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GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL - APSFS

ANEL RODOFERROVIÁRIO DO PORTO DE


SÃO FRANCISCO DO SUL

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO- EAS


INSTRUÇÃO NORMATIVA – IN 24

SÃO FRANCISCO DO SUL / AGOSTO / 2012

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Instrução Normativa - IN 24
Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul

1. REQUERIMENTO PARA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO

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2. PROCURAÇÃO

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3. CÓPIA DO COMPROVANTE DE QUITAÇÃO DO BOLETO BANCÁRIO - DARE

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4. CÓPIA DA PUBLICAÇÃO DA NOMEAÇÃO

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5. CÓPIA DO CADASTRO NACIONAL DE PESSOA JURÍDICA - CNPJ

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Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral

Contribuinte,

Confira os dados de Identificação da Pessoa Jurídica e, se houver qualquer divergência, providencie junto à
RFB a sua atualização cadastral.

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA
NÚMERO DE INSCRIÇÃO DATA DE ABERTURA
83.131.268/0001-90
COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO 09/10/1975
MATRIZ CADASTRAL
NOME EMPRESARIAL
ADMINISTRACAO DO PORTO DE SAO FRANCISCO DO SUL
TÍTULO DO ESTABELECIMENTO (NOME DE FANTASIA)
********
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA PRINCIPAL
84.11-6-00 - Administração pública em geral
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS SECUNDÁRIAS
Não informada
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA
111-2 - AUTARQUIA ESTADUAL OU DO DISTRITO FEDERAL
LOGRADOURO NÚMERO COMPLEMENTO
AV ENG LEITE RIBEIRO 782

CEP BAIRRO/DISTRITO MUNICÍPIO UF


89.240-000 CENTRO SAO FRANCISCO DO SUL SC
SITUAÇÃO CADASTRAL DATA DA SITUAÇÃO CADASTRAL
ATIVA 03/11/2005
MOTIVO DE SITUAÇÃO CADASTRAL

SITUAÇÃO ESPECIAL DATA DA SITUAÇÃO ESPECIAL


******** ********

Aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 1.183, de 19 de agosto de 2011.

Emitido no dia 13/08/2012 às 11:42:55 (data e hora de Brasília). Página: 1/1


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© Copyright Receita Federal do Brasil - 13/08/2012


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6. MATRÍCULA – REGISTRO DE IMÓVEIS

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7. CERTIDÃO PREFEITURA MUNICIPAL – USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E


LOCALIZAÇÃO DO PONTO DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA PARA ABASTECIMENTO
PÚBLICO

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8. MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

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400000 600000 800000 736000 736250 736500 736750 737000 737250 737500 737750

^Curitiba

7096920
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Convenções Governo do Estado de Santa Catarina


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£280
¤ Administração do Porto de São Francisco do Sul - APSFS
NO

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Sistema Viário

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¤ BR 101
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Área de Estudo Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul


Instrução Normativa - IN 24
!
( Canteiro de Obras BR 280
Projeção UTM
7079920

A R A Q U A R I SC 301 Datum: SAD 69


Escala Indicada MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Agosto/2012
Escala 1:300.000 OAP Consultores Associados Ltda.
Escala Gráfica Rua Abdon Batista, nº 121, conj. 1306

CEP: 89201-010

Prefeitura Municipal de São Francisco do Sul, 2007. Base Cartográfica extraída da Ortofotocarta Digital
Fone/Fax: (47) 3422-0182

0 3 6 9 12 15 do município de São Francisco do Sul, Escala 1:2.000. Ortofotos com Escala de Vôo :10.000. Executado
Joinville - SC

km
E-mail: oap@oap.srv.br

por: Aeroconsult Aerolevantamentos e Consultoria Ltda, ano de 2007. Imagem de Satélite Landsat 2002.
£
280
¤ www.oapmeioambiente.com.br
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9. PLANTA PLANIALTIMÉTRICA

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736400 736600 736800

7096720
Convenções

Sistema Viário

Curvas de Nível 5x5m

Hidrografia

Área de Estudo
6 5
Área de Preservação Permanente - APP
7
30
Parcelas

Vegetação em Estágio Médio

Área Sem Vegetação

7096520
8

45 20

40

25
15
20
35

35
9 Projeção: Universal Tranversa de Mercator - UTM
35
25
Escala Numérica: 1:3.000
Datum Horizontal: SAD 69

7096320
40

45
Datum Vertical: Marégrafo Imbituba/SC
Agosto/2012

Escala Gráfica

0 50 100 150

15
Meters
4
Prefeitura Municipal de São Francisco do Sul, 2007. Base Cartográfica extraída da Ortofotocarta Digital
do município de São Francisco do Sul, Escala 1:2.000. Ortofotos com Escala de Vôo :10.000. Executado
por: Aeroconsult Aerolevantamentos e Consultoria Ltda, ano de 2007. Imagem de Satélite Landsat 2002.

3
30 Projeto Governo do Estado de Santa Catarina
Administração do Porto de São Francisco
10

do Sul - APSFS
2
1

7096120
Anel Rodoferroviário do Porto de São
Francisco do Sul
Instrução Normativa - IN 24

PLANTA PLANIALTIMÉTRICA

10
5 25
20

35
15

30

40
45
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Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul

10. INVENTÁRIO FLORESTAL


A descrição a seguir apresentada foi transcrita do Estudo Ambiental Simplificado - EAS também
protocolado nesta Fundação do Meio Ambiente.

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5.2. MEIO BIÓTICO

5.2.1. CARACTERIZAÇÃO FLORÍSTICA

A presente seção tem por finalidade atender ao disposto na Legislação Ambiental em vigor,
especialmente os critérios e parâmetros da Instrução Normativa – IN 24, e apresentar a
caracterização da flora existente ao longo do Anel Rodoferroviário do Porto de São
Francisco do Sul, localizado no município de São Francisco do Sul – SC.

5.2.1.1. A FLORESTA ATLÂNTICA

O bioma Mata Atlântica é composto por uma série de ecossistemas bastante diversificados, além
de biologicamente distintos daqueles encontrados em outras regiões do país. É considerado um
dos mais ameaçados do mundo e de grande prioridade para a conservação da biodiversidade em
todo o continente americano.

O Brasil é o país que mais detém a megadiversidade biológica do Planeta, possuindo entre 15 a
20% do número total de espécies da terra. A Mata Atlântica e seus ecossistemas associados
cobriam, na época do descobrimento, 1.360.000 km2 (MMA, 2000). Atualmente, apenas 8% da
área do bioma preserva suas características bióticas originais que, apesar das devastações ao
longo do tempo, abriga grande biodiversidade e endemismos, encontrando-se entre os 25
hotspots mundiais em regiões mais ricas e ameaçadas do planeta (Figura 5.2.1.1).

A Floresta Atlântica é o segundo conjunto de matas especificamente expressivas na América do


Sul, perdendo apenas para a Floresta Amazônica, a maior do planeta. Este Domínio Florestal
estende-se por uma faixa relativamente paralela à costa brasileira, desde o Rio Grande do Norte
até o Rio Grande do Sul, e constitui-se por "mares de morros" e "chapadões florestados".

Considerada um dos mais importantes ecossistemas do mundo, a Mata Atlântica protege e


regula o fluxo dos mananciais hídricos que abastecem as metrópoles e demais cidades do País,
controla o clima local, garante a fertilidade do solo e a extraordinária beleza de suas paisagens,
sobretudo nas regiões da serra do Mar, é um forte atrativo para atividades de ecoturismo.

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Figura 5.2.1.1: Mapa da cobertura florestal original da Mata


Atlântica e a sua restrita ocupação no território brasileiro na
atualidade.

Das áreas de Floresta Atlântica, remanescentes ao longo de toda a sua distribuição geográfica,
poucas se caracterizam como florestas primárias (onde não houve interferência humana),
estando estas situadas principalmente em locais de difícil acesso. As demais áreas florestadas
apresentam algum grau de alteração, sendo denominadas florestas secundárias. Essas alterações
podem ser causadas por intervenções que vão desde a exploração seletiva de produtos florestais
(por ex.: madeira, palmito e plantas ornamentais), até a supressão total da floresta, com posterior
regeneração. Os estágios de regeneração da floresta são definidos como: inicial, médio ou
avançado, dependendo das características dendrométricas (medidas das árvores), e outros
aspectos da formação, como por exemplo, a presença de epífitas (bromélias e orquídeas) e lianas
(cipós), (Resolução CONAMA/04/94).

A Floresta Atlântica ainda abriga uma parcela significativa da diversidade biológica brasileira
que por muitos anos, desde a época do Brasil colônia, foi exaustivamente explorada e que até
hoje sofre com essa devastação. Sua existência está atrelada à grande extensão de montanhas, a
qual dificulta a ação humana, sendo o fator que mais contribui para a conservação de suas
espécies, tanto da flora quanto da fauna.

