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BASE DO RELATÓRIO:
• Liga: O campeonato maior, de elite, que define o melhor time daquele espaço
geográfico e que é dividido em séries, onde são ocasionados acessos e
rebaixamentos. Exemplos: Campeonato Brasileiro de Futebol, La Liga e Premier
League
Importa pontuar, portanto, que um torneio oficial da CBD não precisa ser
reconhecido ou oficializado pela CBF para ter sua legitimidade, pois já é algo legítimo
perante sua antecessora, todavia, pelo bem do futebol brasileiro e sua história, é
necessário que a CBF passe a contabilizar essas disputas e conquistas no seu atual banco
de dados, em respeito à História de um país já tricampeão do mundo e de soberania
técnica antes mesmo de sua criação.
A CBF, em sua história, possui alguns torneios de esferas regionais que, por
serem organizados pela própria entidade, já tornam-se oficiais e reconhecidos
nacionalmente, como por exemplo a Copa do Nordeste, iniciada em 1994, e a Copa Norte,
iniciada em 1997 e que em 2002 teve sua última edição. Mas, o que um torneio não
organizado pela confederação nacional precisa para ser reconhecido de forma oficial
como um título regional ou inter-regional? A legitimidade de um certame passa por
alguns aspectos, são eles:
Em 1959, foi criada a Taça Brasil, uma competição em formato de Copa, com
o objetivo de definir o campeão brasileiro de cada temporada.
Entre todo esse espaço de tempo, algumas federações das duas regiões
(Norte e Nordeste) caminharam para profissionalizações totais e profissionalizações
mínimas, além de se filiarem à CBD e realizarem parcerias com outras federações
profissionais.
Nas décadas que serão trabalhadas neste guia, é bom lembrar que a CBD
possuía sub-presidentes por eixos e o presidente da CBD no eixo Norte era Rubem
Moreira, que também presidia a Federação Pernambucana de Futebol.
Um detalhe importante a ser frisado é que, até o ano de 2015, a CBD e CBF,
em seus mapas oficiais, firmaram os estados nordestinos Maranhão e Piauí na região
Norte, pelas sub-regiões e planejamentos logísticos e de divisão das disputas, visto que
durante muito tempo, apenas os estados do Amazonas e Pará eram os representantes
nortistas profissionais e/ou filiados às entidades máximas.
Em 1952, houve mais uma edição, desta vez recebendo também os clubes
nortistas para sua disputa, assim como a edição anterior. O que era um regional do
Nordeste, tornou-se um inter-regional Norte-Nordeste. Os campeões estaduais de
Alagoas, Bahia, Ceará, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe
disputaram o título de campeão norte-nordestino no certame organizado pelo Náutico e
disputado no Recife, que não contou com os campeões de Maranhão e Piauí, que foram
convidados, porém não enviaram os seus representantes.
Os processos de profissionalização caminhavam de forma lenta do eixo
Norte do país e, com o passar dos anos, os impactos positivos de competições como essa
geraram a integração inter-regional no futebol.
PRÉ–TORNEIO:
Quartas de final:
Semifinal:
Final:
FINALIDADE:
O título do clube da Rosa e Silva era exibido como o que dava o status
de campeão do eixo Norte do país, que seria o campeão entre os campeões.
Diario de Pernambuco, 20 de Maio de 1952
O Jornal dos Sports (RJ), tratado por décadas como o mais tradicional jornal
com especialidade em esportes no Brasil, cobriu as informações antes, durante e pós
certame, dando ênfase à importância e imponência do grandioso torneio.
Jornal dos Sports (RJ), 11 de Maio de 1952
Jornal dos Sports (RJ), 11 de Maio de 1952
Alguns estados largavam em fases mais avançadas destes Zonais, seja pela
colocação da sua federação estadual no Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais ou
mesmo pela posição final do estado na edição anterior da Taça Brasil.
