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TOC

THEORY OF CONSTRAINTS
TEORIA DAS RESTRIÇÕES
TOC
Conjunto de princípios, conceitos e
procedimentos de gestão industrial desenvolvidos
pelo físico israelense Eliyahu M. Goldratt na
segunda metade dos anos 80, nos Estados
Unidos.
TOC
A TOC engloba pensamentos da tecnologia da
produção otimizada (OPT – Optimized Production
Technology) desenvolvida pelo próprio Goldratt no início
dos anos 70 em Israel.

OPT – software voltado à programação de produção.

Palavra-chave:
OPT – gargalo
TOC – restrição
TOC

A ênfase fundamental das idéias do autor é o


alcance do que ele denomina meta da organização, ou
seja, ganhar mais dinheiro através de uma adequada
gestão da produção.

O ponto focal de sua teoria é que toda empresa, no


processo de atingir a sua meta, apresenta sempre uma ou
mais restrição. Se assim não fosse, a empresa teria lucro
infinito (GUERREIRO, 1995).
TOC

A idéia básica da TOC é encontrar as restrições


que limitam o ganho da empresa e gerenciar
eficazmente a utilização dessas restrições, garantindo
a maximização do lucro frente às condições atuais da
empresa. O combate às restrições guia o processo de
melhoramento contínuo da empresa, aumentando
sempre o ganho da mesma (BORNIA, 2009).
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A restrição é definida como qualquer coisa que
limita um melhor desempenho de um sistema, como o elo
mais fraco de uma corrente, ou ainda, alguma coisa que a
empresa não tem o suficiente (GUERREIRO, 1995).

Na teoria são abordados dois tipos de restrições:


 Recurso: engloba mercado, fornecedor, máquinas,
materiais, pedido, projeto e pessoas;
 Política: formada por normas, procedimentos e práticas
usuais da empresa.
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Goldratt propõe em sua teoria, algumas
medidas globais de medição de desempenho,
estabelece uma série de princípios para a
otimização da produção, define conceitos e
procedimentos para a sincronização da produção
no contexto das restrições, e formula um modelo de
tomada de decisão, no sentido de minimizar o
impacto das restrições existentes e otimizar o
desempenho da produção, para que a empresa atinja
sua meta. (GUERREIRO, 1995).
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A meta corresponde ao propósito global da


organização – a empresa com finalidade lucrativa
deve ser visualizada como uma máquina de fazer
dinheiro e sua meta definida pragmaticamente
como “ganhar dinheiro”, tanto no presente como
no futuro (GOLDRATT & COX, 1990).
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Medidas de Desempenho na Teoria das Restrições

A TOC condena o uso de medidas físicas para


avaliação do desempenho, insistindo na utilização de
medidas financeiras.

Tente medir por três ou mais medidas não


financeiras e você basicamente terá perdido todo o
controle. As medidas não financeiras são equivalentes à
anarquia (GOLDRATT, 1992).
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Medidas de Desempenho na Teoria das Restrições
Para a TOC, uma das principais condições
necessárias à sobrevivência de uma empresa com fins
lucrativos é obter dinheiro hoje e sempre, a qual pode ser
traduzida como a busca constante pelo controle e
melhorias de três indicadores de desempenho
(GOLDRATT & COX, 1990)
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Medidas de Desempenho na Teoria das Restrições

Ganho correspondente ao preço de venda menos o


montante de valores pagos a fornecedores pelos itens
relacionados como os produtos vendidos, não importando
quando foram comprados.

O ganho somente é reconhecido quando a empresa


vende os seus produtos e não quando ela produz.
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Medidas de Desempenho na Teoria das Restrições

Abrange o conceito clássico de inventário (estoque


de matérias-primas, produtos em processo e produtos
acabados) e ainda demais ativos tais como máquinas e
construções.
TOC
Medidas de Desempenho na Teoria das Restrições

Abrange gastos existentes no processo de


transformação, como a mão-de-obra direta, energia
elétrica, salários da mão-de-obra indireta, despesas
administrativas e outros recursos. Incorpora valores como
a depreciação de máquinas.
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Medidas de Desempenho na Teoria das Restrições

