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Piper Rayne - The Baileys 3 - Birth of A Baby Daddy
Piper Rayne - The Baileys 3 - Birth of A Baby Daddy
Etapa 6 – Não pense que ela está lá porque quer que sua
filha te chame de papai. Você só vai acabar decepcionado.
Denver Bailey.
Meu caso de uma noite virou pai da minha bebê.
— Traga sua mala. Você vai ter sua morte aqui. Ainda não
é primavera. — Ela se vira e entra na casa com minha filha. —
Esta é sua primeira vez no Alasca? Como foi seu voo? O que te
traz aqui? Sou Selene, a propósito, como a deusa grega da lua.
Sorrio. — Legal.
Um silêncio constrangedor paira sobre a sala e aproveito
o momento para colocar outra palavra antes de Selene começar
de novo.
— Obrigada.
— É bom saber.
No que me meti?
— Qual de vocês é Denver? — A mulher olha entre mim e
meu irmão.
Porra.
— Puta merda.
— ESPERE! — Eu chamo.
Eu: Por ele, se você quer dizer Rome, não Denver, sim.
Miranda: Eu me perdi?
Rio.
— Ela é daqui?
1 (Law & Order: Special Victims Unit, é uma série de TV americana de gênero policial).
— Oh, Selene é a melhor. Ele estudou no colegial com ela,
— Karen aponta para Brian.
2Maury Povich é um talk show de tabloide americano em que um dos temas são testes de
paternidade.
cresce praticando o esporte toda a sua vida, relaciona tudo
àquele jogo, quando tem meio segundo para decidir se está
balançando ou não.
Olho para o meu irmão. — Tem que ser uma piada, certo?
— Olho para o cartão. Exame diagnóstico.
— Não posso dizer que não avisei. — Ela olha para mim.
Concordo.
— Vamos, cara, você não pode ser gêmeo e não fazer isso,
— Wyatt ri.
— Obrigada.
— Forasteira?
— Não mesmo.
— E bem o que?
Diz que não sei que tipo de genes ele pode transmitir à
minha filha. Como a deixaria viajar pela vida sem nunca
conhecer sua composição genética ou histórico médico de
família? Ela me perguntaria como tinha cabelo castanho e qual
era o meu plano? Diria a ela que pintei o meu? Essa é toda a
razão pela qual estou aqui – para obter respostas de quem era
o pai da minha bebê.
— Eles vão querer fazer parte da vida dela. — Ela diz como
se tivesse acabado de me dizer que tenho câncer.
Não pense isso. Se tivermos sorte, ele não quer sua filha.
Mas isso não vai nos levar a lugar algum, então não posso
dizer isso agora.
— Não quero acabar com sua vida. Esse não foi o objetivo
da minha vinda.
— Certo. — Concordo.
Ele é tão rápido que recuo com medo do que vai fazer.
Suas mãos caem para os lados quando olha nos meus olhos.
Há aquele olhar de pena novamente. UGH!
Ele enfia as mãos nos bolsos da calça jeans. — Não sou
esse cara. Não posso continuar minha vida sabendo que tenho
uma filha por aí e não faço parte da vida dela.
— Se? Você acha que durmo por aí e não sei quem é o pai
da minha bebê? — Levanto as duas sobrancelhas, esperando
por sua resposta. — Provavelmente porque agora que você
descobriu que sou uma criança adotiva, você assume que
tenho todos esses problemas e durmo com homens porque
estou procurando alguém para me amar, já que não cresci com
alguém que me amou incondicionalmente. É isso?
— Lembro sim
— E se eu não quiser?
— Sim?
— E então o quê?
— Papai, — corrijo.
— Ainda não, — Harley diz com uma voz doce que tenho
certeza que nunca ouvirei sendo direcionada para mim.
— Nada está errado, mas como você pode ver agora, ela
não está comendo.
— Foda-se, — murmuro.
Uma vez que Calista está nos meus braços, olha para a
mulher de cabelos azuis na nossa frente. Aquele olhar com um
beicinho nos lábios.
Dori acena para ele. — Você terá muito mais anos que eu.
