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@ Zz TF, ; 1 FuNDAGAo UNIVERSIDADE DE BRASILIA Retor Joo Cito Todorov Vice Retr Sra Daroua de Asis Fons FULULELOE EDITORA UNIVERSIDADE DE BRASILIA Concho Edvrit at TUITECCOO EEE Ateandre Lima ‘yon Dal gna Rodeguee ‘eurinar Nanos de Mocre Erma Arai (Presidents) Eudice Canin de Sarina Faro {isi Benedio Rene Slamen A Eaten Unversidade de Brasil, nso pela Let 1 3998, de 15 ce dezemto ce 196, tem Uhjetivo edhar obra sees tenis els fe ivel universe HISTORIA NO PLURAL. Tanis Nearro Sin (orgaizadora) Sonia Lacerda Tania Navarro Sacin Marta Bwrydice de Barros Ried Mereos Ad Siva Maria. Negro de Mello. Laine de Amc olen Tempos Segide por Emanue! Arno eee see EERE EE EE bbb a dd ba saad: Saha ye spi ed ie pees mp ee eet, mec de foc Se pravass, 200% ‘inventors, por sent, ds Er, ange Unvertio= Am Nore ‘Keto-o70~ Badia Daee Dior exces pra enact: | ‘tr Unive de Brea Rs \ TSC See ee Revs: Gita Fuguin Coro Yan Pataot UB COC S5-28LE Supervise Antonio Bata Fo ¢ mam Rares Pater (Ca Maro Teas Coupe: Anti B.O8veen Meotaen: Vupena Anas ISN eS. 250.0858-4 Fenton tra et oe Cn Ue gran pla Sis Lacerta rein por “Tas Naver Swan ~ rs Edtors Daves ge de Bran, 19 ane 2p. Coes Temps) 5. Hira do Topi. 1 Laer, Sons. Sa, cov 580 SaRUMUELCE STEN ‘Sumario Aveseniacio, 7 atria, arate e mapas istics, 9 Sonia Lacerda ‘Yoo dite imapindro? 43 Tani Navarro Swain ‘Aint cultural entre monsos e marviis, 6 Mary Del Priore ‘Avoka da hint pola e 0 retoro a marativa hist, 99 daria Euryice de Barros Ribeiro si temo: constugtes hits, 109 Mobiiasio popular: wm dicur, 127 Marta. Negro de Mello “Todas as fess fon? 153, Jame de mei Sobre o contcinento discrsv0, 189 Etonora 2, Cos Ut Apresentagao Plural. Tus ¢ a tendtacia Mica que busca orca @ preseatecole= tines de estos. De fo, em hist, como mas ours ici socisis, 2 polifonin representa hoje wi aspeco constintvo da labora ters. Assim, diferentes perspectivas e aborigens tm suis esparo, sem hierauizagSevfoepemonias. Vericalzaéestedrcas divers so, portant, explorads, ma raedida em que se ampla o ecto de fonts, emergem noves robemices, desdobram-se of métodos em um equ interdisc- plas. Os estdos condos neste volume, centados na reflexdo feérca, demonstim bem © momento vivid pelos historadoes, de quesionameatose posts reoovadors no atamento ¢ ma es cola de seas objetos de anise. (0s matizes tfricos sou dscatios enti acompanhades por traalhos que iatatan a efeivaaplicag de eixos trios espe cificn, atalizan dessa fora os dois momentos qve comes fo preseate volime,rpreentatvo das tendéneias historogifics ‘0 habtam o Deparanento de Histea da Ua, cujs poss ‘es iatgram a quasetoaldade dos autores dos Uabalhos or pa Dicados. Abre-se agui mis um paleo de debates Tania Navarro Swain (oepainadoes) 2 egeegeeee PPREPL RPP LPP E RPP RL PLP Eee rTTeTe TIT) SUSPECT LEE UU istéra,narativa e imaginagio histrica Sina Lacerda irene n ‘pon via elegant seme 0 come Sue ior myo, Coosereva mst un ro da fifi Now moe cgirta anor, coven, ese Fey conta ei nga mi aot 2 oe ‘tan como 1 vga ost, prateaes {Stade nove tet opr apa Sends ‘Goss Bnd) Costa, tment detect fas & une sorte obtener arta mos {es proemietes novos heroes vl ae Assim Lawrence Stone (1979:8), num ago bastant referido to ebate sobre 25 Tages Ene hina maava, yuc se ves travando bd cerca de tis déeadas, resume a uaa peor, desde os grego, poo discuaohisteriogrfico.O que chars steo- ‘io neste apenhado é, antes de mais nada, a duracio persists (a wadiso da narasiva histrica, nos ples de ears de orgem ‘pocolting, nds que se possum desconar os sécuos de vsta- ‘ia de modaliades no naratvas de reisuo histérco, come os anise eres, Em contraste com esa persistécia,surreende ' brevidade do tempo durste 0 qual anda segundo 0 sutor~0 ssodslo nuraivo de composigio histriogrifes foi uplntado por out, concebid como una hstria cent, explicativa, © segundo ponto relevante da pasagem cits 6, pois, 0 Prognésico do eclipse desse paradigma mais recente, diate a ‘maré montane de tendfacias que na opinio de Stone configura lun renascinento da narativa hstrica, embor so figs ds- ‘ints da ania iste narratva, Tie tendncias, pest da ela iva diversdage de ercatagées foros de ineease que aban. Em, Pore exe autor couspenleus sproxmndamente 8 TES ‘mentaldadet’,eplida peaquiss eno fundo conum seca 0 fempeaho ns recoosiuigéo dos modos de vida ¢ pensameat €o passado, 2 colocapéo do hunano e do particular como objeto ‘central da hist, ew contposigio ds estutus foras inp sonis, © a consegieaeincompasibiidade com méfodos de andise estatiticos e com esquemas de explicesSo deteministas.! © texto de Stone, na verdade, sscita questes dlc de Solucionar na moldara conceit) de sus ergunentagio. A mais brangent © eral é a indapagi sobre o significado aribaido & ‘categoria nara, pelos diverios participates do debate, © so- be 8 natureca eats dh alegade oposeo ene hstrianaratve™ « outras modelidades de esrita bistia. Ess ndataréo peru. als, a despito de extensabibliograiaGnponielconsagraa 30 ‘ema em causa? Deceto a peensnéncin de divs doves, em ampla medida, is diverpéacas de pespectiva e & insite ex- Plieitagdo dos resuposios qu sustentam as tomadas de posi ese terreno. O presente trabalho propée-e, em consegléncis, 8 despreteaciosamente sistematizar alguns pootos amide obs * Sti ane espe ese ees ‘mise on ln mete en oi oe * SS tienen spree rere vig il én, fener mcr ‘Sigil tps pla Nem ceva a eC _— — —_ —_ | | CRRRERER ERLE EIT eae ereeeereere itr para n ‘ecidos no watameato do assunto, problenatizando 0s termes em que se tm expressdo, ma moda das vezes, tanto a rejeigso quanto 0 reconhecimento lepmidade do uso de esquezas ‘ativos'~ 1 sj, de procementos comentemente deniea- os com a literate ficional ~ em hisoogrfis. Na primeira pane, procum-se evienciar como a polariaplo esbelecida em {erne de ation ‘hea rave’ ver "hain citi” confande, mais do qu eslrece, a questo dot nexor etre 0<>- becineaiohistrco © suas. fonnas de eons © expasigi: © artigo de Stone, adtado como porto de para, usta bem as di- ficldades em que incorem as tenatvas de revalarizar os ele- ‘meats ‘aarativos' ds composi hstoriogrific, ao se ence- em 908 limites daguelaantese. A segunda pare vies aprofus- ar a discussto previameate esboyada, mediante 2 evocagio do ‘questionamento flosfio subjacente& erica dos histriadores an nuratvimo e pelo recurs a outs referéaciss teres. Pro- czdentes em particular da extica Iter, esas mas permite considera em outs bases o papel de imaginséo © da ‘evens ‘fo’ na constiigio do pastado como realdae significa; © (ue oe explora no tino ico, ‘Uma relapio problematica Observe, de iti, «verdad campanh levada 8 efito conta “ists marrativ” no seio da radio francesa de isto- oprafis eomuneatecoahesida como escola das Annales. E ato mas gue aco, aclusve presente declare por historia ores vncuados, por formasto easriio proisonss, 8 maiz insiacional dessa ‘escola’, que tl desinssoabriga © encobre comenesdiscplinres aivergenes, seam ou nio essa dvergén- is tpfesveis no mole de ‘erates! Tamim € de resalvar ‘Terrence 913-0 Hamam, BEEGEEEEEELELELEDADASAASOOED nt “ona Nava Sai reais) ' modanga de pespetiva, na apreciaglo do significado da nar tiva em hist, deade a chamads teei gercio da ‘esol’, rmadanga esa que fem sus expressto mais sistema © ical ‘em Roger Crier’ No € menos. verdadé qe, no conjusto, se pode ver ta reek & idea de relato uma das marcas do movi- nent de rnovagiohistriogréficainsprado por Lucien Febvre€ Mare Bioen. Com ee, a erica & sora peraiamen ye cada de événemertel ov hiorisate, identifica com 0 rlato police facto! de orlestafo empirsta, fol a bandeira que cati- fo os exforgot dos fandadores da revista. Enio apenas Febvre€ Blech condenaram incansavelmente 0 binénio hits factal/ stra pla, considered indsocivel da exposcso arrat- ‘i; Ferand Braudel janais perdeu ocasio de expresar sua bos- tiidade a est triad. Ainda recentemente,Jscqoes Le Goff, © historador que sucedeu 0 autor de O Meditcrénco ma prsidén- cis de abtign VI Seséo da Boole Pratigue des Hautes Eras ~ ‘dete com juntiga considerado como um dos expoenes da is- ‘Gris das menldades -,reiterom iéntico menosprezo pela nar atv em none da imprescindibilidade de uma bisa cents exolcative: oot sabe gue especialmeme 0s pases ango-saxdni- Cov muniveram vivo o debate sobre a posalidade de 1 hinds fornecer expicgSes. Ory, Sem entrar em Giscusetes de complern epintenclogs, (.) diel que ‘qucta de nova, jf no pode contetarse em nio fome- ‘er expicacces.(.) Num plo mais geal, o que que Fo der € que jf alo se pode parar nama hist pox TSR pa te hare tots ees A primeira vist, conmdo, existe af incoertacas. Se Stone estver comet cm constr 2 modalidade nara de hea ‘com o pads cientico-explicativo de bisosiograia, io seam 1 declarapées de Le Goff inconsisteates com seu aliamenio a iirat dos cutores da pesquss de mentlidades? Poi ma in- terpreacéo stoneana do panorama atual da disciplina, a preemi- éncin aqinida pelos objetot de esto ideifieados geraiment= om 2 nogio de ‘menahades” ea revalonzagto da esc marae tva comelacionanse de mancie intrnsca:baveria una especial ‘onformidad ene uns € cura. Incongrofacia andloge pode ser apontada em Bravéel. Sto tem conhecidas ae bares em que formalou rua objg6es 20 nar riviemo em hitosografis, muifesnds conjuntanente a um chamamento 90 Sendo ds aproximasio da istéia com as cin- ‘eas soca, Ele se acham enunciadas de mane especialmente ‘nveressane, pelo esto, na sein passagem: ‘A sia, hisfria do mando, ids as isis par ‘ares 8 non apresentar 20» forma de uma ie Je vent entensam ator some dramdtices e bees ican imporante, ma cae capital, So instante eos daira. Guarel a Tembranga, un noite, penta da Bala, de ter sko eavolvido por um foge de Srfio de pnampos forforscenter, mane Sze pli as relzian, se exunguan, bravarn de novo, sem fomper sole com verdadeirclargades. Assim Sio {ade pemanece witrona (C) Confess, enretante, que faqdentement so esas tenes imagens do passa edo sor dos homens (ue nor ofrece # crSnia, a hstéa tradicional 2 istrative cares Hanke... Clabes, mas se landed; fon, mas Sem homenidade. Nota qu e52 ‘oes Cosmo elt s passarum renimente” (.) Nes Tide, es se presenta coma oma interpreta, 68 “ “Tora Nava San oreo) odo diesimuads, como wma sutatics Slosofa da hietria, Par ela, a vida dos homens € dominads por ‘lentes dramizon (.) Falsciss is, todos ns ‘O sabenns (.) A urea €jstanente ures ee Princ manga da hit. pci abordat rf Imemnas © por si meas, saline sess? Tanto quanto aso do event, vale dizer, acetao das syaracss