Você está na página 1de 29
MIDIA E POLITICA NO BRASIL: TEXTOS E AGENDA DE PESQUISA ANTONIO ALBINO CANELAS RUBIM FERNANDO ANTONIO AZEVEDO Os estudos de comunicagao e politica no Brasil tém histéria re- cente, Este texto pretende, de modo no exaustivo, rastrear seus iti- nerdrios, indicar suas tendéncias e sugerir uma agenda de pesquisa para in- vestigar este objeto de estudo que se constitui no lugar de convergéncia entre a politica e a comunicacao. De imediato, pode-se evocar a situagao politico-econémica da pais como um dos eixos determinantes da emergéncia recente destes estu- dos. A ditadura militar, se possibilitou, através de uma politica de comuni- cacao especifica, o desenvolvimento de uma l6gica de inddstria cultural e de uma ambiéncia comunicaciona! no pafs, simultaneamente reprimiu as interagSes possiveis entre politica e midia, sejam aquelas j4 presentes no perfodo anterior aos golpes de 64 e 68, sejam as novas modalidades de re- lacionamento possibilitadas pela acelerada expans&o das m{dias, em espe- cial a televisio. Este impedimento da politica livremente se realizar na socie- dade e em seus novos espacos (virtuais) de sociabilidade, engendrados pe- las midias, determinou, por conseguinte, que a eclosao significativa desta temética de estudos guardasse uma fntima conexdo com a redemocrati- zacio do pafs e, em especial, com os embates eleitorais, que, neste novo contexto, se realizam em uma sociedade na qual a comunicago se tornou ambiente constitutivo da sociabilidade. * Texto apresentado no Semindrio Temético, “Midia, Politica ¢ Opinio Pablica" - ANPOCS, 1997, 190 LUA NOVA N° 43 — 98 A PRE-HISTORIA DOS ESTUDOS Os estudos de comunicacdo num formato contemporaneo sur- gem no pafs nos anos 70, mas semelhante afirmativa nao deve ser feita em relago s andlises de midia e politica. Nos anos 70, em particular no seu perfodo inicial, estes estudos eram quase inexistentes. Dentre estas poucas excegdes podem ser citados: a significativa contribuiggo de Gabriel Cohn para a andlise das conexdes entre comunicagdo, teoria e ideologia (Cohn,1973), a investigacao a partir de um modelo quantitativo, acerca da politica no noticiério do Jornal do Brasil e Ultima Hora entre 1960 ¢ 1971 empreendida por Lucila Scavone, Maria Belloni e Cléa Garbayo (Sca- vone,1975) ¢ a andlise de discurso realizada por Haquira Osakabe, voltada para preocupagGes te6ricas e para a andlise empitica de discursos de Getilio Vargas (Osakabe, 1978). A ampliagao dos espagos democriticos no final da década de 70 € no infcio dos anos 80 permitiu o surgimento de intimeras investigagdes nas fronteiras alargadas da temdtica comunicagao e politica. Duas ver- tentes de estudos entdo se esbogaram, sem que isto significasse necessaria- mente afinidades te6ricas. Antes conformavam espécies de sub-teméticas, articuladas pela preocupacdo dominante de pensar as m{dias como aparel- hos de luta politica e principalmente ideolégica. Deste modo, a atengdo voltava-se para a articulacdo entre comunicagao e regimes autoritarios; classes dominantes e setores subalternos. Livros como A censura politica na imprensa brasileira 1968- 1978 de Paolo Marconi (Marconi,1980); Comunicagdo de massa sem mas- sa e Televisao e capitalismo no Brasil (Caparelli, 1980 e 1982, respectiva- mente); Estado Novo: ideologia e propaganda politica (Garcia, 1982); The impact of the 1964 revolution on brazilian television (Mattos,1982); O dis- curso sufocado e Imprensa e capitalismo (Marcondes Filho, 1982 ¢ 1984, respectivamente); além dos coletivos Comunicagdo e classes subalternas (Mello,1980) e Comunicagao e ideologia (Neotti,1980) podem ser alguns dos exemplos lembrados para demonstrar a intensa politizagao dos estudos e de modo simulténeo a persisténcia da auséncia de trabalhos sobre novas modalidades de interagdo entre m{dia e politica, as quais permaneciam bloqueadas pelo autoritarismo estatal brasileiro. Alids, as controversas relagSes entre © perfodo ditatorial e a co- municagdo permanece como temitica revisitada mesmo por trabalhos de- senvolvidos posteriormente. Dois deles, uma tese de doutoramento e uma dissertagio de mestrado, podem ser citados: Modos de olhar o discurso MIDIA E POLITICA NO BRASH 191 autoritdrio no Brasil (1968-1978): 0 noticidrio de primeira pégina na im- prensa e a propaganda governamental na televisdo (Matos, 1989) e Dita- dura & sedugao. Redes de comunicagao e coergao no Brasil - 1969/1974 (Weber, 1994). Nao por acaso, um balango sobre a pesquisa em comunicagao no pais, realizado em congresso no comeco dos anos 80 e transformado posteriormente em livro, além de nao destacar comunicagio e politica como érea especifica, traz muito poucas indicagées de trabalhos produzi- dos ou em andamento acerca da tematica (Melo, 1983). A campanha pelas “Diretas, j4” (1984) e o fim da ditadura (1985) certamente aparecem como primeiros momentos que poem em movimento, ainda que sutilmente, a mutag4o significativa dos estudos brasileiros de midia e politica, sintonizando-os com as questdes carac- terfsticas das sociedades ambientadas pelas midias. Este ponto de mutagiio esta expresso em alguns livros e artigos publicados no perfodo. Dentre eles cabe destacar A maquina do narciso. Televisdo, individuo e poder no Brasil, no qual Muniz Sodré reflete acerca das repercusses da m{dia na contemporaneidade e, em particular, da tele- visdo sobre o individuo, a sociedade e a politica. Os impactos de uma so- ciedade de ambiéncia mididtica, j4 conformada no pais, sobre as configu- tagGes de uma polftica em transigaéo comegam entao a ser esbogadas. Outros textos buscam também analisar a nova situagdo. Um deles, o de Gisela Swetlana Ortriwano, sintomaticamente intitulado “Tele- visio e abertura: ensaio geral” (Marcondes Filho, 1985), tenta pensar as novas modalidades de conexdo em formacao. Neste contexto também se inscrevem os livros, publicados em 1985: Comunicagdo: teoria e politica (Melo,1985-1) e Comunicagdo e transigdo democrdtica (Melo, 1985-1). Com dificuldades, certamente oriundas do inusitado da situagao, livros posteriormente buscam tematizar esta nova situagao da interagdo en- tre politica e mfdia, agora livre dos entraves do perfodo autoritdrio, e sub- sumidas as I6gicas oriundas da politica em transigao, da inddstria cultural € suas “gramiticas”. Denire estes livros podem ser rememorados: Opinido piblica e debates politicos e Pesquisas eleitorais no debate da imprensa (Thiollent, 1986 e 1989, respectivamente); Virada eletrénica. O marketing politico na TV (Vianney,1987) ¢ Politica, 0 palco da simulacéo (Brum, 1988), além do artigo “Campanha politica e meios de comuni- cacao: a vitoria de Janio em Sao Paulo, 1985” (Silva,1986). A trajet6ria da revista Comunicagdo & Politica, fundada em margo/maio de 1983, também pode ser acionada para elucidar esta passa- 192 LUA NOVA N°43—98 gem. Em seus primeiros cinco néimeros a revista parece trabalhar a comuni- cago e a politica como preocupagées paralelas, que nunca se encontram de modo significativo. Muitas vezes, esta possfvel aproximagao s6 acontece enquanto discussao das politicas (democraticas) de comunicagdo. A re- versao deste cardter somatério comega a ocorrer em torno dos meados da dé- cada de 80. Para isto, contribui 0 artigo de Roberto Amaral Vieira e César Guimaraes denominado “A televisdo brasileira na transigao. Um caso de conversao répida 4 nova ordem” (Vieira,1986). Seguem-se a ele neste per- curso para as novas questdes 0s artigos. presentes no nono niimero da revis- ‘The State, television and political power in Brazil” (Lima, 1989) e prin- cipalmente “Mcios de comunicagao de massa ¢ eleigdes (um experimento brasileiro)”, também de Amaral e Guimaraes (Vieira,1989), que contempla 0 tema das eleigées, tao importante para os posteriores estudos neste campo. O IMPACTO DAS ELEICOES PRESIDENCIAIS Sem diivida, a eleigao presidencial de 1989, realizada depois de 29 anos sem eleigées diretas para presidente, aparece como acontecimento detonador de um boom imediato e posterior de reflexdes sobre o enlace midia e polftica. Pode-se afirmar que este acontecimento eleitoral, ao fazer emergir em toda sua poténcia estas novas conexGes entre midia e politica, comega verdadeiramente a conformar um campo de estudos sobre comu- nicagdo e politica no pats, perpassado por olhares sintonizados com esta nova circunstancia de sociabilidade acentuadamente midiatizada. A rememoracao de alguns textos quase que escritos no calor da hora demonstra o impacto da eleigao de 