Com essas três medidas (G, I e DO) conseguimos


saber o impacto de uma decisão nos resultados finais da
empresa. O ideal é uma decisão que aumente o G e
diminua I e DO. Porém, qualquer decisão que impacte
positivamente o RSI (Resultado Sobre Investimento) é uma
decisão que nos leva na direção da meta do sistema. O
juiz final, quem decide se é ou não é uma boa decisão, é o
RSI (GIUNTINI, 2002).
TOC
Medidas de Desempenho na Teoria das Restrições

A TOC afirma que qualquer coisa pode ser


classificada numa dessas três medidas, e que as três são
o suficiente para fazermos a ponte entre o Lucro Líquido
e o Resultado Sobre Investimento com as ações diárias
dos gerentes (CORBETT NETO apud GIUNTINI, 2002).
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Medidas de Desempenho na Teoria das Restrições

A partir dessas três medidas pode-se encontrar


outras três medidas financeiras de desempenho que
também são abordados pela TOC, e que auxiliam a
medição do grau de alcance da meta:

(HAUPTLI & DUCATI, 2004)


TOC
Contabilidade de Ganhos (Throughput Accounting)

A Contabilidade de Ganhos é originária de pressupostos


básicos da TOC que encara qualquer empresa como um
sistema e defende que para a tomada de decisões não se deve
calcular, e nem se ater ao custo dos produtos, e sim ao impacto
da decisão no resultado global do sistema.
•o custo leva o gerente a pensar localmente, ao passo que cogitar o ganho obriga o
gerente a pensar globalmente.
Embora a TOC esteja mais no campo da administração
da produção do que na contabilidade, a efetiva implantação
dessa filosofia necessita de medidas de desempenho próprias,
as quais normalmente chocam-se frontalmente com sistemas de
custos (BORNIA, 2009).
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Contabilidade de Ganhos

Quando a contabilidade de custos foi criada era


uma ferramenta poderosa no auxílio às decisões
gerenciais, permitindo às empresas crescerem e
diversificarem a gama de produtos. Porém, hoje em dia, o
ambiente é completamente diferente e a contabilidade de
custos encontra-se totalmente obsoleta, podendo tornar-se
um desastre para as empresas que a usam (GOLDRATT,
1991 apud BORNIA, 2009).
TOC
Contabilidade de Ganhos
A Contabilidade de Ganhos, na realidade pouco
difere do conceito de margem de contribuição. A nível
conceitual, o ganho não pode ser distinguido da margem
de contribuição. Ganho é receita menos custos totalmente
variáveis, e a definição geral da margem de contribuição é
receita menos custos variáveis (NOREEN, 1996 apud
FASSBINDER, 1999).
A maior diferença encontra-se quanto ao tratamento
da mão-de-obra direta, que para Goldratt, é uma despesa
fixa, portanto classificada como Despesa Operacional.
TOC
Contabilidade de Ganhos

Custeamento
Contabilidade de Ganho
Variável Tradicional
Receita Receita
(-) Materiais Diretos (-) Custos Totalmente Variáveis
(-) Mão-de-Obra Direta
(-) Despesas Variáveis
= Margem de Contribuição = Ganho
(-) Despesas Fixas (-) Despesa Operacional
= Lucro = Lucro
TOC
Sincronização da Produção na Teoria das Restrições

Uma premissa que a TOC possui em seu arcabouço


é que o desempenho do sistema está intimamente
relacionado com os níveis de Inventário e que a chave
para a redução do Inventário, sem que haja perda de
ganho e nem aumento das despesas operacionais, é a
manufatura sincronizada.
A manufatura sincronizada é definida como
qualquer maneira sistemática que tenta movimentar o
material rápida e uniformemente através dos vários
recursos da fábrica (Umble & Srikanth, 2001 apud SOUZA, 2005).
TOC
Sincronização da Produção na Teoria das Restrições

A sincronização da produção considera inicialmente


a localização do recurso crítico e, a partir daí, o fluxo de
produção é ajustado à velocidade do mesmo.

