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CAPITULO I: Introdução à informática.

1. O que são as Tecnologias informáticas


1.1. Objectivos das Tecnologias Informáticas

Quais são os objectivos a atingir?


- Reconhecer os conceitos básicos inerentes às Tecnologias da informação e
comunicação, bem como a sua terminologia especifica;
- Utilizar os conceitos basicos, aplicando-os a problemas concretos;
- Conhecer a tipologia da informação associada às Tecnologias da informação e
Comunicação e identificar os seus componentes;
- Conhecer os elementos essenciais de hardware e alguns softwares e sua tipologia,
etc.
Qualquer sistema informático(conjunto de computadores e dispositivos a ele ligados)
possui, para que possa desempenhar a função para a qual está a ser usado num
determinado momento, hardware, software e firmware

1.2. DEFINIÇÃO DE CONCEITOS

INFORMÁTICA:

A palavra informática foi criada em 1962 pelo francês Philippe Dreifus, onde conjugou
as palavras INFORmation + autoMATIQUE de onde resultou
INFORMATIQUE(Informática, ou seja:
Informação + automática = Informática

A informática é o conjunto de conhecimentos e técnicas que dizem respeito ao


processamento automatizado de informação, sendo aqui a informação entendida como
dados realcionados entre si. Ou, de uma meneira mais simplificada, podemos dizer que
a informática é entendida como o tratamento da informação por meios
automáticos(computadores).
Esta área surgiu com o aparecimento do computador e tem-se desenvolvido com
enorme rapidez. Actualmente, tem um papel de grande relevo na sociedade.
A rápida evolução da informática gerou uma autentica revolução nas actividades que
requerem o armazenamento e a manipulação de grande quantidades de informção.

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1.3. IMPORTANCIA DA INFORMÁTICA NAS EMPRESAS

Nas organizações não poderia ser diferente, toda empresa necessita ser informatizada
para se manter no mercado de trabalho e acompanhar as tecnologias, o computador
veio para inovar e facilitar a vida das empresas.
Actualmente nenhuma empresa pode ficar sem o auxílio da informática, é através dela,
que tudo é resolvido. O mundo está informatizado. A informática talvez seja a área que
mais influenciou o curso do século XX. Se hoje vivemos na Era da Informação, isto se
deve ao avanço tecnológico na transmissão de dados e às novas facilidades de
comunicação, ambos impensáveis sem a evolução dos computadores.
O fruto maior da informática em nossa sociedade é o de manter as pessoas
devidamente informadas, através de uma melhor comunicação, possibilitando assim,
que elas decidam pelos seus rumos e os de nossa civilização.
Existe informática em quase tudo que fazemos e em quase todos os produtos que
consumimos. É muito difícil pensar em mudanças, em transformações, inovações em
uma empresa sem que em alguma parte do processo a informática não esteja
envolvida.

De modo geral, e na perspectiva do utilizador, estes são alguns exemplos de


tratamento de informação:
 Processadores de texto(M. Word);
 Folhas de cálculos(StarCalc, M. Excell);
 Sistemas de gestão de base de dados(Oracle, SQL Server, Access)
 Programas de desenho, tratamento e animação de imagens(Autocad,
CorelDraw);
 Geradores de páginas Web para a Internet(FrontPage, Flash)
 Etc.
ÁREAS DA INFORMÁTICA
 Engenharia de hardware – concepção e implementação dos componentes de
hradware;
 Engenharia de software – concepção e desenvolvimento do software;
 Manutenção;
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 Utilização dos sistemas informáticos para fins pessoais, profissionais…

PROFISSIONAIS DE INFORMÁTICA
 Director informático;
 Engenheiro de sistemas;
 Analista de sistemas;
 Formador;
 Programador;
 Técnico de manutenção;
 Operador de sistema;
 Operador de registos de dados;
 Etc.
COMPUTADOR: é um sistema capaz de processar informação de acordo com as
instruções contidas em programas, independentemente da natureza física em suportes
que armazenam e processam essa informação.
Na década de 50, um matemático americano de nome John Von Neumann(1903-1957)
apresentou um esquema que ilustrava as unidades principais de um computador
pessoal(PC – Personal Computer). Este esquema ainda hoje é referencia de estudo,
quando se pretende descrever o interior de um computador.
Esquema de Von Neumann
CPU
Unidade de
Controlo

Unidade
Aritmética e
Lógica

Dispositivos Memória Dispositivos


de Leitura de Escrita

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Podemos nos questionar: onde estão ligados os constituintes do computador? Existe
uma placa electrónica onde estão fisicamente ligados todos os dispositivos que fazem
parte do hardware. A essa placa dá-se o nome de placa mãe ou motherboard.
Existem dois tipos de placas-mãe(motherboard): as AT (antigas) e as ATX(actuais).

CPU
A CPU ou UCP(unidade central de processamento de dados), também chamada de
processador ou microprocessador, é o cérebro do computador. É no microprocessador
que são feitos os cálculos lógicos e aritmética e o controlo de toda a máquina.
Podemos até mesmo dizer que o computador é a CPU, o resto são periféricos.
A CPU é um circuito integrado(chip) de vital importância para o computador. Dentro de
um processador existem milhoes de transistores.
A CPU, segundo o esquema de Von Neumann, é dividida em duas partes:
- ULA ou ALU(Unidade Lógica e aritmética) é nesta unidade que são efectuados os
cálculos: operações aritméticas(soma, subtração, etc) e lógicas(operações de
comparação, por exemplo “maior que”);
- UC(unidade de controlo): controla, directa ou indirectamente, toda a máquina, até
mesmo a ULA. A UCP cuida do endereçamento de memória, colocando e retirando
dados, envia os dados para a ULA, juntamente com as operações que ela deve
realizar, e ainda confere os resultados devolvidos pela ULA.

TECNOLOGIAS:

Ao longo dos tempos, o homem criou meios, ou seja, dispositivos que o ajudassem a
realizar tarefas, principalmente as mais rotineiras e mais dificeis.
A palavra tecnologia é, de alguns anos para cá, muito utilizada. O que significa esta
palavra que todos pronunciamos e ouvimos tantas vezes?
A tecnologia é o estudo sistemático dos processos técnicos necessários para a sua
aplicação prática.
As tecnologias estão presentes em todas as áreas de actividade. O padeiro não faz
pão sem recorrer às tecnologias; o construtor não constroi uma casa sem tecnologias;
o electricista não verifica a instalação eléctrica sem tecnologia.

