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Identificação do proponente:
Características do Imóvel:
2 INTRODUÇÃO
2.1. Objetivo : Exploração racional da água do rio Mearim, utilizando o método de irrigação
do tipo pivô-central nas culturas do Jaborandi e Uncária.
Projeto Agronômico_Hidrologico
3 CARACTERIZAÇÃO DO CLIMA:
Tipologia Climática segundo KÖPPEN, Clima Úmido (B1) com chuvas de verão,
período seco bem definido no inverno.
Tipologia Climática segundo THORNTHWAITE & MATTHER (1948), Clima úmido
C1SA’a’ com moderada deficiência hídrica no inverno entre os meses de junho a setembro,
megatérmico (A’) ou seja, temperatura media acima de 180C, sendo que a soma da
evapotranspiração potencial nos três meses mais quentes do ano é inferior a 48%, em relação
a evapotranspiração potencial anual de (a’).
A temperatura media na região de Barra do Corda chega com 25,6 0C com mínima 21 e a
máxima com 310C, pois em períodos de verão intenso(agosto a novembro) a sensação térmica
é que a temperatura está 37 a 390 C .No gráfico 1 abaixo encontra-se a evolução da
temperatura durante todos os meses do ano.
30
25
20
15
10
5
0
Março
Abril
Maio
Fevereiro
Agosto
Junho
Julho
Novembro
Dezembro
Janeiro
Outubro
Setembro
Meses
Projeto Agronômico_Hidrologico
I = 2,540 * t 0,588
4.1 E velocidade de infiltração (Vi) em função do tempo (t):
Vi = 1,492* t -0,412
Quadro 02: Velocidade de infiltração na região de Barra do Corda
160
140
120
Vi (cm/h) e I (cm)
100
80
60
40
20
0
1 26 51 76 101 126 151 176 201
Tempo (min)
Vi (cm/h) Infiltração (cm)
Projeto Agronômico_Hidrologico
Na aspersão deseja-se que toda água aplicada se infiltre no solo. Deve-se, portanto aplicá-
la à taxa tal que nunca supere a Vi. Aplicando-se água em taxas iguais ou menores que a
menor taxa de infiltração do solo, tem certeza de que a água aplicada se infiltrara.
Cad tipo de solo possui uma capacidade de armazenamento de água (CAD), diretamente
proporcional à textura e estrutura.
A CAD vem ser a quantidade de água contida no solo, utilizável pelas plantas para
atender às necessidades hídricas, no perfil que se deseja sendo ocupado pelo seu sistema
radicular, representando a diferença entre a água mantida pelo seu sistema radicular,
representando a diferença entre a água mantida entre a capacidade de campo (CC) e a
remanescente, por ocasião do ponto de murcha permanente (PMP).
CC PMP
CAD = * Dap * h
10
Onde:
CAD = Capacidade de Água Disponível (mm);
CC = Capacidade de Campo (%);
PMP = Ponto de Murcha Permanente (%);
Dap = Densidade aparente (g/cm³);
h = Profundidade do solo (cm).
Meses Num T P N I a ETP P-ETP NEG-AC ARM ALT ETR DEF EXC
de oC mm horas Thornthwaite mm mm mm mm mm mm
dias 1948
Jan 30 25,2 177,9 12,3 11,6 3,4 117,03 60,9 -45,0 63,76 60,87 117,0 0,0 0,0
Fev 28 25,0 207,4 12,2 11,4 3,4 105,61 101,8 0,0 100,00 36,24 105,6 0,0 65,6
Mar 31 25,4 243,1 12,1 11,7 3,4 122,24 120,9 0,0 100,00 0,00 122,2 0,0 120,9
Abr 30 25,1 198,2 12,0 11,5 3,4 112,07 86,1 0,0 100,00 0,00 112,1 0,0 86,1
-
Mai 31 25,0 65,9 11,8 11,4 3,4 112,85 -46,9 -46,9 62,53 37,47 103,4 9,5 0,0
-
Jun 30 24,6 21,4 11,7 11,2 3,4 102,40 -81,0 -127,9 27,82 34,72 56,1 46,3 0,0
-
Jul 31 24,7 14,1 11,7 11,2 3,4 107,12 -93,0 -221,0 10,97 16,85 30,9 76,2 0,0
Ago 31 25,7 14,1 11,8 11,9 3,4 123,56 -109,5 -330,4 3,67 -7,30 21,4 102,2 0,0
Set 30 27,0 21,9 11,9 12,8 3,4 143,35 -121,4 -451,9 1,09 -2,58 24,5 118,9 0,0
Out 31 27,0 48,2 12,0 12,8 3,4 150,04 -101,8 -553,7 0,39 -0,70 48,9 101,1 0,0
Nov 30 26,7 77,8 12,2 12,6 3,4 141,45 -63,7 -617,4 0,21 -0,19 78,0 63,5 0,0
Dez 31 25,9 135,4 12,3 12,1 3,4 132,71 2,7 -354,2 2,90 2,69 132,7 0,0 0,0