Para planejamento e controle da produção é


sugerido uma metodologia denominada Tambor-Pulmão-
Corda (TPC), do inglês Drum-Buffer-Rope (DBR).
TOC
Sincronização da Produção na Teoria das Restrições

(Umble & Srikanth, 2001 apud SOUZA, 2005)


TOC
Sincronização da Produção na Teoria das Restrições

Adaptado de Goldratt (1990) por SOUZA, 2005.


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Princípios de Otimização da Produção na Teoria das Restrições

No sentido da otimização da produção, a TOC


propõe a máxima “a soma dos ótimos locais não é igual ao
ótimo total” e estabelece nove princípios básicos:
1. Balancear o fluxo e não a capacidade;
2. O nível de utilização de um recurso não-gargalo não é
determinado pelo seu próprio potencial e sim por uma outra
restrição do sistema;
3. A utilização e ativação de um recurso não são sinônimos;
4. Uma hora perdida no gargalo é uma hora perdida no
sistema inteiro;
TOC
Princípios de Otimização da Produção na Teoria das Restrições

5. Uma hora economizada onde não é gargalo é apenas


uma ilusão;
6. Os gargalos governam o Ganho e o Inventário;
7. O lote de transferência não pode e, muitas vezes, não
deve ser igual ao lote de processamento;
8. O lote de processo deve ser variável e não fixo;
9. Os programas devem ser estabelecidos considerando
todas as restrições simultaneamente.
TOC
Modelo de Decisão na Teoria das Restrições

A partir da premissa de que a empresa opera


sempre com uma ou mais restrição, Goldratt formulou um
modelo de tomada de decisão, no sentido de minimizar o
impacto das restrições existentes e otimizar o desempenho
da produção.
TOC
Os passos do processo decisório são:
TOC
Integração TOC x GECON
Guerreiro em sua tese de livre-docência propõe a
integração conceitual entre a TOC e o GECON...”Como
sugestão final, entendemos que o modelo ideal para
gestão das empresas seria aquele que a nível operacional,
contemplasse o emprego dos princípios e técnicas da
TOC. A nível do modelo econômico...o desenvolvido por
professores, estudantes e pesquisadores, a partir das
idéias pioneiras do mestre Armando Catelli, sob a
denominação GECON.”
TOC
Integração TOC x ABC
Cogan compilou em artigo posicionamentos de
autores sobre integração entre TOC e ABC, os quais
apresentam que aplicados juntos são superiores à sua
abordagem individual:
•Campbell (1992) defende que o ABC pode prover
informação de custos de atividades e a TOC pode prover
gerenciamento com direção e foco em restrições.
•MacArthur (1993) defende que o ABC é útil na estimativa
dos custos dos produtos de longo-prazo e a TOC é mais
apropriada como uma medição de curto-prazo.
TOC
Integração TOC x ABC
•Holmen (1995) examina os pressupostos com que a TOC e o ABC
se baseiam e infere que o ABC é fundamentalmente entendido
como uma ferramenta de longo-prazo, enquanto a TOC é profícua
para o curto-prazo.
•Fritzsch (1997) defende que o ABC e a TOC são baseadas em
visões opostas no que se refere à natureza dos custos dos
produtos. O ABC assume que todos os custos variam em
proporção aos direcionadores de custos, enquanto a TOC assume
que todos os custos são afundados (ou fixos) com relação à
escolha de produtos e decisões de nível de produção. Então, o
ABC torna-se acessível a uma situação de longo-prazo e a TOC
corresponde a uma situação de muito curto-prazo.
TOC
Exemplo de aplicação do Modelo de Decisão (GUERREIRO,
1995)

Dados gerais do problema


Uma empresa possui dois produtos, “p” e “q”, os quais
possuem as características básicas:
Produto p:
Preço: $90/u.
Quantidade: 100u./semana (quantidade aceita pelo mercado)
Produto q:
Preço: $100/u.
Quantidade: 50u./semana (quantidade aceita pelo mercado)
TOC
Fluxo de produção

