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Proc 12646/2006-e

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA E


DESENVOLVIMENTO RURAL

SUBSECRETARIA DE AGRICULTURA
FAMILIAR E DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

RELATÓRIO DE VIABILIDADE AMBIENTAL (RVA)

Camapuã

Brasília 2013

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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA E


DESENVOLVIMENTO RURAL

SUBSECRETARIA DE AGRICULTURA
FAMILIAR E DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

Secretário da Agricultura

Lúcio Taveira Valadão

Secretário Adjunto

Nilton Gonçalves Guimarães

Subsecretário de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário

Gustavo Augusto Gomes de Moura

Diretora de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário

Viviane Silveira Anjos

Setembro 2013
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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA E


DESENVOLVIMENTO RURAL

SUBSECRETARIA DE AGRICULTURA
FAMILIAR E DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

RESPONSÁVEL TÉCNICA

_________________________

Viviane Silveira Anjos

Engenheira Agrônoma CREA 15.879/D-DF

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ÍNDICE

I - Histórico do projeto de acampamento ......................................................................... 5

II - Identificação do Imóvel .............................................................................................. 5

1 - Caracterização da área de influência do imóvel, a partir de dados secundários, mapas

temáticos e outros recursos. .............................................................................................. 6

1.1 Legislação Vigente ................................................................................................ 6

1.2 Plano Diretor de Ordenamento dos Territórios do Distrito Federal ........................... 6

1.3 Área de Proteção Ambiental ....................................................................................... 7

2. DIAGNÓSTICO DESCRITIVO DO MEIO FÍSICO .................................................. 8

2.1 Hidrografia ................................................................................................................. 8

2.2 Geologia ..................................................................................................................... 9

2.3 Solos ........................................................................................................................... 9

2.5 Declividade ............................................................................................................... 10

3. DIAGNÓSTICO DESCRITIVO DO MEIO BIÓTICO ............................................. 11

3.1 Vegetação ................................................................................................................. 11

3.2 Área de Preservação Permanente e Reserva Legal ................................................... 11

4. DIAGNÓSTICO DESCRITIVO DO MEIO SOCIOECONÔMICO E CULTURAL 12

5. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 13

6. ANEXOS .................................................................................................................... 14

7. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 23

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I - Histórico do projeto de acampamento

A ocupação da área denominada Camapuã teve início em março de 2004. O


acampamento localiza-se na Fazenda Papuda II, situada na BR-251, Km 31 – RA São
Sebastião. Demonstrando um processo avançado de organização social, as 28 famílias
fundaram a Cooperativa Agrícola Nova Camapuã, consolidando um passo importante
para o desenvolvimento dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.

Atualmente, somente quatro famílias residem na área de aproximadamente 169


hectares, devido a um acordo firmado com a Secretaria de Agricultura do Distrito
Federal. As demais famílias aguardam a conclusão do processo de criação do
assentamento.

As famílias em sua maioria são de ex-posseiros/meeiros e trabalhadores rurais


assalariados, de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social. O GDF, em
parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrária (MDA), está levando a essas
áreas o Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR) e a
busca ativa da assistência social, para inclusão das famílias no Cadastramento Único
(CADÚnico). Após a criação do assentamento, em conformidade com o Decreto nº
34.289 de 17 de abril de 2013, que regulamenta o Programa de Assentamento dos
Trabalhadores Rurais (PRAT), as famílias serão cadastradas e submetidas aos critérios
do INCRA e do Plano Nacional de Reforma Agrária, para seleção e classificação das
famílias a serem assentadas.

II - Identificação do Imóvel

 Denominação do acampamento: Nova Camapuã


 Denominação da fazenda: Fazenda Camapuã
 Movimento: Independente
 Área: 169,9 ha
 Número de famílias: aproximadamente 28

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 Vias de acesso: A Fazenda Camapuã localiza-se na região administrativa de São


Sebastião, Brasília-DF. O acesso à fazenda se dá saindo da ponte JK pela BR-
251 (que dá acesso a Unaí-MG), Km 31, conforme figura 1, em anexo.

 Distribuição da área considerando a legislação vigente (tabela 1).

Tabela 1 – Distribuição da área de acordo com a legislação vigente.

Descrição da área Área (ha)

Área total 169,9

Área de Preservação Permanente (APP) 4,8

Área da Reserva Legal 33,02

Área Útil 132,08

1 - Caracterização da área de influência do imóvel, a partir de dados secundários,


mapas temáticos e outros recursos.