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5.2.1.2. A FLORESTA ATLÂNTICA NO ESTADO DE SANTA CATARINA

Com 9,5 milhões de hectares, o Estado de Santa Catarina apresenta uma pequena parcela de sua
cobertura florística original. As áreas mais consideráveis de vegetação natural remanescentes
eram da Floresta Ombrófila Densa (Floresta Atlântica), em virtude das dificuldades de acesso e
da topografia acidentada. Outras vegetações lenhosas como a Floresta Ombrófila Mista
(Floresta com Pinheiros) e a Floresta Latifoliada do Alto Uruguai, foram fortemente exploradas
e ocupadas com a produção agrícola. Também os campos do Planalto têm sido cada vez mais
transformados em áreas de culturas agrícolas.

O Domínio da Mata Atlântica em Santa Catarina representa 95.985 km2 de superfície, no


entanto apenas 1.662.000 ha (17,46%) ainda se encontram com florestas, 280.000 ha com
florestas primárias e os demais 1.382.000 ha com florestas secundárias em estágio médio e
avançado de regeneração (Mata Atlântica e Você, 2002).

Segundo a classificação fisionômico-ecológica proposta por ELLENBERG & MUELLER-


DOMBOIS, em 1965/1966, apresentada pela UNESCO, posteriormente adaptada por VELOSO
et al (1982) resultado de dez anos de Pesquisa no Projeto RADAMBRASIL e aprimorado no
“Manual Técnico da Vegetação Brasileira” (IBGE, 1992), a cobertura Florestal de Santa
Catarina está subdividida em: Floresta Ombrófila Densa, que ocupa com maior intensidade o
litoral e estende-se até as Serra Geral, do Mar e do Espigão e que juntamente com seus
ecossistemas associados cobria originalmente 31.611 km2, a Floresta Ombrófila Mista,
caracterizada pela Araucaria angustifólia, abrangia cerca de 40.800 km2 e a Floresta Estacional
Decidual, característica do Vale do Rio Uruguai, oeste de Santa Catarina, por sua vez cobria
9.196 km2 (MEDEIROS, 2002). Estima-se ainda que 13.794 km2 eram áreas de campos e 575
km2 eram áreas com floresta nebular1.

A Figura 5.2.1.2 apresenta o Mapa do Domínio da Mata Atlântica e suas associações no Estado
de Santa Catarina, adaptado por KLEIN (1978).

Conforma apresentado a seguir, REIS (1999) classifica as tipologias florestais do Estado de


Santa Catarina, como Domínio da Mata Atlântica, cujos ecossistemas constituintes são
considerados patrimônio nacional.

1
Fonte: Reserva da Biosfera da Mata Atlântica/SC.

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Figura 5.2.1.2: Mapa Fitogeográfico do Estado de Santa Catarina. 2

Segundo LEITE & KLEIN (1990) e REIS (1999) as principais características das formações que
compõem este Domínio são descritas a seguir:

A) FLORESTA OMBRÓFILA DENSA

Formação vegetal exuberante, complexa, ocupando uma grande parte do estado, margeando o
Oceano Atlântico. Um grande número de espécies arbóreas adensa os estratos superiores,
criando assim um ambiente propício ao desenvolvimento de vegetais esciófitos, epífitos e lianas
lenhosas, além de pteridófitas, heliconiáceas e marantáceas.

Situada entre o planalto e o oceano, a Floresta Ombrófila Densa é constituída, na sua maior
parte, por árvores perenefoliadas de 20 a 30 m de altura. Sua área é formada por planícies
litorâneas e, principalmente, por encostas íngremes da Serra do Mar, formando vales profundos
e estreitos.

As subdivisões da Floresta Ombrófila Densa são apresentadas a seguir:

(I) Floresta das Terras Baixas: Recobre as planícies quaternárias costeiras fluviais e flúvio-
marinhas, até aproximadamente 40 m de altitude. Pouco desenvolvida e pouco densa, com
predomínio do Olandi (Calophyllum brasiliensis), Figueira-do-mato (Ficus organensis),
Copiúva (Tapirira guianensis), Canela-garuva (Nectandra rigida), entre outros.

2
Fonte: RBMA/SC

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(II) Floresta Submontana: Fanerófitos com alturas uniformes de alto porte ocupam relevo
montanhoso com solos mediamente profundos e altitudes variando de 40 a 400 metros.

(III) Floresta Montana: Situada entre 400 e 1.000 m de altitude ao longo da Serra do Mar, com
domínio de canelas e de coníferas como os Podocarpus, que se instalam sobre o solo delgado.

(IV) Floresta Alto-Montana: Abrange as encostas superiores da Serra do Mar, acima de 1.000
m de altitude, sobre solos litólicos. Área de ocorrência da popular “mata nebular”, com
formações arbóreas mesofanerofíticas com destaque para as espécies Gramimunha
(Weinmannia humilis) e Camboim (Siphoneugema reitzii).

B) FLORESTA OMBRÓFILA MISTA

Uma grande parte de Santa Catarina está coberta por florestas onde o Pinheiro do Paraná
(Araucaria angustifolia) predomina no estrato superior e caracteriza a região.

As subdivisões da Floresta Ombrófila Mista são apresentadas a seguir:

(I) Floresta Montana: Profundamente caracterizada pela presença do Pinheiro do Paraná


(Araucaria angustifolia) no estrato superior, com sub-bosque dominado por lauráceas (imbuias,
canelas) e o Xaxim Bugio (Dicksonia selowianna).

(II) Savanas (Campos): Em altitudes geralmente superiores a 800 m, em terrenos geralmente


lixiviados e aplainados, desenvolvem-se amplas formações de gramíneas, além de ciperáceas e
grupos esparsos de arbustos e árvores. Em Santa Catarina ocorrem campos limpos e campos
sujos.

C) ÁREAS DAS FORMAÇÕES PIONEIRAS

As subdivisões das Formações Pioneiras são apresentadas a seguir:

(I) Influência Marinha: Com fisionomias diversas, em terrenos arenosos mais firmes e menos
ondulados e em áreas posteriores às dunas, a vegetação pode ser caracterizada como de porte
herbáceo a porte arbóreo. Nas restingas catarinenses, predominam as mirtáceas, além de uma
grande variedade de bromeliáceas e cactáceas.

(II) Influência Flúvio-marinha (Manguezal): Nas baías, nas reentrâncias do mar e


desembocaduras dos rios desenvolvem-se os manguezais, onde predominam espécies arbustivas
e pequenas árvores como: Siriúba (Avicennia schaueriana), Mangue vermelho (Rhizophora
mangle), Mangue Branco (Laguncularia racemosa) e os Capins Praturás (Spartina densiflora e
Spartina alterniflora).

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5.2.1.3. A VEGETAÇÃO DA ÁREA EM ESTUDO

A área motivo deste estudo está inserida no domínio da Floresta Ombrófila Densa Sub-montana,
que compreende as formações florestais situadas na faixa altitudinal entre 30 e 400 metros,
ocupando solos bem drenados e com profundidade variável. Esta formação, originalmente, é
caracterizada por ecótipos que variam pelo posicionamento dos ambientes de acordo com a
latitude. As espécies indicadoras desse ambiente são: Alchoernea sp, Hyeronima alchorneoides,
conhecidos regionalmente por tanheiro e licurana respectivamente, ambas da família botânica
Euphorbiaceae, Didymopanax morototonii, da família botânica Araliaceae e Pautéria sp da
família botânica Sapotaceae, sendo estas espécies consideradas endêmicas na região
(IBGE:1992).

Desde a colonização de São Francisco do Sul, a mata original foi sendo substituída por área de
exploração de madeira e cultivos agrícolas, o que transformou as matas naturais em tipologias
variadas de vegetação secundária, fato este que atualmente se observa na paisagem vegetacional
da região de São Francisco do Sul.

Assim, historicamente observa-se que a prática agrícola, característica dos povos açorianos, se
instalou na região, na forma de pequenas roças de cultivo de aipim, banana, abacaxi e outras
plantas de interesse doméstico, promovendo a retirada da vegetação primitiva, transformando a
flora num mosaico de tipologias florestais, que atualmente representam as várias fases de
ocupação da área, Figura 5.2.1.3.

Figura 5.2.1.3: Foto antiga, sem data. Em primeiro plano a elevação


denominada “Rabo Azedo” onde a cobertura vegetal se resumia a
pequenos fragmentos localizados em seu topo.

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Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul

Atualmente a cobertura vegetal da região apresenta estratos diversificados, os quais


caracterizam o uso do solo e o tempo de abandono das atividades antrópicas. Na área de
influência direta da obra de implantação do anel rodoferroviário, a paisagem encontra-se
bastante alterada por atividades antrópicas, tais como indústrias e infraestruturas de
armazenamento e movimentação de cargas, ambos ligados ao Porto de São Francisco do Sul,
bem como ocupação residencial unifamiliar.

O anel rodoferroviário será implantado em parte sobre vias já abertas e pavimentadas com
asfalto ou saibro, no entanto a maior porção passará por trechos a serem abertos completamente,
necessitando assim a retirada da cobertura vegetal existente.