TOTAIS 307,3 1225,4 144,0 142,4 41,3 1470,45 -245,0 473 0,00 952,9 517,6 272,5
MÉDIAS 25,6 102,1 12,0 11,9 3,4 122,54 -20,4 39,4 79,4 43,1 22,7
Projeto Agronômico_Hidrologico
250
200
150
100
50
0
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Agosto
Novembro
Dezembro
Janeiro
Junho
Outubro
Setembro
Julho
Meses
100
50
mm
-50
-100
-150
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
250
200
mm
150
100
50
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Precipitação ETP ETR
100
50
mm
-50
-100
-150
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
DEF(-1) EXC
220
200
Evaporação(mm)
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Novembro
Fevereiro
Junho
Julho
Janeiro
Março
Maio
Agosto
Outubro
Setembro
Dezembro
Abril
Meses
Més ETp média Preci. média CTA Precip. CTAv fce Precip. efetiva
(mm x mês- (mm x mês-
(mm x mês-1) 1
) (mm) 1
) (mm) (mm x mês-1)
JAN 117,0 174,3 75 109,84 47 0,9018 99,06
FEV 105,6 140,2 75 88,92 47 0,9018 80,19
MAR 122,2 165,6 75 106,36 47 0,9018 95,92
ABR 112,1 87,4 75 59,89 47 0,9018 54,01
MAI 112,8 15,9 75 11,90 47 0,9018 10,73
JUN 102,4 1,4 75 -1,60 47 0,9018 0,00
JUL 107,1 1,8 75 -1,14 47 0,9018 0,00
AGO 123,6 0,8 75 -2,48 47 0,9018 0,00
SET 143,3 14,4 75 11,41 47 0,9018 10,29
OUT 150,0 104,5 75 76,08 47 0,9018 68,61
NOV 141,5 191,8 75 125,74 47 0,9018 113,39
DEZ 132,7 245,8 75 152,21 47 0,9018 137,26
1,200
1,000
0,800
fc
0,600
y = 0,1767Ln(x) + 0,2125
0,400 r2 = 0,9779
r = 0,9888
0,200
0,000
0,0 50,0 100,0 150,0 200,0
CAT (mm)
8 BALANÇO HIDROAGRÍCOLA
Simbologia:
ETo - Evapotranspiração de Referência
Kc - Coeficiente de cultivo
ETc - Evapotranspiração da Cultura
PM - Precipitação média
PE - Precipitação efetiva corrigida
NIL - Necessidade de irrigação líquida
DML - Demanda mensal líquida
Projeto Agronômico_Hidrologico
Pivô 2
Pivô 3
Pivô 4
Pivô 5
Pivô 6
Amperagem
Bombas Potência (cv) Voltagem (v) (a) Rotação (rpm) Vazão (m3/h)
2 300 380 405 1775 525
1 150 380 205 1780
1 125 380 171 1780
TOTAL (m3/h) 525
Tempo (horas/dia) 14
Amperagem
Bombas Potência (cv) Voltagem (v) (a) Rotação (rpm) Vazão (m3/h)
2 300 380 347 1785 493
1 150 380 139 1775
1 125 380 171 1780
TOTAL (m3/h) 493
Tempo (horas/dia) 9
Amperagem
Bombas Potência (cv) Voltagem (v) (a) Rotação (rpm) Vazão (m3/h)
1 30 380 100 3500 25
TOTAL (m3/h) 25
Tempo (horas/dia) 20
Projeto Agronômico_Hidrologico
9.FONTE HIDRICA
9.1.Considerações Gerais
Esta bacia se subdivide em três trechos principais: Alto, Médio e Baixo Mearim, e está
limitada ao Norte pela Baia de S. Marcos, a Nordeste não existe divisor de águas, pois esta
área apresenta uma extensa planície de aluvião margeando o fundo da Baia de S. Marcos,
sendo que os pequenos cursos d’água que sulcam esta planície são, na realidade, valetas
naturais que servem de coletores de drenagem durante a maré baixa, e como canais de
irrigação na maré alta; a Leste e Sudeste é limitada pela Serra das Alpercatas, Serra da Boa
Vista, e outras elevações sem nome, que dividem a bacia do Mearim da bacia do Itapecuru; ao
Sul pelas serras da Croeira, Menina, Cinta, Canela e Alpercatas, que formam um arco onde se
encontram as nascentes do rio principal e dos afluentes Corda e Grajau; a Sudeste e Oeste
limita-se por um conjunto de elevações pouco expressivo, com altitudes de 200 a 300 metros,
fazendo parte das Serras do Negro e Cinta, que funcionam como divisor de águas com as
bacias do Tocantins, Gurupi e Turiacu; a Noroeste limita-se com a Serra da Desordem,
constituindo o divisor de águas com a bacia de Turiacu e a Serra do Piracambu, divisor de
água com o rio Gurupi.