1.1 Legislação Vigente

1.2 Plano Diretor de Ordenamento dos Territórios do Distrito Federal

De acordo com o Mapa do Plano Diretor de Ordenamento de Territórios do Distrito


Federal de 2009, a fazenda Quilombo está inserida na Zona Rural de Uso Controlado 1,
conforme figura 2.

Da Zona Rural de Uso Controlado

Art. 87. A Zona Rural de Uso Controlado é composta,


predominantemente, por áreas de atividades agropastoris, de subsistência e
comerciais, sujeitas às restrições e condicionantes impostos pela sua
sensibilidade ambiental e pela proteção dos mananciais destinados à captação
de água para abastecimento público.
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Parágrafo único. Essa zona se subdivide nas porções do território referentes


às bacias hidrográficas nela inseridas que segue:

I – Zona Rural de Uso Controlado I: compreende as áreas rurais inseridas na


bacia do rio São Bartolomeu

Art. 89. Na Zona Rural de Uso Controlado I, considerada a


sensibilidade da região às alterações das suas condições ecológicas e a
previsão de futura captação de água para abastecimento no rio São
Bartolomeu, devem ser adotadas medidas de monitoramento e controle do uso
e ocupação do solo para coibir parcelamento irregular de glebas rurais para
fins urbanos.

1.3 Área de Proteção Ambiental

A fazenda Quilombo está localizada na Área de Proteção Ambiental do Planalto


Central, conforme figura 3. A APA do Planalto Central foi criada pelo Decreto de 10 de
janeiro de 2002, que em seus artigos 1° e 5°cita:

Art. 1°. Fica criada a Área de Proteção Ambiental - APA do Planalto


Central, localizada no Distrito Federal e no Estado de Goiás, com a finalidade de
proteger os mananciais, regular o uso dos recursos hídricos e o parcelamento do
solo, garantindo o uso racional dos recursos naturais e protegendo o patrimônio
ambiental e cultural da região.

Art. 5° Na APA do Planalto Central, o licenciamento ambiental e a


supervisão dos demais processos dele decorrentes serão realizados pelos órgãos
e entidades ambientais competentes, nos termos do que dispõe o art. 10 da Lei no
6.938, de 31 de agosto de 1981, levando-se em conta as seguintes atividades:
(Redação dada pelo Decreto de 29 de abril de 2009).

I - implantação de projetos de urbanização, novos loteamentos e expansão


ou modificação daqueles já existentes;

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II - implantação ou expansão de serviços públicos de água, esgoto e


energia elétrica;

III - remoção de vegetação nativa em qualquer estágio de sucessão;

IV - abertura de novas ou ampliação das vias de comunicação existentes;

V - modificação de gabarito de construção, taxa máxima de ocupação e


módulo mínimo de parcelamento do solo;

VI - construção de diques e barragens nos cursos d’água; e

VII - implantação ou execução de qualquer atividade potencialmente


degradadora do meio ambiente, nos termos da lei.

2. DIAGNÓSTICO DESCRITIVO DO MEIO FÍSICO

2.1 Hidrografia

Segundo o mapa hidrográfico do DF, a fazenda Quilombo pertence à região


hidrográfica do rio Paraná (figura 4) e a bacia hidrográfica do rio São Bartolomeu
(figura 5).
A região hidrográfica do Paraná é responsável pela maior área drenada do DF,
ocupando aproximadamente uma área de 3.658 Km² com uma descarga média de 64
m³∕s. O Rio Paraná é o principal rio desta bacia, dentre os principais formadores do rio
Paraná destacam-se o rio Grande, o rio Paranaíba e o rio São Bartolomeu (SEMARH
2011). A bacia do rio Paraná apresenta o maior desenvolvimento econômico do País.
A bacia do rio São Bartolomeu é a que drena a maior parte da área do Distrito
Federal. Nesta bacia, estão situadas parte das regiões administrativas de Sobradinho,
Planaltina, Paranoá, São Sebastiao, Santa Maria e Taguatinga e a totalidade das RAs
Brasília, Riacho Fundo, Lago Sul, Lago Norte, Cruzeiro, Candangolândia e Núcleo
Bandeirante.
Segundo o Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Paranoá (CBH 2011), a bacia
do rio São Bartolomeu vem sofrendo um processo intensivo de ocupação do solo, com
uma forte participação das atividades agropecuárias, mineradoras e principalmente,
pelos parcelamentos de solo. A ocupação territorial desordenada, com a rápida

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transformação das áreas rurais em loteamentos com características urbanas, promoveu


perda da vegetação natural, além da impermeabilização do solo.