O percurso para implantação da obra, como apresentado previamente no Mapa de Localização


do Empreendimento, tem início no entroncamento da Rodovia BR-280 com a Rua Francisco
Machado de Souza, contornando a elevação conhecida como “Rabo Azedo” no sentido anti-
horário até se encaixar na via de acesso aos armazéns da CIDASC e daí até a Av. Engenheiro
Leite Ribeiro. Nesse percurso atravessa terras de propriedade da Bunge Alimentos, da Empresa
Litoral Agência Marítima e do Porto de São Francisco do Sul.

No geral, a cobertura vegetal da região do empreendimento encontra-se bastante alterada pela


ocupação humana, sendo que os remanescentes vegetais mais desenvolvidos encontram-se sobre
as elevações adjacentes, caso específico do Morro Pão de Açúcar e outras elevações menores
que ainda preservam maciços florestais importantes.

No entroncamento da futura via com a rodovia BR-280, estaca zero do Projeto de Engenharia
Rodoferroviária apresentado pela Empresa Azimute, a nova conformação geométrica atingirá
uma vegetação arbórea secundária que ocupa a margem da Rodovia BR-280 e da Rua Francisco
Machado de Souza por um percurso de aproximadamente 340 metros, Figura 5.2.1.4.

Entretanto, vale frisar que, apenas uma das margens da Rua Francisco de Souza apresenta
vegetação arbórea, a outra apresenta apenas gramíneas rasteiras, já que é ocupada por pátio e
depósitos da Bunge Alimentos. O traçado ao atravessar a propriedade da Bunge Alimentos
atingirá área com gramado, adjacente a área de depósito da empresa, o qual é mantido aparado
rente ao solo, Figura 5.2.1.5.

A partir desse ponto até o entroncamento com a via existente o traçado está projetado próximo a
uma aglomeração urbana que ocupa a base da elevação margeando a Baía da Babitonga. Nesse
trecho o projeto atravessa uma vegetação secundária alterada pelo uso da terra, onde se observa
o desenvolvimento de pequenas plantações e hortas domésticas. Neste segmento ocorrem
aglomerações vegetais dominadas por espécies pioneiras nativas, ervas ruderais e plantas
frutíferas cultivadas pelos moradores.

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Figura 5.2.1.4: Vegetação junto à esquina da Rodovia BR-280 com a


Rua Francisco Machado de Souza, ponto inicial do traçado do Anel
Rodoferroviário.

Figura 5.2.1.5: Gramado no interior das instalações da Bunge


Alimentos.

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Assim, o presente projeto atinge a base da elevação denominada “Bela Vista” também de
conhecida como “Rabo Azedo”. Na Figura 5.2.1.6 é possível observar a elevação contornada
pela via esquemática projetada.

Figura 5.2.1.6: O traçado em azul representa o esquema de


implantação do anel rodoferroviário. Nota-se que o traçado está no
entorno das aglomerações vegetais.

Nas visitas a campo observou-se que o Jacatirão (Tibouchina mutabilis), entre as espécies
autóctones, é a mais abundante, sendo o principal representante arbóreo da porção atingida. No
entanto, os elementos dominantes são representados por Jacatirão-açú (Miconia
cinnamomifolia), Copiúva (Tapipira guianensis) e Canela-ferrugem (Nectandra rigida), estas
últimas presentes na porção Sul da área de estudo.

Para o levantamento das espécies vegetais as aglomerações vegetais foram agrupadas e tratadas
como uma única tipologia já que as fitofisionomias se assemelham e se encontram muito
próximas geograficamente.

A maior porção atingida pelo empreendimento está situada na porção NE da elevação e


apresenta cobertura florestal bem definida, estruturada basicamente por dois estratos
horizontais, um de elementos arbóreos, constituídos principalmente por Jacatirão (Tibouchina
mutabilis) e o outro essencialmente herbáceo, dominado por Orelha de onça (Tibouchina sp),
que forma uma camada de mais ou menos 1,20 metros acima do solo (Figura 5.2.1.7).

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Figura 5.2.1.7: Vista do interior da formação da elevação (Rabo


Azedo) atravessada pelo traçado do anel rodoferroviário.

Com referência a Orelha de onça (Tibouchina sp), há que se considerar a sua densidade,
recobrindo por completo a superfície do solo e a rigidez do seu caule, que dificulta a travessia.
Ocorre ainda grande quantidade de Poáceas como capim-colonião (Panicum maximum) e
capim-gordura (Melinis minutiflora).

Relatos de moradores locais, bem como os registros fotográficos apresentados, confirmam que a
área foi palco de intensa atividade agrícola, como por exemplo o cultivo de mandioca, e se
encontra abandonada há décadas, tempo suficiente para a regeneração parcial da sua cobertura
florestal.

Quanto à estrutura fisionômica da vegetação, identifica-se um dossel descontínuo, formado por


copas pouco espessas, que por sua vez favorecem a entrada de luz, beneficiando o
desenvolvimento de um denso sub-bosque herbáceo, típico de áreas em fase de regeneração.

A área estudada compreende uma superfície de 34.600,00 m2 estruturada por uma comunidade
florestal secundária que mesmo aparentando bom desenvolvimento resguarda clareiras e
nuances deixadas pela ocupação antrópica recente.

Em virtude de se localizar na porção urbana - retroportuária, seu interior é marcado por


intervenções como abertura de trilhas, corte de árvores, queimadas, depósitos de entulhos e
outras ações que descaracterizam seu estado de conservação, principalmente nas bordas
atingidas pelo traçado projetado.

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As espécies vegetais ocorrentes, em sua maioria, são componentes típicos das formações
secundárias regionais como o Jacatirão (Tibouchina mutabilis), Jacatirão-açu (Miconia
cinnamomifolia), Embaúba (Cecrópia) Camboatá (Cupania vernalis) e Tanheiro (Alchornea
triplinervia). No sub-bosque ocorre com abundância Capim gordura (Melinis minutiflora),
Capim colonião (Panicum maximum), Orelha de onça (Tibouchina pilosa) e Taquari
(Colanthelia sp).

Com relação à espécie, aqui denominada vulgarmente de Taquari (Colanthelia sp), trata-se de
uma espécie de taquara (Poaceae) com colmos lisos e ocos, com diâmetro de aproximadamente
um centímetro e altura por volta de 2 metros. Esta espécie forma densas touceiras, que recobrem
o solo parcialmente sombreado pelo dossel superior.

Assim, a estrutura horizontal da comunidade florística da área apresenta dois estratos: um


arbóreo, bem desenvolvido e outro herbáceo composto por espécies esciófitas, que neste caso é
representada principalmente pelo taquari.

Sobre os troncos das árvores de maior porte, é notada a presença discreta de espécies de
bromeliáceas, principalmente do gênero Vriesea e raros exemplares de orquídeas.

Como previamente descrito o uso da área promoveu a supressão parcial do sub-bosque, fato que
é observado em boa parte da área (Figura 5.2.1.8).

Figura 5.2.1.8: Vista do interior da formação, em ponto onde


praticamente não se observa a ocorrência de sub-bosque.

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Quanto à porção ocupada por residências a cobertura vegetal é constituída especialmente por
árvores frutíferas, na sua maioria espécies exóticas, plantadas pelos moradores. Apresenta
adensamento descontínuo, entremeadas por plantio de cercas vivas que, no conjunto,
proporcionam um aspecto mais homogêneo à vegetação. Encontram-se ainda pequenas roças,
onde eventualmente é cultivado abacaxi, aipim, mamão, maracujá, cana-de-açúcar e outras
plantas de interesse local (Figura 5.2.1.9).

Figura 5.2.1.9: Vista de clareira antes ocupada por casas ao fundo


componentes arbóreos exóticos que serão atingidos pelo
empreendimento.

Nas clareiras dos antigos cultivos agrícolas deu-se a instalação de plantas invasoras, que aos
poucos vão ocupando o solo abandonado e promovendo o processo de regeneração da
vegetação. Nestes pontos, são abundantes as ervas rasteiras, principalmente as gramíneas, que se
alastram espontaneamente entre os espécimes arbóreos de Goiabeira (Psidium guajava), Aroeira
(Schinus terebinthifolius), Jerivá (Arecastrum romanzoffianum), Inga-feijão (Inga marginata) e
Embaúba (Cecropia adenopus) (Figura 5.2.1.10).

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Figura 5.2.1.10: Clareira ocupada por capim-colonião (Panicum


maximum) espécie bastante comum na área.

Com relação às espécies exóticas aparecem, de forma descontínua, Bananeiras (Musa sp),
Abacateiro (Persea americana), Jambolão (Eugenia jambolana), Mangueiras (Mangifera
indica), Laranjeiras (Citrus sp) e Ameixeiras (Eryobotrya japonica). Encontram-se ainda
touceiras de Bambus (Bambusa sp) e cercas vivas estruturadas por Hibiscos (Hibiscus sp) e Pau
d’água (Dracena flagans).

