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Disciplina |

Aprendizagem

DISCIPLINA
PSICOLOGIA DA
APRENDIZAGEM E
DESENVOLVIMENTO

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Psicologia da Aprendizagem e Desenvolvimento |

Sumário

Sumário
Sumário ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 2
1 Aprendizagem ---------------------------------------------------------------------------------------- 4
1.1 Conceito ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 4
1.2 Características do Processo De Aprendizagem ----------------------------------------------------------- 5
Processo dinâmico --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 5
Processo contínuo --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 6
Processo global ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 7
Processo pessoal ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 8
Processo gradativo -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 9
Processo cumulativo ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 10
1.3 Aprendizagem e Maturação --------------------------------------------------------------------------------- 11
1.4 A Aprendizagem é Condicionada Pela Maturação ----------------------------------------------------- 12
1.5 Aprendizagem e Desempenho ------------------------------------------------------------------------------ 13
1.6 Modelo de Aprendizagem Motora ------------------------------------------------------------------------- 14
Estágio Cognitivo --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 14
Estágio Associativo ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 15
Estágio Autônomo ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 16
1.7 Aprendizagem e Motivação ---------------------------------------------------------------------------------- 17
Funções dos Motivos---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 17
Teorias da Motivação --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 18

2 Teorias da Aprendizagem ------------------------------------------------------------------------ 24


2.1 Watson e o Behaviorismo ------------------------------------------------------------------------------------ 25
2.2 Teoria do Condicionamento Clássico ---------------------------------------------------------------------- 26
2.3 Teoria do Condicionamento Operante -------------------------------------------------------------------- 27
2.4 Teoria da Aprendizagem por Ensaio e Erro -------------------------------------------------------------- 28
2.5 Teoria da Aprendizagem Cognitiva ------------------------------------------------------------------------ 29
2.6 Teoria da Aprendizagem Fenomenológica --------------------------------------------------------------- 31
2.7 Teoria da Aprendizagem da Gestalt ----------------------------------------------------------------------- 32

3 Transferência da Aprendizagem --------------------------------------------------------------- 33


3.1 Conceito e Importância da Transferência ---------------------------------------------------------------- 33
3.2 Transferência Positiva e Negativa -------------------------------------------------------------------------- 34
3.3 Teorias da Transferência -------------------------------------------------------------------------------------- 35
3.4 Teoria dos Elementos Idênticos ----------------------------------------------------------------------------- 36
3.5 Teoria da Generalização da Experiência ------------------------------------------------------------------ 37
3.6 Teoria Dos Ideais De Proceder ------------------------------------------------------------------------------ 38

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Sumário

3.7 Teoria Da Gestalt------------------------------------------------------------------------------------------------ 39


4 Referências ------------------------------------------------------------------------------------------- 40

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Aprendizagem

1 Aprendizagem
1.1 Conceito
A aprendizagem é um processo extremamente complexo e contínuo que ocorre
ao longo da vida de um indivíduo. Ela envolve a aquisição de conhecimentos,
habilidades, valores e atitudes por meio de diversos processos cognitivos, tais como:
a experiência, o estudo, a instrução e a observação.

Este processo, que pode ocorrer tanto de maneira consciente quanto


inconsciente, é fundamental para o desenvolvimento humano, uma vez que permite
a aquisição de habilidades e conhecimentos necessários para a vida em sociedade,
para a adaptação a novas situações e para a resolução de problemas complexos.

A aprendizagem pode ser classificada em diferentes tipos, tais como a


aprendizagem por associação, aprendizagem por insight e a aprendizagem por
imitação, que ocorre por meio da observação de outras pessoas e da reprodução de
comportamentos e ações. Além disso, a aprendizagem pode ser classificada em
aprendizagem explícita ou implícita, dependendo da forma como ela é adquirida e
armazenada na memória.

No entanto, a aprendizagem não é um processo homogêneo e único, uma vez


que ela é influenciada por diversos fatores. Entre estes fatores podemos destacar a
motivação do indivíduo, a relevância do conteúdo, o ambiente de aprendizagem e a
interação social. Além disso, a aprendizagem é influenciada por fatores cognitivos, tais
como a atenção, a memória, a percepção, a resolução de problemas, entre outros.

É importante destacar que a aprendizagem não é um processo isolado, uma vez


que ela está intimamente relacionada com outros processos cognitivos, tais como a
memória e a linguagem. De fato, a aprendizagem pode ser vista como uma forma de
construção de conhecimento, uma vez que o indivíduo utiliza as informações que já
possui para adquirir novas informações e, desta forma, construir um novo
conhecimento.

No que se refere às teorias que tentam explicar como a aprendizagem ocorre,


podemos destacar a teoria do condicionamento clássico, a teoria da aprendizagem
cognitiva e a teoria da aprendizagem social. Cada uma dessas teorias apresenta
diferentes abordagens e concepções sobre o processo de aprendizagem, o que
permite uma compreensão mais ampla e abrangente sobre o tema.

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Aprendizagem

Em resumo, a aprendizagem é um processo fundamental para o desenvolvimento


humano, que ocorre de forma contínua ao longo da vida de um indivíduo. Ela é
influenciada por diversos fatores, tais como a motivação, o ambiente de aprendizagem
e fatores cognitivos. Além disso, a aprendizagem pode ser vista como uma forma de
construção de conhecimento, que está intimamente relacionada com outros
processos cognitivos, tais como a memória e a linguagem. Neste contexto, a
compreensão da aprendizagem é fundamental para a compreensão do
funcionamento da mente humana e para o desenvolvimento de estratégias eficazes
de ensino e aprendizagem.

De acordo com as proposições das teorias gestaltistas é um processo perceptivo,


em que se dá uma mudança na estrutura cognitiva. Para que haja a aprendizagem são
necessárias determinadas condições:

• Fatores Fisiológicos - maturação dos órgãos dos sentidos, do


sistema nervoso central, dos músculos, glândulas etc.;

• Fatores Psicológicos - motivação adequada, autoconceito


positivo, confiança em sua capacidade de aprender, ausência de conflitos
emocionais perturbadores etc.;

• Experiências Anteriores - qualquer aprendizagem depende de


informações, habilidades e conceitos aprendidos anteriormente.

1.2 Características do Processo De Aprendizagem


Processo dinâmico

O processo dinâmico de aprendizagem refere-se à visão contemporânea da


aprendizagem como um processo ativo, interativo e dinâmico que envolve uma série
de elementos e influências que interagem de forma complexa ao longo do tempo.
Nesta perspectiva, a aprendizagem é vista como um processo em constante evolução,
que é influenciado não apenas pelas características do indivíduo, mas também pelo
ambiente em que a aprendizagem ocorre.

Em outras palavras, o processo dinâmico de aprendizagem reconhece que a


aprendizagem não é um processo linear e unidirecional, mas sim um processo
complexo e multifacetado que envolve múltiplos elementos interconectados. Estes
elementos podem incluir a motivação do aluno, a interação social, a qualidade do
ensino, as tecnologias educacionais, a cultura, a identidade e as emoções do aluno.

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Aprendizagem

Um exemplo de como a perspectiva dinâmica de aprendizagem pode ser


aplicada na prática é por meio do ensino baseado em projetos. Neste tipo de
abordagem, o aluno é desafiado a trabalhar em um projeto que envolve a aplicação
de conhecimentos e habilidades aprendidas em diversas disciplinas, em um contexto
do mundo real. Nesta abordagem, o aluno é visto como um agente ativo no processo
de aprendizagem, e o professor é um facilitador que fornece suporte e orientação.

Além disso, a perspectiva dinâmica de aprendizagem reconhece que a


aprendizagem ocorre em diferentes níveis, incluindo o nível cognitivo, afetivo e
comportamental. Assim, é importante que o processo de ensino e aprendizagem
considere esses diferentes níveis e forneça oportunidades para que os alunos
desenvolvam habilidades em cada um deles.

Por fim, o processo dinâmico de aprendizagem reconhece que a aprendizagem


é um processo individual e que cada aluno aprende de maneira diferente. Portanto, é
importante que o processo de ensino e aprendizagem forneça oportunidades para
que os alunos possam aprender de acordo com suas próprias necessidades, interesses
e estilos de aprendizagem.

Em resumo, o processo dinâmico de aprendizagem é uma visão contemporânea


da aprendizagem que reconhece que a aprendizagem é um processo complexo e
multifacetado que envolve múltiplos elementos interconectados. Esta perspectiva
reconhece que a aprendizagem ocorre em diferentes níveis e que cada aluno aprende
de maneira diferente. Portanto, é importante que o processo de ensino e
aprendizagem forneça oportunidades para que os alunos possam aprender de acordo
com suas próprias necessidades, interesses e estilos de aprendizagem.

Processo contínuo

O processo contínuo de aprendizagem refere-se à ideia de que a aprendizagem


é um processo que ocorre ao longo da vida de um indivíduo e não se limita apenas
aos anos escolares ou acadêmicos. Nesta perspectiva, a aprendizagem é vista como
um processo constante e contínuo que ocorre ao longo de toda a vida, permitindo
que as pessoas possam adquirir novos conhecimentos, habilidades, valores e atitudes
em diferentes momentos e contextos.

Esta perspectiva de aprendizagem destaca que o aprendizado não se restringe


apenas ao ambiente formal de ensino, como a escola, universidade ou cursos

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profissionalizantes, mas pode ocorrer em diferentes contextos, como no trabalho, em


atividades de lazer, na interação social e até mesmo em situações cotidianas.

O processo contínuo de aprendizagem reconhece que as necessidades e


interesses de aprendizagem de uma pessoa podem mudar ao longo do tempo e que
a aprendizagem é uma forma de adaptação às mudanças que ocorrem na vida pessoal
e profissional. Portanto, é importante que as pessoas tenham acesso a oportunidades
de aprendizagem ao longo da vida, para que possam atualizar seus conhecimentos,
habilidades e se manterem competitivas no mercado de trabalho.

