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A PONTE DO CINEMA ENTRE A RÚSSIA E A AMÉRICA

LATINA

Dia 6 de março terminou em Moscou o I Festival do Cinema


Moderno da America Latina. O público da capital assistiu a 20
filmes criados pelos cineastas de 13 países desta região.
Os filmes exibidos ajudaram os russos a olharem duma maneira
nova para a vida das pessoas na America Latina, pois até agora
a geração mais velha, por exemplo, formou se ponto de vista
sobre esta vida através do prisma do melodrama musical com
participação da estrela do cinema argentino dos anos 50, Lolita
Torres. E o mesmo com a juventude, só que com outra estrela –
Natalia Oreiro, heroína das novelas exibidas por aqui.
Ao mesmo tempo entre o cinema russo e latino-americano
sempre existiu sérias ligações artísticas. Basta recordamos que o
cineasta russo Serguei Eisenstein deu impulso poderoso no
desenvolvimento da cinematografia da America Latina quando
em 1930 produziu o filme - «Viva México». E este filme, que foi
exibido em Moscou na abertura do I Festival do Cinema Moderna
da América Latina, se tornou o verdadeiro epigrafo deste evento,
- assim considera a critica de cinema Tatiana Vetrova:
(FONE)
Serguei Eisenstein com sua visão do México mostrou o caminho
do futuro cinema mexicano. Ele abriu aos próprios mexicanos o
quanto seu país é interessante e bonito. E ele também viu o
espírito revolucionário neste país.
E foram justamente os motivos revolucionários e o estilo artístico
de Serguei Eisenstein que foram assimilados pelos colegas
latino-americanos da sua geração. Os representantes da próxima
onda de cinematógrafos que entrou no mundo da arte depois da
Segunda Guerra Mundial estudaram no Instituto do Cinema em
Moscou. E hoje, quando os russos assistem aos novos filmes
criados na America latina eles encontram muitos traços idênticos
aos do seu próprio cinema. O conhecido crítico de arte, diretor
do Museu do Cinema de Moscou, Naum Kleyman explica que:
(FONE)
Este e outro cinematógrafo usam uma língua metafórica muito
rica e que trata atentamente o povo simples. Isso são tendências
democráticas que existem no cinema russo e no latino-
americano. Quase cada filme do festival como que adverte sobre
o perigo da modernização tão impetuosa que o mundo passa. Os
autores fazem a tentativa de encontrar a harmonia entre a
natureza e aquilo que a civilização moderna propõe.
Neste festival o filme «Suíte Havana» do cineasta cubano
Fernando Pérez foi que despertou maior interesse, principal dos
jovens, pois os estereótipos das percepções de Cuba que
existiram nos tempos soviéticos. Como é Cuba hoje, e como
vivem os cubanos? - São perguntas que interessam os russos. E
o filme “Suíte Havana”, respondendo essas perguntas, produz a
impressão forte, considera a jovem telespectadora Ekaterina:
(FONE)
Fui tocada com o fato de quanto os cubanos tratam seriamente a
vida. Gostaria de ser parecida com eles. Eu penso que o autor do
filme queria dizer que é preciso viver o dia de hoje e que cada
pessoa é infinitamente interessante.
O publico russo considerou este festival como sendo a ponte
cinematográfica entre a Rússia e a America Latina. E com este
festival apenas começou a construção desta ponte, porém os
seus pilares são fortes e prometedores, eles foram instalados por
celebres representantes da cinematografia de ambos os
Continentes.

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