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Texto 7 Etapas para Gerar Inovação Nas Empresas
Texto 7 Etapas para Gerar Inovação Nas Empresas
empresas
O desenvolvimento de ideias deve começar com a identificação de uma oportunidade ou
problema
O presidente de uma empresa de engenharia me escreveu recentemente sobre sua
experiência com o uso de brainstorming para inovação. Segundo ele, nenhuma ideia
realmente interessante tem saído desses processos.
Esse problema não é novo. Há alguns anos, um banco brasileiro resolveu criar o que
eles chamaram de usina de ideias. Reuniram em uma sala dezenas de profissionais
brilhantes, que durante meses geraram ideias para o futuro do banco. Depois de alguns
milhares de reais perdidos em tempo e milhões de reais perdidos em ideias que não
funcionaram, o banco resolveu abandonar a usina e criar uma incubadora – que teve
resultados mais adequados.
Por que o isolamento das pessoas em práticas como brainstorming ou usinas de ideias
não funciona? Primeiro, porque as empresas não deixam de inovar por falta de ideias.
Na realidade, isso sobra. Segundo, porque ideias sem que existam problemas ou
oportunidades não servem como base para inovar. As inovações são aplicações práticas
de ideias que podem gerar resultados na forma de ganhos financeiros, redução de
custos operacionais e valor para os clientes e para as empresas. Uma ideia é apenas
uma das etapas do processo de inovação. Antes, devemos ter claros motivadores e,
depois, claras aplicações.
Meu convívio com empresas inovadoras me faz acreditar que o desafio não está na
etapa de ideação, mas sim na clara definição de desafios para a inovação e na escolha de
ideias que possam ser desenvolvidas. Há na internet um exemplo interessante desse
processo. Trata-se da criação do capacete invisível para ciclistas urbanos.
http://ca.autos.yahoo.com/news/swedes-develop-invisible-bike-helmet-
184635653.html. O vídeo descreve o desconforto das autoras da inovação com o uso de
capacetes para bicicletas (problema ou desafio). Em seguida, mostra o laborioso
processo de pesquisa sobre o comportamento dos ciclistas e a ocorrência de acidentes
quando o uso do capacete se justifica. Somente depois dessa etapa de pesquisa elas
chegam a propor ideias para um novo capacete. A partir daí, passam ao processo de
desenvolvimento, protótipos e lançamento do produto. No clássico método de decisão
associado à cultura japonesa, investe-se mais tempo na análise do problema do que na
decisão propriamente tido. Assim deve ser um processo de geração de ideia e de
inovação. Veja as etapas.
3. Troca de ideias sobre a oportunidade ou o problema. Nada como uma boa conversa
sobre a problemática, suas circunstâncias e suas alternativas. Se necessário, volte ao
campo.
5. Agrupar e selecionar ideias. Assim como fazemos com a massa do pão, é importante
deixar as ideias descansarem, ou melhor, os autores descansarem das suas ideias.
Alguns dias depois, devemos voltar a elas com o compromisso de reduzir o número
entre 10% e 20%. Novamente, vale tudo, emendar, recortar, agrupar. As ideias
ajustadas devem virar uma proposta de projeto, que será submetida para avaliação.
Muitas empresas ficam em dúvida sobre qual o melhor momento para premiar
inovações. Pessoalmente, recomendo que isso aconteça somente depois que elas forem
implementadas, considerando indicadores claros de impacto e/ou resultado. Mas é
sempre simpático e motivador premiar as ideias selecionadas. Uma boa comemoração
nessa fase incentiva a geração de ideias e motiva a todos a participar.
Fonte: Portal Pequenas Empresas & Grandes Negócios, 2017. Disponível em:
http://revistapegn.globo.com/Colunistas/Carlos-Arruda/noticia/2013/11/7-etapas-
para-gerar-inovacao-nas-empresas.html. Acesso em 21.10.2017.