Projeto Agronômico_Hidrologico
Seu relevo apresenta diferentes níveis relativamente pequenos, sendo mais de 50% de
sua área constituída por planície e rios com baixas declividades. Este fato contribuiu para o
aparecimento de uma formação deltóide e uma grande sinuosidade dos cursos d’ água.
O rio Mearim nasce nas encostas setentrionais da serra da Menina, com altitude de 400
a 500m aproximadamente, e numa latitude de 060 59’ Sul.
Inicialmente o rio se dirige para o nordeste, recebendo pela margem direita o rio
Corda, próximo a cidade de Barra do Corda. Após a cidade de Barra do Corda o continua na
direção geral do Nordeste , mudando para o Norte, após receber pela direita o rio das Flores.
A seguir atravessa as cidades de Pedreira e Bacabal chegando a Baixada Maranhense , onde
recebe pela margem esquerda as águas do rio Grajaú , indo deságua, juntamente com o rio
Pindaré na baía de São Marcos, após o percurso de 750Km, aproximadamente.
Projeto Agronômico_Hidrologico
O rio Mearim na maior parte do seu percurso tem o leito assentado em terrenos da
bacia sedimentar Maranhão –Piauí, onde o predomínio é de terrenos mesozóicos,
principalmente os da formação Itapecuru, constituídos de arenitos de diversas cores,
intercalados com siltitos e folhelhos.
O rio Mearim em seu percurso e seus tributários Corda e Flores, no Pediplano Central
do Maranhão drenam os chapadões. Posteriormente, em seu curso médio, percorre a
superfície sublitorânea do Bacabal, caracterizada por colinas erodidas, e, finalmente, atinge a
Baixada Maranhense, desaguando na baía de São Marcos.
As águas são mantidas, durante todos os anos, acima do nível do álveo, seja pela
contribuição dos afluentes, seja principalmente, pela alimentação do lençol freático na
estiagem.
O estudo hidrológico no trecho do rio Mearim foi realizado com base na estação
fluviométrica da ANA (Agencia Nacional de Águas), onde a estação fica aproximadamente
70.150 Km percorrendo o rio até chegar a estação de bombeamento da Merck, a estação
fluviometrica fica a montante da Merck.
Projeto Agronômico_Hidrologico
9.4.Vazões regionais
35
30
Minimas(m3/s)
Vazões medias
25
20
15
10
5
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
Projeto Agronômico_Hidrologico
100
80
Vazões(m3/s)
60
40
20
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
A vazão máxima em termo médio pode corresponder a 127,3m3/s durante o ano, o que
corresponde a 458.280m3/h ou 127.300l/s.
Analisando os períodos dos meses mais críticos onde vai ser utilizada a irrigação,
pode-se verificar que apenas que cerca 25 a 30% do seu volume devido á diminuição das
chuvas e a evaporação intensa dos raios solares que faz com que, as águas superficiais dos
mananciais retorne em proporções para atmosfera, estabelecendo assim o ciclo hidrológico.
Nesta época a sua contribuição se dar pelo aqüífero subterrâneo que mantém a sua capacidade
hídrica superficial em todo o seu leito.
Projeto Agronômico_Hidrologico
50
40
Vazões(m3/s)
30
20
10
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
A vazão media apresenta valores durante todo o ano em trono de 26,9m3/s, o que não
quer dizer que nesse trecho não possa obter valores menores e maiores que a media, o que
pode alterar em qualquer ano, as atividades de queima e o desenvolvimento desmatamento na
área poderá ocasionar um aumento do valor médio da vazão ocasionado pelo escoamento
superficial e afetando uma diminuição da infiltração.
