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APRESENTAÇÃO-----------------------------------------------------------------------------03
OBJETIVO --------------------------------------------------------------------------------------04
CARACTERIZAÇÃO DO IMÓVEL--------------------------------------------------------04
RELEVO-----------------------------------------------------------------------------------------06
DADOS CLIMATOLÓGICOS---------------------------------------------------------------07
USO DO SOLO--------------------------------------------------------------------------------07
CÁLCULO VTN/HÁ--------------------------------------------------------------------------23
CONCLUSÃO---------------------------------------------------------------------------------29
ANEXOS---------------------------------------------------------------------------------------
FAZENDA IRAPURÚ
PROPRIETÁRIO: IRAPURÚ TRANSPORTES LTDA
PILÃO ARCADO-BA
SETEMBRO DE 2021
APRESENTAÇÃO
OBJETIVO
Determinar tecnicamente o valor monetário atual do imóvel Rural denominado
FAZENDA IRAPURÚ, município de Pilão Arcado - Ba, objeto de
Negociação.(Compra e venda) e Cadastral.
CARACTERIZAÇÃO DO IMÓVEL
VIDE DOCUMENTOS
1.9. RELEVO:
IMÓVEL UNIDADE RELEVO( declividade) ÁREA(ha) %
GEORMOLOGICA
FAZENDA IRAPURÚ Baixada/Margens Plano/suave ondulado (0-10%) 8.004,64 80,00
Mata/Cerrado/Encosta 2.001,16 20,00
Ondulado a forte ond. (>15 %)
PILÃO ARCADO
Município na Bahia
Pilão Arcado é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua população
estimada em 2004 era de 30.413 habitantes. É situada próximo ao Rio São
Francisco. Conhecida como Pilão novo foi construída para abrigar a população da
cidade antiga inundada pelo referido rio.
CLIMATOLOGIA
PILÃO ARCADO
Município do Brasil
Símbolos
Bandeira
Hino
Gentílico pilão-arcadense
Localização
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Lopes/PI
Distância até a 740 km
capital
História
Fundação 1771 (250 anos)
Emancipação 15 de janeiro de 1890
(131 anos)
Administração
Prefeito(a) Orgeto Bastos dos
Santos[1] (Progressistas,
2021 – 2024)
Vereadores 13
Características geográficas
Área total [2] 11 700,012 km²
População 35 048 hab.
total
(IBGE/2019[3])
Densidade 3 hab./km²
Clima semiárido (AC)
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 47240-000
Indicadores
IDH 0,506 — baixo
(PNUD/2010[4])
PIB R$ 89 131,533 mil
(IBGE/2008[5])
PIB per capita R$ 2 610,46
(IBGE/2008[5])
Outras informações
Padroeiro(a) Santo Antônio
Sítio Prefeitura de Pilão
Arcado (Prefeitura)
Câmara Municipal de
Pilão Arcado (Câmara)
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METODOLOGIA :
9.1 Generalidades
GRAU
I II III
12 36 71
Limite Máximo
10 Procedimentos específicos
10.1 Terras nuas
10.1.1 Na avaliação das terras nuas, deve ser empregado, preferivelmente, o
método comparativo direto de dados de mercado.
10.1.2 É admissível na avaliação a determinação do valor da terra nua a partir de
dados de mercado de imóveis com benfeitorias, deduzindo-se o valor destas.
10.1.2.1 No cálculo do valor das benfeitorias, pode-se adotar o fator de
comercialização, além daqueles citados em 10.2.
10.1.3 Fatores de homogeneização
No caso de utilização de fatores de homogeneização, recomenda-se que a
determinação destes tenha origem em estudos fundamentados estatisticamente e
envolva variáveis, como, por exemplo, escalas de fatores de classes de
capacidade de uso, fatores de situação e recursos hídricos. Os dados básicos
devem ser obtidos na mesma região geoeconômica onde está localizado o imóvel
avaliando e tratados conforme anexo B.
10.3.3.1 Também pode ser utilizado o valor presente líquido dos valores médios
regionais de arrendamento de pastagens nas mesmas condições, pelo período
restante de sua vida útil, deduzidos os custos diretos e indiretos, inclusive o custo
da terra.
10.4 Florestas nativas
Para a identificação do valor da terra em conjunto com a sua floresta nativa, deve-
se seguir o descrito e 10.4.1 e 10.4.2.