como se constiniisem a verdadeirareaidade social su se contests parentesco da histra positvsa, 6 tipo ram zane, com a flosfia da histria, emeadendose por essa expre- Ho a contrugfo teleolgica de um procesto conduzido 40 seo Aestno pelo jogo do sees excepcionsis". Mas nos iso. Tal como em mimeross outa ceases, Braudel sbliha o signifi ‘alo drusdtice do acontecimenta c, em consgitaci, a afinidde do resto factl com a encenaese, com 2 montagen do centio ira ago dos protagonists do drama histo; sj, acon- ‘erploci da histrograia poltico-msrativa com 2 composicso Secon io obstnte, mais de um conentador da obra do sucszor de sien Febvre pe em relevo # marcnte presengs de extegoras ‘epecifiamente saratolégicas na constrgio histrogrfica bravdsian; presenga que, longe de se limiter aos escitos que tram do ‘tempo breve’, acide no prprio fimago de suas con- ‘cepees. Ese €, por exempo,o julgameato de Ricoeur, que con sicera os conectos de acontecimentoe de longa duro elabors- dos segundo «apreensio do tempo ineeat hs onfgurates nar rativas? Ainda mais lone vio as obseragées de Kelas (1987 27 10-1). Nio spenss mostrem, na exruur formal een diver ‘08 enunciados do texto de O Medierrine, 2 manilesgio de ‘Ln ag Senso de narureza alegsrca do discus bistriogrific, i etiam an eeu i no aa 8 mas tables apootan ae semethansas do primero sogmento da ‘bre com o Tableau dela France de Michelet; ademas dos rcur- fos fcércos figurativos earacteicos desta composiio, ‘Bravdel vila ali o mesmo artifiio aaraive: a coasgio do sentido do objeto (no eo, © mx) por movimenos consénrens (& exposigio, Or, gabada como todo precursor de una hist ‘in nlo-naratva a poga de Michelet intents da Haire de a France, mos pubiceda tm sparado um pouco mals we) isp rove dreumente no esquema da mumbo de Nowe Dame de Paris, de Views Hugo. i suma, andes textolépicas desse tipo conduzem, conor- sae diz Keller, nencionando o esbogo geealipco tnjado Par Jaeques Revel e Roger Charter,” a iraica consatagio de que ‘histia social centfia, ta como a hist naratve, ten UD ‘importante enestral na novela romiadca”. Diate disso, cabe etEunar, com 0 autor do artigo: quem exceve © quem mio es ‘reve hiss neativa? ‘Detebsmo-nos tm pouco em Fur Dissident delarado da traigio amaliste de histria social, a s6 em sun verent mais Tradelins, pica pelo conceito de diferentes drapes sua cca a niratvisn coincide com a de Braudel em muitos 2- ects. A semebanca deste, porém de maneira mito mis radi ‘al, Furet splice-se em demonsiar seu funcionamento similar 20 to romance , mis preisamente, 1 contaninasoidolépica em bude na moldagem do discurso istic pelo de biogas. As- fim con 4 naive biogrfica confer setio As experéncias Individonsorgtizando-se em funcio de uma taetria inalista— tal como o romance ordena fats fiticios em tomo das ages © etimentos de seas persomagens~, a hist narativa moot f- Ji Sitch Sct ts tot ig canto oe matin ‘secant nn ooo a FERERRRKEKAAALITTT TTT RET TT eee SECU EEUU UE EEE UREA MASUR a Raa aaa fos supoctameme veradstos& fim de contar ‘vida’ do Estado 00 da nazi? Tanto Fart usa Brande desiznam como hist nara ‘0 relatofactalisico, guado pelo eixo dos acontcimentosplit- os, militares e diplomitices, ou sea, a expécie de hisoriografia ‘onsagrada nos meiosacasénico do inicio do séeuloe dominaia or una epistenologia empiist, mais ov menos consciete F- fet, toaama, vat alm, ncluindo aa condenago dirgia 20 mcr livimo 3 chamada ‘nova hist’, identifies sobretso com 0 estado das meniliddes. Afima que “entre boa velba hiss sarativa, que rconsini 0s ftos segundo 2 Kgica crooleica do romance, histéia que a si propia df o name de nov, por ‘que pode empresa uma parte de sua bagagem «diciplinas ve ‘nhas, a oposico no ¢ to ntida nem to real como 8 segunda leva a pensar”. ‘A raticlizari dos aaqus de Fureté a contepatida direta de sus opclo por uma metodologia estaistca, que se apesenia como um epofundaneato da proposta de alia d historogafia om as eitacias socss. Defend eeftivado de maneirsdiver- ‘28 desde 0 primsetior do movimento dos Aude, yjeto de coleboragto com ous disciplins sofrew uma inflexéo em vito- fe da preponderinciaerescenteadgirida, entre slguns hist ores da dibita de inftuéneia annals, plas sbordagens char as de histria quanti e alse seri Noentendimenta de su principal teérico, a imterpreiagio do pasta alanceda me ante a splicato do tatameato serial 4s fonts constitu aver- dadeira alerativa a dscursomarative. El rmpe por completo ‘com o esquema da biograia e do romance, gue sb et pre pectva cic, roar simplesmente uma mimtizagéo da vvéo- ia coletiva, Néo apenas substi 0 objeto empicco da hits Hiatt port ” ‘eaicional ~ eventos, agentes ages — por umn objeto sbstetae ‘mente consiido,15 mas ainda, com este procediment euprine o tempo exstencia. ‘A histriogafia serial (¢ suas congtnees) € frncamente cieotfizame em sua inspireio, mesmo quando seus raicantes ‘item que as pcaliaidaes do objeto di istria ao permite «ple realzagto do ideal vieutiicy nave campo. Com efi, preg mixima aproximagio possvel 20 rgorIgica do aciock- i hipodticededutve, mediante a elaborsgto de hipstses ex. Dlcavasfondadas em vargves cootroveee a conseqGene re cia tanto ao wso de testemunhos‘svjeivos" quanto & conse ag de fatores‘pscolgics’coletvos. Desse modo, prtende depurar esr d histria das inpurezasWeolicas, no ci ‘eas, que, como filha do romance, ela teria herdado da ‘Volts tse de Stone. Sua ida de un renascimento atl da nartva coincide surpreendentemente coma adlise de Fart, a meida em que stbui al rensseiment &‘desilusio” cm 8 ‘urdagens quantativase com os modelos causa de exlicago, ‘ale dizer, com s histeis cee: 0 fendimeno consists mim redefnisio de métodos © perspectivashisoigréfces, camel onda 80 interes por objets equestesexluiir pela meto- olopiasestturs e estates. Infivenciads nos limos anos redominantenente pele anropolois, eno jé pel economia © a emografit, os historiadors deslocrnm soa stengdo para of “seatimenos, emogées, partes de componameno & eds de ‘spit em lugar de premleearse & spericie dos fats, passa- ‘am investiga a dimensesinconsceatese simblias dos pro- De acordo com exe ponto de vs, aderenge de foco— no- vos temas, novas problemas, exploraséo de foots af enti epligeniadae ~ tadur-e oum diferete modo de eset. Ou fej 0 tatamento de matres petencentes 20 dominio das signi- fieages eda inersubjetvidade, assim como de objeto de natu- ‘era singlar— pois a econdocio 6 aoatecinento eda biografia 2 dignidae de objeto histonogriico e a reatualizasao do esto de caso também tim af papel ecomeido™®~, induziria 30 eu prego de ums lingagem mais deserve pcica, orienta po- a ciptagio das rutezas de sendo e pam a reconstiio do prticular. Das reabiitaéo da naatva, ew reas conta o dis- uso conceit! e analtico da hits contufda segundo o ocedinentos de racioeino causal edetivo, Mas sera 8 qualiicasso de narativosccavenestemeate spi= civel os varados esos praticados pelos nomes asociados & ‘nova histria cata’ e&“hstris dis metliades"? A bem d= ze, nko so de todo nfidos os erties pelos quis ua autor co- ‘00 Stone dsciina, no amp repertéo de obras aruda," os {que cabem e io cabem na categoria do relat. Na verdad, 0 ea prego do tempo narativa ness texto rela dbo, dada mio s6 2 hetrogenedade dos tabalhos referos, mas também a descon- fone ente ae caracterisicas da mara © defnio pro- sa para agus nog: tem, Fanace As, 1 EF Tompson Sere ecapre fers SG, uso, eho Gam Te ome ns Scans Hamar iin ar ~ 4 orgonizasSo do material num segSecis cronolog- famente orden «» concent do conteddo muna Unica enéria coeret, ainda que com subenredos. At ‘us naeirasensencisi porque «hist narrative se Siferecla de histria extra sho seu aranjo mle ‘escrito que anal seu face central no homer, © ‘no nar ciunstincia, Trl, ponano, do parca © speci, de preierémin a0 caetvo © etic Native € um modo de erratic, me fo que mb alta € afta pelo contesdo pelo set. ‘Ademais, nfo obsamte a consderveldversidade de instr mental tedic, concepees epsiemolgicas,pefertncias tei as € modelos interpreatives observads no conjunto a produsto historiogrifica um tanto vagauente desgnada pels expresses “hist das meoaidaes' “ists do imaginsio’,‘entropolgia bistricae similares, em neabua dos tabaioe da lava gual oer de seus expoentes se podem pereber 0 esquema © os pes suposos do relsto factual empirsa. Assim, conta “istria sativa “Lithia eral (ou expat, cOneHAL, “iS ‘i-problema’ cic), mediante 2 respectvaassociasSo com cada lum dos pSlos de artiteses come desrio x ailise, obrign ata tas restalvas que se acaba por anu adisingo entre as dus es- ices de historoprafa. Daf decorem tentativas de carcttiza- so totalmente ambigus, como abso tanerta: De todo mode, © rt etorino, «narrative cians: tanciede, exemanente minociosa, de dm ou mais “scontecimentas’ com use ras declares de extn ‘has cculares e de paniciganes, € cbviamente tn ‘nei desecuperar ge dar mulfstagtesexterores de rmentidide do pastado. Aandi contin sr pare CRRERRRRRRRRELEEE REET EE TT elle ee PELEEEEEEEEL EERE DDE eee a baa eee ROO EE 20 “aia Neva Swain organ) retin anzopolégica da cultura que se pried ss Teese chniics. Ma iso lo pee eno o pe. J dos estudos de menalidade no ressurgiment ‘Bodos ao snalficos de ctctever hist, ua os ‘ini £0 relate eon. Visto que quae sempre se usm 8 noges de anise, dese ‘so © naan sem concemiase en precisa como ti step. tins se anculam nas diferenies formas 6e escrit hist, fea 1 impress de confusSo, ov mesmo de impossibiidade de dfe- roger histéia narativa¢nlo-asrtiva. Pode set que a embigd- dade nfo se deva sempre 20 ato, spostado por Kellner (1987 12), de que “inte anos depois de Hayden White haverobservado ‘qu 0s historiadores definem seu of uilizando(.,) una nog80 articularmeate envelbecida de narativa,moldada por certo tipo ‘de romance doséulo XP, (.) debate sobre naraiv nds pi ‘mem temo de esis, come se estas fossem sua eséncia, emo Simplesmente una de suas modaldades”. ja como fo, se a8 ressurgentehisra naraiva “a anfise pennanece ti essncial ‘om ss midologias come a daergSo"s? eae porgunar 6 gic ‘io 06 “modos nioanaliicos de escrever hist”, disinte €0 yelato exon” ‘Todas ess inceneaas, em sun, parocem jusficr& afm tiva de que “o debate sobre narativa ehstéia €usualmente co0- dcido sobre falas premissas".2 Por falas premises entende-s¢ ‘© deslocamenta de foro que faz com que discuss quate sem re se tena ans aspects temic, metedolépico e enuncistiv 4o trabalho hiseriogrifio, deixando de lado ~ oa apenas flo rando ~ as questes de fund, quis sem, a a nattera do co nhecimento histo © do lugar que nee tem a Hinguagem, & E semaomiein coostogfodscursiva, Desfazer of mal-etendidos equer tazer 8 ona esas quests subententiss, ‘A problemiica da relagto tem da nuratv hntsc amo avo de stato de hisatades poco pare da cna de 19@, on vt Tisch gee pension regio estes invest Sere SMinerCino'> Dena, ex,» wrote dos oor de nla nee ara, pl aio “rovgrtfia cider, Ao gs pe depend dbs ‘xe fc ombat’ de Lcea Foe e Mate lah meao dos ga estes meedolgos de Fran Brie, tas dada © 1s0,inetancae ace aan chanads teeemonile ou de hse horse pls funda estat, den reno oparaign de istri onse {ie pl eva etn, io 6,8 epee de “roa de oro eile expen de Brel qo ainda oso dos = ‘Sede us panning, pr sv Ta! een Soe eran elisa caer ovate. Os ts Fe Jorn, sa pesperv, navn sapleonet 0 gesi= sta conan fa econ com pa sees de os naan, dngles on odor ded manens ms [om ice Anche ee qosioanen lease ~ inplcianeste SSS, Se tpn tn omen, er error in Fico AGSt foe pa cin % SE Bal ie on gate tne ea te care rene SET | o apenas, no cas de Febve e Bloc, mas de fora ssemtica no 6 Braucel —& contestasio do principio e imelpblidade der- ‘ado ds conologn liner, ele o imponava na idenifiasio de {al principio com uma ‘ips da narasio'. E este, contado, © fimago do erfea que ot paladnos da metedlogia batizada de iti sil endersam 8 "istra histoncisa De far, x explicasto hiscca undicional obedece 8 gies da mamas © anes exlic 0 depois. Ua ver Ge, nesta sceppo, x hstoa tem um Sendo por a= Sin diss preiminar ao conjonto de fendmeaes que rvelve bata orpmizar or fos histicos na escala & teno pars gue eles rcebam, por ext fto, «su ‘Staiteagio no imeior de um evelugdo conhecida de Srtemio, A propia selepiedeses fates obedece mes ieeice ipa, que peng © pefodo em relagio fn sta esclhe or Scontesimemtos em Tego 30 Em coniraste com essa justicagio worizade da aversio 20 ‘icurso Ristoreo namivo, egupurao cia vase passage do mesmo tabalho (Fret, sd: 25) a0 “romance das existencias”, Braue! (1978: 46-49) stuou a rupture om a “erica de 00¥0 elo” no apareeimento da modaiade de hist social de Lar browse seus dtefpuloe, caracterizads por ele como “ums nova forma de naraiva hitica, digas 0 reitativo da conjantara” Solin inclsive a ligegbes de seu pepeio modelo hisario- trifico com ese rectative, ao comentar gue este “devera(.) ‘conduzie& longa damio". Deve, port nio 0 fez, confore se apres Brel » scrscents; em lugar disso, retomou “empe cua", so teapo do acomtcinesto, a mais caprichose, a Sas plain oc Ooms Wes eae de bom grado, enenador. Com renunciaria 20 drama do tempo breve, 20s meres fos de uma velhisina prfisio?”. Nara i histéries, na compreensio de Braudel, ainda sei, pois, sné- fimo de rela facts, de histéea limiada 20 fimbito do tempo cane, Hs, sem divide, nusnoes na maneira como distnas gerages 4c historadores vinculados aos Amales opuseram-se assocagso ‘ate histca © narativa; hi, comespondetemeat, senses di fereagas entre as abordagens com que te dispuseram aultepasar tal associngo, Braudel e Fuet so exenplares nese sentido. De tum lado, 4 longa darasée, oo mais preisamente 0 recoahec- rento de mlilastemporalidades na histrae, cm iss, a pos sihllidade de abizar em sua esr todas as dimensbes da espes- sure do tempo, sem abrir mio nem de descrgSo da concretide © do fenomtaico — basta pensar mas rica imagens de que este Picta ume obra come O Medterince ~ nem So execs da his tovigria como tabalbo de crag cooceitusl. De out, as 5€- ries snalieas: a deliterada exclusio da “ordem do vvide", do tempo existencil a fim de despojar a interpreta histiea de qualques detemninssio ideolipca™2” Se Bravdel quis asseguat pra bistria um elevado esaito cognitivo, prescrevendo-tbe ‘ars tanto alrapassar 0 nel das apna, qu ientiicou com 0 do relato das ag6s nites e polices, «hiss cientfica 8 Fure foi una explcia respsts&scasaso de que hist at- iva nada mais € go a forma espeffica da elaborato de ideo- Jogiaocidenal da nidade de um sete coletvo — humanidade, Estado oo cvilzagSo~ em proceso uifome de cumprimeata de um destino, Fomalada em perpectva quer antopolgics, quer ETL T TUTTE TTTTLTTTTTT TL AVP K KTV IVI eeee DERG SSAAAARR REARS AAAS SSS: epitemotigie, quer de tora erin essa cic desautoriza va as pretenses de reisno, objetividade ov neutralidade de o- as ae formas 6 represenso mises, vale dzet, realists, tanto histrcas quant fcionis: todas produzem, mediante e&- igose regs constiuos segundo as tendcins cltras domi- ‘nantes, ema insagem ordeeads do mundo supestanente ral. Foi roande tis aniline que gaaharam preemingocia metalologiat (gue, pelo expargo dos conponentesexstnciaisesubjetvos das fontes e das calegoriss do pensamenio histrieo, buscaran ‘deamitologié-lo', 00 sje, dsocio dos procedimeatos de sarapio. ‘Assim, 0 foco principal da erica antinrrasvsts, marcane 1 tora historogifiea do ties tint aos, hoje no € tanto © carter deserve, dagoosicado como auséocia de ani ou de teora. E anes 0 paretsco com as estrturas¢ os efeitos de cero género de Fico litera ~o romance novecentista~ que se esconde sb forma naativa. Fart (4:26), mais ums ez, €% Prime fracamente esse pono de vista, ao declarar que Gao o enctto eae 0 prazer do romance. Constatie Sma sucetto de for concrtor © fmpares,mobiza mais @ poder de evocagie J historia do que a = [ucidade propane itll mare mais Go gue 0 ‘onto a enable mais que aitligencia () "A naragio do pasado, se for bos, iso 6,20 6 ‘verdad’ (quano 20% fatorcontados) mas fia com Um minimo de prfundidade, €snseparive da siptn {io histone plo “vivid do perfodo a qv se rele- fom ov acontetinemos por ele narados, = maneira Como ce bento dens dpa apreenderam © stavessie fam o gue coorith a mara da sua nario. Os, fra sinpatis, gue permite, se no a retuiglo, pelo ees pun 2s snenos tna restiulgfo dagullo que deseparccea,€ da ‘rdnn do sstive ov do ideo, ou de ambos Esa ‘Sohstunse 8 questio explictamente formula para ‘Constr lage ene 0 passa eo preset AG es 0 sentido da proclamagio~ sj tiunfante, se de denis ~ de um ror 3 arava nahstorografia mais rece0- te, Pow € Obmo que a carscterizacto de um ‘modo nara" tt pela obediéncia A cusiidade croaolgica guano pelo proce fPetto descritve, em oposigio 20 anlitico, nfo condiz com % fpurcza dos refiados exerefcoe historiogréicos usulment pends como repesenttvos da endaca atl. Em contrapar- fide, auela procter tors-e significatva quando vinculads 2 prefertncia dos etidos dios de menulidade, de entropologis histrca ou de isin do imagintsio por tenis © abordagens que, desenvolvids amide com peccia Kierra, mediante ex~ ‘lorgfo consccoe de recurs de estilo, adgutem uns vivac- ade imegisica que Ies confer 0 efito de evocasées. Ni por ‘uto motive, eaguano Stone (1979: 13 € 19) vE no renascimenio Ge nerativa, gue arocin ne etn de eatstidads, 0 snot de um desencanto com 8 ‘histria clea’, Fut (s.: 26:27), no plo epost, deprcia a ‘nova hs’ ex azo de sus mot- ‘ages nostleeas,slepando que “esté meoos ligada ao pasado, (go retraga, por una sxe de quests paculares do que pelt Daitio de nos dar, como se pudessem evver, as eengas, 8 em10- (es eae representagSes de nossosantepasados”. "Aparetemente, portant, a questio do narativismo srl vera pela comprovasio dt fodleafcve,sutlmenteidolyics, Ge una produgtohistriogrfica governaa por prncjpiosetet- ‘ates pel iaginaso evocative. H& que nota, prdm, que supestio pctviea, a stizagdo de cédigs poticos ou reins pars a cragdo de efeitos dramiicosindssocisveis da ‘infor 20" (ou contedo conceal) do texto histrco no coespon- em, entre os pratcantes dese tipo de eset, &s mesmas motve- es oie onepes a icptinn hindi, A cons Fo, sf comin hioradores fonemente diferent dir rerpeto nosso interes temic «a moon Se pon ‘quis, ms tanh e agies tron enna cn ‘as, Fens, por etenpo naan pot de Peer Brown, 2 ge refeeSop (1979: 1), Fen, em conten cor, junio que Duby rez, 2 evn sc eset vests trios hinorognfi smlioesnet apie ha stor So rigria de sas cage desi, Pease, nna, ms ecsiridades de Brad, tor de “una ob pra dein ewes Rabel e formed So otto tie de pre ects do eho ~ esta contin, events ou longa a {ine cus gogo ferescola a hisopata fase Como os excupls cits evidncan, 0 eapege dos ios leon ob hizosoeiaconrporins Se vanguada€ con siete, eet, val dir, demic de guar eps lop reals epoo mesmo iaso de mpreetar gue aor ce to lng ext, ese cast, do ens igen © a noo de verde hi pra hit poate tal = dep ogo rues omen cee. oro ldo Nira vas coment ode geste. ahece 6 ine evil erelganene de hiveepia cons ives modes de cain fen © que le uc det bwimeni, ques mesons istrnecs fina e vale d manera io ato gue sceten ar vein, ayer Conrr a gana de eps fered b questo de initia ies mista poral e grandes noes sro tralia recs, conrad a eft, en seen, be os problemas com gue se defrota 8 chanads nova hist. Com tentemo-oos en compara dois pronancameatoe: [EMMANUEL LE ROY LADURIE} Pergunto-ne se ‘ta no acaba por seroma mistrn ene ac ‘as humana, por um lado, e* tert, romance, 4 belasares, 0 cinema, o amo ea Sper, por oso £2 eau anniginoaae que ta a bossa race, pon Jamals consepuienos edifiar uma céncie pect. Mas ‘amber és nossa fora, ainda gue relatvs,porgue i= so alvez nos penta inpormo-acs a um ero pico (ue srl afstado, por exemple, pela nesta pars IMICHEL DE CERTEAU A histéia nfo éclentics, fe por cenfico te entender o ten que explicin regres da wa produga, una misura,€ Aero cine fen em ques native apenas tem aparécin do ‘loci, mas que também nio € menor creme porcontole ¢posibiader de fafa. Assim fcpdem as nots, acronolop, todas & mans que ‘syelam para a credibiidade ov para as “auorsdades Essesexpeentes pemtem sips, por uma nara sh, i igen, es sre ‘metadessalcas de nossa sosedade. Nessa medi, la represena e aula s mosemiade, Tem figure de Entre complacéoia de Ladui eo sever ajuzamento de Cen distiocia€ considervel,Poder-se-ia ainda conastar sabes a aprecagSes com a posigio apologtice de Aris! spoiada na conaporigio entre “akstrgio do modelo” (isin Secial cientiica) e "reencont”” ds “versie do rel” (nov histra); ou destacar of mazes de sentido que tem a idenifice- eeerererereerererereereeereererree “ch das segs da pofissbo com o component ienfico ds histo. ‘ogra, que Duby (1989: 50) compara com Cera: © oer nt ound ep ‘itncia. Daf essa nostalgia de cieatifieldade, esse de- Seip de exalecer algun tor verdadeiros, que 208 ‘Scrmoe nmi, aos aaques dos especialy da er (io perwonn © rnaquna, Mas 6 tne, porno Bistor dor tn ut e ice eo 6 to). Una mo [iem. Nio falar dagilo de gue io se tem a eenesa, ‘A dificuldade etd em conclat rigor e 0 encanto, Em no noe empedeminnos, em nfo nos esleosar- osm conservarosw amp de Vio edt Falaremos adante sobre esses mazes. De momento interes ss rter que peritem a8 reservas para com &“naraividade’ da ceria ds hist, spesar de ao mais e entender extuturs nate fatva sunplesaate come © egivaleste de selato de eventos, ct © eftador de cosas em orden de sucessio cronoligice, Adensis, importa sublihar que tis reservas se vinculamreitera- eM sancxxe& dzscontansasisciada peo consbio é hstorogr ‘com procedimentosfcconas. Como star essa postira ~ com seus diferentes fundanenss ¢ énfases ~ ro panorama atl das oncepgbes da naezae dos bjetvos da iciplina? RVRMADSAMARERED EDS A vetirica da hstoriografia: lgar da fegso SebEEEL Desde o siculo XVI 2 Science nuova hava procamado a wt nsubstancatdade da histriae da fico: ofingere de Vieo € 2 inven poétice pela qa] ascev o mundo hemano,definido em oposigio 90 mundo fisea, Enqussto & natuezs fol feta por ~ — iran plan 2 Deus, sendo por iso intelgfel apems pare 2 mente divna, 0 frond evil € eriagSo (pote) dos homens © isso gerne sc ‘lens 80 conbecinento buruno.