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criar uma nova versão ·

Boa tarde amores!


Muitas e muitas pessoas andaram me pedindo que falasse
mais sobre o que ´´fiz em relação ao meu filho´´.
É bem simples:
Já sabemos que tudo que nos acontece, foi evocado por
um pensamento.
De forma que pessoas que focam em determinadas coisas,
as vivenciam.
Eu antigamente me perguntava como atraía tanta injustiça
e não foi fácil entender que embora eu sempre tivesse uma
vontade imensa de conviver bem com as pessoas, por
conta de uma mãe adotiva que tinha com certeza algum
problema mental e que obviamente sem saber o que sei
hoje, usei como pretexto para focar nas injustiças que ela
fazia......e então eu vibrava exatamente isso.
Toda a minha listinha que eu tinha (e que era imensa)
acerca do que eu ´´não queria mais´´ me vinha aonde quer
que eu fosse.
Não é difícil entender como isso se dava, se explicado
corretamente.
Mas as pessoas insistiam em dizer apenas que ´´eu tinha
isso em mim´´...o que não fazia nenhum sentido pra mim.
Onde eu roubava os outros? Onde eu era injusta? Onde eu
oferecia a minha lista de ´´nãos´´?
Então entendi que não era essa a analogia.
Era o que eu oferecia vibracionalmente sobre o que ´´os
outros eram´´. Ou mesmo, que ´´tinham sido´´. Falado,
pensado, sentido, dolorido e ainda ´´de forma pura´´...ou
seja, sem pensamentos contraditórios.
As pessoas eram injustas para mim e o mundo estava
cheio delas e eu obviamente tinha que me desvencilhar
disso. E para se desvencilhar de algo, temos obviamente
que manter esse algo, focado, no centro da atenção, certo?
Como se desvencilhar de algo que não se vê? E se vê, se
presta atenção...cria. Anos depois eu ouvi falar disso como
´´relação chave-fechadura´´. É, por exemplo, uma situação
onde um assaltante (que foca sempre em roubar alguém)
tem perfeita relação com sua vítima que foca em assaltos,
fala deles, o teme, os evita, o mantém no centro de sua
atenção.
Temos destes exemplos em todos os lugares e nas mais
variadas situações. Num vendedor que encontra alguém
doido para ´´poder´´ comprar....Num homem que deseja
uma mulher que por sua vez deseja muito um
homem.....No ladrão, que por temer a polícia é encontrado,
enfim.
E porque eu disse isso tudo?
Para que entendam direito o que exatamente vão fazer.
Anos atrás, eu, com um marido alcoólatra, já de saco cheio
de vê-lo chegar depois de beber toda a tarde, sei lá porque,
ao ouvi-lo enchendo o saco, comecei ´´com meus botões´´
a dizer ´´que deliçinha de marido que eu tenho´´.
Ele enchendo, reclamando, arrumando confusão e eu só
dizendo isso pra mim. Claro que eu estava sendo
irônica...mas o engraçado é que senti um certo prazer em
dizer isso.
Então essa idéia foi evoluindo e eu comecei a criar um
marido imaginário, uma versão dele na minha cabeça e à
qual eu olhava para encontrar alívio. Gentil, carinhoso,
parceiro, etc.
Cheguei a me perguntar se não estaria enlouquecendo pois
imaginar aquela versão dele me mantinha tãooo
beeemmm! Mas eu ´´sabia´´ (acreditava) que era uma
ilusão!
Me tranquilizei quanto a estar enlouquecendo e dizia a
mim que era apenas uma forma de me sentir bem e que eu
merecia isso. Passei dois dias assim. Ele chegava
reclamando e eu nem aí.
Fazia cara de paisagem e depois de responder qualquer
coisa de forma neutra, voltava minha atenção para aquela
versão dele que eu criara em minha mente, sentindo-a
deliciosamente.
Então, eis que no terceiro dia, ele chegou alegre, carinhoso
e...com alguma coisa que não me lembro bem o que era
para mim. Uma bobagem, uma florzinha, anel, sei lá.
Eu fiquei de boca aberta e achei ´´coincidência´´.
Aquilo simplesmente foi inacreditável para mim e então
eu comecei novamente com ´´não acredito, ele é um saco
´´.....e tudo voltou a ser como era antes.
O tempo passou e conheci o Ho´oponopono.
O Ho´oponopono diz que todo acontecimento que
vivenciamos tem sua causa em pensamentos que nem
sabemos onde começaram ou quais são.
A base da metodologia é assumirmos a responsabilidade (e
não culpa) sobre os pensamentos que nós agora, sem
sabermos quais são mas que reconhecemos que criaram a
experiência desagradável.
Em seguida pedimos ´´perdão´´ (mudamos de idéia,
soltamos, deixamos ir).
Então instituímos uma nova intenção. O que desejo é
sentir amor por você e como o pensamento é que traz a
experiência, sabemos que se começarmos a sentir amor,
alegria, satisfação pelos outros PRIMEIRO, isso será o
que vamos experimentar. Da mesma maneira que antes,
pensávamos algo de desagradável sem perceber e
vivenciamos portanto isso.
Por último, agradecemos.
Ou seja, voltando ao meu marido, eu realmente esperava
que ele chegasse e enchesse o saco e assim era. Quando
mudei a imagem que EU fazia, mudou a experiência.
Ainda assim, nesta época, eu ainda não compreendera
como isso funcionava e eu não tinha uma pessoa como eu
agora, disposta a me explicar isso.
Seja porque também não sabiam ou porque não queriam. E
não importa. Não mesmo.
