O consórcio russo GAZPROM convocou os sócios ucranianos que
reiniciem urgentemente as conversações sobre as questões do gás. Se o processo não for ativado, então o consorcio que já reduziu pela metade os fornecimentos do «combustível azul» à Ucrânia poderá entrar com novas limitações. Basicamente o conflito atual tem dois momentos. A parte ucraniana, através da sua companhia «Naftogaz Ucrânia», nao quitou toda a divida com os fornecimentos de 2007 e ainda não preparou os contratos do consumo de gás. Diante disso eles ignoram os acordos que foram fechados em alto nível. No dia 12 de fevereiro os Presidentes dos dois países, Vladimir Putin e Victor Yushenko fecharam em Moscou o acordo de que a Ucrânia pagaria o mais breve possível a divida pelo gás consumido e que depois as partes passariam para o novo esquema dos fornecimentos. E a companhia ucraniana «Naftogaz» deveria ter solucionado todas essas questões ainda em fevereiro. Isso não foi feito devido os atritos políticos na direção do país. E diante disso ao GAZPROM se viu obrigado a empreender medidas duras, pois ela não pode fornecer o gás sem contratos claramente formulados e sem pagamento. Ao mesmo tempo GAZPROM declarou que os fornecimentos do gás à Europa permanecerão no mesmo nível. Eis o que disso sobre isso o chefe do serviço de imprensa do consorcio GAZPROM, Serguei Kupryanov: Nós temos o contrato do transporte do gás através do território da Ucrânia que deve ser cumprido independentemente se a «Naftogaz» possui ou não contratos para o fornecimento de gás. São duas questões diferentes, dois temas diferentes que de forma alguma não podem ser misturados. Os contratos de transito devem ser cumpridos, pois a GAZPROM fornece os volumes destinados aos consumidores europeus, e faz isso contando com a realização de todas as obrigações do contrato de trânsito pela companhia «Naftogaz Ucrânia», enfatizou o representante do GAZPROM. Porém em Kiev reagem a sua maneira para com a situação formada. A «Naftogaz Ucrânia» declarou que o transito livre do gás russo aos consumidores europeus pode ser garantido somente até que isso não ameace os interesses da Ucrânia. A insinuação aqui está mais do que clara. Na realidade falam sobre o recolhimento ilegal do gás que segue pela tubulação de transito. E isso aconteceu no inverno de 2006 e resultou na diminuição dos fornecimentos aos consumidores europeus. Isso é praticamente chantagem. Aliás, não somente com a GAZPROM e a Rússia, mas também com a Europa. Isso confirma mais uma vez a necessidade de reduzir os riscos relacionados com o transito do gás. E isso poderá ser feito com a diversificação dos itinerários de transporte do gás russo aos consumidores europeus, particularmente por meio da construção de novos gasodutos que passem por fora dos países que criam problemas para o transito.