1989 sobre a produgdo académica. A revista Comunicagdo & Politica, em duas edigdes publicadas em 1989 e 1990, traz quatro artigos sobre a temética. No seu mimero nove aparece 0 texto “Comunicagao, espaco ptiblico e eleigdes presidenciais”, na qual a midia, em especial as telenovelas, j4 emergem como componentes impor- tantes da construgo do cenério politico (Rubim,1989). Na edigGo de ndmero 11, a revista publica quatro artigos, que tém desdobramentos pos- teriores desta érea de estudos: “O presidente na televisdio. A construgao do sujeito e do discurso politico no guia eleitoral” (Fausto Neto, 1990); “Tele- visio e politica: hipétese sobre a eleigéo presidencial de 1989” (Lima, 1990); “ComunicagZo e politica: enigma contemporaneo” (Rubim,1990) € “Pedagogias de despolitizagio e desqualificagio da politica brasileira” (Weber, 1990), MIDIA E POLITICA NO BRASIL 193 A lista das reflexes imediatas, sem uma preocupagdo exausti- va, pode ser acrescida dos seguintes textos: “Industria da comunica personagem principal das eleicées brasileiras de 1989” (Lins da Sil- va,1990); Como ganhar uma eleigdo (Figueiredo e Figueiredo,1990); A cena persuasiva da propaganda politica (Valle,1990) e “Politica ¢ cultura no Brasil contempordneo: a experiéncia das eleigdes presidenciais de 1989” (Pereira,1991). Este impacto certamente nao se circunscreveu ao entorno tem- poral das eleig&es, mas permitiu posteriormente a emergéncia de novos es- tudos atentos ao tema da elei¢do (inauguradora) de 1989. Dentre estes tra- balhos, muitos deles dissertages e teses, podem ser lembrados: The role of television ‘free-time’ in Brazil: a study of the 1989 presidential election in a comparative pesrpective (Sousa,1993); Eleigdes 89: a razdo ¢ a sedugdo das elites (Aguiar,1993); O centro do labirinto: um estudo sobre a competigdo eleitoral na tv (Carvalho,1994); Cultura politica e ima- gindrio. Eleigdo, cultura politica e comunicagdo: a elei¢do presidencial de 1989 (Guimardes,1995); Politica e televiséo: 0 hordrio gratuito de propaganda eleitoral e A batalha da presidéncia: 0 hordrio eleitoral na campanha de 1989 (Albuquerque,1991 e 1996, respectivamente) e Cons- truindo o significado do voto: retérica da propaganda politica pela tele- visdo (Soares, 1996), além de intimeros artigos em revistas e capitulos de livros dedicados a esta temitica. No interregno entre as eleigdes presidenciais de 1989 e 1994 0 episddio do impeachment do presidente Collor produziu uma nova quanti- dade de estudos, imediatos e posteriores, que contribufram para a conti- nuidade do delineamento desta 4rea académica. Novamente sem preocu- pagdo de produzir uma listagem exaustiva, podem ser recordados os textos: “Museu nostdlgico: guerrilheiros udenistas” (Bucci,1992), “Deve- ras, uma fabulagao do real?” (Castro, 1993); “O espetéculo da crise: os me- dia e 0 processo de impeachment contra Collor” (Albuquerque,1993); “Politica em tempos de media: impressdes de crises” (Rubim,1993); “A. cara pintada da politica” (Weber, 1993); “Vozes do impeachment” (Fausto Neto,1994); O impeachment da televisdo (Austo Neto,1995) e Imprensa e poder: ligagdes perigosas (José,1996). A eleigao de 1994, apesar dos limites impostos pela legislacao eleitoral no uso da midia pelos partidos e candidatos (Imprensa Ofi- cial,1993 e Rubim,1994-1), como por exemplo a proibicdo da utilizago de externas e de truncagens, permitiu o desenvolvimento de um novo conjun- to de reflexdes, consolidando a instalagdo do objeto e campo de estudos 194, LUA NOVA N° 43 —98 midia e politica, em uma configuragdo mais recente, no universo académi- co brasileiro. Elencar todo 0 conjunto de atos ¢ falas académicos acionados para esta consolidacdo certamente exirapola as fronteiras deste rapido pa- norama que se tenta tragar. Sem diivida, intimeros foram os trabalhos apre- sentados em encontros e os artigos publicados em diversas revistas, além das dissertagdes defendidas e dos livros publicados (Almeida,1996) sobre as conexes entre midia e eleigdes de 1994. Dentro deste contexto, duas vertentes de estudos comegam a se afirmar. Uma delas enfatiza os estudos do discurso politico-eleitoral e outra a questio dos cendtios politico- eleitorais. Na bibliografia deste artigo, busca-se indicar, mesmo que de modo incompleto, os textos localizados sobre estas tematicas. A emergéncia da temética da comunicagao e politica, sob o im- pacto das eleigdes presidenciais, ndo s6 propiciou uma proliferagio de es- tudos e publicagbes como estimulou a constituigdo de espacos de in- tercAmbio académico acerca do assunto. Talvez a primeira destas oportunidades de debate especifico ten- ha sido permitida pelo I Simpdsio Nacional de Pesquisa em Comunicagao, realizado pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (CBELA), em novembro de 1990, na Escola de Artes e Comunicagdes da Universi- dade de Sao Paulo. A revista Comunicagéo & Politica, do CBELA, em sua conhecida edigao intitulada “Comunicacio e poder. Televiséo & eleiges presidenciais”, quase que se constitui em uma publicago mon- ogrdfica destes textos apresentados no grupo de trabalho “Comunicagio & poder”, entdo formado, Um ano depois, em novembro de 1991, 0 grupo de trabalho, agora também vinculado a recém criada Associagdo Nacional de Progra- mas de P6s-Graduacao em Comunicago (COMPOS), realiza uma reuniao especifica em Salvador. Os 17 trabalhos apresentados no evento foram re- unidos em Anais ¢ sete deles publicados em niimero especial e mon- ogréfico (27) da revista Textos de Cultura e Comunicagdo. “Em novembro de 1992, durante o primeiro encontro anual da COMPOS, realizado na UFRJ, foi realizada a mesa-redonda “Comuni- cagao e politica na atualidade”, sendo criado durante a reunidio o grupo de trabalho em “Comunicacao e politica”. O GT tem sua reunido inaugural em agosto do ano seguinte durante o segundo encontro anual da COMPOS, realizado na UFBA. Desde ento tornou-se um dos grupos de trabalho mais organizados e ativos da Associagao e um dos pélos de aglu- tinagdo de estudiosos de comunicagio e politica no pafs. Em suas cinco MIDIA E POLITICA NO BRASIL 195 reunides de trabalho j foram apresentados por volta de 60 “papers” pro- duzidos por mais de 30 pesquisadores de intimeras instituigées univer- sitdrias brasileiras. Os principais textos apresentados tem sido seleciona- dos e publicados nos livros anuais editados pela entidade: Comunicagao e cultura contempordneas (1993); Brasil, Comunicagdo, cultura e politica (1994); A encenagdo dos sentidos. Midia, cultura e politica (1995); O in- dividuo e as midias (1996) e Midia & Comunicagao (1997). Além deste encontro anual da COMPOS e de seu GT especializa- do, 0s estudiosos da temética tém apresentado “papers” em diversos lugares académicos, em especial em grupos de trabalho nas reuni6es anuais da As- sociago Nacional de Pesquisa e P6s-Graduacao em Ciéncias Sociais (AN- POCS) e realizado alguns semindrios voltados especialmente a este tema. Dentre eles podem ser destacados: 0 semindrio Voto é market- ing?, realizado em 1993 na Escola de Comunicacao da UFRJ, cujos textos e debates esto publicados em Voto é marketing? (Azevedo, 1993); 0 I Sem- indrio sobre Midia e politica, realizado pelo GT “Midia e politica” do Mes- trado de Ciéncia Politica da UNB em junho de 1994; 0 seminério Politica, cultura e midia: a experiéncia brasileira, promovido pelo Nticleo de Estu- dos e Pesquisas Sociais do Mestrado de Sociologia da Universidade Federal do Ceara, em setembro de 1994 e ainda neste animado ano, em dezembro, 0 I Encontro Nacional de Estudos sobre Comunicagdo e Politica, com a temitica central “Midia e eleigdes de 1994”, promovido pelo Programa de P6s-Graduago em Comunicacao e Cultura Contemporaneas da UFBA. Seus trabalhos foram publicados nas revistas Textos de Cultura e Comuni- cagdo (nimero 33) ¢ Comunicagao & Politica de abril/junho de 1995. Neste ano de consolidacio e de muitos acontecimentos na area de estudos de comunicagao e politica também foi realizado pela Faculdade de Comunicagao da UFBA 0 ciclo de debates Midia e politica ¢ 0 Curso de Especializagdo em Comunicagao e Politica. Para concluir esta retrospectiva de organizagao e intercdmbio académicos, certamente incompleta, cabe lembrar que, em maio de 1996, a PUC-SP, durante a VIII Semana de Ciéncias Sociais, Hist6ria, Geografia e Relagdes Internacionais, realizou um grupo de trabalho dedicado & tematica Média e politica. Este conjunto de atividades e encontros, ao criar pélos de gravi- taco, conhecimento e interlocugao entre os pesquisadores brasileiros, ver permitindo que a 4rea desenvolva uma mfnima organizag%o, impres- cindfvel para sua afirmagao como espago académico e interdisciplinar para seu reconhecimento entre nés como campo relevante de estudos. 