10.4.1 Deve ser utilizado, sempre que possível, o método comparativo direto de
dados de mercado.
Referências bibliográficas
[1] Lei Federal nº 4.504, de 30/11/1964, que dispõe sobre o Estatuto da Terra.
[2] Lei Federal nº 5.194, de 21/12/1966, que regula o exercício das profissões de
Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro Agrônomo e dá outras providências.
[3] Lei Federal nº 6.496/77, que institui a “Anotação de Responsabilidade Técnica”
(ART) na prestação de serviços de Engenharia, de Arquitetura e de Agronomia;
autoriza a criação pelo CONFEA de uma Mútua Assistência Profissional e dá
outras providências.
[4] Lei Federal nº 8.629 de 05/02/93, que regulamenta os dispositivos
constitucionais relativos à reforma agrária.
[5] Decretos Federais nº 23.196/34 e 23.569/34, que dispões sobre atribuições
profissionais dos engenheiros agrônomos.
[6] Decreto Federal nº 24.643/34, que dispõe sobre o Código de Águas.
[7] Medida Provisória nº 2.183-56 de 24 de agosto de 2001, que dispõe sobre
desapropriações por utilidade pública.
[8] Resolução nº 342/90 do CONFEA, que dispõe sobre a responsabilidade
técnica do engenheiro agrônomo.
[9] Decisão normativa do CONFEA 34/90, que dispõe quanto ao exercício por
profissional de nível superior das atividades de engenharia de avaliações e
perícias de engenharia.
[10] Decisão normativa do CONFEA 69/01, que dispõe sobre aplicação de
penalidades aos profissionais por imperícia, imprudência e negligência e dá
outras providências.
[11] Manual Brasileiro para Levantamento da Capacidade de Uso da Terra (ETA –
Escritório Técnico de Agricultura Brasil – Estados Unidos) III aproximação.
[12] Manual Técnico de Vegetação Brasileira, publicado pela Secretaria de
Planejamento, Orçamento e Coordenação do IBGE, Diretoria Geociências,
Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais.
[13] Manual para Levantamento Utilitário do Meio Físico e Classificação no
Sistema de Capacidade de Uso (SBCS, 1983).
[14] Manual para Classificação da Capacidade de Uso das Terras para fins de
Avaliação de Imóveis Rurais – 1ª aproximação/CESP
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Fator Energia:1,00.
2-F.E=Energia: 1,50;
3-F. Distância=1,10
Fc = Fs/a X FE X FD X FA X F Área
2-F.E=Energia: 1,00;
3-F. Distância=1,10
Fc = Fs/a X FE X FD X FA X F Área
CONCLUSÕES:
1- O valor definido para cálculo de área em sacas de soja/ha é o
preço médio de R$ 150,00 a saca, muito utilizado pelos agentes
financeiros na região com: Banco do Nordeste, Banco do Brasil,
HSBC, Bradesco, Cargill, Bunge etc.
2- O imóvel possui área em condições de ser trabalhada, plana, em
torno de 70% ou mais.
GENERALIDADES
Valor de reposição, valor histórico, valor potencial e outros tantos valores podem e devem ter suas
influências consideradas e medidas na formação do valor de mercado. Para tanto, só o prévio
conhecimento dos elementos que compõem o mercado evidencia a verdadeira relação entre o valor
de mercado e os demais valores.
Avaliar uma edificação ou outro bem pelo seu custo de reprodução não garante a determinação do
valor de mercado, uma vez que o custo de reprodução não é resultante do ajuste dos interesses de
compradores e vendedores. Ele decorre apenas da capacidade que teve o ofertante de produzir um
bem, empregando mais ou menos recursos. Ao ser utilizado este custo, só um lado, o lado de quem
produziu, está determinando o valor. Fica faltando, portanto, a influência dos compradores. Sem se
comprovar o comportamento dos compradores não se comprova o comportamento do mercado nem
se determina o valor de mercado.
Nenhum valor atribuído a um bem, que não seja resultado da comprovação do confronto de
interesses de vendedores e compradores, se presta para valor de mercado
Médodos de avaliação: Entre dos diversos métodos de avaliações, o método comparativo de dados
de mercado, o método da renda e o método do custo de reprodução/substituição podem atender aos
objetivos de avaliações para garantias.
