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Preensig forgo de esclareeh eo ‘ ; sa convicgio do tit e nao a partir de uma consci ‘ ja culpa, pa, tal qual € no presente. Tal es Odi 0 Mento se req, ened © definitivg gy Smagada unilateralmen Enfim, esta hamartiologia, longe de Supor uma cOmoda dese para escusar a prépria responsabilidade, implica umachamadaa net opeao pessoal, Isso, e nio outra coisa, &af6, pela qual temos aan a “graga na quall nos achamos” e com a qual “nos glriamos naese, ranga da gloria de Deus” (Rm 5,2). Bibliografia DUBARLE, A.M. Le péché originel dans VEcriture. Patis, 1967" FLICK, M. - ALSZI EGHY, Z. Il peccato originale. Bréscia, 1972. GRELOT, P. “Péché originel ct rédemption dans 1 épitre aux Roma jRELOT, P. ion NRTh (1968), 337-362, 449-478, 598-621. : KOSTER, HM. Urstand, Fall und Erbsiinde in de’ + 1983, 92-105. Regensburg, ! unseres Jahrhunderts. Reg aed as" I 1 katholischen Theologt TeaSPELD, B Adam ete Christ PAS IO ay is ou ETS. La storia della salvesza nella 1° LYONNET, 5: 96-567 1966. at”. In: spBVil4 dort 19 ng, Dans te Nouveau Testament pase ee qheologie des New 1 outs, WET SCHELKLE. K Hore P. L'huomme et le P SCHOONE : 3s ‘ORTA DA DOUTRINA DO. ¢ PECADO ORIGINAL Encontramos na teologia paulina a afin desencadeante da situagdo universal de pec; hamartia), derivado de um acontecimento contaminago da natureza ~¢ a decisio pessoal que opt pela gue pecaminosa (pdntes hémarton). Ao longo do processo de teflexto sobre ambos os dados, nem sempre se soue respeitar a dialética ten. sional vigente entre eles; ou bem se privilegiow irrefletidamente o elemento destino anterior (nas antropologias pessimistas) que reduz © pecado original a uma espécie de defeito de fabrica, ou bem se supervalorizou a capacidade deciséria do homem (otimismo natura- lista), minimizando, em contrapartida, a necessidade da graca, ou seja, da salvagao em Cristo. magao de um duplo fator ado: 0 destino anterior (he da hist6ria~e nao de uma Areflexdo de fé luta por manter um dificil equilforio entre 0s dois fatores; com esse objetivo, aponta a elaboragao da doutrina do peca- do original. Como € 6bvio, precisava-se de tempo para que o proble- ma se colocasse explicitamente com nitidez; isto s6 ocorreria nos comegos do século V, por ocasido da crise desencadeada em algumas igrejas do Ocidente pelo pelagianismo. Até entio, as questdes envol- vidas no problema do pecado original ndo aparecem propostas for- ‘mal e diretamente; aparece, sim, em troca, uma série de materials que se cristalizarao nas primeiras formulagoes expressas da doutrina As dificuldades inerentes a esta explicam que tais formulagdes nao esgotaram o debate teolégico, que conhecers outro momento cri- tico com a Reforma Protestante e com o pronunciamento do Concflio de Trento, e que se prolongou com vivacidade, inclusive com passio- nalismo, até nossos dias. O presente capftulo tenta reconstruir a trajet6ria deste debate se- cular; sua intensidade e sua persistente atualidade delatam a impor tancia do que nele esta em jogo e a extrema complexidade das questdes que, com ele, se colocam sobre a mesa. a ho 3,1. Das origens a Santo Agost antipelagia Yo Agostinho assegura “ante ao pecado original, ele ndo inventou io que, desde antigamente (antiquitus) en- usta aos fatos esta declaragio? Numa de suas obr: enfaticamente que, nO (OC: nada; limitou-se 2 expor Sinava a Igreja™. Até que ponto Se aj 3.1.1. Os primeiros escritos ristios (os chamados “padres apostéli- cos"), presta-se atengao ~ como nao podia deixar ‘de ser aos pecados pessoais, no contexto da formagao da consciéncia moral dos crentes’, ease faliam referencias a nosso tema. Um texto que mantém certa felagdo com ele pertence & primeira carta de Clemente, onde se asso- na comunidade destinatéria do escrito ciam as discérdias reinantes com “a injusta € mpia inveja, pela qual também a morte entrou no mundo”; a citago de Sb 2,24 serve unicamente para explicar a apa- fieio da morte (fisca) na humanidade, originada no ftatricidio de Outro texto faz a serpente mediadora da “transgressio de Eva" e acrescenta que tal transgressdo trazia conjugada a morte (ff sica). Nos primeiros autores © muito mais relevante é a contribuigdo dos apologistas. Far do batismo, Justino observa que os homens perversa”e que o batismo .do filhos da necessidade iuagao natural. Em Nao Jando da necessidade crescem “em maus costumes ¢ em conduta se administra “para que ndo continuemos sen: e da ignorncia”, mas nada diz da origem da seals 1 Tp atualidade; poder-se-iam istoriador do dogma, Para qBEM rl, mas também © argue 1. Contra Jul 612,39, Estas palavras nada perderam de ‘1 mesma pertinéncia que a Juliano, a gum moderno bispo de Hipona é no s6 0 pai da idéia do pecado origin: teologia do pecado original” (Gross, 368) 2. Sobretudo, na teologia penitencial de Hermas. 