196 LUA NOVA N°43 —98 LUGARES, PESQUISADORES E TEMATICAS A retrospectiva realizada até agora indica 0 descompasso de atengao, interesse e colaboraco das disciplinas envolvidas na constituigao deste campo interdisciplinar no Brasil. Isto fica nitido quando se compara, por exemplo, a preocupacio dos comunic6logos, apesar do cardter recente dos estudos de comunicagao no pafs, e a pouca presenca de investigagdes e intervengdes oriundas das Ciéncias Sociais e, em particular, na Ciéncia Politica, apesar da tradigao e do desenvolvimento académico e institucio- nal alcangado por estas disciplinas no Brasil Para além deste dado significative de composigio desigual do campo interdisciplinar, o panorama apresentado aponta alguns lugares in- stitucionais, embriondrios que sejam, de aglutinaco e elaboracao académi- cas. Estes lugares, sem diivida, devem funcionar como abrigos e estimulos para a produgdo de estudos e pesquisas que esto sendo atualmente desen- volvidos e que irdo dar contornos mais consistentes ao campo. A Escola de Comunicagdo da UFRI situa-se como um destes lugares. Apesar de uma certa diversidade de enfoques e orientagdes te6ricas, a Escola tem se caracterizado pela predominancia de estudos que se organizam em torno do discurso politico que perpassa a midia. Nestes estudos, inscritos em perspectivas semiolégicas, linguisticas e de andlise de discurso, destacam-se Ant6nio Fausto Neto, bem como 0 pro- fessor Milton José Pinto, orientador de muitas das dissertagdes defendi- das nesta drea. No contexto fluminense, o trabalho de Afonso de Albuquerque (UFP), centrado na compreensio da relagao entre politica e televisdo, prin- cipalmente a propaganda eleitoral, ocupa um peculiar espaco, pois sua in- sctigdo teérica distancia-se daquela predominante na UFRJ, trazendo ao debate um conjunto de estudiosos vinculados a tradi¢o anglo-sax6nica e buscando uma interlocugdo mais {ntima com autores oriundos das Cién- cias Sociais e Politica. Alids, os estudos dos discursos politico-midiéticos, como um dos territorios mais significativos de andlise das interages contem- pordneas entre comunicagao e politica, t&m incidéncia em diversos outros lugares e pesquisadores. Podem ser lembrados, entre outros, os estudos de discurso realizadas por estudiosos como, por exemplo: Murilo Soares (UNESP), Celi Pinto (UFRGS), Tereza Halliday (UFRPE) e Elias Gongalves (UFBA). A linha de pesquisa “Midia e politica” do Doutorado e Mestra- MIDIA E POLITICA NO BRASIL 197 do do UFBA, entretanto, nao se inscreve predominantemente neste hori- zonte te6rico-tematico, A preocupagdo majoritéria no Programa contempla a reflexdo sobre as transformacgdes em curso na sociabilidade contem- pordnea, compreendida como Idade Midia, porque impregnada e configu- rada por redes midiaticas, e suas ressonancias sobre o enlace entre comu- nicagio e politica. Neste ambiente importa 0 desenvolvimento tedrico e investigages empfricas, envolvendo as interag6es atuais entre os campos da politica e das midias, o problema dos espagos puiblico e virtual, a ética, as novas (e possfveis) configuragées e impasses da politica, o funciona- mento do jornalismo e da propaganda e a questo da democracia. Dentre outros localizam-se no programa os pesquisadores Antonio Albino Cane- Jas Rubim e Wilson Gomes. Preocupacdes assemelhadas, ainda que com perspectivas teGricas nao necessariamente aproximadas, com os padrées mididticos da politica esto presentes igualmente nos textos de pesquisadoras como Ma- ria Helena Weber (UFRGS), Ceres Castro e Vera Franca (UFMG) e Re- jane Vasconcelos (UFC). A Universidade Federal do Ceard, por sinal, em seu Programa de Doutorado e Mestrado em Ciéncias Sociais tem realizado algumas incurs6es no campo da comunicagio e politica através de alguns trabalhos de Irlys Barreira, Gléria Diégenes e Marcia Vidal, baseados, por vezes, em estudos de discurso e voltados para a compreensio de fenémenos da politica cearense. Também fora da drea de comunicagao, 0 Nticleo de Estudos so- bre Mfdia e Polftica da UNB tem se destacado no campo, concentrando suas investigagGes nos relacionamentos entre mfdia e comportamento elei- toral. Tais estudos tém a peculiaridade de sempre estarem orientadas pela hipotese do cenario de representagao da politica (CRP), formulada por Venicio Lima e aplicada em estudos empiricos pelos componentes do Nicleo, dentre eles o pesquisador Mauro Pérto. Ainda na UNB, o Mestra- do de Sociologia recentemente abrigou a dissertago Politica e midia: uma trilha na compreensdo sociolégica de Daniella Rocha, que analisa a pro- dugdo na area e busca uma alternativa teérica distinta das teses brasilienses do CRP. Para completar este quadro institucional e temético-tedrico, cabe assinalar no ambito das universidades brasileiras, o Laboratério de Midia e Politica da IUPERJ, dirigido pelo pesquisador Marcus Figueiredo, e 0 Centro de Estudos de Opiniao Publica da UNICAMP, o qual tem tangen- cialmente estudado a questo dos enlaces entre midia e politica no pais, a partir do lugar comum intitulado “opiniao pablica”. 198 LUA NOVA NP 43 — 98, AGENDA DE PESQUISA Sem diivida, o desenvolvimento recente, o interesse tardio e a fra- €a interlocugao entre cientistas sociais — em especial cientistas politicos — e comunicélogos, separados em mundos académicos distintos, se consti- tuem num dos principais fatores impeditivos 4 conformacdo de uma 4rea temética interdisciplinar — compartilhada basicamente por comunicdlogos e cientistas politicos, mas também por socidlogos, antropélogos, linguistas, semidlogos, fildsofos, etc. — capaz de viabilizar a convergéncia de abordag- ens analiticas distintas; permitir a aquisigio e uso comum de linguagem, modelos e procedimentos metodolégicos que demonstrem afinidades e, fi- nalmente, propiciar o desenvolvimento teérico acerca deste objeto comum. Evidentemente a inexisténcia deste campo de pesquisa interdis- ciplinar provocou prejufzos para a compreensdo mais rigorosa das relagdes existentes entre politica e midia. Esta situagdo terminou por gerar uma produgao dispersa do ponto de vista institucional, temético e te6rico- metodolégico nas dreas disciplinares afins, apesar dos pélos de agluti- nagdo ora em constituigao. A discussao de uma agenda de pesquisa deve permitir a criagio de condigées para reduzir descompassos, ampliar a interlocugao interdis plinar e inaugurar um itinerério mais consistente no sentido de conformar um campo comum de estudos. Nesta perspectiva dois horizontes de dis- cussdo tornam-se essenciais: 0 mapeamento da sua situacdo tedrica e a identificagao da agenda temdtica inscrita no campo. Uma pauta de pesquisa comum aos comunicélogos e cientistas sociais e politicos deve envolver uma avaliagao prévia nado sé da agenda temética hoje efetiva e em perspectiva, mas também do estado tedrico dos recursos metodolégicos atualmente mobilizados. Com certeza esta nado parece ser uma tarefa facil de realizar pois, se os temas que tém freqiientado os estudos apresentam-se como passfveis de identificagao ¢ mesmo de classificagiio, ndo se pode afirmar 0 mesmo, sem correr riscos de avaliacdo, em relago ao rastreamento tedrico e metodoldgico dos tra- balhos aqui considerados. Tal dificuldade provém da insuficiéncia de modelos tedricos anteriormente existentes; da j4 mencionada dispersiio da produgdo e sua existéncia recente; do cardter inovador de intimeras quest6es em cena, que exigem 0 uso de novas teorias e dispositivos metodolégicos e da inexistén- cia de um campo comum e interdisciplinar de pesquisa que possibilite a troca e a contraposigdo tedrico-metodolégicas mais nitidas. MIDIA E POLITICA NO BRASIL 199 Contudo — e apenas como um ponto de partida para uma possfvel discussao mais aprofundada sobre a questo — resume-se aqui as vinculagées teéricas mais evidentes e recorrentes que a produgdo conside- rada neste texto adotou na trajetéria que engloba o perfodo pioneiro (anos 70 e 80) € o momento seguinte que se desdobra até hoje (final dos anos 80 e década de 90). Entre os anos 70 e 80, como jé foi anotado em outra passagem deste texto, os temas retinham um territério alargado, com alta permeagao da categoria ideologia, certamente, na época, nogao chave demandada para desnudar a presumida relacao midia e