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ATIVIDADE: PISCICULTURA
POÇO ARTESIANO: PA-FSM-02 e CISTERNA
Unidade: SÃO MIGUEL DO TOCANTINS / TO
2. DOCUMENTOS ANEXOS:
3. MAPAS E ANEXOS:
• Fotografias;
• Mapa de Localização E = 1:100.000;
• Perfil Geológico da Bacia Sedimentar do Parnaíba.
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4. OBJETIVO DA AVALIAÇÃO:
Este estudo, contem a indicação dos pontos de sondagem realizados para a determinação do
nível do lençol freático local (nível piezométrico), plotados em mapa com as respectivas coordenadas
geográficas. Este laudo deverá ser conclusivo quanto à viabilidade da quantidade de água para
implantação do empreendimento no local estudado, em especial no período da seca; O estudo a
seguir trata também da legalidade da documentação de forma a deixar os órgãos competentes,
cientes da legitimidade das informações contidas neste trabalho.
Em especial atender ao Órgão Ambiental INSTITUTO NATUREZA DO TOCANTINS -
NATURATINS, com Laudo Geológico e mapa de detalhe da área de ocupação da propriedade
denominada Fazenda Santa Maria, onde se instala em breve o PROJETO DE PISCICULTURA num total
de 30 Tanques com 9,6000 hectares de lamina d’água, na zona rural da cidade de são Miguel do
Tocantins / TO. Visando atender algumas dúvidas sobre a atividade geológica e hidrogeológica da
área em questão, fez-se necessário o reconhecimento em detalhes da área com visita técnica ao
campo, onde se buscou interpretar o caso com suas peculiaridades próprias. Para tanto foi
constituída uma equipe que trabalhou continuamente nos últimos dias de forma a se obter um perfil
hidro geológico do poço.
A Fazenda Santa Maria Op. Cit., da empresária Cristiane Simári Teixeira da Silva, que iniciou
sua história na cidade de São Miguel do Tocantins / TO, há alguns anos, participando ativamente do
processo de desenvolvimento local. Para atender ao processo de expansão, a empresária pretende
implantar uma nova unidade produtora de piscicultura, de forma a garantir matéria prima para o
comércio local e regional, sendo que os Trabalhos Técnicos para Licença / Outorga de Água
Subterrânea estão sendo executados para o poço Artesiano da Unidade Fazenda Santa Maria, para a
apreciação da NATURATINS/TO.
O Poço Artesiano instalado na Fazenda Santa Maria, denominado PA-FSM-01, foi executado
por empresa independente, não identificada. Poço realizado na propriedade, possivelmente em um
período em que as normas e cumprimento das Exigências Legais, eram outras.
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equipamento. Para 10 horas de funcionamento da bomba/ dia vazão = 8.100 Litros /hora = 8,1 x 10
m³ x 30 dias – 2.430 m³/mês, para as atividades de piscicultura e dessedentação de animais.
Para os afazeres domiciliares da sede da propriedade, temos uma CISTERNA com vazão de
1,512 m³/hora. Com funcionamento diário de aproximadamente 8 horas, temos um consumo mensal
de 1,512 x 8 h x 30 dias = 362,88 m³.
Foram realizadas pesquisas sobre a geologia da área, caminhamentos locais, para avaliação
das condições do terreno e uso de GPS Map76 CSX Garmin, imagens do Google Earth e mapa do DSG-
Ministério do Exército Folha Axixá de Goiás SB-23-V-C-IV.
Para efeitos deste Laudo foi considerado como Ponto de Amarração a coordenada UTM: Norte
221.873,00 e Oeste 9.382.002,00, e o acesso na confrontação a direita com a Rodovia TO–401,
Fazenda Santa Maria de Propriedade de Cristiane Simari Teixeira da Silva e família.
Município situado no estado do Tocantins, as margens de rodovias que ligam: TO-409 (Axixá
do Tocantins - Augustinópolis) e TO-126 (Itaguatins – Sítio Novo do Tocantins – São Miguel do
Tocantins – Rio Tocantins), TO-404 (Augustinópolis – Praia Norte) e TO-403 (TO-404 – Sampaio) estão
trafegáveis com piso de revestimento asfáltico primário. Partindo-se das rodovias estadual e federal,
existe uma boa rede de estradas municipais e de fazendas.
