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Indicadores Da Qualidade Semana 1
Indicadores Da Qualidade Semana 1
Sumário
Bem-vinda(o).............................................................................................3
Introdução.................................................................................................3
Indicadores ...............................................................................................4
Exemplos de indicadores de processo......................................................6
Os níveis em que os indicadores são implementados..............................6
Indicadores de eficiência e eficácia.........................................................10
Os tipos de indicadores da qualidade e desempenho............................12
O que é um processo..............................................................................15
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Bem-vinda(o)
Seja bem-vinda(o) a mais uma etapa do processo de qualificação, do curso Técnico em Qualida-
de. Nesta fase vamos conhecer a importância dos indicadores da qualidade para a gestão dos
processos organizacionais.
Bons estudos!
Introdução
Os indicadores estão mais presentes em nossas vidas do que podemos imaginar. São eles que
sinalizam os momentos de tomada de decisões. Quando pensamos na roupa que vamos vestir
ou mesmo quando precisamos decidir se colocamos ou não combustível, estamos fazendo com
que os indicadores estejam presentes. Este pensamento, ao ser levado para as empresas, nos
mostra que os indicadores funcionam de forma conjunta com os processos organizacionais.
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sas está caminhando na direção proposta.
Este módulo vai abordar justamente os aspectos ligados ao que foi descrito acima. Vamos juntos
desdobrar a importância dos indicadores de desempenho, os tipos de indicadores, quais proces-
sos devem ser medidos, entre outros aspectos. Vamos conhecer, também, a ligação entre os
sistemas de gestão da qualidade e os indicadores de desempenho.
Entender os indicadores da qualidade é um passo muito importante para que seu conhecimento
como técnico em qualidade seja sólido, e para que seu trabalho se destaque nas empresas em
que você faz e fará parte.
Indicadores
Os indicadores são uma importante fonte nos processos de tomada de decisão. Sem eles os
gestores e técnicos não tem a correta visão do desempenho dos processos empresariais e não
podem contar com um planejamento adequado de ações que visem à melhoria dos processos.
Dentro da qualidade existe uma frase atribuída a Deming e que traduz muito bem a importância
dos indicadores:
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Os indicadores da qualidade e desempenho tornam-se o alicerce da gestão por fatos. Neste
contexto definimos indicadores como representações quantificáveis das características de um
produto ou serviço. A função dos indicadores, portanto, é a de medir os processos para alinhá-los
com as estratégias da organização.
Um indicador pode ser um valor, um índice, uma amostra estatística e pode definir a tendência de
um processo em atingir seu objetivo. Então é correto dizer que um indicador pode antecipar um
processo de decisão, caso os fatos mostrem um sinal de alerta.
Processo Indicador
Porém, salientamos que estes exemplos não podem ser aplicados sem a devida análise, servin-
do apenas para ilustrar a primeira parte do conteúdo. Esta análise considera alguns critérios para
a implementação de indicadores, em um processo empresarial. Estes critérios serão estudados
a seguir.
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Podemos concluir que os indicadores servem como suporte de um processo e só tem sentido se fo-
rem utilizados com objetivo final da melhoria contínua.
O processo de gestão da qualidade, que engloba os demais processos da empresa, pode conter
indicadores de desempenho qualitativos ou quantitativos (ou ambos).
Qualitativos: atribuem ao processo uma medida subjetiva, provavelmente ligada a uma opinião
ou atributo. Por exemplo: satisfação de clientes.
Quantitativos: determinam uma medida exata, ligada a índices numéricos. Por exemplo: lucro
líquido.
Apesar de atributos qualitativos estarem presentes em um sistema de indicadores, eles não têm
tanta relevância se comparados aos quantitativos. Segundo Bandeira (2010) os indicadores, si-
nais vitais às empresas, têm a função de quantificar os resultados obtidos nas atividades ou na
produção, propiciando a percepção do rumo da empresa e dos eventuais afastamentos relativos
aos objetivos estabelecidos.
A quantificação dos indicadores, portanto, é a principal importância dos indicadores, pois, baseia-
-se em fatos e não em sentimentos.
