Muitas e muitas pessoas andaram me pedindo que falasse mais sobre o que ´´fiz em relação ao meu filho´´. É bem simples: Já sabemos que tudo que nos acontece, foi evocado por um pensamento. De forma que pessoas que focam em determinadas coisas, as vivenciam. Eu antigamente me perguntava como atraía tanta injustiça e não foi fácil entender que embora eu sempre tivesse uma vontade imensa de conviver bem com as pessoas, por conta de uma mãe adotiva que tinha com certeza algum problema mental e que obviamente sem saber o que sei hoje, usei como pretexto para focar nas injustiças que ela fazia......e então eu vibrava exatamente isso. Toda a minha listinha que eu tinha (e que era imensa) acerca do que eu ´´não queria mais´´ me vinha aonde quer que eu fosse. Não é difícil entender como isso se dava, se explicado corretamente. Mas as pessoas insistiam em dizer apenas que ´´eu tinha isso em mim´´...o que não fazia nenhum sentido pra mim. Onde eu roubava os outros? Onde eu era injusta? Onde eu oferecia a minha lista de ´´nãos´´? Então entendi que não era essa a analogia. Era o que eu oferecia vibracionalmente sobre o que ´´os outros eram´´. Ou mesmo, que ´´tinham sido´´. Falado, pensado, sentido, dolorido e ainda ´´de forma pura´´...ou seja, sem pensamentos contraditórios. As pessoas eram injustas para mim e o mundo estava cheio delas e eu obviamente tinha que me desvencilhar disso. E para se desvencilhar de algo, temos obviamente que manter esse algo, focado, no centro da atenção, certo? Como se desvencilhar de algo que não se vê? E se vê, se presta atenção...cria. Anos depois eu ouvi falar disso como ´´relação chave-fechadura´´. É, por exemplo, uma situação onde um assaltante (que foca sempre em roubar alguém) tem perfeita relação com sua vítima que foca em assaltos, fala deles, o teme, os evita, o mantém no centro de sua atenção. Temos destes exemplos em todos os lugares e nas mais variadas situações. Num vendedor que encontra alguém doido para ´´poder´´ comprar....Num homem que deseja uma mulher que por sua vez deseja muito um homem.....No ladrão, que por temer a polícia é encontrado, enfim. E porque eu disse isso tudo? Para que entendam direito o que exatamente vão fazer. Anos atrás, eu, com um marido alcoólatra, já de saco cheio de vê-lo chegar depois de beber toda a tarde, sei lá porque, ao ouvi-lo enchendo o saco, comecei ´´com meus botões´´ a dizer ´´que deliçinha de marido que eu tenho´´. Ele enchendo, reclamando, arrumando confusão e eu só dizendo isso pra mim. Claro que eu estava sendo irônica...mas o engraçado é que senti um certo prazer em dizer isso. Então essa idéia foi evoluindo e eu comecei a criar um marido imaginário, uma versão dele na minha cabeça e à qual eu olhava para encontrar alívio. Gentil, carinhoso, parceiro, etc. Cheguei a me perguntar se não estaria enlouquecendo pois imaginar aquela versão dele me mantinha tãooo beeemmm! Mas eu ´´sabia´´ (acreditava) que era uma ilusão! Me tranquilizei quanto a estar enlouquecendo e dizia a mim que era apenas uma forma de me sentir bem e que eu merecia isso. Passei dois dias assim. Ele chegava reclamando e eu nem aí. Fazia cara de paisagem e depois de responder qualquer coisa de forma neutra, voltava minha atenção para aquela versão dele que eu criara em minha mente, sentindo-a deliciosamente. Então, eis que no terceiro dia, ele chegou alegre, carinhoso e...com alguma coisa que não me lembro bem o que era para mim. Uma bobagem, uma florzinha, anel, sei lá. Eu fiquei de boca aberta e achei ´´coincidência´´. Aquilo simplesmente foi inacreditável para mim e então eu comecei novamente com ´´não acredito, ele é um saco ´´.....e tudo voltou a ser como era antes. O tempo passou e conheci o Ho´oponopono. O Ho´oponopono diz que todo acontecimento que vivenciamos tem sua causa em pensamentos que nem sabemos onde começaram ou quais são. A base da metodologia é assumirmos a responsabilidade (e não culpa) sobre os pensamentos que nós agora, sem sabermos quais são mas que reconhecemos que criaram a experiência desagradável. Em seguida pedimos ´´perdão´´ (mudamos de idéia, soltamos, deixamos ir). Então instituímos uma nova intenção. O que desejo é sentir amor por você e como o pensamento é que traz a experiência, sabemos que se começarmos a sentir amor, alegria, satisfação pelos outros PRIMEIRO, isso será o que vamos experimentar. Da mesma maneira que antes, pensávamos algo de desagradável sem perceber e vivenciamos portanto isso. Por último, agradecemos. Ou seja, voltando ao meu marido, eu realmente esperava que ele chegasse e enchesse o saco e assim era. Quando mudei a imagem que EU fazia, mudou a experiência. Ainda assim, nesta época, eu ainda não compreendera como isso funcionava e eu não tinha uma pessoa como eu agora, disposta a me explicar isso. Seja porque também não sabiam ou porque não queriam. E não importa. Não mesmo. Eu usei então, com um