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O transporte aéreo é limitado à operação de táxis aéreos, sendo as pistas de pouso,
localizadas nas sedes dos municípios, de leito natural. A região é atendida pela cidade de Imperatriz,
no Maranhão, localizada a Nordeste da área mapeada, no que diz respeito à voos regionais das
principais empresas de aviação comercial do país. Foram utilizados para o mapeamento geológico a
Folha Imperatriz - Estado do Tocantins, os seguintes dados e materiais:
Mapas geológicos e textos explicativos do Programa Levantamentos Geológicos Básicos do
Brasil e com as seguintes Coordenadas UTM E 223.060,00 e N 9.384.388,00 e Coordenadas
geográficas 05°33’50.970” S e 47°29’58.950” W.
O Terreno situam-se cerca de 8.000,00 metros a Sudeste do Centro da cidade de São Miguel
do Tocantins/TO, e a 3.200,00 metros do primeiro Trevo de acesso ao Município de Imperatriz / MA,
deste ponto se segue cerca de 1.100,00 metros para sul e 2.200,00 metros para sudeste até a sede
da Fazenda.
Seguindo no mesmo sentido Leste/Norte tem-se, a cidade de Imperatriz/MA, a melhor
logística de apoio da região tocantínea, com: Fórum, Universidades, Escolas, Bancos, Posto de
Abastecimento de Combustível, Comércio Atacadista e Varejista de Secos e Molhados, Restaurantes,
Borracharia, Telefone Público, Loja de conveniências, Farmácias, e Agencias Bancárias, Campo de
Futebol, Correios, Porto Beira do Rio Tocantins.
O relevo do terreno é plano, com ligeira queda no sentido do Rio Tocantins, com baixios
isolados distantes, o solo é do tipo Podzólico róseos-vermelhos, oriundos da decomposição de rochas
basálticas e de outros sedimentos ferríferos e, são enquadrados excelentes para as construções de
pequeno e médio porte e para construções de grande porte se faz necessário estudos geodésicos
complementares.
7. METODOLOGIA DO TRABALHO:
O trabalho de campo foi realizado com: GPS MAP 76 CSx, Máquina fotográfica Panasonic com
GPS, cujos dados de localização foram lançados em Mapa AutoCAD como pontos de Coordenadas
UTM e na Imagem Google Earth, que melhor visualiza as questões abordadas neste trabalho.
Depois se seguiu as medidas localizadas dos desníveis do terreno, e ao mesmo tempo
coordenando o ponto com apoio de GPS Barométrico. Concomitantemente, foram realizados
estudos do nível piezométrico com apoio de Medidor de nível Marca BRASBAILER, Medidor Sauber
System Ambiental, modelopara 300 metros de profundidade.
E pela simplicidade do trabalho se buscou evitar estudos e cálculos mais complexos de forma
a permitir um entendimento rápido das informações a serem apresentadas na conclusão.
Têm-se algumas distâncias linha reta, medidas a partir Imagem Google, entre o Terreno e
alguns Equipamentos Urbanos nas cidades de São Miguel do Tocantins/TO e Imperatriz/MA.
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A região em questão foi bastante devastada e apresenta foco das feições geomorfológicas
originais, devido à presença do homem e da própria natureza dos processos de antropização. A área
foi parcialmente alterada da sua aparência primária, mas ainda é possível identificar algumas feições
originais – rios, estradas, caminhos, limites de cercas, casas, limites de outros proprietários: e feições
do relevo original.
8.2. Hidrogeologia:
Com base nas espessuras dos pacotes sedimentares, podem ser individualizadas três
principais zonas de captação de água subterrânea: onde neste trabalho vamos negritar a bacia
hidrográfica do Poço PA-FSM-01.