M.Prima
$5/u

M.Prima Operador A Operador C Operador D


$20/u 15 min/u 10 min/u 15 min/u P

M.Prima Operador B Operador C


$20/u 15 min/u 5 min/u

M.Prima Operador A Operador B Operador D


$20/u 10 min/u 15 min/u 5 min/u Q
TOC
Tempo trabalhador/semana = 2.400 minutos (5 dias x 8 horas
x 60 minutos)
Despesas Operacionais fixas = $6.000,00/semana
Margens líquidas de cada produto:
MLp= 90-20-20-5 MLq= 100-20-20
MLp= $45/peça MLq= $60/peça
Lucro Máximo (LM)= MLproduto x potencial máximo de
mercado

Lucro máximo semanal da empresa (LMSEM)= Somatório


dos lucros – despesas operacionais
TOC
LMp= $45 x 100= $4.500/semana
LMp= $60 x 50= $3.000/semana
$7.500/semana
-$6.000/semana
LMSEM= $1.500/semana

Mas será isto realmente verdade?

Regra n° 1 – Identificar o sistema de restrições


O problema apresenta restrições de capacidade produtiva
e de mercado, representadas pelas horas disponíveis de
mão-de-obra e pelos potenciais máximos de mercado.
TOC

Quantidade Tempo Disponível


Operador Produto Carga (min) Carga Total Folga (min)
(unidades) (min) (min)

p 100 15 1.500
A 2.000 2.400 400
q 50 10 500

p 100 15 1.500
B 3.000 2.400 - 600
q 50 30 1.500

p 100 15 1.500
C 1.750 2.400 650
q 50 5 250

p 100 15 1.500
D 1.750 2.400 650
q 50 5 250
TOC
Visualizamos uma extrapolação da capacidade do operador “B”
(restrição produtiva). Logo, dever-se-ia priorizar a utilização desse
gargalo produtivo para a fabricação do produto mais lucrativo. Mas
qual seria esse produto?
Produto “q” possui ML maior ($60) e tempo total de fabricação menor
(50 min= 15+5+10+15+5).
Quantidade Tempo Carga Disponível
Operador Produto Carga Total Folga (min)
(unidades) (min) (min) (min)
p 60 15 900
B 2.400 2.400 0
q 50 30 1.500
LMp= $45 x 60= $2.700/semana
LMq= $60 x 50= $3.000/semana
$5.700/semana
- $6.000/semana
LMSEM - $300/semana
TOC
Seria verdade esta informação?
Aplicar a 2ª regra – Decidir a forma mais eficiente de utilizar o sistema
de restrições.
Devemos analisar a capacidade de geração de dinheiro dos produtos
em relação à restrição.
1 hora do operador “B”:
Produz 4 peças de “p” (60/15) e gera $180/hora ($45 x 4) de ganho.
Produz 2 peças de “q” (60/30) e gera $120/hora ($60 x 2) de ganho.
Quantidade Tempo Carga Disponível
Operador Produto Carga Total Folga (min)
(unidades) (min) (min) (min)

p 100 15 1.500
B 2.400 2.400 0
q 30 30 900
TOC
LMp= $45 x 100= $4.500/semana
LMq= $60 x 30= $1.800/semana
$6.300/semana
- $6.000/semana
LMSEM $300/semana

Aplicar agora a 3ª regra – Subordinar todos os outros recursos do


sistema à decisão tomada na 2ª regra.
Os demais recursos produtivos (operadores “A”, “C” e “D”) e de
mercado (potencial) para o produto “q” estão com folga, o que
ocasionaria um aumento desnecessário de inventário na forma de
estoques.
A melhor maneira de melhorar o desempenho é atacar a restrição,
aplicando a 4ª regra – Elevar a capacidade do sistema de
restrições.
TOC
Primeiramente atacar a restrição do mercado do produto “p”
(limitado a 100 peças). Foi identificado através de uma pesquisa
um novo nicho que absorveria até 50 peças de cada item por um
desconto de 20%.
Seria interessante para a empresa aproveitar este novo mercado?

MLp’= 72-20-20-5 MLq’= 80-20-20


MLp’= $27/peça MLq’= $40/peça

1 hora do operador “B”:


Produz 4 peças de “p” (60/15) e gera $108/hora ($27 x 4) de ganho.
Produz 2 peças de “q” (60/30) e gera $80/hora ($40 x 2) de ganho.
TOC
Devido a quantidade de dinheiro ($108/hora) menor do que a original
de “q” ($120/hora), não é interessante elevar a capacidade da
restrição mercadológica.