politica. A nogao de indistria cultu- ral, muitas vezes manuseada de modo negativo e algo distinto do universo de seus formuladores Theodor Adorno e Max Horkheimer, inscritos na Es- cola de Frankfurt; a teoria da hegemonia de Antonio Gramsci e a nogéo derivada e transmutada dos aparelhos ideolégicos de Estado (ATE) passam a inspirar os estudos de comunicagdo e, em especial, aqueles localizados no campo da midia e politica. Mesmo os estudos estruturalistas, em forta- lecimento naqueles anos e com presenga significativa nas éreas da semio- logia e da lingufstica, privilegiam esta impregnancia da nogo de ideologia nas reflexdes acerca da comunicagao. Na verdade, a recorréncia a estas teses e tedricos guardam intima conexdo com a recep¢do positiva da Teo- tia Critica e das obras de Gramsci, desde o final dos anos 60, e com a as- censio do marxismo como paradigma dominante no ambiente univer- sitério brasileiro. O momento seguinte, inaugurado em torno do final dos anos 80, exige abordagens tedrico-metodolégicas que ensejem a compreensao da nova situagdio das relac6es entre midia e politica. Ele caracteriza-se pela novidade da presenga liberada da politica no espaco virtual engendrado pe- las mfdias, inclusive invadindo outros registros mididticos, como os ficcio- nais, e pelo impacto da comunicago mididtica na competi¢io eleitoral (eleigdes de 1989 e 1994) e no processo politico (impeachment de Collor). ‘A marca deste segundo momento manifesta-se em um complexo processo de reconfiguragdo tedrica e metodoldgica, ainda pouco definido quanto as suas diregdes predominantes. Mas a assimilagdo entre comuni- cacao e ideologia torna-se bastante nuangada pela introdugao de uma di- versidade de outros processos, perspectivas ¢ interesses de investigagao. Assim, algumas das orientagGes te6rico-metodolégicas anteriores persis- tem, mas modificadas pelo enfrentamento das novidades e pela novas aquisigGes te6ricas. Os estudos do discurso, por exemplo, sem abandonar obrigatori- 200 LUA NOVA N* 43 —98 amente as atitudes semiolégico-estrutural, sofrem acentuada influéncia dos procedimentos de leitura da corrente intitulada “anélise de discurso”, espe- cialmente de tradigdo francesa, e das teorias da enunciagdo e da recepgao. A produgdo da UFRJ em comunicagio e politica, por exemplo, inscreve-se majoritariamente nesta perspectiva. As teses gramscianas da hegemonia mantém vigéncia em uma diversidade de estudos, por vezes de modo quase puro, por vezes mitiga- das com formulagées posteriores, como 0 cultural studies, cujos principais autores Raymond Williams e Stuart Hall recebem forte influéncia do proprio pensamento de Gramsci. O exemplo mais elaborado no Brasil da assimilagao deste horizonte e da tentativa de, a partir dele e de outras con- tribuigdes afins, construir novos instrumentos de andlise (como a hipétese do CRP) esté localizado no Nicleo de Estudos sobre Midia e Politica da UnB. Além destas teorias e autores, intimeros outros esto presentes nos estudos de comunicacao ¢ politica do periodo em referéncia, Jiirgen Habermas certamente aparece como 0 mais referido deles, em especial por suas formulagées sobre a “esfera publica” e por suas teses sobre a “aco comunicativa”. Tais nogdes atravessam intmeros estudos de comunicagao e politica brasileiros, seja para serem rejeitados ou assimilados de modo critico e consistente ou, por vezes ainda, de modo apressado, sem o devido questionamento requerido pelo contexto tedrico de origem destas nogées. Dentre os franceses, além das presengas de Jean Baudrillard e Paul Virilio, destaca-se Pierre Bourdieu, mais pela influéncia de sua nogiio de campo social, base tedrica para a entendimento do campo das midias, que por suas teses acerca do “habitus” ou do “poder simbélico”. A presenga de autores anglo-saxéos ainda aparece de forma tfmida na literatura nacional, com a excecao jé assinalada dos trabalhos de Afonso de Albuquerque; de mais alguns outros autores e daqueles marca- dos pelos cultural studies, No entanto, certa assimilago das teses da agenda-setting e newsmaking permeiam muitos dos estudos aqui analisa- dos sem alcangar, entretanto, um posigéio central como por vezes ocorre nos Estados Unidos. Em zona de proximidade com as teses da agenda- setting, a reflexto de N. Luhmann acerca da “tematizagao”, filiada & tra- digdo te6rica européia, também nao teve uma recepgfio compattvel com a sua presenga intelectual internacional. isolamento entre os estudos académicos ¢ as pesquisas volta- das para o mercado (institutos de pesquisa, agéncias de marketing e propa- ganda, etc.), sem dtivida, também deve ser inclufdo como um dos fatores MIDIA E POLITICA NO BRASIL. 201 que dificultam um desenvolvimento mais rapido deste campo de estudos, em especial, em algumas dimenséés temdticas, como, por exemplo, aque- las mais préximas do comportamento eleitoral ou das andlises da “opinifio publica”. Quanto a identificagao da agenda tematica, ela deve nao s6 ser- vir para caracterizar os estudos jd existentes, mas, simultaneamente, ilumi- nar 0 territérios tematicos que conformam o campo e as questdes que de- mandam esforgos de investigagdes especfficas. Em uma aproximagio certamente preliminar pode-se propor as seguintes dimensdes: 1. compor- tamento eleitoral e midias; 2. discursos politicos midiatizados; 3. “estudos produtivos da midia” 4. ética, politica e mfdia; 5. midia e reconfiguracao do espaco piiblico (formagao da agenda, da opiniao pdblica e do ima- gindrio social, cendrios de representagao, etc); 6. sociabilidade contem- pordnea, midia e politica e 7. politicas piblicas de comunicagoes. 1. Apesar da crescente expansio dos estudos sobre midia ¢ comportamento eleitoral tanto na area da Ciéncia Politica quanto na Comunicagio, eles tendem, no primeiro caso, a subestimar 0 papel das midias no processo eleitoral e, no segundo caso, a superestimé-lo, Contudo, esta dimensao se constitui numa das mais operativas linhas de pesquisa desde as eleigdes presidenciais de 1989 e certamente voltaré a ganhar relevancia estratégica no préximo ano, quando ocorreré mais uma eleic&o presidencial casada com eleigdes estaduais e renovago do Congresso Nacional. Ela aglutina temas que articulam as midias e varios aspectos do processo politico, como a propaganda eleitoral, a formagao da agenda das midias e a agenda publica, o impacto da imprensa e da televisdo na decistio do voto, etc. Promissora do ponto de vista temético e contando com recursos metodolégicos e analfticos desenvolvidos e estatisticamente sofisticados, esta é uma linha de investigagdo nao s6 competitiva (em relaco a captagao de financiamentos individuais ou institucionais) como apresenta grandes chances de se consolidar como uma das dreas académicas mais dinamicas. Diante da proximidade das eleigdes de 1998, talvez fosse interessante dis- cutir inclusive a possibilidade efetiva de se articular um projeto interinsti- tucional de alcance nacional que permitisse mapear a influéncia da midia na competigao eleitoral e nas diversas regides do pafs, a exemplo do que 202 LUA NOVA NP 43 — 98 foi feito na célebre pesquisa eleitoral de 1974, que praticamente inaugurou a moderna investigaco sobre partidos e eleigGes no Brasil. re Os estudos dos atos de fala politicos, também uma linha de crescente incidéncia de andlises, em uma situacdo de maiores convergéncias do trabalho analitico e de in- tercambio de procedimentos de leitura — inclusive com reas afins de competéncia como a linguistica, a semiologia, a semitica, a retérica, etc — certamente lapidaria seu in- strumental teérico-metodolégico e encontraria resultados mais elucidativos acerca dos discursos politicos midiaticos, de seus processos de produgdo de significados e simbolos, de seus protocolos de enunciacdo e negociagao de sentidos, bem como de seus sistemas discursivos. Estdo agrupados nesta dimensio os varios aspectos ligados & génese, estruturacdo, funcionamento e a légica operativa (0 que incluiria investigagbes baseados na hipétese da agenda setting © do newsmaking) das diversas mfdias, impressas, eletrOnicas e digitais. Estudos sobre jornais e televisio, sob © aspecto da organizagio e produgdo editoriais relacionados com a competi¢ao pela audiéncia e suas repercussdes no campo politico constitui um dos exemplo de questdes a ser desenvolvidas. As reflexdes acerca da ética, da comunicagao e da politica e das suas interfaces encontram-se em situago contrdria as di- mensdes descritas nos dois primeiros itens. Neste caso, 0 problema