3.1 Clem 34-7 (Ruiz Bueno, D. Padres apostélicos. Ma 4. Barn. 12,5 (Ruiz Bueno, 796). '5.Apol. 1, 61 (Ruiz Bueno, Padres apologistas griegos. Madr, 19% dri, 19657, 180). 154, 251)- tra a crenga nos hor duta moral, da qual dcondces indica o carte [por nossa propria culpa, A liberdage produzimosamaldade”’. Contudo. so 6 confirmada por Te6filo: “por sua ide age lao) des mem atraiu para si trabalho, d » dores e tis ms ie 8 © tristezas e caiu Finalmente sob o Em todos estes e: ScTitos, portanto, ou ni Pecado de Adio ou se menciona como desea rican 40 penal (ignorancia, sofrimento, morte) Apa, ae ingug. cdo de impug- ato de morer: * :“morremos Berd...) Formos nés que n aes problematica. Os textos fundamentais de Rm no nea nets pines esto ler page nie wen seu objetiv. é 3 tivo catequético: opor-se ao determinism propose pla cultura dominante’, Menke 3.1.2. O paralelo Adéo-Cristo Mais promissor parece o conteti | QF ntetido de uma homilia pascal, redi- Bida no iiltimo perfodo do século I ¢ atribuida a Melitdo de Sands, 6 Dito can Titi 84 Rie Ban, Paes aa, Nena th ests fexos um aance maior: Gade, 318 — Ronde 39 (aa sono de sin. 0 Pecado orginal do tem ugar”) Sefer. 9-0 can ao pec, sono hes 20 pensament da soiaredade ene ASO a human) 2. Discurs a so contra los griegos, 1 (Ruiz Bueno. Padres apologists, 817). Aue 225 (iz Bas, ates nei 1 Fas € a expliato de Sefer 58 Ronde scone om ep ease Pecado original € ainda (nesse momento) mato obs". ; aqui, 0 termo has gue em Rm Se 7] deixou sua marea em todas O homem se arrastava como prisioneiro sob a sombra da morte”, expresses? mas”, de modo que Certamente, parece inegavel que, com elas, se esti descrevendo uma situago universal de perdi¢ao, na qual o pecado de Adao desem- penha um papel determinante, Parece igualmente inegdvel 0 cenario paulino das idéias e da propria terminologia, se bem que 0 autor no cite nenhuma passagem neotestament . Flick-Alszeghy'* desta- cam como idéia dominante a da “ a ‘comupgao here pessoais, advertindo, contudo, que falta na hor cita de uma culpabilidade estrita, causada pelo pecado de Adio. Scheffczyk observa que 0 autor se refere por duas vezes aos descen- dentes de Adio, classificando-os de “culpados” ou “condenados’” ainda que nao esclarega se tal culpabilidade provém do poder do pe- cado, dos pecados pessoais ou de ambos os fatores. Mas, em todo caso, para Melitdo esté fora de diivida que todos os homens tratam de ‘uma situacao tal que precisam da ago redentora de Cristo; fora dela, ae i 10 Blank, J. Cit por Scheffczyk, 54, UV. otexto gregoem Scheffceyk, 54-55, nota 30. 12 Inclusive Gross ( (©p. cit» 85) admit 0 colorido paulino da linguagem. 13.0p. cit, 79-82. i at 14.0p, norar tampouco que, a homilia introduz no censrio 9 Numa passagem capital de seu Adversus Haeres Lyon explica texto de Rm 5,19, ue retour quaseiteranene pois, assim como mediante a desobediéncia de um sé homer.) muitos se tornaram pecadores e desprezaram a vida, assim tambiy cera mister que, mediante a obedincia de um sé (..) muitos foseem justificados e recebessem a salvagio"”. Virias coisas merecem ser destacadas neste texto: a aparigao ~ pela primeira vez na patristica ~ de Rm 5; a correlata recuperagio da seguinte, a assungdo da dupla ¢ morte) € na justificago (a vida) ide wm-todos no pecado (a Ainda que Irineu minimize a gravidade subjetiva do pecado de ‘Adio, com base em sua caracterizagio da situagio original como um estado de infancia, nem por isto ignora suas graves consequncias objetivas. A expressiio em Addo Ihe serve para descrever essas con- “o que em Addo haviamos perdido, recuperamo-lo em “em quem (= Deus) tropegamos no primeiro Addo, (..)no segundo Addo fomos reconciliados””. Todos os homens constituem uma “unidade mistica™” em Adio, como a constituem, igualmente, oss text, oo vendo nee mais 60 aimterpeetags0 de ee do mal hereto’ (Erbubele) inge Tedfil: “uma down 10" Erbsindentehre). = Flick-Alszephy. 85-49. ~ Gandel, 16. Sobre Irincu, v: Schetfczyk, $8-66. ~ Rondet, 48-62 — Fick-Alaet0)- (26 SIEIIT Orbe, A Anopoogia de San Tene, Ma 196.2795 8,7 (uso a tradugto de Orte, 280) Weds. Hoer 18.1, bi. 19. dd, tid, 5.63. 