integrante da Abraham na época do Orkut. Ele era uma pessoa um tanto grosseira que costumava ser desagradavelmente rude com várias pessoas na comunidade. E eu parecia ser um dos seus alvos prediletos. Até que decidi usar o Ho´oponopono. Para curar em MIM os pensamentos que me traziam tal experiência através dele. Não lembro por quanto tempo usei as palavras ``sinto muito, me perdoe, eu te amo e sou grata´´.....lembro apenas que sentia muita RAIVA, ódio mesmo...por EU estar tendo que usar aquelas porras de palavras enquanto via ele me atacando e agredindo verbalmente, por vezes sem nem razão. Mas eu insisti e então, quando consegui tirar o foco daquilo e querer realmente aquela liberdade de EU....EUZINHAAA....PODER SENTIR PRAZER na figura dele independente do que ele estivesse fazendo, dizendo, postando....IMEDIATAMENTE ele me fez um ELOGIO !!!!!! Fiquei realmente pasma! Naquela época eu não estava pronta para assumir meus 100% de responsabilidade por minha vida e não ampliei isso para o restante de minha vida. Hoje em dia me sinto ótima quando penso nele e nas poucas vezes que nos falamos (já tem tempo que não o vejo), a nova versão permanece. Outra coisa que quero comentar é sobre ter lido Abraham dizer a um pai, cujo filho já grande, tinha incontinência urinária, que a emoção e os pensamentos de tristeza que ele sentia ao vero filho molhado de manhã, perpetuavam o evento. Opa! Indicou ao pai que mudasse. O pai começou a dizer ao filho que tudo bem, que era assim mesmo, que passaria e ao mesmo tempo que desfocava a importância do que acontecia, imaginava a nova versão do filho bem. Versão essa que era impedida até então, de ser obviamente r visualizada e portanto criada, por conta de ele ter a antiga versão em sua mente e sentimentos e portanto manifestando-a. E depois o pai voltou e agradeceu a Abraham pois o filho agora estava acordando super bem. Foi aí que, embora meu filho seja um rapaz realmente maravilhoso, andava chato, ranzinza, sem fazer nada da vida, cada dia mais grosso e resmungão. E eu lembrei disso tudo. De como fazer. E fiz. Passei dois dias imaginando a nova versão dele. Nada específico. Imaginei ele feliz. Como não sei o que exatamente o faz feliz, mas sei do poder criativo e benigno dele, apenas o imaginei feliz, pois sabia que ele próprio sabe o que o faz feliz e se ele está feliz, também estou. Ele resmungava e eu respondia algo, qualquer coisa, só para não ficar sem dizer nada mas o mais neutramente possível. Até a semana anterior eu tinha perdido a cabeça ao menos umas 3 vezes e dado uns bons gritos do tipo ´´não encheeee...caralhooooo´´. Agora eu apenas tirava a minha atenção e percebia pela minha emoção, aonde ela estava. Se no filho carinhoso, capaz, um sucesso, realizado, etc .....ou se no que eu via. Não tem como não saber. BASTA VERIFICAR COMO SE SENTE. Dois dias! No terceiro ele me acordou com café na cama e dizendo que ia buscar o primeiro cliente. Nada demais, se ele NUNCA tivesse feito café para mim, muito menos acordado no horário (aliás, antes!) e trazido para mim na mão. E mais! Ele até poderia ter me trazido café se ele tomasse, mas ele fez o café só para mim! Era inacreditável! Dois ou três dias depois, quando cheguei em casa ele tinha feito o almoço! Decidiu fazer uma faculdade, abriu sua hamburgueria, intensificou seus trabalhos como DJ e está cada dia melhor! E vejam: eu não tentei modificar os outros. Em nenhuma destas situações. Eu apenas ignorei as circunstâncias, o que eu vivenciava, a vida ´´real´´ e NA MINHA MENTE, eu comecei a CURTIR a minha nova estória. Conseguem fazer isso? Conseguem criar uma mentira em sua mente e SENTIR PRAZER NELA?????? Não precisam acreditar na mentira. Não há esforço nem sequer para acreditar. O único requisito é pensar e sentir prazer no que pensam. Não há ação física requerida e SE houver, serão CLARAMENTE empurrados a ela. Em todos os casos que citei, não existiu ação física a fim de criar. Na maioria dos momentos foi divertido. Não fiquei conferindo se ele estava mudando (até ´porque era bem claro que não estava...haja resmungoo!). Apenas me mantive de bem, o máximo possível com a ´´realidade resmungatória´´ dele. Neutra. E mesmo que de vez em quando sentisse menos que neutralidade ou bem estar, não ficava me acusando ou reprovando por me deixar levar emocionalmente pelas circunstâncias, baixando minha vibe e nem me criticando. Dizia para mim que fiz o melhor que pude e simplesmente voltava para a minha imaginação, sentindo a delícia dela. Bem, mais explicado que isso, impossível. Carpe Diem e criem. E lembrem-se: criar NÃO é mudar o que está acontecendo. Para isso, teríamos que manter o que está acontecendo na atenção e dividiríamos o foco. Criar é criar uma nova versão. Onde a outra anterior NÃO TEM ESPAÇO. Estamos inteiros ali, na nossa imaginação. Qualquer dúvida, perguntem. Mas...USEM. Ninguém irá criar POR você.