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ESTUDO HIDROLOGICO E AGRONOMICO PARA

DETERMINAÇÃO DA NECESSIDADE HIDRICA PARA


FINS DE IRRIGAÇÃO NA QUERCEGEN
AGRONEGÓCIOS NO MUNICIPIO DE BARRA DO
CORDA-MA.

São Luis - 2007


ESTUDO HIDROLOGICO E AGRONOMICO PARA
DETERMINAÇÃO DA NECESSIDADE HIDRICA PARA
FINS DE IRRIGAÇÃO NA QUERCEGEN
AGRONEGÓCIOS NO MUNICIPIO DE BARRA DO
CORDA-MA

José Sebastião de Paula Sena


Engenheiro Agrônomo
CREA-MG 60.942
Projeto Agronômico_Hidrologico

1 PROJETO DE RENOVAÇÃO DE OUTORGA DO USO DA ÁGUA

Identificação do proponente:

Nome: QUERCEGEN AGRONEGÓCIOS I LTDA

CNPJ OU CPF: 33.069.212.0004-76

Características do Imóvel:

Propriedade: Fazenda Chapada


Localidade: Barra do Corda/MA.
Acesso: BR-226, km-89 S/N, Aeroporto, Barra do Corda/MA.

Características Físicas da Região:

Solos: Latossolo Vermelho Amarelo Estrófico


Vegetação: Floresta aberta com presença de vegetação do tipo babaçu
Relevo: Suave Ondulado
Hidrologia: Rio Mearim
Coordenada dos Pontos de Captação:

Latitude: 050 27’ 41,4”


Longitude: 450 12’ 38,4”

Latitude: 050 28’ 25,9”


Longitude: 450 12’ 58,5”

Latitude: 050 27’ 19,3”


Longitude: 450 12’ 39,3”
Projeto Agronômico_Hidrologico

2 INTRODUÇÃO

A Quercegen Agronegócios adquiriu da Merck, em 2009, a Fazenda Chapada, no


município de Barra do Corda, MA.
Os resultados de anos de pesquisas para racionalizar o plantio do jaborandi e da uncária
permitiram seu cultivo em larga escala na Fazenda Chapada. Nesta fazenda, com 3.288,00 ha,
a Quercegen mantém 4 milhões de arbustos de jaborandi e 8 milhões de arbiustos de uncária
cultivados sob modernas técnicas agronômicas.
O uso racional dos recursos hídricos pode se constituir num fator de desenvolvimento
regional e de grandes geradores de empregos na região.
Assim, apresenta-se o projeto da Quercegen que se realiza no município de Barra do
Corda estado do Maranhão, e que pretende explorar 75 hectares com Jaborandi, (Pilocarpus
microphyllus Stapf ex Wardl) e 435 hectares cultivados com uncária (Uncaria elliptica)
utilizando irrigação com sistema de pivot central. A suplementação hídrica através da irrigação,
utilizando modernas técnicas permiti o fornecimento de água necessário para produção de
biomassa verde durante os períodos de deficiência hídrica.

2.1. Objetivo : Exploração racional da água do rio Mearim, utilizando o método de irrigação
do tipo pivô-central nas culturas do Jaborandi e Uncária.
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3 CARACTERIZAÇÃO DO CLIMA:

O clima da região do Alto Mearim é caracterizado por apresentar concentração de


precipitação pluviais no verão, normalmente começando no período final de dezembro até o
mês de junho, e um período seco no inverno que compreende os meses de julho até a segunda
quinzena de dezembro. O clima é tropical, quente e semi-umido da zona equatorial e a media
de chuva é de aproximadamente de 1.180mm/ano (ANA, 1990). A temperatura anual superior
de 27°C.

A seguir apresentamos alguns parâmetros Climáticos obtidos junto a ANA – Agencia


Nacional de Águas, da estação de Barra do Corda – MA, à uma altitude de 81 m do nível do
mar, latitude 5° 51’ S e 45° 25’ W.

Tipologia Climática segundo KÖPPEN, Clima Úmido (B1) com chuvas de verão,
período seco bem definido no inverno.
Tipologia Climática segundo THORNTHWAITE & MATTHER (1948), Clima úmido
C1SA’a’ com moderada deficiência hídrica no inverno entre os meses de junho a setembro,
megatérmico (A’) ou seja, temperatura media acima de 180C, sendo que a soma da
evapotranspiração potencial nos três meses mais quentes do ano é inferior a 48%, em relação
a evapotranspiração potencial anual de (a’).
A temperatura media na região de Barra do Corda chega com 25,6 0C com mínima 21 e a
máxima com 310C, pois em períodos de verão intenso(agosto a novembro) a sensação térmica
é que a temperatura está 37 a 390 C .No gráfico 1 abaixo encontra-se a evolução da
temperatura durante todos os meses do ano.

Comportamento das Temperaturas no municipio de Barrado


Corda Média
Minima
40
Máxima
35
Temperatura(0C)

30
25
20
15
10
5
0
Março

Abril

Maio
Fevereiro

Agosto
Junho

Julho

Novembro

Dezembro
Janeiro

Outubro
Setembro

Meses
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4 CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS

O solo da região do Médio Mearim possui classificação do tipo Latossolo vermelho


Amarelo Eutrofico e Plintissolo, constituídos principalmente de areia fina e silte com baixa
capacidade de retenção de cátions, estrutura frágil e drenagem interna dificultada pela
presença quase constante de camadas subjacentes de baixa condutividade (Atlas do
Maranhão, 2002) pertencente à bacia hidrográfica do Mearim. Trata-se de uma região com
altimetria 40 m, com formação é do tipo cretáceo superior e ocupa quase 50% do Maranhão,
onde do ponto de vista social e econômico, por causa de sua extensão e alta densidade
demográfica. Na região de Barra do Corda predomina os seguintes tipos de solos, segundo a
EMBRAPA(1990) os Latossolo Amarelo e o Podzolico Vermelho Amarelo Eutrofico. Os
Latossolos são profundos ou muito profundos, bem drenados a acentuadamente drenados, de
textura variando de média a muito argilosa, são ácidos ou muito ácidos, porosos, friáveis
cores variando de vermelho a amarelo ou bruno forte, onde possui fertilidade muito baixa.Os
Podzolicos Vermelho-Amarelo são solos profundos a moderadamente profundos, raramente
rasos, com textura variando de media a argilosa, geralmente bem drenados e porosos. Tem
perfis bem diferenciados com presença de horizontes subsuperficiais de acumulação de argila,
saturação de base baixa (V<50%) e de media alta (V>50%) com fertilidade muito baixa. No
quadro abaixo encontram - se as análises dos solos físicos e químicos da propriedade Merck.
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QUADRO 01: Análise dos solos físico-químicos


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Para o dimensionamento e operação de manejo de um sistema de irrigação requer os


conhecimentos dos fatores e processos que regem o armazenamento de água no solo.
Cabe ao solo, Portanto, graças a sua capacidade de armazenamento da água, supri
geralmente de forma intermitente, quer pelas chuvas ou pelas irrigações, a função de manter
ininterrupto o fornecimento de água ás plantas.
Assim, torna-se necessário a análise estrutural e granulométrica do solo para, deve acordo
com suas características, determinar a capacidade de armazenamento de água e
conseqüentemente a intensidade da irrigação e a sua duração, dados básicos para os cálculos.
O conhecimento da quantidade de água que infiltra no solo na unidade de tempo é de
suma importância, no momento de determinar a taxa máxima de água a ser aplicada no solo,
pois uma taxa de água maior taxa de infiltração do solo ocasionará em escorrimento
superficial. Trabalhos realizados nesta região, utilizando infiltrômetro de anel, determinaram
que o Ko= 144 mm/h, nos Latossolos da região, através das Equações abaixo:
A equação que permite calcular a infiltração (I) a qualquer tempo (t):

A equação que permite calcular a infiltração (I) a qualquer tempo (t):

I = 2,540 * t 0,588
4.1 E velocidade de infiltração (Vi) em função do tempo (t):

Vi = 1,492* t -0,412
Quadro 02: Velocidade de infiltração na região de Barra do Corda

Velocidade de Infiltração e Infiltração Acumulade em função do tempo

160

140

120
Vi (cm/h) e I (cm)

100

80

60

40

20

0
1 26 51 76 101 126 151 176 201
Tempo (min)
Vi (cm/h) Infiltração (cm)
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Na aspersão deseja-se que toda água aplicada se infiltre no solo. Deve-se, portanto aplicá-
la à taxa tal que nunca supere a Vi. Aplicando-se água em taxas iguais ou menores que a
menor taxa de infiltração do solo, tem certeza de que a água aplicada se infiltrara.
Cad tipo de solo possui uma capacidade de armazenamento de água (CAD), diretamente
proporcional à textura e estrutura.
A CAD vem ser a quantidade de água contida no solo, utilizável pelas plantas para
atender às necessidades hídricas, no perfil que se deseja sendo ocupado pelo seu sistema
radicular, representando a diferença entre a água mantida pelo seu sistema radicular,
representando a diferença entre a água mantida entre a capacidade de campo (CC) e a
remanescente, por ocasião do ponto de murcha permanente (PMP).