2.2 Geologia

Segundo o mapa de geologia do Distrito Federal elaborado pela SEMARH/DF, a


área de estudo está inserida no grupo Canastra, conforme figura 6 em anexo.

O Grupo Canastra ocupa cerca de 15% da área total do DF, sendo distribuído
pelos vales dos rios São Bartolomeu (na porção central do DF) e Maranhão (na porção
Centro-Norte do DF). É constituído essencialmente por filitos variados, os quais
incluem clorita filitos, quartzo-fengita filitos e clorita-carbonato filitos. Além dos filitos,
ocorrem subordinadamente, na forma de lentes decamétricas, mármores finos cinza-
claros e quartzitos finos silicificados e cataclasados. No DF ocorrem metassedimentos
correlacionáveis às formações Serra do Landim e Paracatu (Freitas-Silva & Dardenne
1994).

2.3 Solos

De acordo com o mapa de reconhecimento dos solos do DF (Embrapa 1978), foi


identificado a ocorrência das seguintes classes: latossolo vermelho e cambissolo (figura
7).

 Latossolo vermelho

Esta classe de solo ocorrem nas áreas mais planas, sob condições de relevo plano e
suave ondulado. Nos Latossolos, o horizonte B encontra-se imediatamente abaixo de
qualquer tipo de horizontes superficiais, exceto os de características marcadamente
orgânicas ou hidromórficas.

As características latossólicas devem estar bem caracterizadas nos primeiros 2 m


de profundidade ou dentro dos primeiros 3 m de profundidade caso o horizonte A
apresente espessura maior que 0,50 m. São solos em geral profundos, velhos, bem
drenados, baixo teor de silte, baixo teor de materiais facilmente intemperizaveis,

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homogêneo, estrutura granular, sempre ácidos, nunca hidromórficos. Podem ser


eutróficos (saturação por bases maior que 50%) ou distróficos (saturação por bases
inferior a 50%); São formados pelo processo denominado latolização que consiste
basicamente na remoção da sílica e das bases do perfil, após transformação dos minerais
primários constituintes.

 Cambissolo

Estes solos se caracterizam pelo pouco desenvolvimento do perfil, apresentando um


horizonte Bi, com características que indicam um estágio pouco avançado de evolução,
como presença de fragmentos de rocha de permeio com a massa do solo e/ou alta
relação silte/argila. Do ponto de vista químico, podem se apresentar distróficos ou
álicos com baixa fertilidade. São rasos ou moderadamente profundos e ocorrem nas
áreas de relevo mais movimentado, sendo, portanto altamente susceptíveis à erosão. São
adequados ao desenvolvimento de projetos agro florestais e silvo pastoris.

Os Cambissolos ocorrem, em maior extensão, em áreas mais movimentadas, com


predominância de relevo ondulado, podendo ocorrer, também, sob condições de relevo
suave ondulado.

2.5 Declividade

As classes de declividade da área foram enquadradas dentro de determinados


intervalos de declividade, os quais definem as classes. As seguintes classes de
declividade foram apontadas dentro da poligonal do acampamento Quilombo (figura 8):

 Classe B – Declividade Moderada (2 a 5%) - O escoamento superficial é lento


ou médio, o declive não impede ou dificulta o trabalho de qualquer tipo de
máquina agrícola mais usual.

 Classe C – Declividade moderada forte (5 a 10%) – Predominância de áreas com


superfícies inclinadas, geralmente com relevo ondulado, nos quais o escoamento
superficial, para a maioria da partes dos solos, é médio ou rápido. O declive não

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prejudica a utilização de máquinas agrícolas. Em alguns casos, a erosão oferece


pequenos problemas que podem ser controlados com práticas simples.

 Classe D – Declividade forte (10 a 20%)- Há predominância de áreas inclinadas,


onde o escoamento superficial é rápido na maior parte dos solos. A maior parte
das máquinas agrícolas podem ser usadas.

 Classe E – Declividade muito forte (> 20%) - Há predominância de áreas


inclinadas a fortemente inclinadas, cujo escoamento superficial é rápido a muito
rápido na maior parte dos solos. Em terras nessa situação não é recomendável a
prática de agricultura intensiva.

3. DIAGNÓSTICO DESCRITIVO DO MEIO BIÓTICO

3.1 Vegetação

Na área da fazenda Camapuã, cerca de 80% da vegetação original foi substituída por
pastagens plantadas e plantio de culturas para subsistência das famílias que lá habitam.
Parte da APP do córrego Quilombo está desmatada devido a uma atividade de olaria na
beira do córrego. Existem, no entanto, áreas com vegetação nativa do cerrado em área
com maior declive.

