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GUIA DE ESCALADAS

GRUTA DE PASSA VINTE


COMO CHEGAR NA GRUTA:

• Pegue a Rodovia Presidente Dutra;


• Próximo ao km 292 entre em Floriano (Quatis/RJ-159);
• Siga as placas em direção a Quatis/Falcão;
• Atravesse a ponta sobre o Rio Paraíba e siga por 5 km até chegar
ao portal de entrada da cidade de Quatis;
• Vire à esquerda para permanecer na RJ-159 em direção a Falcão;
• Siga por 17 km até chegar a Falcão;
• Passe pelo vilarejo e continue por estrada de terra em direção a
Passa Vinte (RJ-159);
• Depois de 5,5 km atravesse a ponte sobre o Rio Preto e vire a
direita;
• Depois de 300m vire a direita novamente na placa de Passa Vinte;
• Siga por 5 km até chegar à entrada da cidade de Passa Vinte.
• Chegando a Passa Vinte siga pela Rua Santa Catarina até o final e
vire a direita e logo em seguida a esquerda;
• Passe em frente à praça e siga pela Rua Monsenhor Marciano;
• Vire a esquerda obrigatoriamente na Rua Cel. Vieira até o final;
• Atravesse a linha do trem;
• Continue subindo até entrar numa estrada de terra em direção a
Bom Jardim;
• Siga na estrada de terra por 2,2 km e entre a esquerda (placa
Pedreira) e siga até o final da estrada até chegar numa casinha à
direita.
• Entre na trilha atravessando-se a cerca de arame por uma tábua
inclinada ao lado de um cano d’água.
• Siga a trilha por aproximadamente 25 minutos.

Distâncias aproximadas das Grandes Capitais:


Rio de Janeiro: 200km
São Paulo: 364km
Belo Horizonte: 400km
GEOLOGIA DA GRUTA

• A Gruta de Passa Vinte é constituída por um GNAISSE bandado e


dobrado de idade arqueana, isto é, com mais de 3 bilhões de anos,
sendo considerado um dos maciços rochosos mais antigos do planeta.
A formação da gruta deveu-se a desmoronamentos que ocorreram ao
longo de fraturas na rocha que predominavam mais na base do
paredão. Como o topo da parede é pouco fraturado, ocorreram poucas
quedas de blocos, criando-se o “negativo” junto ao pé da parede
rochosa.

