Terço: A Mensagem de Fátima

“Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos.

Peço-Vos perdão por aqueles que não creem,
não adoram, não esperam e não Vos amam.”
Na quinta-feira, fazemos companhia a Jesus no
Horto das Oliveiras, atendendo ao Seu pedido:
“Minha alma está triste até a morte. Ficai aqui e
vigiai Comigo” (Mt 26,38). Se não puderes fazer a
„Passio Domini‟ em uma Igreja, acesse de sua casa
uma Capela virtual de Adoração.

Terço: A Mensagem de Fátima

1º Mistério
O Anjo disse aos pastorinhos: “Que
fazeis? Orai! Orai muito! Os Cora-
ções de Jesus e Maria têm sobre vós
desígnios de misericórdia. Oferecei
constantemente ao Altíssimo orações
e sacrifícios.” Então, Lúcia pergun-
tou: “Como nos havemos de sacrifi-
car?” E o Anjo lhe responde: “De tu-
do que puderdes, oferecei um sacrifí-
cio em ato de reparação pelos peca-
dos com que Ele é ofendido e de sú-
plica pela conversão dos pecadores.
Atraí, assim, sobre a vossa Pátria, a
paz... Sobretudo, aceitai e suportai
com submissão o sofrimento que o
Senhor vos enviar.” Lúcia afirmou:
“As palavras do Anjo gravaram-se
em nosso espírito, como uma luz que
nos fazia compreender quem era
Deus, como nos amava e queria ser
amado, o valor do sacrifício e como
este Lhe era agradável. E como, por
atenção a Ele, convertia os pecado-
res. Por isso, desde esse momento,
começamos a oferecer ao Senhor tu-
do que nos mortificava... (...) Passá-
vamos longo tempo prostrados repe-
tindo (a oração ensinada pelo Anjo),
às vezes, até cair de cansados.”
- “A minha alma está numa tristeza
mortal; ficai aqui e vigiai.” (Mc 14,34).
2º Mistério
De início, a família de Lúcia não
acreditou nas Aparições; e ela teve
que sofrer muito com a desconfiança
e o desprezo das irmãs. Sua mãe lhe
batia frequentemente para forçá-la a
'admitir que havia mentido'. Os pe-
regrinos, que vinham para os mo-
mentos das Aparições, passavam por
cima dos campos de cultivo da famí-
lia, causando grandes prejuízos, de
modo que suas irmãs foram envia-
das a trabalhar fora, caindo a culpa
sobre Lúcia. Ela mesma narra que,
certa noite, sua mãe desabafou:
“'Meu Deus, para onde foi toda a
alegria do nosso lar?' E apoiando a
cabeça em uma mesinha, ela irrom-
pia em lágrimas amargas. Meu ir-
mão e eu chorávamos com ela. Foi
uma das cenas mais tristes que pre-
senciei. Com saudades de minhas
irmãs, e vendo minha mãe tão mise-
rável, senti que meu coração estava
partido. Então me lembrei das pala-
vras do Anjo: „Antes de tudo, aceite
com submissão os sacrifícios que o
Senhor lhe enviar‟. Nessas horas, eu
me retirava para... nosso poço. Lá...
minhas lágrimas se misturaram com
as águas abaixo e oferecia meu so-
frimento a Deus.”
- “Aba! (Pai!), suplicava Ele. Tudo Te
é possível; afasta de Mim este cálice!
Contudo, não se faça o que Eu quero,
senão o que Tu queres.” (Mc 14, 36).
3º Mistério
“Às vezes vinham a Jacinta e o Fran-
cisco e encontravam-me assim, em
amarga dor. Como minha voz estava
embargada de soluços e eu não con-
seguia dizer uma palavra, eles com-
partilhavam meu sofrimento a tal
ponto que também choravam copio-
samente. Então a Jacinta fazia a
nossa oferenda em voz alta: “Meu
Deus, é como ato de reparação, e pe-
la conversão dos pecadores, que Vos
oferecemos todos estes sofrimentos e
sacrifícios.” «Vemos aqui a impor-
tância de fazer a oferta consciente, o
“dom” dos nossos sofrimentos a
Deus pela conversão dos pecadores,
pelos sacerdotes, pelas nossas famí-
lias, etc. O valor e o propósito nos
traz força e consolo para suportá-los
mais resolutamente pelo amor de
Deus! Também vemos aqui o vínculo
espiritual se formando entre os três
priminhos, pois eles se encoravam
na vivência das virtudes. »*
- “Jesus foi ter com Seus discípulos e
achou-os dormindo, e disse a Pedro:
“Simão, dormes? Não pudeste vigiar
uma hora coMigo?!” (Mc 14,37)
4º Mistério
Na aparição de junho, a Santíssima
Virgem ensinou às crianças um ora-
ção de reparação e intercessão pelos
pecadores, para ser rezada como ja-
culatória entre os mistérios do Rosá-
rio: “Ó meu Jesus, perdoai-nos, li-
vrai-nos do fogo do inferno. Levai as
almas todas para o céu, socorrei os
pobres pecadores, principalmente as
mais necessitados”. Na mensagem
de Fátima o chamado à intercessão e
sacrifício pelos pecadores é contínuo!
O que mais impressionou a Jacinta
foi saber que muitas almas seriam
condenadas eternamente. Às vezes,
ela parava e perguntava: “Mas... o
inferno não acaba nunca? Nem de-
pois de muitos anos?!” Ou ainda:
“Essas pessoas queimando no infer-
no, elas nunca morrem? E não se
transformam em cinzas? E se as pes-
soas rezam muito pelos pecadores,
Nosso Senhor não os tirará de lá?”
Então, Lúcia explicava que o inferno
era eterno, que nunca acabaria, e
por isso deveria rezar muito e fazer
penitência pelos pecadores, para que
não fossem parar lá, e Jacinta repe-
tia: “Pobres pecadores! Temos que
rezar e fazer muitos sacrifícios por
eles!”
- “Voltando-Se o Senhor, olhou para
Pedro. Então, Pedro se lembrou da
palavra do Senhor: „Hoje, antes que
o galo cante, tu Me negarás três ve-
zes‟. Então, Pedro, saiu dali e chorou
amargamente.” (Lc 22, 61-62)
5º Mistério
Lúcia pediu novamente à Senhora:
“Queria pedir-Lhe para nos levar pa-
ra o Céu.” A Virgem respondeu:
“Sim, a Jacinta e o Francisco levo-os
em breve. Mas tu ficas cá mais al-
gum tempo. Jesus quer servir-se de ti
para Me fazer conhecer e amar. Ele
quer estabelecer no mundo a devo-
ção ao meu Imaculado Coração. A
quem a abraçar, prometo a salvação
e serão queridas de Deus estas al-
mas, como flores postas por Mim a
adornar o seu trono.” Novamente a
Senhora promete levá-los para o Céu,
mas Lúcia terá que esperar mais um
tempo. Passados alguns anos, após a
morte dos primos, Lúcia é enviada
para o Convento, na Espanha; lá ela
abraçará a grande dor da saudade,
como novo sacrifício. Seu único con-
solo é o Coração de Maria, que havia
lhe prometido: “Não desanimes. Eu
nunca te abandonarei. O meu Ima-
culado Coração será o teu refúgio e
o caminho que te conduzirá até
Deus.”
- “Junto à Cruz de Jesus estavam de
pé Sua Mãe... Quando Jesus viu Sua
Mãe e perto dela o discípulo que
amava, disse à Sua Mãe: „Mulher, eis
aí teu filho‟. Depois disse ao discípu-
lo: „Eis aí tua Mãe‟. E dessa hora em
diante o discípulo a recebeu como
sua Mãe.” (Jo 19, 25-27)
Antes da Salve Rainha: A devoção
ao Imaculado Coração de Maria, jun-
to com a reza do Santo Rosário, e os
sacrifícios pela própria conversão e
a dos pecadores, resumem «a men-
sagem de Fátima, que tem no seu
núcleo fundamental o apelo à con-
versão e à penitência, como no
Evangelho. Nas palavras de Fátima
parece encontrarmos precisamente
esta dimensão do amor materno, que
com o seu raio abrange todo o cami-
nho do homem para Deus.»** A cada
um de nós é repetido constantemen-
te este apelo de conversão e confi-
ança.
Citações:
* Ir. Maria Basilea (Irmãs da Santa Cruz) -
Carta Circular, março 2017 – “Vivendo a
Mensagem de Fátima”.
** S. João Paulo II em sua viagem à Fátima
em 13 de maio de 1982.
***
Para se alcançar as indulgências desta santa de-
voção (que por caridade podemos aplicar às Almas
do Purgatório), reza-se ainda, nas intenções do
Santo Padre, o Papa, ao menos:

1 Pai-nosso; 1 Ave-Maria e 1 Glória.

Mas, o que significa rezar pelas intenções do San-
to Padre?! As intenções do Sumo Pontífice objeti-
vamente são:
- O progresso da Fé e o triunfo da Igreja;
- Paz e união entre Príncipes e Governantes cris-
tãos;
- A conversão dos pecadores;
- A destruição das heresias.
Essas são as intenções objetivas que rezamos
quando dizemos: "pelas intenções do Santo Pa-
dre", ou seja, são as que correspondem ao fiel
cumprimento do seu Ofício.
Quaisquer outras intenções pessoais que ele tenha,
nós também podemos rezar por elas, desde que
não contradigam as intenções acima, ou seja, se as
intenções subjetivas do Papa fossem contrárias à
Fé e à moral católica, ou se fossem danosas à Igre-
ja, de modo algum estariam incluídas nesta oração.

***
IMPORTANTE, LEIA POR CARIDADE: Este é um
„material de apoio para a „Passio Domini‟. Não
queremos, porém, de modo algum, incentivar o uso
de celular dentro da Igreja. Ao contrário, aconse-
lhamos que se evite o uso de celular dentro da
Igreja, e dê preferência aos “Livros de Oração”; pa-
ra não ser contratestemunho ou motivo de distra-
ção para os outros e para si mesmo. Se você for
utilizar este material dentro da Igreja, seja o mais
discreto possível, colocando o seu celular no „modo
silencioso‟ ou „modo avião‟, e não olhando outros
aplicativos, ou tirando „selfies‟ dentro da Igreja.
Tenhamos zelo e reverência dentro da Casa de
Deus, que é um lugar de silêncio e oração. Se não
puderes fazer a „Passio Domini‟ em uma Igreja,
acesse de sua casa uma Capela virtual de Adora-
ção. Também pedimos que, ao compartilhar este
conteúdo, favor compartilhá-lo junto com nosso
link, e não reproduzi-lo em áudio! Deus lhes pague!

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