O método da renda baseia-se no exame de componentes capazes de gerar lucros e que façam parte
do objeto avaliado, determinando a influência destas vantagens na estimativa final do valor de
mercado.
O método do custo de reprodução/substitução, embora não determine o valor de mercado pode ser
aproveitado para gerar informação básica ou inicial para uma possível estimativa de valor de
mercado.
Critérios de avaliação: A terra nua será avaliada pelo método comparativo de dados de mercado e
as coberturas pelo método da renda.
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A coleta de dados para a pesquisa deverá ser uma prática permanente, independentemente de se
estar ou não procedendo alguma avaliação.
O avaliador irá coletando, dia-a-dia, toda e qualquer informação que diga respeito à sua região, tais
como ofertas, vendas, indenizações, leilões, etc.
Deverá ser usada a planilha Coleta de Preços de Imóveis.
As informações que forem coletadas serão repassadas ao técnico da Agência, para que sejam
usadas na apuração do Preço Base da Terra Nua.
Com este procedimento, o Preço Base da Terra Nua estará sendo extraído de negócios realizados,
e não de forma subjetiva; antendendo portanto aos critérios que deverão ser considerados numa
avaliação.
conservação. São terras que não prestam para culturas anuais, podendo apresentar baixa fertilidade,
encharcamento permanente e afloramento de rochas.
Classe VI - Terras cultiváveis apenas em casos especiais de algumas culturas permanentes, e
adaptáveis em geral para reflorestamentos, com práticas simples de conservação.
Classe VII - Terras adaptadas, em geral, para reflorestamentos, com práticas complexas de
conservação, consequentemente exigindo severas restrições de uso.
Classe VIII - Terras impróprias para culturas, pastagens e reflorestamentos, podendo servir como
abrigo silvestre e para fins de armazenamento de água. São formadas por terrenos íngremes,
afloramentos rochosos e areais costeiras.
É conveniente salientar, uma vez mais, que, na definição das classes e subclasses, apenas serão levadas em conta as
características inerentes ao solo e às condições climáticas locais. Não serão, portanto,consideradas diferenças de
condições sócio-econômicas ou de política agrícola, também de importância para condicionamento da potencialidade de
exploração da terra. Tais condições, entretanto, deverão ser consideradas oportunamente em uma fase posterior à
classificação da capacidade de uso, quando da elaboração dos planejamentos específicos das propriedades ou pequenas
bacias hidrográficas.
É oportuno lembrar também que é muito importante ter sempre em mente que os critérios da classificação da capacidade
de uso da terra não devem ser condicionados pela antevisão do planejamento do uso do solo, que será estabelecido em
uma etapa futura.
As principais características das classes e subclasses de capacidade de uso e indicações gerais sobre as medidas de
conservação necessárias serão descritas a seguir.
GRUPO A - Terras passíveis de serem utilizadas com culturas anuais, perenes, pastagens, reflorestamento e
vida silvestre.
CLASSE I
São terras que têm nenhuma ou somente muito pequenas limitações permanentes ou riscos de depauperamento. São
próprias para culturas anuais climaticamente adaptadas, com produção de colheitas entre médias e elevadas, sem práticas
ou medidas especiais de conservação do solo. Normalmente, são solos profundos, de fácil mecanização, com boa
retenção de umidade no perfil e fertilidade de média a alta. São áreas planas ou com declividades muito suaves, sem
riscos de inundação e sem grandes restrições climáticas .Não há afloramentos de rocha, nem o lençol de água é
permanentemente elevado ou qualquer outra condição que possa prejudicar o uso de máquinas agrícolas. Dependendo de
bons sistemas de manejo, podem mesmo ser cultivadas com plantas que facilitem a erosão, como o algodão, milho ou
mandioca, plantadas em linhas retas, sem perigo apreciável de erosão acelerada.
As práticas comuns de melhoria e manutenção da fertilidade do solo, inclusive a rotação de culturas e aplicação de
corretivos e fertilizantes, devem ser usadas nas terras da classe I. Esta classe não admite subclasses.
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CLASSE II
Consiste em terras que têm limitações moderadas para o seu uso. Estão sujeitas a riscos moderados de depauperamento,
mas são terras boas, que podem ser cultivadas desde que lhes sejam aplicadas práticas especiais de conservação do solo,
de fácil execução, para produção segura e permanente de colheitas entre médias e elevadas, de culturas anuais adaptadas
à região.