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Por exemplo: o João decidiu ir buscar um livro que se encontrava na última prateleira
de um móvel existente no seu quarto. Como essa prateleira era alta, o João tinha duas
soluções: ou saltava as vezes que fossem necessarias para chegar ao livro ou utilizava
um meio de se elevar(por exemplo, um escadote ou uma cadeira). Na primeira
alternativa não utilizava tecnologia, mas na segunda estaria a utilizá.la já que punha em
prática os seus conhecimentos, voltados para o saber-fazer. O João sabia que uma
cadeira ou um escadote lhe permitia elevar-se em segurança e assim realizar a tarefa
de forma mais eficaz.

TÉCNICAS:
A técnica é o conjunto de meios e processos utilizados para obter um determinado
resultado prático com base em conhecimentos cientificos. A técnica é a arte de chegar
ao objectivo da forma mais acessivel e mais rápida.
No exemplo anterior, o João poderia utilizar duas técnicas, ou seja, dois processos
para conseguir alcançar o seu objectivo – chegar ao livro. Ele poderia optar pela
técnica do salto, saltando as vezes que fossem necessárias para chegar ao livro, ou
utilizar um meio para se elevar. Como a primeira técnica, além de morosa, era falivel, o
João usou os seus conhecimentos cientificos para escolher um meio que estava ao seu
alcance e que lhe permitia elevar-se com segurança e eficácia. A técnica que ele usou
foi então a de pegar nu escadote e chegar ao livro.

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO:

Tecnologias de informação designam processos de aquisição, análise, controlo e


tranasmissão de informações, baseados fundamentalmente em meios electrónicos,
como computadores ou sistemas informáticos. Poderão assim englobar a informática,
as telecomunicações e a microelectrónica. As tecnologias de informação estão
intrinsecamente relacionadas com a comunicação, pois ambas partem de um principio
de troca de ideias, informações e mensagens num determinado tempo e lugar.
A evolução da TI, segundo KENN (1996) pode ser divida em quatro períodos
diferentes:
1º período: Processamento de dados (década de 1960);
2º período: Sistemas de informações (década de 1970);

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3º período: Inovação e vantagem competitiva (década de 1980);
4ºperíodo: Integração e reestruturação do negócio (década de 1990).

O desenvolvimento da TI foi de extrema importância para áreas como o comércio, a


prestação de serviços e a produção de bens de consumo. Portanto, com o uso da
Tecnologia da informação, é possível organizar informações e conhecimento,
compartilhar experiências, permitindo a troca de informações em questões técnicas
envolvendo equipamentos, softwares ou soluções que o mercado constantemente
oferece, além de oferecer soluções e informações necessárias às empresas, para que
estas optimizem seus resultados e aumentem sua capacidade de produção e
consequentemente, gerem mais lucros, possibilitando sua permanência no mercado.

O rápido evoluir dos mercados, a forte pressão da concorrência e as crescentes


exigências dos consumidores, trazem consigo a necessidade de se desenvolverem
constantemente novos processos para maximizar a capacidade da informação em
contribuir para uma maior qualidade, produtividade, rapidez e rentabilidade na
empresa, sendo neste contexto que surgem as chamadas Tecnologias de Informação.

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Comunicar significa partilhar ideias, informações e mensagens num determinado tempo


e lugar. É parte vital do ser humano e indispensavel na educação, no comercio ou em
qualquer outra situação em que as pessoas se contactem.
A comunicação também se aplica no uso de algumas novas tecnologias, tais como
maquinas de fax, camaras de video, leitores de CD, impressoras, computadores
pessoais e telefones. Actualmente, não podemos deixar de referir a crescente
utilização da Internet e, com ela, o conceito de “aldeia global”. Dadas a evolução e a
crescente especialização em vários ramos da informática, é já habitual considerar a
existencia de um conjunto de conhecimentos e tecnologias denominado tecnologias de
informacao e comunicação, que engloba, entre outras áreas da aplicação das TIC, as
seguintes:

BURÓTICA:

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Burótica é a utilização da informática nos trabalhos de escritório. É um conjunto de
técnicas e de meios que visam automatizar os trabalhos de escritório, com especial
enfase no tratamento de texto, de imagens, base de dados, cálculos e comunicação

ROBÓTICA
Conjunto de técnicas respeitantes ao funcionamento e utilização de autómatos (Robos)
para execucao de múltiplas tarefas, que poderao em muitos casos substituir o Homem.
Um autómato é um computador adequado para ser utilizado em ambientes mais
agrestes, como é o caso da indústria.
Está preparado para ler directamente exterior sinais analogicos ou digitais por exemplo:
sondas de temperatura, abertura ou fecho de um contacto e, apos processamento
desses sinais, podem actuar directamente, poder actuar directamente sobre
componentes fisicos(motores, lampadas, electroválvulas).
Exemplo de aplicação: linha de montagem de uma fábrica de automóveis,
engarrafamento de água e produção de iogurtes.

TELEMÁTICA

A telemática pode ser descrita como um conjunto de técnicas e serviços que interligam
a informática às redes de telecomunicação. Através destes meios será, por exemplo,
possivel trabalhar à distancia, ou seja, estar em casa a trabalhar para uma firma que se
encontra a centenas de quilómetros de distãncia. Para isto só será necessário um
computador, telefone e ligação à rede, permitindo deste modo a comunicação com a
firma.
A telemática é a junção de duas palavras TELEcomunição + inforMÁTICA =
TELEMÁTICA.
Como exemplos de aplicação da telemática podemos mencionar: a Internet, o email, a
telemanutenção, etc.

