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de Valor
Relatório Final
2015
Gabinete: Sociedade Comercial e de Serviços – Génesis (SCS-G)
Consultor Principal: Dr. André Lopes da Veiga Nanque
S Assistência técnica:
G Consultor – Eng. Rui Nene Djata
C S Consultor - Eng. Armando António Mendonça Pereira
Justificação
A realização do presente estudo justifica-se:
Pela fragilidade do país, com indicadores socioeconómico bastante
alarmantes;
• Descrição do sector;
Leis e Regulamentos
• Carta de Política de Desenvolvimento Agrária
• PNIA (Plano Nacional de Investimento Agrícola)
• DENARP II
• Programa Nacional de Segurança Alimentar (PNSA)
• Política Agrícola da UEMOA
É imperativa a definição de política clara para a produção do arroz;
Caracterizações biofísicas e sócio ambientais
A Superfície total é estimada em 3.363.700 ha, das quais 1.410.600 ha
são terras aráveis distribuídas pelas seguintes ecologias: 1.104.000 ha de
Solos ferra líticos e fersialíticos (solos da ecologia do planalto);
3.500.000
3.000.000
3.363.700
Superficie em ha
2.500.000
1.410.600
397.549
2.000.000
1.500.000
1.000.000
500.000
0
Superficie total (ha) Potencial arável (ha) Terras actualmente
em uso (ha)
Caracterizações biofísicas e sócio ambientais
Características agro-climáticas
Tendo em conta a relação de solo-planta-clima, três grandes zonas
agro-ecológicas foram reconhecidas na Guiné-Bissau:
Características agro-climáticas
Características agro-climáticas
500,000
450,000
461,500
400,000
350,000
Superficie em ha
300,000
250,000
106,600
200,000
150,000 39,027
100,000
50,000
0
Potencial Aravel (ha) Terras actualmente em Superficie Total (ha)
uso (ha)
Situação actual da produção
Para além do valor cultural que este cereal representa no seio do nosso
povo, igualmente ele representa 62% da produção cerealífera nacional ou
seja 111.096 ton/ano arroz branco; 75% do actual consumo de cereais o
que equivale a 130 kg /pessoa/ano (consumo per capita);
Trituração Manual
Arroz Descascado
Comerciantes Itinerantes
Consumidores Consumidores
Urbanos Rurais
Grossistas
Retalhistas
Etapas da
Cadeia
1. Fabricantes de utensílio 1. MADR: (INPA; Direcção G. Agricultura; 3. MADR: (INPA; Direcção G. Agricultura; Secretaria de Estado de Segurança Alimentar;
2. MADR: (INPA; Direcção G. Agricultura; D.G. MADR: (INPA; Direcção G. Agricultura; D.G.)
agrícolas (Catana, enxada, pás, D.G. Engenharia Rural,) D.G. Engenharia Rural,) Ministério de Saúde;
Engenharia Rural, Direcções Regionais) Ministério da Industria: INITA
Privado 4. Ministério de Comercio e Artesanato Caritas
luvas, galochas, etc.), Privado Privado
CCIA; Importadores; Associação de Privado Privado
Agro-Geba Pequenos processadores do arroz Retalhistas; CCIA; Importadores; Associação de Empresas nacionais
ONG Nacionais e Internacionais: ONG Nacionais e Internacionais: Retalhistas;
2. Instituição de pesquisas ONG Nacionais e Internacionais: ONG Nacionais e Internacionais:
ADIC NA FAIA; GUIARROZ; LVIA; COAJOQ; ADIC NA FAIA; GUIARROZ; LVIA; COAJOQ; ONG Nacionais e Internacionais: ADPP; TINIGUENA
Prestadores de serviço de ONG Nacionais e Internacionais: ONG Nacionais e Internacionais:
ADPP; TINIGUENA; SNV; ADIM; AD ADPP; TINIGUENA; SNV; ADIM; AD Parceiros:
vulgarização ADIC NA FAIA; GUIARROZ; LVIA; COAJOQ; ADIC NA FAIA; GUIARROZ; LVIA; COAJOQ; ADPP;
Parceiros: Parceiros: EU; FAO; PAM; PNUD;
ADPP; TINIGUENA; SNV; ADIM; AD TINIGUENA; SNV; ADIM; AD
EU;FAO; PAM; PNUD; EU;FAO; PAM; PNUD; Instituições financeiras:
Parceiros: Parceiros:
Instituições financeiras: Instituições financeiras:
Actores 3. Trabalhadores
BM; Cooperação Espanhola; BOAD; BAD; BID; BM; Cooperação Espanhola; BOAD; BAD; BID;
EU; FAO; PAM; PNUD; EU; FAO; PAM; PNUD; BM; Cooperação Espanhola; BOAD; BAD;
Instituições financeiras: Instituições financeiras: BID; UEMOA; CEDAO
UEMOA; CEDAO UEMOA; CEDAO Pequenos camponeses:
BM; Cooperação Espanhola; BOAD; BAD; BM; Cooperação Espanhola; BOAD; BAD;
4. Fabricantes de equipamentos Pequenos camponeses: Pequenos camponeses: BID; UEMOA; CEDAO BID; UEMOA; CEDAO 91.599 Explorações familiares
para o processamento 91.599 Explorações familiares 91.599 Explorações familiares Pequenos camponeses: Pequenos camponeses: População em geral
Sector agrícola emprega 65% da nossa Associações camponesas 91.599 Explorações familiares 91.599 Explorações familiares
5. Ministério Agricultura e
população. Associações camponesas Associações camponesas
Desenvolvimento Rural: (INPA;
Direcção G. Agricultura; D.G.