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Vamos conhecer os níveis em que os indicadores estão relacionados:
Nível estratégico
É nele que as políticas das empresas estão fixadas. Aqui os “macro-objetivos” são deter-
minados pela alta direção. Normalmente são indicadores globais de desempenho que são
abordados (lucratividade e receita bruta, por exemplo), mas também devem existir indica-
dores ligados à missão e à política de qualidade. Segundo a norma ISO 9001/2008 devem
existir formas de medir se a política da qualidade está sendo efetivamente seguida. Portanto,
devemos ter indicadores que demonstrem se as políticas estão sendo seguidas efetivamente.
Para demonstrar efetivamente o que foi descrito a empresa criou um sistema de indicadores
que englobavam todos os pontos da política da qualidade: a qualidade adequada e o atendi-
mento da necessidade dos clientes são verificados no indicador “reclamações de clientes”. A
melhoria dos processos é demonstrada através do desempenho dos diversos processos da
empresa (todos eles por meio de indicadores).
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Nível tático
É nele que os processos são montados e as normas da organização são planejadas e imple-
mentadas. Aqui os objetivos são fixados em médio prazo, ao contrário do nível estratégico
que tem objetivos de longo prazo. Os objetivos táticos correspondem aos processos que
levam ao alcance dos macro-objetivos.
Nível operacional
Neste nível ocorre a execução dos processos e o respectivo acompanhamento dos “micro-
objetivos”. São metas de curto prazo que servem para acompanhar a execução dos proces-
sos no dia a dia em que ocorrem.
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Objetivos no médio prazo: Indicadores de médio prazo:
Veremos a seguir que todos as pessoas da organização devem ser comunicadas dos macro-
objetivos da empresa, a fim de que seja dado um propósito as metas operacionais. Em última
análise, o alcance dos macro-objetivos está vinculado, mesmo que indiretamente, ao alcance
das metas operacionais de curto prazo. São elas que irão viabilizar o resultado a médio e longo
prazo.
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Indicadores de eficiência e eficácia
O uso de indicadores da qualidade e do desempenho de uma organização só tem propósito
se estiverem ligados a um processo organizacional devidamente mapeado. Os indicadores de
processos organizacionais podem ser classificados em dois tipos: indicadores de eficiência e
indicadores de eficácia.
Apesar de no dicionário Michaelis as duas palavras se apresentarem como sinônimos, para efei-
tos de sistemas de gestão da qualidade elas tem significados sensivelmente diferentes.
Eficácia
Refere-se à qualidade dos produtos e serviços frente aos requisitos do cliente e também à
medida dos resultados alcançados pela organização frente ao que foi planejado. A eficácia
pode ser definida como a relação entre os resultados alcançados e os objetivos propostos.
Para ele, a eficácia de um processo ou sistema pode ser interpretada mediante os atributos
de qualidade, quantidade e pontualidade.
Eficiência
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Por exemplo:
Uma empresa que fabrica um determinado produto implementou um Sistema de Gestão da Qua-
lidade para buscar a certificação. Com isso modificou seus processos internos tornando-os mais
eficientes (mais rápidos, mais assertivos e reduzindo custos), também conseguiu uma maior efi-
cácia pois agora entrega o seu produto mais rápido, com mais qualidade e obteve um resultado
financeiro mais satisfatório.
Desta forma o aumento da eficácia, à medida que se relaciona com os recursos gastos (eficiên-
cia), mostra que a ação é inviável.
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Os tipos de indicadores da qualidade e desempenho
Após estudarmos a classificação dos indicadores da qualidade e desempenho podemos abordar
os tipos de indicadores:
Indicadores de qualidade
Como vimos anteriormente, os indicadores da qualidade medem a percep-
ção dos consumidores de um determinado produto ou serviço, de maneira
a compará-los com um padrão pré-estabelecido (o requisito do cliente).
Podemos aplicá-los numa organização como um todo, num processo ou
até mesmo em uma área específica. Os indicadores de qualidade medem a eficácia de um
processo.
Indicadores de qualidade
(Total produzido conforme / total produzido) x 100. Multiplicamos por 100 para transformar-
mos o resultado na forma percentual.
A decisão para o uso de um ou outro depende muito do contexto em que estão inseridos.