BIOMETRIA

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Área da biologia que aplica os métodos estatisticos e o cálculo de probabilidades ao
estudo dos seres vivos.
A biometria é um caminho mais seguro para identificação de pessoas e protecção de
dados. É usada de caixas automáticas em bancos a terminais de embarque em
aeroportos. Até mesmo no telemóveis, tablet ou computador têm grande chances de
possuirem um método de identificação por digital ou reconhecimento facial.
A palavra biometria(do latim, bio + metria) é a medição da vida, ou em termos gerais, o
estudo estatistico de caracteristicas fisicas e comportamentais.
Em seguranca da informação, a biometria consiste na aplicação de métricas a atributos
biologicos, para fins de aferição e identificação de um individuo. A biometria serve para
controlar o acesso fisico de pessoas a certos sectores e salas, identificar e localizar
criminosos, e para impedir que pessoas não autorizadas acessem digitalmente dados
sigilosos, protegidos por autores.

Os tipos de biometria mais populares:


Existem diversos tipos de biometria, desde as que se baseiam na geometria das mãos
à analise de assinaturas, como por exemplo:
1- Impressão digital: método de reconhecimento biométrico pela impressao digital é
o mais antigo e menor custo para implementar. É extremamente confiável, dada
a bixissima mutabilidade dos dados ao longo do tempo. Migrou suavemente dos
meios analogicos para o digital.Por digitais se manterem as mesmas por toda
vida, a única possibilidade de apresentar problemas é se a pessoa perder as
suas digitais, independente do motivo;
2- Reconhecimento facial: está presente até em telemóveis, consiste em mapear
um rosto. Cria-se uma imagem da pessoa que será utilizada para desbloqueio
de funções e identificação.
3- Reconhecimento de íris: a biometria usando a íris(a parte colorida do olho
humano, que controla a entrada de luz) é extremamente confiável, já que a
membrana permanece a mesma ao longo de toda vida. Oferece um alto grau de
confiabilidade em relação ao metodo de leitura da retina, além de ser dificil de
contornar. A implementacao do método é bastante cara, embora cogita-se que a
leitura de íris será o metodo de biometria mais usado a médio prazo, superando
a impressão digital;
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4- Reconhecimento de voz: o método de reconhecimento por voz faz uma análise
dos parametros fisicos(cordas vocais, laringe…) e comportamentais, como
sotaques, entonação, etc. o resultado é um perfil sonoro único, que em tese
pode ser usado como uma assinatura biométrica. Com custos para a
implementação baixo, a confiabilidade dos dados é pouca, já que qualquer ruido
pode comprometer a coleta e análise da voz. Alteração causadas por problemas
de saúde ou mesmo pelo envelhecimento também derrubam os indices de
acertos.
5- Reconhecimento de Retina1: é uma das biometrias mais seguras que existe, já
que a disposição dos vasos sanguineos que irrigam a retina varia de pessoa
para pessoa, e não mudam. Os meios necessários para a coleta e leitura dos
dados não são simples, o que dificulta a falsificação das informações. O usuário
deve olhar para um dispositivo e uma luz infravermelha de baixa intensidade fará
a “leitura” da retina.
6- Reconhecimento pela digitação: pouco invasivo, baseia-se na análise do ritmo e
cadência do usuário ao digitar. Cada um possui um estilo próprio, seja a
quantidade de dedos que utiliza, a velocidade com que digite, a força que aplica
às teclas, etc. Com baixo custo, sua captação dos dados não é tão simples e ele
é pouco confiável, já que um usuário pode mudar o estilo de digitação, de forma
inconsciente ou intencional.

1.3. Hardware: conceirto e exemplos

Ao conjunto de dispositivos electronicos e mecanicos que forma o sistema informático


dá-se o nome de hardware. Portanto, corresponde a tudo aquilo que no computador é
físico, visivel, palpável. Por exemplo, o teclado(dispositivo que nos permite introduzir
texto no computador) é uma peça de hardware; um monitor(dispositivo que nos permite
visualizar o que estamos a fazer no computador) é uma peça de hardware; o
microprocessador (dispositivo que é considerado o cérebro do computador) é um
dispositivo de hardware.

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RETINA: é um fino revestimento de tecido que cobre a parte de trás do olho, pelo lado de dentro, e está
localizada próximo ao nervo óptico. Ela é semelhante a uma camera, pois captura uma imagem. Sua função é
ajudar o olho a se comunicar com o cérebro ou, em essencia, permitir que nosso cérebro entenda o que vemos.

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Ma o computador é uma máquina muito pouco inteligente. Com todas as peças de
hardware correctamente ligadas, ele apenas funciona electronicamente, não fazendo
nada de útil. O computador precisa, então, de outra parte, a que se chama de software.

1.4. Software: Conceito e exemplos

O conjunto de programas e aplicações(elementos constituidos por sequencias de


instruções – “ordens”) que depois de inseridos no computador o transformam numa
máquina útil designa-se por software. A este grupo de um sistema informático associa-
se a noção da lógica. Portanto, o software é a parte não fisica, ou seja, é a parte logica
do sistema informático.

Existem dois tipos diferentes de software:


- Software de sistema;
- Software de aplicação.

Software de sistema

O windows 2000 ou o Linux, por exemplo, são sistemas operativos. Um sistema


operativo é um conjunto de instrucoes, programas e aplicações que criam uma
interface entre o utilizador e o computador. Sem ler o sistema operativo(SO), a
maquina não funciona – não arranca, como se costuma dizer na gíria informática. Mais
exemplos de sistemas operativos são os Microsoft DOS, Microsoft windows NT,
Microsoft windows XP Profissional, Unix, Novell Network, etc.

Software de aplicação
É todo o outro software. Com ele podemos realizar tarefas fáceis, como uma soma de
dois numeros, ou tarefas mais complexas, como construir um cartaz para a festa do
natal.

Como eexmplos de software de aplicação, temos:

1- Processamento de texto: Word; wordPerfect, StarWriter;


2- Folha de cálculo: Excel, StarCalc, Quattro Pro;
3- Linguagem de programação: C, Pascal, Basic, Assembly, FoxPro, Cobol, HTML,
XHTML, Java.
4- Sistema de gestão de base de dados: Access, SQL Server, Oracle, Clipper, etc.