% Nessa concepeso, a lingua {rm insrunento da nomeacio ds elementos do universe bi yey tem estatto de insite da realidade histric. E, com Creo, um proceso metaSrco, a essociaséo de sentido ene un fenbmeng fii eos sentinentessusctados pr este na conscib- Ga de seres ié ello bess, que, segundo Vico (1744 1361-260), constitu o ato inaugural da Rersmiade: por meio de facaldade potica, "uma facldade que Ihes era conatural, pot (Quanto nafurlmente provides de foes sentidos © vigoosa ims= ‘Baagio", os fundadores dts mages geaias nventaram (0 tem© Emprepado €fnsero) 08 funiaentosinsttscionais da vida cv [esse ato inaugural, a erardo pottica Menifee e coma ane di inwtéi, e sea produto com &sabedori inspirada do ado div- fo: "Al os prineioe homens, que falavam por sinss, poe s ripen natueza ecreditaram qos os raosetovbes fossem sigoos {e Jove (.) San ssbedora podtca comegou com essa netics podtce, que conemplava Deus pelo abo da provincia. E Foram chamados oe poeaistsiugus, ov sibios que etendim & linguagem dos dese, inaginada como os agpcios de Jove © 56 thes chamon, com propdedade, de vias, no sentido de aivi= thos, que vem de dvinare, sdvinhar ou prever”. Tal conepio fae ds atvidade ficinal, vale dizer, 6 pstolagoimaginia do real, 0 principio imprescitvel do mando histrico: “Desst mst fers das coisas humana ficou uma propicdade eters, expesst ‘Com nobreza por Tit: que os homens semorizados natineste ‘fing sir crengue” (0 logo inagins,acreita), ‘No poucosterios da hstorografiarevalorizam hoje 8 flb- sofia da inguagem de Vico, cua implica mais relevane pars 8 problemice do conhscimento hisico € que sendo imaginras vememim, 5 propia formas o exis humano, jgusimenteimaginsis eo as reconsrugieshistcasdesss formas. Ela abre, se divide, novas vias para a aboragem da questo da relao ene hits arava. Sus explora mais ssemsticaenconte-e em Haye en White (1992 ¢ 1982: 51-80). Inspiado ns eoncepsio vguet- a do desenvolvimento figurive de linguagem ¢ do peasmen- {0.3 egundo a qual a sootetncia human paso historietme or medias de operasio corespondetes aoe usta tropos poet co-etrics fundamen, propée uma teoria da narativa isi aque apreseaa as varages a escritada hist, observadas na ‘cultura euopéia dese is do século XVI, como un repeco e estos moldaloe wopologisamente. Conforme tropes dan ane ~ metfora,retonimis, sinédoque 00 ion ano odie curso histeriogrfico quanto 6 de filosfi da hisria astm & confgurcio narativa de um dos tpos de enedo ficioniscor- rentes na culia em causa, subordinando-se todos os niveis de Iterpetagio 20 principio reco da uopologia. De acorda com isso € que White (1984 22) afi que “a nrratva hse, ‘como tal ao disemins falss crengas sobre © pasado; (..) © (que faz € tetra capacidade das fogs de una culture em dot os reais com os ips de sgaficdos que eterna raz ® constgacia mediante seus padres de composi dos eventos, Inaginsoe Essa perectiva, ao exemar 2 inpontneis do elemento fc- onal: ltereio ns eomposigio histriogrific,longe de dssipar 8s suspeitas guano 20 fencionament iealdpico que a eseita da Ista deve «sous estutras naativae, refargess. Alen disso, auribai 20 texto hisico um fondamento th absoluto gusto apririsico, of trop, eujo stato na teria whiteans jf fi ccomparado 20 de “fntes saprads".% No deem, de fat, de 3 Sartore tert tem ne 76 isi 0 para a. super uma mistionpotcsantloga& qe sbentende noo de “poesia inspirada’, ov sea, 0 que clasfcanos como mitcpotics os 2edos bards. No fim das conta, tl entendimente 8 nar racvismo em histriajusifica, embora em sentido diferent do da critica prestrain, a aproximacso do dicurso hitrco be- seado om extragiasliteriias 90 mito. Retormeme pos, & queso do embarego provocedo pelos sectosficionis de composi hstoriogrifica. Esse embargo, 0 que parce, prende-e antes de mis nada i inceteas (ed ‘vergtocias) sobre o earto copnitve da discplins. ‘A histria, coo discplina, constu-se com Vistas 0 sten- limento de um ideal de coca avez sea mais ceo dzes com vista A condigio de conbecinento positive, tendo em cats © ‘quse gta recanesinento, desde ced, de sea incompatitiide Pte dategrante do universo de seatios insinido medisnte d- otis modaldades de codiiesso. Charter (1987: 38-40) sate tia bom essa mundanga de concept: ‘A rela dy teto Com otal (que avez se possa d= fini como agua gue 0 texto propée come real, 29 Constitute como referent stndo for Sex) cones fee acordo com modelos discusivos categoras i= felecuais pecuies a cada staggo de exer (.) (veal, asim, aqui tm nove significado: o gus € feat, 3 fat io € (ou na € open) valdade Vi (plo texto, mine a propia mane pol qual © tx ins, na stride de rou produto ema eetatéla [Néo cabe aqui coments a dverss posites terica a partir das quais se procura definit, nu amalidade, 2 namreza do refe- renle do chs histrogriico e, em coaexio com ela, as reras 6 producio e os ertsos de validao que Ihe conerem legit ‘midide. Basia assnalir # dstingSo gerl enue posts de vista tas ests a Geteminages‘extradacursivas— préias © Togs res! sccais que increvem at segmentagies do mundo social nos | saberes © representagdes em geal” ~ ¢ abortagens centadas fos process txtuispropiameat dns, vale dizer, no uso efe- tho de convengées ¢ esquenas de consmgéo dscurivos em textos de diferentes ‘plneros' O que me imeressa destaca, PO- ran, 60 fto de gue, Soba dtica da teria da etica litersas, ‘exnpercem as bares rpidas ene bisoriografiae literatura, fv melhor, problematiz-se a oposigio ene ambas, pela énfase ‘ dimensio pois, oa sj, inventive ov fica, ineente aoe que atbae compara, Neste seaido, observa [La Capa (1987: 75) que 6 comum diingul @hisia do tearm com base ‘im que shit concerte ao Fino o fo, enqumio f Ticmtur a move no Tein da eo. E venade que historian alo pode fventar ses fatos ou refer {sao puto que © escor ‘lersot pode, eniso 0 Segundo gora de maior lkerdade para explora a. (oes, Em out nets, coud, os histoiadores fe- Eom so de fydes heursieas © modelo, a fim de ‘cneoares sane pergusas sobre aos, e questo que {Gate levansar € se ele, em Seo inercimbio com © ptead lint eae ania ftos. ver mente, & Herta apprise de varias maneiras de fim repenéio facta, e 0 vansporte documenta tem tum cfeto que avalide ar tenttas de encarar B= ‘ture em termor de uma pura sspensio da rferéncia 1 retidade” ou de wansendtncia do emptice no Pus samen imagintio. 1 A, pox Cre 9 een EEDA ae ‘Soo areeana a a ee pore ‘ictiaa Sr oomes ge sais teat ne wnt eee ra eats oe toe canon ems Vinca Sa mies i G57 omc pci inn Isto no acaretaaotomatcamente a negaso da exstncs de Aiereacas ene 4 esria de hstériae een fcionl, vale dr 2, a cus de espeificdade Agua (¢ portanto aes), Pode-se fale, com maior peringncia, em relsivizagio da diferens, con. ome paentias passagem ctada de La Capa: histriador ine terpret, isto, coifica, de acondo com as normas coreates de seu sénero de ese (es vezes quebrando as regres. mates jf elaboraos mediante ous eddigos, assim como o icionita ‘constr sinagées, observando (00 mio) esquemas formalzados de composilo lies, «pair de um cojunto de elementos ex- tides do expeitacia, pessoal coletiva, presente © pasada Ambos dio orem e sentido a uma masta de ‘aoe cu signif ‘ado previo € dstito do que Ibs ¢ aba na composi, AS Aistinges entre 0s dois pos devem-se eoos & mtéia-prina com ge opera (pense-se em narativas Scions como O nome a rosa, de Eo, e A guerra do fie do mado, de Vargas Loss) o que aos respectivos cédigoe& rearar de opersto, moldados ela inteéo s finale que governam eadn una desasstivi- des do histradorrege-sepredominsntement pelo valor do- ‘consul impuade 2 imerpeso hisbrie, 0 gle implica vali Asio por erties empicos; a do fcconisi, em conte, cade anes s objtivos‘performstico’, ou sj, de supleneata ‘5 do siuificado literal eeriagi de novos sgnifcaes para as refertocias fatuais. Mas tanto a esrita istics poss den oes pecfomseas guano a obra sional comprende, manifesta 1 virwainente,spectos documenta 3° Resa a questio da vizinbanca da hisia com a fébula © © nto, Ea asombra a pritica hisriografica na medida em que tsta, mesmo tendo sbandonado 2 crenga-nuna conespondéncia ‘om 8 "ealidadeobjeiva, alo renanci 8 presunge de produsir relatos verdicos. Pois sida que explore consientements a8 pro- priedades literérias da historiogmafis ¢ anita de bom grado 8 ‘parizipago do engenbo ou imaginacho em sia obra, 2 muioria ‘os profisionsis da disciplina continua s pretender pars ela © ‘sibuto da verucidade (embora nfo mais oextatito de veda): € ‘sso 0 que, em dina istincia, especfcra a hstra frente A cing ficionl. Dese presrupest coming historadores to asberos 20 eacontzo ds hstoriografia com 2 Ira quan, por exemplo, Chartier (190: 8) e Duby (1989: 38). ICHARTIER) Relat entre outs ritos, © hstria Singulariz-se, porém, plo fato de mster rm relagfo ‘speticn com's verde, ou te porte suns come ‘eogdesnaravas petenderem ser reconsiso d tum pasado que exists, Esa referencia ans realidar de santa form ¢ anes do texto hisrico,e que esta ‘em pr fngdo consti & sus mane, fo ee penstda por nenhuma das formas do conhecinento Histnic, melhor ainda, ela € aqui que const stra ma sua fers antiga com & Eula © 2 IDUBY) Peno, efetvamens, que um tivo de Met tia, que a hides, enfi, € um abnero Teri uh stnero que depende da "trata de evato’ ~ plo ‘nenos em lrpuarima modi...) Mase dfereaca entre 0 romancia eo historador 6 gue 0 historindor € obeigato a tere conta cero mero de cosas que se Ihe imple: le preacupese fom a "vercidade' se giter, aver mast do que com 2 realidad’, © iscuro