essencial a ser enfrentado manifesta-se pela quase inexisténcia de esforcos teérico-investigativos em uma questo, sem diivida, inquietante para a sociedade contem- poranea, que assiste a uma intensa relativizagao dos valores e da moral em lugares sociais estabelecidos e uma demanda acelerada de axiologias para novas modalidades de vivéncia sociais. A emergéncia e mutagdes dos lugares e modalidades sociais de estruturagao e funcionamento da dimensao publica na so- ciedade atual tém estimulado o surgimento de diversas for- MIDIA E POLITICA NO BRASIL 203 mulagdes analiticas e tedricas. Neste Angulo especffico os problemas mais marcantes tém sido a auséncia de didlogo e trocas e de adequagées necessérias a este intercmbio entre as contribuicées tedricas provenientes das Ciéncia Politica, da Comunicagao e da Filosofia Politica. Dentro desta dimensio, pode-se enfatizar a linha de estudo di- rigida especificamente para a andlise da formagdo e desenvolvimento da “esfera puiblica” através da ética da “publicizagao”, o que envolve, entre outros perspectivas possfveis, a reconstituigao e compreensdo da trajet6ria historia da imprensa e da televisao brasileira e a andlise da relagao das midias com os niicleos de poder, dentro e fora do Estado, os partidos e os grupos sociais, bem como o entendimento da nova natureza da “esfera publica” numa sociedade mediatizada. 6. Esta dimensao tem suas fronteiras alargadas pelos dispositi- vos préprios da sociabilidade contempordnea, a qual (re)define as hierarquias sociais e as relagdes de poder insta- ladas e em funcionamento na sociedade. Trata-se aqui de buscar entender quais as (re)configuracées, tenses e im- passes que caracterizam a realizagao dos campos da politica ¢ da comunicagio em uma sociedade mididtica. Esta linha de estudos requer a compreensdo das mutacdes experimenta- das pela comunicagao, pela politica, por seus componentes e suas conexées na atualidade. 7. Nesta linha, que j4 vem sendo desenvolvida desde algum tempo na 4rea de Comunicagao, se encaixam os estudos re- lativos & politica e a regulacéio governamental para o setor das comunicagées (legislagao, agéncias e drgaos institucio- nais, processos de concessao de canais, etc.) e a andlise do seu impacto no plano politico, ideolégico e na configuragio do mercado nacional ou regional de comunicagao. Exem- plos de estudos que podem ser desenvolvidos dentro desta dimenso so os estudos de casos sobre os processos de to- mada de deciséo sobre legislagdes espectficas, 0 que en- volve a reconstituigao da arena decis6ria e 0 jogo dos atores envolvidos no proceso e a avaliagdo do impacto das de- cisdes tomadas. 204 LUA NOVA N°43—98 Em resumo, pode-se concluir este pequeno e preliminar esbogo do panorama de estudos de midia e politica no Brasil relembrando tragos fundamentais que demarcam sua configuragdo atual, mesmo sem esquecer 08 avancos significativos acontecidos nos tltimos anos. Assim podem ser lembrados os seguintes aspectos: seu cardter recente; 0 descompasso de in- teresses de suas disciplinas afins; o ainda pequeno repert6rio numérico de trabalhos realizados; a auséncia de uma interlocucao mais sistemética, ape- sar das iniciativas, entre estas dreas disciplinares afins e igualmente entre 0 meio académico e as entidades profissionais deste setor e, por fim, a redu- zida elaboracao te6rica. Para acelerar esta trajet6ria de desenvolvimento e conformar de modo consistente este campo comum de estudos, serd necessdrio adensar 0 niimero de projetos, investigagdes e andlises; adotar desenhos de pesquisa articulados a modelos te6ricos e procedimentos metodolégicos mais orien- tados para a especificidade do objeto de estudo; reforcar o repertério tedrico e metodolégico da drea; ampliar as modalidades de intercdmbio entre os pesquisadores e fortalecer lugares institucionais de ancoramento de grupos de estudiosos. A interlocugao entre as colaboracbes académico-intelectuais, das diversas reas disciplinares envolvidas, em especial os estudos de Co- municago e as Ciéncias Sociais e Politica, aparece como dado primordial para permitir a tessitura deste campo interdisciplinar de trabalho e pesquisa. A LITERATURA NA AREA Aguiar, Carli B. Eleigdes 89: a razdo e a sedugdo das elites. Si Paulo, Escola de Comunicacées ¢ Artes, 1993 (tese de doutoramento). Aguiar, Carli B. "A imprensa e as eleigdes de 1989: imagens e atores da politica”. In: Comunicacao e Politica. Rio de Janeito, I (3): 179- 194, abril/julho de 1995. Albuquerque, Afonso de. Politica e televisdo: o horério gratuito de propa- ganda eleitoral. Rio de Janeiro, Escola de Comunicagio da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1991 (dissertagao de mestrado). Albuquerque, Afonso de. A politica do espetdculo. In: Dimensées. Rio de Janeiro, (1):2-13, 1992. Albuquerque, Afonso de. "O espetéculo da crise: os media e 0 processo de impeachment contra Collor”. In: Pereira, Carlos Alberto Mes- seder e Fausto Neto, Antonio (orgs.) Comunicagdo e Cultura Contempordneas. Rio de Janeiro, Notrya, 1993. Albuquerque,Afonso de. "Querem roubar as cores da bandeira nacional: Collor ¢ 0 uso politico dos simbolos nacionais no hordrio eleitoral MIDIA E POLITICA NO BRASIL 205 gratuito de propaganda eleitoral". In: Fausto Neto, Antonio: Bra- Ba, José Luiz e Porto, Sérgio Dayrell (orgs.) Brasil, Comuni- cagéo, Cultura & Politica . Rio de Vaneiro, Diadorim, 1994. Albuquerque, Afonso de. "A campanha presidencial no ‘Jornal Nacional’: ‘observacées preliminares." In: Comunicagdo & Politica. Rio de Janeiro, I(1): 23-40, agostofnovembro de 1994. Albuquerque, Afonso de. "Politica versus televisio: o hordrio gratuito na campanha presidencial de 1994." In: Comunicagéo & Politica. Rio de Janeiro, I (3): 49-54, abril/julho de 1995. Albuquerque, Afonso de. "O hordrio gratuito de propaganda eleitoral e os spots politicos: particularidades do audio visual brasileiro.” In: Braga, José Luiz; Porto, Sérgio Dayrell e Fausto Neto, Antonio (orgs.) A encenagdo dos sentidos. Midia, Cultura e Politica. Rio de Janeiro, Diadorim, 1995. Albuquerque, Afonso de. "A gramética do hordrio eleitoral gratuito de propaganda eleitoral: observagdes preliminares.” In: Fausto Neto, Antonio e Pinto, Milton José (orgs.) O Indivfduo e as midias. Rio de Janeiro, 1996. Albuquerque, Afonso de. A batatha da presidéncia: o hordrio de propa- ganda eleitoral na campanha de 1989. Rio de Janeiro, Escola de Comunicagao da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1996 (tese de doutoramento). Albuquerque, Afonso de. "Autoridadefidentidade: construgdo de imagem piiblica de Collor e Lula na campanha de 1989." In: Fausto Neto, Antonio e Pinto, Milton José (org.) Midia & Cultura. Rio de Janeiro, Diadorim, 1997. Almeida, Jorge. Como vota o brasileiro, Sao Paulo, Casa Amarela, 1996. Alves de Lima, Regina Lticia. A politica e seu funcionamento discursivo: estratégias, marcas e contratos. Rio de Janeiro, Escola de Co- municagao da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1995 (dissertagao de mestrado). Audibert, Eduardo Antonio. A propaganda de produtos politicos em processos eleitorais. Trabalho apresentado no GT "Partidos e comportamento eleitoral” no XVIII Encontro Anual da AN- POCS. Caxambti, 23/27 de novembro de 1994. Azevedo, Isabel Cristina lencar de (org.) Voto é marketing? Rio de Janci- ro, Escola de Comunicagao da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1993. Baquero, Marcello. "Opinio ptiblica e pesquisas eleitorais". In: Baque- 10, Marcello (org.) Transigdo, Eleigdes, Opinido Piiblica. Porto Alegre, Editora de Universidade, 1995. Baquero, Marcello. "A desilugao democrética: um estudo longitudinal de cultura politica." In: Comunicagao & Politica. Rio de Janeiro, III (3): 48-72, setembro/dezembro de 1996. 