O avanço tecnológico e a globalização tornaram ainda mais relevante a


necessidade de aprendizagem contínua. As mudanças nos campos de trabalho, novas
tecnologias e os novos modos de interação social exigem que as pessoas atualizem
suas habilidades e conhecimentos constantemente para se adaptarem às mudanças.

Assim, o processo contínuo de aprendizagem é fundamental para o


desenvolvimento pessoal e profissional de uma pessoa. Ele permite a aquisição de
conhecimentos e habilidades que são importantes para a vida em sociedade, para a
adaptação a novas situações e para a resolução de problemas complexos.

Processo global

O processo global de aprendizagem é uma perspectiva que destaca que a


aprendizagem não ocorre de forma isolada, mas sim em um contexto social, cultural
e histórico mais amplo. Nesta perspectiva, a aprendizagem é vista como um processo
que ocorre em interação com o mundo e com outras pessoas, envolvendo múltiplos
aspectos que vão além dos aspectos cognitivos e individuais.

Esta abordagem reconhece que a aprendizagem é influenciada por diversos


fatores, tais como a cultura, a história, as instituições sociais, as relações interpessoais,
as emoções e as experiências passadas do indivíduo. Assim, a aprendizagem é vista
como um processo global e multifacetado que está em constante interação com o
mundo que nos cerca.

O processo global de aprendizagem reconhece que a aprendizagem é


influenciada pela cultura, que molda as formas como as pessoas percebem o mundo
e as outras pessoas, influenciando os valores, as crenças e as expectativas que
orientam o comportamento. Portanto, é importante que o processo de ensino e

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aprendizagem leve em consideração a diversidade cultural, reconhecendo e


valorizando as diferenças e os modos de vida das pessoas.

A história também é um fator importante na aprendizagem, uma vez que as


experiências passadas do indivíduo influenciam a forma como ele aprende e se
relaciona com o mundo. A história pode influenciar a forma como o indivíduo percebe
a si mesmo e aos outros, influenciando o desenvolvimento de habilidades sociais e
emocionais.

As instituições sociais, tais como a família, a escola e o trabalho, também


influenciam o processo global de aprendizagem, uma vez que elas fornecem o
ambiente e as oportunidades para que o indivíduo possa aprender e desenvolver
habilidades e competências necessárias para a vida em sociedade.

Por fim, as relações interpessoais, as emoções e as experiências passadas do


indivíduo também são importantes no processo global de aprendizagem,
influenciando a motivação, a percepção e as atitudes do indivíduo em relação à
aprendizagem.

Em resumo, o processo global de aprendizagem é uma perspectiva que destaca


que a aprendizagem é influenciada por diversos fatores, tais como a cultura, a história,
as instituições sociais, as relações interpessoais, as emoções e as experiências
passadas do indivíduo. Esta abordagem reconhece que a aprendizagem não ocorre
de forma isolada, mas sim em interação com o mundo e com outras pessoas, e que é
importante que o processo de ensino e aprendizagem leve em consideração a
diversidade cultural, valorizando as diferenças e os modos de vida das pessoas.

Processo pessoal

O processo pessoal de aprendizagem refere-se à perspectiva que destaca que a


aprendizagem é um processo individual e único, que ocorre de forma diferente para
cada pessoa. Nesta abordagem, a aprendizagem é vista como um processo pessoal e
interno, que é influenciado por fatores internos, como as emoções, a motivação, as
crenças e os valores, bem como por fatores externos, como o ambiente, a cultura e as
experiências vivenciadas pelo indivíduo.

Esta perspectiva reconhece que cada indivíduo possui um estilo de aprendizagem


próprio, que é influenciado por fatores individuais, como as preferências sensoriais
(visual, auditiva ou cinestésica), as experiências passadas, as motivações e as emoções.

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Aprendizagem

Portanto, é importante que o processo de ensino e aprendizagem leve em


consideração as características individuais de cada aluno, respeitando suas diferenças
e oferecendo oportunidades de aprendizagem adequadas para cada um.

O processo pessoal de aprendizagem também destaca que a aprendizagem é um


processo ativo, que envolve a participação ativa do indivíduo no processo de
construção do conhecimento. Nesta abordagem, o papel do professor é visto como
um facilitador da aprendizagem, que fornece recursos e orientações para que o aluno
possa construir seu próprio conhecimento.

Além disso, o processo pessoal de aprendizagem reconhece que a aprendizagem


não é um processo isolado, mas sim um processo contínuo que ocorre ao longo da
vida de uma pessoa. Nesta perspectiva, a aprendizagem é vista como uma forma de
desenvolvimento pessoal e profissional, que permite que o indivíduo adquira novos
conhecimentos, habilidades e valores ao longo da vida.

Por fim, o processo pessoal de aprendizagem destaca que a aprendizagem é um


processo dinâmico e adaptativo, que permite que o indivíduo se adapte às mudanças
e desafios que ocorrem na vida pessoal e profissional. Assim, é importante que o
processo de ensino e aprendizagem leve em consideração as mudanças que ocorrem
na vida de cada indivíduo, fornecendo oportunidades de aprendizagem adequadas
para cada fase da vida.

Em resumo, o processo pessoal de aprendizagem é uma perspectiva que destaca


que a aprendizagem é um processo individual e único, que é influenciado por fatores
internos e externos. Esta abordagem reconhece que cada indivíduo possui um estilo
de aprendizagem próprio e que a aprendizagem é um processo ativo, contínuo e
adaptativo. Portanto, é importante que o processo de ensino e aprendizagem leve em
consideração as características individuais de cada aluno, respeitando suas diferenças
e oferecendo oportunidades de aprendizagem adequadas para cada um.

Processo gradativo

O processo gradativo de aprendizagem é uma perspectiva que destaca que a


aprendizagem é um processo que ocorre em etapas, onde cada etapa constrói sobre
a anterior, resultando em uma progressão gradual do conhecimento, das habilidades
e das competências adquiridas. Nesta abordagem, a aprendizagem é vista como um
processo cumulativo e sequencial, onde cada etapa é importante para o
desenvolvimento da próxima.

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Aprendizagem

Esta perspectiva destaca que o processo de aprendizagem envolve a aquisição


gradual de conhecimentos, habilidades e competências, que se desenvolvem em
etapas sucessivas, onde cada etapa é importante para a próxima. Por exemplo, em
uma disciplina escolar, a aprendizagem pode começar com a aquisição de conceitos
básicos, que são essenciais para a compreensão de conceitos mais complexos.

O processo gradativo de aprendizagem também destaca a importância da prática


e da repetição na consolidação do aprendizado. Nesta abordagem, a aprendizagem é
vista como um processo que envolve a prática repetida de uma habilidade ou
conhecimento, a fim de consolidá-lo na memória a longo prazo. A prática repetida
ajuda a reforçar as conexões neurais associadas ao aprendizado, tornando-o mais
duradouro e acessível.

Além disso, o processo gradativo de aprendizagem destaca que a aprendizagem


pode ocorrer em diferentes níveis de complexidade. Por exemplo, a aprendizagem
pode começar com a aquisição de habilidades ou conhecimentos simples, como a
memorização de fatos, e evoluir gradualmente para a compreensão de conceitos mais
complexos e a aplicação do conhecimento em situações do mundo real.

Por fim, o processo gradativo de aprendizagem destaca que a aprendizagem é


um processo contínuo e que pode ocorrer ao longo de toda a vida. Nesta perspectiva,
o aprendizado pode começar na primeira infância e continuar ao longo da vida adulta,
permitindo que o indivíduo continue a adquirir novos conhecimentos, habilidades e
competências ao longo da vida.

Em resumo, o processo gradativo de aprendizagem é uma perspectiva que


destaca que a aprendizagem é um processo cumulativo e sequencial, onde cada etapa
é importante para a próxima. Esta abordagem destaca a importância da prática e da
repetição na consolidação do aprendizado e reconhece que a aprendizagem pode
ocorrer em diferentes níveis de complexidade. Por fim, o processo gradativo de
aprendizagem reconhece que a aprendizagem é um processo contínuo e que pode
ocorrer ao longo de toda a vida.

Processo cumulativo

O processo cumulativo de aprendizagem é uma perspectiva que destaca que a


aprendizagem é um processo que se acumula ao longo do tempo, onde cada nova
informação ou habilidade adquirida é adicionada às já existentes. Nesta abordagem,
a aprendizagem é vista como um processo cumulativo e progressivo, onde cada novo

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conhecimento ou habilidade é incorporado ao conhecimento prévio, resultando em


um acúmulo gradual de aprendizado.

Esta perspectiva destaca que a aprendizagem é um processo que se baseia em


experiências anteriores, onde novas informações e habilidades são incorporadas ao
conhecimento prévio. Por exemplo, quando uma pessoa aprende um novo idioma, o
processo de aprendizagem se baseia no conhecimento prévio do idioma nativo, no
aprendizado de regras gramaticais e na incorporação de novas palavras e expressões.

O processo cumulativo de aprendizagem também destaca a importância da


revisão e da repetição na consolidação do aprendizado. Nesta abordagem, a
aprendizagem é vista como um processo que envolve a revisão e a repetição das
informações e habilidades aprendidas anteriormente, para que possam ser
incorporadas de forma mais eficaz ao conhecimento prévio.

Além disso, o processo cumulativo de aprendizagem destaca que a


aprendizagem é um processo que pode ocorrer em diferentes contextos e situações.
Por exemplo, a aprendizagem pode ocorrer na escola, no trabalho, em situações
cotidianas ou em experiências de lazer, permitindo que a pessoa adquira novos
conhecimentos e habilidades em diferentes áreas da vida.