histrico, couctam, como Iveidemente declara iby (1989: 39 41), € ess espécie de “edificio de imagina- io"; sas diversas formas so todas edificio igualsent iagi- ioe, de qr n periin» lesinis pose sermon 60 Piores" sem que por sto nenhom se sprorine mss ou menos da ‘verdad, Como, eno, conciliar invensio e vercdade, equisito FERRERTTR REET TT TTT TTT TTT ETT TTITTT BOLEGAEAUURRRRARAAAALAARAAERS AES UTE comsideradoindispensvel pan demarcar a frontcre do imaging Fi histrogrficn com relspSo 8 ferio? Problema enuial som + divide, posto que antese enue esclarecimentoe mito, postula 48 desde 0 sécolo XVII pelo racionalismo nascent eretomsds, com novo significado, pelo ani-istoricismo contemporinco, s2 tomnou a pedra de toque da avaliazo dalegtinidade de todo dis- curso hisirico: como cléncia, ele deve arse 208 proced- rmentos do raciocinio, © nlo mascara cone quer Cerca, as candigdes de sua predusio; como narativa,porén, ele desizaria par 0 testo da fics, ov sea, da fibula Porge proclama ‘compromisto com 0 verdio, x histoografia nfo pode jusiea= ke nem como verdad poética, nem com simples fabulgéo lie ‘a: ou $2 qualfica como citoca, mediante um pismo snaltico, ‘0, sowando umn discusiviade rec, ientiia-te com © Nessa perpetiva ¢ que Cencau clasifica« histiia como 'iogSo cients’, mista de tenia © procediments lésios, de sano narativo, Para el, s naraiva no passa de om arti co de encenaso, por meio do qual a eer da histia est fa- dia a cesar aeoiogs [At se representa, como em cea, 0 “eso! ¢ 0s fan tasmas do ute, a sue are de da clio ao seu dis uno, a sua abide de fazer eaqucer aos etree Sauilo de que nso fn, de fer640 tora a parte pelo tode de uma Gpoca (.) A isalo naatvn © tesa onsite nam pase aon, que anton em ie= furs sobre o veal fabrieag de um texto apart de fees (80 abt eee cata ge rma. ies po ” estos document. Por af insinue w autriace ae hisorndor pode pir servi de ama didn, de ‘ema nomatividede socal, de um poder ov de um ‘ologia, fazendo rer que ae de hoje €o eal ou 8 Fiegio, nese sbordagem, se usa com categoria pxjomtiva, © io na acepofilosfica, ques refere aos consiroctcs imaginé- fio uilizados para resolver problemas ou para cir idealmente {up eal’. Por also os efeitos unifcadores que aera estrti~ ‘alsa repotou nerentes As estrarasnarativas invengnhist6- te, vale dizer, «operaio de esabelecinenio Ge relagbes sign Festiva entre materials empiicos ems desprovidos de seni, € comparada 8 encenasso teat. As repeseatages do passado ai fim obtidas se equiparam ao ‘mio’ ~ as fébulas enganosas dos poets, qu, no enteader dos ilministas de todas as Epocas, se faze passa por citacia 0 flo” -, no que concer pro~ ‘egagdo de tm saber iueio. Sus eediilidad nio decom fliensio racionl do trabalho hstrogrific, isto €, do apart eric filolgico ede modelos gis de explicago, mas ens fs onganizacio asepinr: ca “maui socal e bees dn daria historiogrfica”, nas palavas do mesmo Centea (198%: 531), gue consti oprocesso de produsio de ais fess, "A bom dizer, Kia de vereidae, reclamada pela historio- gala, € poco conssente, Em que pode, efevament, hater fsa rvindiasio? Em nada além de eeteasfactuas, estabele- ‘das pela crea filolgica etnias ais, qu asepuram ape tinéoia contextual da interpressdo dos documentos. Duby (1989; 48) 0 rconhece exprestanene, quando declra que ‘onslnca, 2 soidez dos poaos a que nosso sonho se agra, © 0 so er eran eee (992 epee 10. ae rigor do console a que o submetemes, em sans, a crt hieéri- a isso que consti o valor do nosso ofkio”. O resto, ou sea, (oF concits ¢ modelos aalios que conecam os vestpios do passa e Ibes impéem seatido no intror de us quadrointer- preatve, penence 20 dominio 6 conjctura Ni passa de fe- (es heures. impossves de validar par eres exterieres as convengées e noma da dscipin. Isso, alis, ai € algo pece- lie hisoigrai,e sim caracterisico do peasamento toric, ‘posisquer que sejam 0 860 campo e objeto: @arquoclogia de Foveul 0 demontoe. (0 que, sem dvds, €intnsaco& naers do texto histro- eso € 6 componente retreo, lero oo se quis, sare to, Pode-e considerar a naratva quer como anifico que pre- ache os varios deixados por “tudo agilo ques caloue que a histria substitu pelas suas egGes", como pretende Ceneau (A983: 3), quer simplesmente como a ersnissio disersiva répia is eer cjo objeto consist em sages hamanas. Em yaiqer cao, tase de “ncenagio' qv a hisocograi nto dis. ‘ens a6 os dtearsos purament Igico-demstraves prescin- ‘em de formas de representa ltertas edo recurso &reteica. “Tudo isso indaz a admiir que nade diferencia, de modo ab- solu, a composicio de histéia da obra itersic-fiocional, no sentido este: nem o suposto carter de reconstiigio do real, em, com mis rzio, as modalidades de enonciagio de que vale. © que de fto iting as das eategoris de esis sho as convengées disciplinares que as governan, Tas convengSes auto- Fram 2 sepunds 0 descompromisso com a ‘Yala’, o que t= vez acrescao seu poteacial de expresso de verdes; em conta arts, conform & primeira aautoridade de relato verico. [io ht, pois, como negar que a reteca da historiogafis, vaferme ince Croom, ra mera medida om gue fasion ‘lator (..) de um outro mando", refora © poder de sedusio hiss , por e550 Via, a fied ideldgca de um tipo de die cars gue ambiguamente se ofrece como sber verdadero, Ma fdve s arescentar que a consciacia desta caracefticaposs- bila qu pase a funconardivesamente, e quem sabe conts- ‘mente, asia atuao no paradigms narativo do relat conoléi- factual e linear, Decert nfo & por aaso que enquanto a lie- atu contemporinea, em uma de sus verete,optou pel a10- “flerenciamen, vale dizer, por tems seu m000 0€ oper oc a hisriogafia de vanguaria toms agora como objeto © xame das pritcas que prodiziram as represeniagées com que clsbora sus préprias imagens $# “alvez se poss anna, em concusS, que, desfetas a id ses do realsno e da cientiicidade, 0 problema da demarcasio de fronteiras ene narativahistricae native erdia~ sito ime teatada a esrever entre fico Iteriiae eg his — ‘converieuse prinordialmeats numa prescupaso éica,Preocup- ‘lo dada pela clareca da percepgo da anteridade que a histo- ‘ogra recebe do spurt institucional dentro de que se elabora ‘que the prescrevet 0 nexo com fos e process veriico, tem tome # ofvervieca de imln a0 exten An faeinncin em ‘evortaca Jesse nex. [No espao dessa probemiica dco-pliica, os histories ‘concebem as questéesreevants e desenvolvem as fGrmules de Imtanento comespondentes de acordo com suas diferenges de restasioflsstea, campo de pesquisa incinages pessoxs.E se esa diversdade& inevitivel, lepine edesejavel, permitorne ‘eclar prefertciapelas abordagens que explora sem reseras 1 ntueza figurative reteca da esa de iste, buscando © atidto para os efeitos sions ela ineentes no prio rs- eto os eddios da discipline, vale dine, no sgor én eros, KFCRETC CCC LCCC CLC TITEL CTT TTTTTy SUULEOLLUULLL URED Saad Aaa aaa STAT “Tia var Svan (rpc) ~ a preciso conceitual ena agudeza aalitica ncesfros 8 cape ‘so di alteridade que consti a esstzca do objeto de hist Encero, por isso, com a cto de duaspassgens em que Georges Duby (1989: 156 ¢ 1983 44) exprime de modo lpidar Produzie 0 discus histrico 4, estou convened, de- 2, wej-o somo om exerci, um eneecio de ein ‘que nos ajuda a aparar 0 presente de manera sae ‘Mdequada.(.-) E 6 precauente na) erideociogso as djerencas que me parece resiir san vlad Mas creo que 0 valor etisivo ds histo eu valor ‘moral, reise final no pespio modo htc. A sti dTioes' ma medida em que ensina 2 divica rmetica, 0 rigor, em gue € aprendigemn det et ica da informagio. E isso que me far pensar que e hasta (.-) 6 como se daa sada hd poco a ‘cncola 4 cidade’, de ela contrib pars formar postoas cus {ns opiaies Seam mais lores, que sel capazes Slnetr as infomagdes com que sho bombanteadas ‘ahs de una ideologis Eis ein lars cmplen ‘ade does, Tso ligase talvez no gue voeés Soham em vst a0 die 221 que € uma cena imagem de Gitncia que fe seer ada ver mais ua pare de flee na hist, © a, lis, no € apenas verdad paras hire, Por ene Plo, na obea de Roland Bares, lingsice tora. fondamento de um dscurso que spresenia os meena caracteres do iscurso do nove Rmoriador. Ese di curso, baseado em observades cients mio se. ‘rs, contepbe, de fat pelo “pase do tent orpan 2s come na Heese. A obra de stra torm-se nnn nese tipo erent, un i Refertncias bibiogréfieas “ng, Td rion Ears pp eT sn UDELs Pn eco thar Pap i Ps ep egie aeee nerscerne Sepa cetera ASE iets ot ecm Secale een errr colli epoca a cutie aera ty male aii ee nace oe oof ca Seman om na a Ee ay me Pe ace coos ee ee \KELLNER, Hem (1980 "A tees of ror Hpdee Wie gw humaai rales epee ee sae al a eon ha ett ‘cura Tn. port Sho Pasi, Mar Fouts pp 131-175) ae eee Seog ec weeet aeeeertts air oma eae SStpmme eae eterna Rae ae eee Vo disse imagindro? ‘A nagto de Katrs em Jung! rete a0 conceto de ‘momento rophiv’, conjncao favoravel de fre qe faz ecldi, 8 eo Permite & clos simultina de ie, eamporias, descobeas, Independent de deterninasées de esago fico ou laterlidades. {A percepso do imaginiro como ces de investiga cea tla obedece, de ceta forma, 8 experacia do haves, ne medida em que, relidade ierente ao movimento seal, condenss a ex cava eos ansios de um aprofundaneato na compreeasio da realdade emptica, presa ap mole de exquemas enocos dei. ‘erpetagio, sscrossntos escrnis de ealegrias defnkivas o@ modelos iatocdveis. -ERERREROL ERE RT Ee eeeeeeocroncereees DELEDELLELLELEDEADADOAAR DA AO SG: Nada, adm de un consenso acadtmica/lséfice, ns fre considera como real apenas a dimensio do concen; perepeio cognitive e seas resulados reflexves ou formmdors, queso ‘pisemelégice, enfin, perpess o discuro foséico desde em ‘uonizasio do logos em cootaponto ao sermo mhicus, percor- endo istacias platicas, empssas, materiliss, dealin, ‘4 nauseam. Alem da Teleco sueoronje, euros binomios polsizantes azavessaran aflosofae a cidaias soci ind uofsociedade,natezalcltur, sjitofestuur, que ora spe carbo mum didogo organizan/organizado, om sugiio como clemestos detemiaants ou detmizados ‘en dima insti’ ‘A dualdade, enuetanto, qu interven de forma catepsrica na busca epstemologica, € a distingso que se pocuraestabelecer ‘ene 0 real o iusto ou ispnéro, com seu corlério mate- avinaeria, eonereoabstato 0 inpeilsuo da racioalidade, port, o conjunto de eea- 15 lnstutdas enquano verdades, © aucdiarsme ds sesdemin, que determina os temas e cbjetos dignos de serem eabalha doatpenqienee, om dimciommento. clarence ieoldgion, blogusaram durante rmaito tempo a dvericaso eo aprofinda- mento