A declividade já pode ser suficiente para provocar enxurradas e erosão. Em terras planas, podem requerer drenagem,
porém sem necessidades de práticas complexas de manutenção dos drenos. Podem enquadrar-se nessa classe também
terras que não tenham excelente capacidade de retenção de água.
Cada uma dessas limitações requer cuidados especiais, como aração e plantio em contorno, plantas de cobertura, cultura
em faixas, controle de água, proteção contra enxurradas advindas de glebas vizinhas, além das práticas comuns já
referidas para a classe I, como rotações de cultura e aplicações de corretivos e fertilizantes. A classe II admite as
seguintes subclasses:
lle : terras produtivas, com relevo suavemente ondulado, oferecendo ligeiro a moderado risco de erosão (classe de
declive B);
lls: terras produtivas, planas ou suavemente onduladas, com ligeira limitação pela capacidade de retenção de água, ou
baixa saturação de bases (caráter distrófico), ou pouca capacidade de retenção de adubos (baixa capacidade de troca);
lla: terras produtivas, praticamente planas, com ligeiras restrições de drenagem ou excesso de água, sem riscos de
inundação, mas, uma vez instalado o sistema de drenos, é de fácil manutenção e, a probabilidade de salinização,
pequena;
llc: terras produtivas, praticamente planas ou suavemente onduladas, com ligeiras limitações climáticas (seca prolongada
até três meses).
CLASSE III
São terras que quando cultivadas sem cuidados especiais, sujeitas a severos riscos de depauperamento, principalmente no
caso de culturas anuais. Requerem medidas intensas e complexas de conservação do solo, a fim de poderem ser
cultivadas segura e permanentemente, com produção média a elevada, de culturas anuais adaptadas.
Esta classe pode apresentar variações (subclasses) de acordo com a natureza do fator restritivo de uso.
Os principais fatores limitantes são a declividade (moderado), drenagem eficiente, escassez de água no solo (regiões
semi-áridas não irrigadas) e pedregosidade. Freqüentemente, essas limitações restringem muito a escolha das espécies a
serem cultivadas, ou à época do plantio ou operações de preparo e cultivo do solo. A classe III admite as seguintes
subclasses:
Llle: terras com declividades moderadas (classe de declive C), relevo suavemente ondulado a ondulado, com deflúvio
rápido, com riscos severos à erosão sob cultivos intensivos, podendo apresentar erosão laminar moderada e/ou sulcos
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superficiais e rasos freqüentes, também em terrenos com declives da classe B e solos muito erodíveis, como aqueles com
mudança textural abrupta;
Llls: terras praticamente planas ou suavemente onduladas com fertilidade muito baixa (caráter áulico) ou limitadas ainda
por: profundidade efetiva média,ou drenagem interna moderada a pobre; ou risco acentuado de salinização, ou
dificuldades de preparo do solo devido à presença de pedras ou argilas expansivas (caráter vórtice);
Llla: terras praticamente planas, com limitações moderadas por excesso de água, mas sem riscos freqüentes de
inundações, a drenagem é possível, mas sua manutenção, complexa;
Lllc: terras praticamente planas a suavemente onduladas, com moderadas limitações climáticas, como a escassez de água
em regiões semi-áridas.
CLASSE IV
São terras que têm riscos ou limitações permanentes muito severas quando usadas para culturas anuais. Os solos
podem ter fertilidade natural boa ou razoável, mas não são adequados para cultivos intensivos e contínuos. Usualmente,
devem ser mantidos com pastagens, mas podem ser suficientemente boas para certos cultivos ocasionais (na proporção
de um ano de cultivo para cada quatro a seis de pastagens) ou para algumas culturas anuais, porém com cuidados muito
especiais.
Tais terras podem ser caracterizadas pelos seguintes aspectos: declive íngreme, erosão severa, obstáculos físicos, como
pedregosidade ou drenagem muito deficiente, baixa produtividade, ou outras condições que as tornem impróprias para o
cultivo motomecanizado regular.