5.2.1.3.1. INVENTÁRIO FLORESTAL

O inventário florestal é a base para o planejamento do uso dos recursos florestais e neste
trabalho, tem como finalidade levantar as características qualitativas e quantitativas da
vegetação, visando seu enquadramento nos parâmetros da Resolução CONAMA nº 04/1994
(Tabela 5.2.1.1), além de apresentar as características estruturais e fitofisionômicas da cobertura
florestal da região de implantação do anel rodoferroviário.

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Tabela 5.2.1.1: Principais parâmetros da Resolução CONAMA 04/94 para as formações secundárias da
Mata Atlântica em Santa Catarina.
ESTÁGIO SUCESSIONAL DE REGENERAÇÃO
PARÂMETROS
Inicial Médio Avançado
DAP Até 8 cm Até 15 cm Até 25 cm
ÁREA BASAL Até 8 m2/ha Até 15 m2/ha Até 20 m2/ha
ALTURA Até 4 m Até 12 m Até 20 m
FISIONOMIA Herbáceo/arbustiva Arbórea/arbustiva Arbórea dominante
sobre os demais estratos
ESPÉCIES Samambaias (Pteridium Capororoca (Rapanea Jacatirão-açu (Miconia
INDICADORAS: aquilium), capim- ferruginea) associada à cinnamomifolia),
gordura (Melinis Vassoura-vermelha Tanheiro (Alchornia
minutiflora), vassoura (Dodonea viscosa). triplinerva), Canela-
(Bacharis sp), vassoura- preta (Ocotea
braba (Bacharis sp). catharinensis),
Palmiteiro (Euterpe
edulis).

Os dados a seguir estão baseados em estudos realizados na área de abrangência do anel


rodoferroviário no ano de 2006 cujos valores de volume de madeira foram atualizados a partir
da aplicação das metodologias a seguir descritas.

Segundo HUSCH et al. (1982), o crescimento das árvores é influenciado pelas características da
espécie, interagindo com o ambiente. Para PRODAN et al. (1997), as influências ambientais
incluem fatores climáticos (temperatura, vento, precipitação e insolação), fatores pedológicos
(características físicas e químicas, umidade e microrganismos), características topográficas
(inclinação, elevação e aspecto do solo) e competição (influência de outras árvores, sub-bosque
e animais), sendo que a soma desses fatores exprime o conceito de qualidade de hábitat.

As diferenças entre os tipos florestais dificultam a comparação de taxas de crescimento e


produção. Estudos feitos por SILVA et al. (1995, 1996 e 1999) em florestas tropicais naturais,
no Estado do Pará, constataram que a produção líquida volumétrica variou de 1,6 m3/ha/ano na
floresta primária não explorada a 4,8 m³/ha/ano na floresta explorada sem tratamento
silvicultural. Na floresta secundária, a produção volumétrica foi de 3,5 m³/ha/ano, e os
incrementos anuais em volume das espécies comerciais variaram entre 1,0; 1,5; e 1,8 m³/ha/ano.

Numa Floresta Atlântica, no Estado de Minas Gerais, FERREIRA (1997) constatou, ao final de
10 anos de monitoramento em um experimento de manejo de vegetação secundária em que
foram aplicados cortes seletivos, incrementos anuais em volume entre 3,9 e 3,7 m³/ha/ano.

ALDER & SILVA (2000) observaram incremento anual em volume de 2,56 m³/ha/ano nas
espécies com DAP > 45 cm, após 17 anos de monitoramento em uma floresta equatorial de terra
firme, na Amazônia.

MAITRE (1991), analisando três áreas de floresta tropical na Costa do Marfim, observou
incrementos anuais em volume entre 0,7 e 1,8 m³/ha/ano na área não explorada, 2,5 m³/ha/ano
na área explorada e 2,2 a 3,6 m³/ha/ano na área explorada com aplicação de tratamentos
silviculturais.

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DE GRAAF (1986), referindo-se a estudos de crescimento em floresta tropical natural no


Suriname, observou aumento no incremento anual em volume de 2,0 a 4,5 m³/ha/ano nas
espécies comerciais sob tratamentos silviculturais.

Como pode ser observado nas informações apresentadas previamente, não existem muitos
experimentos e estudos referentes ao incremento de volume para Floresta Atlântica Secundária
em áreas onde não é realizado o manejo florestal. No entanto, analisando os dados obtidos por
diversos autores acima citados, para os cálculos de volumes de madeira na área a ser suprimida
adotaremos um incremento anual de volume de 3,00 m³/ha/ano.

Cabe salientar que os demais parâmetros analisados e apresentados no inventário florestal do


ano de 2006 não foram alterados e incrementados.

METODOLOGIA

O primeiro reconhecimento da área objeto do presente estudo foi realizado a partir de


fotografias aéreas da área de abrangência do anel rodoferroviário, bem como mapas
topográficos que indicam as principais características da área.

Assim, considerando as características da população estudada optou-se pela metodologia de


Amostragem Aleatória Simples, com a distribuição de 09 (nove) amostras sobre a vegetação
arbórea ao longo do percurso delimitado pelo projeto de engenharia.

O trabalho de campo consistiu no levantamento do CAP (Circunferência à Altura do Peito),


medido a aproximadamente 1,30 m, altura total e identificação dos espécimes presentes em cada
parcela com altura superior a 1,30 metros e diâmetro superior a 4,00 cm, conforme os preceitos
da Instrução Normativa IN 24.

Com base nos dados levantados em campo, foi calculado o DAP (Diâmetro à Altura do Peito)
médio, a Área Basal por hectare, bem como o Volume total de lenha existente na área de
supressão.

A localização da área inventariada pode ser visualizada na Planta Planialtimétrica e a posição


geográfica das amostras, em coordenadas UTM, pode ser consultada na Tabela 5.2.1.2 abaixo.

Tabela 5.2.1.2: Localização das amostras do inventário florestal.


AMOSTRA NORTE ESTE
1 7.096.114 736.848
2 7.096.122 736.800
3 7.096.167 736.777
4 7.096.227 736.780
5 7.096.595 736.562
6 7.096.619 736.512
7 7.096.585 736.444
8 7.096.468 736.310
Datum: SAD69

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EQUAÇÕES UTILIZADAS NOS CÁLCULOS DO INVENTÁRIO FLORESTAL

DAP, Altura e Área Basal

DAP: Diâmetro a altura do peito - 1,3 m;

DAP = CAP/π (cm)

Onde: CAP = Circunferência à altura do peito

Altura: Todos os indivíduos da parcela com altura superior a 2,00 m;

Área Basal: Área Transversal de cada indivíduo inventariada.

AB = DAP2 x π (m2)
4.000

Se a área basal das árvores amostradas é AB , em uma amostra de área S , com uma área S do
1 1
povoamento, a área basal total será:

AB = AB1 x S
S1

Média, Variância, Desvio Padrão

Média: Somatório da variável (DAP, Altura, Área Basal) de todas as parcelas, dividido
pelo número de parcelas.

Onde: n = número de indivíduos

Variância (S2): desvio quadrático médio da média' e é calculada de uma amostra de


dados.

Desvio Padrão (S): É a raiz quadrada da variância.

S = √S2

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RESULTADOS DO INVENTÁRIO FLORESTAL

Tabela 5.2.1.3: Dados dendrológicos por espécie.


Altura DAP AB VOLUME*
NOME ESPÉCIE FAMÍLIA
(m) (cm) (m²/ha) m3/ha (m3) st
Protium
Almesca Burseraceae 8,214 10,004 0,330 2,463 8,438 11,813
Heptaphyllum
Andira
Angelim Fabaceae 5,167 16,340 0,408 2,245 7,690 10,766
fraxinifolia
Centrolobium
Ariribá Fabaceae 6,286 11,732 0,505 3,191 10,933 15,306
robustum
Schinus
Aroeira Anacardiaceae 4,750 6,207 0,080 0,394 1,349 1,888
Terebinthifolius
Café do Casearia
Flacourtiaceae 6,000 7,321 0,023 0,125 0,427 0,598
Mato silvestris
Guarea
Cafezinho Meliaceae 3,250 3,342 0,010 0,028 0,096 0,134
macrophylla
Cupania
Camboatá Sapindaceae 7,786 13,051 1,370 12,195 41,775 58,485
vernalis
Canela Ocotea sp Lauraceae 7,667 8,541 0,263 2,448 8,387 11,741
Canela- Nectandra
Lauraceae 8,389 12,662 1,000 10,109 34,628 48,479
nhoçara leucothyrsus
Tetrorchidium
Canemoçú Euphorbiaceae 8,500 10,663 0,115 0,978 3,352 4,692
rubrivenium
Cabralea
Canjarana Meliaceae 5,667 7,533 0,090 0,563 1,930 2,702
glaberrima
Rapanea
Capororoca Myrsinaceae 6,750 8,992 0,340 2,405 8,240 11,536
ferruginea
Carne de Psychotria
Rubiaceae 8,500 15,279 0,255 2,377 8,144 11,401
vaca carthagenensis
Jacaranda
Caroba Bignoniaceae 5,146 7,905 0,751 3,909 13,392 18,749
micrantha
Catinguá Trichilia sp Meliaceae 4,000 3,820 0,019 0,068 0,233 0,326
Cordia
Catuteiro Boraginaceae 4,800 6,812 0,122 0,633 2,169 3,036
sellowiana
Caujujá Clethra scabra Clethraceae 5,850 7,990 0,384 2,743 9,396 13,154
Cauna Ilex dumosa Aquifoliaceae 7,500 7,003 0,021 0,143 0,489 0,684
Sorocea
Chincho Moraceae 6,250 5,570 0,031 0,167 0,571 0,800
bonplandii
Tapirira
Copiúva Anacardiaceae 9,625 17,587 0,752 8,699 29,800 41,720
guianensis
Rollinia
Cortiça Annonaceae 8,250 13,687 0,210 1,814 6,216 8,702
exalbida
Cecropia
Embaúba Cecropiaceae 7,900 11,650 0,682 5,361 18,365 25,711
adenopus
Espinheira Pachystroma
Euphorbiaceae 5,000 6,366 0,018 0,079 0,269 0,377
santa longifolium
Figueira- Ficus
Moraceae 5,250 6,525 0,045 0,264 0,905 1,267
branca guaranitica
Aegiphila
Gaioleiro Verbenaceae 4,154 5,362 0,180 0,812 2,783 3,896
sellowiana
Psidium
Goiabeira Myrtaceae 4,833 11,459 0,222 1,169 4,003 5,605
guayava
Goiabeira Psidium Myrtaceae 3,750 3,820 0,013 0,043 0,148 0,207