20, Scheffcryk, 58. Gross (92) enmpreza aexpressio realism miso" 9 diente de Addo aparece como pecado da espécie, como o pecao pes- jiente a soal de todos os individuos humanos de Santo Agost eu, Tertuliano se defronta com os mesos desvios doutrinas (os eros gndsticos), com argumentos andes aosempregados pelo biso de Lyon, us impregnads pela ‘mentalidade juridica que the € peculiar’. Com ele se ini disto,o processo de crescente protagonismo de uma igreja periférica, comoera a africana, na explicitagao progressiva de nossa doutrina, A ele se deve acunh: Vinte anos mais jovem que I proverbiais. Como se sabe, Tertuliano € traducianista; cr que as almas se transmitem de pais a filhos por geragao, Ele 0 por motivos antignés- ticos; como Irinen, também ele esté interessado em salvaguardar a tunidade de todo o género humano e em descartar a classificagao de juos em categorias distintas. O que o leva a afirmar que Cada ser humano est, pois, inclufdo, de algum modo, em Adio, da contaminagao de seu pecado (tradux peccati), que pro- duz uma “corrupeio da natureza”; “toda alma esté inscrita em Adio até que seja reinscrita em Cristo is aqui “o vicio de origem™ que 30. Geos, 4; admit isto a impede Gress de sustentar que, nfo se encontrando em lines 8 owt de uma eranga de pecado, transmit por geracdo,o bispo lionés estivessealheio *Goutina do pecado ongnal (em alemao, Erbrinde = pecado hereditéio). 31 Rondel 63-75.~ Scheffnyk, 90-100.~ Gross, 114-121, ~ Gaudel, 363-365 32.De anima 206,222 totum genus de 5% ‘ermine infetum sua etiam damnationstaducem fee 3. De anima 811.2:*malum gtr sims. exe ed FS ne emehane a oO Paralelo Adio-Cristo S€ ex] nin ‘em Cristo, t somos we . levados 4 morte em Adio’ me Nio é fécil, contudo, precisaroaleance ena agdo & doutrina do pecado original. Teuton Ismissio por via genetativa de um vy “cormupgao”, que afeta todos os homens interior, dizer que, ainda que comprometida em Adio, “Yodan © pecadora por ser imunda””. Mas estaré afirman isslio de um estado de pecado propriamento ity a respeito se ju | claramente na linha de ICor 15, cados, assim como Ho destas formulagées " adverte contra a ne- cessidade de apressar o batismo, administrando-o na “idade inocen, Este texto excluiria, segundo alguns", a transmissio de pecado estrito; segundo outros, cont lido no contexto de uma pastoral dirime a questo que nos ocupa. De carnis resur 6 (R361): “quodcumgu ei ina xprime- atu, homo futures". Outro paralo elbee em Tenalians ¢ 0 de (em frases como esta" primero germe d dain posi- ‘8 Ne que, sem dévida, cf Tetiano € na ransmisso a mone fi, por cus dopa Alo. Em De anina 52 afm com eet qi "9 homer ¢ desta 3 woe 1 uncaeria moos ao Rouen pea” Esta ng tgem Amecipao qu, mais tarde, empregati 0 XVI Concho de Catago (D5 222 = D 10) ica. .Zertlana yl nei del hone Mi De onima 38. De baptsmo 18.4, Cai fest innocents eisionem => un?) +. crs, 120, ‘41. Gaul, 364 — Scettxyk, 99 103 Igreja afti 1a a aimitindo a legit « da regio pens 7 agen wa ce podem negar a misericérdia e a graga de Deus”; éin-nascido S se for possivel, ndo hd de se perder nenhuma no que de nés dependa, estncnaas ro a anvo mais, prossegue obispo africano, que “o recém-nascido aera a emnada, salvo o contégio da morte antiga, que contrai em rio pe rimeiro nascimento, ao nascer camalmente segundo Adio”; a eros, nto ha nenhum ébice & graga, como poderia have que “se Ihe atribuem pecados nao préprios, mas alheios ‘A idéia do “contgio”, contraido pelo “nascimento segundo ‘Adio”, recorda vivamente o “vitium originis” de ano, transmni- tio por geragdo. A uilizago do plural “pecados”, para designar as seqiielas do pecado de Adio, desvirtua a forga do texto? Assim o ex Gross“. A vista, contudo, de outra passage de Cipriano, nao parece provivel. O pecado de Adao é uma “ferida’” (vulnus) que afeta a to- dos, produzindo “nossas feridas”, que nos fazem nascer “desnudos ¢ disformes, como Adio”; assim permanecemos até que ‘a veste bran- : os ca” do batismo nos cubra com “a candida ttinica de Cristo”. Cipriano considera, pois, que as criangas reproduzem a nudez € adeformidade de Adio; esto desprovidas de graca e sto pecadoras, ainda que de modo diferente dos adultos, aos quais h4 que perdoar, além disto, “pecados proprios”; uma razo esti ca, nao teoldgica, ee ‘42 Cause, 365s. - Sceffexyk, 100-103, ~ Gross, 121-123. ‘48. Epist 64.5; Sano Agostinho citar hi este tex sm De pec. mer. et rene Terai iteralmente este texto capital em De -se-ia das conseqUtacias penais da culpa, no da prépria culpa 4S De oper et eee. 1.14 (8 563-554) prio termo (peccata) em dois sentidos gi Penas no peccata aliena)®. Em av (Ula no peccata a 0 ser humano ~ també pecadora, derivada de Adio, nio somente dos paca CoMicio tudo, ndo é este seu efeito principal Pecados pessoas, Con. a . © objetivo di do sacramento € a participagao na nova vida de Cangs Yao °, Nada hé, portanto, de estranho qu siderado obispo mri como um de seus mene thc. trina do pecado ori tre, orang oe Adou- de Hipona, é Santo Ambrésio. A ele se deve, em bea ree missio do rico legado da tadigio latina, complements coe mentos da teologia oriental’. Dele Agostinho tomars,e este € ump dado importante, a traducdo de Rm 5,124: “(em Adio) todos peca. ram". Bis aqui o texto do bispo milanés: “todos pecamos no primeira ‘homem e, pelo suceder da natureza, hd um suceder da culpa de ure Para todos. (..) Ado estd em cada um de nés. Nele delinguit acon. digo humana, porque pecado passou através de um a todos™. Ou, ainda mais claramente: “foi