das andlises em cifncias sociis,esabelecendose clars- mente © que er séio € cientfico, excluindo assim automatics: mente todas as outas abordageas. Foucaut (1979: 2-3) afrma que sus trbalos sobre piguiaia es elinca 16 comesaram & Ser consdeaios sademicamente por volta de 1968, momento de grandes tansfornagies pollico-intlecmais ea Frangt; at I, ‘ea questo “no interestou em abeolto aqueles pars quem eu & coloeava, Consderaram que era um problema polticamente sem importncia episemologicamente sem nobrez2" Entrant, o séulo XX v8 aos poucos esta questo ser wans- fermada oo éeslocads: aio mais 6 visa encontrar © fimago do real, a esséncia da atueza, mas compreende-se a realidade em dierent niveis de concrete, em dimensbes diversas nio ex isan pa 4s cludente, 99 contro, constittivas do real como um todo, em raagGes io hiraruizadas, ‘As fontiras entre © materiale o imate trmamse mas tt ‘ves, na medide em que avanca a fisea de partuls:o ‘principio de incercza’ de Heisenberg arealidade nvsvele pardoxal dos ‘quarts, substmio tino constitive da matéa, stra bet 0 ‘otencial de saber a we ahjetivaco na maul atrevés elem do ‘Sonereta¢ do materia? Pr our lado, a nopio de “inconscinte' em céncas soins, texida pea pscanilise feodiana, inca um profundameato ra anise das formagies soins, abrindo & peri novas dimer tes do ser, desembargaia doe lames mitfisicos, nately ou rcinsis, enquanto camishos de vedade, De fat, 2 eftica ietwschiane da “vootade de verdade’, reelando a ‘ontade de pode’, dssimalads nos tacados unvaces do conbecinento, re forga.o deseo de desvelarescaninhos acutos ou senciados plas istrias unicionis, Foucault (1971: 16) excita que se colocames « qustio de ster qual fl, qu € cons: de verdade que aravessou tenor sctlor de noosa histéri, ou gual é, cm sua form tas gral, nos vontade de saber, entto, taves, gums coise cone i sistema de excluso (stema Mateo, mosifios vel insiticonalmeate”ebsgstco) uc vemos. se esenbar. [Neste sentido, @ andlise dos micropoderes, snunciads por Foucault, desvenda a mens forgs das representagese da ins eos na consiugéo dos paps e do itereibio social, na naar Tiago de situabes/elsGes qu, de cao modo, no sri se- per questonadas, 2 Verne epi prea, Deore! 5S, ‘Temos asin, n60 96 um sprofundamento do tito a sr invesigado, ms igualmente una verdad explosi do ear objets de estodo ¢ de pesquisa. Na verdad, a vida socal woduz alm de bens mates, Dens snbeliose insterins, um Conjunto de represeniazdes, cjo dominio 2 comnicasio,e3- ence om diferente tpos de linguagem. dscursos que sms Falzam em textos “imagétices’ coaogrsicos,impressos, eri, estas ee, 1A lingiistica de Saussure © 4 anuopolopia de Lévi-Strauss trouxeranrnos a nosio do aritro das signiicages dos val- res, auulianda a desconsrusio das nogées de nature de 'es- Soci, ligadae 20 realisno ao posiivismo, noes aliadas de todos os ctnocentrsmos ¢sexsmos. A passagem, entetanto, do estado da linguagen formal ~conjanto de noma e regs fixas © Imutives ~ para o cicurso constiuido de eaunciados social rnente construfdos ~ permit selaboragto do que se comvencio= ‘ou chamar ‘anise do dicuso, um qundroteico-metodl6gi- o que cootempla a foonages dscusivas/socinis em suas co" Cites de possibiade e de proquao,atnginco tosas suas a (0 discurso, segundo Bakiin (1990: 114), € produto de uma imteragio verballscial onde 1 stato © of paicipantes mais inediaor deteon- tam 2 forma e esl ccasonst de enuncins. OS ‘carton mais profundos so determinados elas pres ‘Stes socnts mast subtanciais © durivels que esd sbi olocte © imogindrio, em naso entender, oypa una parte conside- rivel deste “presses soci’, evitaizando, ressemantzando ‘omtnidoe. imagens, galvanizando pulses © emosbes coleves, to processo enuniativ da frmagées discurivas. ‘Segundo o mesmo autor: ita pan a 1a realidad, nfo so palares © que pronuncias oo ‘escutanes, sas verdadero mene, eis boas Ini, importantes ob wiv, agave 08 deny ee ete A paves sempre carga de un oo {edge ou de um seni Wealesivo ou vivencial> Assim, sede fo entendemos o dicuro © suas enuncages fom produto de ut uiiggo eo set senido ns API, "B80 apenas ome a comancasSo em or alta de pessos colocadas fa = face, mas toda comnicagso veal de qualquer tipo que se- |", sun muteralizazio em eos impress, ieonogréfcos, na ios), maliza, produ, rs, eos, fer ctclar senior den- to de uma rede espeficadesiniiepées topolgicas. 0s aspects conotves¢ paraigmitices, energetessimbo- Ticanente, aravessam © canpo sémnio, 0 horizonte possvel de scoidos,interplando 2 meméda coletiva, ojala, a exterior ade, que, finaiment, consi © domino das relagdes discus vas, extabelcidas, segundo exclarce Foucault (1987; 51), "ent Insimigées, processos ecndmice, fomas de compertamento, sistemas dé noms unica por de cleairaotn, mew de caracterizacio Deste modo, © itp ¢ renetido ao intetiseurso, 20 ‘ouro” constintivo, o que faz com gue seatidoe novos, adgurdos em siruayées particule, fam bila, em sus flgranas, tags de ‘enuociodos anteriores As redes de sentido, portant, que com lem o peso expecico das imagens e conceit veculoe pelo ‘dscuso, comunicamse, na dgerni, com oxtasconselages de sentios, fazendo com que leita sjam,inalmente, releiaras dos textos posses Entrtnio, os sntdos, ao se condensrem ex uma formato Aliscursiva, produzem efeioe divers, que compte un mosico FTTTCTCTCI CTCL TTT TTT TIT TTTTTTTTTITTTyt ete A ARRAS AT «db aucridades, pms, erarquias © excuses, cristalizando- ‘sem insiuigces/verdads, fomlando relagées de podeconge. ‘A quebra da poisemin intent todo teto, ata enunciagdo, resiara a unividade dt norma e norms nio cess de fazet plo 20 ioconicienteimemra coletiv, &tradisio, prs inc ‘mira nauralizaso des sentidos dados. O discurso relisioso, por cexemplo, ea le isliico, cristo, jude, invoca a ationdade lvinw/nwinida © « Way usnaive pra 2 paula 0 Poscionanento social dos gEneros ein termos de superionic. ‘or, principasecundco, (Or, o imagine que aflora nos mais diferentes tpoe de dis- curos € um frjdor de semidos, de idenidades, de (in)cotés- ‘as. Segundo Broisaw Baczko (1985: 306) no se pode separar os agentes de suas representagbes/imagens de sie do outo, ue, de ato, deine compartments, iaculcam valores, at. vem mists, coreboram ou condenam attades/dcistes, © imaginii tabalba um horizon piguic haitado pr re- presentptes e imagens canlizadoras de afeos, desjos,eme- es, esperansas,enulagées: 0 préprio tacide socal € uid pelo Imgsinisio — sus cores. mutizes, desenereprvivem » tam bo fo que os engeodrou. © imaginrio sera cndisa de possib- liad de reaidde insta, solo sobre o qual se insane ins- ‘rumeno de oa masfornucto, [Na verdaie, © imapinéio compde/decompée sentiios que migram auavés de formagtes dscursivas honogéaes efoa hte rogtness, rand imagens sauradas de paixSe/ejeiées, que de- ‘nem pecfistipospapéssociais. Vejamos, por exemple, a cons ‘eugdo da imagem da mulher pétida,histrca~ defini pel e- sualidade e pelo visio, bruxa ligada As fore subteringas,ne- ‘essitndo ser domesicade, domada,exorcizada eta mo perio- do entre os sculs XIV e XVIII, no Ocidente, ¢ magistaimente tragad po Jan Delumean (1978) 5 Hina no and “ ‘A gurims de mihares de “bras, a pri doséculo XV, de pons a guvenzagio das paixdes em tomo desta inagern de smlber, insor de todasfalzumas noma, inversio ou tnspree so d= pardisma initido. Os silos XVII © XVIN aio pon sotiveis on produc iconogrdfica sobre a brava: Goys, Pea Ziarako, Cala, Tenis, Van de Veleatram piticn inion, om wuavane © pints, a relapbes ene as brass eo dominis, fixam na igetica a vassoura, a fis, ligadashiagem da bros sae do sb Tastrando a poderosa frga de insarago social deivad do nspindio, Deuneav mostra também a rao da image doje, ea como © ‘frente ~ 0 exclido por excels, ists ao pal «is trevas~ dando espaco a pereguisies secular, 'Na medida em gue esubeleceexteesipose pragma, ab- sevidos © nonmatizadossociamente em nieisbisics, cope 6 sats sexta dos iodviduos, © perfil ds ode fain, ata io de deveresiritos invents a uma sposa ‘atures dos 's, bem com # dvisio do abo sci, inaginto, anaes as mis diferentes tingregens, ava come ts vigorss ease oe atravessachliquanente as forages soci, peneband te. os seus meandos, em todos os niveis, todas a Cases sovile intense ~ modelando conjuniosipattes de rages seis begembnias, cxja drag compreeade sir ou mend ln de teapo. A etcario das eriancas expelba com nitidez 9 movinewo ese imaginrioinstwnt, na precacedefinio dos geass, om 4 bringbedos ¢atides so revesidos de todo un sinbolons ‘eaistico,amuncandoos apes futuro, femininonasulino, Asin, na tama do social, cram as noses de evident “wera, ‘univer’ bloqucando inclusive posablidade de we Feniar o beterogieo; neste caso, una frmacn vial code oe apis sto auras ~ endo apenas inveridox ou dierents (em, Jssio & um modelo) ~ € incoacebvel, impose! ma erdes do 0 “Tori Navarre Sein organs) scum, inchsive scadtmico. O ‘outro’ sb pode ser percebido ‘enquanto cépia inperfeits, no dominio da identidade coetva. © heterogéneo’€ relegido #0 imapidsio-fantisice, oriunéo de ‘costumes, modos devia, de estrus eoletivas de pensamento (gue simplesmente nfo seri os seus", como comenta Jacqueline Held (1980: 35) 'A regulaidade dos tenslsgnificagSs veculadas pelo ime- inirio na polfonia de sus prodogéo textual fiz-nos lembrat © ‘ave Foocant (1987: 170) designa ‘nivel de bomogeneidade qe tem seu propo cone temporal «mo az com es {oer ae iran formas de iendade © dlerenses qbe podem scr demarcadas ne lngusgen: este nivel, ea (Glabelece wi erdcomments, Meerut et tn {escimente gus exeluem uns sincronia macigs, amore, sprescotada global edetintvamete ‘As imagens sio igualmenteenunciados produaidos pela fr- sacies discursvas,¢ a semifiacées homostneas se concre- ‘an nas pris socals, © que € enfaizado por Eaj Pulinelli (nlandi (1988: 2 ‘A sedimentaso de procestos de significesso se faz fistoncamente, produzindo 2 stitcinalizagio JO ‘enlido dominant. Deseaisietonaizsio decor # Jepiimade, o tendo lpitinade feb endo co- tno ceo: ventde oficial Mera.) Aisne os Fotis entilindos 6 8 hist 60 Jogo Je poder ‘Se Jacqueline Held (1980) intila sev tivo © imagindrio no ier, Gilets Dusan) (1984, 12) ai ge 0 inmeinio #0 Poder, Os ben simbdicos produides peo inaginti, na alse ‘de Baczko (1985: 313), 80 assim objets de la/ispua social, ‘em tofos os nfves onde se manestm rela6es de pode, ou sea, petcorendo toa a tama do tei social assim que qualquer poder procra derempettar ‘papel priviegindo ne emiseSo dor lsSrach que veh alam ‘os imapindnos soiis, do meso modo gue {encontrar om cena onto sobre ses cuts “Todo poder engendrafomas de ssn, € um contra-ina- indro eté sempre present, tonando para si muta das modal odes do imaginésio wansformador, aqele gue cia dispstives simbicos outros, par aseguar &leptimidade de novas rhe 8es de poder Ou sea, 0 imagndrio instars relager de enti do, paradigmas que se sreseniam como verades. Estas sera, segundo Foucault (1979; 14), “um eonjuno de procedimentos re suds pa «ost ex pao, ¢ eas © facionamento dos eaunciaos”. De fo, para este ane, 0 distros fansion dentro de un regime de ‘verdad’, ligado a "sistemas de poser, que a predzem apd, ea efeitos de pe que ela nde que a reproduce Por our lado, seo disuro 6 prises, na ca fouceutana, o campo de enunciados no ¢ um conjuno de plagas inenes, e+ ‘exndide por moments fecunéos; € um domi inteiemeate ati ‘0.7 Assim, no domo do inertiscus, os enuncindos core ‘em fomsi/imageas/epesesSes/entidospsticss vical ‘2s de novas ordens do discus; anunsadors, por ua vez, da ‘irclagdo de novasfronirs de verdae’e dos efeitos de poder ue so por eas vical, A meu ver, a ambigidade do imaginisio cont as catego- fias e ciavidade e produvidade expictadas por Eni P. (Oden (1988: 20 § TERS eomensonsre, TEKCKCCK ECCI CTL TTA T TATA TT TR TttTTt BORGAGARRARALAAMAA AMARA RRA LSAT A produvidade se pela obtento de elementos va- Fos sts de opernsdes que so sempre ab me tia, gue inidom resorentemense, e, qu dst forma, Procersm manter@ dns! no meso espago do gue jé ‘ses insite ¢o legtimo, a paras). catia Insaure o diferente a lipuagem, ne medida em que 0 ‘so pode romper com o processo de producto domi Inte de seis, e na teasho da rela com 9 con. {eco hstrcesocal, pode erat noveslormas, novar ‘erdaes,novor sentdos. Pode reali sina UP, {in eslocamento em lego no dhe 0 inagino opers, potato, em dos restos: ods paste se, 2 epetila do mesmo 405 to iavélucr;e ds polissemia, rr crago de novos seatido, de um deslocamento de perspec: ‘vas que peo a implantagio de novaspriicas. Assim, 0 iagi- hii, em suas das verents,reforca os sistemas vigentesfnsi- uid © 20 mesmo tempo stu como poderosa corente transfor madera [Nese sentido, distngue-eo imsginri da nogio de mentl- Ade, que representaia apenas 0 domo do adavirio, tmasfor rive ma longa durapio, mas distant desta nogho de forgs rane fomadertsncionador, Dominio das imagens inpressas, conotatvasidenottves, as imagens ptses, iterrastcatris, on das images iconogr- Seas, que So da pntraescultura, no cinema/video/pubiidae, © iagndrio formula 0 real e pelo real é trabalhado, num cont” ‘ante movimento de cirelaridade, Bschelar (1943: 22) nfo esta em spontar os cainhos 60 Seno € do devaneo para‘ estudo do imagindio. Afzal, 0 que efi de vids eda céscia sem o sonho? Afirma ee autor qve “em eu nasciment, desenvolvimento, imagem €, em nis, 0 3H do verbo imagine. Ea nio seu complement, O mundo vem se agin ve Sevansi hema Por sua ver, Gilbert Durand (1984: 16) indica gue ian lr = sexpert da igem sive imag posi co: ‘mod sintolo ipo, fares pensear coon a ‘evo out’ onde © capege froma fa baat) Teedalidede do mando Imag, ea ipa Sama ui ds somone doin da cpt emia eens reader,» espe St pene ale scones ta imagem stiva toa, portato, come umn eainho again 0, Athanortansformador de deteoaemoreslesperancs, on = es simbolcas,redes de sentido, constr de pritics/aloesd omas/paradigmas. Baczko (1985: 311) afima que os imagintios soca formece, deste modo, wen ss. ters de orintagses expressive letivay, que cates pondem ‘a caves tntor eteretpor ofcisios a ‘genes socials: so inva tlativamnte 0 frp ‘cial, oe grupos soci relatives 8 secede lobal 8s suas Rerargoinsereagées de domes ee Os simbolos sus manipalacéostualica so, asi, inspe iveis da produto do imagindrio seca, roma de frcee ele cas € energie aletivas, iguslmente inseparves do assenaento dos insncados deseahos que consituem 8 definio dos poderes ‘mums soiedace qualquer. Cason (1985: 103) explicit que “(a sgnifeapo imapinsia soil faz sera cosas como tas nies, coloce-as camo sendo agulo qu si —o.aguilo gv, sem o posto pla signifies, ¢ indssociavelnente principio de va tor, principio de ag" Os sinboios © seus sistemas de siniicagdes sparecem-n08 assim objetvadorevintauradares de relgges de force, conta: laments & dptice de Bourdicu (sd: 14), que encontra sua fica a dissimulagio das rlagSes de forge ali exresas em relybes de senido. Estas elagées de sentido, entetinto, no esconiem ‘ealdades; criam-nas. Nawalizam imagens ¢ valores em sitia- es hiss precisa, fazendo apelo 8 meméra coleiva, at igs rmalistias, que conferen o selo de astoridae diva 0» cientfica a exquemas seis dados, 8 circus de verdades cits como ta. (© imaginsio social ¢ sua expressto simbslica snalizam, ese modo, su agi0 amiga e polvaente,instaurandoeli- anda poderes,crandoleteminando valores, revigranda/desi- os podees ariculados em toro do dispesitvo simbélico de uma fomnagéo social assezum sun permanéacia elou desintegrsio, nos ilerentsnives em que €estutura. De fato, as relsGes entre sexo, mgs, grupo, no se mod fam, nocentriamente, a a rlagds de clase, po exemple, fo- sem subvertidas Ou sj, nunca € demas soblihar que, se um pane do disposiivo simbalico se esfacel, iso nfo leva 8 sua de- composicio global. Assn, a tansferéncia dos pos de poder politico nfo acareta um ransfornasio global das remas do Imaginiio social: as relasGes enue os sexos em alguns pales, emo a Albis © 2 Arg so 0 exemploindscativel do poder do soaps nat forage soci, onde, spss inplantato da dem socialists, at muleres foram, grasso modo, renviads 3 ordem corinica, sos wus e clausura,revitlizando o poder mas culino aurizado pela reigio, ‘A acio do inaginiro sociale seu sitema simbéivo insti bo, cam st disposigo de sonhos/devaneis, com wa prods cespeciicaligada & ane, & poets, A ieranra, é eninenement politics. A pose do contol doimagindrio 6, pois, una pegs er sSencial do dispsitivo do poder ~e do peer pltico em seu seo- tido mais ample, que cortempla © fuscionamento da sociedad ‘como um fodo, Para Jacques Le Goff (1986: XVID, 0 estado do imggindrio e seu arsenal simbSlico representa 0 apuesiaento de ‘una nova histra police. Baccko (1985: 311) estina que “os ‘mais notveis dos smbos eatéeancorades em aoceaiddes Pro funda e sham por se torar via mazbo de exis para = individu e para 08 srapos soci. ines pln ss Asim, encontn-se 0 imsginirio em tds formasto sais Ae qu 3 realidad 6 uma poténcia do soabo eo soto € unm ee tidase~€ esta magnasio material que procure ground o set em seus mais recnditosescaninhos, qe trabalho consent ‘omando inpulso mu elemento mate. SET EST TEs eek k kkk kk E bbe ake a eae aad da 8 “Tain Navarro Swain xeazadors) Pare Bachelard (1942: 1), estar frgasimaginanes so pro- ators de formas, em nee a nature, ea formas so r= cohidasineramente,germes onde a inaginaco material deseo- ‘ole as orgs seveladoras das formas iternas. Para ese autor, © ‘que interesa examina é “a inanéocia do imaginiio ao rel, 0 ttaeto continue do real a0 imayindso".1 Por outro ldo, ene mivimento imasentee tansfocmador da realdade aparece como un psiguiseo precursor que projet seu ser. (..) Nest ‘Campi, aging faz mre ura estas foes ‘anigecti oe mist as cores do Bem edo al, (Gur tarspidem as Ils mais constants dos valores TRumanos, Calas tie flores nar obras de Novalis, ‘Shelley, Edgar Poe, Baudelaire, Riaud, Nitsche, DN ealivsiae, emse a impresto de gue a imaginago a ds forte de dca humans. 1A forca do imspinfso, das inageas que aflorum na lingua em e modelam os sentidos dos eaunciados é perfetamenteper- ‘obida por Backelan (19: 10) jé em 1943: “Para bem set 0 pel imaginane da Lngoagem, & preciso pacientemente bass, fem tos as pales, o desjo 6 alridade,o deseo de duplo sentido, © deseo de meitora.” E, sind, wabalband a relagio inguagenvimagindrio: 0 extuos sobre oimaginéi dintaico <éevem contribuir para pre movie, em vida, a imagem fo- tia excondida nas pales...) Nas plavras sad, imagem inkmice deve reenoour as frcasescondias.”!2 Diver & air, e ier ¢ eriar imagens em movment: € objet ‘var representoies, €exculpie dsejos que se wanserem infiniti ‘mentee um sgoificate pare cut, marcados por ua auséocia ue insist em sup. ey Para Bachelad (1943: 9), mesue de Foucault, a linguagem € recepticulo de um Meike de imagens novas, ansfomadoae, ‘que tansmitem eos inesperados das ressonincis produidas mo ‘eto des vageos imagindns las vtem ds vida ds ingoagem vivente. (..) Els ‘bp roviaicr, Atevés Gla 4 pve, 0 veo, tetra slo promovidos ao nivel da inmost (ens, se eangunce, eriqucendo a lingua.) pale fra reveliee 0 devs iedato do peiqusno barat. Assim, as frp psigucas¢aletivasevocadas pelo imagine io pasa & compor 3 polifonis das vores fundadoras do discuso socal, na jungSo das “piticas igeusivas ¢ nfo dscusivas” (gue, com expicita Foucault “etaelecem ae frontiae de ura fomnagde discuriva”. Revelamee dininstas ae querlas © det- (guilifcages do ciscrso de ouiem respite da origem des orcas ~ arquepicas, coletivas, individu, relacionas - face a ‘ste enone poder qu s agigana: odo incoascien.