CC  PMP
CAD = * Dap * h
10
Onde:
CAD = Capacidade de Água Disponível (mm);
CC = Capacidade de Campo (%);
PMP = Ponto de Murcha Permanente (%);
Dap = Densidade aparente (g/cm³);
h = Profundidade do solo (cm).

As capacidades total de armazenamentos (CTA) com 60 cm de profundidade para os


solos dessa região, foram de 41,64 mm, solos utilizados neste estudo foram determinados, em
trabalho de pesquisa realizado pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) realizado
em 1990 com apenas um ensaio de amostragem, como estar demonstrado no quadro abaixo

Prof- 0-20 cm Prof- 20-40 cm Prof- 40-60 cm


m (cca) (cm3.cm-3) AD(%) m (cca) (cm3.cm-3) AD(%) m (cca) (cm3.cm-3) AD(%)
100 23,50 100,00 100 21,00 100,00 100 21,50 100,00
300 21,50 68,49 300 19,50 76,19 300 20,00 81,65
500 20,50 52,73 500 19,50 76,19 500 20,00 81,65
1000 18,50 21,22 1000 18,50 60,32 1000 18,50 63,30
5000 19,98 44,60 5000 16,31 25,63 5000 14,67 16,42
15000 17,15 0,00 15000 14,70 0,00 15000 13,33 0,00
CTA (mm)= 12,69 CTA (mm)= 12,60 CTA (mm)= 16,35
CTA mm (0-60) = 41,64
LI mm (0-60) = 12,00
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Figura1 - Curva de armazenamento de água no solo


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5 BALANÇO HÍDRICO NORMAL POR THORNTHWAITE & MATHER (1955)

Para determinação do balanço hídrico climático da região, foram tomados dados


climáticos de Barra do Corda - Ma (disponíveis para o período de 1961 a 2005, de acordo
com o ANA - Ma, nas coordenadas geográficas: 50 51’, de latitude Sul, 450 25’ de longitude
Oeste e altitude média de 81m, os quais são apresentados nos quadros abaixo:

Município do Balanço: Barra do Corda - Ma


Estação Utilizada: ANA
Evapotranspiração: Blaney & Criddle

Meses Num T P N I a ETP


de oC mm horas Thornthwaite
dias 1948
Jan 30 25,2 177,2 12,31 11,57 3,44 117,03
Fev 28 25 188,4 12,24 11,44 3,44 105,61
Mar 31 25,4 226,2 12,11 11,71 3,44 122,24
Abr 30 25,1 222,9 11,95 11,50 3,44 112,07
Mai 31 25 109,4 11,81 11,44 3,44 112,85
Jun 30 24,6 44,4 11,70 11,16 3,44 102,40
Jul 31 24,7 30,1 11,68 11,23 3,44 107,12
Ago 31 25,7 24,9 11,76 11,92 3,44 123,56
Set 30 27 22 11,90 12,85 3,44 143,35
Out 31 27 58,5 12,05 12,85 3,44 150,04
Nov 30 26,7 112,3 12,20 12,63 3,44 141,45
Dez 31 25,9 139,1 12,30 12,06 3,44 132,71

Meses Num T P N I a ETP P-ETP NEG-AC ARM ALT ETR DEF EXC
de oC mm horas Thornthwaite mm mm mm mm mm mm
dias 1948

Jan 30 25,2 177,9 12,3 11,6 3,4 117,03 60,9 -45,0 63,76 60,87 117,0 0,0 0,0
Fev 28 25,0 207,4 12,2 11,4 3,4 105,61 101,8 0,0 100,00 36,24 105,6 0,0 65,6
Mar 31 25,4 243,1 12,1 11,7 3,4 122,24 120,9 0,0 100,00 0,00 122,2 0,0 120,9
Abr 30 25,1 198,2 12,0 11,5 3,4 112,07 86,1 0,0 100,00 0,00 112,1 0,0 86,1
-
Mai 31 25,0 65,9 11,8 11,4 3,4 112,85 -46,9 -46,9 62,53 37,47 103,4 9,5 0,0
-
Jun 30 24,6 21,4 11,7 11,2 3,4 102,40 -81,0 -127,9 27,82 34,72 56,1 46,3 0,0
-
Jul 31 24,7 14,1 11,7 11,2 3,4 107,12 -93,0 -221,0 10,97 16,85 30,9 76,2 0,0

Ago 31 25,7 14,1 11,8 11,9 3,4 123,56 -109,5 -330,4 3,67 -7,30 21,4 102,2 0,0

Set 30 27,0 21,9 11,9 12,8 3,4 143,35 -121,4 -451,9 1,09 -2,58 24,5 118,9 0,0
Out 31 27,0 48,2 12,0 12,8 3,4 150,04 -101,8 -553,7 0,39 -0,70 48,9 101,1 0,0
Nov 30 26,7 77,8 12,2 12,6 3,4 141,45 -63,7 -617,4 0,21 -0,19 78,0 63,5 0,0
Dez 31 25,9 135,4 12,3 12,1 3,4 132,71 2,7 -354,2 2,90 2,69 132,7 0,0 0,0

TOTAIS 307,3 1225,4 144,0 142,4 41,3 1470,45 -245,0 473 0,00 952,9 517,6 272,5

MÉDIAS 25,6 102,1 12,0 11,9 3,4 122,54 -20,4 39,4 79,4 43,1 22,7
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No gráfico 2, encontra-se o comportamento das precipitações médias mensais durante


todo o ano no município de Barra do Corda.

Comportamento das Chuvas Média no Municipio de


Chuvas Medias(mm)
Barra do Corda

250
200
150
100
50
0
Fevereiro

Março

Abril

Maio

Agosto

Novembro

Dezembro
Janeiro

Junho

Outubro
Setembro
Julho
Meses

Gráfico 2: Comportamento das chuvas no município de Barra do Corda

Abaixo se encontra os gráficos do comportamento do balanço hídrico do município de


Barra do Corda, identificando os meses a deficiências,excedente hídrico e a reposição. O
gráfico 3, possibilita verificar que os meses de maiores deficiência hídrica são os meses de
agosto a outubro. Praticamente toda a água que existia na camada superficial do solo sob
fortes temperaturas, radiação solar e vento possibilita uma maior evaporação durante esses
meses.

Deficiência, Excedente, Retirada e Reposição Hídrica ao


longo do ano
150

100

50
mm

-50

-100

-150
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Deficiência Excedente Retirada Reposição

Gráfico 3: Comportamento do Balanço hídrico mensal do município de Barra do Corda


Projeto Agronômico_Hidrologico

No gráfico 4 abaixo mostra a precipitação e os meses que ocorrem os maiores valores


de evapotranspiração na região.

Balanço Hídrico Normal Mensal


300

250

200
mm

150

100

50

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Precipitação ETP ETR

Gráfico 4: Comportamento do Balanço hídrico(precipitação, evapotranspiração ) mensal do município de


Barra do Corda

No Gráfico 5 encontra-se o balanço do extrato mensal, onde os períodos excedente


hídrico corresponde aos meses de fevereiro a abril, no mês de maio possui alguns dias de
veranicos bem quentes cerca de 10 a 15 dias sem chuva, nesse período a quantidade de água
existentes na camada superficial do solo quase toda já evaporou, permitindo que as camadas
mais profundas onde existe maiores umidades durante estes períodos, alimentar as plantas
através das raízes mais profundas.

Extrato do Balanço Hídrico Mensal


150

100

50
mm

-50

-100

-150
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

DEF(-1) EXC

Gráfico 5: Comportamento do Balanço hídrico geral aa região de Barra do Corda


Projeto Agronômico_Hidrologico

No gráfico 6 encontra-se o comportamento mensal da evaporação correspondente em


cada mês, onde a quantidade de água evaporada chega cerca 1.426,9mm/ano, cerca de 170 a
200mm nos meses de julho a setembro como mostra o gráfico abaixo, o que necessita de um
suprimento da irrigação para manter a quantidade de água necessária para as culturas
plantadas.

Gráfico da Evaporação Mensal

220
200
Evaporação(mm)

180
160
140
120
100
80
60
40
20
0

Novembro
Fevereiro

Junho

Julho
Janeiro

Março

Maio

Agosto

Outubro
Setembro

Dezembro
Abril

Meses

6 CALCULO DA PRECIPITAÇÃO EFETIVA SEGUNDO O METODO DO


SERVIÇO DE CONSERVAÇÃO DE SOLOS DOS EUA (SCS).