3.2 Área de Preservação Permanente e Reserva Legal

As áreas de preservação permanente – APPs foram delimitadas de acordo com a


Lei Nº 12.651 que institui o Código Florestal.

Art. 4° Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais


ou urbanas, para os efeitos desta Lei:
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural, desde a borda
da calha do leito regular, em largura mínima de:
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros
de largura;
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b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a


50 (cinquenta) metros de largura;

De acordo com o Código Florestal, a reserva legal é a área localizada no interior de


uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao
uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos
ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora
nativas. Em anexo, na figura 9 visualiza-se as APP e a previsão da área de reserva legal.

O código florestal define o percentual da área reservada para a reserva florestal em


seu artigo 16 º que cita:

Art. 12. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação
nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas
sobre as Áreas de Preservação Permanente, observados os seguintes
percentuais mínimos em relação à área do imóvel:

II - localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte por cento).

4. DIAGNÓSTICO DESCRITIVO DO MEIO SOCIOECONÔMICO E


CULTURAL

 Estrutura

Há uma olaria próxima a APP com casa sede, galpão, e algumas estruturas para
o empreendimento. Há também 4 casas onde vivem as famílias dos trabalhadores rurais
que não deixaram o local na época do acordo com a SEAGRI. Essas casas são de
madeiriti cobertas com lonas e telhas de amianto.

 Saúde

O posto de saúde mais próximos encontram-se a aproximadamente 15 km de


distancia.

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5. CONCLUSÃO

A área da fazenda Capamuã não apresentou nenhum impedimento de restrição


quanto às legislações ambientais.

As famílias de trabalhadores rurais contarão com a assistência técnica da


Empresa de Assistência Técnica do DF (EMATER).

Com boas práticas de manejo ao tipo de solo apresentado a Fazenda Camapuã é


viável para assentar as 28 famílias que pleiteiam a área.

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6. ANEXOS

Figura 1 – Mapa de acesso viário

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Figura 2 – Mapa do PDOT

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Figura 3 – Mapa das áreas de proteção ambiental

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Figura 4 – Mapa das regiões hidrográficas do DF

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Figura 5 – Mapa das bacias hidrográficas do DF

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Figura 6 – Mapa geológico do DF

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Figura 7 – Mapa de solos

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Figura 8 – Mapa de declividade

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Figura 9 – Mapa da área de APP e reserva legal

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7. BIBLIOGRAFIA

Código Florestal - Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012.

Freitas-Silva F. H. & Dardenne, M. A. 1994. Proposta de subdivisão estratigráfica


formal para o Grupo Canastra no oeste de Minas Gerais e leste de Goiás. In: SBG,
imp. Geol. Centro-Oeste, 4. Brasília, 1991. Anais...Brasília, SBG-DF/CO, p.164-165.

PDOT 2012 - Lei complementar nº 854, de 15 de outubro de 2012

SEPLAN

Disponível em <http://www.seplan.to.gov.br/seplan/br/download/20090219151454-
plano_informacao_declividade.pdf> Acesso 5/4/13.

Comitê de Bacias Hidrográficas do São Bartolomeu

Disponível em <http://www.cbhparanoa.df.gov.br/bacia_bartolomeu.asp> Acesso


5/4/13

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1. IDENTIFICAÇÃO DA PROPRIEDADE

Em anexo, a cópia da Decisão da Diretoria Colegiada da Empresa Terracap, que


disponibiliza a Fazenda Camapuã (situada em parte do Imóvel Papuda II) ao Programa
de Assentamento de Trabalhadores Rurais – PRAT.

2. VEGETAÇÃO

a. Bioma e ecossistemas associados. Caracterização da vegetação local.

Na área da fazenda Camapuã, cerca de 80% da vegetação original foi substituída por
pastagens plantadas e plantio de culturas para subsistência das famílias que lá habitam.
Parte da APP do córrego Quilombo está desmatada devido a uma atividade de olaria na
beira do córrego. Existem, no entanto, áreas com vegetação nativa do cerrado em área
com maior declive. Essas áreas não sofreram grandes alterações, conforme figura 1 e 2
(imagens Google Earth) que compara a vegetação de 2003 com a de data atual.

Figura 1 – Imagem Google Earth de 2003 Acesso 21/11/2013.

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Figura 2 – Imagem Google Earth de 2013 Acesso 21/11/2013.

b. Supressão vegetal

Não haverá supressão vegetal na área.

c. Certificação da reserva legal

Conforme decisão em reunião no dia 5/11/13, realizada na sala de reunião da


presidência do IBRAM, ficou decidido que a GEREL/COUNI/SUGAP- IBRAM
indicará as áreas de reserva legal após a Terracap dar entrada no imóvel Fazenda
Papuda II.