* ‘enue as produées do imapndro contmporiaes, os des hos aninaéos, videoganes,revisas em quadrnhos,eatwaizan ‘arativasmitias em tomo de paradigms seculares, com, fal ‘zum tempo, fazinmno os conos de Inds © a8 epopiss hers este modo, me tenia, 0 universo mitco revive sua expansio ‘iguraiva ov represetativa, eocanando hers, seres seni os, Semicnumanos, obras, dores, felts, aner edo, bem ema fs lutas core deues e beri insaurando modclos e crando ong. ‘Segundo Gasdort (1980: 241), a rutivagso dat narasvas reas ibricase eseitamente a0 eatdano do presente, asa ‘holies muy ts kee citer Duma teat totalidade que “se 208 oferce na perspective de nossa vill Gades e de nosis inpalso sob forma demitos mis ou menos ‘exenvolvidos, que nos do, de cada vez, mata do universo Segundo a chive deta on qual de nosos valores. Assi, 0 mito reinventdavinvesido pelo texpo presente € dinensio,cbeto © Fonte da hist 'Na verde, as exigtaclas dos movimentos de rupture, como feninismo, sponta para ee virwaidades de una hist m= pensivel ¢ imgensads, obscursida pela projeséo posvisa de Tagens tatunlizadae sobre milénios de histria humans: por exemple, como tei so a construo dos goers, en sccieds tes onde a fre eiadoa universal adota a imagem do feminine? ‘ seabore dos deu- Fieado pelo dicureo judsio-erstio e seu corlisio ncadémico ‘como sna de primitive de infericridde, depois de ter et ‘co vive por 25 milénioe em todo o mundo. E inpivel ue aBi- ‘lie € um dos discarsosimaginiis istauradres da ondem pe cestabelecendo um regime de cicilo de enunsiagos “verade ros excludentes,eriadores de uma cera orem soil. Nests co Sos, a8 naraivas micas aparecem como fonts prvlegiadas na pronimagio de sociedades pores em documentsio cosets & interpetaéesexteretpadss eetorandrocénices. videntemente, sermo mthicus aio nos tart reprodust, remo reflexo de tin formacio social dads; andlse dest di fso, poem, ne dies que vimos spreseniande poe desvellr as relages de satido © de poder exisemes na evocaréomatica, ov seje, su regine de verdade, as condigées de prods que per- mitram que tai dscursos aparecessem naguele moment ou s- ‘pina efi trmnln de Felt (1971: 1D, “0 que & dito. ‘psa quem, ‘de onde’ e "por quem’ é dito. Em outns plavas "Sabese bem que no temo: o dro de tad dine, que no po- demos fast de tudo em qualquer cucustiaci, que guage pos 40s, enfin, nio pode falar de quale coisa.” Desta mania, Ie- ‘apdo-se em coat a itexpelsgo enoiva,pusiona, a mobilize fo do deseo que preside a atuaizario da maratva matic, ve= ‘hot oesenaremse novos Jog de Sonora © uz que compoen & histra,ondenados pels itepetaio do presente, seta 2 sas prdprits condigGes de prodoséo. Segundo Paul Ricocur (0988: 22), “€ ns medida em quo © mito insiais Higaglo dos tempos hisricos com o tzmpo prinordl que a narasso das or gens ganha valor de paraigma pam o tempo present: as ois foram fundadas assim ag origem e continuam hoje dt mesma era, Pela su intencio significant fundamental, o mito permite ser repetio,reaivado m0 110”. (0 inaginii religioeofundaneats, nig, comobornordens ‘sia, sob 0 signo do ‘natu’ ¢ do ‘verdadeio', George unex (1986 e 1987), com su frmidvel ered, viou um taodele de fancinamente do imapindca mligioan, 2 ining fas te fangGex’,agando ums reacio entre 0 pando indo-eu- rope e as insiuiges sciis. Georpes Daby (1982: 16) abalba ‘qualmente a imagem wifunciona, enando wacar «hiséia de ‘ums cera imagem da orden soci] gue aavessa teape: A figura tance sobre «gus, no epitos ds bie: ‘os do ane 1000 se cons © sno dea soieds- (So una cna como = cvinade que roe Joparé (Core & saves desis mesma Spur wianpula que no ‘ose tempo (..) pense #noealpis de ra bm Aide reponerada [-) Teo, quaena gorge rome ‘Svasioginaran @perfelgso sol mo a forms da funionalidade, Esa repreteningéo metal resist Ierprewgées jf clsscastabalhan, param, a dizensso do limaginiio na anise da ordem social: © priefpio de atridade tek FRU URNS eE enuncistiva mais uma ver fincionow na academia, sncionando ste tipo de abordagem, ind hi poaco considerada Fantasios. 'Naimugtic do tempo pesene a imprens dita feminina oo imasclina nio cosa de atualizar imagen nauralzante do sexo € a order familie, paradigms instuidos ecb novasroupesens. [Nelas, as relagées de sentido no deixam aparece a taza vale- rmtva/morl instaurdors de wns orem normative arbizia @ histrice. As revistas em guaitshos como Conan, o drbaro, por txemplo, so inespotves em reativar narativas mice, em firmagéo dos modelos socais vigeates. Tansfeem-se os cele veicladores, mas of mites esto presents na ordem social, 20 lado ds tos renovadores de dem esprtual ou edsmice, com 8 comunhio ers ona estas de ano V0. Para Ricoeur (1985: 27), os mitos tm fanglo essencial de instaurséo, aravés de suas representgées vargveis pois “um ito de orgem pode tomar alo apenas un mito fundador m0 rassado, mas uy mito de ts fonda de futuro”. A seqicie Significane poramo, “prineiramente a hitéria fundamental, depois o paradigm, sepuido da repetiosital”. ‘Ada segundo 0 exo sur, “iver segundo wm mio € deixar de exis apenas Vide quotidans: 0 recitativo € orto constrocm aguela itrorzagso emocional caper de crit © que podemos chamar © nislo mito-potico da exiséncia humana” [Nesta mesma perspetiva, pode-se observar&efusfo mics a or ‘dem do sobrenatral,tolgic, cosmolégio, méico,astolie 0, épic, assim como ma producto discursivae imapéticn dt mi- 4a, pois “os mits deseakam a apreensio do pensareato, do de- ‘so, da imginago, sobre ttle do ser”. ‘As moderasepifaias polis, a revoluges, a orden esp ritual usam e minipulam 0 inaginiio social, eando novos ou viliando os dspositivos simbolicosantetire, pois, como subli- ria Castoiadis (1982: 142) “ae ineiuigdes nfo ee reeuzem a0 simbilico, mas elas #6 podem exis ao sinbslico™. © mito patti consrega fora postivas/negativa, tocando 1 Sbms do pavore do deslunbeamerto, Assim eo recorents a teniticas do mafico compl au sagrad conspimagio, 0 parca perdido ou © mio commidade poeta de pee vipa” en ‘zesianixmos revolucionirie, como asinala Girart (1987: 16- 17. O Estado pefeto, de Hegel, ingido ps longa evlusio histriese eu comesponente merxiza, eto, a0 lado Uh, Huxley, ov a Utopia, de More, recuperando 0 mito da Idade de ‘Ouro, que aparece tanto ne cosmogoaiaepipela como a eres © a biblie, "Qual seria 0 destino de um marxisno desta de tedo apelo proftico © de toda vis messnia, reduzido excl sivamente 208 dados de um sistema coneial ede um métedo de sndise?”,pergunta Girard: (1987: 11), © imaginco, ass, aravés de sus rede simblica dase nada, desconsudi os horizontt das frmigies soci, dotando os Sigrlicontee visio de deejo, de signiongéen singular, eat Hizando a revershilidade das imagens, despertando ressonacias ue encobrem, per moments, sua nfnitapotifonia. Para LéviStranst (196 15), o conjunto de mitos de una Popular esté na ordem do dicuro; a menoe que a populago se ‘xtinga fiicament, ete cnjunto pure ser fechado". © imaginsio ¢ sua produsio mitolégice so comparndos por ‘Lev-Strass (1964 25) & mises, onde © designo do compositor se stliza, come 0 o io, través do oovime © por ele. Em tm e outro cso, ‘observe, com efee, « mesma invert. de relasso ene o emis eo receptor: poi 6 em finde conan, “hepano gue se eesoore pmipeaco pele mensnpen) e primeira mista vive em mim, eu fc enc am és ela, O mito © 4 obra musical apurecem sisi ress csi oa os ds for tes daca, incr” Prsga © pap eno ‘ora, vlc eee etd fener © ma fet indian os nde kre, eng ee css prods coo mic seeps ‘adam explne aces Uno dete se Finer cna, cnstnonsln, pe Pe, ‘gindo de apreensio do social. pees Roferéncias bibliogrétcas Cea eceice nae tt MEETS SSS ohne cme an me SERRA eerareanr Susie ae ‘DURAND abet) mpneson ote Fr mangers at Gen el ate A rn retest tcl Sys ccna sa "Tawa 97 Sane rs 0 Cen fo. Mel, in FTRELRECKC TTT TT TTT TTT TTT TTT TTT TTT PEELLEEELLEEL EEE S Saad edad bed dS adaT A histéia cultural entre monstros maravilhas Mary Det Priore res pon de serps nde momar oes (Quipor For in pe plate aa Dum pinen cat Farce arecie Dusplas aie ober foun ait ana odes Ar pfigu, canto tatredusso ‘A stipiidade de prea, ois © abordagens na pes: quisa © na producto hstrea vem obrgando os histriadores & ‘ever algus comeitos* Um dle €o que cols elt come ‘uma instncia da ttldade soil istncia esta situa aia do czonémico e do social, volta, portano, 2 formar com ieolo- a, um nivel epeciio e claret idenifcével da ttle social. Tanto a imagem do espelho~ que faz da cata tum refle- ‘Caterie Vely-Valua crane a Hs Eno Soenae Soa eb ‘ete mo mare Heniee erm Dea Mate Fee ia, SEES ete ee pnarapr a mo 20 da estrus eosial ov econdmnica— quant magem da eng ragem ~ na qual um mecania inca impulsiona © movimento de ead instincia do sistema - #80, hoje, modelos espoados, Co, 120 explic Roper Chari (1990 6 Na verde, € preciso pensar somo todas as rele, tnciuindo as que desizamoe por rlgbes exons 0 soca 5 organza de koro Com Spear oe ‘em em jo, em at, os esquemas de percept ede ‘precigio dos dfertes sutton seca: Log, are presentajées consitivas dalle que poders scr de. ‘ominao une ‘cul’ seta comm ao earn ‘se umn sociedad ou propa de um determinate pron ‘po. O mais grave a aepgto habitual de plewes elt lo ¢, por 30, foto de els geralnete reper gona a8 predugéesinelectuas oy arias de a elt, mis de lev a spor que cultural” € inves. ‘co 'nam campo parictlar de pric ov de prod fs. Pensa de cure mado a clu () exge comes ‘els como um conunto de sgnificpics ques enum. iam nos acu ono smerny pane Nama confrénia realzada em 1967, tulad En guéte de Thisoire eubuele, E. H. Gomtich (1992) rurgou pone. ‘mente 0 mascinento a evelugéo da histria cultrl por eposio ‘ histna poltica,consinsionl o econémica. Apoiado em fi tndlise, ele most a infufaca da woriahegeians ene os gran- es representantes ds Kidtwgeschilue, (Warburg, Bucktaat, Lamprecht, Huizinga). Depois de enticar a aflencia de Hegel, fem pare responsive, segundo ele, pelo declini da hstria callie ‘il invocs um retomo a esta grande twadigto,smeagada pola es pecalzagio erescente do eainouniversitrio, bem comp tm = ‘efnito do papel que deve ser oda sbordagem da culture na So. edad atl. Para Gomi, apenat« hiss ela ace per mitsé conerar of laos com 0 passa pasado que, segundo le, “afte de ns com rapiex sparse”. srs para 1 Segundo ese magistral autor, a difereage enue his sca « bistria coal € qu a prineica se neresea pels transforms: {Ges socitis como tas, © que ela ula de instruments camo #8 demografiahisteica © eyatsicas par defini mdancas ue ‘ineferem na eliade social. segunaapesr de econbocer informagtes que se podria obtr grasa a ese tipo de pesguis, fenfoca 0 wengo na forma aravés da gual ais madange ¢ 00. ts tant spect da cule se afta mutament © histrador da culura, exemplifia Gombic, intress-se ‘nos plas causes econdmicase soci do desenvolvimento ie tno do que peo exuo das eonotgdes que adem aos cone tos de ‘whaso’ ou periferia’ — einveramente, O esto de iis erivapbes, metfors ou simbole, ao dominio da lingua, da it ‘atu € das artes formece um excelente pont de paride pra © ‘stud das imeraies cults. ‘Se € imposiel dar cons de un cura na soa ttaiade — slens-noso meso autor ~ ¢ jgulente impossel conprecader 08 diferenes elements extras de forma isos, A éafese de tum estado no carp a clr deve er dada iteragcer¢ hs ecundagGes ene 0s diferentes aspect de ua civilizarie As intergGes, por sua ver, spresenen tm desaio paniclar ‘0 bistoradr d cultura, pos fe reves de sgnifiastes clu. ris, formas, simbolos e pals que deve ser examinadss por ‘meio de vensfioserticos muito elaborados; vale sabia gue 5 tors dever tur mis como ais tenslios do que como uh fim em si mesmo, © sudo da cultura 6, em grande pane, o estado ds cot- ‘uidades. E este sentido da continidade oa permangacia gus de ‘suite as peaqias © 0s dominios de esto do histor da ccolara; mas € fimdsmcntal que ele taba claro em guts mani. festagées de sua pripria cults ele est ineiso. A pats deste constatsto, podese estar desde of individvos e 0 meio gual esto cicunsrtos a as wadigées transmits por ihars e anénimes, a a ee cer ae e e e e e e e &

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