Este método permite estimar, através da precipitação média mensal e da


evapotranspiração potencial média mensal, a precipitação efetiva para planejamento do
sistema de irrigação, para uma CTA de 75 mm. A partir deste valor pode-se corrigir a
precipitação efetiva para uma ampla faixa de CTA utilizando-se a equação de regressão
proposta.
Valor da CTA= 40 mm

P(ef) = f(CTA) (1,25. P 0,824 – 2,93) . 10 0,000955.ETc

F(CTA) = 0,53 + 0,0116(CTA) – 0,0000894 . (CTA)² + 0,000000232 . (CTA)³


Projeto Agronômico_Hidrologico

Més ETp média Preci. média CTA Precip. CTAv fce Precip. efetiva
(mm x mês- (mm x mês-
(mm x mês-1) 1
) (mm) 1
) (mm) (mm x mês-1)
JAN 117,0 174,3 75 109,84 47 0,9018 99,06
FEV 105,6 140,2 75 88,92 47 0,9018 80,19
MAR 122,2 165,6 75 106,36 47 0,9018 95,92
ABR 112,1 87,4 75 59,89 47 0,9018 54,01
MAI 112,8 15,9 75 11,90 47 0,9018 10,73
JUN 102,4 1,4 75 -1,60 47 0,9018 0,00
JUL 107,1 1,8 75 -1,14 47 0,9018 0,00
AGO 123,6 0,8 75 -2,48 47 0,9018 0,00
SET 143,3 14,4 75 11,41 47 0,9018 10,29
OUT 150,0 104,5 75 76,08 47 0,9018 68,61
NOV 141,5 191,8 75 125,74 47 0,9018 113,39
DEZ 132,7 245,8 75 152,21 47 0,9018 137,26

1,200

1,000

0,800
fc

0,600
y = 0,1767Ln(x) + 0,2125
0,400 r2 = 0,9779
r = 0,9888
0,200

0,000
0,0 50,0 100,0 150,0 200,0

CAT (mm)

7.DETERMINAÇÃO DA VAZÃO NECESSARIA PARA ATENDER A DEMANDA


PROJETO DO PROJETO.

Na determinação da vazão de água a ser utilizada no projeto de irrigação, foram


considerados os fatores agrometeorológicos: evapotranspiração potencial e da cultura,
precipitação média e efetiva, armazenamento de água no solo e temperatura. Foram utilizados
para o balanço hidroagrícola para a cultura da uncaria e jaborandi os quais conduziram aos
resultados apresentados a seguir:
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8 BALANÇO HIDROAGRÍCOLA

O balanço gerado para estimativa da demanda hídrica da cultura, utilizou-se o método


de estimativa da evapotrnapiração potencial (ETo), utilizou-se a equação de Blaney &
Criddle, pois este método foi desenvolvidos para região semi-áridas, apresentando-se ser o
mais adequado para esta região do estado na determinação das lâminas de irrigação, os meses
que estão em azul claro o sistema de irrigação estará funcionando. Encontram-se abaixo os
quadros que correspondem ás necessidades para cada demanda da cultura nas áreas onde os
pivores estão funcionando.
Pivo 1

Mês ETp Kc ETr PM PE NIL DML


3
(mm/mês) (mm/mês) (mm/mês) (mm/mês) (mm/mês) (m /ha/mês)
Jan 117,03 1,00 117,03 174,3 111,9 -5,09 -50,90
Fev 105,61 1,00 105,61 140,2 89,0 -16,58 -165,78
Mar 122,24 1,00 122,24 165,6 105,3 -16,98 -169,76
Abr 112,07 1,00 112,07 87,4 59,2 -52,90 -528,98
Mai 112,85 1,00 112,85 15,9 11,7 -101,12 -1.011,24
Jun 102,40 1,00 102,40 1,4 0,0 -102,40 -1.024,00
Jul 107,12 1,00 107,12 1,8 0,0 -107,12 -1.071,22
Ago 123,56 1,00 123,56 0,8 0,0 -123,56 -1.235,65
Set 143,35 1,00 143,35 14,4 10,7 -132,61 -1.326,11
Out 150,04 1,00 150,04 104,5 72,1 -77,93 -779,26
Nov 141,45 1,00 141,45 191,8 120,6 -20,89 -208,86
Dez 132,71 1,00 132,71 245,8 150,4 17,67 176,71

Total 1.470,45 1.470,45 1.143,90 730,94 -61,63 -7395,04

Simbologia:
ETo - Evapotranspiração de Referência
Kc - Coeficiente de cultivo
ETc - Evapotranspiração da Cultura
PM - Precipitação média
PE - Precipitação efetiva corrigida
NIL - Necessidade de irrigação líquida
DML - Demanda mensal líquida
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Mês LIL Ks NIB DMB QU LIB Q Qo


3 3
(mm/dia) (mm/mês) (m /ha/mês) (l/s/ha) (mm/dia) (m /dia) (m3/mês)
Jan -0,17 1,00 -5,99 -59,88 -0,03 -0,20 -215,97 -6.478,98
Fev -0,55 1,00 -19,50 -195,03 -0,09 -0,65 -703,41 -21.102,40
Mar -0,57 1,00 -19,97 -199,72 -0,09 -0,67 -720,33 -21.609,92
Abr -1,76 1,00 -62,23 -622,33 -0,29 -2,07 -2.244,54 -67.336,29
-
Mai -3,37 1,00 -118,97 -1189,69 -0,55 -3,97 -4.290,82 128.724,62
-
Jun -3,41 1,00 -120,47 -1204,70 -0,56 -4,02 -4.344,95 130.348,60
-
Jul -3,57 1,00 -126,03 -1260,26 -0,58 -4,20 -4.545,34 136.360,17
-
Ago -4,12 1,00 -145,37 -1453,70 -0,67 -4,85 -5.243,02 157.290,53
-
Set -4,42 1,00 -156,01 -1560,13 -0,72 -5,20 -5.626,87 168.806,04
Out -2,60 1,00 -91,68 -916,77 -0,42 -3,06 -3.306,49 -99.194,83
Nov -0,70 1,00 -24,57 -245,72 -0,11 -0,82 -886,24 -26.587,23
Dez 0,59 1,00 20,79 207,90 0,10 0,69 749,82 22.494,46
-
Total -24,65 -870,00 -8700,05 -31.378,17 941.345,14
Simbologia:
LIL - Lâmina de irrigação líquida
NIB - Necessidade de irrigação bruta: (mm/mês)
DMB - Demanda mensal bruta: (m3/ha/mês)
QU - Vazão unitária: (l/s/ha)
LIB - Lâmina de irrigação bruta (mm/dia)
Q - Volume mensal (m3/dia)
Qo - Volume a ser outorgado (m3/mês)

Pivô 2

Mês ETp Kc ETr PM PE NIL DML


(mm/mês) (mm/mês) (mm/mês) (mm/mês) (mm/mês) (m3/ha/mês)
Jan 117,03 1,00 117,03 174,3 111,9 -5,09 -50,90
Fev 105,61 1,00 105,61 140,2 89,0 -16,58 -165,78
Mar 122,24 1,00 122,24 165,6 105,3 -16,98 -169,76
Abr 112,07 1,00 112,07 87,4 59,2 -52,90 -528,98
Mai 112,85 1,00 112,85 15,9 11,7 -101,12 -1.011,24
Jun 102,40 1,00 102,40 1,4 0,0 -102,40 -1.024,00
Jul 107,12 1,00 107,12 1,8 0,0 -107,12 -1.071,22
Ago 123,56 1,00 123,56 0,8 0,0 -123,56 -1.235,65
Set 143,35 1,00 143,35 14,4 10,7 -132,61 -1.326,11
Out 150,04 1,00 150,04 104,5 72,1 -77,93 -779,26
Nov 141,45 1,00 141,45 191,8 120,6 -20,89 -208,86
Dez 132,71 1,00 132,71 245,8 150,4 17,67 176,71

