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INTRODUÇÃO

Entende-se, que; a garantia bancária a garantia prestada por um banco.


O banco emite um documento a pedido do seu cliente, a favor de outrem,
sendo este o beneficiário da garantia. Existem diversos tipos de garantias,
contudo, apenas um número reduzido daquelas são comummente prestadas
por bancos. No âmbito das garantias rege, dentro dos limites impostos pela lei,
o princípio da autonomia privada. Deste modo, cabe às partes que celebram o
contrato de garantia delimitar as obrigações que advêm de tal contrato. Muitas
vezes, os próprios bancos estabelecem predeterminadamente as cláusulas das
garantias que prestam, formulando antecipadamente um clausulado-tipo, ao
qual as contrapartes apenas aderem. Surge a necessidade de um estudo mais
profundo sobre garantias bancarias.

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DESENVOLVIMENTO

CONCEITOS

As Garantias Bancárias: são operações em que o Banco, actuando a


pedido e por conta do Cliente (Ordenante), garante o bom pagamento a
efectuar a um terceiro (Beneficiário), em substituição do cliente caso este
incorra em incumprimento das obrigações garantidas.

Garantia é utilizado por órgãos da administração direta e indireta


(estaduais e municipais), públicos e privados, que devem exigir garantias de
manutenção de oferta (em caso de concorrência) e de fiel cumprimento
dos contratos. Também é utilizado pelas empresas privadas que, nas suas
relações contratuais com terceiros (fornecedores, prestadores de serviços e
empreiteiros de obras), desejam garantir-se contra o risco de descumprimento
dos contratos.

Na generalidade, as Garantias são exigidas para admissão a concursos,


realização de obras, contratos de arrendamento, etc. Apresentam diferentes
tipos E diferentes Naturezas:

TIPOS DE GARANTIAS

 First Demand, incluindo Stand By Letter of Credit;


 Surety Default Guarantees;

NATUREZAS GARANTIAS

 Directas;
 Indirectas;
 de Concurso;
 de Depósito;
 de Pagamento Antecipado;
 Payment Bond;
 de Manutenção;
 Retention Money Guarantee.
 Payment Bond;

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 de Manutenção;
 de Caução Global de Desalfandegamento;
 para Colaterizar Financiamentos;

Assim sendo, a Garantia Bancária pode assumir as seguintes


características:
Pode ser utilizada em substituição de Crédito, cobrando pagamentos e juros;
Pode ser utilizada para cumprimento de obrigações fiscais;
Pode ser utilizada como cobertura para operações de bens e serviços
associados a dinamização da economia real.

VANTAGENS DE GARANTIAS BANCÁRIA

 Maior segurança e garantia de recebimento;


 Aumento dos prazos de pagamento a fornecedores;
 Avaliação e mitigação dos principais Riscos inerentes ao comércio
internacional;
 Permite a antecipação de fundos através de operações bancárias
paralelas, tais como, desconto ou abonos sobre a carta de crédito;
 Actuação com base nas regras e usos uniformes da Câmara de
Comércio Internacional, bem como, pelas leis do Banco Nacional de
Angola.

COMO FUNCIONA GARANTIAS BANCÁRIA

O Banco do seu Fornecedor estrangeiro envia ao ATLANTICO os


documentos necessários ao levantamento da mercadoria importada pela sua
Empresa. Os documentos ser-lhe-ão entregues contra pagamento, aceite, ou
pagamento parcial e aceite do restante, de acordo com as condições
determinadas pelo Exportador.

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LEGENDA:

1. Beneficiário - Solicita ao Ordenador uma Garantia Bancária tendo


em conta o serviço/condições que foram acordadas;
2. O Ordenador solicita ao seu Banco para que contacte o Banco de
Residência/Geográfica do Beneficiário, para que possa emitir a
Garantia a favor do mesmo;
3. Banco Ordenador solicita ao Banco Garante, (Banco do
Beneficiário) que emita a Garantia a favor do Beneficiário, contra
garantida pelo mesmo;
4. O Banco Beneficiário analisa os detalhes da operação, e em
conformidade emite a garantia, remete ao Banco Ordenador;
5. O Banco Ordenador remete a garantia ao Ordenador;
6. 6., Ordenador valida a Minuta e remete ao Beneficiário.