206 LUA NOVA N? 43 — 98 Barbosa, Cibele Cristina. As eleigdes presidenciais, segundo as revistas Veja e Isto é. Bauru, 1995 (mimeografado). Barreira, Irlys Alencar Firmo. Imagem do feminino na politica. Trabalho apresentado no GT Relagaes Sociais de Género no XVI Encon- tro Anual da ANPOCS. Caxambi, 21/24 de outubro de 1992. Brum, Eron. Polttica, 0 palco da simulagao. Santos, A Tribuna, 1988. Bucci, Eugenio. "Museu nostélgico: guerrilheiros udenistas". In: Teoria & Debate. Sao Paulo, (19): 23-30, terceiro semesire de 1992. Caiafa, Janice. "Midia e poderes: algumas notas e breve esbogo de estraté- gias”, In: Comunicacao & Politica. Rio de Janeiro, 1(1):73-88, agosto/novembro de 1994. Canepa, Mercedes. A consirugdo da imagem do legislativo do RS: uma andlise de comportamento politico. Trabalho apresentado no GT "Partidos e Comportamento Eleitoral” no XVIII Encontro Nacional da ANPOCS. Caxambii, 23/27 de novembro de 1994. Caparelli, Sérgio. Comunicagao de massa sem massa. S40 Paulo, Cortez, Caparelli, Sérgio.Televisdo e capitalismo no Brasil. Porto Alegre, L& PM, Capelato, M.H. Os Arautos do Liberalismo — Imprensa Paulista 1921- 1945, Sao Paulo, Brasiliense, 1984. Carvalho, Fétima Lampreia. O centro do labirinto: um estudo sobre a competicdo eleitoral na TV. Rio de Janeiro, IUPERJ, 1994 (dis- sertacdo de mestrado). Carvalho, Rejane Maria Vasconcelos Accioly. "Reflexes sobre o padrao es- petacularizado da politica. Dissolugao do tradicional” Trabalho apresentado no GT "Sociologia" da Cultura Politica no XVI En- contro Anual da ANPOCS, Caxambi, 20/23 de outubro de 1992. Carvalho, Rejane Maria Vasconcelos Accioly. Politica e estética public- itdria: a recente experiéncia brasileira. Fortaleza, Nuicleo de Estudos e Pesquisas Sociais da Universidade Federal do Ceard, 1994. Carvalho, Rejane Maria Vasconcelos Accioly. Eleigdes presidenciais 94. Algumas reflexdes sobre o padréo medidtico da politica. In: Textos de Cultura e Comunicagdo. Salvador, (33):21-35, 1995. Castro, Maria Ceres Pimenta Spinola. "Deveras, uma fabulacao do real?” In: Pereira, Carlos Alberto Messeder e Fausto Neto, Antonio (org) Comunicagdo e Cultura Contempordneas. Rio de Janeiro, Notrya, 1993. Castro, Maria Ceres Pimenta Spinola, Longe é um lugar que néo existe mais. Um estudo sobre as relagdes entre comunicagao, socia- bilidade e politica, em Belo Horizonte, nos anos 70. Campinas, Instituto de Filosofia e Ciéncias Humanas da Universidade Es- tadual de Campinas, 1994 (tese de doutoramento). MIDIA E POLITICA NO BRASIL 207 Castro, Maria Ceres Pimenta Spinola e Franga, Vera Regina, Candidatos eleitores: as imagens da comunicagdo, Algumas consideracdes metodoldgicas. In: Textos de Cultura e Comunicagao. Salvador, (33):37-48, 1995. Chaia, Vera. "Um mago do marketing politico." In: Comunicagdo & Politica. Rio de Janeiro, I (3):74-109, setembro/dezembro de 1996. Cohn, Gabriel. Sociologia da comunicacdo. Teoria e ideologia. Sao Paulo, Pioneira, 1973. Coletivo NTC. Pensar pulsar. Cultura comunicacional, tecnologia, veloci- dade, Sao Paulo, Ediges NTC, 1966. Costa, Frederico Lustosa da. "A opiniao faz a opiniao: teoria e pritica da pesquisa qualitativa de avaliagao da propaganda eleitoral." In: Comunicagéo & Politica. Rio de Yaneito, IV (1):134-157, janei- ro/abril de 1997. Dias, Helofsa. Midia e politica: a cobertura de “O Globo” ¢ a eleigdo mu- nicipal no Rio de Janeiro em 1992. Rio de Janeiro, IUPERJ, 1995 (dissertagdo de mestrado). Didgenes, Gi6ria, “Ciro Gomes: h4 algo de novo na_moderni- dade?".Trabalho apresentado no GT "Lutas Urbanas, Estado e Cidadania” no XVI Encontro Anual da ANPOCS. Caxambi, outubro de 1992. Diogenes, Gléria. "Marketing politico: sedugdo e ética". In: Revista de Ciéncias Sociais. Fortaleza, sd. Didgenes, Gléria. Ciro Gomes: percursos de uma imagem (mimeografa- do) Eleigdes 1994. Brasflia, Imprensa Nacional, 1993. Fabricio, Gustavo Beraldo. "O telejornal 24 Horas e as eleigdes presiden- ciais de 1994 no México.” In: Comunicagao & Politica, Rio de Janeiro, IMI (3): 146-165, setembro/dezembro de 1996. Fausto Neto, Antonio. "O presidente na televisao.” In: Comunicagdo & Politica. Sao Paulo, 9(11): 7-27, abril/junho de 1990. Fausto Neto, Antonio. A deflagagao do sentido. In: Textos de Cultura e Comunicagao. Salvador, (27): 58-80, 1992. Fausto Neto, Antonio. "As vozes do impeachment.” In: Matos, Helofza (org.) Midia, Eleigdes e Democracia. Sao Paulo, Scritta, 1994. Fausto Neto, Antonio. O impeachment da televiséio. Rio de Janeiro, Dia- dorim, 1995. Fausto Neto, Antonio. "A construgdo do presidente Estratégias discursivas eas eleigdes presidenciais de 1994." In: Pauta Geral. Salvador, 3(3):23-57, janeiro/dezembro de 1995. Ferreira, Soraia Venegas. A imagem de Collor nas capas da revista Veja: construgdo, consolidagdo e queda de um mito. Rio de Janeiro, Escola de Comunicagdo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1996 (dissertagao de mestrado). 208 LUA NOVA N°43— 98, Figueiredo, Ney Lima e Figueiredo Jr., José Rubens de Lima. Como gan- har uma eleigdo. Ligées de campanha e de marketing politico. So Paulo, Cultura Editores Associados, 1990. Figueiredo, Rosali Rossi Midia e eleigdes: um estudo de caso sobre o noti- cidrio da campanha presidencial de 1994. Sao Carlos, Progra- ma de Pés-Graduagao em Ciéncias Sociais da UFSCar, 1996 (dissertagao de mestrado). Figueiredo, Rubens e Malin, Mauro (orgs.) A conquista do voto. Sio Pau- Jo, Brasiliense, 1994. Garcia, Nelson Jahr. Estado Novo. Ideologia e propaganda politica. So Paulo, Loyola, 1982. Gomes, Neusa Demartini. "Propaganda electoral o publicidad electoral? El encuentro analdgico entre las terminologias.” Trabalho apresen- tado no GT Propaganda no XVII Congresso Brasileiro de Pes- quisadores de Comunicagao. Piracicaba, 2/6 de setembro de 1994, Gomes, Wilson. "Pressupostos ético-politicos da questo da democrati- zagao da comunicagao.” In: Pereira, Carlos Alberto Messeder e Fausto Neto, Antonio (orgs.) Comunicagdo e Cultura Contem- pordneas. Rio de Janeiro, Notrya, 1993. Gomes, Wilson. "Estratégica ret6rica e ética da argumentagio na politica." In: Fausto Neto, Antonio; Braga, José Luiz e Porto, Sérgio Day- rell (orgs.) Brasil. Comunicagao, Cultura & Politica. Rio de Ja- neiro, Diadorim, 1994. Gomes, Wilson. "Propaganda politica, ética e democracia." In: Matos, Heloiza (org.) Midia, Eleigées e Democracia. Sao Paulo, Scrit- ta, 1994. Gomes, Wilson. "Informagao, ética e democracia." In: Pauta Geral. Sal- yador, 3(3):112-119, janeiro/dezembro de 1995. Gomes, Wilson. "Theathrum Politicum: e encenagao da polftica na socie- dade dos mass midias." In: Braga, José Luiz; Porto, Sérgio Day- rell e Fausto Neto, Antonio (orgs.) A encenagdo dos sentidos. Midia, Cultura e Politica. Rio de Janeiro, Diadorim, 1995. Gomes,Wilson. “Duas premissas para a compreensdo da politica es- petdculo." In: Fausto Neto, Antonio e Pinto, Milton José (orgs.) O indivfduo e as midias. Rio de Janeiro, Diadorim, 1996. Gongalves, Elias Machado. "A noticia como capital politico no jornalismo baiano." In: Pauta Geral. Salvador, 3(3):58-71, janeiro/ dezembro de 1995. Gongalves, Elias Machado. "A producaio medidtica da violéncia na cober- tura das eleigdes do governo do Rio de Janeiro." In: Textos de Cultura e Comunicagao. Salvador, (33):49-71, 1995. Gongalves, Elias Machado. "A polftica de proveta do horério eleitoral." In: Rubim, Antonio Albino Canelas (org.) Idade Mfdia. Salvador, MIDIA E POLITICA NO BRASIL 209 Edufba, 1995. Gongalves, Elias Machado. "A autonomia dos sentidos como conflito ético na comunicagao politica.” In: Fausto Neto, Antonio e Pinto, Milton José (orgs.) O individuo e as midias. Rio de Janeiro, Di- adorim, 1996. Gongalves, Francisco. “O caso Reis Pacheco. A criagdo de fatos politicos nas eleigdes de 1994 n’O Estado do Maranhao." In: Pauta Geral. Salvador, 3(3):101-111, janeiro/dezembro de 1995. Grandi, Rodolfo; Marins, Alexandre e Falc&o, Eduardo (orgs.) Voto & Marketing...o resto é politica. Sio Paulo, Loyola, 1992. Guimaraes, César ¢ Vieira, Roberto A. Amaral. "Meios de comunicacao de massa e eleigdes. um experimento brasileiro." In: Comuni- cago & Politica, Rio de Janeiro, 1(9): 147-158, 1989. Guimaraes, Isabel Christina Esteves. Cultura politica e imagindrio. Eleigao, cultura politica e comunicagao: a eleigéo presidencial de 1989. Rio de Janeiro, Escola de Comunicagao da Universi- dade Federal do Rio de Janeiro, 1995 (dissertagao de mestrado). Halliday, Tereza. "Ret6rica e politica." In: Matos, Helofza (org.) Midia, Eleigdes e Democracia. Sao Paulo, Scritta, 1994. Herz, Daniel. A historia secreta da Rede Globo. Porto Alegre, Tché, 1987. Jorge, Vladimyr Lombardo. A eleigdo presidencial de 1994 e os meios de comunicagdéo de massas. Uma andlise da propaganda eleitoral gratuita de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Indcio Lula da Silva. Rio de Janeiro, IUPERJ, 1995 (dissertagao de mestrado). Jorge, Viadimyr Lombardo. "Os meios de comunicacéio de massa nas cam- panhas eleitorais." In: Comunicagdo & Politica. Rio de Janeiro, IV (1): 126-133, janeiro/abril de 1997. José, Emiliano. Imprensa e poder: ligacdes perigosas. Salvador/Sao Pau- Jo, Edufba/Hucitec, 1996. (Produzido como dissertagao de mes- trado na Faculdade de Comunicagao