Total 1.470,45 1.470,45 1.143,90 730,94 -61,63 -7395,04


Projeto Agronômico_Hidrologico

Mês LIL Ks NIB DMB QU LIB Q Qo


3 3 3
(mm/dia) (mm/mês) (m /ha/mês) (l/s/ha) (mm/dia) (m /dia) (m /mês)
Jan -0,17 1,00 -5,99 -59,88 -0,03 -0,20 -204,39 -6.131,68
Fev -0,55 1,00 -19,50 -195,03 -0,09 -0,65 -665,71 -19.971,22
Mar -0,57 1,00 -19,97 -199,72 -0,09 -0,67 -681,72 -20.451,53
Abr -1,76 1,00 -62,23 -622,33 -0,29 -2,07 -2.124,23 -63.726,77
Mai -3,37 1,00 -118,97 -1189,69 -0,55 -3,97 -4.060,81 -121.824,41
Jun -3,41 1,00 -120,47 -1204,70 -0,56 -4,02 -4.112,04 -123.361,34
Jul -3,57 1,00 -126,03 -1260,26 -0,58 -4,20 -4.301,69 -129.050,66
Ago -4,12 1,00 -145,37 -1453,70 -0,67 -4,85 -4.961,97 -148.859,06
Set -4,42 1,00 -156,01 -1560,13 -0,72 -5,20 -5.325,24 -159.757,28
Out -2,60 1,00 -91,68 -916,77 -0,42 -3,06 -3.129,25 -93.877,55
Nov -0,70 1,00 -24,57 -245,72 -0,11 -0,82 -838,73 -25.162,04
Dez 0,59 1,00 20,79 207,90 0,10 0,69 709,62 21.288,66
Total -24,65 -870,00 -8700,05 -29.696,16 -890.884,87

Pivô 3

Mês ETp Kc ETr PM PE NIL DML


3
(mm/mês) (mm/mês) (mm/mês) (mm/mês) (mm/mês) (m /ha/mês)
Jan 117,03 1,00 117,03 174,3 111,9 -5,09 -50,90
Fev 105,61 1,00 105,61 140,2 89,0 -16,58 -165,78
Mar 122,24 1,00 122,24 165,6 105,3 -16,98 -169,76
Abr 112,07 1,00 112,07 87,4 59,2 -52,90 -528,98
Mai 112,85 1,00 112,85 15,9 11,7 -101,12 -1.011,24
Jun 102,40 1,00 102,40 1,4 0,0 -102,40 -1.024,00
Jul 107,12 1,00 107,12 1,8 0,0 -107,12 -1.071,22
Ago 123,56 1,00 123,56 0,8 0,0 -123,56 -1.235,65
Set 143,35 1,00 143,35 14,4 10,7 -132,61 -1.326,11
Out 150,04 1,00 150,04 104,5 72,1 -77,93 -779,26
Nov 141,45 1,00 141,45 191,8 120,6 -20,89 -208,86
Dez 132,71 1,00 132,71 245,8 150,4 17,67 176,71

Total 1.470,45 1.470,45 1.143,90 730,94 -61,63 -7395,04


Projeto Agronômico_Hidrologico

Mês LIL Ks NIB DMB QU LIB Q Qo


3 3 3
(mm/dia) (mm/mês) (m /ha/mês) (l/s/ha) (mm/dia) (m /dia) (m /mês)
Jan -0,17 1,00 -5,99 -59,88 -0,03 -0,20 -164,87 -4.946,06
Fev -0,55 1,00 -19,50 -195,03 -0,09 -0,65 -536,99 -16.109,60
Mar -0,57 1,00 -19,97 -199,72 -0,09 -0,67 -549,90 -16.497,04
Abr -1,76 1,00 -62,23 -622,33 -0,29 -2,07 -1.713,49 -51.404,60
Mai -3,37 1,00 -118,97 -1189,69 -0,55 -3,97 -3.275,62 -98.268,51
Jun -3,41 1,00 -120,47 -1204,70 -0,56 -4,02 -3.316,94 -99.508,26
Jul -3,57 1,00 -126,03 -1260,26 -0,58 -4,20 -3.469,92 -104.097,50
Ago -4,12 1,00 -145,37 -1453,70 -0,67 -4,85 -4.002,53 -120.075,76
Set -4,42 1,00 -156,01 -1560,13 -0,72 -5,20 -4.295,56 -128.866,72
Out -2,60 1,00 -91,68 -916,77 -0,42 -3,06 -2.524,18 -75.725,44
Nov -0,70 1,00 -24,57 -245,72 -0,11 -0,82 -676,56 -20.296,72
Dez 0,59 1,00 20,79 207,90 0,10 0,69 572,41 17.172,30
Total -24,65 -870,00 -8700,05 -23.954,13 -718.623,93

Pivô 4

Mês ETp Kc ETr PM PE NIL DML


(mm/mês) (mm/mês) (mm/mês) (mm/mês) (mm/mês) (m3/ha/mês)
Jan 117,03 1,00 117,03 174,3 111,9 -5,09 -50,90
Fev 105,61 1,00 105,61 140,2 89,0 -16,58 -165,78
Mar 122,24 1,00 122,24 165,6 105,3 -16,98 -169,76
Abr 112,07 1,00 112,07 87,4 59,2 -52,90 -528,98
Mai 112,85 1,00 112,85 15,9 11,7 -101,12 -1.011,24
Jun 102,40 1,00 102,40 1,4 0,0 -102,40 -1.024,00
Jul 107,12 1,00 107,12 1,8 0,0 -107,12 -1.071,22
Ago 123,56 1,00 123,56 0,8 0,0 -123,56 -1.235,65
Set 143,35 1,00 143,35 14,4 10,7 -132,61 -1.326,11
Out 150,04 1,00 150,04 104,5 72,1 -77,93 -779,26
Nov 141,45 1,00 141,45 191,8 120,6 -20,89 -208,86
Dez 132,71 1,00 132,71 245,8 150,4 17,67 176,71

Total 1.470,45 1.470,45 1.143,90 730,94 -61,63 -7395,04


Projeto Agronômico_Hidrologico

Mês LIL Ks NIB DMB QU LIB Q Qo


3 3 3
(mm/dia) (mm/mês) (m /ha/mês) (l/s/ha) (mm/dia) (m /dia) (m /mês)
Jan -0,17 1,00 -5,99 -59,88 -0,03 -0,20 -145,71 -4.371,22
Fev -0,55 1,00 -19,50 -195,03 -0,09 -0,65 -474,58 -14.237,30
Mar -0,57 1,00 -19,97 -199,72 -0,09 -0,67 -485,99 -14.579,71
Abr -1,76 1,00 -62,23 -622,33 -0,29 -2,07 -1.514,34 -45.430,21
Mai -3,37 1,00 -118,97 -1189,69 -0,55 -3,97 -2.894,92 -86.847,48
Jun -3,41 1,00 -120,47 -1204,70 -0,56 -4,02 -2.931,44 -87.943,14
Jul -3,57 1,00 -126,03 -1260,26 -0,58 -4,20 -3.066,63 -91.999,01
Ago -4,12 1,00 -145,37 -1453,70 -0,67 -4,85 -3.537,34 -106.120,23
Set -4,42 1,00 -156,01 -1560,13 -0,72 -5,20 -3.796,32 -113.889,47
Out -2,60 1,00 -91,68 -916,77 -0,42 -3,06 -2.230,81 -66.924,42
Nov -0,70 1,00 -24,57 -245,72 -0,11 -0,82 -597,93 -17.937,78
Dez 0,59 1,00 20,79 207,90 0,10 0,69 505,88 15.176,49
Total -24,65 -870,00 -8700,05 -21.170,12 -635.103,47

Pivô 5

Mês ETp Kc ETr PM PE NIL DML


(mm/mês) (mm/mês) (mm/mês) (mm/mês) (mm/mês) (m3/ha/mês)
Jan 117,03 1,00 117,03 174,3 111,9 -5,09 -50,90
Fev 105,61 1,00 105,61 140,2 89,0 -16,58 -165,78
Mar 122,24 1,00 122,24 165,6 105,3 -16,98 -169,76
Abr 112,07 1,00 112,07 87,4 59,2 -52,90 -528,98
Mai 112,85 1,00 112,85 15,9 11,7 -101,12 -1.011,24
Jun 102,40 1,00 102,40 1,4 0,0 -102,40 -1.024,00
Jul 107,12 1,00 107,12 1,8 0,0 -107,12 -1.071,22
Ago 123,56 1,00 123,56 0,8 0,0 -123,56 -1.235,65
Set 143,35 1,00 143,35 14,4 10,7 -132,61 -1.326,11
Out 150,04 1,00 150,04 104,5 72,1 -77,93 -779,26
Nov 141,45 1,00 141,45 191,8 120,6 -20,89 -208,86
Dez 132,71 1,00 132,71 245,8 150,4 17,67 176,71