Nota: Existem casos em que a entrega da Minuta é feita pelo Banco


Beneficiário directamente ao Ordenador.

GARANTIA BANCÁRIA AUTÓNOMA


A garantia bancária autónoma é hoje a garantia mais comummente
prestada pelas instituições financeiras, e pode dizer-se que se trata de uma
garantia com um elevado grau de autonomia, que se individualizou da fiança.
Surgiu no âmbito das relações do comércio internacional. Isto porque as
entidades garantidas não queriam ficar na dependência de regras específicas
de cada país. Por um lado, as garantias pessoais que dependiam da liquidez
do património do garante, por outro lado as garantias reais, que dependiam de
um processo moroso em Tribunal para satisfação do crédito. Por isso, o ideal
seria uma garantia que não dependesse do contrato garantido, ou seja, que o
garante não pudesse recusar o pagamento com fundamento em alguma causa
derivada do contrato base.

DEFINIÇÃO E MODO DE EXECUÇÃO


A garantia bancária autónoma não tem base legal no ordenamento
jurídico português. Tem sido definida como um contrato celebrado entre uma

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pessoa, singular ou coletiva e um banco, mediante o qual as partes acordam
que o banco prestará uma garantia a terceiro. Há quem acrescente a esta
definição que é necessário que se verifique um evento desfavorável ao
beneficiário da garantia, pois trata-se de um “esquema destinado à obtenção
do cumprimento de uma obrigação ou do equivalente a esse cumprimento”.

Contudo, o garante, perante o credor, responsabiliza-se pelo pagamento


de uma obrigação própria e não pelo cumprimento de uma dívida alheia. A
obrigação do garante é sempre de prestação pecuniária, mesmo que a
prestação decorrente do contrata-base tenha natureza diversa. Esta figura tem
como intervenientes principais o mandante (dador da ordem ao banco), o
próprio banco, e o credor beneficiário garantido e tem como elementos
essenciais uma estrutura de contratos tripartida.

Existe um contrato base (por ex. um contrato de compra e venda, de


empreitada), celebrado entre o mandante e o beneficiário, um contrato
qualificável como de mandato entre o dador da ordem e o banco, pelo qual este
se obriga, mediante determinada retribuição, a prestar uma garantia ao credor
e, por último, o contrato de garantia celebrado entre o banco e o beneficiário
através do qual o primeiro se obriga a entregar uma determinada soma
pecuniária ao segundo, uma vez comprovado o incumprimento da relação
jurídica subjacente.

Este tipo de garantia, moldável pela autonomia privada, comporta


vantagens para todos os intervenientes. Sendo a garantia autónoma, significa
isto que o contrato de garantia é independente do contrato base na medida em
que não podem ser invocadas pelo banco exceções relativas àquele último
(sejam invalidades substanciais ou formais), sendo restritos os casos de recusa
de pagamento pelo banco. O banco, em princípio, deve pagar sem “discutir”,
isto é, sem ter a faculdade de invocar as relações estabelecidas com o devedor
garantido ou, entre este e o credor.

No entanto, o banco poderá recusar pagar se tal resultar do texto da


própria garantia, isto é, verificar-se a falta de alguma declaração, fundamento
ou documento convencionalmente exigido; existir fraude ou má-fé evidente,
com fundamento no artigo 334º Código Civil, não havendo dúvidas quanto a

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essa fraude; o banco tenha prova irrefutável de que o contrato base foi
cumprido e nada resta a garantir; se considerar inexistente o contrato base ou
ilícito por violação da ordem pública interna ou internacional. Em caso de
recusa de pagamento ilícita, o banco incorre em responsabilidade civil
contratual perante o beneficiário. A garantia autónoma pode ter a característica
de automaticidade, ou seja, a garantia ser prestada à primeira
solicitação/interpelação por parte do beneficiário (on first demand), isto é, o
beneficiário ficar isento de provar o pressuposto do seu direito.

Isto porque pode por ex. ter-se convencionado que o banco tem de
pagar ao beneficiário da garantia “à primeira interpelação” sem poder
apresentar razões para não pagar. Por outro lado, pode a prestação da
garantia ser sujeita a justificação ou à apresentação de documentos. O contrato
de garantia segue as regras gerais de cumprimento dos contratos,
nomeadamente quanto ao prazo, lugar e imputação – sendo estas regras
supletivas e, por isso, afastáveis mediante cláusula em contrário.