De forma oficial, a CBD criou uma copa anexa à Taça Brasil: a Taça Norte,
também chamada pela crônica de Copa Norte. Todas as partidas do Zonal Norte valiam
também, paralelamente, pela Taça Norte, certame que dava o título de campeão inter-
regional do Norte e Nordeste do Brasil, ou seja, do “eixo Norte” do país.
REGULAMENTO:
Participantes:
Quartas de final:
Semifinal:
Final:
Participantes:
CAMPANHA DO CAMPEÃO:
Final:
Participantes:
CAMPANHA DO CAMPEÃO:
Final:
• América-CE 0x1 Náutico - 20 de Outubro de 1967
• Náutico 1x0 América-CE - 22 de Outubro de 1967
O técnico que conquistou o título pelo timbu foi o mineiro Davi Ferreira,
mais conhecido como Duque, que em 1969, ao chegar no clube fluminense Bonsucesso, o
Jornal dos Sports (RJ) realizou uma matéria especial citando toda sua trajetória no futebol
e, entre os destaques, citou o tri alvirrubro.
OFICIALIZAÇÃO E RECONHECIMENTO:
Sua tabela foi montada pelos presidentes dos próprios clubes, numa
logística pensada em prol de grandes rendas, na logística e na utilização dos estádios em
outros certames pelas três principais capitais do Nordeste, tabela essa que definia os
jogos que tinha como objetivo definir o campeão entre os campeões da Taça Norte, que
ficaria em definitivo com o troféu do inter-regional da CBD que transitava entre os
vencedores.
A Taça Norte era o seu critério para poder disputar, mas o valor e o status
não era o mesmo. O título de campeão da Supercopa da Taça Norte não definia o campeão
inter-regional do Norte-Nordeste de 1966, pois esse status viria meio a conquista da
própria Taça Norte daquele ano, que por coincidência, acabou sendo do Náutico também.
NORMAS E REGULAMENTO:
Outro ponto que exibe a lisura da Supercopa, foi que todos os processos de
punições e decisões judiciais passavam pelo Tribunal de Justiça Desportiva, com
acompanhamento da FPF.
Participantes:
RODADA 01
• Bahia 0x1 Sport Recife - 27 de Janeiro de 1966
• Fortaleza 2x2 Náutico - 27 de Janeiro de 1966
RODADA 02
• Ceará 0x2 Náutico - 06 de Fevereiro de 1966
RODADA 03
• Sport Recife 0x1 Náutico - 06 de Fevereiro de 1966
• Fortaleza 2x0 Ceará - 06 de Fevereiro de 1966
RODADA 04
• Fortaleza 1x2 Sport Recife - 09 de Fevereiro de 1966
RODADA 05
• Bahia 0x1 Náutico - 13 de Fevereiro de 1966
• Ceará 0x0 Sport Recife - 13 de Fevereiro de 1966
RODADA 06
• Sport Recife 0x3 Ceará - 03 de Março de 1966
• Bahia 1x3 Fortaleza - 03 de Março de 1966
RODADA 07
• Náutico 3x4 Ceará - 06 de Março de 1966
RODADA 08
• Náutico 5x0 Fortaleza - 09 de Março de 1966
• Bahia 1x2 Ceará - 10 de Março de 1966
RODADA 09
• Sport Recife 2x0 Fortaleza - 13 de Março de 1966
RODADA 10
• Náutico 1x0 Bahia - 24 de Março de 1966
RODADA 11
• Sport Recife 2x1 Bahia - 27 de Março de 1966
RODADA 12
• Ceará 3x0 Bahia - 31 de Março de 1966
RODADA 13
• Fortaleza 1x1 Bahia - 03 de Abril de 1966
RODADA 14
• Náutico 0x0 Sport Recife - 06 de Abril de 1966
RODADA 15
• Ceará 2x1 Fortaleza - 10 de Abril de 1966
Classificação final:
Descrição:
P = pontos
J = jogos
V = vitórias
E = empates
D = derrotas
GP = gols pró
GC = gols contra
SG = saldo de gols