Total 1.470,45 1.470,45 1.143,90 730,94 -61,63 -7395,04


Projeto Agronômico_Hidrologico

Mês LIL Ks NIB DMB QU LIB Q Qo


3 3 3
(mm/dia) (mm/mês) (m /ha/mês) (l/s/ha) (mm/dia) (m /dia) (m /mês)
Jan -0,17 1,00 -5,99 -59,88 -0,03 -0,20 -145,71 -4.371,22
Fev -0,55 1,00 -19,50 -195,03 -0,09 -0,65 -474,58 -14.237,30
Mar -0,57 1,00 -19,97 -199,72 -0,09 -0,67 -485,99 -14.579,71
Abr -1,76 1,00 -62,23 -622,33 -0,29 -2,07 -1.514,34 -45.430,21
Mai -3,37 1,00 -118,97 -1189,69 -0,55 -3,97 -2.894,92 -86.847,48
Jun -3,41 1,00 -120,47 -1204,70 -0,56 -4,02 -2.931,44 -87.943,14
Jul -3,57 1,00 -126,03 -1260,26 -0,58 -4,20 -3.066,63 -91.999,01
Ago -4,12 1,00 -145,37 -1453,70 -0,67 -4,85 -3.537,34 -106.120,23
Set -4,42 1,00 -156,01 -1560,13 -0,72 -5,20 -3.796,32 -113.889,47
Out -2,60 1,00 -91,68 -916,77 -0,42 -3,06 -2.230,81 -66.924,42
Nov -0,70 1,00 -24,57 -245,72 -0,11 -0,82 -597,93 -17.937,78
Dez 0,59 1,00 20,79 207,90 0,10 0,69 505,88 15.176,49
Total -24,65 -870,00 -8700,05 -21.170,12 -635.103,47

Pivô 6

Mês ETp Kc ETr PM PE NIL DML


3
(mm/mês) (mm/mês) (mm/mês) (mm/mês) (mm/mês) (m /ha/mês)
Jan 117,03 1,00 117,03 174,3 111,9 -5,09 -50,90
Fev 105,61 1,00 105,61 140,2 89,0 -16,58 -165,78
Mar 122,24 1,00 122,24 165,6 105,3 -16,98 -169,76
Abr 112,07 1,00 112,07 87,4 59,2 -52,90 -528,98
Mai 112,85 1,00 112,85 15,9 11,7 -101,12 -1.011,24
Jun 102,40 1,00 102,40 1,4 0,0 -102,40 -1.024,00
Jul 107,12 1,00 107,12 1,8 0,0 -107,12 -1.071,22
Ago 123,56 1,00 123,56 0,8 0,0 -123,56 -1.235,65
Set 143,35 1,00 143,35 14,4 10,7 -132,61 -1.326,11
Out 150,04 1,00 150,04 104,5 72,1 -77,93 -779,26
Nov 141,45 1,00 141,45 191,8 120,6 -20,89 -208,86
Dez 132,71 1,00 132,71 245,8 150,4 17,67 176,71

Total 1.470,45 1.470,45 1.143,90 730,94 -61,63 -7395,04


Projeto Agronômico_Hidrologico

Mês LIL Ks NIB DMB QU LIB Q Qo


3 3 3
(mm/dia) (mm/mês) (m /ha/mês) (l/s/ha) (mm/dia) (m /dia) (m /mês)
Jan -0,17 1,00 -5,99 -59,88 -0,03 -0,20 -119,76 -3.592,78
Fev -0,55 1,00 -19,50 -195,03 -0,09 -0,65 -390,06 -11.701,89
Mar -0,57 1,00 -19,97 -199,72 -0,09 -0,67 -399,44 -11.983,32
Abr -1,76 1,00 -62,23 -622,33 -0,29 -2,07 -1.244,66 -37.339,90
Mai -3,37 1,00 -118,97 -1189,69 -0,55 -3,97 -2.379,38 -71.381,49
Jun -3,41 1,00 -120,47 -1204,70 -0,56 -4,02 -2.409,40 -72.282,03
Jul -3,57 1,00 -126,03 -1260,26 -0,58 -4,20 -2.520,52 -75.615,62
Ago -4,12 1,00 -145,37 -1453,70 -0,67 -4,85 -2.907,40 -87.222,10
Set -4,42 1,00 -156,01 -1560,13 -0,72 -5,20 -3.120,26 -93.607,78
Out -2,60 1,00 -91,68 -916,77 -0,42 -3,06 -1.833,55 -55.006,37
Nov -0,70 1,00 -24,57 -245,72 -0,11 -0,82 -491,45 -14.743,38
Dez 0,59 1,00 20,79 207,90 0,10 0,69 415,79 12.473,82
Total -24,65 -870,00 -8700,05 -17.400,10 -522.002,85

O sistema de bombeamento do curso d’água vai para os reservatórios que possui


capacidade de 800 m³, 18.000 m3, 24.000 m3, onde a água é conduzida através de sistemas
de tubulações para os pivores como mostra a foto abaixo.

Foto 2: Reservatório de água


Projeto Agronômico_Hidrologico

As características das bombas estão no quadro abaixo:


Amperagem
Bombas Potência (cv) Voltagem (v) (a) Rotação (rpm) Vazão (m3/h)
2 250 380 347 1785 480
1 100 380 139 1775
1 100 380 139 1775
1 15 380 20,8 3500
TOTAL (m3/h) 480
Tempo (horas/dia) 12

Amperagem
Bombas Potência (cv) Voltagem (v) (a) Rotação (rpm) Vazão (m3/h)
2 300 380 405 1775 525
1 150 380 205 1780
1 125 380 171 1780
TOTAL (m3/h) 525
Tempo (horas/dia) 14

Amperagem
Bombas Potência (cv) Voltagem (v) (a) Rotação (rpm) Vazão (m3/h)
2 300 380 347 1785 493
1 150 380 139 1775
1 125 380 171 1780
TOTAL (m3/h) 493
Tempo (horas/dia) 9

Amperagem
Bombas Potência (cv) Voltagem (v) (a) Rotação (rpm) Vazão (m3/h)
1 30 380 100 3500 25
TOTAL (m3/h) 25
Tempo (horas/dia) 20
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Foto 3; sistema de bombeamento


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9.FONTE HIDRICA

9.1.Considerações Gerais

O rio Mearim, denominado de rio de águas pardacentas por arrastar considerável


quantidade de material em suspensão, possui uma área de drenagem de 97.000 Km2, uma
vazão media de 657 m3/s, um escoamento total, superficial e subterrâneo da ordem de 17.570
Hm3/ano, 14.140 Hm3/ano e 3.430 Hm3/ano, respectivamente. Ocupa uma posição de
destaque por ser a maior bacia hidrográfica do Estado, envolvendo 36 municípios, que
correspondente a 31 % da área total do estado. Apresenta um curso de 1.150 km de extensão,
rumo ao norte em direção à Baia de S. Marcos.

É um rio que apresenta o fenômeno da pororoca e, sob o ponto de vista geográfico,


está entre os paralelos de 03º03’ 07’’ de Latitude Sul, e entre os Meridianos de 44º17’ e 47º
17’ de Longitude Oeste de Greenwich.
O sistema hidrográfico tem como rio principal o Mearim, o qual apresenta três
afluentes pela margem direita: Corda, Flores e Enjeitado; pela margem esquerda: Grajaú,
Pindaré e Ipixuna.

Esta bacia se subdivide em três trechos principais: Alto, Médio e Baixo Mearim, e está
limitada ao Norte pela Baia de S. Marcos, a Nordeste não existe divisor de águas, pois esta
área apresenta uma extensa planície de aluvião margeando o fundo da Baia de S. Marcos,
sendo que os pequenos cursos d’água que sulcam esta planície são, na realidade, valetas
naturais que servem de coletores de drenagem durante a maré baixa, e como canais de
irrigação na maré alta; a Leste e Sudeste é limitada pela Serra das Alpercatas, Serra da Boa
Vista, e outras elevações sem nome, que dividem a bacia do Mearim da bacia do Itapecuru; ao
Sul pelas serras da Croeira, Menina, Cinta, Canela e Alpercatas, que formam um arco onde se
encontram as nascentes do rio principal e dos afluentes Corda e Grajau; a Sudeste e Oeste
limita-se por um conjunto de elevações pouco expressivo, com altitudes de 200 a 300 metros,
fazendo parte das Serras do Negro e Cinta, que funcionam como divisor de águas com as
bacias do Tocantins, Gurupi e Turiacu; a Noroeste limita-se com a Serra da Desordem,
constituindo o divisor de águas com a bacia de Turiacu e a Serra do Piracambu, divisor de
água com o rio Gurupi.
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9.2 Hidrografia Regional

A região para implantação do empreendimento de piscicultura insere-se no Baixo do


Mearim.
A bacia hidrográfica do Mearim, incluindo o seu maior afluente que o rio Grajaú
abrange uma área de aproximadamente de 58.000Km2, corresponde cerca de 18% da área do
estado do Maranhão. Sob o ponto de vista geográfico está entre os paralelos 030 e 070 de
latitude sul e entre os meridianos 440 e 470 de longitude Oeste de Greenwich.