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d. Delimitação das Áreas de Preservação Permanente e descrição do seu


estado de conservação.

Segundo o Código Florestal (Lei nº 12.651), as áreas de preservação permanente


são áreas protegidas, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de
preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade,
facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas.
O estado de conservação das APP do córrego Quilombo (30 metros) está quase
na sua totalidade preservadas (figura 3). A área que se encontra com maior degradação é
a APP da Olaria. Essa degradação ambiental deverá ser revertida através do isolamento
físico das APP`s e reflorestamento a fim de garantir a manutenção ou melhoria da oferta
de água no corpo hídrico, inclusive integrando projeto de conservação de solos através
de terraços em nível em toda área do imóvel.

Figura 3 – Área de preservação permanente do córrego Quilombo.

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3. SOLOS

a. Elaborar um mapa na escala 1:40.000 das classes de solo e as classes de


aptidão agrícola dos solos presente na fazenda

Em anexo, o mapa de solos.

b. Aspectos restritivos ao uso agrícola:

 Cambissolos

Geralmente apresentam como restrições pouca profundidade, baixa fertilidade e


relevo movimentado. Quando situados em planícies aluviais estão sujeitos a inundações,
frequentes e de média a longa duração são fatores limitantes ao pleno uso agrícola
desses solos. Para correção desses fatores é recomendado fazer: levantamento de curvas
de nível e terraços, calagem, adubação e plantio em curvas de nível.

 Latossolo Vermelho

Apresentam como fator de limitação acidez do solo, baixa CTC, baixa reserva de
nutriente e baixo armazenamento de água. Para correção desses fatores é recomendado
fazer calagem, adubação, subsolagem, irrigação e plantio em curvas de nível.

c. Caracterização do relevo.

O terreno apresenta relevo ondulado a forte ondulado de declividade média de


10% em relação ao plano horizontal.
Para caracterização do relevo foi utilizado levantamento topográfico
planialtimétrico com queda de cinco metros entre curvas de nível (Mapa 2).
A área de estudo apresenta (pag 10, 11 e 21 do RVA) declividade que varia de 2
a 20%.

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 Declive de 0 a 10%

Os solos que ocorrem em ambientes de baixa fragilidade ambiental e são


propícios a motomecanização agrícola, situados em relevo plano ou suave ondulado, são
recomendados para uso com agricultura intensiva. Estes solos apresentam apenas
ligeiras limitações para utilização agrícola, exclusivamente pela moderada fertilidade
natural. Todavia, em face dos sistemas de produção normalmente adotados para a
produção intensiva, a limitação de fertilidade é facilmente corrigível.

 Declive de 10 a 20%

Solos com moderadas limitações à motomecanização e que ocorrem nas partes


altas da paisagem, em relevo ondulado, são recomendados para utilização com
agricultura semi-intensiva. A principal limitação destes solos é a sua moderada
fragilidade ambiental, condicionada basicamente pelo maior comprimento de rampa,
que torna-os moderadamente suscetíveis à erosão. Associados à menor retenção de
umidade, estes solos são mais recomendados para utilização com lavouras semi-
intensivas e silvicultura, embora também sejam possíveis e sustentáveis, sua utilização
com pastagens.

4. RECURSOS HIDRÍCOS

a. Bacia Hidrográfica

Vide Pag. 8 e 9 do Relatório de Viabilidade Ambiental – RVA

b. Cursos d’água

A poligonal da área de estudo faz divisa com o córrego Quilombo, este curso
d’água possue largura inferior a 10 m.

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c. Presença de açudes

Não há presença de açudes

5. INFRAESTRUTURA EXISTENTE E PRETENDIDA

a. Parcelamento

O parcelamento será elaborado junto com as famílias de trabalhadores rurais num


outro momento. Este será apresentado ao INCRA para sua aprovação e posterior ao
IBRAM para análise.
Foi elaborada uma proposta do parcelamento, onde ficou acordado que cada parcela
terá 5 ha. Sendo assim, serão 26 lotes individuais.