Estou velha e poderia estar morta amanhã. — Ela move o olhar
para mim. — Eu sou a mais doce. Mãe do pai e avó de todos
os nove filhos de Bailey. Sou membro certificada do curso de
primeiros socorros da Cruz Vermelha Americana. Vamos ver o
que mais. — Ela olha para Rome. — Você deveria estar me
incentivando neste momento. Sabe que não gosto de me gabar.
— Harley.
— Vá, — eu digo.
— Ótimo.
— Eu acho ótimo.
— Você disse que não vai ficar muito tempo. De onde você
é? Seattle? — A cabeça de Calista cai, o balanço e o ar fresco
já a cansam. Eu realmente gostaria de ter trazido meu
carrinho.
Calista é uma traidora. Por que não posso ter aquela filha
que se apega a mim e não quer nada com estranhos?
Eu ri.
— O mesmo.
— Sua geladeira?
— Eu vou acompanhá-la.
Denver ri.
— Liam?
— Meu!
Calista toca seu rosto e sorri para ele como se ele fosse o
cara mais engraçado do mundo. Harley se vira para mim
brevemente, sem sorriso ou qualquer coisa no rosto, e volta a
observá-los. Há tanto amor aqui por Calista que me pergunto
quanto há em Seattle.
3 Merda em inglês é shit, e ela em inglês é she. Aqui há uma tentativa de Calista em falar o xingamento.
Rome passou todos os dias desta semana comigo e com
Calista. Fomos ao parque, visitamos a vovó Dori, onde ela
mora, fomos à casa em que ele cresceu e ao cemitério dos pais
dele. Passamos a maior parte do tempo com Calista nos braços
e eu empurrando o caro carrinho vazio que ele comprou. Todo
dia o vejo ficando mais perto dela e ela perto dele.
— Companhia feminina?
Balanço a cabeça.
— Qual é?
É por isso que Shane é tão fácil. Ele sabe o que quer, abre
seus sentimentos para qualquer um ver. Ele é estável e bom.
Previsível.
— E você?
— Sinto muito.
— Por quê?
Aí. Disse tudo. Não sou contra ser vulnerável. E não acho
que me faça menos homem admitir que quero minha filha na
minha vida. Quero que ela cresça em Lake Starlight.
Whoosh.
Ela assente.
— Ele é um advogado.
— Nada.
— Em dois dias.
Ela assente. — Ele não é o pai dela, nem age como um.
Não há preocupações com isso.
— Hum.
— Doodoo!
— Nós?
— Obrigada.
— Sim.
4 interjeição au-au.
Savannah se senta no sofá ao meu lado, Juno na cadeira
perto de Rome.
— Obrigada.
Olho mais uma vez para Calista, mas Rome está aqui, e
ele pode ser mais protetor sobre ela do que eu. Minha
garotinha está mais do que bem aqui.
— E Calista?
Concordo.
— Shane, — corrijo.
Rome assente. Temo que ele não diga seu nome, porque
isso o tornaria real demais.
— Ok, certo.
Caminhamos de volta pela trilha sem nos tocar, um
silêncio constrangedor se estabeleceu entre nós. Fecho os
olhos e respiro fundo.
— Por que ele não conta? — Ela volta para Liam como eu
sabia que faria. O homem gosta de apertar mais os botões dela
do que Calista, com seu telefone de brinquedo falso, do qual
ela não consegue se separar.
Sigo atrás dela. — Oh, por favor, será bom você ter
alguma companhia. Harley é incrível e quem não poderia amar
minha filha?
— Não, se ela ficar aqui, não vou deixá-la sentir que não
é o seu espaço. Ela precisa preenchê-lo com suas próprias
coisas, para que seja como seu lar, não a casa de um estranho.
Ela continua arrancando qualquer coisa pessoal da parte
superior dos móveis.
— Como assim?
— Quem?
— Savannah.
— Que tipo?
— E você é?
Fato, não amo, ele ama. Calista despreza isso, mas pelo
menos ele estava pensando em nós, acho.
Deus, por que não pode haver um serviço que você pode
contratar para terminar com as pessoas? Isto é horrível.
Silêncio.
— Shane?
Click.
