Acaso te empresto tal liberdade? A quem te referes nas súplicas do Amém? Não são ardores de gentilidade?
Crer e descrer te parecem afins;
Acedes ao vulgo com facilidade; Altivo e convicto de sublimidade, Teces arbítrio qual soberbo malsim.
Desprezo o rogo do imprevidente!
Sabias amargo o destino de véspera, Juravas coragem à fila de espera, Amiúde sofisma do impenitente!
Gracejas com fogo, ser néscio e demente!
Verás que o Céu não brinca em juízo, Que rolem as lágrimas do ímpio e descrente! É hora chegada, covarde laicizo!!!
Augúrio suave no doce sonhar,
Auscultava o compasso de teu coração. Fui sussurro assertivo ao teu duvidar, Brasa ardente em cada paixão. Em vão as promessas de renovação, Perfídias vazias de um perdedor: Querias apenas o doce quinhão, Que é justo laurel ao merecedor.
Enfada-me o brio de tua vontade,
É fruto e sinal de desesperança. Nasceste à luz de divina bondade E aviltas o gesto com intemperança.
Agora o silêncio é quem cumplicia,
Tua dor e remorso nas últimas horas. A noite escura, fria e vazia, São teus senhores... os mesmos de outrora!