Por fim, o processo cumulativo de aprendizagem destaca que a aprendizagem é


um processo que pode ocorrer ao longo de toda a vida. Nesta perspectiva, a
aprendizagem não se limita apenas aos anos escolares ou acadêmicos, mas pode
continuar ao longo da vida adulta, permitindo que o indivíduo continue a adquirir
novos conhecimentos e habilidades em diferentes áreas.

Em resumo, o processo cumulativo de aprendizagem é uma perspectiva que


destaca que a aprendizagem é um processo que se acumula ao longo do tempo, onde
cada nova informação ou habilidade adquirida é adicionada às já existentes. Esta
abordagem destaca a importância da revisão e da repetição na consolidação do
aprendizado e reconhece que a aprendizagem pode ocorrer em diferentes contextos
e situações, permitindo que o indivíduo continue a adquirir novos conhecimentos e
habilidades ao longo da vida.

1.3 Aprendizagem e Maturação


A maturação é constituída no processo de desenvolvimento pelas mudanças do
organismo que ocorrem de dentro para fora do indivíduo. Mas apesar destas

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mudanças acontecerem apenas quando existe uma predisposição natural no


organismo do indivíduo, elas dependem de estimulações no meio ambiente para se
desenvolverem plenamente.

As características essenciais da maturação são:

1 - Aparecimento súbito de novos padrões de crescimento ou


comportamento;

2 - Aparecimento de habilidades específicas sem o benefício de práticas


anteriores;

3 -A consistência desses padrões em diferentes indivíduos da mesma


espécie;

4 - O curso gradual de crescimento físico e biológico em direção a


ser completamente desenvolvido.

A aprendizagem, diferente da maturação, envolve uma mudança duradoura no


indivíduo, que não está marcada por sua herança genética. A aprendizagem se
constitui no processo de socialização do indivíduo e desenvolve gostos, habilidades,
preferências, contribui para formação de preconceitos, vícios, medos e
desajustamentos patológicos.

1.4 A Aprendizagem é Condicionada Pela Maturação


De maneira geral, concluindo-se pelas próprias definições acima, a influência dos
professores é restrita aos padrões de maturação dos alunos. Na aprendizagem esta
influência pode ser determinante, com consequências que podem ser tanto positivas
quanto negativas.

As características específicas do ser humano: a fala, a noção de tempo, a cultura


e a capacidade de abstração, confere uma qualidade única ao estudo do seu
comportamento.

Ainda mais significativo que tudo o que foi dito, o homem, em seu processo de
percepção, pode observar-se simultaneamente como sujeito e objeto, como o
conhecedor e como o que deve ser conhecido. Enquanto nos animais inferiores muitos
dos comportamentos são supostamente instintivos, a criança, molda os seus múltiplos
padrões de comportamento. O período relativamente de dependência da criança, em
relação ao adulto, que se segue à necessidade total de ajuda logo após o nascimento,

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contribui para que ele adquira a cultura de seu grupo. Utilizando seu potencial
intelectual relativamente alto e sua capacidade de se comunicar através da linguagem
falada e der outros símbolos, os membros de cada geração constroem sobre as
realizações das gerações anteriores. A cultura de uma sociedade é o resultado de
muitas gerações de aprendizagem cumulativa.

O homem compartilha com outros mamíferos alguns impulsos orgânicos


primários como a fome, a sede, o sexo, a necessidade de oxigênio, de calor moderado
e de repouso e, possivelmente, umas poucas aversões primárias tais como medo, raiva.
A primeira manifestação de tais impulsos e aversões é um processo de maturação. No
entanto, o ser humano parece transcender de alguma forma tais impulsos e aversões
hereditários.

Parece não haver grupo de seres humanos que não tenha desenvolvido, através
da aprendizagem, alguns instrumentos para enriquecer seus contatos com o mundo
que o cerca. Os animais parecem encontrar satisfação no uso de qualquer das
capacidades que possuem. Da mesma maneira, o homem encontra satisfação no uso
de suas capacidades e habilidades.

1.5 Aprendizagem e Desempenho


É fundamental para se concluir como esta transcorrendo a aprendizagem a
observação do comportamento do indivíduo. O desempenho pode ser considerado
como o comportamento observável do indivíduo. Destarte, a aprendizagem não pode
ser observada diretamente; só pode ser inferida do comportamento ou do
desempenho de uma pessoa.

Para tanto devem ser observadas determinadas características do desempenho


que servirão como indicadores do desenvolvimento da aprendizagem ou da aquisição
de uma habilidade. A característica principal é quando o desempenho da habilidade
melhorou, durante um período de tempo no qual houve a prática. A pessoa sendo
assim mais capaz de desempenhar a habilidade do que era anteriormente.

A melhoria do desempenho deve ser marcada por certas características: 1 - O


desempenho deve ser, como resultado da prática, persistente, ou seja, relativamente
constante. Deve ser duradoura no tempo. 2 - As flutuações do desempenho devem
ser cada vez menores, ocorrendo menos variabilidade.

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1.6 Modelo de Aprendizagem Motora


O modelo de aprendizagem motora de Fitts e Posner é uma abordagem que
descreve o processo de aprendizagem de habilidades motoras.

Em resumo, o modelo de aprendizagem motora de Fitts e Posner é uma


abordagem que descreve o processo de aprendizagem de habilidades motoras. Esse
modelo é composto por três fases distintas - cognitiva, associativa e autônoma - e
destaca a importância do feedback e da prática na aprendizagem de habilidades
motoras.

Segundo Fitts e Posner, existem três estágios que caracterizam a aprendizagem


motora:

Estágio Cognitivo

O estágio cognitivo da aprendizagem motora é uma das três fases do processo


de aprendizagem de habilidades motoras, proposto por Paul Fitts e Michael Posner
em 1967. Nesta fase, o aprendiz está começando a adquirir a habilidade motora e está
se familiarizando com os movimentos e as exigências da tarefa.

Durante o estágio cognitivo, o aprendiz ainda não tem uma compreensão clara
do que precisa ser feito para realizar a tarefa com sucesso. Ele ou ela pode estar
tentando descobrir como controlar o movimento e se concentrando nos aspectos
mais básicos da habilidade, como a postura e a coordenação dos movimentos.

Nesta fase, a atenção do aprendiz é ampla e difusa, ou seja, ele ou ela está
tentando prestar atenção a vários aspectos da tarefa ao mesmo tempo. O aprendiz
está procurando pistas visuais e auditivas para ajudá-lo a entender a tarefa e a
desenvolver sua técnica.

Os erros são comuns nesta fase, mas o feedback é fundamental para ajudar o
aprendiz a compreender o que está sendo feito de forma incorreta e a corrigir a
técnica. O feedback pode vir de um treinador, de um colega ou de observações
pessoais do aprendiz sobre seu próprio desempenho.

A duração do estágio cognitivo pode variar dependendo da complexidade da


habilidade motora a ser aprendida, do nível de experiência do aprendiz e da
quantidade de feedback disponível. Uma vez que o aprendiz se torna mais confortável

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com a habilidade e começa a entender os requisitos da tarefa, ele ou ela avança para
o próximo estágio, conhecido como estágio associativo.

Em resumo, o estágio cognitivo da aprendizagem motora é o primeiro estágio


no processo de aprendizagem de habilidades motoras. Durante este estágio, o
aprendiz está começando a adquirir a habilidade motora e está se familiarizando com
os movimentos e as exigências da tarefa. O aprendiz ainda não tem uma compreensão
clara do que precisa ser feito para realizar a tarefa com sucesso e está concentrando-
se nos aspectos mais básicos da habilidade. Feedback é fundamental para ajudar o
aprendiz a compreender o que está sendo feito de forma incorreta e a corrigir a
técnica.

Estágio Associativo

O estágio associativo da aprendizagem motora é o segundo estágio do processo


de aprendizagem de habilidades motoras, que ocorre após o estágio cognitivo. Nesta
fase, o aprendiz já entende os movimentos e as exigências básicas da tarefa e está se
concentrando em melhorar a técnica e reduzir os erros.

Durante o estágio associativo, o aprendiz começa a desenvolver associações mais


precisas entre os movimentos e as pistas sensoriais, como as visuais e auditivas, para
executar a tarefa com mais eficiência. O aprendiz está se concentrando em aprimorar
a técnica e em tornar os movimentos mais precisos e fluentes. Ele ou ela começa a
reconhecer padrões de movimento e a ajustar a técnica para melhorar o desempenho.

Nesta fase, a atenção do aprendiz é mais focada e direcionada para os aspectos


específicos da tarefa, e ele ou ela é capaz de detectar erros e ajustar a técnica de forma
mais precisa. O feedback continua a ser importante, mas o aprendiz começa a se
tornar mais capaz de avaliar seu próprio desempenho e ajustar a técnica de forma
independente.

A duração do estágio associativo também pode variar dependendo da


complexidade da habilidade, do nível de experiência do aprendiz e da quantidade de
feedback disponível. Uma vez que o aprendiz se torna mais consistente e eficiente na
realização da tarefa, ele ou ela avança para o próximo estágio, conhecido como
estágio autônomo.

Assim, o estágio associativo da aprendizagem motora é o segundo estágio no


processo de aprendizagem de habilidades motoras. Durante este estágio, o aprendiz

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Aprendizagem

já entende os movimentos e as exigências básicas da tarefa e está se concentrando


em melhorar a técnica e reduzir os erros. O aprendiz começa a desenvolver
associações mais precisas entre os movimentos e as pistas sensoriais para executar a
tarefa com mais eficiência. A atenção do aprendiz é mais focada e direcionada para os
aspectos específicos da tarefa, e ele ou ela é capaz de detectar erros e ajustar a técnica
de forma mais precisa. Feedback continua sendo importante, mas o aprendiz começa
a se tornar mais capaz de avaliar seu próprio desempenho e ajustar a técnica de forma
independente.

