul [Nureragio romana NumeragSoindoarbica cccxivan 348 219 como cMLXXIV 0 2) Escrow tds os tnbalos do stems de mumeragso romano, 1) Eso sistema ¢ poston? © Trabsha corn base 10? £2) Um alu quer representa com algriss romanos one 99. Be ects em dod, pols acha que doe modes. IC os XCIK-O que vod ache dessa ie? Aprendendo o sistema decimal Pudemos observar, a0 percorrer as cvlizagBes antigas, que houve muitas tentativas até se chogar a um sistema que permi= tisse representar 0s niimeros com poucos algarismos e de modo tho prac. ‘Todo esse esforco demonstra que ele ndo ¢ to simples, nem tio fécil de ser compreendide quanto parece. A partir de pes- uisas realizadas com criancas entre 4 ¢ 9 anos de idade, a pesquisedora Constance Kami (1994: 91) observou o seguinte: ‘Accianga de 6 ¢ 7 anos esté ainda em procesto de construro sistema numérico, com ‘operagdes de “+ 1”. [Sobre inclusSo hierrquica, lela 0 capitulo 2.) sistema escrito na base decimal exige a construdo mental de "1” (ama colagSo de dea) em 10" unidades ¢ 3 ‘coordenagio da estrutura hicrarquica de dois nels (mostrada na figura a segul). E impos sivel consirur 0 segundo nivel, quando o primeiro ainda esta sendo construdo. Como vimos, a crianca no pode ciara estrutura hierauica da incisSa numérica antes da ade {de 7 ou 8 anos, que é quando seu pensamento se torna reversivl Portanto, para introduzir o sistema decimal aos alunos, 6 aconselhével que o professor realize um trabalho mais prolon- sgado, desde as sires inicials do Ensino Fundamental, com atv dades diversficadas sobre agrupamentos e trocas, além da familiarizagao com o valor posicional dos algarismos. Essas atl- vvidades culminam com o estudo da representacio formal, que pode ser feito na 2° série. 0 trabatho com agrupamentos e trocas A.idéia-chave do sistema decimal 6 utllzar o valor posicional dos algarismos para representar a agao de agrupar e trocar, que ‘a humanidade sempre empregou para avaliar grandes quantida ds de abjetos (ha registros do uso dessas ages desde a Pré- Historia). Ao repartir uma grande quantidade de jabuticabas, ppor exemplo, as criangas comegam com “uma para cada um’ (Quando percebem que ha multas frutas, passam para “uma mio chela para cada um”. A unidade de referencia deixa de ser uma jabuticaba, para ser “uma m&o cheia" [Nao so 6 as criangas que realizam a operagéo de agrupar € trocar, Observe, ao lado, um tipo de referéncia que um adulto pode utilizar quando precisa compreender a ‘order de grandeza de um ntimero que no Ihe 6 familiar ‘A.unidede de referéncia deixa de ser a moe- da comente e passa ser “o preco do meu apat- tamento” TTambém para marcar os pontos obtidos em um jogo utiliza-se agrupamento: u TTT wa 65 Com certeza o primeiro modo & mais pratico, pois os pon- tos sao agrupados de 5 em 5; no segundo, os pontos obtidos so marcados de 1 em 1, 0 que dificulta a visualizagio do total de pontos. ‘Ao recordar e contar as pessoas que estavam presentes a uma fest, uilizamos 0 agrupamento: fazemos correspond cada luma a um dedo das maos, até completar os dee; depois, reco- ‘megamos a correspondéncia a partir do primeiro dedo usado, ‘mas lembrando que jé esta contabiizado “um grupo de dez pes: Embora essas ages sejam intuitivas, @ necessério propor as eriangas situagées variadas em que elas tenham oportuni- dade de agrupar grandes quantidades de elementos ¢ depois registré-los, para que aos poucos se conscientizem da opera: sor ‘Sugere:se que as primeiras experiéncias sejam realizadas em bases variadas, e no apenas na base 10 (sem representar & ‘agéo realizade), iniciando-se na 1 série do Ensino Fundamental. Essa proposta esté apoiada em dois argumentos. Em primeiro lugar, a crianga constréi sous conhecimentos @ partir da coordenagéo das relagSes que vai criando entre os ob- jetos © as agées sobre esses objetos. Assim, quanto mais Aiversificadas forem as situagSes de agrupamentos e trocas em. que estiver envolvida, mais oportunidades ela teré de observar as semelhancas e diferengas entre essas situagoes, realizando abstragées e construindo o conceit. Observa'se, entdo, que a tradicional proposta de se traba- thar, na 1*série, os ndimeros naturals menores que 100 impede {que 0s alunos construam o significado do “agrupar e trocar”, 0 ue os leva a decorar os termos unidade e dezena, sem com- preendor realmente o que é e para que serve isso. Em segundo lugar, s6 6 possivel compreender o significado de base de um sistema de agrupamentos e trocas quando se realizam pelo menos duas trocas na base proposta, Nas bases 2, 3, 4, etc., consegue-se realizar tais trocas com ppoucos elementos. No entanto, para se chegar & segunda troca, nha base 10, é necessério manipular pelo menos uma centena de objetos, o que nao é fécil nem para um adulto, quanto mais para criangas de 7 ou 8 anos de idade. 4J6 a representacao ¢ tarefa bastante abstrata e sofisticada ppara 0 nivel das séries inicais do Ensino Fundamental. Ela 56 deve ser realizada para os agrupamentos e trocas na base 10, ¢ apenas quando o professor perceber que as criancas jd esti trabalhando com seguranga os agrupamentos ¢ trocas, 0 que geralmente ocorre no inicio da 22 série. ‘Seguindo as sugestdes de Dienes, podem ser feltos jogos de Isomorfismo focalizando os agrupamentos e trocas. Vejamos alguns exemplos:

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