• Zona 1: Aquíferos com captação em altas profundidades. Zona de exploração dos Aquíferos
Sambaíba e Poti-Piauí, de características litológicas predominantemente arenosas, com amplas áreas
de realimentação em suas zonas aflorantes.
• Zona 2: Captação dos aquíferos Corda, Grajaú e Itapecuru, que ocupam mais de 50% da
área. Constituem aquíferos livres a subconfinados, em geral satisfatórios para atender pequenos
empreendimentos, com poços de até 250,00 metros de profundidade e vazões entre 5 e 20 m³/h.
• Zona 3: Captação dos aquíferos da Formação Barreiras e sedimentos do Quaternário. Na
Formação Barreiras, poços com profundidades médias de 80,00 metros chegam a produzir 100 m³/h.
O aquífero Cabeças ocorre em subsuperfície, de forma contínua, sob toda a área, com
espessuras em torno de 100,00 metros e uma profundidade em alguns locais superior a 1.500,00
metros. É formado essencialmente por arenitos porosos e permeáveis, constituindo-se em um
excelente reservatório de água subterrânea.
8.3. Solos:
Os tipos de solos originais que constituem o município são o Latossolo vermelho escuro:
solos minerais profundos e bem drenados; as Areias quartzosas: solos minerais, não hidromórficos,
textura arenosa, pouco desenvolvido e com baixa fertilidade natural e os Solos litoicos: solos rasos,
muito pouco evoluídos, apresentam teores baixos de materiais primários de fácil decomposição.
8.4. Vegetação:
Os tipos de vegetação originais do município são o cerrado, que se caracteriza por árvores
baixas, de troncos retorcidos e cascas grossas, espalhadas pelo terreno; as florestas ou matas, que se
caracteriza pelo predomínio de árvores altas que crescem bem próximas umas das outras e os
campos, que se caracterizam pela formação de plantas rasteiras, predominando o capim e a grama.
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A sinéclise do Parnaíba se originou no período Ordoviciano da era Paleozóica e desenvolveu-
se essencialmente sobre a crosta continental bastante tectonizada. Para Góes e Feijó (1994), no final
do Ciclo Brasiliano, os grabens e meio-grábens instalados ao longo das principais zonas de fraquezas
crustais herdadas foram preenchidas simultaneamente por sedimentos imaturos.
A partir do final do Ordoviciano, com o término da influência tardi-brasiliana, a subsidência
ocorreu de forma mais lenta e gradual, unicamente em resposta ao resfriamento termal. Assim, do
final do período Ordoviciano em diante, um grande sítio deposicional foi instalado sobre o
supercontinente Gondwana, na porção correspondente ao atual Nordeste brasileiro – a denominada
(Cunha, 1986) Bacia do Parnaíba.
A Bacia do Parnaíba possui dimensões da ordem de 600.000 Km² e espessura de até 3.500,00
metros. Apresenta forma elipsoidal com diâmetros de 1000 km a NE-SW (maior) e 800 km a NW-SE
(menor), e está posicionada sobre área de remobilização brasiliana (JUSTO, 2006).
A área original da Bacia, durante sua evolução Paleozóica, excedeu 0,7 milhões de Km²,
acumulando cerca de 2.500,00 metros de sedimentos detríticos em seu depocentro (ALMEIDA, 1969
apud JUSTO, 2006). Esta bacia sedimentar corresponde, portanto a uma sinéclise, bacia
intracratônica, ou seja, formada dentro do cráton ou embasamento.
Góes e Feijó (1994) sintetizaram a estratigrafia da bacia em quatro grupos: Serra Grande, Canindé,
Balsas e Mearim. A evolução paleogeográfica foi reconstituída a partir da subdivisão de cinco
sequencias deposicionais de segunda ordem. Cada sequência deposicional corresponde a um pacote
de rochas com ampla distribuição, relacionadas a um ciclo tectônico limitado no topo e na base por
discordâncias de caráter regional. Segundo Góes e Feijó (1994), o período de tempo no qual a maior
parte da sedimentação ocorreu nomeia uma seqüência. Assim, as cinco seqüências deposicionais e
suas unidades litoestratigráficas correspondentes são as seguintes:
• Sequência Siluriana – Grupo Serra Grande:é composto por arenitos, folhelhos, siltitos,
conglomerados e raros diamictitos. É composto pelas formações Ipú, Tianguá e Jaicós, que
corresponde à primeira incursão marinhana bacia.