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Existe, entretanto, algumas instrucoes que já vêm incorporadas no
computador(armazenadas em dispositivos electronicos proprios) quando os
compramos. São necessarias para que o computador detecte e controla correctamente
todos os componentes de hardware e ele ligados. Ao conjunto dessas instrcoes “de
fabrica” dá-se o nome de firmware. É o caso de:

- BIOS(Basic Input/Output System): software armazenado num circuito integrado(chip)


que se encontra na placa mãe(motherboard) do computador e cuja missão é assegurar
a ligação entre o processador e os diversos perifericos de entrada/saida;

- Programas de arranque que efectuam o autodiagnostico do sistema e iniciam o


processo de carregamento do sistema operativo para a memória.

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CAPITULO II – DEFINIÇÃO DE CONCEITOS BÁSICOS
2.1 . CLASSIFICAÇÃO DOS COMPUTADORES

A classificação dos computadores pode ser feita de várias maneiras. Podem ser
avaliados:
 As sucessivas gerações de computadores;
 Tamanho ou Capacidade de processamento;
 O número de utilizadores e de tarefas com que o sistema pode trabalhar em
simultaneo;
 Velocidade de processamento;
 Capacidade de armazenamento de informações;
 Sofisticação do software disponível e compatibilidade;
 Tamanho da memória e tipo de CPU (Central Processing Unit - Unidade Central
de Processamento).

Os computadores podem também ser classificados pelo porte:

Mainframes: computadores de grande porte. Os mainframes se destacam por ter alto


poder de processamento, muita capacidade de memória e por controlar atividades com
grande volume de dados. Seu custo é bastante elevado. São encontrados, geralmente,
em bancos, grandes empresas e centros de pesquisa.

Microcomputadores: computadores de pequeno porte. Podemos dividir os


microcomputadores em:

 Desktops: são os computadores mais comuns. Geralmente dispõem de teclado,


mouse, monitor e gabinete separados fisicamente e não são movidos
frequentemente, uma vez que têm todos os componentes ligados por cabos.

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São compostos por: Monitor (vídeo), Teclado, Mouse, Gabinete na qual temos,
Placa-mãe, CPU (Processador), memórias, drives, disco rígido (HD), modem,
portas USB, etc.
 Portáteis: Possuem todas as partes integradas num só conjunto. Mouse,
teclado, monitor e gabinete em uma única peça. Estes podem ser levados a
qualquer lugar (notebooks, laptops, smartphones, etc.).

CLASSIFICAÇÃO DOS COMPUTADORES SEGUNDO GERAÇÕES

Computadores da 1ª geração:

Surgiram mais ou menos entre 1945 e 1955. A sua principal caracteristica distintiva
residia no facto de os seus circuitos electronicos serem constituidos por válvulas – o
que fazia com que estas máquinas assumissem dimensoes gigantescas; apesar
dessas dimensões, os computadores tinham reduzidas capacidades de processamento
e de armazenamento de informação. Nesta fase, os computadores só existiam em
alguns, poucos, locais de investigação cientifica.

Computadores da 2ª geração:

Surgiram mais ou menos entre 1955 e 1965. A sua principl caracteristica distintiva
residia no facto de passarem a funcionar fundamentalmente com base em
transístores(acabados de inventar), que vieram substituir as válvulas nos circuitos
electricos destas máquinas. Assim, pôde-se começar a reduzir ao tamanho dos
computadores e a aumentar as suas capacidades. Começaram a surgir os primeiros
sistemas operativos e linguagens de programação de alto nível para o desenvolvimento
de aplicações. Com isto, os computadores também começaram a ser comercializados,
embora só as grandes empresas os pudessem adquirir; no entanto, eram ainda muito
dificeis de operar e de manter.

Computadores da 3ª geração:

Desevolveram-se mais ou menos entre 1965 e 1975. O seu aparecimento ficou a


dever-se à criação de chips, ou seja, pequenas pastilhas de circuitos integrados(IC –

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Integrated Circuits), constituidos por transístores e outros microcomponentes
electrónicos.

Com a evolução da tecnologia de fabrico dos chips com escalas de integração cada
vez maiores, as dimensões dos computadores puderam reduzir-se drasticamente,
enquanto as suas capacidades aumentavam bastante.

A comercialização deste tipo de computadores aumentou, principalmente nos sectores


empresariais mais fortes e também em universidades.

Computadores da 4ª geração:

Começaram a surgir na década 1970, coincidindo com o aparecimento dos primeiro


dos primeiros microprocessadores(processadores totalmente contidos em um chip).
Isto foi possivel devido à evolução dos circuitos integrados, através da integração de
componentes em muito grande escala(chips com VLSI – Very Large Scale Integration).
Esta geração de computadores tem-se caracterizado por dimensões cada vez mais
reduzidas, capacidades cada vez maiores e preços cada vez mais baixos. Dets forma,
os computadores pessoais(PC – Personal Computer) conheceram uma difusão
massiva.

Computadores da 5ª geração:

As caracteristicas fundamentais desta geração de computadores ainda não se


encontram muito bem definidas. Nos últimos anos, tem-se falado numa nova geração
de computadores que se baseia nas seguintes caracteristicas: multiprocessamento ou
processamento paralelo(vários processadores ou CPU a funcionarem em simultaneo);
capacidade para funcionarem com sistemas avançados de inteligência artificial,
nomeadamente comunicação verbal e outras capacidades mais especificas.

Escalas de integração dos circuitos integrados


Siglas Significado Nº de componentes
SSI Small Scale Integration Menos de 10
MSI Medium Scale Integration De 10 a 100
LSI Large Scale Integration De 100 a 5000
VLSI Very Large Scale Integration De 5000 a 1.000.000
ULSI Ultra Large Scale Integration Mais de 1.000.000

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Classificação dos computadores por categoria

Quando ao tamanho/capacidade, a classificação dos computadores costuma


considerar as seguintes categorias:

De grande - Supercomputadores
porte - Mainframes
De médio - Minicomputadores
Computadores
porte - Workstations
De pequeno - Microcomputadores
porte - Ultramicrocomputadores

2.2. Hardware e software


2.2.1. Hardware: Parte física do computador. Formado pelos componentes
electrónicos, como por exemplo, circuitos, placas, utensílios, e qualquer outro material
em estado físico. Mais precisamente, monitor, teclado, rato/mouse, impressora,
Modem, Joystick, cabos, etc.