b. Captação e distribuição de água

As atividades produtivas previstas para a sustentabilidade das famílias de


trabalhadores rurais é composta com o plantio de hortas, grãos, pomares e a criação de
pequenos animais, em parcelas familiares individuais, com 5 (cinco) hectares cada,
destinadas, prioritariamente, ao desenvolvimento de agricultura de baixo impacto
ambiental.
A irrigação será feita por gotejamento, método de maior eficiência na utilização da
água, tendo em vista ser esse o recurso natural mais limitante para as atividades
agrícolas na área.
O fornecimento de água para a irrigação será feito a partir da água subterrânea, com
a perfuração de poços tubulares profundos e o armazenamento da água em reservatórios
superficiais coletivos, para posterior distribuição aos lotes familiares. Os reservatórios
terão as funções de regularizar o abastecimento e de assegurar uma reserva para o caso
de necessidade de suspensão do bombeamento, com fins de manutenção do
equipamento.
O reservatório, nas unidades familiares, será construído através da escavação de
uma calota esférica, que é revestida com uma manta de polietileno, cuja função é a de

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impedir as perdas de água por infiltração. A manta, com 120 micra de espessura, deverá
receber uma cobertura protetora de solo, para evitar que seja perfurada durante a
operação ou manutenção do sistema. O volume armazenado deverá ser igual ou superior
à soma da demanda diária mais o adicional de segurança, acrescido das perdas
esperadas. Os reservatórios terão 20 metros de diâmetro e 1,5 metros de profundidade,
com uma capacidade de armazenar 230 m3 de água, conforme visualizado na Figura 02
(fonte: Caderno de Inovações Tecnológicas: Espaço de Valorização da Agricultura
Familiar, Emater-DF, 2010) .
Os poços profundos deverão ter vazão mínima de 10 m3/h (estimativa), com
profundidade que poderá chegar aos 200 metros.
Com vistas à regularidade na distribuição, será projetado construção de reservatório
coletivo similares aos utilizados nos lotes familiares, com 40 m de diâmetro e 1,5 m de
profundidade, com capacidade para 940 m3 de água. Mesmo levando em conta as perdas
por evaporação, esse volume representa uma reserva de segurança, em caso de
interrupção de até 5 (cinco) dias na captação.
A partir dos reservatórios coletivos, será feita a distribuição para os reservatórios nas
unidades familiares, por gravidade, através de tubulações de PVC, enterradas em valetas
de 40 cm x 80 cm.

Figura 02 – O reservatório superficial para armazenamento de água para irrigação.

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e. Consumo diário de água para consumo humano

 Estimativa média diária de água para o consumo humano:


Consumo Humano – litros/dia
Área Rural
Variando de 100 a 120 litros/dia
*Fonte: IN Nº2/2006 – ADASA

Nº de Pessoas/família Demanda
Consumo/pessoa
Famílias (média) (l/dia)
26 4 120 l/dia 12.480
*Cálculo para 26 parcelas.

 Estimativa do consumo médio de água para abastecimento animal (por cabeça)

Criações l/dia
Bovino 60
Bubalino 60
Eqüino 10
Ovinos 7
Suíno 20
Aves 0,30
Caprinos 10
*Fonte: IN Nº2/2006 – ADASA

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 Estimativa do consumo médio de água para irrigação por gotejamento


l/s/ha
Cultura m³/ha.dia

Alface / Hortelã / Paisagística 25 0,3472


0,5278
Algodão 38

Alho / Café / Tomate 26 0,3611

Banana / Batata / Cebola / Cenoura / Feijão /


29 0,4028
Soja / Sorgo

Cajú / Laranja / Limão / Manga / Tangerina 19 0,2639

Chuchu / Goiaba / Graviola / Mandioca 21 0,2917


Girassol / Gramíneas / Jiló / Mamão /
26
Maracujá / Pastagens / Trigo 0,3611
0,4028
Milho 29

Pepino 29 0,4028
*Fonte: IN Nº2/2006 – ADASA

 Estimativa do consumo de água estimado na atividade de agropecuária do


assentamento

Atividade Consumo na Quantidade Demanda*


atividade por parcela

Irrigação por 1.508


Olericultura 29 m3/ha/dia 2 ha
gotejamento m3/dia
Bovinocultura 60 l/dia/cab. 1 cabeças 1.560 l/dia
Pecuária
Avicultura 0,30 l/dia/ave 500 3.900 l/dia
*Cálculo para 26 parcelas.

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f. Energia elétrica

De acordo com o Decreto nº 34.289, de 17 de abril de 2013, que Regulamenta a Lei


nº 1.572, de 22 de julho de 1997, que criou o Programa de Assentamento de
Trabalhadores Rurais – PRAT, em seu art. 15 cita:

Art. 15. O Governo do Distrito Federal priorizará a instalação dos assentamentos


criados no âmbito do PRAT, com especial atenção para a:
I - instalação de Infraestrutura Básica;
II - instalação de equipamentos de uso comunitário;
III - programa habitacional para o meio rural;
IV - políticas de transferência de renda;
V - acesso ao crédito inicial.