Em algumas regiões onde a escassez de chuvas seja muito sentida, de tal maneira a não serem seguras as culturas sem
irrigação, as terras deverão ser classificadas na classe IV. São previstas as seguintes subclasses:
IVE: terras severamente limitadas por risco de erosão para cultivos intensivos, geralmente com declividades acentuadas
(classe de declive D), com deflúvio muito rápido, podendo apresentar erosão em sulcos superficiais muito frequentes,
em sulcos rasos frequentes, ou em sulcos profundos ocasionais; também é o caso de terrenos com declives da classe C,
mas com solos muito susceptíveis à à erosão, tais como os Podzólicos com mudança textural abrupta;
IVS: solos limitados pela profundidade efetiva rasa, ou apresentando pedregosidade (30-50%) com problemas de
motomecanização, ou ainda com pequena capacidade de retenção de água aliada a problemas de fertilidade (como no
caso das Areias Quatzosas);
IVA: solos úmidos, de difícil drenagem, dificultando trabalhos de motomecanização e ainda com outra limitação
adicional, tal como risco de inundação ocasional, que impede cultivo contínuo;
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IVC: terras com limitações climáticas moderadas a severas, ocasionando períodos prolongados de seca, não sendo
possíveis colheitas em anos muito secos, ou então com risco ocasional de geada.
CLASSE V
São as terras planas ou com declives suaves praticamente livres de erosão, mas impróprias para serem exploradas com
culturas anuais, podendo, com segurança, ser apropriadas para pastagens, florestas, ou mesmo para algumas culturas
permanentes, sem a aplicação de técnicas especiais.
Embora apresentando-se praticamente planas e não sujeitas à erosão, não são adaptadas para exploração com culturas
anuais comuns, em razão de impedimentos permanentes, tais como muito baixa capacidade de armazenamento de água,
encharcamento (sem possibilidade de ser corrigido), adversidade climática, freqüente risco de inundação,
pedregosidade ou afloramento de rochas. Em alguns casos é possível o cultivo exclusivo de arroz; mesmo assim com
risco de insucesso pelas limitações advindas, principalmente, do risco de inundação. O solo, entretanto tem poucas
limitações de qualquer espécie, para uso de pastagens ou silvicultura. Podem necessitar de alguns tratos para produções
satisfatórias, tanto de forragens como de arbustos e árvores. Entretanto, se tais tratos forem dispensados, não serão
sujeitas à erosão acelerada. Por isso, podem ser usadas permanentemente sem práticas especiais de controle de erosão ou
de proteção do solo. São previstas para a classe V as seguintes subclasses:
Vs: terras planas não sujeitas à erosão, com deflúvio praticamente nulo, podendo apresentar como limitações os
seguintes fatores: muito baixa capacidade de armazenamento de água, drenagem interna muito rápida ou muito lenta,
pedregosidade ou rochosidade intensa e problemas advindos de pequena profundidade efetiva;
Va: terras planas não sujeitas à erosão, com deflúvio praticamente nulo, severamente limitadas por excesso de água,
sem possibilidade de drenagem artificial e/ou com risco de inundação freqüente, mas que podem ser usadas para
pastoreio pelo menos em algumas épocas do ano;
Vc: terras planas com limitações climáticas severas, com longos períodos de seca e/ou freqüente de geada, neve ou
ventos frios.
CLASSE VI
Terras impróprias para culturas anuais, mas que podem ser usadas para produção de certos cultivos permanentes úteis,
como pastagens, florestas e algumas culturas permanentes protetoras do solo, como seringueira e cacau, desde que
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adequadamente manejadas. O uso com pastagens ou culturas permanentes protetoras deve ser feito com restrições
moderadas, com práticas especiais de conservação do solo, uma vez que, mesmo sob esse tipo de vegetação, são
medianamente suscetíveis de danificação pelos fatores de depauperamento do solo.