Adio e nele fomos todos. Adio pereceu enele todos pereceram™. & provavel que esta traduco do eph'ha de Rim 5,12 pelo “em Adio” ndo seja original de Ambrésio®. De qual quer forma, ele, sem diivida, quem a transmite a seu discfpulo Agostinho, junto com a convicgiio de que este ser pecador em Ad3o. se aplica, inclusive, ao recém-nascido: “ninguém esté sem pecado, nem sequer a crianga de um dia". Somente desta forma, com efeito, se toma valido que Cristo seja 0 redentor de todos ¢ o batismo seja 46. Schefferyk, 101, ~Flick-Alszeghy, 4 47. Rondet, 129s. -Scheffeeyk 177 48. Apot proph. David 212.71 (R 1291). Ju. 148 (8 200 ‘49. In Luc. 7234. CC. a citagdo que Agostinho faz deste texto em Cone 2spare ‘Segundo Scheffcayk, 193, Ambrdsio seria “o primeiro oc es funda atipologia Adto-Cristo % $0.16 se encontrara no Pseudoambrsio (ov “Ambre” R134, >Scelen 1 Gaudel, 367. ~ Gross, 230s. ~ Vanneste, Le dogme du péché origin 34 S51. De Cain 1,10; “nemo sine peceato, nec uns dei nfans" justificagai icjpagao a et qs m0 VOTE a a grega Contudo, os grandes nomes da teologia oriental fornecem valio- ‘ontudo, ‘da incidéncia do pecado de Adio sobre a pecaminosi- versal. Nesta x pres Em geral, todos eles evitam o termo hamartia para de- riséstomo". sienar a situago em que nascemos, reservando-o a0s pecados pes- nao obstante, ensinam a incluso de todos em Adio, apelam ccm frequéncia paraa tipologia Adio-Cristo e descrevema condigao ratural em termos de morte (em sentido amplo), erifermidade, etc., {sto é, como condigao necesséria de uma iniciativa vivificadora ou saneadora, No tocante ao batismo das criangas, que jé fora atestado por Ori- ‘genes como costume apostélico”, Gregdrio Nazianzeno considera que as criangas nfo batizadas néo tém acesso & gléria, por “ndo esta- rem seladas™". S40 Joao Cris6stomo justifica a pratica “para que (as criangas) se thes confiram a santidade, a justiga, a adoga a fratemidade de Cristo; para que sejam membros del 2. De Abraham 2.11.84 (R 1324), 8. Schefferyk, 123s. Schoonenterg, 189-194, ‘6. Schffeayk, 166-171. Rondet, 124-127, ‘$9. Levit 8,3 (8 496).~ In Rom. 59 (R 50). SB.V-otexto, com comentiio, em Scheffczyk, $9. Ex hom ad neoph, R 1228, do caminty tho percors i, a) Tanto 05 latinos como os 8 Bre BOS Concor, do religioso da humanidade come oc o°*samem a adamica, do pea traded nog SM FESUMO, 0 aldo sepuinns b) Tal situagao tem como base ‘Adio, que se explica diversamente, ora como undate ea, ora como unidade fsica, resultante da descendéncia geraine caso, rejeita-se categoricamente toda forma de d nd co ou de dualismo maniqueu na explicacéo des tra solidariedade de todos em leterminismo gn Se estado de deterio- aparece relativamente pronta e serve ar a unidade do plano divino e a absoluta prev nele, da salvagdo sobre a perdiglo. Diante do pessimismo gréston. maniqueu, a hamartiologia cris se coloca na linha de um stimismp cristocéntrico que, sem ignorar 0 fenémeno da culpa, aposta reso. tamente na vit6ria da graca. 4) A pritica do batismo das criangas se fundamenta comumente nna necessidade que todo ser humano tem de ser tocado pela agi0 salvifica de Cristo. Com esta motivagai fundamental, coexistem am- bigitidades no concemente & pecaminosidade da crianga: nem ater ‘minologia nem as idéias parecem estar claras a respeito,em que pese que a férmula sacramental, tanto no Ocidente como no Oriente, men- cione expressamente “a remisso dos pecados”, ) Seria hermeneuticamente errado projetar sobre a tradigio des- tes primeiros séculos a problemética posterior, ou demandar deste Primeiro estidio de nossa questo as precstes ermioligcs coy ceituais que s6 serdo possveis quando aflorar& superficie soma 4questionadores nela envolvidos. Como ocore com outas mutase dades de fé, a consciéncia eclesial passou paulatinamente, nesta ques agora, nos ocupa, do implicito a0 expl ressivo, era preciso algo assim como un 4 ttalizasse o debate. O pelagianismo vai cumprir essa fungi 43.2, Santo Agostinho ¢ a crise pelagiana 3.2.1. Até a controvésia pelagiana Poucos anos antes de sua morte ¢ em resposta & acusagao de um de seus mais encarnigados adversérios, Agostinho sustenta que, no gue se refere ao pecado original, sempre pensou o mesmo, “desde o Gomeco de minha conversio" (ab initio conversionis meae)". Nao 40 poucos os estudiosos que Ihe dio razio, hoje; no De diversis quaestionibus ad Simplicianun, escrito no inicio de seu pontificado (396-97), uns quinze anos antes de intervir na polémica com os pela- 12), sua posigao jd esta substancialmente fixada®, Preocupado desde sempre com o problema do mal, que o tomara simpatizante do maniquefsmo, uma vez convertido, Agostinho adere a doutrina recebida de Ambrésio, que esclarece tal problema, ocul- tando o determinismo maniqueu. Contra este, redigiré um tratado (60, Aina interpreta de Gross padece de uma