da Universidade Federal da Bahia, tendo como titulo: "O presidente, o irmao, o jornalis- ta, a secretéria e o motorista”). Lattman-Weltman, Fernando. "Imprensa e sociedade brasileira: a econo- mia do discurso ptiblico." Trabalho apresentado no GT "Socio- logia_da cultura brasileira" no XVI Encontro Anual da ANPOCS. Caxambu, 20/23 de outubro de 1992. Lima, Venfcio Arthur de. The state, television and political power in Brazil. In: Comunicagdo & Politica. Rio de Janeiro, 1(9): 159- 183, 1989. Lima, Venfcio Arthur de. "Televisao e politica: hipdtese sobre a eleigéo presidencial de 1989." In: Comunicagdo & Politica. S40 Paulo, 9(11): 29-54, abril/junho de 1990. Lima, Venfcio Arthur de. "Propaganda polftica no rédio e na televisi In: Matos, Heloiza (org.) Midia, Eleigdes e Democracia, Sio 210 LUA NOVA N° 43 — 98 Paulo, Scritta,1994. Lima, Venicio Arthur de. "Televisio ¢ politica: a hipstese do cendrio de reptesentagéo da politica — CRP." In: Comunicagao & Politica. Rio de Janeiro, 1(1): 5-22, agosto/novembro de 1994. Lima, Venfcio Arthur de, "CR-P: novos aspects te6ricos e implicages para a andlise politica." In: Comunicagdo & Politica. Rio de Ja- neiro, I (3): 95-106, abril/julho de 1995. Lima, Venfcio Arthur de & Reilly, Susan S. "Construting the political sce- nario: television, elections and the quest for democracy." Tra- balho apresentado na Fourth International Television Studies Conference. Londres, 1991. Lima, Venicio Arthur de. "Os mfdia e 0 cendrio de representagio politica" Tn: Lua Nova, n° 38/1996. Lins da Silva, Carlos Eduardo. "Industria da comunicagdo: personagem principal das eleigdes brasileiras de 1989." In: Intercom. Revista Brasileira de Comunicagao. Sao Paulo, (62/63): 121-127, 1990, Lucas, Ricardo Jorge de Lucena. A construgdo discursiva do personagem Fernando Henrique Cardoso nos jornais impressos brasileiros. Rio de Janeiro, Escola de Comunicagdo da Universidade Feder- al do Rio de Janeiro, 1996 (dissertagao de mestrado). Magalhaes, Raul Francisco. A Ciéncia Politica e o marketing eleitoral: al- gumas elaboracées tedricas. In: Comunicagdo & Politica. Rio de Janeiro, I (3):127-138, abriljulho de 1995. Mamede, Maria Amélia B. A construgao do Nordeste pela midia. Fortaleza, Secretaria da Cultura e do Desporto do Estado do Cearé, 1996. Maranhio, Jorge. Midia e cidadania. Rio de Janeiro, Topbooks, 1993. Marcondes Filho, Ciro. Imprensa e capitalismo. Sao Paulo, Kairés, 1984. Marcondes Filho, Ciro (org.) Politica ¢ imagindrio nos meios de comu- nicagdo de massa no Brasil. Sio Paulo, Summus, 1985. Marconi, Paolo. A censura politica na imprensa brasileira 1968-1978. Sao Paulo, Global, 1980. Matos, Heloiza H. G. Modoé de olhar o discurso autoritério no Brasil (1964- 1974):0 noticidrio de primeira pdgina na imprensa e a propaganda politica na televisdo. Si0 Paulo, Escola de Comu- nicagdes e Artes, 1989 (tese de doutoramento). Matos, Helofza. "Agenda tematica da pesquisa em comunicagao politica.” In: Matos, Helofza (org.) Midia, Eleigdes e Democracia. Si0 Paulo, Seritta, 1994. Matos, Helofza (org.) Midia, eleigdes e democracia. Sao Paulo, Scrit- 1a,1994. Matos, Helofza. "Liturgias politicas na transig’o democrética brasileira." Trabalho apresentado no If Encontro Anual da Associacao Na- cional de Programas de P6s-Graduagdo em Comunicagio — COMPOS. Salvador, 1993. MIDIA E POLITICA NO BRASIL 21 cional de Programas de Pés-Graduagao em Comunicagio — COMPOS. Salvador, 1993. Mattos, Sérgio. The impact of the 1964 revolution on brazilian television. Santo Antonio/Texas, Klingensmith Independent Publischer, 1982. Mello, Clarissa. "As varias faces de ACM em 25 anos de Tribuna da Ba- hia. In: Pauta Geral.” Salvador, 3(3): 72-86, janeiro/dezembro de 1995. Melo, José Marques de. Comunicagdo: teoria e politica. S40 Paulo, Sum- mus, 1985. Melo, José Marques de (org.) Comunicagdo e classes subalternas. Sio Paulo, Cortez, 1980. Melo, José Marques de (org.) Pesquisa em comunicagdo no Brasil. Ten- déncias e perspectivas. Sao Paulo, Cortez, 1983. Melo, José Marques de (org.) Comunicagao e transigao democrdtica. Por- to Alegre, Mercado Aberto, 1985. Miguel, Luis Felipe. Em busca da hegemonia perdida: mito e discurso politico (uma andllise a partir da campanha eleitoral brasileira de 1994, Campinas, Instituto de Filosofia e Ciéncias Humanas da Universidade Estadual de Campinas, 1997 (tese de doutora- mento). "Midia e discurso politico nas eleigSes presidenciais In: Comunicagao & Politica. Rio de Janeiro, IV (1):80-96, janeiro/abril de 1997. Miranda, Orlando. Tio Patinhas e os mitos da comunicagao. S40 Paulo, Summus, 1976. Moraes, Dénis de. "Midia, tecnologia e poder." In: Cadernos Griffo. Rio de Janeiro, (3):9-32, 1995. Navarro, Vinicius do Valle. A cena persuasiva na propaganda politica.. Jo%o Pessoa, Departamento de Comunicagao da Universidade Federal da Paraiba, 1990 (Trabalho de final de curso de gra- duagio). Neotti, Claréncio (org.) Comunicagéo e ideologia. Sto Paulo, Loyola, 1980. Ortriwano, Gisela Swetlana. "Televisio e abertura: ensaio geral”. In: Mar- condes Filho, Ciro (org.) Politica e imagindrio nos meios de comunicagao de massa no Brasil. Sao Paulo, Summus, 1985. Osakabe, Haquira. Argumento e discurso politico. S’0 Paulo, Kairés, 1978. Pacheco, Cid. "Marketing eleitoral: a politica apolitica." In: Comunicago & Politica. Rio de Janeiro, 1(1):147-153, agostofnovembro de 1994, Pegoraro, Olinto. Midia: candidatos e eleitores. In: Textos de Cultura e Comunicagao, Salvador, (33): 97-103, 1995. 212 LUA NOVA N°43—98 sentado no IV Encontro de Ciéncias Sociais do Nordeste. Salva- dor, dezembro de 1989. Penna, Maura. O que faz ser nordestino. Identidades sociais, interesses € 0 “escdndalo” Erundina. Sao Paulo, Cortez, 1992. Pereira, Carlos Alberto Messeder. Politica e cultura no Brasil contem- pordneo. A experiéncia das eleicées presidenciais de 1989. In: Papeis Avulsos 31. Rio de Janeiro, Centro Interdisciplinar de Estudos Contempordneos, 1991. Peruzzolo, Adair. A pratica politica como processo comunicacional. In: Textos de Cultura e Comunicagdo. Salvador, (33): 105-116, 1995. Pinto, Céli. "O clientelismo eletrOnico: a eficdcia de um programa popular de rédio." In: Humanas, Porto Alegre, 16 (1): 117-137, janeiro! junho de 1993. Pinto, Céli Regina J. "Ao eleitor a verdade: o discurso politico da impren- sa em tempos de eleig6es." In: Baquero, Marcello (org.) Tran- sigdo, Eleigdes, Opiniao Piiblica. Porto Alegre, Editora da Uni- versidade, 1995. "Politica, Politicos”. In: Atrator estranho. So Paulo,(12):3-31, maio de 1995, Porto, Mauro Pereira. Meios de comunicagao e hegemonia: 0 papel da tel- evisdo na elei¢do de 1992 para prefeito de Sao Paulo. Brasilia, Departamento de Ciéncia Politica e Relacdes Internacionais da Universidade de Brasilia, 1993 (dissertagao de mestrado) Porto, Mauro. "As eleigdes municipais em Sao Paulo.” In: Matos, Helofza (org.) Midia, eleigdes e democracia. Sao Paulo, Scritta, 1994. Porto, Mauro. "Telenovelas e politica: 0 CR-P da eleigao presidencial de 1994." In: Comunicagdo & Politica. Rio de Janeiro, I (3):55- 76, abrilijulho de 1995. Porto, Mauro. "Televisdo, audiéncias ¢ hegemonia: notas para um modelo alternativo na pesquisa de recep¢io.” In: Comunicagao & Politica. Rio de Janeiro, II (3):120-145, setembro/dezembro de 1996. Porto, Mauro. "As midias a legitimidade da democracia no Brasil." In: Fausto Neto, Antonio e Pinto, Milton José (orgs.) Midia & Cul- tura. Rio de Janeiro, Diadorim, 1997. Porto Alegre, Maria Sylvia. "Comunicagao popular em campanha eleitoral — novos significados do voto." In: Comunicagao & Politica. Rio de Janeiro, I (3): 153-160, abril/junho de 1995. Ramos, Murilo C. "Brasil: midia, futuro e futuro da politica." In: Matos, Helofza (org.) Midia, eleig¢des e democracia. S20 Paulo, Scritta, 1994, Rocha, Daniella Naves de Castro. Politica e midia: uma trilha na com- preensGo sociolégica. Brasilia, Departamento de Sociologia da 213 Universidade de Brasflia, 1996 (dissertagao de mestrado). Rocha Filho, Alofsio Franca. O espago piiblico eletrénico na transi¢do e na democracia. In: Textos de Cultura e Comunicagdo. Salvador, (27): 24-41, 1992. Romero, Ana Isabel Campos. Evolugdo do marketing politico na Bahia. Salvador, Faculdade de Comunicacao da Universidade Federal da Bahia, 1990 (trabalho de conclusio de curso de graduagio). Rondelli, Elizabeth e Weber, Maria Helena. "Ensaio das preliminares (os media e 0 campeonato eleitoral)." In: Comunicagao & Polftica. Rio de Janeiro, 1(1):41-52, agosto/novembro