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Altura DAP AB VOLUME*


NOME ESPÉCIE FAMÍLIA
(m) (cm) (m²/ha) m3/ha (m3) st
guayava
Trema
Grandiuva Ulmaceae 10,333 12,520 0,218 1,995 6,836 9,570
micrantha
Guacá- Trichilia
Meliaceae 7,056 6,791 0,209 1,543 5,287 7,401
maciele lepidota
Casearia
Guaçatunga Flacourtiaceae 7,000 10,345 0,120 0,839 2,875 4,025
inaequilatera
Guamirim Eugenia sp Myrtaceae 5,458 6,711 0,361 2,344 8,029 11,241
Guamirim- Myrcia
Myrtaceae 11,167 16,552 0,693 12,040 41,245 57,744
branco pubipetala
Jacaradá de Machaerium
Fabaceae 7,000 9,868 0,042 0,264 0,906 1,268
espinho aculeatum
Tibouchina
Jacatirão Melastomataceae 6,838 12,422 3,548 26,433 90,549 126,769
mutabilis
Jacatirão- Miconia
Melastomataceae 6,700 10,271 0,801 5,442 18,641 26,097
açu cinnamomifolia
Jaguarandi Ottonia sp Piperaceae 4,333 5,730 0,099 0,418 1,431 2,003
Jambo Jambosa aquea Myrtacea 6,500 9,868 0,042 0,246 0,841 1,178
Sapium
Leiteiro Euphorbiaceae 6,000 4,775 0,010 0,053 0,182 0,254
glandulatum
Hieronyma
Licurana Euphorbiaceae 10,500 18,939 0,375 3,626 12,421 17,390
alchorneoides
Mamica de
Fagara sp Rutaceae 10,000 12,732 0,071 0,629 2,154 3,016
porca
Guapira
Maria-mole Nyctaginaceae 3,500 3,820 0,006 0,020 0,068 0,095
opposita
Dalbergia
Marmeleiro Fabaceae 6,750 10,504 0,451 2,914 9,981 13,974
brasiliensis
Miguel Matayba
Sapindaceae 5,333 6,791 0,086 0,571 1,956 2,738
pintado guianensis
Ni Ni Ni 7,063 9,271 0,339 2,497 8,555 11,977
Calophyllum
Olandi Guttiferae 11,000 23,449 1,795 21,092 72,253 101,154
brasiliensis
Pau- Triplaris
Polygonaceae 7,400 12,669 0,406 2,799 9,588 13,424
formiga brasiliensis
Aspidosperma
Peroba Apocynaceae 3,500 4,138 0,007 0,023 0,080 0,112
olivaceum
Mollinedia
Pimenteira Monimiaceae 4,929 5,821 0,112 0,526 1,800 2,521
schottiana
Xylopia
Pindaiba Annonaceae 7,500 8,276 0,030 0,199 0,683 0,956
brasiliensis
Pixirica Miconia sp Melastomataceae 5,000 4,456 0,009 0,039 0,132 0,185
Miconia
Pixiricão Melastomataceae 8,000 21,963 0,210 1,497 5,129 7,180
flammea
Solanum
Quina Solanaceae 6,500 17,507 0,483 3,106 10,640 14,896
pseudoquina
Seca-ligeiro Pera glabrata Euphorbiaceae 7,375 10,584 0,248 1,853 6,348 8,887
Mimosa
Silva Fabaceae 6,361 8,736 0,934 6,301 21,586 30,220
bimucronata
Alchornea
Tanheiro Euphorbiaceae 7,063 12,016 1,993 14,843 50,845 71,182
triplinervia
Vasoura Vernonia sp Compositaea 3,333 3,608 0,017 0,053 0,180 0,252
Total Geral 6,588 10,119 21,958 179,632 615,346 861,485
*Dados de Volume atualizados em 2012.

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ANÁLISE DOS DADOS

As dimensões da área, volumes de lenha e demais dados apurados são apresentados de forma
resumida na Tabela 5.2.1.6 apresentada posteriormente. Os dados apurados a partir do
inventário florestal na área estudada são apresentados a seguir na Tabela 5.2.1.4.

Tabela 5.2.1.4: Dados do inventário florestal e Resolução CONAMA 04/94.


RESOLUÇÃO
INVENTÁRIO
PARÂMETROS CONAMA –
FLORESTAL
ESTÁGIO MÉDIO
DAP médio 10,28 cm Até 15 cm
Altura média 6,60 m Até 12 m
Área Basal por hectare 21,96 m2/ha Até 15 m2/ha

A fisionomia da área em estudo é de mata secundária em processo de regeneração, onde se


destaca a espécie Jacatirão (Tibouchina mutabilis), Caroba (Jacaranda micrantha), Tanheiro
(Alchornea triplinervia), Silva (Mimosa bimucronata), Camboatá (Cupania vernalis), Gaioleiro
(Aegiphila sellowiana), Jacatirão-açu (Miconia cinnamomifolia) e outras espécies típicas das
matas secundárias antropizadas. O estrato herbáceo é dominado por plantas heliófitas típicas de
clareiras e bordas de matas, tais como Orelha de onça (Tibouchina sp) e outras poáceas como,
taquari, capim colonião e capim gordura.

Dentre as 56 espécies encontradas, a espécie mais abundante foi o Jacatirão (Tibouchina


mutabilis), representando 12% das espécies ocorrentes na área, com altura média de 6,84
metros, esta espécie é típica das formações pioneiras da região.

Considerando as características apuradas pelo inventário florestal associada a observações in


loco como: ausência de serrapilheira, raras epífitas, presença de lianas finas e aspecto
fitofisionômico peculiar de formações secundárias, é possível enquadrar a cobertura florestal
como sendo uma mata Secundária em Estágio Médio de Regeneração.

Vale ressaltar alguns pontos peculiares desta formação florestal que por vez influenciaram no
resultado deste estudo,tais como:

Fragmentação florestal;
Clareiras;
Efeito de borda;
Heterogeneidade; e
Alteração antrópica recente.

A seguir na Tabela 5.2.1.5 é apresentada a suficiência amostral para o inventário florestal


realizado.

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Tabela 5.2.1.5: Tabela de suficiência amostral.


ESTATÍSTICAS
DAP ALTURA g
UNIDADE AMOSTRAL
(cm) (m) (m2/ha)
1 8,52 6,50 19,86
2 8,87 6,62 18,79
3 11,48 7,74 29,41
4 11,52 7,70 29,60
5 12,40 6,48 24,32
6 7,99 5,40 12,19
7 8,43 5,82 15,14
8 12,13 6,80 24,39
9 11,14 6,36 23,93
Número de amostras 9,00 9,00 9,00
Média 10,28 6,60 21,96
Variância 3,17 0,58 35,69
Desvio padrão 1,78 0,76 5,97
Fator de correção 0,95 0,95 0,95
Variância da média 0,33 0,06 3,76
Erro padrão 0,58 0,25 1,94
Coeficiente de variação 17,33 11,57 27,21
Variância da média relativa 0,00 0,001 0,01
Erro padrão relativo 0,06 0,04 0,09
Erro de amostragem abs 0,81 0,35 2,71
Erro de amostragem rel 7,87 5,26 12,36
Intervalo de confiança (lim inf.) 9,47 6,25 19,25
Intervalo de confiança (lim sup.) 11,08 6,95 24,67
Amostras necessárias 1,5 0,7 3,6
Área da população (m²) 34.256,00 34.256,00 34.256,00
Área da amostra (m²) 200,00 200,00 200,00
Probabilidade (P%) 95,00 95,00 95,00
Valor de t (P%,5) 1,400 1,400 1,400
Limite de erro 0,20 0,2 0,2
Número máximo de amostras 171,28 171,28 171,28
Expectância 2,06 1,32 4,39
E^2 4,22 1,74 19,29
t^2 1,96 1,96 1,96
t^2*var 6,22 1,14 69,96
1/N 0,006 0,006 0,006
E^2/t^2*var 0,68 1,52 0,28

O enquadramento da formação no estágio médio de regeneração, além dos parâmetros


quantitativos apresentados, está condicionado a outras características fitossiológicas indicadoras
deste estágio sucessional, conforme determina a Resolução CONAMA nº 04/94.