A bacia apresenta a forma ligeiramente alongada e se estende na região central do


estado do Maranhão. A rede de drenagem obedece uma direção principal nordeste com os
afluentes correspondendo em sua grande maioria paralelamente ao curso principal no sentido
da declividade da bacia.

Seu relevo apresenta diferentes níveis relativamente pequenos, sendo mais de 50% de
sua área constituída por planície e rios com baixas declividades. Este fato contribuiu para o
aparecimento de uma formação deltóide e uma grande sinuosidade dos cursos d’ água.

No período chuvoso ocorrem alagamentos de grandes extensões de terra dando origem


á formação de lagoas marginais. Dentre estes, assume o complexo lagunar existentes no curso
inferior do rio Grajaú que na época das enchentes funciona como uma serie de reservatórios
naturais amortecendo as ondas de cheia e propiciando consequentemente menores vazões de
picos.

O rio Mearim nasce nas encostas setentrionais da serra da Menina, com altitude de 400
a 500m aproximadamente, e numa latitude de 060 59’ Sul.
Inicialmente o rio se dirige para o nordeste, recebendo pela margem direita o rio
Corda, próximo a cidade de Barra do Corda. Após a cidade de Barra do Corda o continua na
direção geral do Nordeste , mudando para o Norte, após receber pela direita o rio das Flores.
A seguir atravessa as cidades de Pedreira e Bacabal chegando a Baixada Maranhense , onde
recebe pela margem esquerda as águas do rio Grajaú , indo deságua, juntamente com o rio
Pindaré na baía de São Marcos, após o percurso de 750Km, aproximadamente.
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O rio Mearim na maior parte do seu percurso tem o leito assentado em terrenos da
bacia sedimentar Maranhão –Piauí, onde o predomínio é de terrenos mesozóicos,
principalmente os da formação Itapecuru, constituídos de arenitos de diversas cores,
intercalados com siltitos e folhelhos.

Próximo a nascente, a 450m de altitude, com o nome de Ribeirão Água Boa, a


formação Orozimbo é composta de basalto e diabásio, sendo comuns depósitos aluvionares-
cascalhos, areias e argilas.

O rio Mearim em seu percurso e seus tributários Corda e Flores, no Pediplano Central
do Maranhão drenam os chapadões. Posteriormente, em seu curso médio, percorre a
superfície sublitorânea do Bacabal, caracterizada por colinas erodidas, e, finalmente, atinge a
Baixada Maranhense, desaguando na baía de São Marcos.

As águas são mantidas, durante todos os anos, acima do nível do álveo, seja pela
contribuição dos afluentes, seja principalmente, pela alimentação do lençol freático na
estiagem.

Em relação á topografia o Mearim pode ser assim enquadrado:


a) Alto Mearim, da nascente a barra do rio das flores, com extensão de 400km;
b) Médio Mearim, da barra do rio das flores até a vila do Portos Seco das Mulatas, cerca de
50Km a jusante de Bacabal, numa extensão de 180Km;
c) Baixo Mearim, de Porto Seco das Mulatas a foz, na baía de São Marcos , com 170Km de
extensão.

9.3 Estudo Hidrológico

O estudo hidrológico no trecho do rio Mearim foi realizado com base na estação
fluviométrica da ANA (Agencia Nacional de Águas), onde a estação fica aproximadamente
70.150 Km percorrendo o rio até chegar a estação de bombeamento da Merck, a estação
fluviometrica fica a montante da Merck.
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9.3.1 Localização da estação

A estação fluviométrica está localizada no rio Mearim no trecho a jusante da Merck


com as seguintes coordenadas latitude -5:46:0 e longitude: -45:59:0 com uma altitude de
165m ocupando uma área de drenagem de 4.410Km2. A estação é completa com dados de
cota, vazão, qualidade de água e resumo das descargas. Na imagem abaixo encontra - se a
localização das estações pluviométrica e fluviométricas.
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Foto1: Vista do rio Mearim a montante da MERCK

9.4.Vazões regionais

9.4.1 Vazões Mínimas


Foram investigadas apenas uma estação fluviométrica no rio Mearim que engloba esta
área do estudo pertencente á ANA (Agencia Nacional de Águas), cujo codigo da estação n 0:
33205000, onde o comportamento das vazões mínimas mensais no rio Mearim, apresenta da
seguinte forma como mostra o gráfico abaixo
Gráfico 1: Comportamento das vazões mínimas no trecho do Mearim

Comportamento das Vazões Minimas no trecho Alto


Mearim

35
30
Minimas(m3/s)
Vazões medias

25
20
15
10
5
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
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No gráfico 1: verifica-se que o trimestre mais seco corresponde os meses de agosto,


setembro e outubro os quais os valores da vazão mínima estabelecem valores correspondidos
variando de 15,5; 14,8; e 15m3/s respectivamente.

A vazão media mínima pode corresponder a 14,3m3/s durante o ano, o que


corresponde a 51.480m3/h ou 14.300l/s. Esta referencia da vazão mínima é importante,
devido.
9.4.2 Vazões Máximas
Gráfico 2: Comportamento das vazões máximas no trecho do rio Mearim

Comportamento das vazões máximas mensais no


trecho Alto Mearim

100

80
Vazões(m3/s)

60

40

20

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses

No gráfico 2: verifica-se que o período que corresponde os meses de setembro a


novembro a vazão máxima media estabelece com valores variando de 19 e 26 m3/s.

A vazão máxima em termo médio pode corresponder a 127,3m3/s durante o ano, o que
corresponde a 458.280m3/h ou 127.300l/s.

Analisando os períodos dos meses mais críticos onde vai ser utilizada a irrigação,
pode-se verificar que apenas que cerca 25 a 30% do seu volume devido á diminuição das
chuvas e a evaporação intensa dos raios solares que faz com que, as águas superficiais dos
mananciais retorne em proporções para atmosfera, estabelecendo assim o ciclo hidrológico.
Nesta época a sua contribuição se dar pelo aqüífero subterrâneo que mantém a sua capacidade
hídrica superficial em todo o seu leito.
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9.4.3 Vazões Médias

Gráfico 3: Comportamento das vazões médias no trecho do rio Mearim

Comportamento das vazões médias no trecho do Alto


Mearim

50

40
Vazões(m3/s)

30

20

10

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses

A vazão media apresenta valores durante todo o ano em trono de 26,9m3/s, o que não
quer dizer que nesse trecho não possa obter valores menores e maiores que a media, o que
pode alterar em qualquer ano, as atividades de queima e o desenvolvimento desmatamento na
área poderá ocasionar um aumento do valor médio da vazão ocasionado pelo escoamento
superficial e afetando uma diminuição da infiltração.

No Gráfico 4, verifica-se que as vazões mínimas e as vazões médias no período de


deficiência hídrica os valores possui uma diferença bem pequena na quantidade o que
possibilita afirmar que a redução da vazão em relação no período de cheia é bastante
significante.

Comportamento das vazões Máxima, Média, Minima

100
Vazão Máxima
90
Vazão Média
80
Vazão Minima
Vazões(m3/s)

70
60
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Meses
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Procurando caracterizar o regime fluvial do rio Mearim no trecho em estudo, estão


apresentados a seguir alguns valores característicos das vazões mensais observados nos postos
instalado a montante do rio Mearim e no rio Corda, contudo existe também a influencia do rio
Capim duro, onde não existe nenhuma medição de vazão, mais que tem uma importância na
entrada da água. No esquema abaixo encontra-se os valores absolutos da resultante (Q3),
porem sem a influencia do rio Capim duro (nos períodos comuns aos dois pontos).