• Sequência Devoniana – Grupo Canindé: é composto por folhelhos, arenitos e siltitos,
distribuídos nas formações Itaim, Pimenteiras, Cabeças, Longá e Poti, que corresponde a segunda
incursão marinha na bacia.
• Sequência Carbonífera-Permiana – Grupo Balsas: é composto por arenitos, siltitos,
folhelhos, calcários, anidritas, silexitos e restos de madeira petrificada, distribuídas nas formações
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Piauí, Pedra de fogo, Motuca e Sambaíba que corresponde a deposição em mares com circulação
restrita.
• Sequência Jurássica – Grupo Mearim: é compostos por arenitos, siltitos e folhelhos das
formações Pastos Bons e Corda, depositados em ambiente desértico, flúviolacustre com
retalhamento eólico. Atividade vulcânica foi atribuída à formação mosquito.
• Sequência Cretácea – arenitos, argilitos, folhelhos, carbonatos e anidritas correspondentes
ás formações Itapecuru, Codó e Grajaú/Corda, depositados em ambiente epicontinental com
eventuais incursões marinhas restritas à base da seqüência. A atividade vulcânica é atribuída á
formação Sardinha. As formações Areadas (siltitos e folhelhos) e Urucuia são de pouca expressão e
restritas ao sul da Bacia.
Segundo Góes e Feijó (1994) ainda haveria uma sexta seqüência, uma seqüência terciária,
que corresponde às formações: Nova Iorque composta por folhelhos e siltitos com restos de plantas
e peixes, e Pirabas, composta por margas e calcários fossilíferos.
• Do Ordoviciano - 435 M.a - até o Carbonífero – 295 M.a, o preenchimento da bacia esteve
condicionado a 2 eixos deposicionais ortogonalmente dispostos e orientados para SE-SW e NW-SE,
coincidindo aproximadamente às direções dos lineamentos transbrasiliano e Picos-Santa-Inês.
Generalidades
Formação Codó é o conjunto de folhelhos calcíferos e betuminosos com lentes de calcário,
concreções de gipsita e peixes fósseis, que ocorrem nas proximidades da cidade de Codó, Estado do
Maranhão. A Formação Codó foi identificada na margem esquerdado rio Tocantins, uma faixa de
direção NW-SE, e Na Folha Imperatriz, a Formação Codó ocorre em três áreas distintas: a Norte das
cidades de Sítio Novo do Tocantins e Axixá do Tocantins, prolongando-se às da cidade de Sítio Novo
do Tocantins e a Sudoeste da cidade de Augustinópolis. Com exceção feita à margem do rio
Tocantins, as áreas de ocorrência são caracteristicamente planas, com interflúvios amplose leito das
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drenagens em forma de U houve dificuldades devido as más condições de preservação de seus
afloramentos.
Observou-se que esta unidade mantém contato superior concordante com a Formação
Itapecuru, podendo ser localmente discordante erosivo. Com os sedimentos do Quaternário o
contato se faz por falhamento normal.
O contato inferior não foi observado, entretanto, CUNHA & também concordante,
excetuando-se pequenas discordâncias locais. Os contatos, tanto com a Formação Corda (inferior)
como com a Formação Itapecuru (superior), são caracterizados pela gradação concordante.
Pequenas discordâncias locais, representadas por uma fina camada de seixos entre as
formações Codó e Itapecuru, podem ser observadas em afloramento no lugarejo de Jatobal. No
âmbito da Folha mapeada, foram individualizadas três litofácies nesta unidade, caracterizadas
abaixo:
- parte inferior (basal), constituída por arenito fino,esbranquiçado, bem selecionado, com
estratificação cruzada tangencial. Intercalam-se níveis pelíticos de cor cinza com material carbonoso;
- parte média, formada por uma seqüência onde se alternam níveis centimétricos finos,
esbranquiçados, carbonáticos e sílticos argilosos esverdeados, cinza, arroxeados, e;
- parte superior, constituída de siltitos argilosos, cinza esverdeados com lentes de areia com
marcas de onda e estratificação cruzada cavalgante. No topo ocorre arenito fino, sigmoidal,
envolvido por sedimento fino.