Portanto, corresponde a tudo aquilo que no computador é fisico, palpavel, visivel. O


computador é uma máquina muito pouco inteligente. Com todas as peças de hardware
correctamente ligadas, ele apenas funciona electronicamente. O computador precisa,
então, de outra parte, a que se dá o nome de software.

2.2.2. UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO (CPU)

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O CPU nos computadores pessoais é equivalente ao microprocessador e tem a
capacidade para obter, descodificar e executar instruções e para transferir de e para
outros recursos através do principal caminho de transferência de dados do computador:
o barramento(bus). A CPU é o elemento que funciona como “cérebro” do computador.
A estrutura de um CPU é bastante variável de marca para marca, ou de versão para
versão, mas os principais elementos são:
 Unidade de aquisição e descodificação de instruções: local onde são recebidas
as instruções provenientes de outros componentes: memórias ou dispositivos de
entrada de dados para em seguida serem descodificadas de modo que o CPU
possa determinar quais as operações a realizar;

 Unidade de execução: local onde são processadas as instruções e os dados


recebidos; por sua vez, está constítuida pelos seguintes componentes principais:

 Unidade de Controlo: controla ou determina as operações a efectuar em cada


instante, enviando sinais apropriados aos outros componentes;

 Unidade Lógica e Aritmética(ULA ou ALU-Arithmetic and logic unit): secção do


processador que efectue as operações aritméticas e lógicas;

 Registos: são componentes capazes de armazenar temporariamente os dados


com que a a ULA vai efectuar as operações que lhe são indicadas.

CPU OU PROCESSADOR

Memória
AQUISÇÃO Barramento(bus)
Principal
DESCODIFICAÇÃO
DESCODIFICAÇÃO

REGISTOS CONTROLO

ALU

Periféricos
(dispositivos de E/S

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2.2.3. Barramento

Barramento: é um conjunto de condutores(linhas) electricas utilizado para transferencia


de dados entre os componentes de um sistema informático. O nº de fios permitem
caracterizar o barramento. Um computador com um barramento de dados de 16 bits,
pode transferir 16 bits de dados de cada vez.

O barramento de um computador possui as seguintes secções:

 Barramento interno da UCP: é o local onde é feita a circulação dos dados entre
os diferentes componentes da CPU;

 Barramento local: estabelece a ligação entre CPU e a MP;

 Barramento de expansão: permite ligar o CPU e a memória RAM aos


conectores(slots da placa mãe) que dão acesso aos dispositivos de E/S.

Pode-se também diferenciar as linhas de barramento através do tipo de sinais que


transportam. Assim, temos:

 Barramento de endereço: tem como função conduzir as indicações do CPU para


os endereços ou posições da memória ou de outros dispositivos, para a leitura
ou escrita de informação;

 Barramento de dados: tem como função conduzir os dados e instruções entre


CPU, a RAM e outros dispositivos;

 Barramento de controlo: são as linhas que transportam sinais de controlo do


CPU para os outros dispositivos, ou Vice-versa.

2.2.4. PLACA-MÃE

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A placa-mãe, também conhecida como placa de sistema ou placa principal, é o
principal elemento do computador.

Placa-mãe é uma placa de circuitos integrados que serve de suporte para todas as
partes do computador. Praticamente tudo fica conectado à placa-mãe de alguma
maneira, seja por cabos ou por meio de barramentos.

Uma placa-mãe é uma placa de circuito impresso (PCB) que contém barramentos ou
circuitos eléctricos, que interligam componentes electrónicos. Esses componentes
podem ser soldados diretamente à placa-mãe ou adicionados usando soquetes, slots
de expansão e portas.

A BIOS (Basic Input/Output System, Sistema Básico de Entrada/Saída) e a UEFI


(Unified Extensible Firmware Interface, Interface Unificada de Firmware Extensível) são
dois tipos de firmware usados em computadores pessoais; a BIOS é uma tecnologia
antiga e a UEFI é a substituta moderna. A UEFI trata várias deficiências da BIOS. O
firmware da UEFI executa as mesmas funções da BIOS e muito mais. Desde 2015, as
placas-mãe dos computadores pessoais modernos são fornecidas exclusivamente com
UEFI.

Quando um computador é ligado, ele executa o programa do firmware. Primeiro, o


firmware executa diversos testes para confirmar a presença e a funcionalidade de
alguns componentes importantes do computador, como o adaptador de vídeo e a

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memória RAM. Depois que os testes são concluídos e após confirmar que todos os
componentes essenciais estão presentes e funcionando corretamente, o firmware
continua para localizar e carregar o sistema operacional do disco na RAM para
execução.

Para encontrar um sistema operacional quando um firmware baseado em BIOS é


usado, a BIOS verifica o início do primeiro disco instalado. Essa área é conhecida
como setor de inicialização (boot sector) e é projetada especificamente para permitir
que a BIOS encontre informações sobre as partições e a localização de um SO. No
setor de inicialização, a BIOS procura por um pequeno programa chamado carregador
de boot (boot loader). O carregador de boot é um programa que sabe a localização do
sistema operacional no disco e como iniciá-lo. Observe que o firmware baseado em
BIOS não tem informações sobre as partições nem sobre o sistema operacional em si;
a BIOS simplesmente tenta encontrar um carregador de boot válido no início do
primeiro disco e o executa.

O firmware da UEFI é muito mais inteligente do que o da BIOS. A UEFI conhece todos
os discos e sistemas operacionais instalados. Projetada como um padrão pela Intel e
mantida por diversas empresas, incluindo a Intel, a Microsoft, a Apple e a AMD, a UEFI
é capaz de entender partições simples e executar o código do carregador de boot das
partições. Esse recurso pode parecer insignificante a princípio, mas torna o processo
de boot muito mais seguro do que na BIOS. Outra importante melhoria da UEFI em
comparação com a BIOS é que a UEFI reconhece quais sistemas operacionais estão
instalados e sua localização no disco. Com a UEFI, os SOs podem se adicionar à lista
de inicialização da UEFI.