Pode existir ainda, simultaneamente, uma contra garantia, isto é, o


devedor ajustar com o seu banco uma garantia bancária a favor de uma
instituição financeira situada no estado do credor beneficiário e esta segunda
conferir a garantia ao beneficiário. O banco que presta a garantia, pede uma
contra garantia ao mandante. Nestes casos estamos perante a chamada
garantia indireta. O segundo banco é apenas chamado a confirmar a garantia.
Em caso de fraude do beneficiário, esta é inoponível pelo banco contra garante
ao banco garante que não atuou com dolo.

GARANTIAS AUTÓNOMAS NOMINADAS

Têm sido aceites na doutrina e jurisprudência certos tipos mais comuns


de garantias autónomas. Entre elas encontram-se as seguintes: BidBonds /
Garantia de Subsistência na Oferta; O banco garante o pagamento de
determinada quantia caso o mandante não cumpra pontualmente as suas
obrigações ou prestações contratuais. Ocorre muitas vezes nas promessas
mediante anúncio público, e visa garantir que a pessoa a quem foi adjudicada a
realização da empreitada (ou outro contrato) honrará o contrato, por exemplo

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assinando-o ou executando bem o contrato. A garantia costuma rondar os 2%
a 5% do valor do negócio.

REPAYMENTBONDS / GARANTIA DE REEMBOLSO

O banco garante ao beneficiário a restituição das quantias que o


mandante tenha recebido. Tem como pressuposto uma quantia já paga como
será, por exemplo, o caso do sinal num contrato-promessa. A garantia
corresponde ao montante antecipado de pagamento.

STANDBY LETTER OF CREDIT

São cartas de crédito emitidas por um banco a favor de um beneficiário,


por instrução de um cliente e mandante, garantindo ao beneficiário o
pagamento de determinada quantia em caso de incumprimento ou
cumprimento defeituoso do contrato base. Conforme convencionado o banco
pode ou não pagar à primeira solicitação. É um meio de
pagamento/recebimento que oferece maior segurança às transações de
comércio internacional.

GARANTIA DE BOA EXECUÇÃO

Semelhante a uma indemnização. A garantia assume geralmente 5% a


10% da prestação, mas pode em casos recorrentes das bonding companies
inglesas e americanas atingir os 100%

DELIMITAÇÃO DA GARANTIA

AUTÓNOMA EM FUNÇÃO DE FIGURAS SEMELHANTES

FIANÇA

Encontra-se prevista e regulada no artigo 627 e seguintes do Código


Civil. É uma garantia pessoal mediante a qual o fiador garante pessoalmente a
satisfação do crédito do credor em caso de insuficiência do património do
devedor. O valor da fiança como garantia encontra-se, por isso, dependente do
valor do património do fiador, abrangendo, normalmente, todo o seu património,
mas podendo, contudo, ser restringida a alguns dos seus bens. A fiança
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bancária encontra-se regulada no artigo 623º do Código Civil, e a fiança
comercial segue a regra especial do artigo 101º do Código Comercial relativa à
solidariedade.

Distingue-se da garantia autónoma na medida em que o que a


caracteriza é a sua natureza acessória e subsidiária à obrigação principal. A Lei
determina que a forma da declaração de prestação da fiança é a forma exigida
para a obrigação principal, embora exigindo-se declaração expressa do fiador.

AVAL

É uma garantia pessoal de âmbito circunscrito às letras, livranças e


cheques. Consiste numa declaração escrita, através da qual uma pessoa
(avalista), se torna responsável pelo pagamento de um título de crédito, nas
mesmas condições do seu avalizado. Está regulado na Lei Uniforme sobre
Letras e Livranças e na Lei Uniforme sobre Cheques. Aproxima-se da garantia
autónoma na medida em que é dotado de autonomia face à obrigação
principal, porque depende apenas do título que lhe serve de base.

Ao contrário da garantia autónoma, contudo, não tem total autonomia


porque depende da validade formal do título. Já a invalidade substancial da
obrigação garantida não se repercute na obrigação do avalista. Vencido o
título, o credor pode cobrar indistintamente do devedor ou do avalista.