A Oeste da cidade de Sítio Novo do Tocantins e a Sudoeste de Augustinópolis, a maioria dos
afloramentos é mal preservada devido à própria natureza tênue das litologias que compõem a
formação. Sendo assim, estas ocorrências restringem-se aos talvegues dos pequenos vales dos
tributários do rio Tocantins.
9. ENSAIO DE VAZÃO:
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• Rebaixamento do nível da água dentro do poço é a distância entre o Nível Estático (NE) e o
Nível Dinâmico (ND);
• Nível Estático (NE) é a distância da superfície do terreno ao nível da água dentro do poço
antes de iniciar o bombeamento;
• Nível Dinâmico (ND) é a distância entre a superfície do terreno e o nível da água dentro do
poço após o início do bombeamento;
• O variável Tempo: é o tempo decorrido a partir do início do bombeamento, até a
estabilidade entre bombeamento e reposição do aquífero.
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Os níveis da água dentro do poço devem ser medidos através do medidor de nível
elétrico Marca Brasbailer; Modelo Sauber System Ambiental; Profundidade de Cabo até 300,00
metros. Esse dispositivo consiste basicamente de um cabo elétrico ligado a uma fonte, tendo na
outra extremidade um eletrodo que, ao tocar na superfície da água, fecha o circuito e aciona um
alarme sonoro ou luminoso. Afigura abaixo ilustra um medidor de nível elétrico e sua forma de
operação.
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A equipe operacional para a execução do teste foi constituída, por duas pessoas. Uma para
fazer a medida de vazão e a outra para realizar o acompanhamento dos níveis dinâmicos. Foi aferido
o cabo do medidor de nível a cada novo teste para corrigir prováveis distorções em função da
dilatação do fio. Foi realizado, antes do teste, um bombeamento inicial por um período de tempo de
1 hora, o qual tem as seguintes finalidades:
• Definição da vazão do teste;
• Definição do local de descarga da água bombeada. Muitas vezes é necessário canalizar a
água bombeada para uma instância segura, para que não ocorra infiltração local promovendo o
retorno da água bombeada ao aquífero e mascarando o resultado do teste.
A seguir, na figura, será apresentado um exemplo mostrando a operação de um teste de
bombeamento com equipamento de bombeamento e dispositivo de medição de vazão;
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15.2. Rebaixamento:
15.3. Recuperação:
• t' (min): tempo decorrido após o encerramento do bombeamento do poço foi de 120
minutos;
• ND (m): é o nível dinâmico quando o poço começa a recuper ar o seu nível da água, ou seja,
a profundidade do nível da água naquele tempo, em relação à superfície, ver Tabela 01;
• Sw(m): é a recuperação do nível da água (ND - NE) naquele determinado tempo, ver Tabela
01;
• Tb/t'+1: é o tempo de bombeamento final dividido pelo tempo medido na recuperação
mais um, para plotar no mesmo gráfico do rebaixamento os valores determinados na recuperação,
ver Tabela 01;
DO POÇO (PA-FSM-02):
Vazão Específica. Esse sistema foi testado em Agosto de 2014 e demonstram medidas
médias de 135,00 litros a cada 1 (um) minuto, ou seja, o sistema com os equipamentos atuais
teoricamente seria capaz de produzir 8.100 litros/hora, atingindo a capacidade nominal do
equipamento. Para 10 horas de funcionamento da bomba/ dia vazão = 8.100 Litros /hora = 10 x 8.1
m³ x 30 dias – 2.430 m³/mês.