Estágio Autônomo

O estágio autônomo da aprendizagem motora é o terceiro e último estágio do


processo de aprendizagem de habilidades motoras. Nesta fase, o aprendiz já possui
uma técnica precisa e eficiente e é capaz de realizar a tarefa de forma automática, sem
a necessidade de pensar conscientemente em cada movimento.

Durante o estágio autônomo, o aprendiz é capaz de executar a tarefa com fluidez


e precisão, sem a necessidade de feedback constante. O foco do aprendiz está na
melhoria contínua da técnica e na identificação de pequenas variações na tarefa que
possam afetar o desempenho.

Nesta fase, a atenção do aprendiz é mais direcionada para aspectos mais


complexos da tarefa, como a estratégia, a tomada de decisões e a antecipação de
situações imprevistas. O aprendiz é capaz de usar seu conhecimento prévio e suas
experiências passadas para solucionar problemas e tomar decisões em tempo real.

A duração do estágio autônomo pode variar dependendo da complexidade da


habilidade e do nível de experiência do aprendiz. Alguns aprendizes podem levar mais
tempo para alcançar este estágio do que outros, dependendo da quantidade de
prática e da natureza da tarefa.

Em resumo, o estágio autônomo da aprendizagem motora é o último estágio do


processo de aprendizagem de habilidades motoras. Nesta fase, o aprendiz já possui
uma técnica precisa e eficiente e é capaz de realizar a tarefa de forma automática, sem
a necessidade de pensar conscientemente em cada movimento. O foco do aprendiz
está na melhoria contínua da técnica e na identificação de pequenas variações na
tarefa que possam afetar o desempenho. A atenção do aprendiz é mais direcionada
para aspectos mais complexos da tarefa, como a estratégia, a tomada de decisões e a
antecipação de situações imprevistas.

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Aprendizagem

As habilidades são aprendidas a um tal grau que respostas são geradas de


maneira quase automática. Desenvolve capacidade para detectar seus erros e que
espécies de ajustes são necessários para corrigir os erros. A variação do desempenho
de dia a dia já se torna muito pequena. O desempenho inicial na aprendizagem nem
sempre permite predizer com precisão o desempenho posterior. O desempenho
posterior deve ser considerado a partir de:

a) determinação das capacidades relacionadas com a tarefa;

b) motivação para ter sucesso e para continuar a aprender a


habilidade;

c) instrução inicial deve enfatizar os fundamentos importantes da


habilidade a ser aprendida;

d) quantidade de tempo de prática disponível do indivíduo é


importante na determinação do sucesso posterior.

1.7 Aprendizagem e Motivação


Dentre todos os fatores que influenciam no processo de aprendizagem, o mais
importante deles é, sem dúvida, a motivação. Sem motivação não há aprendizagem.
Podem existir os mais diversos recursos para a aprendizagem, mas se não houver
motivação ela não acontecerá.

Funções dos Motivos

Na perspectiva da psicologia, a aprendizagem e a motivação estão estreitamente


relacionadas, e a motivação é vista como um fator importante na promoção da
aprendizagem efetiva. A teoria da aprendizagem social, proposta por Albert Bandura,
destaca a importância da motivação para a aprendizagem e a aquisição de novos
comportamentos. De acordo com essa teoria, a motivação é influenciada pela
observação do comportamento dos outros e pela expectativa de recompensas e
punições.

A teoria da autodeterminação, de Edward Deci e Richard Ryan, também enfatiza


a importância da motivação na aprendizagem. Segundo essa teoria, a motivação é

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Aprendizagem

influenciada por três necessidades psicológicas fundamentais: a autonomia, a


competência e a conexão social. Quando essas necessidades são satisfeitas, o
indivíduo tende a estar mais motivado e engajado na aprendizagem.

Além disso, a teoria da expectativa-valor, proposta por John Atkinson, argumenta


que a motivação é influenciada pela expectativa de sucesso e pelo valor atribuído à
tarefa. Segundo essa teoria, quando o indivíduo acredita que pode ter sucesso na
tarefa e quando o valor atribuído à tarefa é alto, ele tende a estar mais motivado e
engajado na aprendizagem.

Outra teoria importante é a teoria da metas de realização, proposta por Elliot e


Dweck, que argumenta que a motivação é influenciada pela presença ou ausência de
metas de realização. Quando o indivíduo tem metas claras e desafiadoras, ele tende a
estar mais motivado e engajado na aprendizagem.

A psicologia também destaca a importância do feedback e do reforço na


motivação para a aprendizagem. O feedback adequado e o reforço positivo podem
aumentar a motivação e o engajamento do indivíduo na tarefa, enquanto o feedback
negativo ou o reforço inadequado podem diminuir a motivação e desencorajar a
aprendizagem. São três as funções mais importantes dos motivos:

• Os motivos têm a função de manter ativo o organismo para que a


necessidade que gerou o desequilíbrio seja satisfeita;

• Os motivos dão direção ao comportamento para que os objetivos


sejam alcançados, definindo quais os mais adequados para conduzir a ação;

• Os motivos fazem a seleção das respostas que satisfazem as


necessidades para que possam ser reproduzidas posteriormente, quando
situações semelhantes se apresentarem.

Teorias da Motivação

A seguir serão apresentadas as quatro linhas teóricas que abordam a questão da


motivação dentro da Psicologia.

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Aprendizagem

Teoria do Condicionamento

A teoria do condicionamento é uma abordagem da psicologia que explica como


o comportamento humano é influenciado pelo ambiente externo. O condicionamento
é um processo pelo qual um comportamento pode ser aprendido, alterado e mantido
em resposta a estímulos externos. Esta teoria é baseada na premissa de que o
comportamento humano é moldado por suas consequências.

Existem duas principais formas de condicionamento: o condicionamento clássico


e o condicionamento operante. O condicionamento clássico foi descoberto por Ivan
Pavlov e é um processo pelo qual um estímulo neutro é associado a um estímulo
incondicionado para produzir uma resposta condicionada. Por exemplo, o som de um
sino neutro pode ser associado à comida, o que leva um cão a salivar quando ouve o
som do sino.

Já o condicionamento operante foi descoberto por B.F. Skinner e é um processo


pelo qual o comportamento pode ser modificado por meio de consequências.
Comportamentos que são seguidos por consequências agradáveis, como elogios ou
recompensas, são mais propensos a serem repetidos, enquanto comportamentos que
são seguidos por consequências desagradáveis, como críticas ou punições, são menos
propensos a serem repetidos.

O condicionamento operante é frequentemente usado em práticas de


modificação de comportamento para mudar comportamentos indesejados. Por
exemplo, a técnica de reforço positivo envolve a concessão de recompensas para
comportamentos desejados, enquanto a técnica de punição envolve a aplicação de
consequências desagradáveis para comportamentos indesejados.

Uma crítica comum ao condicionamento é que ele não leva em conta a influência
da cognição, emoção e motivação no comportamento humano. No entanto, a teoria
do condicionamento continua sendo uma abordagem importante na psicologia e é
aplicada em muitos campos, como terapia comportamental, educação e treinamento
animal.

Em resumo, a teoria do condicionamento é uma abordagem da psicologia que


explica como o comportamento humano é influenciado pelo ambiente externo. O
condicionamento é um processo pelo qual um comportamento pode ser aprendido,
alterado e mantido em resposta a estímulos externos. Existem duas principais formas
de condicionamento: o condicionamento clássico e o condicionamento operante.
Embora seja criticada por não levar em conta outros aspectos do comportamento

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Aprendizagem

humano, a teoria do condicionamento continua sendo uma abordagem importante


na psicologia e é aplicada em muitos campos.

Teoria Cognitiva

A teoria cognitiva é uma abordagem da psicologia que se concentra na forma


como as pessoas pensam, percebem, processam e armazenam informações. Esta
abordagem sugere que o comportamento humano é influenciado pelos processos
cognitivos, como a atenção, a memória, a linguagem e o pensamento.

A teoria cognitiva enfatiza a importância do pensamento e da compreensão na


determinação do comportamento humano. Os psicólogos cognitivos acreditam que
os seres humanos são seres ativos que constroem ativamente seus próprios
pensamentos e ideias a partir das informações que recebem do ambiente. Assim, as
pessoas interpretam o mundo de maneiras diferentes, com base em suas experiências
passadas e em seus conhecimentos prévios.

Alguns dos principais temas da teoria cognitiva incluem a percepção, a memória,


a linguagem, o pensamento e a resolução de problemas. Por exemplo, a teoria da
percepção sugere que as pessoas percebem o mundo em termos de padrões e
estímulos específicos, e que a percepção é influenciada por fatores como expectativas,
conhecimento prévio e motivação.

A teoria cognitiva também destaca a importância da memória na aprendizagem


e no comportamento humano. Os psicólogos cognitivos acreditam que a memória é
uma estrutura ativa que está constantemente sendo usada para processar
informações e lembrar experiências passadas.

Além disso, a teoria cognitiva destaca a importância da linguagem e do


pensamento na determinação do comportamento humano. A linguagem é vista como
um sistema simbólico que as pessoas usam para representar e se comunicar com o
mundo. O pensamento, por sua vez, é visto como um processo ativo que as pessoas
usam para manipular essas representações simbólicas e resolver problemas.

Em resumo, a teoria cognitiva é uma abordagem da psicologia que se concentra


na forma como as pessoas pensam, percebem, processam e armazenam informações.
Esta abordagem enfatiza a importância do pensamento e da compreensão na
determinação do comportamento humano e destaca a importância da percepção, da
memória, da linguagem e do pensamento na explicação do comportamento humano.

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Aprendizagem

A teoria cognitiva é amplamente aplicada em campos como psicologia clínica,


psicologia educacional, psicologia social e psicologia do desenvolvimento.

Teoria Humanista

A teoria humanista é uma abordagem da psicologia que enfatiza a importância


do potencial humano, da liberdade e da escolha na determinação do comportamento
humano. Esta abordagem se concentra no desenvolvimento pessoal e na busca de
significado e propósito na vida.

