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Trabalho de Estruturas em Madeira
Trabalho de Estruturas em Madeira
ESTRUTURAS EM MADEIRA
Palmas
2009
ESTRUTURAS EM MADEIRA
Palmas
2009
SUMÁRIO
01. Introdução......................................................................................... 03
14. Curiosidades..................................................................................... 44
16. Conclusão......................................................................................... 54
INTRODUÇÃO
A madeira como um material de construção sempre foi utilizado pelo homem desde
épocas pré-históricas. Até o século passado, as mais importantes obras de engenharia eram
construídas com pedra ou madeira, combinando-se freqüentemente os dois matérias.
Apesar do longo período de utilização, só na primeira metade do século XX foram
estabelecidas teorias técnicas aplicadas às estruturas de madeira. Após a II Guerra Mundial, as
pesquisas tecnológicas tiveram grande incremento, dispondo-se hoje de métodos precisos para
o projeto das mais variadas formas estruturais.
A sua alta flexibilidade da liberdade na modelação arquitetônica., seja em uma
construção nova ou na modernização, na construção estrutural, tornando-se versátil e quando
bem trabalhado um acabamento ideal.
Devido o pouco conhecimento na área e a complexidade para calcular estruturas com
esse material o grupo foi a favor de demonstrar o uso rotineiro, idéias, métodos de proteção,
modelos de estruturas e gráficos de pré-dimensionamento sem aprofundar nos cálculos, porem
esse documento serve para os novos acadêmicos perceberem a importância desse componente
na construção civil, e por ser bem ilustrativo não o torna uma leitura cansativa mais sim divertida
no ponto de vista pedagógico.
Desta maneira esse trabalho fornecerá um base para o estudo deste material, suas
propriedades, tipos , estruturas, curiosidades e orçamentos atualizados, vantagens,
desvantagens entre as mais varias formas de utilização , idéias e recursos para um bom
desempenho em sua obra e sem interferir ou agredir no ecossistema de sua região.
A necessidade de cobrir espaços cada vez mais amplos tornou a estrutura mais
complexa; ou seja, as peças inclinadas exigiam um apoio intermédio, surgindo assim as escoras
e o contra nível, uma peça horizontal.
Para um maior aproveitamento do espaço e maior facilidade para realizar aberturas
para o exterior, as peças de suporte direto da cobertura deixaram de estar diretamente ligadas
ao solo, passando ser apoiadas em elementos verticais, realizando assim o esqueleto de
paredes, isto é, um conjunto de vigas e pilares.
Nos fins do século XIX o grau de evolução já atingido pareceu não permitir maiores
progressos. O aparecimento do aço, com perfis de forma e dimensões extremamente variadas,
foi possibilitando a realização de novas e mais arrojadas estruturas, correspondendo às
exigências do desenvolvimento industrial como as grandes oficinas, hangares para aviação,
pontes de grande vão, por exemplo. Verificou-se, paralelamente, um rápido e grande progresso
no domínio do cálculo das estruturas e do conhecimento das propriedades dos materiais. A
madeira, de emprego empírico e tradicional, começou a ceder o seu lugar ao novo material. A
crise acentuou-se com o progresso do betão armado, estando as aplicações da madeira, em
muitos países, em grande decadência.
No entanto, nos últimos anos, tem sido feito um esforço no sentido de reabilitar a
madeira como material principal de construção. Inevitavelmente abandonou-se os sistemas
construtivos clássicos, uma vez que nos dias de hoje se dispõe de meios mais eficazes para
realizar as ligações. Apareceram novas idéias, novas concepções estruturais, com peças de
secções compostas, cujas características se aproximam cada vez mais das do aço. O emprego
de estruturas laminadas coladas, o progresso nos contra placados e aglomerados, um melhor
conhecimento das suas propriedades mecânicas, são outras tantas formas que levam novas
perspectivas de um maior emprego da madeira à sua origem, construção.
II - tem resistência à choques e cargas dinâmicas absorvendo impactos que dificilmente seriam
com outro materiais.
III - heterogeneidade e anisotropia naturais de sua constituição fibrosa. alem de suas dimensões
limitadas. podendo estes
inconvenientes serem resolvidos pela laminação, contra placados e aglomerados.
Casca: É a proteção do tronco alem de conduzira seiva elaborada nas folhas para o
tronco. A parte externa é morta e denominada cortiça, a parte interna por onde passa a seiva é
denominada floema. A parte externa pode ser renovada visto que é elemento morto, não
apresentando interesse como material de construção com exceção de alguns casos onde é
aproveitada como material de acabamento e termoacústicas. A parte interna da casca transporta
a seiva das folhas ao caule.