DA CISTERNA:
Vazão Específica. Esse sistema foi testado em Agosto de 2014 e demonstram medidas
médias de 25,20 litros a cada 1 (um) minuto, ou seja, o sistema com os equipamentos atuais
teoricamente seria capaz de produzir 1.5120 litros/hora, atingindo a capacidade nominal do
equipamento. Para 10 horas de funcionamento da bomba/ dia vazão = 1.512 Litros /hora = 10 x
1,512 m³ x 30 dias – 453,6 m³/mês.
A vazão específica é dada pela razão entre a vazão de bombeamento para 07 horas (tabela 1) e o
rebaixamento produzido no poço em função do bombeamento para o tempo de 8 horas, ou seja, 480
minutos (tabela 1), logo, igual a 3,31 m³/h/m.
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Rebaixamento disponível
Rebaixamento disponível é o máximo que se pode rebaixar num poço sem que o mesmo
sofra riscos de colapso, ou seja, o nível dinâmico ultrapasse o crivo da bomba. Não existe uma
fórmula definitiva para o dimensionamento do rebaixamento disponível, porém pode-se sugerir
como referencial as seguintes formulações:
PC é a profundidade do crivo da bomba projetada para a exploração do poço. Recomenda-se
a instalação do crivo da bomba 3,00 metros acima do topo da primeira seção de filtros,
considerando-se o sentido descendente. NE é o nível estático do poço, medido antes do início do
bombeamento. Neste caso, o topo da primeira seção de filtros está aos 40,00 metros, logo a
profundidade do crivo da bomba está aos 40,00 metros (45,00 m – 3,00 m) e o NE está aos 34,5
metros.
RD = Rebaixamento disponível
PC = Profundidade do crivo da bomba ou injetor
NE = Profundidade do nível estático
(PA-FSM-02)
(CISTERNA)
A vazão referencial para instalação de poços em rochas sedimentares será dada pelo
produto da vazão específica (Qesp) para o tempo de 24 horas ou por estabilização e o
rebaixamento disponível (RD).
Rochas Sedimentares Q = Qesp (04 horas) X RD
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Para o caso de rochas sedimentares a vazão referencial para a instalação do poço é dada pela
equação, logo:
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Profundidade do poço (m): 45,00 Rebaixamento Total (m): 39,70
Munic/UF: São Miguel do Tocantins - TO Mét. Med. Vazão: Volumétrica = tambor 100 L
Q(m³/h): 8,1
REBAIXAMENTO RECUPERAÇÃO
t ND Sw
HORA (min) (m) Se(m) Q (m³/h) t(min) ND*(m) (m) Tbf/Tr + 1
480 480
540 540
600 600
660 660
720
Como a demanda da água produzida no poço é para atender em média 100.000 l/dia, o que
torna necessário o bombeamento de apenas 10:00 (dez horas) por dia, interferindo muito pouco no
lençol de água subterrâneo NO QUE SE REFERE AO PA-FSM-01 que já foi objeto de estudo e cadastro
junto a ANA CNARH e outorga por este Órgão Ambiental.
Se somadas as capacidades de produção dos poços PA-FSM-01 + PA-FSM-02 É igual a:
100.000 litros/dia + 81.000 litros/dia = 181.000 litros / dia.
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Fossa Séptica
Detalhe da Coordenada: 221.814,00 / 9.382.016,00
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Quaisquer alterações do uso atual que possa comprometer o aquífero aqui citado, deverão
ser comunicadas a este técnico e aos órgãos competentes, para uma nova análise dos fatos.
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21. BIBLIOGRAFIA:
BRASBAILER, Medidor Sauber System Ambiental/300,00 m. CERRI L.E.S. et. Alli – Estudo
Geológico – Geotécnico em Área de Instalação de Posto de Combustível, em Rio Claro / SP,
Departamento de Geologia, UNESP – SP - Impresso 2003.
CUSTÓDIO, E & LLAMAS, M.R. 1983 -Hidrologia Subterrânea.2ed., Ediciones Omega S.A,.
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KRUSEMAN, G. P. & DERIDDER, N. A. - Analysis and Evaluation of Pumping Test Data. 2ed.
International Institute for Land Reclamation and Improvement Wageningen the Netherlands, 1970.
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