A teoria humanista surgiu na década de 1950 e 1960 como uma reação à


abordagem behaviorista e à abordagem psicanalítica da psicologia. Os psicólogos
humanistas acreditam que as pessoas são seres únicos e complexos, e que cada
pessoa possui um potencial único para o crescimento e a autorrealização.

Um dos principais conceitos da teoria humanista é o de autodeterminação. Os


psicólogos humanistas acreditam que as pessoas possuem a capacidade de fazer
escolhas e tomar decisões, e que o comportamento humano é determinado por essas
escolhas e decisões. A teoria humanista enfatiza a importância da liberdade, da
responsabilidade pessoal e da autoconsciência na determinação do comportamento
humano.

Outro conceito importante da teoria humanista é o de autoatualização. Os


psicólogos humanistas acreditam que todas as pessoas possuem um desejo intrínseco
de crescer, de se desenvolver e de alcançar seu potencial máximo. A autoatualização
é vista como um processo contínuo de desenvolvimento pessoal e busca de
significado e propósito na vida.

Além disso, a teoria humanista enfatiza a importância da empatia e da


compreensão empática na relação terapêutica. Os psicólogos humanistas acreditam
que um ambiente terapêutico acolhedor, respeitoso e empático é fundamental para o
desenvolvimento pessoal e para a resolução de problemas.

Abraham Maslow foi um dos principais teóricos da teoria humanista na


psicologia. Ele desenvolveu a teoria da hierarquia das necessidades, que é um modelo

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Aprendizagem

que descreve as necessidades humanas básicas e como essas necessidades


influenciam o comportamento humano.

Segundo a teoria da hierarquia das necessidades de Maslow, as necessidades


humanas podem ser organizadas em uma hierarquia, com as necessidades mais
básicas e fisiológicas no nível mais baixo, e as necessidades mais elevadas, como as
necessidades de realização pessoal e auto-realização, no nível mais alto. O modelo
inclui cinco níveis de necessidades:

• Necessidades fisiológicas - são as necessidades mais básicas, como


a fome, a sede e o sono.
• Necessidades de segurança - incluem a necessidade de segurança
física, emocional e financeira.
• Necessidades sociais - incluem a necessidade de pertencimento e
de relacionamentos interpessoais.
• Necessidades de estima - incluem a necessidade de autoestima e
reconhecimento dos outros.
• Necessidades de auto-realização - são as necessidades mais
elevadas e incluem a realização do potencial pessoal, o crescimento pessoal e a
busca do significado e propósito na vida.

Maslow acreditava que as necessidades humanas são motivadoras e que as


pessoas são impulsionadas a satisfazer essas necessidades em ordem hierárquica. Ele
também argumentava que, uma vez que as necessidades de um nível são satisfeitas,
as pessoas são motivadas a buscar a satisfação das necessidades do nível seguinte.

A teoria de Maslow é amplamente aplicada em campos como psicologia clínica,


psicologia organizacional e educação. A hierarquia das necessidades é
frequentemente usada como um modelo para entender o comportamento humano e
para desenvolver intervenções terapêuticas e educacionais. A teoria também
influenciou a psicologia positiva, que se concentra no estudo da felicidade, do bem-
estar e do florescimento humano.

Teoria Psicanalítica

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Aprendizagem

A teoria psicanalítica é uma abordagem da psicologia desenvolvida por Sigmund


Freud, que se concentra na exploração do inconsciente e na compreensão dos
processos psicológicos que influenciam o comportamento humano.

A teoria psicanalítica sugere que o comportamento humano é influenciado por


processos inconscientes, incluindo desejos e pensamentos reprimidos, traumas
emocionais e conflitos internos. Freud acreditava que esses processos inconscientes
eram resultado da interação entre três componentes psicológicos: o id, o ego e o
superego.

O id é a parte mais primitiva da personalidade e é responsável pelos impulsos


instintivos e desejos inconscientes, como a fome, a sede e a sexualidade. O ego é a
parte consciente da personalidade e é responsável pela mediação entre o id e o
mundo exterior. O superego é a parte da personalidade que incorpora os valores e
padrões morais da sociedade.

A teoria psicanalítica enfatiza a importância da infância e da relação com os pais


na formação da personalidade e dos processos inconscientes. Freud argumentava que
as experiências da infância influenciam o desenvolvimento da personalidade e que os
traumas emocionais e conflitos reprimidos podem levar a problemas psicológicos.

Uma das principais técnicas utilizadas na teoria psicanalítica é a terapia


psicanalítica, que envolve a exploração dos processos inconscientes e a compreensão
das motivações e desejos reprimidos. A terapia psicanalítica pode ajudar os pacientes
a entender os processos inconscientes que influenciam seu comportamento e a lidar
com traumas emocionais e conflitos internos.

A teoria psicanalítica tem sido criticada por muitos psicólogos por sua falta de
validação empírica e por sua falta de objetividade. No entanto, a teoria continua sendo
uma das abordagens mais influentes na psicologia e é amplamente aplicada em
campos como psicoterapia, psicologia clínica e psicologia do desenvolvimento.

Em resumo, a teoria psicanalítica é uma abordagem da psicologia que se


concentra na exploração do inconsciente e na compreensão dos processos
psicológicos que influenciam o comportamento humano. A teoria enfatiza a
importância da infância e da relação com os pais na formação da personalidade e dos
processos inconscientes. A terapia psicanalítica é uma técnica utilizada na teoria para
ajudar os pacientes a lidar com traumas emocionais e conflitos internos. A teoria
psicanalítica é criticada por muitos psicólogos por sua falta de validação empírica e

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Teorias da Aprendizagem

por sua falta de objetividade, mas continua sendo uma das abordagens mais
influentes na psicologia.

2 Teorias da Aprendizagem

As teorias de aprendizagem são um conjunto de abordagens teóricas que


buscam compreender como o ser humano aprende. Essas teorias são importantes não
apenas para a psicologia, mas também para a educação, a pedagogia e outras áreas
que envolvem a transmissão de conhecimento.

Existem várias teorias de aprendizagem que oferecem perspectivas diferentes


sobre como a aprendizagem ocorre e como ela pode ser facilitada. Alguns exemplos
dessas teorias incluem o behaviorismo, o condicionamento clássico, o
condicionamento operante, a aprendizagem cognitiva, a aprendizagem
fenomenológica, a aprendizagem da gestalt e o ensaio e erro.

O behaviorismo, por exemplo, enfatiza a importância do ambiente externo na


aprendizagem. Os behavioristas argumentam que o comportamento é aprendido por
meio de recompensas e punições, e que o reforço positivo é a chave para a
aprendizagem. Já o condicionamento clássico postula que a aprendizagem ocorre por
meio da associação de estímulos. Quando um estímulo neutro é associado a um
estímulo incondicionado que naturalmente provoca uma resposta, o estímulo neutro
também passa a provocar a mesma resposta.

O condicionamento operante, por sua vez, postula que o comportamento é


aprendido por meio de suas consequências. Quando um comportamento é seguido
por uma consequência agradável, como uma recompensa, a probabilidade de que
esse comportamento ocorra novamente no futuro aumenta. O ensaio e erro, por outro
lado, enfatiza a importância da tentativa e erro na aprendizagem. Os aprendizes
aprendem por meio da experimentação e da tentativa e erro, ajustando seu
comportamento conforme experimentam as consequências de suas ações.

A aprendizagem cognitiva, por sua vez, enfatiza a importância dos processos


mentais na aprendizagem. Os cognitivistas acreditam que a aprendizagem envolve a
aquisição de novos conhecimentos, a organização desses conhecimentos em

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Teorias da Aprendizagem

esquemas mentais e a aplicação desses esquemas a novas situações. A aprendizagem


fenomenológica, por outro lado, enfatiza a importância da experiência subjetiva na
aprendizagem. Os fenomenólogos acreditam que a aprendizagem envolve a
interpretação e a atribuição de significado às experiências.

Por fim, a aprendizagem da gestalt enfatiza a importância da percepção e da


organização das informações na aprendizagem. Os gestaltistas acreditam que a
aprendizagem envolve a identificação de padrões e a organização desses padrões em
estruturas significativas.

Cada uma dessas teorias de aprendizagem oferece uma perspectiva diferente


sobre a aprendizagem e tem implicações diferentes para a prática educacional.
Compreender as teorias de aprendizagem pode ajudar os educadores a criar
ambientes de aprendizagem mais eficazes e a promover uma aprendizagem mais
significativa.

2.1 Watson e o Behaviorismo


John B. Watson foi um dos principais fundadores do behaviorismo, uma teoria
psicológica que se concentra no estudo do comportamento humano observável e
mensurável. Watson acreditava que o comportamento humano poderia ser
compreendido e controlado por meio da análise científica do ambiente em que as
pessoas vivem.

Segundo Watson, a mente e os processos mentais internos eram inacessíveis à


investigação científica, e que a psicologia deveria se concentrar apenas em
comportamentos observáveis e mensuráveis. Ele argumentou que todos os
comportamentos humanos, incluindo pensamentos e emoções, são aprendidos a
partir da experiência com o ambiente externo.

O behaviorismo de Watson enfatizou a importância do condicionamento, o


processo pelo qual um estímulo ou resposta se torna associado a outro estímulo ou
resposta. Ele argumentou que os comportamentos poderiam ser condicionados por
meio de recompensas e punições, e que o reforço positivo era a chave para a
aprendizagem.

Watson foi um forte defensor do behaviorismo como uma abordagem científica


para a psicologia. Ele argumentava que o behaviorismo poderia levar a avanços
significativos na compreensão do comportamento humano e na criação de terapias

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Teorias da Aprendizagem

comportamentais eficazes. Ele acreditava que os psicólogos deveriam se concentrar


em comportamentos observáveis e mensuráveis para desenvolver uma compreensão
objetiva e científica da psicologia.