Próxima alternativa é atacar a restrição produtiva com a contratação de


um outro operador “B”. Mas, para isso, será necessário um
investimento na ordem de $100.000,00 e um acréscimo de $400,00
nas despesas operacionais.
Qual será o Período de Pagamento do Investimento (PPI)?
LMp= $45 x 100= $4.500/semana
LMp= $60 x 50= $3.000/semana
$7.500/semana
-$6.400/semana
LMSEM= $1.100/semana
TOC
Verificar primeiramente o incremento proporcionado ao lucro
semanal da empresa (LI), em seguida, dividir o investimento
requerido pelo lucro adicional gerado:
LI= 1.100 - 300
LI= $800/semana
PPI= 100.000/800 = 125 semanas (aproximadamente 2,4 anos)

Mas seria isto realmente verdade?


Não, pois se negligenciou a 5ª regra – Se o sistema de restrições
for modificado em função da etapa anterior, voltar à 1ª regra, mas
nunca permitir que a inércia limite a capacidade do sistema.

Por que não utilizar o novo segmento de mercado?


TOC
Quantidade
Operador Produto Tempo (min) Carga (min) Carga Total Disponível (min) Folga (min)
(unidades)

p 100 15 1.500
q 50 10 500
A 3.250 2.400 -850
p' 50 15 750
q' 50 10 500
p 100 15 1.500
q 50 30 1.500
B 5.250 4.800 -450
p' 50 15 750
q' 50 30 1.500
p 100 15 1.500
q 50 5 250
C 2.750 2.400 -350
p' 50 15 750
q' 50 5 250
p 100 15 1.500
q 50 5 250
D 2.750 2.400 -350
p' 50 15 750
q' 50 5 250
TOC
Uma vez identificada esta nova restrição, definir sua melhor
utilização. O quadro abaixo apresenta uma priorização dos
produtos sob o enfoque da 2ª regra:

Produto p q p' q'


Preço de Venda ($) 90,00 100,00 72,00 80,00

Custo MP ($) 45,00 40,00 45,00 40,00

Margem Líquida ($) 45,00 60,00 27,00 40,00

Utilização Operador "A" (min) 15 10 15 10

Lucro Horário no gargalo ($/hora) 180,00 360,00 108,00 240,00

Priorização 3° 1° 4° 2°
TOC
Portanto, nesta nova situação, a priorização dos
produtos será: q, q’, p e p’, alterando-se sensivelmente
as restrições (operador “A” e o mercado para os
produtos q e q’), e a estrutura de lucros da empresa,
como mostram os cálculos:

Quantidade Tempo Disponível


Operador Produto Carga (min) Carga Total Folga (min)
(unidades) (min) (min)

q 50 10 500
A q' 50 10 500 2.400 2.400 0
p 93 15 1.400
TOC
LMq= $60 x 50= $3.000/semana
LMq’= $40 x 50= $2.000/semana
LMp= $45 x 93= $4.185/semana
$9.185/semana
-$6.400/semana
LMSEM= $2.785/semana

LI= 2.785 - 300


LI= $2.485/semana
PPI= 100.000/2.485 = 40,24 semanas (aproximadamente
0,77 anos – 9 meses)
TOC
Modelo de Decisão na Teoria das Restrições

Exibição Filme: A Meta – Versão How To


TOC
Os passos do processo decisório são:
TOC
Artigo: Teoria das Restrições – Novos conceitos ou
nova roupagem de antigos conceitos?

