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1.

INFORMÁTICA

Informática é um termo usado para descrever o conjunto


das ciências relacionadas à coleta, armazenamento, transmissão e processamento de
informações em meios digitais, estando incluídas neste grupo: a ciência da computação,
os sistemas de informação, a teoria da informação, o processo de cálculo, a análise
numérica e os métodos teóricos da representação dos conhecimentos e da modelagem
dos problemas. Mas também a informática pode ser entendida como ciência que estuda
o conjunto de informações e conhecimentos por meios digitais.

O termo informática, sendo dicionarizado com o mesmo significado amplo nos


dois lados do Atlântico, assume em Portugal o sentido sinônimo da ciência da
computação, enquanto que no Brasil é habitualmente usado para rever especificamente
o processo de tratamento da informação por meio de máquinas eletrônicas definidas
como computadores.

O estudo da informação começou na matemática quando nomes como Alan


Turing, Kurt Gödel e Alonzo Church, começaram a estudar que tipos de problemas
poderiam ser resolvidos, ou computados, por elementos humanos que seguissem uma
série de instruções simples, independente do tempo requerido para isso. A motivação
por trás destas pesquisas era o avanço durante a revolução industrial e da promessa que
máquinas poderiam futuramente conseguir resolver os mesmos problemas de forma
mais rápida e mais eficaz. Do mesmo jeito que as indústrias manuseiam matéria-prima
para transformá-la em um produto final, os algoritmos foram desenhados para que um
dia uma máquina pudesse tratar informações.

1.1 ETIMOLOGIA

A palavra Informática surge, em meados do século XX, da junção de, duas


outras palavras, processamento da informação por meios automáticos analógicos ou
digitais (quer sejam binários ou não, como "qubit" ou bit quântico). Os meios mais
comuns da utilização de informática são os computadores que tratam informações de
maneira automática.

A informática é a disciplina que lida com o tratamento racional e sistemático


da informação por meios automáticos e eletrônicos. Representa o tratamento
automático da informação. Constitui o emprego da ciência da informação através do

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computador. Embora não se deva confundir informática com computadores, na verdade
ela existe por que estes existem.

1.2 ORIGEM E CONCEPÇÃO

Em 1956, o cientista da computação alemão Karl Steinbuch publicou o


periódico Informatik: Automatische Informationsverarbeitung ("Informática:
processamento automático de informação"), a palavra se estabeleceu como o termo
alemão para a ciência da computação, uma disciplina progenitora para o campo mais
vasto da informática.

Em 1966, o pesquisador russo Alexander Mikhailov, junto com colaboradores,


chegou a utilizar o conceito "Informatika" relacionado a uma disciplina que estuda,
organiza e dissemina a informação científica (ligada a Ciência da Informação).
Entretanto, essa definição ficou restrita à antiga União Soviética e aos países do Bloco
comunista.

2. SISTEMA INFORMÁTICO

Os sistemas informáticos, em geral, são constituídos por dois tipos de


componentes fundamentais: hardware e software.

Hardware: São os dispositivos físicos (electrónicos, mecânicos e


electromecânicos) que constituem um sistema informático (computadores e outros
dispositivos relacionados). Ou seja, é a parte física do computador.

Ex: teclado, rato, placa-mãe, placa de vídeo, monitor, etc.

Software: é um conjunto de programas responsáveis pelo seu próprio


funcionamento e de vários outros programas de aplicação, que nos permitem escrever
textos, desenhar, ouvir música, etc. ..

O Software pode ser: de Sistema e de Aplicação.


Software de sistema ou programa de sistema é o software projectado para
fornecer uma plataforma para outro software. Exemplos de software de sistema
incluem sistemas operacionais como mac OS, Ubuntu (uma distribuição Linux)
e Microsoft Windows, software de computação científica, mecanismos de
jogos, automação industrial e aplicativos de software como serviço.
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Software de aplicação (abreviadamente, app), é o software projetado para
executar um grupo de funções, tarefas ou atividades coordenadas para o benefício
do usuário. Ou seja, software aplicativo refere-se a todas as aplicações colectivamente.
Exemplos de um aplicativo incluem um processador de texto, uma planilha eletrônica,
um aplicativo de contabilidade, um navegador web, um cliente de e-mail, um reprodutor
de mídia, um visualizador de arquivos, um simulador de voo aeronáutico, uma consola
de jogos ou um editor de fotos.

3. ESTRUTURA BÁSICA DE UM COMPUTADOR

Computador é um conjunto de componentes eletrônicos (máquina) capaz de


variados tipos de tratamento automático de informações (processamento de dados). Ou
seja, são máquinas capazes de realizar vários cálculos automaticamente, além de
possuir dispositivos de armazenamento e de entrada e saída.