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Em relação ao volume de lenha obtido através do processamento do inventário florestal a


formação estudada apresentar-se de maneira geral pouco desenvolvida, principalmente em relação
ao diâmetro aproveitável e altura das árvores, implicando assim na ausência de indivíduos com
porte suficiente para aproveitamento do tronco como tora. Os dados inerentes a cada parcela
inventariada são apresentados em Anexo a este estudo ambiental.

5.2.1.3.2. ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO

Na área de estudo não foram registradas espécies constantes na Listagem de Espécies da Flora
Nativa Ameaçadas de Extinção, de acordo com a lista oficial do Ministério do Meio Ambienta,
Anexo I da Instrução Normativa nº 06 de 23 de setembro de 2008.

5.2.1.3.3. ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

Com base na análise dos dados obtidos na área a ser licenciada para a supressão da vegetação,
no tocante à legislação ambiental, são os seguintes os dispositivos legais pertinentes:

A) LEI FEDERAL N° 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012

Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981,
9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos
4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no
2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.

Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

VIII - utilidade pública:

b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços públicos


de transporte, sistema viário, inclusive aquele necessário aos parcelamentos de
solo urbano aprovados pelos Municípios, saneamento, gestão de resíduos,
energia, telecomunicações, radiodifusão, instalações necessárias à realização
de competições esportivas estaduais, nacionais ou internacionais, bem como
mineração, exceto, neste último caso, a extração de areia, argila, saibro e
cascalho;

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Art. 31. A exploração de florestas nativas e formações sucessoras, de domínio


público ou privado, ressalvados os casos previstos nos arts. 21, 23 e 24,
dependerá de licenciamento pelo órgão competente do Sisnama, mediante
aprovação prévia de Plano de Manejo Florestal Sustentável - PMFS que
contemple técnicas de condução, exploração, reposição florestal e manejo
compatíveis com os variados ecossistemas que a cobertura arbórea forme.

Art. 33. As pessoas físicas ou jurídicas que utilizam matéria-prima florestal em


suas atividades devem suprir-se de recursos oriundos de:

I - florestas plantadas;
II - PMFS de floresta nativa aprovado pelo órgão competente do Sisnama;
III - supressão de vegetação nativa autorizada pelo órgão competente do
Sisnama;
IV - outras formas de biomassa florestal definidas pelo órgão competente do
Sisnama.

§ 1o São obrigadas à reposição florestal as pessoas físicas ou jurídicas que


utilizam matéria-prima florestal oriunda de supressão de vegetação nativa ou
que detenham autorização para supressão de vegetação nativa.

B) LEI FEDERAL Nº 11.428, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006

Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras
providências.

Art. 8º. O corte, a supressão e a exploração da vegetação do Bioma Mata


Atlântica far-se-ão de maneira diferenciada, conforme se trate de vegetação
primária ou secundária, nesta última levando-se em conta o estágio de
regeneração.

Art. 14 A supressão de vegetação primária e secundária no estágio avançado


de regeneração somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública,
sendo que a vegetação secundária em estágio médio de regeneração poderá ser
suprimida nos casos de utilidade pública e interesse social, em todos os casos
devidamente caracterizados e motivados em procedimento administrativo
próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento
proposto, ressalvado o disposto no inciso I do art. 30 e nos §§ 1o e 2o do art. 31
desta Lei.

§ 2º A supressão de vegetação no estágio médio de regeneração situada em


área urbana dependerá de autorização do órgão ambiental municipal
competente, desde que o município possua conselho de meio ambiente, com
caráter deliberativo e plano diretor, mediante anuência prévia do órgão
ambiental estadual competente fundamentada em parecer técnico.

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Art. 17 O corte ou a supressão de vegetação primária ou secundária nos


estágios médio ou avançado de regeneração do Bioma Mata Atlântica,
autorizados por esta Lei, ficam condicionados à compensação ambiental, na
forma da destinação de área equivalente à extensão da área desmatada, com as
mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica, sempre que
possível na mesma microbacia hidrográfica, e, nos casos previstos nos arts. 30
e 31, ambos desta Lei, em áreas localizadas no mesmo Município ou região
metropolitana.

Art. 31 Nas regiões metropolitanas e áreas urbanas, assim consideradas em lei,


o parcelamento do solo para fins de loteamento ou qualquer edificação em área
de vegetação secundária, em estágio médio de regeneração, do Bioma Mata
Atlântica, devem obedecer ao disposto no Plano Diretor do Município e demais
normas aplicáveis, e dependerão de prévia autorização do órgão estadual
competente, ressalvado o disposto nos arts. 11, 12 e 17 desta Lei.

§ 1º Nos perímetros urbanos aprovados até a data de início de vigência desta


Lei, a supressão de vegetação secundária em estágio médio de regeneração
somente será admitida, para fins de loteamento ou edificação, no caso de
empreendimentos que garantam a preservação de vegetação nativa em estágio
médio de regeneração em no mínimo 30% (trinta por cento) da área total
coberta por esta vegetação.

C) LEI ESTADUAL Nº 14.675, DE 13 DE ABRIL DE 2009

Institui o Código Estadual do Meio Ambiente e dispõe, conforme seus Artigos transcritos a
seguir, que:

Art. 38. A supressão de vegetação, nos casos legalmente admitidos, será


licenciada por meio da expedição de Autorização de Corte de Vegetação - AuC.

Parágrafo único. Nos casos em que o pedido de autorização de corte de


vegetação estiver vinculado a uma atividade licenciável, a AuC deve ser
analisada com a Licença Ambiental Prévia - LAP e expedida conjuntamente
com a Licença Ambiental de Instalação - LAI ou Autorização Ambiental - AuA
da atividade.

Art. 119. A supressão de vegetação em área de preservação permanente poderá


ser autorizada em caso de utilidade pública, interesse social, intervenção ou
supressão eventual e de baixo impacto ambiental, devidamente caracterizados e
motivados em procedimento administrativo próprio, quando inexistir
alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto ou quando a
compensação proposta beneficia o meio ambiente aumentando a área
protegida.

§ 1º A supressão de que trata o caput deste artigo dependerá de autorização do


órgão ambiental estadual competente.

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§ 2º O órgão ambiental competente indicará, previamente à emissão da


autorização para a supressão de vegetação em área de preservação
permanente, as medidas mitigadoras e compensatórias que deverão ser
adotadas pelo empreendedor.

D) DECRETO FEDERAL Nº 6.660, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2008

Regulamenta dispositivos da Lei no 11.428, de 22 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a


utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica.

Art. 39. A autorização para o corte ou a supressão, em remanescentes de


vegetação nativa, de espécie ameaçada de extinção constante da Lista Oficial
de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção ou constantes de listas
dos Estados, nos casos de que tratam os arts. 20, 21, 23, incisos I e IV, e 32 da
Lei no 11.428, de 2006, deverá ser precedida de parecer técnico do órgão
ambiental competente atestando a inexistência de alternativa técnica e
locacional e que os impactos do corte ou supressão serão adequadamente
mitigados e não agravarão o risco à sobrevivência in situ da espécie.

Parágrafo único. Nos termos do art. 11, inciso I, alínea “a”, da Lei no 11.428,
de 2006, é vedada a autorização de que trata o caput nos casos em que a
intervenção, parcelamento ou empreendimento puserem em risco a
sobrevivência in situ de espécies da flora ou fauna ameaçadas de extinção, tais
como:

I - corte ou supressão de espécie ameaçada de extinção de ocorrência


restrita à área de abrangência direta da intervenção, parcelamento ou
empreendimento; ou

II - corte ou supressão de população vegetal com variabilidade genética


exclusiva na área de abrangência direta da intervenção, parcelamento ou
empreendimento.

E) DECRETO FEDERAL Nº 5.300, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004

Regulamenta a Lei nº 7.661, de 16 de maio de 1988, que institui o Plano Nacional de


Gerenciamento Costeiro - PNGC, dispõe sobre regras de uso e ocupação da zona costeira e
estabelece critérios de gestão da orla marítima, e dá outras providências.

Art. 17 A área a ser desmatada para instalação, ampliação ou realocação de


empreendimentos ou atividades na zona costeira que implicar a supressão de
vegetação nativa, quando permitido em lei, será compensada por averbação de,
no mínimo, uma área equivalente, na mesma zona afetada.

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1º A área escolhida para efeito de compensação poderá se situar em zona


diferente da afetada, desde que na mesma unidade geoambiental, mediante
aprovação do órgão ambiental.