Terra & Mare será o lugar mais chique que já atendi como
bartender, e acho que estou um pouco nervosa quando passo
pelas portas.
Ele ri, limpando mais suor, mas graças a Deus ele usa a
manga em vez da parte inferior da camisa. — Nem uma vez.
Nossos olhos travam. — Parece diferente por escrito? —
Me inclino contra o balcão e cruzo os braços. Seu olhar
mergulha no meu peito por um segundo.
— Eu estou, obrigada.
Deslizo por baixo de seu toque, mas ela não percebe por
que duas filas de carros de música dirigem pela Main Street
com “Shake it Up”, do The Cars, tocando nos alto-falantes.
Os pais de Rome.
— Obrigada.
E ele também.
— O quê?
— Eu corro.
— Eu engulo.
— Eu desapareço.
— É compreensível.
— Pelo quê?
— Não faça isso. Não comigo. Ok? Seja o homem que você
é com Calista, sem desculpas. Não há problema em ser um
cara legal e se as pessoas sentem pena porque você perdeu
seus pais tão jovens, deixe-os. Significa apenas que eles se
importam com você.
— Hum...
— Levante-se, Shane.
Merda.
— Sim. — Concordo.
— Por quê? — Ela é tão legal e calma.
— Adoro o jeito que pedi para você ficar e você fez. Como
sei que não é fácil aceitar ajuda, mas você o fez para ficar.
— Eu…
Eu poderia mentir. Quero dizer, a amo como pessoa e
como mãe da minha filha, mas amo o amor? Adoraria transar
com ela, mas acho que não é isso que ela quer dizer. Nem eu
mesmo sei o que é amor? Nunca fiquei tempo suficiente com
alguém para saber. Vejo o jeito que Austin olha para Holly e o
jeito que Wyatt olha para Brooklyn, mas não acho que olho
para Harley dessa maneira.
— Ok.
— Perfeita.
— Rome?
— Sim?
Ela levanta as sobrancelhas e eu corro um caminho para
ela, passando o dedo ao longo de sua bochecha. Ela é tão linda.
— Vamos tentar fazer isso.
— Tchau, — digo.
— E?
— Miranda! — Repreendo.
— O quê?
— Significa?
— Yum?
— Qual é o problema?
— Mesmo eu, sei que não deveria estar com uma viciada
em trabalho e esse homem é a versão masculina de mim.
Nossos domingos seriam preenchidos com nossos
computadores em nossos colos e fórmulas em nossas planilhas
do Excel ou algo assim. — Ela dá outra mordida em sua
omelete. — Isso é incrível, Rome. Você ainda me surpreende.
— O quê? — Pergunto.
Calista dá um tapa.
— Não se preocupe.
— Hum...
— Eu sou o pai dela, então sei o que ela precisa. — Ele ri.
Às vezes me pergunto o que Rome leva a sério em sua vida.
Merda, isso era uma coisa ruim de se pensar. Ele não tem
sido nada além de estelar desde que chegamos à cidade.
— Chupeta? — Pergunto.
Inspiro profundamente.
— Tudo? — Pergunto.
Não tenho ideia do que ele quer dizer, mas vou deixá-lo
liderar hoje porque não posso culpar um homem que
provavelmente subestimou o quão difícil seria para eu deixar
minha filha, mas tomou a iniciativa de passar mais tempo
comigo.
Ela me olha intrigada, mas não vou lhe dizer que mudei
de planos por causa de sua reação. Sei que a culpa dela a faria
ter certeza de irmos ao spa. A três horas de distância não é
exatamente onde quero estar e dar a chance de algo acontecer
com Calista também e estamos distantes, devido a sua
condição, que, muitas vezes, é difícil de lembrar, já que parece
muito saudável.
— Tudo bem. — Ela sorri, realmente não se importando.
— Nossa.
— Ok, mas...
— Ok?
Uma das muitas coisas que amo sobre Harley é que ela
aceita o que quer sem desculpas. É sexy como o inferno e
espero que isso realmente funcione a longo prazo para nós,
porque não tenho certeza de como sobreviveria sem ela.