obstinada ignorincia deste créter gradual de todo dsenvolvimenta dogmatic; ese exige que s6 haja um ido do peeado ginal al, onde se ecolhem fodas as nota da definigo do trdentino (ou, inclusive, algu- ra, como atansmissdo do pecado por gerago, que nem sequer Trento sancionou de forma ‘incu, xplica-se que se confiraa Santo Agostinho a duidosa honra da paternidade da ddourna, Mas equlibrado €ojulgamento de Villalmonte, A. El pecado original, Salamanca, 1978, 298:“parece ceno que 0s pares artesores a Agostinho (ocidenais€ orienta) 5€€8°Ot tram ease expresses que poderiam sr interpretadas como ‘aproximagBes'e “sisposigs0 media’ para formulajdo agostiniana sobre pecado orginal”. ‘io ¢ fil determinar com precisto 0 ponto de patida da disputa; o proprio Agostisho confess no sabé-o De pec. mer et rem. 3:6). Mas no hé divida de que a contovérsia sata para primeiro plano da conscinciaeclesal com Peligioe Celéstio. 2. Contra ll, 612,38, ‘63 Gavel, 378.- Vilalmonte, 304, Rondet, 134s. - Scheffezyk, 203. - Gross, 271. V., 60" do Sage A. “Péché onginel. Nassance d'un dogme”. In: REA (1967). 211-248. (De libero arbi 0 qual se exatta 9 que daria oportunidade a Juliano para geet libetdade pessoa, g parecer, a0 defender atese do pecado orp {© NYE Muda de al na neste primeiro periodo se anticula ns manidade é, em consequéneia da faite ie damnata”: todos nascemos em estad A Posigio agostinia. % SEBUINES: a) a hy. Adio, uma “maseg trio, deteriorado pelo pecado, nao a pecaminosidade universal deve universal. Examinemos estes pon Pode fazer o bem sem apace Set vista no horizonte da red tos mais de perto, raps a) O género humano inteito ¢ por causa de Ado, uma “mas condenada' no paraiso, com efeito,“pecounoscanatuenr eo todos nos convertemos “numa tnica massa de bao, que fue sa de pecado” e que niio merece outra coisa sendo“actema conden: gao”™ b) A crianga ndo batizada “nao se encontra nem ent os jstos, que nada fez retamente, nem entre os maus, posto que nio cometen pecado”. Ha, portanto, que admitir “uma certa vida intermedisria en. tte a ago reta e 0 pecado” e, portanto, “uma sentenca intermediina do juiz entre o prémio eo suplicio™. ©) No presente estado, a graca é absolutamente precisa para ope- rar retamente; comentando Rm 7,18, Agostinho adverte que o texto (4. “Dicis, me quoque ipsum innovase sensus meas, into conversions meae hoc serie {Quod tu. Sed falls aut falleris" (Contra Jul 6.1239) 65. De div. quaest. 68,3; a passagem serve de comentsio a Ran 3.20. Ct. De dis quot a si (6: odos 0s homens mareram em Adie foam "uma nica masa pe Ierecedora de suplicio dante da justia diva”. Nes ext, qu cena Cae 1522 sdverte-se que a nogdoagostinans de mort, 20 menos nesta oc. lo se resting mone Fisica fa tespeto Schettayk, 210s. interpreta deste ets nai gue 9S amar ecu rina relerenda po Gros 21: sero eon ne bast todos os homens pecadores em 30 paras, rss a codecs At manne oe ma PA nosso autor, digas Na rwatidade. a célula geradorado pensamento agos- vee o pecado original €a.conviegto de que Cristo Ver para reea menor exces0, 0 que significa que todos ne- vos por Ele. te primero perfodo nio aparece Re 5,12 como fundamento escrturistico do pecado original. Antes do ano 408, Agostinho no ceca paseagem ura SO ve2. De 408 a 412, citasa es Ve7es, & renhuma delas em relagdo a essa doutrinas os lugares referidos sio, Como se viu, Rm 7¢9, 1Cor 15,21 € Bf 2.3". Esta constatagio” tem covndubitével interesse, dado que alguma vez se disse, com humor, que o dogma do pecado original teria nascido de ym pecado original © eramatical (a errada exegese agostiniana de Rm S, iano sol ee (67. De dx quaest. ad Simp arece que € neste escrito que Agostinho usa ‘ver aexpressto peccat ie, da qual criador, ¢ que denota nao a. eonegune tao de pecado em nbs 0 pecado originado,~ Scheffezyk (212, not 3 Vase Le doe | S81) ¢ Flick-Alszeghy (97, nota 333) opinam de ovr & eh a: 3.1954: “fomos também nés filhos da ira por natureza (naturaliter), com OS ema’, conseqientement, do pesado “daguee que fo feito sem culpa ©. Lyonnet, S. “Rom 5,12 chez Saint Augustin”. " yew. Pass m5, ugustn”. In; VV.AA. Lhomme devant Diet 1964, 327-339. d. “Augustin et Rom 5,12 avant la controver rane”, In: NRTP ek S.A 6 Re $.12 aca or EOE 2. Ayonnet (Ls tyme hme. 27.2 attra, Var eee eo de fimais Gquefsmo, que condu7 Peligio era, antes de tudo, unm diretor espintual nae aan interessava-Ihe mais a prética que a teoria. Seus ee um teélogo, fa fazer recuperar em seus dirigidos a confianca em pi para evitar o male fazer ober, Parata fim, rivindicaeniaeaae Sque ele chama de o bonum naturae,abondade danatuvsa teens to eriada por Deus, esta & capaz, por sis6, de agit retaneate: eae, tificagdes para desculpar a conduta pecaminosa sio falazes ite Cara sobre la posibilidad de no pecar,sustenta que al posiiliade é essencial & liberdade