2º A área averbada como compensação poderá ser submetida a plano de


manejo, desde que não altere a sua característica ecológica e sua qualidade
paisagística.

F) DECRETO FEDERAL Nº 5.975, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2006

Regulamenta o Art. 12, parte final, 15, 16, 19, 20 e 21 da Lei no 4.771, de 15 de setembro de
1965, o art. 4o, inciso III, da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, o art. 2o da Lei no 10.650, de
16 de abril de 2003, altera e acrescenta dispositivos aos Decretos nos 3.179, de 21 de setembro
de 1999, e 3.420, de 20 de abril de 2000, e dá outras providências.

Art. 13. A reposição florestal é a compensação do volume de matéria-prima


extraído de vegetação natural pelo volume de matéria-prima resultante de
plantio florestal para geração de estoque ou recuperação de cobertura
florestal.

Art. 14. É obrigada à reposição florestal a pessoa física ou jurídica que:

I - utiliza matéria-prima florestal oriunda de supressão de vegetação natural;

II - detenha a autorização de supressão de vegetação natural.

§ 1o O responsável por explorar vegetação em terras públicas, bem como o


proprietário ou possuidor de área com exploração de vegetação, sob qualquer
regime, sem autorização ou em desacordo com essa autorização, fica também
obrigado a efetuar a reposição florestal.

§ 2o O detentor da autorização de supressão de vegetação fica desonerado do


cumprimento da reposição florestal efetuada por aquele que utiliza a matéria-
prima florestal.

§ 3o A comprovação do cumprimento da reposição por quem utiliza a matéria-


prima florestal oriunda de supressão de vegetação natural, não processada ou
em estado bruto, deverá ser realizada dentro do período de vigência da
autorização de supressão de vegetação.

§ 4o Fica desobrigado da reposição o pequeno proprietário rural ou possuidor


familiar, assim definidos no art. 3º,inciso V, da Lei no12.651, de 2012, detentor
da autorização de supressão de vegetação natural, que não utilizar a matéria-
prima florestal ou destiná-la ao consumo.

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G) RESOLUÇÃO CONAMA Nº 369, DE 28 DE MARÇO DE 2006

Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto
ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação
Permanente – APP.

Art. 1 o Esta Resolução define os casos excepcionais em que o órgão ambiental


competente pode autorizar a intervenção ou supressão de vegetação em Área
de Preservação Permanente-APP para a implantação de obras, planos,
atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse social, ou para a
realização de ações consideradas eventuais e de baixo impacto ambiental.

Art. 2 o O órgão ambiental competente somente poderá autorizar a intervenção


ou supressão de vegetação em APP, devidamente caracterizada e motivada
mediante procedimento administrativo autônomo e prévio, e atendidos os
requisitos previstos nesta resolução e noutras normas federais, estaduais e
municipais aplicáveis, bem como no Plano Diretor, Zoneamento Ecológico-
Econômico e Plano de Manejo das Unidades de Conservação, se existentes, nos
seguintes casos:

I - utilidade pública:

b) as obras essenciais de infraestrutura destinadas aos serviços públicos de


transporte, saneamento e energia; (...)

H) RESOLUÇÃO CONAMA Nº 04, DE 04 DE MAIO DE 1994

Define vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração
da Mata Atlântica, em cumprimento ao disposto no Art. 6o do Decreto nº 750, de 09 de
dezembro de 1993.

Art.1º. Vegetação primária é aquela de máxima expressão local, com grande


diversidade biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos, a ponto
de não afetar significativamente suas características originais de estrutura e de
espécies, onde são observadas área basal média superior a 20,00 metros
quadrados por ha, DAP médio superior a 25 cm e Altura Total Média superior
a 20 m.

Art. 2º. Vegetação secundária ou em regeneração é aquela resultante dos


processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da vegetação
primária por ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer árvores
remanescentes da vegetação primária.

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I) INSTRUÇÃO NORMATIVA MMA Nº 06, DE DEZEMBRO DE 2006

Art. 2º Para os fins desta Instrução Normativa, entende-se por:

I - reposição florestal: compensação do volume de matéria prima extraído de


vegetação natural pelo volume de matéria-prima resultante de plantio florestal
para geração de estoque ou recuperação de cobertura florestal;

II - débito de reposição florestal: volume de matéria-prima florestal a ser


reposto na supressão de vegetação natural ou em exploração ilegal de florestas
naturais;

III - crédito de reposição florestal: estimativa em volume de matéria-prima


florestal resultante de plantio florestal, devidamente comprovado perante o
órgão ambiental competente.

Art. 18. O crédito de reposição florestal será concedido com base na estimativa
da produção da floresta para a rotação em curso.

§1 O volume para concessão do crédito de reposição florestal será de 150


m³/ha (cento e cinqüenta metros cúbicos por hectare) para plantios florestais
monoespecíficos.

§2º Com o objetivo de promover a recuperação de cobertura florestal com


espécies nativas, os plantios executados com esta finalidade farão jus ao
volume para a concessão de crédito de reposição florestal de 200 m³/ha
(duzentos metros cúbicos por hectare).

J) PORTARIA FATMA Nº 078, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2004

Estabelece os critérios para fins de definição e aplicação das medidas de compensação


ambiental decorrentes do licenciamento ambiental de significativo impacto ambiental, das
autuações ambientais transacionadas e dos usos legais de área de preservação permanente.

Art. 2° - É ainda devida a compensação ambiental, genericamente, nos


seguintes casos, embora não mais limitada pela fixação e destinação a que se
refere o art. 36 da Lei nº 9.985 de 18 de julho de 2000 e art. 36 da Lei do
Sistema Estadual de Unidades de Conservação nº 11.986 de 12 de novembro de
2001.

a) uso de área de preservação permanente passível de licenciamento e desde


que sobre o empreendimento não tenha incidido a compensação prevista no
artigo 1.º desta Portaria.

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QUADRO RESUMO

Tabela 5.2.1.6: Resumo quantitativo da área de supressão.


DESCRIÇÃO TOTAL
Área de Supressão (m2) 34.256,00
Estágio da Vegetação – conforme Resolução CONAMA nº 04/94 Estágio Médio
3
(m ) 615,35
Volume de lenha
(st) 861,49
DADOS DO INVENTÁRIO FLORESTAL
DAP médio (m) 10,28
ALTURA média (m) 6,60
ÁREA BASAL (m2/ha) 21,96

Tabela 5.2.1.7:Convenções.
Conversão volume 1,4
Fator de Correção (Fator de Formula) 0,8

Como previamente descrito no presente estudo os valores obtidos para o volume de lenha da
formação a ser suprimida foi atualizado considerando um incremento anual de 3,00 m³/ha, o que
resulta num acréscimo volumétrico de 18,00 m³/ha no período de 2006 a 2012, totalizando um
volume de 615,35 m³.

Os demais parâmetros do inventário florestal não foram alterados, pois conforme vistorias a
campo no mês de julho do corrente ano pode-se constatar que a paisagem florística e a formação
florestal existentes não apresentou significativo desenvolvimento, não alterando a sua
classificação conforme os parâmetros da Resolução CONAMA nº 04/94, permanecendo no
estágio médio de regeneração.

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10.1. TABELAS DO INVENTÁRIO FLORESTAL