Períodos de estiagem

Rio Mearim Q1 = 14,3 Q1 + Q2 = Q3

MERCK

Q2 = 21,2

Q3 = 35,5m3/s

Rio Corda

É importante ressaltar que essa vazão poderá ser 10% maior nesse período seco,
devido a entrada da vazão do rio Capim duro.
9.5. Estatísticas básicas das vazões

Os gráficos das vazões máximas e mínimas mostram os valores em torno da media


mensais para o rio Mearim.
Com as vazões dos rios é possível analisar a consistência dos valores médios gerados
por meio do Coeficiente de Escoamento(C). Muitos estudos de consistência trabalham apenas
com vazões e não verifica sua compatibilidade com as precipitações e o balanço hídrico
regional. O coeficiente de escoamento é um indicador médio se existe consistência media dos
dados. Neste caso, é necessário determinar a relação entre precipitação e a vazão media da
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bacia: C = Q/P.Verificam-se os valores de coeficientes de escoamento dos postos da região


são consistentes, portanto não é coerente muito abaixo de < 0,1, acima > 0,65 a região é
considerada úmida com o C muito alto.Portanto, o valor encontrado na região de estudo foi
um C= 0,15 o que é considera que existe consistência nos dados.
A vazão especifica é definida pela vazão por unidade de área, ou seja q = Q m/A,
onde q é a vazão especifica em m3/s/km2; Q m é a vazão media de longo período (m3/s); A é a
área da bacia Km2. Esta variável que pode ser obtida facilmente numa região onde as isoietas
de precipitação apresentam pequenas alterações especifica, como é o caso em questão.
Adotando uma precipitação media anual de 1.279mm, Q= 193,1mm, e E= 1085,9mm.
Código Rio Área(Km2) Vazão C Vazão media
média(m3/s) especifica(l/s.Km2)
33205000 Mearim 4.410 27,0 0,15 6,1

9.6. Curva de Permanência

O gráfico abaixo mostra a curva de permanência de vazões para o rio Mearim. O


gráfico apresenta a freqüência com que ocorrem os valores iguais ou superiores aos valores de
uma serie temporal. Pelo resultado o valor da vazão Q95 13,4m3/s significa que na seção do
rio Mearim permanece com vazões iguais ou superiores a este com 95% de tempo de
permanecia para os períodos do trimestre mais seco, como mostra o gráfico abaixo.

Gráfico 5: Curva da Permanência

33205000 (01/1979 - 12/2005)


114,8
109,8
104,8
99,8
94,8
89,8
84,8
79,8
74,8
Vazão (m3/s)

69,8
64,8
59,8
54,8
49,8
44,8
Q95% = 13,4
39,8
34,8
29,8
24,8
19,8
14,8

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100
Permanência (%)
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9.7 Característica da curva chave na seção de controle

Estudos hidrológicos são baseados em informações de vazão, precipitação e outras


variáveis. A curva-chave (curva de descarga), forma universal de obterem-se valores
instantâneos de vazão a partir de informações de níveis, exige um grande número de medições
em campo. Vias de regra são realizadas em caráter eventual por ocasião da visita à estação, de
modo que a faixa de vazões medidas é, em geral, muito inferior à amplitude dos níveis
atingidos pelo rio, criando assim a necessidade de extrapolação da relação cota-descarga para
os trechos não medidos, como no caso do trecho de captação.

O traçado da curva deve ser feito de maneira a minimizar, prioritariamente, os desvios


dos valores considerados confiáveis. A precisão do traçado depende, exclusivamente, do
número de pontos e de sua repartição no intervalo de variação das cotas extremas observadas.

Entretanto, o gráfico da curva chave representa o comportamento das descargas em


relação à cota x vazão da seção de Cantanhede, o que permite analisar que os valores de vazão
obtidos resultam em um bom alinhamento na curva chave, não havendo nenhuma
interferência externa que provocasse alguma instabilidade na seção, como pode ser verificada
no comportamento no gráfico da curva chave.

Metodologia
A fórmula a ser aplicada para determinação da curva- chave é a seguinte:

Q = a(h – ho)n
Aplicando método logaritmo na equação, pode-se obter, através de uma anamorfose, a
equação de uma reta escrita da seguinte forma:
LogQ = logA + n log(h-ho),
Y = b + ax: (Eq. reta), onde:
y = log Q;
b = log A;
a = n;
x = log(h-ho)
Este método é aplicável com as seguintes condições:
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a)relação h/Q caracterizada por um bom alinhamento das medições de águas médias e altas
que pode ser aplicado sobre o papel log-log;
b)medição existente até uma cota suficiente elevada para que a direção da reta seja bem
definida;
c)perfil de jusante sem descontinuidade de forma nas cotas extrapoladas;
d)controle de jusante permanente entre cotas médias e altas

O resultado pode ser obtido pelo gráfico 6 abaixo, onde mostra o comportamento da
curva chave na seção de controle

Gráfico 6:da Curva Chave da seção de controle

Curva Chave

2,5

2
h(m)

1,5

0,5

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Vazão(m3/s)

10.Considerações Gerais Rio Corda

O rio Corda é um dos principais afluente do rio Mearim, denominado de rio de águas
claras por não apresentar partículas de sedimentos disponíveis em suas águas, encontra-se a
margem direita do Mearim, nasce nas vertentes da serra Branca, a cerca de 450 m de altitude
e, com suas águas límpidas e rápidas, percorre aproximados 240 km até confluir com o rio
Mearim, em Barra do Corda, possui uma área de drenagem em torno de 4.700 Km2,
comprimento do rio em trono de 120 km até encontrar com o seu rio principal o rio Mearim.
Seus principais afluentes são os rio Pau Grosso, e o rio Ouriveis, como pode ser verificado na
figura 1 abaixo:
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10.1 Estudo Hidrológico

O estudo hidrológico no trecho do rio Corda foi realizado com base na estação
fluviométrica da ANA (Agencia Nacional de Águas), onde a distancia da estação fica
aproximadamente 70.150Km percorrendo o rio até chegar a estação de bombeamento da
Merck, a estação fluviometrica fica a montande da Merck. O rio Mearim percorre 5.069 km
da estação fluviometrica até se encontra com a confluência com rio Corda.
Quadro 1: Localização das estação fluviométrica no rio Corda

Localização da estação Altitude


Código Estação Rio Drenagem (m) Inicio Fim
Km2
Latitude Longitude
33215000
Corda -5:44:10 -45:19:25 4.800 139 1981 2005
33220000 Corda -5:39:0 -45:16:0 4.860 -
1972 1979
33221000 Corda -5:38:0 -45:14:0 4.500 -

33222000 Ourives

33214000
Pau Grosso -5:53:31 -45:18:7 2003 2005
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10.1.1 Localização da estação

A estação fluviométrica está localizada no rio Corda no trecho a montante da Merck


com as seguintes coordenadas latitude -5:46:0 e longitude: -45:59:0, foi a mais próxima, com
uma altitude de 165m ocupando uma área de drenagem de 4.410Km2. A estação é completa
com dados de cota, vazão, qualidade de água e resumo das descargas.

Foto1: Vista do rio Corda a montante da MERCK

10.1.2Vazões regionais

10.1.2.1 Vazões Mínimas


Foram investigadas apenas uma estação fluviométrica no rio Corda, por considerar a
mais próxima e com que engloba esta área do estudo pertencente a ANA(Agencia Nacional de
Águas), cujo o condigo da estação n0: 33215000, onde o comportamento das vazões mínimas
mensais no rio Corda, apresenta da seguinte forma como mostra o gráfico abaixo.
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Gráfico 1: Comportamento das vazões mínimas no trecho do rio Corda

Comportamento das Vazões Minima Mensais no rio Corda

30
25
Vazões(m3/s)

20
15
10
5
0
Fevereiro

Novembro
Junho

Julho
Janaeiro

Maio
Março

Agosto

Outubro
Setembro

Dezembro
Abril

Meses

No gráfico 1: verifica-se que o trimestre mais seco corresponde os meses de agosto,


setembro e outubro os quais os valores da vazão mínima estabelecem valores correspondidos
variando de 19,1; 18,6; e 18,6m3/s respectivamente.

A vazão media mínima pode corresponder a 21,2m3/s durante o ano, o que


corresponde a 76.320m3/h ou 21.200l/s. Esta referencia da vazão mínima é importante para
manter a vazão ecológica e consequentemente as espécies existentes no manancial. Considera
que as perdas existentes por evaporação na região no período mais seco correspondem cerca
de 200mm/mês.
10.1.2.2 Vazões Máximas
Gráfico 2: Comportamento das vazões máximas no trecho do rio Corda

Comportamento das Vazões Máximas Mensais

35
30
Vazões(m3/s)

25
20
15
10
5
0
Fevereiro

Novembro
Junho

Julho
Janaeiro

Maio
Março

Agosto

Outubro
Setembro

Dezembro
Abril

Meses
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No gráfico 2: verifica-se que o período que corresponde os meses de agosto a outubro


a vazão máxima media estabelece com valores variando de 20,4 a 20,9 m3/s. A vazão máxima
em termo médio pode corresponder a 25,8m3/s durante o ano, o que corresponde a 92.880m3/h
ou 25.800l/s.
Analisando os períodos dos meses mais críticos onde vai ser utilizada a irrigação,
pode-se verificar que apenas que cerca 25 a 30% do seu volume devido a diminuição das
chuvas e a evaporação intensa dos raios solares que faz com que, as águas superficiais dos
mananciais retorne em proporções para atmosfera, estabelecendo assim o ciclo hidrológico.
Nesta época a sua contribuição se dar pelo aqüífero subterrâneo que mantém a sua
capacidade hídrica superficial em todo o seu leito

10.1.2.3 Vazões Médias

Gráfico 3: Comportamento das vazões médias no trecho do rio Corda

Comportamento das vazões médias no rio Corda

35
Vazões Médias(m3/s)

30 Qm= 23,1m3/s
25
20
15
10
5
0
Fevereiro

Novembro
Junho

Julho
Janaeiro

Maio
Março

Agosto

Outubro
Setembro

Dezembro
Abril

Meses

A vazão media apresenta valores durante todo o ano em trono de 23,1m3/s, o que não
quer dizer que nesse trecho não possa obter valores menores e maiores que a media, o que
pode alterar em qualquer ano, as atividades de queima e o desenvolvimento desmatamento na
área poderá ocasionar um aumento do valor médio da vazão ocasionado pelo escoamento
superficial e afetando uma diminuição da infiltração.