de 1994. Rothberg, Danilo. Comunicagdo de massa e discernimento politico. Bauru, 1995 (mimeografado). Rua, Maria das Gracas. "Midia, informacao e politica: a eleicao presidencial brasileira de 1994." In: Comunicagdo & Politica, Rio de Janeiro, (3):77-94, abril/julho de 1995. Rua, Maria das Gragas. "Midia, ética e politica na eleicao brasileira de 1994." In: Baquero, Marcelo (Org.) Condicionantes da consoli- dagao democratica: ética, midia e cultura politica, Porto Ale- gre, Editora da Universidade UFRGS, 1996. Rubim, Antonio Albino Canelas. "Comunicagdo, espago publico e eleigdes presidenciais." In: Comunicagao & Politica. Sao Paulo, 9 (2/3/ 4): 7-21, 1989. Rubim, Antonio Albino Canelas. "Comunicacdo e politica: enigma con- tempordneo." In: Comunicagdo & Politica. S40 Paulo, 9(11): 61-66, abril/junho de 1990. Rubim, Anotonio Albino Canelas (org.) Comunicagao e poder. Anais do VI Seminario em teorias da comunicagdo e da cultura contem- pordneas. Salvador, Faculdade de Comunicagao da Universi- dade Federal da Bahia, 1991. Rubim, Antonio Albino Canelas. "Politica em tempos de media: im- pressdes de crises.” In: Pereira, Carlos Alberto Messeder ¢ Faus- to Neto, Antonio (orgs.) Comunicagéo e cultura contem- pordneas. Rio de Janeiro, Notrya, 1993. Rubim, Antonio Albino Canelas. "Dos poderes dos media: comunicagao, sociabilidade e politica." In: Fausto Neto, Antonio; Braga, José Luiz e Porto, Sérgio Dayrell (orgs.) Brasil. Comunicagéo, Cul- tura & Politica. Rio de Janeiro, Diadorim, 1994. Rubim, Antonio Albino Canelas. "Midia e politica: transmissao de poder." In: Matos, Helofza (org.) Midia, eleigdes e democracia. Sio Paulo, Scritta, 1994 Rubim, Antonio Albino Canelas. Media, politica e democracia. In: Textos de Cultura e Comunicagao. Salvador, (31-32): 75-96, 1994. Rubim, Antonio Albino Canelas. Media e politica e eleigdes: 1989-1994. In: Braga, José Luiz; Porto, Sérgio Dayrell e Fausto Neto, An- 214 LUA NOVA N°43—98 tonio (orgs.) "A encenagao dos sentidos." Média, cultura e politica, Rio de Janeiro, Diadorim, 1995. Rubim, Antonio Albino Canelas. Comunicagao, politica e sociabilidade contempordneas. In: Rubim, Antonio Albino Canelas (org.) Idade Midia. Salvador, Edufba, 1995. Rubim, Antonio Albino Canelas. "De Fernando a Fernando: poder e ima- gem 1989/1994." In: Rocha Filho, Aristételes e outros (orgs.) O sentido e a Epoca. Salvador, Faculdade de Comunicagao da Universidade Federal da Bahia, 1995. Rubim, Antonio Albino Canelas. De Fernando a Fernando (Il). Ca- leidoscépio medidtico-eleitoral 1994. In: Textos de Cultura e comunicagao. Salvador, (33): 5-20, 1995. Rubim, Antonio Albino Canelas. "A comunicagZo e a politica dos neo- zapatistas." In: Cadernos do Ceas. Salvador, (165): 64-85, no- vembro-dezembro de 1996. Rubim, Antonio Albino Canelas. "Configuragdes da politica na Idade Midia." In: Fausto Neto, Antonio e Pinto, Milton José (org.) Média & Cultura, Riode Janeiro, Diadorim, 1997. Scavone, Lucila; Belloni, Maria Luiza e Garbayo, Cléa. A_dimensdo politica da comunicagao de massa. Rio de Janeiro, FGV, 1975. Silva, Antonio de Jesus da. "Campanha politica e meios de comunicagao: a vit6ria de Janio em Sao Paulo, 1985." In: Intercom. Revista Brasileira de Comunicagao. Sao Paulo, IX (55): 55-70, julho/ dezembro de 1996. Singer, André Vitor. Ideologia e voto no segundo turno da eleigdo presi- dencial de 1989. So Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciéncias Humanas da Universidade de Sao Paulo, 1993 (tese de doutoramento). Soares, Murilo César. Propaganda politica: uma abordagem analttica Trabalho apresentado no GT Propaganda no XVII Congresso Brasileiro de Pesquisadores de Comunicagao. Piracicaba, 2/6 de Setembro de 1994. Soares, Murilo César. "Televisdo e democracia.” In: Matos, Helofza (org.) Midia, Eleigdes e Democracia. Sao Paulo, Scritta, 1994. Soares, Murilo César. Retdrica e politica. Trabalho apresentado no GT Comunicagao e Politica no I Encontro Anual da Associagao Nacional de Programas de Pés-Graduagao em Comunicagao — COMPOS. Campinas, 1994. Soares, Murilo César. "A conjuntura eleitoral.” In: Comunicagao & Politica. Rio de Janeiro, 1(1): 67-72, agosto/novembro de 1994, Soares, Murilo César. "Percepgdo e critérios dos eleitores na campanha eleitoral de 1994." Trabalho apresentado no IV Encontro Anual da Associagao Nacional de Programas de Pés-Graduacio em Comunicagao. Brastlia, 1995. MIDIA E POLITICA NO BRASIL 215 Soares, Murilo César. Construindo o significado do voto: retérica da propaganda politica pela televisdo. Si0 Paulo, Escola de Comu- nicagdes e Artes da Universidade de Sao Paulo, 1996 (tese de doutoramento). Soares, Murilo César. "Os significados do voto.” In: Fausto Neto, Antonio e Pinto, Milton José (orgs.) Midia & Cultura. Rio de Janeiro, Diadorim, 1997. Sodré, Muniz. A maquina do narciso. Televisdo, individuo e poder no Bra- silRio de Janeiro, Achiamé, 1984. Souza, Leone Campos de. The role of television ‘free-time’ in Brazil: a study of the 1989 presidential election in a comparative per- spective. New York, Fordham University — Department of pub- lic communications, 1993 (M. A. thesis). Souza, Maria Aparecida de. A sedugdo dos titulos. Os jornais e as eleig¢oes de 1994, Rio de Janeiro, Escola de Comunicagao da Universi- dade Federal do Rio de Janeiro, 1997 (dissertagao de mestrado). Taschner, G. Folhas ao vento: andlise de um conglomerado jornalistico no Brasil; Sao Paulo, Paz e Terra. 1992 Tapajés, Renato. "Propaganda politica, TV e linguagem." In: Teoria & De- bate. Sao Paulo, (24):77-81, marco/abril/maio de 1994. Teixeira, Tatiana. A ética das convivencias na cobertura politica do Cor- reio da Bahia. In: Pauta Geral. Salvador, 3(3):87-99, janeiro! dezembro de 1995. Thiollent, Michel. Opinido publica e debates politicos. Sao Paulo, Polis, Thiollent, Michel. Pesquisas eleitorais no debate da imprensa. Si0 Paulo, Cortez, 1989. Tosi, Alberto. "A massa na praca: mobilizacao e conflito na campanha das Diretas j4." In: Comunicagao & Politica. Rio de Janeiro, I (3): 163-178, abriljulho de 1995. Vianney, Joao. Virada eletrénica. O marketing politico na tv. Floria- nopélis, UFSC, 1987. Vieira, Roberto A. Amaral e Guimaraes, César. "A televisdo brasileira na transigdo (um caso de conversio r4pida 4 nova ordem)." In: Co- municagao & Politica. Rio de Janeiro, | (6): 11-29, 1986. Vidal, Marcia. Imprensa e poder. Fortaleza, Secretaria de Cultura e De- sporto do Estado do Ceara, 1994. Vidal, Marcia. O jornal Folha de Sao Paulo e a sucessdo presidencial de 94, In: Textos de Cultura e Comunicagdo. Salvador, (33):73-83, 1995. Weber, Maria Helena. "Pedagogias de despolitizacdo e desqualificagao da politica brasileira.” In: Comunicagao & Politica. S40 Paulo, 9 (11):67-83, abril/junho de 1990. Weber, Maria Helena. "A cara pintada da politica.” In: Pereira, Carlos Al- 216 LUA NOVA N? 43 —98 berto Messeder e Fausto Neto, Antonio (orgs.) Comunicagéo e Cultura Contempordneas. Rio de Janeiro, Notrya, 1993. Weber, Maria Helena. Ditadura & sedugdo (redes de comunicagéo e coergao no Brasil —- 1964/1974), Porto Alegre, Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1994 (dissertacao de mestrado). Weber, Maria Helena. "Delitos estéticos (A politica na televisio)." In: Fausto Neto, Antonio; Braga, José Luiz e Porto, Sérgio Dayrell (orgs.) Brasil. Comunicagdo, Cultura & Politica. Rio de Janei- 10, Diadorim, 1994. Weber, Maria Helena. "Midia e eleigdes: relagdes (mal)ditas." In: Fausto Neto, Antonio ¢ Pinto, Milton José (orgs.) O Individuo e as midias, Rio de Janeiro, Diadorim, 1996. ANTONIO ALBINO CANELAS RUBIM € professor na Faculdade de Comunicagao da Universidade Federal da Bahia. FERNANDO ANTONIO AZEVEDO € professor da Ciéncia Politica na Universidade Federal de Sao Carlos. 222 LUA NOVA N43 — 98 MIDIA E POLITICA NO BRASIL: TEXTOS E AGENDA DE PESQUISA ANTONIO ALBINO CANELAS RUBIM & FERNANDO ANTONIO AZEVEDO Um especialista em estudos de comunicaggo e um cientista politico apresentam conjuntamente um panorama da pesquisa sobre as relagGes entre os meios de comunicagao e os processos politicos no Brasil. Uma agenda de pesquisa é proposta e um elenco de textos nessa drea é apresentado. MIDIA AND POLITICS IN BRAZIL: TEXTS AND RESEARCH AGENDA A specialist in communication studies and a political scientist present together a panorama of research on the relations between communication midia and political processes in Brazil. A research agenda is proposed and a list of texts in this area is presented.

Você também pode gostar