Eu usei então, com um integrante da Abraham na época do
Orkut. Ele era uma pessoa um tanto grosseira que
costumava ser desagradavelmente rude com várias pessoas
na comunidade. E eu parecia ser um dos seus alvos
prediletos.
Até que decidi usar o Ho´oponopono. Para curar em MIM
os pensamentos que me traziam tal experiência através
dele.
Não lembro por quanto tempo usei as palavras ``sinto
muito, me perdoe, eu te amo e sou grata´´.....lembro
apenas que sentia muita RAIVA, ódio mesmo...por EU
estar tendo que usar aquelas porras de palavras enquanto
via ele me atacando e agredindo verbalmente, por vezes
sem nem razão.
Mas eu insisti e então, quando consegui tirar o foco
daquilo e querer realmente aquela liberdade de
EU....EUZINHAAA....PODER SENTIR PRAZER na
figura dele independente do que ele estivesse fazendo,
dizendo, postando....IMEDIATAMENTE ele me fez um
ELOGIO !!!!!!
Fiquei realmente pasma!
Naquela época eu não estava pronta para assumir meus
100% de responsabilidade por minha vida e não ampliei
isso para o restante de minha vida.
Hoje em dia me sinto ótima quando penso nele e nas
poucas vezes que nos falamos (já tem tempo que não o
vejo), a nova versão permanece.
Outra coisa que quero comentar é sobre ter lido Abraham
dizer a um pai, cujo filho já grande, tinha incontinência
urinária, que a emoção e os pensamentos de tristeza que
ele sentia ao vero filho molhado de manhã, perpetuavam o
evento.
Opa!
Indicou ao pai que mudasse. O pai começou a dizer ao
filho que tudo bem, que era assim mesmo, que passaria e
ao mesmo tempo que desfocava a importância do que
acontecia, imaginava a nova versão do filho bem. Versão
essa que era impedida até então, de ser obviamente r
visualizada e portanto criada, por conta de ele ter a antiga
versão em sua mente e sentimentos e portanto
manifestando-a.
E depois o pai voltou e agradeceu a Abraham pois o filho
agora estava acordando super bem.
Foi aí que, embora meu filho seja um rapaz realmente
maravilhoso, andava chato, ranzinza, sem fazer nada da
vida, cada dia mais grosso e resmungão.
E eu lembrei disso tudo. De como fazer.
E fiz.
Passei dois dias imaginando a nova versão dele. Nada
específico. Imaginei ele feliz. Como não sei o que
exatamente o faz feliz, mas sei do poder criativo e benigno
dele, apenas o imaginei feliz, pois sabia que ele próprio
sabe o que o faz feliz e se ele está feliz, também estou.
Ele resmungava e eu respondia algo, qualquer coisa, só
para não ficar sem dizer nada mas o mais neutramente
possível. Até a semana anterior eu tinha perdido a cabeça
ao menos umas 3 vezes e dado uns bons gritos do tipo
´´não encheeee...caralhooooo´´.
Agora eu apenas tirava a minha atenção e percebia pela
minha emoção, aonde ela estava. Se no filho carinhoso,
capaz, um sucesso, realizado, etc .....ou se no que eu via.
Não tem como não saber. BASTA VERIFICAR COMO
SE SENTE. Dois dias!
No terceiro ele me acordou com café na cama e dizendo
que ia buscar o primeiro cliente.
Nada demais, se ele NUNCA tivesse feito café para mim,
muito menos acordado no horário (aliás, antes!) e trazido
para mim na mão. E mais! Ele até poderia ter me trazido
café se ele tomasse, mas ele fez o café só para mim! Era
inacreditável!
Dois ou três dias depois, quando cheguei em casa ele tinha
feito o almoço! Decidiu fazer uma faculdade, abriu sua
hamburgueria, intensificou seus trabalhos como DJ e está
cada dia melhor!
E vejam: eu não tentei modificar os outros. Em nenhuma
destas situações.
Eu apenas ignorei as circunstâncias, o que eu vivenciava, a
vida ´´real´´ e NA MINHA MENTE, eu comecei a
CURTIR a minha nova estória.
Conseguem fazer isso?
Conseguem criar uma mentira em sua mente e SENTIR
PRAZER NELA??????
Não precisam acreditar na mentira. Não há esforço nem
sequer para acreditar.
O único requisito é pensar e sentir prazer no que pensam.
Não há ação física requerida e SE houver, serão
CLARAMENTE empurrados a ela.
Em todos os casos que citei, não existiu ação física a fim
de criar. Na maioria dos momentos foi divertido.
Não fiquei conferindo se ele estava mudando (até ´porque
era bem claro que não estava...haja resmungoo!).
Apenas me mantive de bem, o máximo possível com a
´´realidade resmungatória´´ dele. Neutra. E mesmo que de
vez em quando sentisse menos que neutralidade ou bem
estar, não ficava me acusando ou reprovando por me
deixar levar emocionalmente pelas circunstâncias,
baixando minha vibe e nem me criticando.
Dizia para mim que fiz o melhor que pude e simplesmente
voltava para a minha imaginação, sentindo a delícia dela.
Bem, mais explicado que isso, impossível.
Carpe Diem e criem.
E lembrem-se: criar NÃO é mudar o que está acontecendo.
Para isso, teríamos que manter o que está acontecendo na
atenção e dividiríamos o foco.
Criar é criar uma nova versão.
Onde a outra anterior NÃO TEM ESPAÇO.
Estamos inteiros ali, na nossa imaginação.
Qualquer dúvida, perguntem. Mas...USEM.
Ninguém irá criar POR você.

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