ÉTICA LOCAL
• Apesar de a nossa comunidade escaladora ser formadas por pessoas
de boa índole e educadas, vale lembrar que:
• Todos que ao dirigirem-se a gruta, avisem aos proprietários, caso eles
estejam em casa, somente para demonstrar respeito pelos donos da
terra.
• Nunca deixe lixo no point;
• Evite ao máximo o desmatamento da vegetação na trilha além do
necessário, pois assim evitaremos a degradação do solo diminuindo
a erosão, tendo em vista que a trilha de acesso é bem frágil e com o
aumento do número de frequentadores isso certamente ocorrerá;
• Como o point está sendo conquistado, será normal encontrar
"EQUIPAMENTO NAS VIAS E NA BASE" o que não quer dizer que
este equipamento não tenha dono...
• Se tiver a intenção de conquistar uma via, informe-se com o pessoal
para saber se o local escolhido não exista um projeto ou outra via "em
móvel".
• Não faça a trilha ou a base das vias de banheiro, leve seus dejetos em
uma sacola plástica e jogue em um lixo na cidade ou enterre num
buraco longe da fonte de água;
• A Gruta é um local maravilhoso, criadouro de animais e plantas, um
paraíso para escalada em rocha, porém, muito cuidado, pois é também
um local perigoso, com risco de queda de blocos e acidentes que
podem causar a morte;
• Evite acampamento na gruta. Na cidade de Passa Vinte existe
pousadas com preços bem modestos (R$20,00) além de restaurante
que fica em cima da Padaria Alternativa. Da cidade até a gruta são 10
min de carro e 20 min de caminhada.
Setor Arquibancada
1. Too Plac too Plow, 9c (8a fr) – Primeira via da esquerda para a direita fora do
negativo. Inicia-se por óbvios cristais e crocas numa parede levemente negativa.
2. The Glands, 9c (8a fr) – Primeira via do negativo que começa por um bloco na base e
segue por óbvios buracos e passadas explosivas. Uma das melhores linhas com
movimentos plásticos.
3. Quartzolit, 10a (8a+ fr) – Via que segue por um obvio diedrinho com passadas que
vão dificultando progressivamente até culminar num crux bem forte no final. Costurada
da parada bem tensa. Tem uma extensão virando o negativo que ainda é projeto.
4. Toca do Sadú, 10b (8b fr) – Começo comum da Triplo X que segue para a esquerda
aé o final do negativo.
5. Triplo X, 9c (8a fr) – Começo comum da Toca do Sadú, porém segue para a direita.
Crux no meio da via para sair de um abaulado em direção a um buraco longe.
6. Gênesis, 8c (7b+) (1ª parte); 10c (8b+) (extensão) – Cartão de boas vindas da Gruta.
A primeira via a ser conquistada no pico. Beleza de movimentos torna essa via uma
clássica. Para se fazer a extensão não se costura a última costura da primeira parte.
6a. Gogó, 9a (7c fr) – Começa no mesmo diedrinho da gênesis e sai para a direita. Tem
um bote bem legal. Termina na chapeleta em cima do batentão. Tem a possibilidade
de continuar na goela seca.
7. Goela Seca, 11a (8c fr) – Via que tem seu início por um boulder bem forte até chegar
à terceira proteção. Depois ela segue por agarras grandes até emendar no final da
gênesis.
8. Sinairo, 10c (8b+ fr) – Linha magnífica e exigente. Uma das vias mais constantes da
gruta. São 2 crux bem definidos e explosivos. A via teve uma extensão até o final da
gênesis e o grau pode ser 11b (8c+ fr).
8a. Braw e Brow, projeto – linha que começa no primeiro buraco da Sinairo e emenda na
Goela Seca.
9. Entre a Sombra e a Escuridão, 9b (7c+ fr) – Belíssima via do setor da arquibancada.
Começa com lances horizontais por um batente que vai elevando a dificuldade dos
lances gradativamente culminando num lindo bote. Atenção ao dar segurança no
lance do bote, onde, caso tenha sobra de corda demais o escalador pode bater na
pedra atrás.
10. Minhocão, 8a (7a+ fr) – Tem o começo na Entre a sombra e a Escuridão e segue por
todo o grande batente horizontalmente até chegar na chapeleta que tem um
mosquetão no Arco do Triunfo.
11. Tapa na Cara, 8b (7b fr) – Linha bem frequentada. Depois do seu final essa via segue
por mais 8 proteções que ainda não foi isolado.
11a. Superman, 9a (7c fr) – Linha que começa na Tapa na Cara e segue para a esquerda
por um batente até emendar de novo na Tapa na Cara.
11b. Shoriuken, 8c (7b+ fr) – Linha que começa na Tapa na Cara e segue para a direita
emendando na Remédio Amargo.
12. Soco inglês, 7b (6c+ fr) (1ª parte) – Tem o mesmo início da Tapa na Cara, porém
quanto passa da quarta proteção ela segue para a direita e segue até a chapeleta
depois de um buraco onde se entala o joelho após o batentão. A segunda parte ainda
é projeto.
Setor Central
13. Tomahawk, VIsup – Localizada na aresta da parte de trás da arquibancada
(grande bloco). Via vertical com lances técnicos.
14. Remédio Amargo, 8b – Via que fica em frente ao acampamento. Começa com
lances levemente positivos técnicos até chegar num platô para fazer o lance do
tetinho. Os escaladores mais altos tendem a rebaixar o grau. Termina numa
parada dupla em cima do grande batente.
14a. Fela, 9a (7c fr) – Bela via que começa por um positivo ao lado de uma fenda.
15. Arco do Triunfo, projeto – Começa na Remédio amargo, faz o lance do
tetinho e logo em seguida segue reto até chegar na última proteção do arco
(fenda).
16. Piercing de Caveira, projeto – Começa em frente a um bloco ao lado do
acampamento por um positivo até atingir o negativo, depois ela segue bem
forte até chegar à parada dupla de chapeletas com argola. A via tem alguns
botes e passadas em regletes e pequenos batentes. A graduação gira em torno
do décimo grau. Espera por cadenas.
16a. Left or Right, 9b (7c+ fr) – Começa no mesmo positivo da Piercing de Caveira
nas duas primeiras chapeletas e segue para a diagonal esquerda. Começo
explosivo e final técnico.
16b. Fiss. Vinicinho, 9a (7c fr) – Fenda em móvel que começa a direita da Piercing
de Caveira e segue em horizontal até chegar na Cocoon.
16c. Cocoon, projeto – Início também pelo positivo e que segue em diagonal para
a esquerda até o grande batente. Termina na parada dupla por enquanto.
17. Via Dutra, VIsup – Via de acesso às vias Apocalipse e Cova dos Leões, além
de ser uma via para iniciantes. Via positiva com lances muito técnicos.
18. Apocalipse, projeto – Via no setor central que começa depois do positivo.
Segue bem negativa até passar por um grande buraco com uma fenda. No final
tem uma costura abandonada para descer. Graduação em torno do nono grau.
19. Cova dos Leões, projeto – Segue por grandes buracos até chegar num
grande bico de pedra. Graduação em torno do nono grau.
19a. Dust in the Wind, 10c (8b+) – Via aberta pelo Enzo Oddo e Gabriele Moroni.
Começa nas duas primeiras chapeletas da Cova dos Leões e segue na
diagonal para a direita com 40 metros.
20. Juca Birita, 7b – Rota que serve de acesso para a via 21. Extremamente
técnica e com proteções no final um pouco exposta.
20a. Projeto, 11b/c? – Via aberta pelo Enzo Oddo e Gabriele Moroni. Via de 45
metros que começa por uma coluna com manchas brancas.
21. Via sem nome, projeto – Ainda não foi concluída. Conta com duas proteções
no grande negativo.
Setor da Chegada