No Gráfico 4, verifica-se que as vazões mínimas e as vazões médias no período de


deficiência hídrica os valores possui uma diferença bem pequena na quantidade o que
Projeto Agronômico_Hidrologico

possibilita afirmar que a redução da vazão em relação no período de cheia é bastante


significante.
Gráfico 4: Comportamento das vazões médias, mínima e máxima no rio Corda

Gráfico do comportamento das vazões médias do rio Corda

Vazão Média
35
Vazão Minima
Vazão média(m3/s)

30
Vazão Máxima
25
20
15
10
5
0
Fevereiro

Novembro
Junho

Julho
Janaeiro

Maio
Março

Agosto

Outubro
Setembro

Dezembro
Abril

Meses

11. Estatísticas básicas das vazões

Os gráficos das vazões máximas e mínimas mostram os valores em torno da media


mensais para o rio Corda.
Com as vazões dos rios é possível analisar a consistência dos valores médios gerados
por meio do Coeficiente de Escoamento(C). Muitos estudos de consistência trabalham apenas
com vazões e não verifica sua compatibilidade com as precipitações e o balanço hídrico
regional. O coeficiente de escoamento é um indicador médio se existe consistência media dos
dados. Neste caso, é necessário determinar a relação entre precipitação e a vazão media da
bacia: C = Q/P.

A vazão especifica é definida pela vazão por unidade de área, ou seja q = Qm/A,
onde q é a vazão especifica em m3/s/km2; Qm é a vazão media de longo período (m3/s); A é a
área da bacia Km2. Esta variável que pode ser obtida facilmente numa região onde as isoietas
de precipitação apresentam pequenas alterações especifica, como é o caso em questão.
Adotando uma precipitação media anual de 1.246mm, a Q = 151,8mm, obtém tem-se a
E(evaporação) = 1.094,2mm:
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Código Rio Área(Km2) Vazão C Vazão media


média(m3/s) especifica(l/s.Km2)
33215000 Corda 4.800 23,1 0,12 4,81

12. Curva de Permanência

O gráfico abaixo mostra a curva de permanência de vazões para o rio Corda. O gráfico
apresenta a freqüência com que ocorrem os valores iguais ou superiores aos valores de uma
serie temporal. Pelo resultado o valor da vazão Q95 16,3m3/s significa que na seção do rio
Corda permanece com vazões iguais ou superiores a este com 95% de tempo de permanecia
para os períodos do trimestre mais seco, como mostra o gráfico abaixo.
Gráfico 5: Curva da Permanência

33215000 (01/1981 - 12/2005)


40,2
39,2
38,2
37,2
36,2
35,2
34,2
33,2
32,2
31,2
30,2
29,2
Vazão (m3/s)

28,2
27,2
26,2
25,2
24,2
23,2
22,2
21,2
20,2
19,2
18,2
17,2
16,2
15,2
14,2

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100
Permanência (%)
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13. Característica da Curva Chave

Estudos hidrológicos são baseados em informações de vazão, precipitação e outras


variáveis. A curva-chave (curva de descarga), forma universal de obterem-se valores
instantâneos de vazão a partir de informações de níveis, exige um grande número de medições
em campo. Vias de regra são realizadas em caráter eventual por ocasião da visita à estação, de
modo que a faixa de vazões medidas é, em geral, muito inferior à amplitude dos níveis
atingidos pelo rio, criando assim a necessidade de extrapolação da relação cota-descarga para
os trechos não medidos, como no caso do trecho de captação.

O traçado da curva deve ser feito de maneira a minimizar, prioritariamente, os desvios


dos valores considerados confiáveis. A precisão do traçado depende, exclusivamente, do
número de pontos e de sua repartição no intervalo de variação das cotas extremas observadas.

O resultado pode ser obtido pelo gráfico 6 abaixo, onde mostra o comportamento da
curva chave na seção de controle.
Gráfico 6 da Curva Chave

Curva Chave da seção de controle

1,7

1,5

1,3
h(m)

1,1

0,9

0,7

0,5
0 5 10 15 20 25 30 35
Vazão(m3/s)
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O empreendimento da MERCK necessita de uma vazão de 3,00 m3/s ou 10.800 m3/h ou


10.800.000 l/h do rio Mearim para atender as necessidades das culturas que já estão
implantadas. A fonte hídrica responsável pelo suprimento de água á irrigação é o rio Mearim
cuja a determinação da vazão foi realizada com base na estação da Agência Nacional da
Água/ANA (entra o estudo hidrológico Mearim e Corda)
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14.VAZÃO ECOLOGICA

Segundo Lamb et al. (1995), até 1975, vazão ecológica é a expressão mais usada para
definir a quantidade mínima de água para permanecer no rio para satisfazer ou assegurar a
conservação e a manutenção dos ecossistemas aquáticos naturais, a produção das espécies
com interesse desportivo ou comercial, os aspectos estéticos da paisagem ou outros interesses
científicos ou culturais (Alves, 1996).
No Brasil, tem sido comumente adotada a denominação Q7,10. Como a outorga é, nesses
casos, dirigida às condições de estiagem, ela limita, severamente, a expansão dos sistemas de
uso a uma fração da Q7,10. Alguns estados adotam frações da Q7,10 ou da Q90% como a vazão
mínima garantida a ser mantida no rio.
No estado do Maranhão, o critério de vazão de referencia proposto, é de 80% da vazão
Q90 do manancial superficial, obtida no trimestre mais seco, considerando outorgável apenas
80% da Q90.

Considerando o estudo hidrológico onde determinou - se a vazão media através dos dados
histórico existentes calculada principalmente levando em consideração o trimestre mais seco
ou período mais seco sem contribuição das chuvas, a vazão calculada resultante da
contribuição do rio Corda mais o Mearim foi de 35,5 m3/s . No período de deficiência hídrica
(agosto a dezembro) pode ser verificado através do gráfico do balanço hídrico que a
contribuição das chuvas é bastante significativa, pois apesar de boa parte da água da chuva
infiltrar alimentados os lençóis freáticos que consequentemente alimentará os riachos e rios
durante os períodos de recessão, possibilita também para aumentar o seu volume. A vazão
requerida pelo empreendimento é da ordem de 3 m3/s , o que não compromete a vazão
ecológica.

15 . RECOMENDAÇÃO
Há necessidade de realizar o monitoramento do nível da água pela instalação de réguas
linimétricas para verificação dos níveis durante todos os meses pelo menos 2 a 3 medidas por
mês.
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16. BIBLIOGRAFIA

BARTH, F.T. Modelos para gerenciamento de recursos hídricos. Nobel/ABRH, 1987.


525p.

CHRISTOFIDIS, D. Recursos hídricos e irrigação no Brasil. CDS/UnB, Brasília. 1999.

LIMA, J.E.F.W. Determinação e simulação da evapotranspiração de uma bacia


hidrográfica do Cerrado. Brasília: UnB, 2000. 75p. (Dissertação de Mestrado) –
Universidade Nacional de Brasília, 2000.

RAVEN, P.H.; BERG, L.R.; JOHNSON, G.B. Environment. Saunders College Publishing,
1998. 579p.

SHIKLOMANOV, I. World water resources: a new appraisal and assessment for the
21th century. IHP / UNESCO, 1998. 32p.

SILVA, D.D.; RAMOS, M.M. Planejamento e gestão integrada dos recursos hídricos.
Brasília: ABEAS; Viçosa: UFV/DEA, 2001. 89p. (Curso de Uso Racional dos Recursos
Naturais e seus Reflexos no Meio Ambiente. Módulo 10).

TUCCI, C.E.M.Regionalização de vazão.Hidrologia.Ed:Universidade/UFRGS,2002

WORLD RESOURCES INSTITUTE. A guide to the global environment: environmental


changes and human health. WRI, UNEP, UNDP, World Bank, Oxford University Press:
Oxford. 1998. 369p.

José Sebastião Paula Sena


CREA-MG – 60.942-D
Visto CREA-MA - 6687
Responsável Técnico

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