Engenharia Rural, Direcções
Regionais);
9.
Triunfos
• O sistema é precoce coincide com período considerado de maior
défice alimentar.
• Enormes potencialidades em terras aráveis favorecem a diversidade
da produção agrícola nessa ecologia,
• Disponibilidade de mão-de-obra familiar,
Oportunidade
• Promoção do Estado duma alternativa produtiva, na base de um
sistema de produção intensiva e sedentária, apostando sobretudo na
agricultura orgânica, agro-florestal associado com uso criterioso de
fertilizantes minerais, uso de sementes de boas qualidades, que
permitem um aumento substancial em cerca 2,5 toneladas por
hectare, em termos de rendimento do arroz paddy.
Análise TOFA (SWOT) da fileira do arroz
Sistema de produção do arroz na ecologia de planalto
Fraqueza
O sistema na Guiné-Bissau é itinerante ou extensivo e arcaicos aliados
desflorestação e queimadas.
Provoca a perda de biodiversidade e extinção de certas espécies de
animais;
Pouco rentável;
Ameaças
O Governo, através da sua Carta de Política de Desenvolvimento Agrária,
determinou a abolição gradual da prática vigente; e como alternativa
promove o sistema de produção intensiva e sedentária com aposta na
agricultura orgânica e de rotação das culturas;
Análise TOFA (SWOT) da fileira do arroz
Sistema de produção do arroz na ecologia de Bas-fonds ou
pequenos vales
Triunfos
É o sistema da produção sedentário e popular
Há disponibilidade de terras cultiváveis; em alguns casos é necessário proceder
com a devastação selectiva de árvores;
Produção diversificada e alternada;
Disponibilidade de mão-de-obra familiar;
Impactos sócio - ambientais resultantes desse sistema é mínimo visto que,
actualmente, o uso de agroquímicos é insignificante.
Oportunidade
O Governo, através da sua Carta de Política de Desenvolvimento Agrária e seu
plano de acção, a PNIA, em cumprimento com as orientações estratégica de
redução da pobreza, promove gradualmente o sistema de produção intensiva,
inclusiva e duradoura;
Ameaças
• Irregularidade pluviómetro
• Inundações resultantes de sedimentação dos rios e canais naturais;
• Invasão das ervas daninhas,
Análise TOFA (SWOT) da fileira do arroz
Sistema de produção do arroz irrigado na ecologia de vales do rio Geba
Triunfos
• O sistema é sedentário e intensivo; A Produtividade é relativamente alta;
• Existe um potencial importante em águas superficiais de boa qualidade para a
irrigação e de terras cultiváveis;
• Disponibilidade de mão-de-obra familiar e privada;
• Os impactos sócio ambientais resultantes desse sistema são mínimos, visto que
o uso de agro químico é insignificante.
•
Oportunidade
• O governo, através da sua Carta de Política de Desenvolvimento Agrária e seu
plano de acção, a PNIA, deverá promover gradualmente o sistema de produção
intensiva, inclusiva e duradoura apostando na implantação das infra-estruturas
hidráulicas duráveis;
•
• Protecção das bacias vertentes para minimizar impacto de sedimentação nos
perímetros irrigáveis;
• Dragagem dos leitos dos rios para maior conservação das águas pluviais;
•
• Oportunidade de lavoura mecanizada; produção diversificada e alternada
• Representa a futuro do desenvolvimento agrícola na Guiné-Bissau.
Análise TOFA (SWOT) da fileira do arroz
Sistema de produção do arroz irrigado na ecologia de vales do rio
Geba
Fraqueza
• A maior parte das operações da produção é ainda tradicional,
• A mecanização é mínima;
• Existência de problemas de acidez trocáveis;
• Fraca fertilidade de solos; toxicidade Férrica;
• Sedimentação e bacias vertentes degradadas ;
• Diques e canais são vulneráveis a sedimentação ou erosão hídrica.
• É o sistema pouco popular (área aproveitada muito menor em relação
a potencialidade existente total 25.000 hectare)
Ameaças
• Problemas de origem fundiária
quantidade;
Invasão de ervas daninhas.
Análise TOFA (SWOT) da fileira do arroz
Sistema de produção do arroz na ecologia de Mangrove
Triunfos
• Disponibilidade em terras aráveis em 106.000 ha;
• Nível médio de fertilidade ;
• Altamente rentável.