Normalmente as limitações que apresentam, são em razão da declividade excessiva ou pequena profundidade do solo, ou
presença de pedras impedindo emprego de máquinas agrícolas. Quando a pluviosidade da região é adequada para
culturas, as limitações da classe VI residem, em geral, na declividade excessiva, na pequena profundidade do solo ou na
pedregosidade. Nas regiões semi-áridas, a escassez de umidade, muitas vezes, é a principal razão para o enquadramento
da terra na classe VI, que apresenta as seguintes subclasses:
Vle: terras que, sob pastagem (ou eventualmente, com culturas protetoras do solo, como por exemplo:
seringueira, cacau ou banana) são medianamente susceptíveis à erosão, com relevo forte ondulado e declividades
acentuadas (classe de declive D ou C para solos muito erodíveis) propiciando de flúvio moderado a severo;
dificuldades severas de motomecanização, pelas condições topográficas, com risco de erosão que pode chegar a muito
severo; presença de erosão em sulcos rasos muito freqüentes ou sulcos profundos freqüentes;
Vls: terras constituídas por solos rasos ou, ainda, com pedregosidade (30-50%) e/ou rochas expostas na superfície. Outra
condição que pode caracterizá-las é a pequena produtividade dos solos, como no caso das areias quartzosas em terrenos
não planos;
Vla: solos muito úmidos, com pequenas ou nulas possibilidades de drenagem artificial, acarretando problemas à
motomecanização, agravados por certa suscetibilidade à erosão ou recebimento de depósitos erosivos oriundos de áreas
vizinhas;
Vlc: terras com limitações climáticas muito severas, a ocasionar seca edafológica muito prolongada que impeça o
cultivo mesmo das plantas perenes mais adaptadas.
CLASSE VII
Terras que, por serem sujeitas a muitas limitações permanentes, além de serem impróprias para cultu_
ras anuais, apresentam severas limitações, mesmo para certas culturas permanentes protetoras do solo, pastagens e
florestas. Sendo altamente susceptíveis de danificação, exigem severas restrições de uso, com práticas especiais.
Normalmente, são muito íngremes, erodidas, pedregosas ou com solos muito rasos, ou ainda com deficiência de água
muito grande.
Os cuidados necessários a elas são semelhantes aos aplicáveis à classe VI, com a diferença de poder ser necessário
maior número de práticas conservacionistas, ou que estas tenham que ser mais intensivas a fim de prevenir ou
diminuir os danos por erosão. Requerem cuidados extremos para controle da erosão. Seu uso, tanto para pastoreio como
para produção de madeira, requer sempre cuidados especiais. Suas sub-classes são as seguintes:
Vlle: terras com limitações severas para outras atividades que não florestas, com risco de erosão muito severo,
apresentando declividades muito acentuadas (mais de 40% de declividade) propiciando deflúvio muito rápido ou
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Vlls: terras pedregosas (mais de 50% de pedregosidade), com associações rochosas, solos rasos a muito rasos ou,
ainda, com a agravante de serem constituídas por solos de baixa capacidade de retenção de água;
Vllc: terras com limitações climáticas muito severas, a exemplo das terras situadas em regiões semi-áridas, em locais
onde a irrigação seria imprescindível, mas é impraticável.
CLASSE VIII
Terras impróprias para serem utilizadas com qualquer tipo de cultivo, inclusive o de florestas comerciais ou para
produção de qualquer outra forma de vegetação permanente de valor econômico. Prestam-se apenas para proteção e
abrigo da fauna e flora silvestre, para fins de recreação e turismo ou de armazenamento de água em açudes.
Consistem, em geral, em áreas extremamente áridas, ou acidentadas, ou pedregosas, ou encharcadas (sem possibilidade
de pastoreio ou drenagem artificial), ou severamente erodidas ou encostas rochosas, ou, ainda dunas arenosas. Inclui-se
aí a maior parte dos terrenos de mangues e de pântanos e terras muito áridas, que não prestam para pastoreio. São
possíveis as seguintes subclasses:
Vllle: terras de relevo excessivo, com declives extremamente acentuados e deflúvios muito rápidos, a expor os solos a
altos riscos de erosão inclusive a eólica, como é o caso das dunas costeiras; presença de processos erosivos muito
severos, inclusive voçorocas;
Vllls: terras constituídas por solos rasos e/ou com tantas pedras e afloramentos de rocha, que impossibilitem plantio e
colheita de essências florestais;
Vllla: áreas planas permanentemente encharcadas, como banhados ou pântanos, sem possibilidade de drenagem ou
apresentando problemas sérios de fertilidade, se drenados, como no caso dos solos tiomórficos;
Vlllc: terras com limitações climáticas muito severas, como as das áreas áridas, que não se prestam mesmo ao pastoreio
ocasional.
Além das oito classes de capacidade de uso, existem as terras que não possibilitam o desenvolvimento de vegetação e
são áreas denominadas tipos de terreno. Entre elas, enquadram-se os afloramentos contínuos de rochas, areias de
praias, áreas escavadas pelo homem, etc..."