humana. Sendo assim, a tese pelagiana afeta diretamente a doutrina da graga”?, Mas, indireramente, toca também na doutrina do pecado ori- ginal (0 do tradux peccati, segundo a terminologia usada por nosso ), congruent com seus planos a idéta de ‘ago congénita para o pecado; o bonum naturce se tora incompativel com o peccatum naturae. Adio foi criado, como nés, mortal (Deus instituiu matrimdnio no paraiso para preencher os vazios) e com concupiscéncia (Eva desejou 0 fruto). Pois bem. ele pecou, € seu pecado, por ser 0 primeiro, se revestiu de um trans- cendéncia singular, ao ser um mau exemplo que seus filhos imitaram. Em seu comentario a Rm, Pekigio explica deste modo apassagem de 5,12s, juntando virias razbes contra a doutrina de traduce pecca ‘mas sem fazé-las expressamente suas gis 3804 ‘Plinval, de, Péage Ses vt sa vie ferme Lausame 1983 - Gres T00 excelente monografia de Greshake,G. (Gnade al orzee Fee pane Canteen te Pelopius, Mains, 1972) desta com egatona SPOS A Potigio, V.tb. Ganoczy. A. De su plenitud todos hemos rcibado. Bact ee Tava attain ene pene eos acon ANE TST 7. V. o texto em Vanneste: “Le décret..” 966), S885. € cme scons yp om sorrel hon peeado no undadA Jade exempta oa model (xe u mais destacado ire" nao sera segut Jéstio, a quem se deverd, em boa medida, a ‘elaboragio tedrica do que, ne fundador do movimento, era uma preo- cupago de ordem prit o-pastoral. O argumento racional, elaborado por Celéstio para reat 0 pecado original, éo seguinte: o homem se or pecador “ou por necessidade da naturez 08 pela liberdade de vorrongao”. Se pelo primeiro, “carece de culpa”; se pelo segundo, ha que se perguntar de quer recebeu o livre-arbitrio. “Sem divida, de oye”, responde Celéstio. Portanto, crescents, enquanto procedente do proprio Deus, o bive-arbitrio € bom. E como poderia sé-1o, “se fosse mais inclinado para © mal que para o bem?” A doutrina do pecado original, em suma, atentaria contra a doutrina da criagao, ‘Adificuldade mais forte que o sistema pelagiano encontraria era a peitiea do batismo das criangas “para @ remissiio dos pecados”, io nao escondia sua dificuldade diante dela, mas preferia colo- rorya parénteses, em vez de citicdrla,além de tudo, a religito Seon de adultos, no de criangas. Sem ousar atacat, pois, a propria pritca, optava por considerar sua ‘motivagdo como uma questo teo- logicamente aberta”™. O euidado do me: discipulo, de nome Cel uidores no poderiam manter tio asséptica ude da pratica, tentaram uma justificagio Fe mesma, que se insereve numa espécie de teoria geral dos sacta- mentos estes faclitam o bem agit. Quanto ao batismo, franqueia “0 Reino de Deus”, que se distinguiria da “Vida Eterna” ~ para a qual basta o simples bonum naturae. Batizam-se, legitimamente, a crian- 2s, portanto, com vistas & consecugao daquele estado a que Jesus ‘Jude em sua conversa com Nicodemos (Jo 3,3s),€ que € superior 20 alcangével pela simples inocéneia natural ou pelo reto uso do livre- arbitrio somente”. Contudo, seus segt postura. Admitindo 14 150, “Pegionio fer da crenga no pecado orginalt.) @ objeto de uma iS re 7S. V.otextoem Vannest."Le décret..” (1966), 586s. Cf. R 1414. 16, Vannes, Le dogme... 0, 7 Age inho cothe esta explicagdo ¢xatamente em Sermo 294,2,2 (R 1525). 0s bdsicos sobre ica, a or “ tinho nela intervenha: a) te eolocaden, anes idird, uma vez trina do pecado original era cone : temente do que 0 bispo de Vigor ecida © defend uma tradi favordvel a mesma e teeny Pelagianos dio fé de que ase te Wa, independen- PanSara a respeito; hi anterior contovérsiar'o a Rm 5,12s procede do préprio Pel lagio, na ) 0; mo das criangas representava uma: tion Se htosinho 6 hy iculdade para as pelagianas, sem que 0S argumentos urdidos p tassem muito plausiveis, ara desmont Accrise nao podia senaoes mas 0 diécono milanés Pauling A gana lor ndo foi Agostinho, do Celéstio ~ que, como Paulino, passara Ss aeresetion quan- para a Africa ~ solicitou ser ordenado eeriae Lh herted igo. O diécono milanés denunciou fomlmentecsce nae a Givame(o bispo'catagits Auctls Easeniacre eee 411), que condena Celéstio, do qual, por certo, A; See (ano ou”. Mas a ressondncia do assunto em toda Pee oe an sendo alerté-lo: a parti desse momento, serd cle um soorerd protagonismo da reagdo antipelagiana, erie 3.2.2, Santo Agostinko na polémica meiro escrito de controvérsia (De peccatorum me ano 412) situa 0 problema no que € 0 proprio miicleo da fé cristé: Cristo é 0 redentor de todos, 0 que significa que todos necessitam ser salvos por Ele. Ao contrério, no sistema pelagiano, a natureza desem penha o papel decisivo; Cristo, um papel secundério. Bis ao que st toma, de todos os modos, intolervel: no s6 se desconectam 3 60° 0 dislo foe Auréio~ com nerve 40 dco roduz.o dislogo entre Celést nnn 78. Scheffezyk, 230s, re or sino, chou a8 40 Paulino = que, de