De uma forma simplificada, a estrutura geral de um computador pode ser


descrita pelos seguintes elementos:

 Processador ou Unidade Central de Processamento;

 Memória ou Dispositivos de Armazenamento;

 Dispositivo de Entrada de Dados ou input;

 Dispositivo de Saída de Dados ou output.

Os dados são introduzidos através dos dispositivos de entrada e enviados para


a unidade central de processamento (CPU). Após o processamento, os novos dados
gerados são enviados para os dispositivos de saída. Neste processo estão também
envolvidos os dispositivos de armazenamento de informação (memórias).

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Unidade Central de Processamento: A Unidade Central de
Processamento (CPU) corresponde ao microprocessador nos computadores pessoais e
constitui o coração do computador, à volta do qual tudo o resto funciona. O tipo de
processador existente no interior de um computador determina a velocidade com que
este recebe e trata os dados e transmite as informações. A velocidade de um processador
é medida em megahertz (MHz).

Componentes do CPU:

 Unidade de controlo (UC) – determina e controla as operações a efectuar;


 Unidade aritmética e lógica (ALU) – é responsável pela execução de todas as
operações aritméticas (adição, subtração, multiplicação, etc.) e lógicas;
 Registos – componentes, que temporariamente, armazenam dados;
 Unidade de comunicação interna – permite ligar os diferentes componentes
internos do microprocessador aos componentes externos.

3.1 BARRAMENTO (BUS)


Constituem os caminhos por onde a informação circula entre os diversos
componentes do processador e entre o processador e o computador (memória e
periféricos).

4. MEMÓRIAS OU DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO

As memórias servem para armazenar temporariamente ou permanentemente, as


instruções do software com que o computador funciona, assim como os dados que
vamos introduzindo. Os sistemas informáticos necessitam de dois níveis de memória
distintos:

 Memória principal, central ou primária


 Memória secundária, auxiliar ou massa

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4.1 MEMÓRIA PRINCIPAL, CENTRAL OU PRIMÁRIA
(RAM E ROM)

ROM – memória apenas de leitura utilizada para armazenar as


instruções de configuração do sistema informático, vulgarmente designadas por BIOS

RAM – é uma memória de leitura e escrita onde o acesso à


informação é feito aleatoriamente. É volátil pois perde toda a informação quando o
computador é desligado.

4.2 MEMÓRIA SECUNDÁRIA, AUXILIAR OU DE MASSA

Podem ser vistas como um complemento à memória primária do computador.


Servem para guardar programas e informação com carácter permanente, ou seja, os
dados não se perdem quando se encerra o computador.

Ex.: discos rígidos, disquetes (obsoletas), discos ópticos (CD e DVD), pendrives.

5. DISPOSITIVO DE ENTRADA DE DADOS

Dispositivo de entrada são dispositivos que fornecem informação para as


operações em um programa de computador, também chamados de unidades
ou periféricos de entrada (no inglês input/output - entrada/saída).

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Um dispositivo de entrada permite a comunicação do usuário com o computador..
Exemplos: Teclado, mouse, caneta ótica, scanner, câmera fotográfica/de vídeo,etc.

6. DISPOSITIVO DE SAÍDA DE DADOS

Dispositivo de saída são dispositivos que exibem dados e informações


processadas pelo computador, também chamados de unidades de saída (no inglês
input/output - entrada/saída). Por outras palavras, permitem a comunicação no sentido
do computador para o utilizador. Exemplos: projetor de vídeo, impressora e monitor.

7. PLACA-MÃE

A placa-mãe (do inglês motherboard, composto de mother "mãe"


e board "placa"; também chamada em inglês de mainboard) é a parte do computador
responsável por conectar e interligar todos os componentes, ou seja, processador com
memória RAM, disco rígido, placa gráfica, entre outros. Além de permitir o tráfego de
informação, a placa também alimenta alguns periféricos com a energia elétrica que
recebe da fonte de alimentação.

A placa-mãe pode variar conforme o modelo e fabricante, mas há componentes


que se mantêm. Vamos destacar os mais importantes componentes de uma placa mãe:

 slots para o encaixe das placas de vídeo, som, modem, etc.


 conectores para o encaixe de módulos de memória e também do processador;
 portas série, paralelo, USB;
 conectores para o teclado e fonte de alimentação;
 BIOS (memória ROM): pequeno chip responsável pelo reconhecimento dos
componentes de hardware instalados;
 chipset Chipset (norte e sul): comanda todo o fluxo de dados entre o
processador, as memórias, etc
 Processador (conectado ao soquete)
 Memória RAM
 Bateria

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8. ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO COMPUTADOR

8.1 Os Primórdios

Os primórdios dos computadores eram máquinas mecânicas e, posteriormente,


electromecânicas. Assim, os primeiros auxiliares mecânicos, de que há registo, foram os
Ábacos, com origem no extremo oriente.