Como mencionado, um sistema operacional é armazenado em uma partição do disco,


e um disco com várias partições pode armazenar vários SOs. O esquema de partição
influencia diretamente a localização dos sistemas operacionais no disco. Localizar e
iniciar o SO é uma das responsabilidades do firmware de um computador. O esquema
de partição é muito importante para o firmware. Dois dos padrões de esquema de
partição mais populares são o MBR e o GPT.

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2.2.5. Chipset: consistem em circuitos integrados na placa-mãe que controlam como o
hardware do sistema interage com a CPU e a placa-mãe. Também determinam quanta
memória pode ser adicionada a uma placa-mãe e o tipo de conectores na placa-mãe.

A maioria dos chipsets consiste nos dois tipos a seguir:

Northbridge – Controla o acesso de alta velocidade à RAM e à placa de vídeo.


Também controla a velocidade na qual a CPU se comunica com todos os outros
componentes do computador. O recurso de vídeo é às vezes integrado à Northbridge.

Southbridge – Permite que a CPU se comunique com dispositivos de velocidade mais


baixa, incluindo discos rígidos, portas USB e slots de expansão.

2.2.6. FONTES DE ALIMENTAÇÃO

As tomadas de parede fornecem a eletricidade em corrente alternada (CA). Entretanto,


todos os componentes de um computador exigem energia em corrente contínua (CC).
Para obter a energia em CC, os computadores usam uma fonte de alimentação,
conforme mostrado na Figura 1, para converter a energia de CA em CC de tensão mais
baixa.

As várias fontes de alimentação de computadores desktop que evoluíram ao longo do


tempo são descritas a seguir:

Advanced Technology (AT) – Esta é a fonte de alimentação para sistemas


computacionais antigos. Hoje é considerada obsoleta.

AT Extended (ATX) – Esta é a versão atualizada da AT, mas ainda considerada


obsoleta.

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ATX12V – Esta é a fonte de alimentação mais comum no mercado hoje. Ela inclui um
segundo conector para a placa-mãe para fornecer energia dedicada à CPU. Existem
várias versões de ATX12V disponíveis.

EPS12V – Esta foi originalmente projetada para servidores de rede, mas é comumente
usada em modelos de desktop avançados.

Uma fonte de alimentação inclui vários conectores diferentes, conforme mostrado na


Figura 2. Esses conectores são usados para alimentar vários componentes internos,
como a placa-mãe e as unidades de disco. Os conectores são "chanfrados", o que
significa que são projetados para serem inseridos apenas em uma orientação. A tabela
na Figura 3 descreve conectores de fonte de alimentação comuns.

Os diferentes conectores também fornecem tensões diferentes. As tensões mais


comuns fornecidas são 3,3 volts, 5 volts e 12 volts. As tensões de 3,3 volts e 5 volts
são geralmente usadas por circuitos digitais, enquanto a tensão de 12 volts é usada
para acionar motores em unidades de disco e ventiladores. A tabela da Figura 4
destaca as diferentes tensões fornecidas por uma fonte de alimentação.

As fontes de alimentação também podem ser de trilho único, trilho duplo ou vários
trilhos. Um trilho é a placa de circuito impresso (PCB) interna da fonte de alimentação à
qual os cabos externos são conectados. O trilho único tem todos os componentes
conectados à mesma PCB, enquanto uma PCB de vários trilhos tem PCBs separadas
para cada conector.

Um computador pode tolerar ligeiras flutuações de energia, mas uma variação


significativa pode provocar falha da fonte de alimentação.

2.2.7. GABINETES

O gabinete de um computador desktop abriga os componentes internos, como a fonte


de alimentação, a placa-mãe, a CPU (unidade central de processamento), a memória,
as unidades de disco e as várias placas.

Os gabinetes geralmente são feitos de plástico, aço ou alumínio e fornecem a estrutura


para sustentar, proteger e refrigerar os componentes internos.
21
O formato do dispositivo se refere ao seu projeto e aparência física. Os computadores
desktop estão disponíveis em uma variedade de formatos, incluindo:

Gabinete horizontal – Formato muito utilizado nos primeiros sistemas de


computadores. O gabinete do computador tinha orientação horizontal na mesa do
usuário com o monitor posicionado sobre ele. Esse não é mais um formato muito
utilizado.

Torre: Este é um gabinete de computador com orientação vertical. Fica geralmente no


chão embaixo ou ao lado de uma escrivaninha ou mesa. Ele oferece espaço para
expansão e acomodação de componentes adicionais, como unidades de disco, placas
entre outros. Requer um teclado, um mouse e um monitor externos.

Torre compacta: Esta é uma versão menor da torre, encontrada comumente no


ambiente corporativo. Ela pode também ser chamada de minitorre ou modelo de
formato pequeno (SFF - Small Form Factor). Pode ficar na mesa do usuário ou no
chão. Fornece espaço limitado para expansão. Requer um teclado, um mouse e um
monitor externos.

All-in-one: Todos os componentes do sistema computacional são integrados ao


monitor. Eles muitas vezes incluem tela sensível ao toque, além de microfone e alto-
falantes integrados. Dependendo do modelo, os computadores all-in-one oferecem
poucos ou nenhum recurso de expansão. Requer um teclado, um mouse e uma fonte
de alimentação externos.
Observação: essa lista não é definitiva, pois muitos fabricantes de gabinetes têm suas
próprias convenções de nomenclatura. Elas podem incluir supertorre, torre grande,
torre média, minitorre, gabinete-cubo entre outros.

Os componentes de um computador tendem a gerar muito calor; por isso, os gabinetes


de computador contêm ventiladores que movimentam o ar pelo gabinete. À medida que
o ar passa pelos componentes quentes, ele absorve o calor e sai do gabinete. Esse
processo impede o superaquecimento dos componentes do computador. Os gabinetes
também são projetados para proteção contra danos causados por eletricidade estática.