Embora o behaviorismo de Watson tenha sido criticado por muitos psicólogos


por sua falta de atenção aos processos mentais internos e por sua abordagem limitada
ao estudo do comportamento, sua teoria teve uma grande influência no
desenvolvimento da psicologia como ciência empírica. O behaviorismo também
influenciou muitas outras áreas, incluindo educação, terapia comportamental e
desenvolvimento de tecnologias comportamentais.

Em resumo, John B. Watson foi um dos principais fundadores do behaviorismo,


uma teoria psicológica que enfatiza o estudo do comportamento humano observável
e mensurável. Watson argumentou que a mente e os processos mentais internos eram
inacessíveis à investigação científica e que os comportamentos humanos são
aprendidos a partir da experiência com o ambiente externo. O behaviorismo de
Watson enfatizou a importância do condicionamento e do reforço positivo na
aprendizagem e na modificação do comportamento. Sua teoria teve uma grande
influência no desenvolvimento da psicologia como ciência empírica e em muitas
outras áreas, incluindo educação, terapia comportamental e tecnologias
comportamentais.

2.2 Teoria do Condicionamento Clássico

A teoria do condicionamento clássico, também conhecida como teoria do


condicionamento respondente, é uma das teorias de aprendizagem mais conhecidas
na psicologia. Essa teoria postula que a aprendizagem ocorre por meio da associação
de estímulos. Quando um estímulo neutro é associado a um estímulo incondicionado
que naturalmente provoca uma resposta, o estímulo neutro também passa a provocar
a mesma resposta.

Ivan Pavlov, um fisiologista russo, foi o primeiro a descrever o processo de


condicionamento clássico. Pavlov conduziu experimentos com cães, nos quais ele
tocou uma campainha antes de apresentar comida aos cães. Com o tempo, os cães
começaram a salivar quando ouviam a campainha, mesmo que não houvesse comida
presente.

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Teorias da Aprendizagem

Nessa teoria, o estímulo incondicionado (UCS) é um estímulo que naturalmente


provoca uma resposta, como a comida que Pavlov oferecia aos cães. O estímulo
neutro (NS) é um estímulo que inicialmente não provoca uma resposta, como a
campainha que Pavlov usou. Quando o NS é associado ao UCS repetidamente, o NS
se torna o estímulo condicionado (CS) e provoca a mesma resposta que o UCS, mesmo
que não haja mais a presença do UCS. Nesse exemplo, a resposta condicionada (CR)
seria a salivação dos cães em resposta à campainha.

A teoria do condicionamento clássico tem várias implicações na prática


educacional e na vida cotidiana. Por exemplo, o condicionamento clássico pode ser
usado para ensinar animais de estimação, como cães, a associar um som específico
com uma recompensa, como um petisco. Também é possível descondicionar uma
resposta, desassociando o estímulo condicionado do estímulo incondicionado.

Além disso, a teoria do condicionamento clássico pode ajudar a explicar algumas


fobias e transtornos de ansiedade. Por exemplo, uma pessoa que desenvolve uma
fobia de cães pode ter sido exposta a um evento traumático, como um ataque de cão,
que associou o cão ao medo e à ansiedade.

Em resumo, a teoria do condicionamento clássico é uma das teorias de


aprendizagem mais conhecidas na psicologia. Essa teoria postula que a aprendizagem
ocorre por meio da associação de estímulos, e que um estímulo neutro pode se tornar
um estímulo condicionado quando é associado a um estímulo incondicionado. O
condicionamento clássico tem várias implicações na prática educacional e na vida
cotidiana, e pode ajudar a explicar algumas fobias e transtornos de ansiedade.

2.3 Teoria do Condicionamento Operante


A teoria do condicionamento operante é uma das teorias de aprendizagem mais
conhecidas na psicologia. Essa teoria postula que o comportamento humano é
aprendido por meio das suas consequências, ou seja, pelo reforço ou pela punição.

B.F. Skinner, um dos principais teóricos do behaviorismo, desenvolveu essa teoria


após observar a relação entre comportamento e consequências em seus experimentos
com animais. Skinner argumentava que o comportamento humano era moldado pelas
consequências que ele trazia, e não apenas pelo ambiente externo, como postulava a
teoria do condicionamento clássico.

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Teorias da Aprendizagem

De acordo com a teoria do condicionamento operante, quando um


comportamento é seguido por uma consequência agradável, como uma recompensa,
a probabilidade de que esse comportamento ocorra novamente no futuro aumenta.
Por outro lado, quando um comportamento é seguido por uma consequência
desagradável, como uma punição, a probabilidade de que esse comportamento
ocorra novamente no futuro diminui.

Essa teoria tem várias implicações na prática educacional e na vida cotidiana. Por
exemplo, os professores podem usar o reforço positivo para incentivar
comportamentos desejáveis em seus alunos. Se um aluno realiza uma tarefa de forma
correta, o professor pode reforçar esse comportamento com elogios ou recompensas,
o que aumenta a probabilidade de que o aluno repita esse comportamento no futuro.

Por outro lado, os pais podem usar a punição para desencorajar comportamentos
indesejáveis em seus filhos. Se uma criança se comporta de forma inadequada, os pais
podem aplicar uma punição, como retirar um privilégio, o que diminui a probabilidade
de que a criança repita esse comportamento no futuro.

Em resumo, a teoria do condicionamento operante é uma das teorias de


aprendizagem mais conhecidas na psicologia. Essa teoria postula que o
comportamento humano é aprendido por meio das suas consequências, ou seja, pelo
reforço ou pela punição. Essa teoria tem várias implicações na prática educacional e
na vida cotidiana, e pode ser usada pelos professores e pais para incentivar
comportamentos desejáveis e desencorajar comportamentos indesejáveis.

2.4 Teoria da Aprendizagem por Ensaio e Erro


A teoria da aprendizagem por ensaio e erro é uma das teorias de aprendizagem
mais antigas, e tem suas raízes na filosofia de Aristóteles. Essa teoria postula que a
aprendizagem ocorre por meio da tentativa e erro, ou seja, por meio da
experimentação e da correção de erros.

De acordo com essa teoria, o aprendizado ocorre quando um indivíduo tenta


uma variedade de comportamentos até encontrar aquele que produz o resultado
desejado. Se o resultado é satisfatório, o comportamento é mantido e se torna mais
provável de ser repetido no futuro. Se o resultado é insatisfatório, o comportamento
é descartado e o indivíduo tenta outra abordagem.

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Teorias da Aprendizagem

Essa teoria tem várias implicações na prática educacional e na vida cotidiana. Por
exemplo, quando os alunos estão aprendendo uma nova habilidade, como a resolução
de problemas matemáticos, eles podem tentar várias abordagens diferentes até
encontrar a solução correta. Se o resultado é satisfatório, eles aprendem que essa é
uma abordagem eficaz e a mantêm para uso futuro. Se o resultado não é satisfatório,
eles tentam outras abordagens até encontrar uma que funcione.

No entanto, a teoria da aprendizagem por ensaio e erro tem suas limitações. Por
exemplo, essa teoria não leva em consideração a importância da orientação e do
feedback na aprendizagem. Além disso, nem todos os comportamentos são
aprendidos por tentativa e erro, e muitos comportamentos são aprendidos por meio
da observação e imitação.

Em resumo, a teoria da aprendizagem por ensaio e erro é uma das teorias de


aprendizagem mais antigas, e postula que a aprendizagem ocorre por meio da
tentativa e erro. Essa teoria tem várias implicações na prática educacional e na vida
cotidiana, e pode ser usada para incentivar os alunos a experimentar várias
abordagens até encontrar a solução correta. No entanto, essa teoria tem suas
limitações, e não leva em consideração a importância da orientação e do feedback na
aprendizagem.

2.5 Teoria da Aprendizagem Cognitiva


A teoria da aprendizagem cognitiva na perspectiva de John Dewey enfatiza a
importância da experiência e da reflexão na aprendizagem. Dewey acreditava que a
aprendizagem não é um processo passivo de absorção de informações, mas sim uma
atividade ativa e criativa que envolve a participação ativa do aprendiz.

Segundo Dewey, a aprendizagem ocorre quando o indivíduo se engaja


ativamente em situações concretas e problemáticas, buscando resolver os desafios
que surgem. Ele chamou esse processo de "aprender fazendo" ou "experiência
educativa". Na sua perspectiva, a aprendizagem é mais eficaz quando os estudantes
são capazes de aplicar o que aprenderam a situações reais e significativas, que tenham
relevância para suas vidas.

Dewey também destacou a importância da reflexão na aprendizagem,


argumentando que os alunos devem ser incentivados a refletir sobre suas experiências
educativas e a pensar criticamente sobre as informações que recebem. Ele acreditava

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Teorias da Aprendizagem

que a reflexão ajuda os alunos a construir significado e a desenvolver habilidades de


pensamento crítico.

Além disso, Dewey também enfatizou a importância do contexto social e cultural


na aprendizagem. Ele argumentava que a aprendizagem ocorre dentro de um
contexto social e cultural específico e que os alunos devem ser incentivados a
colaborar e a interagir com outras pessoas para aprender e resolver problemas.

Em resumo, a teoria da aprendizagem cognitiva na perspectiva de John Dewey


enfatiza a importância da experiência, da reflexão e do contexto social e cultural na
aprendizagem. Ele acreditava que a aprendizagem é mais eficaz quando os alunos se
engajam ativamente em situações concretas e problemáticas, refletem sobre suas
experiências educativas e colaboram com outras pessoas para aprender e resolver
problemas.