O ábaco (do grego abakos, derivado de abax: tábua de cálculos) é um antigo


instrumento de cálculo em sistema decimal, com provável origem na Mesopotâmia há
mais de 5500 anos a.C., considerado como uma extensão do ato de se contar nos dedos.

Com o desenvolvimento dos processos de cálculo, começaram a surgir no final


do século XVII, tentativas de operacionalizar máquinas de calcular, de que são
exemplos:

 A Máquina de Calcular de Pascal (Pascaline)-1642;


 O Tear Automático de Jacquard-1770;
 A Máquina de Diferenças de Charles Babbage-1822;
 A Máquina de Hollerith.

9. AS GERAÇÕES DOS COMPUTADORES

Nesta secção iremos ver a evolução dos computadores até os dias atuais.

9.1 PRIMEIRA GERAÇÃO (1940-1954)

A primeira geração dos computadores é marcada pela utilização de válvulas.

A válvula é um tubo de vidro, similar a uma lâmpada fechada sem ar em seu


interior, ou seja, um ambiente fechado a vácuo, e contendo eletrodos, cuja finalidade é
controlar o fluxo de elétrons. As válvulas aqueciam bastante e costumavam queimar
com facilidade.

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Figura 1.12. As válvulas eram do tamanho de uma lâmpada.

Além disso, a programação era realizada diretamente na linguagem de máquina,


o que dificultava a programação e consequentemente despendia muito tempo. O
armazenamento dos dados era realizado em cartões perfurados, que depois passaram a
ser feitos em fita magnética.

Um dos representantes desta geração é o ENIAC. Ele possuía 17.468 válvulas,


pesava 30 toneladas, tinha 180 m² de área construída, sua velocidade era da ordem de
100 kHz e possuia apenas 200 bits de memória RAM.

Figura 1.13. ENIAC, representante da primeira geração dos computadores.

Nenhum dos computadores da primeira geração possuíam aplicação comercial,


eram utilizados para fins balísticos, predição climática, cálculos de energia atômica e
outros fins científicos.

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9.2 SEGUNDA GERAÇÃO (1955-1962)

A segunda geração de computadores foi marcada pela substituição da válvula


pelo transístor. O transístor revolucionou a eletrônica em geral e os computadores em
especial. Eles eram muito menores do que as válvulas a vácuo e tinham outras
vantagens: não exigiam tempo de pré-aquecimento, consumiam menos energia,
geravam menos calor e eram mais rápidos e confiáveis. No final da década de 50, os
transístores foram incorporados aos computadores.

Figura: Circuito com vários transístores (esquerda). Comparação do circuito com válvulas (canto
superior-direito) com um circuito composto de transístores (inferior-direito).

Na segunda geração o conceito de Unidade Central de Procedimento (CPU),


memória, linguagem de programação e entrada e saída foram desenvolvidos. O tamanho
dos computadores diminuiu consideravelmente. Outro desenvolvimento importante foi a
mudança da linguagem de máquina para a linguagem assembly, também conhecida
como linguagem simbólica. A linguagem assembly possibilita a utilização
de mnemônicos para representar as instruções de máquina.

9.3 TERCEIRA GERAÇÃO (1964-1977)

A terceira geração de computadores é marcada pela utilização dos circuitos


integrados, feitos de silício. Também conhecidos como microchips, eles eram
construídos integrando um grande número de transístores, o que possibilitou a
construção de equipamentos menores e mais baratos.

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Figura: Comparação do tamanho do circuito integrado com uma moeda (esquerda) e um chip
(direita).

9.4 QUARTA GERAÇÃO (1977-1991)

Os computadores da quarta geração são reconhecidos pelo surgimento dos


processadores — unidade central de processamento. Os sistemas operacionais como
MS-DOS, UNIX, Apple’s Macintosh foram construídos. Linguagens de programação
orientadas a objeto como C++ e Smalltalk foram desenvolvidas. Discos rígidos eram
utilizados como memória secundária. Impressoras matriciais, e os teclados com os
layouts atuais foram criados nesta época.

Os computadores eram mais confiáveis, mais rápidos, menores e com maior


capacidade de armazenamento. Esta geração é marcada pela venda de computadores
pessoais

Figura: Computador pessoal da quarta geração.

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9.5 QUINTA GERAÇÃO (1991 — DIAS ACTUAIS)

Figura 1.20. Computador da quinta geração.

A quinta geração está sendo marcada pela inteligência artificial e por


sua conectividade. A inteligência artificial pode ser verificada em jogos e robôs ao
conseguir desafiar a inteligência humana. A conectividade é cada vez mais um requisito
das indústrias de computadores. Hoje em dia, queremos que nossos computadores se
conectem ao celular, a televisão e a muitos outros dispositivos como geladeira e
câmeras de segurança.

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