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OUTROS FATORES
Fator hídrico (água) - Fh - Para irrigação - rios/barragens - 200% (2,00)
Para irrigação - poços tubulares - 150% (1,50)
Para consumo animal e humano - 120% (1,20)
Não tem - 100% (1,00)
Fator perímetro irrigado - Fpi Imóvel localizado em perímetro irrigado - 300% (3,00)
Imóvel localizado fora de perímetro irrigado - 100% (1,00)
Fator Livre – Fl:É um fator extra que valorize o desvalorize a propriedade; exemplo: imóvel localizado próximo a um
local poluído, ou a alguma agroindústria,etc..Índice que desvalorize em 20% - digitar 0,80; índice que valorize em 20% -
digitar 1,20.
Inexistindo tais fatores, considerar índice 1.
VA = Valor
avaliado
Valor Base = valor de construção da benfeitorias
Fu/a = fator
utilidade/adequação
FC = estado de conservação da
benfeitoria
VA = (Cf + R)(1-Fr),
Coberturas - sendo:
VA =Valor
avaliado.
Cf = Custo de formação
da cultura.
R = Renda líquida (caso a cultura, em função da sua vida útil, tiver apenas
duas safras a mais, não será considerada para efeito de avaliação).
Fr = Fator de risco em decimais. Este parâmetro é usado como redutor,
com
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Cf = (CM1+CM2+CM+ ........+CMX)(1-i/I),
sendo:
Fator
utilidade/adequação: Estado de Conservação:
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
VA=Vo[D(1-
r)+r] D=t/T x cmt
VA = Valor de
Avaliação D = Depreciação
Vo = Valor da máquina
nova t = Idade da máquina
D=
Depreciação T = Vida útil média da máquina
r = Valor Residual -
normalmente = a 5% cmt = coeficiente de manutenção/trabalho
0 -
10
15
20
5 -
10
15
20
10 -
10
15
20
15 -
10
15
20
20 -
10
15
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FATORES SOLO/ACESSO
Situação Características
Ótima – 100% Imóvel com face para rodovia asfaltada, importância limitada das distâncias.
Muito boa – Imóvel servido por rodovia de primeira classe, não pavimentada, importância
90% relativa das distâncias.
Boa 80% Imóvel servido por rodovia não pavimentada, mas que ofereça seguras
condições de praticabilidade, durante todo ano, importância significativa das
distâncias.
Regular 0,70 Imóvel servido por rodovia secundária em condições satisfatórias de
praticabilidade.
Sofrível 60% Imóvel servido por rodovia secundária em condições relativas de
praticabilidade.
Inconveniente 50% Imóvel servido por rodovia secundária em más condições de praticabilidade.
Má 40% Como a anterior, porém interceptada por fechos nas servidões e com
problemas sérios de praticabilidade na estação chuvosa, distâncias e classe
de estrada equivalendo.
Péssima 30% Como a anterior, com sérios problemas de praticabilidade mesmo na estação
seca, interceptada por córregos e ribeirões, sem pontes, com vau cativo ao
volume das águas.
Após inúmeras pesquisas do funcionamento prático, chegou-se a esta
prática Tabela de Homogeneização de Terrenos Rurais:
VALORES RELATIVOS DE TERRAS RÚSTICAS SEGUNDO A CAPACIDADE DE USO DO
SOLO E A SITUAÇÃO DO IMÓVEL DO PONTO DE VISTA DA CIRCULAÇÃO
Classe I II III IV v VI VII VIII
Situação 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30%
Ótima 100% 1,00 0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30
Muito boa 90% 0,90 0,81 0,72 0,63 0,54 0,45 0,36 0,27
Boa 80% 0,80 0,72 0,64 0,56 0,48 0,40 0,32 0,24
Regular 70% 0,70 0,63 0,56 0,49 0,42 0,35 0,28 0,21
Sofrível 60% 0,60 0,54 0,48 0,42 0,36 0,30 0,24 0,18
Inconveniente 0,50 0,45 0,40 0,35 0,30 0,20 0,20 0,15
50%
Ma 40% 0,40 0,36 0,32 0,28 0,24 0,20 0,16 0,12
Péssima 30% 0,30 0,27 0,24 0,21 0,18 0,15 0,12 0,09
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