100
Vazão Máxima
90
Vazão Média
80
Vazão Minima
Vazões(m3/s)
70
60
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Meses
Projeto Agronômico_Hidrologico
Períodos de estiagem
MERCK
Q2 = 21,2
Q3 = 35,5m3/s
Rio Corda
É importante ressaltar que essa vazão poderá ser 10% maior nesse período seco,
devido a entrada da vazão do rio Capim duro.
9.5. Estatísticas básicas das vazões
69,8
64,8
59,8
54,8
49,8
44,8
Q95% = 13,4
39,8
34,8
29,8
24,8
19,8
14,8
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100
Permanência (%)
Projeto Agronômico_Hidrologico
Metodologia
A fórmula a ser aplicada para determinação da curva- chave é a seguinte:
Q = a(h – ho)n
Aplicando método logaritmo na equação, pode-se obter, através de uma anamorfose, a
equação de uma reta escrita da seguinte forma:
LogQ = logA + n log(h-ho),
Y = b + ax: (Eq. reta), onde:
y = log Q;
b = log A;
a = n;
x = log(h-ho)
Este método é aplicável com as seguintes condições:
Projeto Agronômico_Hidrologico
a)relação h/Q caracterizada por um bom alinhamento das medições de águas médias e altas
que pode ser aplicado sobre o papel log-log;
b)medição existente até uma cota suficiente elevada para que a direção da reta seja bem
definida;
c)perfil de jusante sem descontinuidade de forma nas cotas extrapoladas;
d)controle de jusante permanente entre cotas médias e altas
O resultado pode ser obtido pelo gráfico 6 abaixo, onde mostra o comportamento da
curva chave na seção de controle
Curva Chave
2,5
2
h(m)
1,5
0,5
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Vazão(m3/s)
O rio Corda é um dos principais afluente do rio Mearim, denominado de rio de águas
claras por não apresentar partículas de sedimentos disponíveis em suas águas, encontra-se a
margem direita do Mearim, nasce nas vertentes da serra Branca, a cerca de 450 m de altitude
e, com suas águas límpidas e rápidas, percorre aproximados 240 km até confluir com o rio
Mearim, em Barra do Corda, possui uma área de drenagem em torno de 4.700 Km2,
comprimento do rio em trono de 120 km até encontrar com o seu rio principal o rio Mearim.
Seus principais afluentes são os rio Pau Grosso, e o rio Ouriveis, como pode ser verificado na
figura 1 abaixo:
Projeto Agronômico_Hidrologico
O estudo hidrológico no trecho do rio Corda foi realizado com base na estação
fluviométrica da ANA (Agencia Nacional de Águas), onde a distancia da estação fica
aproximadamente 70.150Km percorrendo o rio até chegar a estação de bombeamento da
Merck, a estação fluviometrica fica a montande da Merck. O rio Mearim percorre 5.069 km
da estação fluviometrica até se encontra com a confluência com rio Corda.
Quadro 1: Localização das estação fluviométrica no rio Corda
33222000 Ourives
33214000
Pau Grosso -5:53:31 -45:18:7 2003 2005
Projeto Agronômico_Hidrologico
10.1.2Vazões regionais
30
25
Vazões(m3/s)
20
15
10
5
0
Fevereiro
Novembro
Junho
Julho
Janaeiro
Maio
Março
Agosto
Outubro
Setembro
Dezembro
Abril
Meses
35
30
Vazões(m3/s)
25
20
15
10
5
0
Fevereiro
Novembro
Junho
Julho
Janaeiro
Maio
Março
Agosto
Outubro
Setembro
Dezembro
Abril
Meses
Projeto Agronômico_Hidrologico
35
Vazões Médias(m3/s)
30 Qm= 23,1m3/s
25
20
15
10
5
0
Fevereiro
Novembro
Junho
Julho
Janaeiro
Maio
Março
Agosto
Outubro
Setembro
Dezembro
Abril
Meses
A vazão media apresenta valores durante todo o ano em trono de 23,1m3/s, o que não
quer dizer que nesse trecho não possa obter valores menores e maiores que a media, o que
pode alterar em qualquer ano, as atividades de queima e o desenvolvimento desmatamento na
área poderá ocasionar um aumento do valor médio da vazão ocasionado pelo escoamento
superficial e afetando uma diminuição da infiltração.