22. Via do Inácio, projeto – Começa numa passarela de pedra para a


direita até chegar à primeira proteção que é bem alta. Depois ela segue
reto para cima com proteções distantes.
23. Via sem nome, projeto – Via em diagonal para a direita positiva
técnica.
24. Artificial, A1 – Artificial aberto pelos primeiros exploradores da Gruta.
Na época eles achavam que era impossível subir pelos negativos,
restando apenas abrir esse artificial para não perder o dia.
25. Farolete, projeto – Primeira via que se vê ao chegar à Gruta. Via que
segue no vertical preto ao lado de óbvios buracos à esquerda. Crux
técnico nas primeiras três proteções. Depois ela segue por boas agarras.
Graduação em torno do oitavo ou nono grau.
25a. Fábio Muniz, 9c? – Via 40 metros no vertical que começa por uma
mancha amarela e que no meio tem um pequeno tetinho.

Dicas:
• A melhor época para escalar na Gruta são nos meses chuvosos, pois a escalada lá
é garantida por causa da negatividade.
• Caso tenha chovido leve uma outra calça e camisa para trocar depois de fazer a
caminhada. Uma pequena toalha e uma capa de chuva também ajudam.
• Mesmo no verão as vezes faz frio na gruta. Leve sempre um agasalho.
• Na época chuvosa não é necessário levar água. No final da caminhada você
cruzará um pequeno rio onde você poderá pegar água.
• Leve repelente.
• Um Stick Clip é uma ferramenta que ajuda bastante na gruta.
• Em dias chuvosos não desça a estrada toda. Deixe seu carro logo depois da
primeira descida, caso contrário você estará numa roubada para subir com o carro.

Autor: Juliano Magalhães


E-mail: jzmagalhaes@yahoo.com.br
Cel: (24) 9832-3277

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