posse das 224 ; da redengao, mas ia da criagio € se salvar homens wor Cristo, come Se aos mente, P merfoase necessario o sangue de CINE + o do problema em suas exat ‘A partir desta focalizaga0 do pr jo do erro, $e agostinbo empreencle arefutag argumentaco forneeidas pela Escritura, a do batismo das eriancas 4) Ocargumento agostiniano da Escritura (contra o, sma pensar) estd distante de ser polarizado por Rm 5,12s. Na realida- de, o que atraiu a atengao ‘de nosso doutor sobre esse texto foi, nem ese nem menos, oso que dele faziary seus oponentes, 0s quais, a Teeviavam seu reto sentido. Mas a “prova escriturstica” te de Agostinho, praticamente 0 Novo Testamento nome Jesus. Por qué? Porque salvaré seu ados”™", Lembre-se 0 variado elenco de nosso autor fundamentou sua doutrina izando sucessivamente, € seu juiz0, abarcava, na ment inteiro: “pér-Ihe-ds por povo, De qué? De seus pec Citagdes biblicas com que diante da controvérsia, que CO! fs que hd de acrescentar, como logo se vera: Jo 3,3s (c 6,54), Le 5,32, Mt 6,21, ete. 2s, vimos como o entendiam os pel pecaram depois, pecaram i & dbvio, 0 alcance do pensamento al da passagem, a soli= Quanto a Rm 5,1 ‘Adio pecou primeiro; os que ‘o” Tal leitura contorna, como paulino, deixando de fora 0 elemento exsenct Jariedade de todos em Adio, da qual flui o destine Contra das epist. Pel progressivamente na dimensdo salvifica do ac repto pelagiano; miso insastem di rifestaofexto que se acaba de ad 80, Seg 293.1. Sobre a amplitude da prova escnturstica agostiniana, 6. Gross, 42°8 49 ("Ado dictum bee tant, illum imirando pee Bt. enomi As hw acolhe aexegese pelagiana: Sermo 29 ‘lo, quia primus peccavit Adam, et qui postca peccavert vom) CL Bepee merce Mn + We carepa 9 ace cau mo cue! ariedade pe: sea certamente, Agostinho, nao se waters sustent ica em Cristo; este, como Adio, ser 4 causal de nossa just ina contra el bi sem ela a a solidariedade sal O-somente exempla Tal era, com efeito, a afirma que Cristo b) O recurso a tradigdo € muito valorizado, tia pelagiana representa um novum na vida fa — Numa célebre passagem de seu Contra ibe era nosso doutor proclama triunfalmente que os hereges estae gon hos, sitiados por “testemunhos mais claros que a fe cee de vedas as igrojas particalares, des ispos, stores, deine (> Em suma, Agostinho apostrofa seu contraditor, comnts : que’. Em outro escrito, ¢ também polemizando com um sco Felagiano, se encontra outro texte igualmente cee: "noi eu quem inventou 0 pecao original, no qual a cats x dete a tigamente; és tu, sem diivida, que 0 negas, 0 nove hessuco"™. jo fui ew Entre 08 testemunhos invocados por Agostinho se encontram: Irineu, Cipriano, Ambrdsio, o bispo espanhol Olimpo, Reticio, Bast lio, Gregério Navianzeno (parece ignorar 9 d¢ Nia), Cosson, etc.”*. O valor destes testemunhos é desigual; no tocante aos orientals, 2,12,25; 1 se el a6 (R 18981900) daquela inex convergente da tradigo ovo Ada : javia encontrado na Igreja; de inoar o que aprendeu, de transmatir aos filhos © que recebeu dos ima das eriancas é talvez, © argumento mais enfatica- “Agostinho, que situa esta pritica no ponto de Jégicas convergentes: a cristolégica e a ‘a, antes de tudo: pretender que as crtngas nio estejam afetadas pelo pecado equivale a sustentar que Casto nao tenha vindo também para clas, ou que elas possam passar scm Ele: "quem ousaria dizer que Cristo nio seja o salvador ¢ 0 re- dentor das eriangas? E de que as resgate, por nao haver nelas nenhu- ver mancha de pecado orignal?” A linha eclesiol6gica, em segundo Jugar: quando se batizam as criangas “no se faz outra coisa sendo incorpore-la Trea, isto 6, associt-las ao corpo de Cristo: € dbvio aque a elas conceme a condenagio, se isto ndo Ihes & confer “hao podem ser condenadas se nao tém pecado. E como nes: nio puderam cometer pecados préprios, 96 resta (..) crer que as criangas contraem o pecado original”. E, em seguida, citam-se suces- sivamente Rm 5,12 ¢ Jo 3,5". 15). {7.¥- una deathad vaiago do argumentopatstico agostiniano em Sehetfczyk, 2132 88 Assim oafiona Rondet, 154s. verdade, exigir de Agostinho a exaido da crt contempornea sera um lagraneanacronismo, no qual income Gros, 2 alr do so leat” no desenvolvimento de seu argument ex traditione 89. Contra Jl. 2.10.34 90. De pec. mer et rem. 123, 91. td, bid. 3478. pros"). Estamos, portanto, diane de um ave Flexo, no que confluem & prtica lites te {eolégica e a prova escritutstia”™ ae FE de se notar que © processo discursive ni do pecado original para anecesiade do tara ene da necessidade do batismo (= de Cristo = da Igria) marnscne do pecado original, cujo conhecimema nossevce wa ens deve ser oredentor de odo sex humano, poranto, tani onc nascido. O batismo das criangas, pois longe de ser uma eter nnn ‘ou menos aceitével, setia o lugar onde emerge ostensivenente go, pel salvifico