§1º As ações referidas neste artigo, no que competir aos órgãos da administração
direta e indireta do Distrito Federal, serão iniciadas no prazo máximo de 30 dias após
aprovação do Plano de Instalação, previsto no inciso II do art. 8º.

§2º Os órgãos envolvidos na prestação de serviços necessários ao cumprimento das


ações previstas neste artigo deverão apresentar ao CPA/DF cronograma de atividades
e relatórios mensais de execução.
Art. 16. Fica instituído o Grupo de Trabalho de Infraestrutura Básica nos
Assentamentos, responsável por agilizar a execução dos seguintes serviços em benefício
das famílias assentadas:
I - perfuração de poços e implantação de sistema de captação de águas;
II - instalação de rede de distribuição de água para consumo humano;
III - instalação de eletrificação rural; 7
IV - abertura e melhoria de vias e estradas.
§1º Comporá o Grupo de Trabalho de que trata este artigo:
I - Secretaria de Estado de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Distrito
Federal, que o coordenará;
II - Secretaria de Estado de Obras do Distrito Federal;

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III - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal –


EMATER DF;
IV - Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal –
ADASA;
V - Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal – CAESB;
VI - Companhia Energética de Brasília – CEB;
VII - Instituto Brasília Ambiental – IBRAM.

g. Estradas

O projeto de parcelamento da área fraciona o imóvel em lotes de 5 (cinco) hectares


totalizando 26 lotes cujo acesso deverá ser feito por estradas internas projetadas com
largura de 10 metros, sendo as bordas o limite dos lotes, devido ao relevo e geometria
da área, os acessos principais se darão pela Estrada de Chão Elatony (estrada de acesso
ao acampamento) com ponto de entradas e saídas, onde devido a barreiras naturais nas
pontas internas dos ramais, esses terão retornos no formato Cul-de-Sac (rotatórias),
pelos formatos e dimensões aproxima a utilização ao conceito de integração comunitária
por vizinhanças.

h. Saneamento

I - Projeto básico de esgotamento sanitário com descritivo técnico

A disseminação de agentes patogênicos será prevenida, principalmente pela


instalação de fossas sépticas em todas as residências e pelo tratamento dos dejetos
animais. A solução de caráter definitivo proposta para a área será a construção de um
sistema de fossas sépticas e vala de infiltração em cada residência. As fossas a serem
utilizadas serão de material impermeável, visando evitar a contaminação do lençol
freático nas áreas onde o nível é elevado.
Para um empreendimento com características rurais, com volume de esgoto
reduzido, o uso de soluções individuais mostra-se mais adequado. Como alternativa de
esgotamento sanitário verifica-se a possibilidade de adoção de sistemas de individuais,
tipo fossa séptica.
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A fossa séptica é recomendada para as parcelas onde esteja assegurada a integridade


do aqüífero subterrâneo (distância de, no mínimo, 1,5 metros até o lençol freático).
Para instalação dessa unidade deverão ser observadas as recomendações contidas na
norma técnica NBR 7229/82 (Projeto de Instalação de Fossas Sépticas) e as
recomendações, usualmente, adotadas pela CAESB no Distrito federal, dentre as quais
se destacam as seguintes:
 Manter afastamento de 3,0 m de árvores e de sistema de distribuição de
água;
 Manter afastamento de 30,0 m de poços freáticos e corpos d’água de
qualquer natureza;
 Prever facilidade de acesso para possibilitar a remoção periódica de lodo;
 O sistema deve ser construído numa distância mínima de 6 m de
construções, limites do terreno e fossa, para evitar a sobreposição das áreas
de infiltração, devendo assegurar, ainda, a disponibilidade de, no mínimo, 20
m2 de área verde contínua e privativa, especificamente para implantação da
unidade de disposição do efluente no solo.

6. EXISTÊNCIA DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO ENTORNO

A área de estudo não está próxima a nenhuma área de conservação.