22
Os componentes internos do computador são aterrados por meio de uma conexão com
o gabinete.
Observação: os gabinetes de computador são também chamados de chassi, carcaça,
torre ou simplesmente caixa.
Cabos: Podemos encontrar diversos tipos de cabos dentro do gabinete. Podem ser de
energia ou de dados e conectam dispositivos à placa-mãe.
Drivers: são dispositivos de suporte para mídias (fixas ou removíveis) de
armazenamento de dados, nos quais a informação é gravada por meio digital, ótico,
magnético ou mecânico. Os tipos mais comuns são o disco rígido (HD), os drives de
CD/DVD e o pen drive.

2.3. PROCESSAMENTO DE DADOS

Função básica do computador é de processamento de dados.


Esta função consiste em realizar um processo sobre qualquer dado de entrada (input)
com o objetivo de gerar uma saída (output) aceitável ou próxima disso.
Esquema ilustrativo do processamento de dados:
DADO PROCESSAMENTO
INFORMAÇÃO

ENTRADA SAÍDA

Dado: entrada, matéria-prima. Processamento: produção, manipulação.


Informação: saída, resultado.

2.3. Software:

Parte lógica do computador. Uma aplicação, um programa que permite a execução de


uma determinada tarefa. Exemplos de software: Microsoft Windows, Linux, Google
Chrome, Adobe Photoshop, Skype, AVG Antivirus, etc.

Software é um ou mais programas que definem uma aplicação específica para o


computador.

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Exemplos:
– Um programa que representa um pequeno jogo;
– Um conjunto de programas que juntos fazem a administração, o controle
financeiro e o controle acadêmico (professores, alunos).

Software é um termo que provém do idioma inglês e significa literalmente brando ou


suave. Refere-se ao tipo de equipamento lógico ou suporte lógico. Compreende o
conjunto dos componentes lógicos que são necessários para realizar um trabalho
especial, ao contrário dos componentes físicos do sistema informático e que são
denominados hardware.

A ligaçao lógica e racional entre o software e o hardware é feita pelo peopleware, que
se refere ao usuário do computador.

Uma analogia entre o hardware e o software:

– A interface física de comunicação entre usuário e o computador é o hardware;


– A interface lógica de comunicação entre usuário e o computador é o software.

Os componentes lógicos, os softwares, incluem aplicações informáticas como, por


exemplo, um processador de textos, que permite ao usuário da aplicação realizar
tarefas relacionadas com a edição de vários textos. O software de um sistema como
pode ser o sistema operativo, faz com que o resto dos programas possa funcionar de
maneira adequada e facilita a interação com os componentes físicos do sistema e as
demais aplicações que também provê uma interface para o usuário.

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Hardware, Software e Peopleware

O software de um sistema é o que permite que um usuário utilize o meio físico


oferecido pelas máquinas, para poder atuar com a mesma de forma interativa. Um
software inclui um sistema operativo, como por exemplo, o sistema operativo mais
conhecido do planeta, o Windows.

Um software de programação permite a um programador, através de linguagens


específicas de programação de computadores, desenvolver os programas de
aplicação. Para poder definir um software de aplicação, deve-se dizer que é o que é
utilizado pelos usuários para contar com os dois mencionados anteriormente, para
aplicações particulares.

Um software livre é aquele que dá ampla liberdade aos usuários para estudar,
modificar, copiar, adaptar e também melhorar os programas. Isso não quer dizer que
são distribuídos de forma gratuita.

Software-proprietário é chamado de software proprietário, como também de software


não livre, aquele que pertence a uma empresa privada e detém seus direitos de uso,
edição ou redistribuição sobre o mesmo. Ele se contrasta ao denominado software livre
que se caracteriza por ser de código aberto e por poder ser editado por qualquer
pessoa ou grupo.

2.4. CLASSIFICAÇÃO DO SOFTWARE


a) Software de base: São softwares que permitem a operação e a programação do
computador. Exemplos: sistemas operativos e as linguagens de programação.
- Operação – é a tarefa de estabelecer comunicação com o computador.
- Programação – é a tarefa de elaborar programas para o computador.

Sistemas Operativos:
Função: responsável por gerenciar as informações que fazem com que a
máquina comporte de determinada maneira.
Exemplos: OS/2 da IBM, Mac OS, Linux, Kurumin, , Ubuntu, Mandriva
Conectiva, família Windows, etc.
b) Software aplicativo:

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• São softwares que permitem a realização de tarefas por usuários finais. Os
softwares aplicativos são utilizados para desenvolver uma tarefa específica. O
sucesso dos microcomputadores se deve ao desenvolvimento destes softwares.
Exemplos: jogos, processadores de texto, folhas de pagamento, aplicações multimídia,
softwares gráficos para pintura e desenho e etc.
c) Áreas de utilização:
– Área Profissional;
– Área pessoal.

1. Tipos de softwares aplicativos:


– Aplicativos de Internet;
– Aplicativos de produtividade pessoal;
– Aplicativos gráficos para ilustrações;
– Aplicativos para editoração eletrônica.
• Aplicativos de Internet
– Proporciona comunicação e acesso a Internet.
– Os aplicativos mais comuns são:
• Navegador Web;
• Correio eletrônico;
• Aplicativos de comunicação e mensagens;
• Aplicativos para desenvolvimento de páginas Web.
• Navegador Web
– Permite a visualização de páginas armazenadas e publicadas em
servidores.
– Softwares mais utilizados no mercado:
• Netscape, Internet Explorer e MozilaFirefox.
• Correio eletrônico
– Aplicativo utilizado para enviar e receber mensagens eletrônicas.
• Aplicativos para comunicação e mensagens
– Permitem comunicação através de troca de mensagens em tempo real,
reuniões eletrônicas e bate papo.
• Aplicativos para desenvolvimento de páginas Web
– Microsoft FrontPage, MacromediaDreamWeaver, Adobe GoLive.

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• Aplicativos de produtividade pessoal
– Os aplicativos mais utilizados são:
• Processadores de texto;
• Planilhas eletrônicas e geradores de gráficos;
• Softwares de apresentação;
• Gerenciadores de banco de dados.
d) Software Aplicativo
• Aplicativos de produtividade pessoal
– Comercializados como suítes, contendo um ou mais softwares.
• Exemplos: Microsoft Office, Lotus SmartSuite e WordPerfect Office.