CRÉDITO DOCUMENTÁRIO

O crédito documentário é uma modalidade de garantia oferecida pelos


bancos para garantir às empresas o pagamento das faturas. É muito frequente
em transações internacionais. Nesta garantia pessoal, um banco assume a
obrigação de abrir um crédito a favor de um vendedor exportador. Digamos que
o crédito documentário serve de garantia para que o negócio flua. O banco é
obrigado a pagar ao vendedor exportador aquando da apresentação dos
documentos em ordem.

Pressupõe uma venda. Distingue-se da garantia autónoma na medida


em que está nem sempre está subordinada à apresentação de documentos,
serve para qualquer tipo de contrato, e não apenas para a compra e venda, e

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devido ao facto de no crédito documentário haver um pagamento-cumprimento,
ao passo que na garantia autónoma um pagamento-substituição, e por isso,
uma verdadeira garantia.

PENHOR FINANCEIRO

Trata-se de uma garantia real, sem transmissão da propriedade que,


geralmente, tem como intervenientes instituições bancárias e tem por objeto
saldo bancário, numerário ou instrumentos financeiros, e as obrigações
suscetíveis de ser garantidas por este tipo de contrato são dívidas cuja
prestação consiste numa liquidação. Os intervenientes são, por norma,
instituições financeiras. Esta garantia está previstana Lei 105/2004 de 8 de
maio e distingue-se da garantia autónoma por esta última ser uma garantia
pessoal em que não há qualquer afetação real de coisas incorpóreas a fins de
garantia.

PENHOR BANCÁRIO

É uma garantia real, regulada no Código Civil nos artigos 679º e


seguintes, em que o depositante se obriga a não movimentar os montantes
enquanto subsistirem as dívidas, e autoriza o banco a debitar as dívidas
garantidas vencidas. Pode dizer-se que tem como finalidade garantir
obrigações assumidas perante as instituições financeiras. Distingue-se, mais
uma vez, da garantia autónoma na medida em que esta é uma garantia
pessoal, não havendo afetação dos montantes à garantia.

MODALIDADES DE GARANTIAS.

Anteriormente denominado como Seguro Garantia de Obrigações


Contratuais (GOC), é oferecido em diferentes modalidades, tais como:

 Seguro Garantia do Executante Construtor, Fornecedor e Prestador


de Serviços ("Performance Bond"): Garante a indenização, até aos
valores indicados na apólice, dos prejuízos decorrentes do
inadimplemento do contratante, das obrigações assumidas no contrato
de construção, fornecimento ou prestação de serviços firmado entre ele
e o segurado. É utilizado para garantir a fiel execução do contrato.

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 Seguro Garantia de Adiantamento de Pagamento ("Advance
Payment Bond ou Refundment Bond"): Garante os adiantamentos
de pagamentos liberados pelo Contratante, sem a contrapartida imediata
de fornecimentos, serviços e obras. É exigido o valor integral do
adiantamento no seguro, deixando de existir a apólice quando a
obrigação referente ao pagamento adiantado é cumprida. Essa apólice
normalmente não é cumulativa, pois se é feito outro adiantamento, é
baixado o anterior e incluído o novo valor. É garantida a indenização até
ao valor estipulado na apólice, conforme o contrato de execução.

 Seguro Garantia de Retenções de Pagamento ("Retention Bond"):


Usualmente os contratantes exigem uma retenção sobre cada fatura de
pagamento. Esta modalidade de seguro garantia substitui essa retenção,
resultando em uma maior margem de negociação e na possibilidade de
fazer eventuais correções de valores. Sem este seguro, as retenções
sobre as faturas aumentariam o valor do contrato.

 Seguro Garantia do Concorrente ("Bid Bond"): Cobre, para o


Licitante, os custos decorrentes da não-assinatura do contrato pelo
vencedor da Licitação, a sua conseqüente anulação ou a chamada do
segundo colocado, garantindo o diferencial de preço. É utilizado para
manter firmes as propostas pré-estabelecidas, garantindo a indenização
se o Tomador deixar de assinar o contrato de execução ou de
fornecimento previsto no Edital ou Carta-Convite.

 Seguro Garantia do Executante: Cobre a execução do contrato e o


risco decorrente da substituição do contratado inadimplente, por outro.