Câmbio: E uma camada muito esbelta que se situa entre a casca e o lenho, constituída
de tecido vivo sendo tão importante quanto à parte interna da casca. Seu seccionamento produz
a morte da árvore, sendo esta uma maneira eficiente de permitir a seca da mesma em pé. O
estrangulamento do tronco com um arame impossibilita seu desenvolvimento e conseqüente
morte. Estando em pé a secagem é natural evitando trancas e rachaduras comuns em espécies
como o eucalipto.
A partir do câmbio são gerados os anéis anuais de crescimento que podem ter coloração
diferenciadas, dependendo da época do ano em que se encontram e do tipo de madeira.
Apertados indicam árvores com alta resistência, largos, com baixa
resistência, definindo-se a idade da árvore pelo número de anéis encontrados.
Problemas decorrentes de estiagens, pragas, etc., provocam defeitos que irão alterar as
características físicas e mecânicas da madeira.
Lenho: É o núcleo do tronco, sendo portanto a parte resistente da árvore. Desta parte é
retirada através de desdobro do material utilizado na construção civil. É constituído pelo alburno
que é a parte mais externa, e pelo cerne que é a parte central do tronco, sendo formado por
células mortas ou esclerosadas. Este fato torna-o mais resistente visto não existir nesta região a
seiva, e consequentemente não ser atrativo à insetos e outros agentes de deterioração. A
A outra é o desdobro radial que corta o tronco na direção do seu diâmetro evitando-se
entretanto a medula ( fig b).
O desdobro radial produz peças de melhor qualidade, tendo menor rachaduras durante a
secagem, menores empenamentos e defeitos provenientes da heterogeneidade.
E inconveniente devido ao alto custo de produção, sendo aconselhável somente em
aplicações especiais.
A última etapa da produção da madeira é o aparelhamento da peça ou
beneficiamento da mesma. Aparelhamento é a padronização das medidas ao passo que o
beneficiamento é sua utilização com acabamento aparente.
Como funciona
As certificadoras
No Brasil existem atualmente cinco certificadoras credenciadas pelo FSC IC. Estas
certificadoras estão autorizadas a avaliar as unidades de manejo florestal - empresariais ou
comunitárias - e as indústrias processadoras - cadeia de custódia - e permitir o uso da logomarca
do FSC.
VANTAGENS DO USO
As vantagens do uso da madeira como material de construção são muitas, nomeadamente:
1. Produto Natural - a madeira é um produto de origem natural e renovável, cujo
processo produtivo em relação a outros produtos industrializados, exige baixo consumo
energético e respeita a natureza. Constitui um dos escassos materiais de construção de
origem natural, o que à partida lhe proporciona uma série de vantagens em relação aos
demais. A madeira de uso corrente não é tóxica, não liberta odores ou vapores de origem
química, sendo, portanto segura ao toque e manejo. Ao contrário de outras matérias-primas
a madeira quando envelhece ou deixa de desempenhar a sua função estrutural, não constitui
qualquer perigo para o meio ambiente, já que é facilmente reconvertida.
2. Renovável - fazemos uso da madeira como matéria-prima há milhares de anos.
No entanto este recurso contínua disponível e a crescer em novos povoamentos florestais.
Enquanto novas árvores forem plantadas de forma conscienciosa e sem comprometer os
recursos naturais e, repor as abatidas, a madeira vai continuar a estar disponível.
3. Armazéns de Carbono - para a formação da madeira, as árvores captam o
carbono da atmosfera, e libertam oxigênio. Ao fazermos uso da madeira, estamos a
armazenar o carbono absorvido durante o tempo de vida da obra ou edifício no estado sólido
e, portanto, a evitar que este se liberte para a atmosfera e, agrave o problema ambiental do
efeito de estufa.
4. Excelente Isolante - o isolamento é um aspecto importantíssimo para a redução
da energia usada no aquecimento e climatização de edifícios. A madeira é um isolante
natural que pode reduzir a quantidade de energia necessária na climatização de espaços
especialmente quando usada em janelas, portas e pavimentos. Apresenta boas condições
naturais de isolamento térmico e absorção acústica.
5. Fácil de Trabalhar - trata-se de uma matéria-prima muito versátil que pode ser
usada de forma muito variada e que cumpre com certas e determinadas especificações, de
acordo com o tipo de aplicação pretendida. Permite ligações e emendas fáceis de executar.
6. Durabilidade - Os arqueólogos pesquisam peças antigas ainda existentes em
madeira tais como: sarcófagos, embarcações, esculturas, utensílios domésticos, armas,
instrumentos musicais, elementos de construções. É possível observar-se algumas dessas
peças em perfeito estado.
7. Segurança - A madeira não oxida. O metal quando é levado a altas
temperaturas pela ocorrência de fogo deforma-se, perdendo a função estrutural.