Sentada no meu novo sofá, com um lençol sobre mim e
um garfo cheio de frango com laranja, enquanto assisto The
Dirt na Netflix, me sinto incrível. Adicione um Rome nu
aconchegado ao meu lado, para que se torne espetacular.
Ainda estou um pouco chocada por ter concordado em morar
com ele. Devo estar louca.
— Podemos conversar?
— Mas…
Com base nas histórias deles, têm feito muito disso desde
que se mudou com Liam.
— Diga a ele. — Denver bate nas costas de Liam.
Por quê? Não faço ideia. Talvez porque ele esteja vivendo
essa vida de garotas, sexo e bebida, enquanto minha realidade
é de que Calista não conseguiu dormir na noite passada por
causa de um dente nascendo, então, estou prestes a
adormecer em cima da mesa.
— Como eu a olho?
— Um dia, — digo.
— Nunca.
Liam não diz nada e é fácil ver que ele é o mais sóbrio do
grupo. Bem, pena que não sou de sentar em uma sala com um
elefante e não falar sobre isso.
— Acho que você não é realmente o tipo que fica por aí.
Devemos abordar isso mais cedo ou mais tarde.
Denver ri.
Que diabos?
— Vamos, — murmura Liam.
— Sim, — admito.
— O quê?
— Interessante, — comento.
Eu: Obrigada.
— Desculpe, — digo.
Amo o jeito que ele olha para mim quando está excitado.
Não que seja a única vez que tem olhos enlouquecidos de amor,
mas quando ele acorda, é como se eu fosse a única mulher que
tem capacidade para fazê-lo feliz.
Típico homem.
— Dez minutos, — digo e desço as escadas e também a
Main Street até a farmácia.
— Oh.
— Sim, — sussurro.
5 Mercado que é uma espécie de feira, que vende produtos agrícolas e caseiros.
Olho o caixa. Não conheço a pessoa que está lá, mas ele
provavelmente me conhece. Já posso ver o Buzz Wheel de hoje
à noite se eu passar lá com um teste de gravidez.
— Por que você não pega todas as coisas pelas quais veio
aqui? — Ela pega dois testes e os coloca em sua cesta.
— Obrigada, — sussurro.
— Obrigada, — digo.
Ela assente. — Sem problemas. Estou aqui se precisar de
mim. — Ela toca meu braço e eu aceno. Por favor, diga-me que
não precisarei falar ou voltar a morar com ela, porque tenho
certeza de que Rome enlouquecerá.
Grávida.
Concordo.
— Você está. Você vem e vai e faz o que quiser. Ainda nem
fiz o exame.
— Até logo.
Isso é positivo.
Não. Harley teria me dito. Sei que ela teria. Talvez seja de
Brooklyn ou de Holly. Definitivamente não é da Sav. Talvez seja
de Juno, embora não tenha certeza de quem seria o pai. Talvez
Colton? Mas saberia se era da Harley. Certo?
Porra.
Atiro-lhe um cobertor.
Concordo.
Ela muda sob o meu olhar. — Não para mim, mas para
outras pessoas. Já criei irmãos suficientes na minha vida. —
Ela me leva até a varanda da frente e se senta ao meu lado. —
Você quer falar sobre isso? Por que ele está bravo?
— Vou dirigir.
— Estou brincando.
— Quem se importa?
A mão dela cai enquanto olha para mim. — Não. Por que
você pensaria isso?
Ela olha para mim como 'por que eu faria essa pergunta?'
Harley olha por cima do ombro com uma expressão
semelhante.
Olho para Calista nos braços dela. Sim, ainda não superei
essa situação. — Você acha que devemos levar o berço dela
para o nosso quarto hoje à noite?
Harley balança a cabeça e ri. Então deixamos o hospital
como deveríamos: em família.
NOVE MESES DEPOIS...
Ela cora e sei que a tenho. Pensei muito sobre isso, e não
quero que nosso bebê entre neste mundo sem que tenhamos
um compromisso maior entre nós do que namorado e
namorada.
Eu pisco.
— O quê? — Eu pergunto.
Ainda estou chateado por ter perdido, mas deixei para lá.
Bem, eu estou chegando lá.
— Ainda não.
— Seu peito?
— Como vacas?
— Espere, querida.