 Seguro Garantia de Perfeito Funcionamento ("Maintenance Bond"):


Garante a indenização, até ao valor estipulado na apólice, dos danos
decorrentes da inadequação da qualidade da obra, dos serviços
prestados ou dos bens fornecidos objeto do contrato, pelo prazo máximo
de vinte e quatro meses, após a sua entrega ou entrada em operação.

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 Seguro Garantia Aduaneiro: Garante à Receita Federal o pagamento
dos tributos devidos na importação, quando suspensos por inclusão
em Regime Aduaneiro Especial, caso o contribuinte descumpra as
condições que lhe permitiram o benefício da suspensão da exigibilidade
tributária. Esta cobertura é utilizada nas seguintes operações
aduaneiras:
 Admissão Temporária - importação de bens para
permanência no país por prazo determinado;
 Trânsito Aduaneiro - transporte de bens importados, entre
estabelecimentos alfandegados;
 Drawback - importação de matérias-primas ou produtos
destinados à exportação após passarem por processo
industrial no país;
 Determinação do Valor Aduaneiro - apuração de valor real
de mercadoria, quando o valor mínimo atribuído pela receita
for superior aquele declarado pelo importador.

SEGURO GARANTIA PORTUÁRIA

Garante o fiel e pontual pagamento da contraprestação correspondente


às requisições de serviços feitas pelos usuários, junto aos administradores
públicos dos respectivos portos.

SEGURO GARANTIA IMOBILIÁRIO

Garante a conclusão da obra ou a devolução dos recursos, isto é,


assegura a entrega da unidade adquirida ou a devolução das prestações pagas
pelo adquirente, quando verificada a impossibilidade do término da obra.

SEGURO GARANTIA JUDICIAL

Garante o pagamento de um valor correspondente ao depósito em juízo,


que o Tomador necessite fazer durante processos judiciais. Esta modalidade
de seguro garantia é uma alternativa aos depósitos judiciais exigidos quando
da defesa em uma ação executiva.

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SEGURO GARANTIA ADMINISTRATIVO

Assegura a veracidade de créditos tributários, garantindo os valores


mencionados. Assegura ainda a interposição de recursos voluntário em
processo administrativo, no âmbito Federal, Estadual e/ou Municipal.

SEGURO GARANTIA FINANCEIRA

Garante a obrigação de pagar, ao contrário das demais modalidades


que se relacionam à obrigação de fazer. Garante qualquer obrigação de
pagamento e pode ser utilizado em contratos de financiamentos e de
construção, fornecimento ou prestação de serviços.

SEGURO GARANTIA PARA CONCESSÕES

Garante a indenização ao órgão do governo que realiza a concessão de


um serviço em caso de inadimplemento contratual por parte da concessionária.
Esta modalidade de seguro garantia destina-se principalmente ao atendimento
ao governo, em concessões rodoviárias e de saneamento, podendo ser
estendido para as ferrovias, portos e demais setores considerados primordiais
para o desenvolvimento da infraestrutura no país.

A concessão é um instrumento utilizado pelo governo com fim de


transferir para iniciativa privada um serviço ou um bem do próprio governo. A
transferência é feita por um período de cerca de vinte anos, podendo ser
estendido ou reduzido. A iniciativa privada assume os investimentos em
manutenção e melhorias, remunerando-se através da cobrança de uma tarifa.
O seguro é contratado mediante apólices anuais renováveis, uma vez que
a seguradora não poderia assumir um risco por todo o prazo da concessão.

GARANTIA TRABALHISTA
Garantir ao segurado até o limite da importância segurada estipulada na
apólice, o reembolso das despesas que lhe venham a ser imputadas, direta ou
solidariamente ao Tomador, resultantes de ações trabalhistas diretas e o que
mais conste da sentença condenatória, restrita ao âmbito da relação do
Tomador com o autor/reclamante, no que caracterize tal relação empregatícia
como móvel de execução fiscal/trabalhista, durante o período em que o
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autor/reclamante prestou, ou ainda esteja prestando, serviços nas
dependências ou a serviço do segurado, na vigência deste seguro.

GARANTIA CÉDULA DO

PRODUTOR RURAL ("COMMODITIES")

Garante ao credor da Cédula do Produtor Rural a entrega da mercadoria


especificada na cédula, ou o seu valor correspondente, até ao valor fixado na
apólice em decorrência do inadimplemento das obrigações por parte do
Tomador/Produtor Rural.