Estes inconvenientes fizeram com que a madeira fosse numa determinada época,
TIPOS DE TRELIÇAS(TESOURAS)
Alguns modelos de tesouras.
NOMENCLATURAS DA MADEIRA
Apresentam-se nas tabelas abaixo a nomenclatura, seguida das seções comerciais das
madeiras encontradas no Brasil.
Para atingir os objetivos deste trabalho os usos da madeira foram agrupados como segue:
Construção civil pesada externa - Engloba as peças de madeira serrada usadas para estacas
marítimas, trapiches, pontes, obras imersas, postes, cruzetas, estacas, escoras e dormentes
ferroviários, estruturas pesadas, torres de observação, vigamentos, tendo como referência a
madeira de angico-preto (Anadenanthera macrocarpa).
Construção civil pesada interna - Engloba as peças de madeira serrada na forma de vigas,
caibros, pranchas e tábuas utilizadas em estruturas de cobertura, onde tradicionalmente era
empregada a madeira de peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron).
Construção civil leve externa e leve interna estrutural - Reúne as peças de madeira serrada
na forma de tábuas e pontaletes empregados em usos temporários (andaimes, escoramento e
fôrmas para concreto) e as ripas e cáibros utilizadas em partes secundárias de estruturas de
cobertura. A madeira de pinho-do-paraná (Araucaria angustifolia) foi a mais utilizada, durante
décadas, neste grupo.
Os textos abaixo foram transcritos da NBR 7190/1997 e tem a intenção de transmitir uma idéia geral
do conteúdo desta norma.
CONCEITOS
Generalidades
Desenhos - Os desenhos devem estar elaborados de acordo com o Anexo A desta Norma
(Desenho de estruturas de madeira) e a NBR 5984 (Norma geral de desenho técnico). Nos
desenhos estruturais devem constar, de modo bem destacado, as classes de resistência das
madeiras a serem empregadas. As peças estruturais devem ter a mesma identificação nos
desenhos e no memorial justificativo. Nos desenhos devem estar claramente indicadas as partes
do memorial justificativo onde estão detalhadas as peças estruturais representadas.
As propriedades da madeira são condicionadas por sua estrutura anatômica, devendo distinguir-
se os valores correspondentes à tração dos correspondentes à compressão, bem como os
valores correspondentes à direção paralela às fibras dos correspondentes à direção normal às
fibras. Devem também distinguir-se os valores correspondentes às diferentes classes de
umidade, definidas em abaixo. A caracterização mecânica das madeiras para projeto de
estruturas deve seguir os métodos de ensaio especificados no Anexo B desta Norma.
Densidade - Define-se o termo prático "densidade básica" da madeira como sendo a massa
específica convencional obtida pelo quociente da massa seca pelo volume saturado. A massa
Rigidez - A rigidez dos materiais é medida pelo valor médio do módulo de elasticidade,
determinado na fase de comportamento elástico-linear. O módulo de elasticidade na direção
paralela às fibras é medido no ensaio de compressão paralela às fibras e o módulo de
elasticidade na direção normal às fibras é medido no ensaio de compressão normal às fibras.
Na falta de determinação experimental específica permite-se adotar:
Umidade - O projeto das estruturas de madeira deve ser feito admitindo-se uma das classes de
umidade especificadas na tabela 7 . As classes de umidade têm por finalidade ajustar as
propriedades de resistência e de rigidez da madeira em função das condições ambientais onde
permanecerão as estruturas. Estas classes também podem ser utilizadas para a escolha de
métodos de tratamentos preservativos das madeiras estabelecido no anexo E desta Norma.
4 >85% >25%
AMOSTRAGEM
Para a investigação direta de lotes de madeira serrada considerados homogêneos,
cada lote não deve ter volume superior a 12 m3 . Do lote a ser investigado deve-se extrair uma
amostra, com corpos-de-prova distribuídos aleatoriamente ao longo do lote, devendo ser
representativa da totalidade do mesmo. Para isso não se devem retirar mais de um corpo-de-
prova de uma mesma peça. Os corpos-de-prova devem ser isentos de defeitos e retirados de
regiões afastadas das extremidades das peças de pelo menos 5 vezes a menor dimensão da
seção transversal da peça considerada, mas nunca menor que 30 cm. O número mínimo de
corpos-de-prova deve atender aos objetivos da caracterização:
TIPOLOGIA
Caracterização das propriedades das madeiras
• Caracterização completa da resistência da madeira: (d), (e), (f), (g), (h), (m) e (b);
• Caracterização mínima da resistência: (d), (e), (h) e (b);
• Caracterização simplificada da resistência da madeira serrada
Permite-se a caracterização simplificada das resistências da madeira de espécies usuais a partir
dos ensaios de compressão paralela às fibras.