7. PROGNÓSTICO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Neste estudo, em função da simplificação do processo de avaliação de impacto


ambiental, serão utilizados os enfoques quantitativos e qualitativos dos impactos
ambientais relacionados à atividade.
O quadro 1 a seguir apresenta separadamente as consequências de cada um dos
impactos apontados para os meios físico, biótico e antrópico, além da infraestrutura. Os
impactos foram previstos para as diferentes etapas do empreendimento: instalação e
operação. Por fase de instalação, entende-se a etapa inicial de subdivisão da área em
parcelas que atendam a implantação da infraestrutura básica (casas, energia elétrica e
sistemas de abastecimento de água) e o assentamento das famílias no local. A fase de

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operação é compreende o início e continuidade das atividades de explorações


agropecuárias.
Os impactos esperados são qualificados da seguinte maneira:

 Positivo: impacto cujos efeitos se traduzem em benefício para melhoria da


qualidade ambiental de um fator ou parâmetro considerado;
 Negativo: impacto cujos efeitos se traduzem em prejuízo à qualidade ambiental
de um fator ou parâmetro considerado;
 Direto: impacto resultante da ação do empreendimento sobre um determinado
parâmetro ambiental, também chamado de impacto de primeira ordem.

Quadro 1 – Quadro dos impactos ambientais esperados.

Impactos ambientais esperados sobre o meio biótico


Fase de
Fatores Impactos Ambientais Impacto
implantação
Perda da biodiversidade e Não
Supressão da
comprometimento do fluxo I/O haverá
vegetação nativa
gênico da fauna e da flora supressão
Impactos ambientais esperados sobre o meio físico
Fase de
Fatores Impactos Ambientais Impacto
implantação
Alterações das
características Melhoria ou redução das D (+) ou
O
naturais dos solos qualidades dos solos D (-)

Perda de fertilidade dos


Erosão dos solos I/O I (-)
solos
Aumento da pressão sobre a
Consumo de água O D (-)
oferta do recurso
Impermeabilização Redução na recarga dos
I/O I (-)
do solo aquíferos

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Impactos ambientais esperados sobre o meio socioeconômico


Fase de
Fatores Impactos Ambientais Impacto
implantação
Produção
sustentável de Oferta de alimentos seguros O D (+)
alimentos
Geração de renda e Dignidade humana e ascensão
I/O D (+)
emprego social
Adensamento
Pressão ambiental e social I/O I (-)
populacional
Impactos esperados com relação à infraestrutura
Fase de
Fatores Impactos Ambientais Impacto
implantação
Isolamento e preservação
D (+)
Construção de das áreas protegidas O
cercas
Individualização das D (+)
O
parcelas
Circulação segura de
veículos no assentamento O D (+)

Construção e
Controle da erosão nas
reforma do sistema
estradas. O D (+)
viário

Redução do aporte de
sedimentos nos cursos
O I (+)
d’água

Obras de Manutenção do potencial


conservação de produtivo das terras O D (+)
solo e água

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Redução do aporte de
sedimentos nos cursos O I(+)
d’água
Instalação do
sistema de
Utilização racional e
captação e O D (+)
econômica da água
distribuição de
água
Instalação de
Prevenção contra a
sistemas de
contaminação dos solo e da O I (+)
esgotamento
água
sanitário

Instalação de rede Melhoria da qualidade de vida O


D (-)
elétrica da comunidade

Observação: fase de implantação (I) e/ou fase de operação (O).


Impacto: Direto (D) ou Indireto (I); positivo (+) ou negativo (-)

8. MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS

Como toda ocupação antrópica, a instalação e a operação do assentamento resultarão


em alterações ambientais, normalmente negativas, mas que podem ser mitigadas por
meio da previsão dos impactos ambientais. Todavia, o projeto de assentamento também
promoverá ações recuperação ambiental de áreas degradadas no passado. Esse é o caso
de alguns trechos em APP às margens dos cursos d’água que tiveram sua vegetação
suprimida ou alterada. Esses passivos ambientais deverão ser enfrentados pela ação
conjunta da Secretaria de Agricultura, da comunidade e da assistência técnica pública
(Emater-DF), resultando em impactos positivos, permanentes e de abrangência local.
As medidas mitigadoras estão descritas no quadro 2 abaixo.

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Quadro 2 - Medidas mitigadoras recomendadas.


Medidas Mitigadoras Impactos Ambientais
Isolamento das áreas protegidas Conservação da flora e da fauna
Manejo e conservação do solo e da Mitigação do depauperamento do solo
água e dos prejuízos à qualidade da água
Uso racional dos recursos hídricos Economia de água
Prevenção da contaminação do solo e da
Boas Práticas Agrícolas e agroecologia
água por agroquímicos
Prevenção da contaminação do solo e da
Esgotamento sanitário água por dejetos. Prevenção da
disseminação de patógenos
Prevenção da contaminação do solo e da
Separação e coleta de lixo água pelo lixo. Prevenção de
disseminação de patógenos
Mudança da postura da comunidade
Educação Ambiental
diante do meio ambiente

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9. ANEXOS

Mapa 1 – Mapa de solos

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Mapa 2 – Mapa do relevo

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