universal de Cristo, a gratuidade da raga a nesestna mediagio da Igreja. Aos olhos de Agostinho, ao detendt-lo, ao se defende simplesmente um costume venerivel por sua antigidate estlo-seetclando elementos essenciaisdafécral ‘Mas, também aqui, como j& constatamos nos argumentos bibli- cos ¢ patristicos, o ardor da controvérsia levard Agostinho aextremar sua postura. O melhor &, nesta argumentagdo, mais do que nas outras, que nosso autor se verd, arrastado pela logica de seu proprio nio, & durfssima tese da condenagdo etema das criangas nio bat das, E isto ao preco de uma evidente inconseqiiéncia: se, anos ats, havia previsto uma “vita me ntre céue infemo, para tais casos”, agora refuta contundentemente esta hipétese, ao vé-la assumida por exsist eros re ee rcs ia 93. V.supra, nota 66, aw nda que seja prov nte, . portanto, por uma solidariedade de base fisica, que, neste momento, se ona solidariedade se postulara contra os gn6sticos, para tucarg 10) © se deixa desaparecer a influencia dos pecatos pessiais ne inho reconbeciaesporatice me {opi 28 epna qu ig seo SEES enteral do que see De qualqer forma, com eta ue, Se ico, abe aga Ago no one 9 sive do matin se cupisénca da eam) ocome qu, inclusive do tins 1.3 ews se gee no filo de Des, mas ios do to” Oe 97. De nupt. et conc. 1,24,27 (R 1872). ape, ado, no se cama asim pra ura € chamada de mo porave fi : ‘ 06 io 222. —Flick-Alszeghy, 1 rads, 3 de davida que. para Agostinho, a concupiscéncia “j4. =* pes ado se sa se consents nela” (De nupt. et conc. 123,25): de outro mode, ON anes pn a eficéeva salvifica de Cristo e de seus sacramentos. A oP ncupiscénch “Apestitho 1dentficou sistematicamente pecado original a concuP races da douttina ¢ ino imprime 8 Vontade ae io seemed eS aspectos da inte mpressao de nos acharmos diame de raat sian poe ‘a. Contudo, nao se devem i; MOTE Seus aspectos por lonia pessi om que Agostinho combate Pelagin oP com que soube individualizar em suas tess rio atentado a f6 crista: o homem se cté capar de se cyt mesmo. No fundo, tratava-se do mesmo erro que Paste enteare wo aiustar contas com 0s judaizantes: a presungao de poder ohare Ieie conseguir, assim, a Vida Etema, somenteabase do livre arving desconhecendo © papel inquestionével da mediacio de Cr - AA ofiensiva de nosso autor desmantelou esse perigo mortal que 9 naturalismo pelagiano (to surpreendentemente “moderno” em: algu- mas de suas facetas) representava; fé-lo,além dist, com tal rapide de reflexos que evitou um enguistamento do qual se teriam seguido, certamente, conseqiiéncias traumiticas. A partir de Agostinho,jé nao cabe duvidar da trégica onda do pecado no género humano, mas tam. pouco de que o cristianismo seja a religiao da redeng3o gratuita. Pois, se € certo que todo homem € pecador e nio pode salvar-se asi mes. mo, ndo © € menos que Cristo seja o salvador dessa causa perdida e que, sobre o obscuro fundo da loucura humana, brilhe gloriosamente D8 est agostinismo, como Gross, destaca que “o pessimismo do Pecado original nao é, em absotuto, a dltima palavra da teologia glo- bal do bispo de Hipona. E, ao contrério, e por assim dizer, seu pri- esqueca, por tiltimo, que Agostinho devolve a nogio de culpa a seu encrave ético, resgatando-a do encrave ontoldgico em que a colocara © fatalismo maniqueu. monte, 317s. ~ Gonzalez Faus, J.1. Proyecto de hermano. Vis ie ~ Santander, 1987, 340 ¢ nota 70 em Agosinb, fica mito mascara unveil Pecado que ade eden"). 100. Op. cit, 373, 4.23 As primeit ‘Ja se aludiu ao sit ‘Outro sinod ",€ excomungados™, Pouco tempo depois, morre Inocéncio ¢ Ihe sucede 0 grego Zé. ‘m Celestino apela. A gestdo do novo papa em nosso as. si Meaita de facilitagoes © de retificagdes, esta longe de ser buihante, A reagdo dos africanos diante da ambigua posicdo papal ty em convocar um novo sinodo; celebrou-se em Cartago mio de 418), com assisténcia de mais de duzentos bispos, no s6 Sricanos. Os tes primeiros cénones desta assembléia tocar direta. mente na questo do pecado original™. canon primeiro adota a tese agostiniana da morte fisica como pena do pecado orignal. Fé-lo numa linguagem que ~ segundo se Soservou mais acima-—lembra muito de perto a de Tertuliano: a mor- te corporal se deve nio & “necessidade da natureza”, mas ao “mérito do pecado”.O cinon menciona “o primeiro homem Adio", mas nao hi divida de que o que & dito sobre ele seja extensivo, na mente dos sinodais, a0 resto dos seres humanos. Como se verd em outro lugar deste livro, tal tese se torna dificilmente sustentavel simo, @ que segundo ciinon enfrenta 0 caso-limite das criangas e de seu batismo, Condena tanto os que rejeitam a legitimidade de tal batismo como os que 0 explicam, admitindo, de um lado, a formula “para a remissio dos pecados” e acrescentando, de outro, que os recém-nas-

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