Oportunidade
• Implantação de infra-estruturas duráveis e menos conflituosos em
termos de gestão de terras e água, adaptáveis as condições agro
climáticas;
• Protecção das bacias vertentes para assegurar a durabilidade dos
perímetros;
• Melhoramento da qualidade de sementes locais adaptáveis às
condições salinas e acídicas; associado com agrotécnicas melhoradas;
• Incremento de rendimento médio até 3 ton/ha sem nenhum custo
acrescido resultante de uso de fertilizantes minerais.
Análise TOFA (SWOT) da fileira do arroz
Sistema de produção do arroz na ecologia de Mangrove
Fraqueza
• Devastação selectiva de árvores (mangais);
• Erosões resultantes de fluxo e refluxo de água salgada;
• Surgimento de rachas ou fendas angulares devido a secagem da argila
caulinite;
Ameaças
• Acidificação e salinização em caso de défice pluviómetro;
• Aumento de nível de água salgado que destroem diques;
• Redução de mão-de-obra familiar e aumentos de custo com contratação
de serviços.
Processamento
Triunfos (Força)
• Libertação parcial de mão-de-obra na sua maioria feminina, para outras
actividades económicas;
• Melhoria na qualidade de produto final;
• Aumento da quantidade e do valor acrescentado.
Oportunidade
• Montagem duma unidade de descasque de arroz de grande porte (2
toneladas/hora) no complexo de Agro-Industrial de Xayanga.
• Melhoria do sistema de processamento, através da introdução de
máquinas modernas mais eficientes e aquisição de peças sobressalentes
• E fabricação local de equipamentos de processamento.
Fraqueza
• A colheita e o debulhar de arroz é feita na sua maioria, manualmente, com
excepção dos perímetros irrigados.
• Falta de capacidade de manutenção das máquinas e de aquisição de peças
sobressalentes e fraca mecanização.
Ameaças
• Aplicação de tecnologias diversas, sem orientação técnica do MADR;
• Falta de capacidade para a manutenção da máquina pelas suas
diversidades.
Comercialização
Comercialização do arroz local
Triunfos
• Grande procura; melhor qualidade e política tributária favorável.
Oportunidade
• Boa vontade política para o aumento da produção local e a sua
comercialização;
• Potencialidade para o aumento de produção local;
• Aumento da taxa sobre a importação do arroz;
• Mercado em crescimento incluindo o mercado sub-regional.
Fraqueza
• Produção insuficiente;
• Falta de mecanização em praticamente toda a cadeia;
• Falta de meios logísticos para o transporte e comercialização;
• Falta de subvenção, que reduz a competitividade do arroz local.
Ameaças
• Importação em grande quantidade de arroz de baixa qualidade a
preços mais competitivo;
• Dificuldade geral, ainda vigente ao longo da cadeia.
Comercialização
Comercialização de arroz importado
Triunfos
• Boa quota no mercado interno;
• Preço unitário relativamente baixo e competitivo
• Embalagem de boa qualidade
Oportunidade
• Fraca produção local que favorece mais importação
Fraqueza
• Baixa qualidade.
Ameaças
• Aumento gradual do consumo do arroz de produção local;
• Aumento das taxas sobre a importação.
Cinco Forças de Porter
Rivalidade entre concorrentes
• A concorrência interna para o arroz localmente produzido, é
insignificante, atendendo a reduzida oferta face a grande procura
Bas-fonds
• Fraca fertilidade de solos;
• Alta dependência em pluviómetros e a sua repartição no espaço
temporal;
• Problema de gestão de águas pluviais,
• Inundações resultantes de sedimentação dos rios e canais naturais dos
perímetros;
As principais restrições
Mangrove
• Aparecimento das substancias nocivas a monte de dique tais como:
Al3+, Fe3+, H+, Na+, Cl-;
As principais restrições
Processamento
• A colheita e o debulhar de arroz é feita manualmente, à excepção dos
perímetros irrigados.
• A trituração à mão utilizando o pilão tradicional é o meio mais comum de
transformação de arroz no país
• Falta de capacidade de manutenção das máquinas
• Falta de peças sobressalentes
• Fraca mecanização
Comercialização
Comercialização do arroz local
• Dificuldade para o transporte e comercialização do arroz localmente
produzido devido a insuficiência de meios logísticos (pistas
degradadas) e pouco engajamento dos comerciantes nacionais;
• Custo elevado de produção e comercialização
Comercialização do arroz importado
• Baixa qualidade
Estudo de viabilidade socioeconómica e
ambiental dos sistemas de produção
Analise Socioeconómico
O resultado das análises feitas demonstra que o sistema capaz de
proporcionar maior e melhor rendimento ao produtor é o Sistema de
produção do arroz irrigado na ecologia de vales do rio Geba com um cash
– flow de 421.706 FCFA/hectare, para uma produção de 3.640 Kg/hectare
do arroz processado.
Eixo estratégico 2
• Reforço de apoios conducentes a valorização do arroz local:
•
• Criação de condições para o envolvimento do sector privado na cadeia
do arroz, em parceria com o sector público;
• Apoio a transformação;
•
• Promoção e apoio a comercialização do arroz de qualidade com rótulo
da Guiné-Bissau.
Intervenções prioritárias na cadeia de valores
propostas;
Maior investimento em toda a cadeia, sobretudo através de
sistema de crédito bonificado;