– A suíte mais utilizada no mercado:

• Microsoft Office - Word (processador de textos), Excel (planilha


eletrônica e gerador de gráficos), PowerPoint (apresentação),
Outlook (gerenciador de informações pessoais) e Access
(gerenciador de banco de dados).

• Aplicativos gráficos para ilustrações:


– Programas de pintura;
– Softwares de edição de imagens;
– Softwares ilustradores.
• Pintura
– Funções:
• Desenhar a mão livre pelo computador;
• Tratar imagens ponto a ponto, pixel a pixel, bit a bit;
• Efetuar digitalização e retoque de imagens.
– Exemplos:
• Microsoft Paint, Freehand e Kid Pix.
• Edição de imagens
– São programas de pintura com recursos especiais para o tratamento de
fotos.

27
– Editores de imagem permitem tratamento eletrônico de fotos, controle de
paleta de cores, elementos de brilho e contraste, além de efeitos
especiais.
– Exemplos:
• Adobe Photoshop, Corel Photo-Paint, PaintShop Pro e
Macromedia Freehand.

• Aplicativos de editoração eletrônica


– Servem para desenvolver artes-finais gráficas.
– Ferramenta utilizada para a produção de jornais, revistas e publicações
em geral.
– Exemplos:
• Adobe PageMaker, Adobe InDesign, Corel Ventura, Microsoft
Publisher e QuarkXPress.
• Aplicativos gerais
– Softwares OCR;
– Gerenciadores de informações pessoais;
– Gerenciadores de projetos;
– Autoria para multimídia;
– Software de distribuição de documentos eletrônicos;
– Software integrado;
– Softwares para controle administrativo;
– Softwares para CAD/CAM;
– Controle financeiro;
– Sistemas ERP;
– Sistemas CRM;
– Sistemas de gerenciamento de cursos on-line.

e) Classificação Comercial do Software

• Tipos de classificação:
– Commercialware
– Shareware

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– Freeware

• Commercialware
– Commercialware são pagos.
– Atingem o mercado corporativo, profissional e pessoal.
– Exemplos:
• Produtos da Microsoft, Oracle, SUN, Apple, Symantec, IBM, etc.
• Shareware
– Shareware podem ou não ser pagos.
– Quando pagos possuem preços baixos.
– O usuário pode experimentar por um período de tempo, sendo que
continuação do uso exige-se a compra.
– Exemplos:
• WinZip e PaintShop Pro.
• Freeware
– Freeware são gratuitos.
– Exemplos:
• Linux.
f) CLASSIFICAÇÃO DO SOFTWARE EM RELAÇÃO AO CÓDIGO

• Plataforma aberta:
– Permite que o usuário (especializado) possa alterar o código fonte ou
mesmo o programa objeto, mudar a programação, enfim, realizar as
alterações que julgarem necessárias.
– Exemplos: Linux.
• Plataforma fechada:
– Não permite alterações em seu código;
– São proprietários.
– Exemplos: Windows e MAC OS X.

g) Vírus
O que é vírus de computador?

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a. É um software projetado e escrito para fazer alterações no computador,
sem a permissão do usuário da máquina.
b. Trata-se de um código de programa que invade um dos arquivos
executáveis e se espalha para todos os outros.
h) Vírus
Contaminação
a. O vírus espalha-se pelo computador a partir do momento em que a
máquina executa um programa contaminado.
b. Formas de contaminação:
i. Download de programas;
ii. Através do e-mail, arquivos anexados;
iii. Através de disquetes ou pen-drives infectados.
c. O momento de início da transmissão do vírus varia bastante, pode ser
uma data comemorativa, um comando ou uma situação específica, como
a centésima inicialização do computador.

Sintomas
d. Podem ser:
i. Desaparecimento de arquivos;
ii. Travamento da máquina;
iii. Lentidão na execução de programas;
iv. O carregamento desenfreado de páginas da Internet.

2.5. MEMÓRIAS

Uma memória é um componente onde os dados e programas são armazenados. Sem


uma memória de onde os processadores podem ler e escrever informações, não
haveria nenhum computador digital de programa armazenado.

As memórias, comunicam directamente com o processador, estão “perto” dele e


armazenam temporariamente(caso da RAM e cache) ou não(caso da ROM) pequenas

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quantidades de informação. Devido à sua importância fundamental, este tipo de
memória foi designado memória principal, central ou primária.

A memória central é constituida por três tipos de memórias distintas, que são:

 Memória RAM
 Memória ROM
 Memória cache

2.5.1. MEMÓRIA RAM(Random Access Memory)

A memória RAM, memória de acesso aleatório, os dados armazenados nesta memória


podem ser lidos, escritos e apagados pelo processador.

Quanto mais memória RAM um computador tiver, mais informações ela pode guardar,
o que se traduz numa optimização do seu funcionamento.

2.5.2. MEMÓRIA ROM(Read only Memory)

Enquanto que a memória RAM é de leitura e de escrita, a memória ROM é apenas de


leitura.

As memórias ROM têm como função o armazenamento de instruçoes basicas sobre o


hardware do computador, tais como as rotinas de arranque, rotinas de teste de
dispositivos de hardware e todas as instruções necessárias para que o processador
reconheça e interaja correctamente com os dispositivos de entrada e
saida(Input/Output).

A memória ROM é constituida por tres programas:

- BIOS(Basic Input/Output System): conjunto de instruções de software que permite ao


processador trabalhar com periféricos basicos como,por exemplo, a unidade de
disquete.

- POST(Power-On Self Test): autoteste de inicialização, realizado sempre que o


computador é inicializado. Este autoteste executa as seguintes rotinas:

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 Identifica a configuração instalada;
 Inicializa todos os circuitos periféricos ligados à placa-mãe;
 Inicializa o video;
 Testa o teclado;
 Carrega o sistema operativo para a memória;
 Entrega o controlo do microprocessador ao sistema operativo.

- SETUP(Configuração do sistema): programa de configuração do hardware do


computador. Essa configuração pode ser feita manualmente pelo utilizador através da
escolha de várias opções num interface próprio.

PARTE PRÁTICA

MICROSOFT WORD…

MICROSOFT EXCEL …

POWER POINTE

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