PARTES ENVOLVIDAS

 Tomador - é a empresa contratada para executar uma obra, prestar um


serviço ou fornecer mercadorias, matéria-prima ou equipamentos. É o
Tomador quem paga o "prêmio" (custo do seguro) e contrata o seguro
para garantir ao segurado o cumprimento das obrigações assumidas.
 Segurado - é o credor da obrigação, ou seja, a empresa ou órgão
público que contrata o Tomador. O segurado é o beneficiário da apólice.
 Garantidor - é a seguradora, uma empresa autorizada a emitir apólices
para garantir as obrigações de um Tomador definidas em contrato.

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CONCLUSÃO

Concluímos que; As Garantias Bancárias: são operações em que o


Banco, actuando a pedido e por conta do Cliente (Ordenante), garante o bom
pagamento a efectuar a um terceiro (Beneficiário), em substituição do cliente
caso este incorra em incumprimento das obrigações garantidas. Além disso; as
Garantias bancarias são utilizadas por órgãos da administração direta e indireta
(estaduais e municipais), públicos e privados, que devem exigir garantias de
manutenção de oferta (em caso de concorrência) e de fiel cumprimento
dos contratos. Também são utilizadas pelas empresas privadas que, nas suas
relações contratuais com terceiros (fornecedores, prestadores de serviços e
empreiteiros de obras), desejam garantir-se contra o risco de descumprimento
dos contratos. Assim sendo, a Garantia Bancária pode assumir as seguintes
características:

 Pode ser utilizada em substituição de Crédito, cobrando pagamentos e


juros;
 Pode ser utilizada para cumprimento de obrigações fiscais;
 Pode ser utilizada como cobertura para operações de bens e serviços
associados a dinamização da economia real.

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REFERÊNCIAS

↑ «Fundo de Garantia de Depósitos. Relatório e Contas 2010.» (PDF).


Consultado em 11 de janeiro de 2016. Arquivado do original (PDF) em 29 de
agosto de 2013

Decreto-lei nº 228/2000[ligação inativa], de 23 de setembro de 2000.

↑ IMF Financial Statistics Yearbook

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INDICE
Sumário
Pag.
DEDICATORIA.............................................................................................................II
AGRADECIMENTO....................................................................................................III
INTRODUÇÃO....................................................................................................1
DESENVOLVIMENTO........................................................................................2
CONCEITOS.......................................................................................................2
TIPOS DE GARANTIAS......................................................................................2
NATUREZAS GARANTIAS.................................................................................2
VANTAGENS DE GARANTIAS BANCÁRIA.......................................................3
COMO FUNCIONA GARANTIAS BANCÁRIA....................................................3
GARANTIA BANCÁRIA AUTÓNOMA.................................................................4
DEFINIÇÃO E MODO DE EXECUÇÃO..............................................................4
GARANTIAS AUTÓNOMAS NOMINADAS.........................................................6
REPAYMENTBONDS / GARANTIA DE REEMBOLSO......................................7
STANDBY LETTER OF CREDIT........................................................................7
GARANTIA DE BOA EXECUÇÃO......................................................................7
DELIMITAÇÃO DA GARANTIA...........................................................................7
AUTÓNOMA EM FUNÇÃO DE FIGURAS SEMELHANTES...............................7
FIANÇA............................................................................................................... 7
AVAL................................................................................................................... 8
CRÉDITO DOCUMENTÁRIO..............................................................................8
PENHOR FINANCEIRO......................................................................................9
PENHOR BANCÁRIO.........................................................................................9
MODALIDADES DE GARANTIAS.......................................................................9
SEGURO GARANTIA PORTUÁRIA..................................................................11
SEGURO GARANTIA IMOBILIÁRIO.................................................................11
SEGURO GARANTIA JUDICIAL.......................................................................11
SEGURO GARANTIA ADMINISTRATIVO........................................................11
SEGURO GARANTIA FINANCEIRA.................................................................12
SEGURO GARANTIA PARA CONCESSÕES..................................................12
GARANTIA TRABALHISTA...............................................................................12
GARANTIA CÉDULA DO..................................................................................13
PRODUTOR RURAL ("COMMODITIES").........................................................13
PARTES ENVOLVIDAS....................................................................................13
CONCLUSÃO................................................................................................... 14

16
REFERÊNCIAS.................................................................................................15

17

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