Para Dewey, seis são os passos que caracterizam o pensamento científico:

• Tornar-se ciente do problema – É necessário que o problema


proposto tenha significado para o indivíduo. O problema deve ser transformado
em uma necessidade individual que lhe proporcione estímulos suficientes;

• Esclarecimento do problema – Consiste na coleta de dados e


informações sobre o problema proposto. É onde vai se selecionar a melhor forma
de atacar o problema, através dos recursos disponíveis;

• Aparecimento da hipótese – São as possibilidades que surgem


para a provável solução do problema.

As hipóteses costumam surgir após um longo período de reflexão sobre


o problema e suas implicações, a partir dos dados coletados na etapa anterior.

• Seleção da hipótese mais provável – É o confronto da hipótese


com o que se conhece do problema. Passando de uma hipótese a outra na
medida que vão se mostrando ineficazes para a resolução do problema uma
hipótese verifica-se outra;

• Verificação de hipótese - É na prática que acontece a verdadeira


prova da hipótese que será comprovada na ação;

• Generalização – Em situações posteriores semelhantes, uma


solução já encontrada poderá contribuir para a formulação de hipótese mais

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Teorias da Aprendizagem

realista. A capacidade de generalizar consiste em saber transferir soluções de


uma situação para outra.

2.6 Teoria da Aprendizagem Fenomenológica


A teoria de aprendizagem fenomenológica é uma abordagem que se concentra
na experiência subjetiva do indivíduo na aprendizagem. Essa teoria destaca a
importância da compreensão pessoal e subjetiva do mundo na aprendizagem e
argumenta que o conhecimento é construído através da experiência e da reflexão.

A teoria de aprendizagem fenomenológica foi desenvolvida por filósofos como


Edmund Husserl e Martin Heidegger e posteriormente aplicada à educação por
teóricos como Max van Manen e Eugene Gendlin.

Segundo a teoria de aprendizagem fenomenológica, a aprendizagem é um


processo ativo e pessoal que envolve a construção de significado a partir da
experiência. O indivíduo traz suas próprias perspectivas, valores e interesses para a
aprendizagem e usa essas experiências para construir seu próprio conhecimento.

A teoria de aprendizagem fenomenológica também enfatiza a importância da


reflexão na aprendizagem. A reflexão é vista como uma atividade crítica que permite
ao indivíduo examinar e avaliar suas próprias experiências, compreender o significado
que elas têm para ele e construir novos conhecimentos a partir dessas reflexões.

Além disso, a teoria de aprendizagem fenomenológica destaca a importância da


linguagem na construção do conhecimento. A linguagem é vista como uma
ferramenta essencial para expressar e compartilhar experiências e para construir
significado compartilhado com os outros.

Em resumo, a teoria de aprendizagem fenomenológica é uma abordagem que


destaca a importância da experiência subjetiva do indivíduo na aprendizagem. Ela
argumenta que a aprendizagem é um processo ativo e pessoal que envolve a
construção de significado a partir da experiência e da reflexão e destaca a importância
da linguagem na construção do conhecimento.

As significações produzidas pelos indivíduos são, para teoria fenomenológica,


assim como a teoria cognitiva, acima descritas, e a teoria da gestalt, que veremos mais
adiante, de grande relevância para compreensão do processo de aprendizagem. A
criança é vista como um ser que aprende naturalmente. A aprendizagem só acontece
a partir do material que se vincule a experiência do indivíduo. Assim, existem alguns

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Teorias da Aprendizagem

passos que devem para facilitar a aprendizagem do indivíduo, a partir de sua própria
experiência.

• Proporcionar aos alunos oportunidades de pensamento autônomo,


criando um clima de diálogo, que os encoraje a expressar suas opiniões e a
participar das atividades do grupo;

• Os alunos devem desenvolver suas atividades em acordo com o


ritmo pessoal.

• O êxito e a aprovação sendo considerados a partir das realizações


individuais; Oferecer aos alunos a oportunidade de utilizar um impulso universal
presente em todos os seres humanos, no sentido de concretizar suas próprias
potencialidades. Sem podá-los em uma camisa de força, prendendo-os à
competição artificial e ao rígido sistema de notas.

2.7 Teoria da Aprendizagem da Gestalt


A teoria da Gestalt surgiu no início do século XX e se concentrou em uma
abordagem de psicologia perceptual que enfatizou a importância da organização
perceptual na compreensão da experiência humana. Os gestaltistas acreditavam que
a mente humana tem uma capacidade inata para organizar e estruturar as informações
sensoriais em padrões significativos, em vez de simplesmente perceber os estímulos
sensoriais individualmente.

Uma das contribuições mais importantes da teoria da Gestalt para a psicologia


foi sua visão da aprendizagem como um processo ativo que envolve a reorganização
das informações em padrões significativos. Os gestaltistas argumentavam que a
aprendizagem não é simplesmente a aquisição de novas informações, mas sim uma
reorganização perceptual das informações existentes.

Eles propuseram que a aprendizagem ocorre por meio de uma mudança na


estrutura cognitiva do indivíduo, permitindo que ele organize as informações de forma
mais significativa. Em outras palavras, a aprendizagem envolve uma reestruturação
perceptual que leva a uma compreensão mais profunda da informação.

Os gestaltistas também enfatizaram a importância do contexto na percepção e


na aprendizagem. Eles argumentaram que as informações sensoriais são percebidas
de maneira diferente com base no contexto em que são apresentadas. Portanto, a

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Psicologia da Aprendizagem e Desenvolvimento |

Transferência da Aprendizagem

compreensão do contexto em que as informações são apresentadas é fundamental


para a aprendizagem significativa.

Além disso, a teoria da Gestalt destacou a importância da resolução de


problemas e da criatividade na aprendizagem. Eles argumentaram que a resolução de
problemas envolve a reorganização perceptual das informações para formar uma
solução criativa e significativa. Assim, a aprendizagem criativa e significativa depende
da capacidade do indivíduo de reorganizar as informações existentes de maneira
inovadora.

Em resumo, a teoria da Gestalt contribuiu significativamente para a compreensão


da aprendizagem como um processo ativo e perceptualmente organizado. Seus
princípios influenciaram a forma como os psicólogos pensam sobre a aprendizagem
e a resolução de problemas até os dias atuais, e ainda é uma abordagem relevante
para a compreensão da cognição humana.

3 Transferência da Aprendizagem
3.1 Conceito e Importância da Transferência

A transferência da aprendizagem é um conceito que se refere à capacidade de


aplicar o conhecimento e as habilidades adquiridos em uma situação para resolver
problemas ou realizar tarefas em outras situações. Esse processo é fundamental para
o desenvolvimento das habilidades cognitivas e para a formação de um conhecimento
duradouro e significativo.

A transferência pode ocorrer em diversos níveis, desde situações similares até


situações completamente diferentes. O grau de semelhança entre as situações pode
influenciar a transferência da aprendizagem, sendo que a transferência positiva ocorre
quando as habilidades adquiridas em uma situação se aplicam facilmente a outra
situação, enquanto a transferência negativa ocorre quando as habilidades adquiridas
interferem na realização de outra tarefa.

A transferência da aprendizagem pode ser influenciada por diversos fatores,


como a similaridade das situações, o grau de prática, a organização e a estruturação
das informações, o feedback recebido durante o processo de aprendizagem e a
motivação do aprendiz. Além disso, o tipo de conhecimento adquirido pode afetar a

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transferência da aprendizagem, sendo que o conhecimento declarativo


(conhecimento sobre fatos e conceitos) pode ter uma transferência mais ampla do
que o conhecimento procedimental (conhecimento sobre como realizar uma tarefa).

A transferência da aprendizagem tem sido estudada em diversas áreas, desde a


educação até a psicologia e a neurociência. Na educação, o conceito de transferência
é fundamental para a elaboração de currículos e estratégias de ensino que promovam
a transferência positiva da aprendizagem. Na psicologia, a transferência da
aprendizagem tem sido investigada como um processo fundamental para a aquisição
de novas habilidades e para a manutenção do conhecimento adquirido. Já na
neurociência, a transferência da aprendizagem tem sido estudada como um processo
de reorganização neuronal que ocorre quando o cérebro adapta-se a novas
informações e habilidades.

Em resumo, a transferência da aprendizagem é um conceito fundamental para a


compreensão do processo de aprendizagem e do desenvolvimento das habilidades
cognitivas. A capacidade de transferir o conhecimento adquirido em uma situação
para outras situações é fundamental para a formação de um conhecimento duradouro
e significativo, e tem implicações importantes para a educação, a psicologia e a
neurociência.

3.2 Transferência Positiva e Negativa


A transferência da aprendizagem pode ser classificada em dois tipos:
transferência positiva e transferência negativa. A transferência positiva ocorre quando
a aprendizagem prévia em uma tarefa ou situação ajuda o indivíduo a desempenhar
melhor em uma tarefa ou situação subsequente. Isso ocorre quando as habilidades,
conhecimentos e estratégias adquiridos em uma situação são aplicáveis e úteis em
outra situação.

Por exemplo, se um aluno aprende a resolver problemas matemáticos usando


equações em uma aula de matemática, pode aplicar essas habilidades para resolver
problemas de física que também envolvem equações. Nesse caso, a transferência é
positiva, pois o conhecimento prévio em matemática ajuda o aluno a aprender em
física.

Por outro lado, a transferência negativa ocorre quando a aprendizagem prévia


em uma tarefa ou situação prejudica o desempenho em uma tarefa ou situação
subsequente. Isso pode ocorrer quando o indivíduo transfere erroneamente uma

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habilidade, estratégia ou conhecimento para uma nova situação em que eles não são
relevantes ou são inadequados.

Por exemplo, se um jogador de basquete aprende a arremessar a bola usando a


mão direita, pode ter dificuldade em arremessar a bola com a mão esquerda, mesmo
que a mecânica do movimento seja semelhante. Nesse caso, a transferência é
negativa, pois a habilidade adquirida em uma situação prejudica o desempenho em
outra situação.