Autor: Roberto de Oliveira Júnior

Publicação: IX Congresso Internacional de Custos -


Florianópolis, SC, Brasil - 28 a 30 de novembro de 2005

Seu estudo foi realizado objetivando a comparação dos


conceitos da Teoria das Restrições com outros anteriores
a sua formulação, contidos na Pesquisa Operacional - PO
e na Margem de Contribuição por Fator Limitante -
MCFL.
TOC
A Pesquisa Operacional – PO tem seu início registrado,
como é conhecida atualmente, em 1939, onde estudos
foram realizados por equipes interdisciplinares de
cientistas, com o objetivo de revelar soluções aos
problemas militares de ordem estratégica e tática. (SILVA,
et all, 1998 apud OLIVEIRA JÚNIOR, 2005)

Trata-se de um conjunto de técnicas capazes de


solucionar problemas de decisão, que por meio da
construção de modelos matemáticos, de equações e
inequações, extraídas destes problemas, determinam a
melhor tomada de decisão.
TOC
Jonathan N. Harris publicou em 1936 o artigo “ What did we
earn last month?”, o qual apresentava em seu bojo a
metodologia do custeamento direto, onde os custos variáveis, e
somente estes, tem atribuição direta aos produtos, e por isto é
chamado por vários autores como Custeio Variável. (PONTE,
et al, 2004 apud OLIVEIRA JÚNIOR, 2005).

Ao aplicar a margem de contribuição por produto pode-se


obter um resultado unitário capaz de auxiliar os gestores na
tomada de decisão, e desta forma verificar qual produto tem a
maior margem de contribuição e conseqüentemente priorizar
sua produção em função de algum fator de limitação, por
exemplo.
TOC
Conforme Oliveira Júnior, ao observar, de forma
comparativa, os três conceitos, pôde-se concluir que existe
uma fina semelhança entre eles, mais especificamente em
relação à tomada de decisão no ambiente das restrições.
Desta forma, a TOC revelou-se muito mais como uma
prática derivativa de conceitos pré-existentes do que como
uma nova teoria.
A TOC trouxe de forma organizada e objetiva conceitos
idealizados por pesquisadores em anos anteriores a sua
divulgação, que igualmente tratavam da tomada de
decisão num contexto empresarial restritivo.
TOC

Entretanto, cabem algumas considerações quanto à


importância da TOC, visto que a mesma estabeleceu uma
nova forma de pensar a gestão empresarial, de forma
sistêmica, por meio de uma estrutura organizada de
filosofia de trabalho desde a alta administração até o chão
de fábrica.
REFERÊNCIAS TOC
BORNIA, Antônio Cézar. Análise Gerencial de Custos: aplicação em empresas modernas. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2009.

COGAN, Samuel. Teoria das Restrições versus outros métodos de custeio: uma questão de curto prazo ou de longo prazo.
Revista Universo Contábil, ISSN 1809-3337, Blumenau, v. 1, n. 3, p. 08-20, set./dez. 2005.

FASSBINDER, Jarbas Alberto. Teoria das Restrições: estudo da utilização da contabilidade de ganhos no processo de
administração de marketing. Brasil/Argentina, Tese de mestrado, Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales, 1999.

GIUNTINI, Norberto. Teoria das Restrições: uma nova forma de “ver e pensar” o gerenciamento empresarial. São Paulo, 2002.
Disponível em <http://www.gestaodecarreira.com.br>. Acesso em: 22 out. 2009.

GOLDRATT, Eliyahu M. A sindrome do palheiro: garimpando informação num oceano de dados. São Paulo: Educador, 1991.

_________; COX, Jeff. A Meta. São Paulo, IMAM, 1990.

GUERREIRO, Reinaldo. A Teoria das Restrições e o Sistema de Gestão Econômica: uma proposta de Integração
Conceitual. São Paulo, Tese de Livre Docência, FEA-USP, 1995.

HAUPTLI, V. F; DUCATI, E. Um estudo sobre a possibilidade de integração entre o ABC (Custeio Baseado em Atividades) e a
TOC (Teoria das Restrições). In: Congresso de Controladoria e Contabilidade, 4., 2004, Anais... São Paulo. – Site:
http://www.congressousp.fipecafi.org/artigos12004/208.pdf (acessado em 22/10/2009).

OLIVEIRA JÚNIOR, Roberto. Teoria das Restrições – Novos Conceitos ou Nova Roupagem de Antigos Conceitos?. In: IX
Congresso Internacional de Custos - Florianópolis, SC, Brasil - 28 a 30 de novembro de 2005.

SOUZA, Fernando Bernardi de. Do OPT à Teoria das Restrições: avanços e mitos. Revista Produção, v. 15, n. 2, p. 184-197,
Maio/Ago. 2005.

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