ENSAIOS
a) umidade;
b) densidade;
c) estabilidade dimensional;
d) compressão paralela às fibras;
e) tração paralela às fibras;
f) compressão normal às fibras;
g) tração normal às fibras;
h) cisalhamento;
i) fendilhamento;
j) flexão;
k) dureza;
l) resistência ao impacto na flexão;
m) embutimento.
n) cisalhamento na lâmina de cola;
o) tração normal à lâmina de cola;
p) resistência das emendas dentadas e biseladas
Angelim Araroba Votaireopsis araroba 688 50,5 69,2 3,1 7,1 12876 15
Angelim Ferro Hymenolobium spp 1170 79,5 117,8 3,7 11,8 20827 20
Angelim Pedra Hymenolobium petraeum 694 59,8 75,5 3,5 8,8 12912 39
Angelim Pedra Verdadeiro Dinizia excelsa 1170 76,7 104,9 4,8 11,3 16694 12
Casca Grossa Vochysia spp 801 56,0 120,2 4,1 8,2 16224 31
Cedro Amargo Cedrella odorata 504 39,0 58,1 3,0 6,1 9839 21
Cedro Doce Cedrella spp 500 31,5 71,4 3,0 5,6 8058 10
E. Grandis Eucalyptus grandis 640 40,3 70,2 2,6 7,0 12813 103
Garapa Roraima Apuleia leiocarpa 892 78,4 108,0 6,9 11,9 18359 12
Louro Preto Ocotea spp 684 56,5 111,9 3,3 9,0 14185 24
Oiticica Amarela Clarisia racemosa 756 69,9 82,5 3,9 10,6 14719 12
As propriedades de resistência rigidez apresentadas neste anexo foram determinadas pelos ensaios realizados no Laboratório de Madeiras
e de Estruturas de Madeiras (LaMEM) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo
Pap(12% ) = massa específica aparente a 12% de umidade
fc0 = resistência à compressão paralela às fibras
Pinho do Paraná Araucaria angustifolia 580 40,9 93,1 1,6 8,8 15225 15
Pinus caribea Pinus caribea var. caribea 579 35,4 64,8 3,2 7,8 8431 28
Pinus bahamensis Pinus caribea var.bahamensis 537 32,6 52,7 2,4 6,8 7110 32
Pinus hondurensis Pinus caribea var.hondurensis 535 42,3 50,3 2,6 7,8 9868 99
Pinus elliottii Pinus elliottii var. elliottii 560 40,4 66,0 2,5 7,4 11889 21
Pinus oocarpa Pinus oocarpa shiede 538 43,6 60,9 2,5 8,0 10904 71
Pinus taeda Pinus taeda L. 645 44,4 82,8 2,8 7,7 13304 15
CURIOSIDADES
Tilamook Air Museum – Hangar B – A mais comprida estrutura de madeira do mundo
A Ponte FLISA é atualmente a maior ponte de madeira do mundo. Feita em madeira lamelada-
colada, esta ponte está sujeita diariamente a tráfego intenso e veio comprovar as qualidades da
madeira para este tipo de utilizações, demonstrando assim a sua competitividade, comparativamente
com o betão e com o aço.
ESTRUTURAS EM MADEIRA
Casa Folha - Estrutura de Madeira Laminada e Colada Curva
CONCLUSÃO
Com o estudo da madeira, esse componente essencial para a construção civil, naval
entre outras, que a primeira impressão parece ser um material frágil e de pouco durabilidade
nesse trabalho comprova-se que alem de ser um excelente material para os mais variados tipos
de construção, quando bem trabalhado pode substituir vários outros materiais com um diferencial
isolamento acústico, flexibilidade para o seu fácil manuseio etc. Porem a sua exploração precisa
ser consciente.O seu uso indevido é um agravante para o desmatamento e possui um peso
Sem esquecer que esse material é de extrema necessidade para o funcionamento das
obras pois quando não utilizado como parte da estrutura, é usada para fazer formas para a
estrutura em concreto.
E que após a leitura desse trabalho o leitor possa tirar o melhor, e entender e caso surja
um maior interesse na área, aproveite pois é uma ótima área de trabalho e quando bem feito e
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Sites
www.fsc.org.br
www.ebah.com.br
www.youtube.com
www.set.eesc.usp.br/lamem
www.pp.ufu.br/cobenge2001/trabalhos/mte114.pdf
www.ecivilnet.com/apostilas/apostilas_madeira.htm
images.google.com.br
portaldamadeira.blogspot.com/2008/12/vantagens-e-desvantagens.html
br.geocities.com/casaspre/madvant.htm
www.jular.pt/estruturas_madeiralamelada.asp
LIVROS
Anexos I (CD-Rom)
Anexos II (Orçamentos)