É importante destacar que a transferência negativa não é uma consequência


inevitável da transferência da aprendizagem. Na maioria dos casos, a transferência é
positiva ou neutra, e a transferência negativa ocorre apenas em situações específicas
em que a transferência inapropriada é realizada.

Em resumo, a transferência da aprendizagem pode ser positiva ou negativa,


dependendo da forma como a aprendizagem prévia é aplicada em uma nova situação.
A transferência positiva é benéfica, enquanto a transferência negativa pode ser
prejudicial. É importante considerar esses aspectos ao desenvolver estratégias de
ensino e treinamento para promover a transferência positiva da aprendizagem.

3.3 Teorias da Transferência


As teorias da transferência são abordagens que buscam explicar como o
conhecimento e as habilidades adquiridas em uma situação podem ser aplicados em
outra situação. Essas teorias destacam a importância da transferência na
aprendizagem e argumentam que a capacidade de transferir conhecimentos e
habilidades é fundamental para a adaptação e a resolução de problemas em
diferentes contextos.

Existem várias teorias da transferência, entre elas:

• Teoria da Transferência Geral: essa teoria argumenta que a


transferência ocorre de maneira geral, ou seja, as habilidades e conhecimentos
adquiridos em uma situação podem ser aplicados em outras situações
semelhantes. Essa teoria enfatiza a importância da prática e da experiência na
transferência.
• Teoria da Transferência Específica: essa teoria argumenta que a
transferência ocorre de maneira específica, ou seja, as habilidades e
conhecimentos adquiridos em uma situação só podem ser aplicados em

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situações semelhantes. Essa teoria enfatiza a importância do contexto e da


similaridade entre as situações para a transferência.
• Teoria da Aprendizagem por Transferência: essa teoria argumenta
que a transferência ocorre quando o aprendiz é capaz de aplicar os
conhecimentos e habilidades adquiridos em uma situação anterior para resolver
um problema em uma nova situação. Essa teoria enfatiza a importância da
reflexão e da compreensão dos princípios subjacentes para a transferência.
• Teoria da Aprendizagem Mediada pela Transferência: essa teoria
argumenta que a transferência ocorre quando o aprendiz é capaz de reconhecer
a similaridade entre as situações e aplicar as estratégias de solução de problemas
aprendidas em uma situação anterior para resolver um problema em uma nova
situação. Essa teoria enfatiza a importância da orientação e do feedback para a
transferência.

Em resumo, as teorias da transferência são abordagens que buscam explicar


como o conhecimento e as habilidades adquiridas em uma situação podem ser
aplicados em outra situação. Essas teorias destacam a importância da transferência na
aprendizagem e argumentam que a capacidade de transferir conhecimentos e
habilidades é fundamental para a adaptação e a resolução de problemas em
diferentes contextos.

3.4 Teoria dos Elementos Idênticos

A teoria dos elementos idênticos, também conhecida como teoria da


transferência específica, é uma abordagem que afirma que a transferência de
aprendizagem ocorre apenas quando há semelhança entre as tarefas ou situações de
aprendizagem. Segundo essa teoria, a transferência de aprendizagem ocorre quando
os elementos fundamentais das tarefas ou situações de aprendizagem são idênticos
ou semelhantes.

A teoria dos elementos idênticos foi proposta por Edward Thorndike em 1903, e
foi uma das primeiras teorias a abordar a questão da transferência de aprendizagem.
Segundo Thorndike, a transferência ocorre quando há semelhança entre os elementos
componentes das tarefas ou situações de aprendizagem, como estímulos, respostas e
associações.

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Por exemplo, se uma pessoa aprende a jogar tênis de mesa, ela pode transferir
algumas habilidades para o tênis de quadra, como a habilidade de manter o foco na
bola, o controle da raquete e a capacidade de realizar golpes precisos. No entanto, a
transferência pode ser limitada se as tarefas ou situações de aprendizagem tiverem
elementos diferentes, como a superfície da quadra, a velocidade da bola, a altura da
rede, entre outros.

A teoria dos elementos idênticos enfatiza a importância da prática e da repetição


para a transferência de aprendizagem. Segundo essa teoria, quanto mais semelhantes
forem as tarefas ou situações de aprendizagem, maior será a transferência de
aprendizagem. Por isso, a prática repetitiva de habilidades e tarefas semelhantes pode
ser útil para melhorar a transferência de aprendizagem.

Em resumo, a teoria dos elementos idênticos é uma abordagem que enfatiza a


importância da semelhança entre as tarefas ou situações de aprendizagem para a
transferência de aprendizagem. Segundo essa teoria, a transferência ocorre quando
os elementos fundamentais das tarefas ou situações de aprendizagem são idênticos
ou semelhantes, e a prática repetitiva de habilidades e tarefas semelhantes pode ser
útil para melhorar a transferência de aprendizagem.

3.5 Teoria da Generalização da Experiência


A teoria da generalização da experiência é uma abordagem que enfatiza a
importância da experiência prévia na transferência de aprendizagem. Segundo essa
teoria, a aprendizagem é transferida para uma nova situação quando a nova situação
é percebida como semelhante ou relacionada à situação original de aprendizagem.

Essa teoria sugere que a transferência de aprendizagem ocorre quando o


aprendiz é capaz de generalizar a sua experiência prévia para uma nova situação. Por
exemplo, se uma pessoa aprende a andar de bicicleta em um terreno plano, ela pode
generalizar essa experiência para andar de bicicleta em um terreno inclinado, pois as
habilidades e conhecimentos adquiridos na primeira situação são relevantes para a
segunda situação.

A teoria da generalização da experiência destaca a importância da prática em


uma variedade de situações semelhantes para promover a transferência de
aprendizagem. Quanto mais variadas forem as situações de aprendizagem, maior será
a probabilidade de que a aprendizagem seja transferida para novas situações.

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Transferência da Aprendizagem

Essa teoria também enfatiza a importância da reflexão sobre a experiência prévia


na transferência de aprendizagem. O aprendiz deve ser capaz de reconhecer a
semelhança entre as situações de aprendizagem e a nova situação, e usar a sua
experiência prévia para encontrar soluções para os problemas que surgem na nova
situação.

Em resumo, a teoria da generalização da experiência é uma abordagem que


enfatiza a importância da experiência prévia na transferência de aprendizagem.
Segundo essa teoria, a aprendizagem é transferida para uma nova situação quando a
nova situação é percebida como semelhante ou relacionada à situação original de
aprendizagem. A teoria destaca a importância da prática em uma variedade de
situações semelhantes e da reflexão sobre a experiência prévia na transferência de
aprendizagem.

3.6 Teoria Dos Ideais De Proceder


A teoria dos ideais de proceder é uma abordagem que enfatiza a importância
dos valores e das normas sociais na transferência de aprendizagem. Essa teoria
argumenta que a transferência ocorre quando o aprendiz é capaz de aplicar os seus
ideais de proceder, ou seja, os seus valores e normas sociais, a uma nova situação de
aprendizagem.

Essa teoria foi proposta por John Dewey, um filósofo e educador americano que
acreditava que a educação deveria se concentrar no desenvolvimento do caráter moral
e na formação de cidadãos responsáveis e engajados na sociedade. Segundo Dewey,
a transferência de aprendizagem ocorre quando o aprendiz é capaz de aplicar os seus
ideais de proceder a uma nova situação e de agir de acordo com as normas sociais e
os valores que ele considera importantes.

A teoria dos ideais de proceder destaca a importância da reflexão e da


experiência na transferência de aprendizagem. O aprendiz deve ser capaz de refletir
sobre as suas experiências de aprendizagem e sobre os seus ideais de proceder, e usar
essa reflexão para aplicar os seus valores e normas sociais a novas situações.

Essa teoria também enfatiza a importância do contexto social e cultural na


transferência de aprendizagem. O aprendiz deve ser capaz de reconhecer as normas
e os valores sociais relevantes para a nova situação, e aplicá-los de acordo com as
exigências da situação.

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Em resumo, a teoria dos ideais de proceder é uma abordagem que enfatiza a


importância dos valores e das normas sociais na transferência de aprendizagem.
Segundo essa teoria, a transferência ocorre quando o aprendiz é capaz de aplicar os
seus ideais de proceder a uma nova situação, e a reflexão, a experiência e o contexto
social e cultural são fundamentais para a transferência de aprendizagem.

3.7 Teoria Da Gestalt


Esta teoria enfatiza outro aspecto do conceito de generalização. Para seus
partidários, quanto maior o significado de uma experiência, tanto mais rica sua
conceituação e mais profunda a sua compreensão, maiores serão suas possibilidades
de transferência.

Para os gestaltistas, o discernimento (Insight) das relações entre os elementos da


situação é o meio que garante a aprendizagem e é este conhecimento das relações
que se transfere na aprendizagem.

Os gestaltistas explicam a transferência através do que denominam


“transposição”. Por exemplo, determinada canção ouvida em certo tom pode ser
reconhecida em outro, ainda que todos os componentes da canção sejam diversos.
Identicamente, gatos treinados a comer no prato maior, quando encontram outros
dois pratos, onde o que era maior é agora o menor dos dois, comem no maior e não
naquele no qual aprenderam a comer. Os gatos reagem não às partes, os pratos, mas
à relação maior-menor, que continua existindo.

Esta teoria preconiza que, a função da educação é treinar a inteligência,


internalizar o método científico, assistir os alunos a abstrair o geral e essencial dos
aspectos particulares e acidentais em suas experiências. Esta teoria enfatiza a
aplicabilidade de princípios e generalizações a situações variadas e diversas.

A repetição do experimento original de Judd, por outros estudiosos, conclui que


as crianças acostumadas com o princípio da refração da luz foram mais capazes de
atingir um alvo submerso na água do que crianças que não conheciam o princípio.

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Referências

4 Referências
BARROS, Célia S.G. Pontos da Psicologia Geral. SP: Ática, 1995.

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Referências

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Referências

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