Vazão Média
35
Vazão Minima
Vazão média(m3/s)
30
Vazão Máxima
25
20
15
10
5
0
Fevereiro
Novembro
Junho
Julho
Janaeiro
Maio
Março
Agosto
Outubro
Setembro
Dezembro
Abril
Meses
A vazão especifica é definida pela vazão por unidade de área, ou seja q = Qm/A,
onde q é a vazão especifica em m3/s/km2; Qm é a vazão media de longo período (m3/s); A é a
área da bacia Km2. Esta variável que pode ser obtida facilmente numa região onde as isoietas
de precipitação apresentam pequenas alterações especifica, como é o caso em questão.
Adotando uma precipitação media anual de 1.246mm, a Q = 151,8mm, obtém tem-se a
E(evaporação) = 1.094,2mm:
Projeto Agronômico_Hidrologico
O gráfico abaixo mostra a curva de permanência de vazões para o rio Corda. O gráfico
apresenta a freqüência com que ocorrem os valores iguais ou superiores aos valores de uma
serie temporal. Pelo resultado o valor da vazão Q95 16,3m3/s significa que na seção do rio
Corda permanece com vazões iguais ou superiores a este com 95% de tempo de permanecia
para os períodos do trimestre mais seco, como mostra o gráfico abaixo.
Gráfico 5: Curva da Permanência
28,2
27,2
26,2
25,2
24,2
23,2
22,2
21,2
20,2
19,2
18,2
17,2
16,2
15,2
14,2
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100
Permanência (%)
Projeto Agronômico_Hidrologico
O resultado pode ser obtido pelo gráfico 6 abaixo, onde mostra o comportamento da
curva chave na seção de controle.
Gráfico 6 da Curva Chave
1,7
1,5
1,3
h(m)
1,1
0,9
0,7
0,5
0 5 10 15 20 25 30 35
Vazão(m3/s)
Projeto Agronômico_Hidrologico
14.VAZÃO ECOLOGICA
Segundo Lamb et al. (1995), até 1975, vazão ecológica é a expressão mais usada para
definir a quantidade mínima de água para permanecer no rio para satisfazer ou assegurar a
conservação e a manutenção dos ecossistemas aquáticos naturais, a produção das espécies
com interesse desportivo ou comercial, os aspectos estéticos da paisagem ou outros interesses
científicos ou culturais (Alves, 1996).
No Brasil, tem sido comumente adotada a denominação Q7,10. Como a outorga é, nesses
casos, dirigida às condições de estiagem, ela limita, severamente, a expansão dos sistemas de
uso a uma fração da Q7,10. Alguns estados adotam frações da Q7,10 ou da Q90% como a vazão
mínima garantida a ser mantida no rio.
No estado do Maranhão, o critério de vazão de referencia proposto, é de 80% da vazão
Q90 do manancial superficial, obtida no trimestre mais seco, considerando outorgável apenas
80% da Q90.
Considerando o estudo hidrológico onde determinou - se a vazão media através dos dados
histórico existentes calculada principalmente levando em consideração o trimestre mais seco
ou período mais seco sem contribuição das chuvas, a vazão calculada resultante da
contribuição do rio Corda mais o Mearim foi de 35,5 m3/s . No período de deficiência hídrica
(agosto a dezembro) pode ser verificado através do gráfico do balanço hídrico que a
contribuição das chuvas é bastante significativa, pois apesar de boa parte da água da chuva
infiltrar alimentados os lençóis freáticos que consequentemente alimentará os riachos e rios
durante os períodos de recessão, possibilita também para aumentar o seu volume. A vazão
requerida pelo empreendimento é da ordem de 3 m3/s , o que não compromete a vazão
ecológica.
15 . RECOMENDAÇÃO
Há necessidade de realizar o monitoramento do nível da água pela instalação de réguas
linimétricas para verificação dos níveis durante todos os meses pelo menos 2 a 3 medidas por
mês.
Projeto Agronômico_Hidrologico
16. BIBLIOGRAFIA
RAVEN, P.H.; BERG, L.R.; JOHNSON, G.B. Environment. Saunders College Publishing,
1998. 579p.
SHIKLOMANOV, I. World water resources: a new appraisal and assessment for the
21th century. IHP / UNESCO, 1998. 32p.
SILVA, D.D.; RAMOS, M.M. Planejamento e gestão integrada dos recursos hídricos.
Brasília: ABEAS; Viçosa: UFV/DEA, 2001. 89p. (Curso de Uso Racional dos Recursos
Naturais e seus Reflexos no Meio Ambiente. Módulo 10).