Para efeitos de motivação a utilização de indicadores de qualidade é mais indicada, porém
para este objetivo o processo deve estar estável, a fim de não ocasionar o efeito contrário,
ou seja, a desmotivação da equipe. É mais fácil perseguir um objetivo possível do que um
que pareça inatingível.
PPM
Este indicador é muito utilizado nas organizações atualmente e merece uma análise mais
detalhada. É um indicador que mede a não conformidade de peças produzidas por uma
empresa. Ele pode ser medido internamente ou pode ser medido através das devoluções
ou reclamações de clientes. É muito utilizado pela indústria automotiva e pode ser usado
pelos clientes para medir o desempenho de uma empresa.
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Muitos clientes da cadeia automotiva utilizam o PPM para colocar os fornecedores em uma
espécie de ranking, com o objetivo de comparar com outros fornecedores. PPM são as
iniciais de “partes por milhão” e é uma medida comparativa (estatística) de quantas peças
defeituosas podem ser encontradas, para cada milhão de peças produzidas. Obviamente
que o número de um milhão é apenas um referencial comparativo. O cálculo do PPM (na
qualidade) é feito da seguinte forma:
Por exemplo:
Para motivar a equipe (desde que tenha Para dar um foco específico para a
metas atingíveis). equipe.
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Indicadores de produtividade
Este grupo de indicadores está ligado à eficiência dos processos e diz
respeito aos recursos utilizados, com o objetivo de gerar produtos e ser-
viços. Eles dimensionam o esforço que o processo gerou para atingir o
objetivo proposto.
● (peças produzidas / mão de obra - horas): por cada hora disponível é produzido um deter-
minado número de peças.
O resultado, por exemplo, se dá da seguinte forma: 500 peças foram produzidas, a cada 8
horas, ou ainda 1.000 produtos foram entregues, sem necessidade de nenhuma hora extra.
Assim como nos indicadores de qualidade os indicadores de produtividade podem ser compa-
rados com metas pré-estabelecidas. O resultado dos indicadores, por si só, não nos diz muito
a não ser que haja uma análise dos resultados com o objetivo de melhorar um processo.
Indicadores de capacidade
Este tipo de indicador mede a capacidade de um processo relacionando o
produto ou serviço produzido frente a uma unidade de tempo. Por exem-
plo: Nº de peças produzidas / hora Nº de atendimentos / mês Produtos
vendidos/ dia. A exemplo dos demais tipos de indicadores estudados an-
teriormente, os de capacidade podem ser comparados a padrões pré-es-
tabelecidos (metas). É uma forma de medir a eficiência de um processo.
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Tipo de indicador
Nível Características
de desempenho
O que é um processo?
Um processo pode ser entendido como um conjunto de atividades planejadas e mapeadas que
visam um resultado. Um processo pode estar relacionado à fabricação de um produto e também
o fornecimento de serviços (sejam eles internos ou externos da organização). Podemos entender
um processo como um conjunto de “entradas” de informações, recursos, insumos, materiais, com
o objetivo de serem “processadas” e assim transformadas em “saídas”, que nada mais é do que o
resultado esperado; seja ele um produto ou a satisfação do cliente ou ainda um serviço prestado
a um cliente.
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Por exemplo:
O processo de logística de uma empresa prevê que seu produto seja entregue para o cliente
em um prazo determinado. A realimentação nos diz se os produtos estão sendo entregues no
prazo determinado. Caso não estejam, a informação de realimentação deve servir de base
para a melhoria deste processo (plano de ação).
Portanto, a realimentação tem sua base nos indicadores de desempenho, podendo ser no caso,
“produtos entregues no prazo”.
É comum as pessoas fazerem esta analogia. Os setores são uma forma trivial de organizar o dia
a dia das organizações, porém a gestão por processos faz com que a empresa gerencie suas
atividades. É uma visão mais ampla e tende a obter melhores resultados do que a administração
departamental, pois constrói uma visão interdependente (visão do cliente e fornecedor interno).
Por sua vez, a administração estritamente departamental tende a levantar barreiras de ordem
comportamental.
Um departamento contém muitos processos, alguns com maior importância do que outros. Na
verdade uma administração por processos pode aperfeiçoar o resultado organizacional, através
do mapeamento e detalhamento das atividades empresariais.
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