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PARCELA 01

Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE NOME COMUM
(m) (cm) (m2/ha) (m3)
1 Psidium guayava Goiabeira 3,50 3,50 0,0009 0,0026
2 Schinus Terebinthifolius Aroeira 3,50 2,86 0,0006 0,0018
3 Ottonia sp Jaguarandi 5,00 6,05 0,0028 0,0114
4 Ottonia sp Jaguarandi 5,00 9,23 0,0066 0,0267
5 Ottonia sp Jaguarandi 5,00 7,96 0,0049 0,0198
6 Rapanea ferruginea Capororoca 6,00 5,09 0,0020 0,0097
7 Rapanea ferruginea Capororoca 7,00 11,46 0,0103 0,0577
8 Rapanea ferruginea Capororoca 7,00 8,91 0,0062 0,0349
9 Psidium guayava Goiabeira 4,00 4,14 0,0013 0,0043
10 Tibouchina mutabilis Jacatirão 6,00 6,05 0,0028 0,0137
11 Clethra scabra Caujujá 4,00 3,50 0,0009 0,0030
12 Clethra scabra Caujujá 8,00 12,73 0,0127 0,0814
13 Clethra scabra Caujujá 10,00 17,19 0,0232 0,1856
14 Clethra scabra Caujujá 5,00 4,77 0,0017 0,0071
15 Clethra scabra Caujujá 4,00 3,18 0,0007 0,0025
16 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 9,00 14,96 0,0175 0,1265
17 Tibouchina mutabilis Jacatirão 10,00 15,92 0,0198 0,1591
18 Eugenia sp Guamirim 3,00 3,18 0,0007 0,0019
19 Tibouchina mutabilis Jacatirão 6,00 5,73 0,0025 0,0123
20 Tibouchina mutabilis Jacatirão 8,00 8,91 0,0062 0,0399
21 Clethra scabra Caujujá 3,00 3,82 0,0011 0,0027
22 Clethra scabra Caujujá 6,00 8,59 0,0058 0,0278
23 Casearia inaequilatera Guaçatunga 6,00 4,77 0,0017 0,0085
24 Protium Heptaphyllum Almesca 8,00 11,46 0,0103 0,0660
25 Cabralea glaberrima Canjarana 4,00 3,82 0,0011 0,0036
26 Cabralea glaberrima Canjarana 8,00 12,10 0,0114 0,0735
27 Cabralea glaberrima Canjarana 5,00 6,68 0,0035 0,0140
28 Matayba guianensis Miguel pintado 4,00 4,14 0,0013 0,0043
29 Matayba guianensis Miguel pintado 4,00 3,18 0,0007 0,0025
30 Eugenia sp Guamirim 4,00 3,82 0,0011 0,0036
31 Trichilia sp Catinguá 3,50 3,82 0,0011 0,0032
32 Trichilia sp Catinguá 4,00 3,82 0,0011 0,0036
33 Trichilia sp Catinguá 4,50 3,82 0,0011 0,0041
34 Cupania vernalis Camboatá 4,50 4,14 0,0013 0,0048
35 Ficus guaranitica Figueira-branca 7,00 9,55 0,0071 0,0401
36 Ficus guaranitica Figueira-branca 3,50 3,50 0,0009 0,0026
37 Cupania vernalis Camboatá 5,00 5,09 0,0020 0,0081
38 Tibouchina mutabilis Jacatirão 4,00 4,46 0,0015 0,0049
39 Trema micrantha Grandiuva 11,00 12,10 0,0114 0,1011
40 Trema micrantha Grandiuva 10,00 8,91 0,0062 0,0499
41 Protium Heptaphyllum Almesca 8,00 13,69 0,0147 0,0941
42 Clethra scabra Caujujá 7,50 8,59 0,0058 0,0348
43 Ni Ni 11,00 14,01 0,0154 0,1355

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Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE NOME COMUM
(m) (cm) (m2/ha) (m3)
44 Tibouchina mutabilis Jacatirão 12,00 22,28 0,0389 0,3743
45 Alchornea triplinervia Tanheiro 5,00 4,46 0,0015 0,0062
46 Fagara sp Mamica de porca 10,00 12,73 0,0127 0,1018
47 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 9,00 13,37 0,0140 0,1010
48 Tibouchina mutabilis Jacatirão 10,00 17,19 0,0232 0,1856
49 Cecropia adenopus Embaúba 10,00 12,41 0,0121 0,0968
50 Tibouchina mutabilis Jacatirão 11,00 19,42 0,0296 0,2605
51 Rapanea ferruginea Capororoca 9,00 13,69 0,0147 0,1059
52 Clethra scabra Caujujá 7,50 14,32 0,0161 0,0966
SOMATÓRIO 338,00 443,09 0,397 2,8265
MÉDIA 6,50 8,52 19,63 0,0543

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PARCELA 02

Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE NOME COMUM
(m) (cm) (m2/ha) (m3)
1 Trichilia lepidota Guacá-maciele 6,50 8,28 0,0053 0,027973
2 Tapirira guianensis Copiúva 10,00 26,74 0,0561 0,449199
3 Trema micrantha Grandiuva 10,00 16,55 0,0215 0,172142
4 Clethra scabra Caujujá 3,50 3,18 0,0007 0,002228
5 Eugenia sp Guamirim 4,50 4,77 0,0017 0,006446
6 Xylopia brasiliensis Pindaiba 7,50 8,28 0,0053 0,032277
7 Guarea macrophylla Cafezinho 3,00 3,50 0,0009 0,002311
8 Centrolobium robustum Ariribá 4,00 7,96 0,0049 0,015915
9 Trichilia lepidota Guacá-maciele 8,00 7,32 0,0042 0,026942
10 Tapirira guianensis Copiúva 7,50 8,28 0,0053 0,032277
11 Ni Ni 6,50 7,00 0,0038 0,020028
12 Tapirira guianensis Copiúva 5,00 5,09 0,0020 0,008149
13 Miconia sp Pixirica 5,00 4,46 0,0015 0,006239
14 Jambosa aquea Jambo 6,50 9,87 0,0076 0,039766
15 Mollinedia schottiana Pimenteira 4,00 5,73 0,0025 0,008251
16 Ocotea sp Canela 6,00 3,82 0,0011 0,0055
17 Trichilia lepidota Guacá-maciele 11,00 13,05 0,0133 0,117717
18 Protium Heptaphyllum Almesca 9,00 13,69 0,0147 0,10594
19 Pera glabrata Seca-ligeiro 6,00 8,59 0,0058 0,027846
20 Trichilia lepidota Guacá-maciele 6,00 4,14 0,0013 0,006455
21 Mollinedia schottiana Pimenteira 6,50 7,96 0,0049 0,025863
22 Mollinedia schottiana Pimenteira 5,50 4,77 0,0017 0,007878
23 Mollinedia schottiana Pimenteira 5,50 8,28 0,0053 0,02367
24 Mollinedia schottiana Pimenteira 5,00 6,05 0,0028 0,011491
25 Myrcia pubipetala Guamirim-branco 20,00 39,15 0,1203 1,926284
26 Ni Ni 5,00 5,73 0,0025 0,010313
27 Protium Heptaphyllum Almesca 9,00 8,91 0,0062 0,04492
28 Ocotea sp Canela 7,00 7,00 0,0038 0,021569
29 Guapira opposita Maria-mole 3,50 3,82 0,0011 0,003209
30 Ocotea sp Canela 12,00 19,42 0,0296 0,284263
31 Mollinedia schottiana Pimenteira 4,00 3,82 0,0011 0,003667
32 Myrcia pubipetala Guamirim-branco 7,00 5,73 0,0025 0,014439
33 Eugenia sp Guamirim 4,00 4,46 0,0015 0,004991
34 Eugenia sp Guamirim 4,50 3,18 0,0007 0,002865
35 Eugenia sp Guamirim 8,00 17,51 0,0240 0,154062
36 Eugenia sp Guamirim 3,00 4,46 0,0015 0,003743
37 Sorocea bonplandii Chincho 6,00 7,64 0,0045 0,022002
SOMATÓRIO 245,00 328,18 0,375 3,6788
MÉDIA 6,62 8,87 18,48 0,0994

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Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul

PARCELA 03

Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE NOME COMUM
(m) (cm) (m2/ha) (m3)
1 Cupania vernalis Camboatá 10,00 20,37 0,0325 0,260759
2 Myrcia pubipetala Guamirim-branco 6,50 4,77 0,0017 0,009311
3 Sorocea bonplandii Chincho 6,50 3,50 0,0009 0,005007
4 Nectandra leucothyrsus Canela-nhoçara 6,50 6,05 0,0028 0,014938
5 Ni Ni 6,00 7,64 0,0045 0,022002
6 Cupania vernalis Camboatá 9,00 14,01 0,0154 0,110925
7 Cupania vernalis Camboatá 4,00 3,50 0,0009 0,003081
8 Cupania vernalis Camboatá 5,00 4,46 0,0015 0,006239
9 Cupania vernalis Camboatá 9,00 14,96 0,0175 0,126566
10 Cupania vernalis Camboatá 12,00 23,55 0,0435 0,418336
11 Cupania vernalis Camboatá 7,00 13,37 0,0140 0,07861
12 Cupania vernalis Camboatá 9,00 15,60 0,0191 0,137567
13 Psychotria carthagenensis Carne de vaca 11,00 22,92 0,0412 0,363026
14 Nectandra leucothyrsus Canela-nhoçara 7,00 7,64 0,0045 0,025669
15 Machaerium aculeatum Jacaradá de espinho 7,00 9,87 0,0076 0,042825
16 Pera glabrata Seca-ligeiro 9,00 18,14 0,0258 0,186154
17 Ni Ni 4,00 4,46 0,0015 0,004991
18 Cupania vernalis Camboatá 12,00 26,42 0,0548 0,526281
19 Mollinedia schottiana Pimenteira 4,00 4,14 0,0013 0,004304
20 Psychotria carthagenensis Carne de vaca 6,00 7,64 0,0045 0,022002
21 Cupania vernalis Camboatá 9,00 19,10 0,0286 0,206265
22 Ocotea sp Canela 4,00 4,14 0,0013 0,004304
23 Eugenia sp Guamirim 5,00 5,09 0,0020 0,008149
24 Ilex dumosa Cauna 7,50 7,00 0,0038 0,023109
25 Nectandra leucothyrsus Canela-nhoçara 4,00 4,46 0,0015 0,004991
26 Nectandra leucothyrsus Canela-nhoçara 7,50 7,32 0,0042 0,025258
27 Protium Heptaphyllum Almesca 7,00 5,73 0,0025 0,014439
28 Eugenia sp Guamirim 9,00 9,55 0,0071 0,051566
29 Nectandra leucothyrsus Canela-nhoçara 7,50 7,00 0,0038 0,023109
30 Calophyllum brasiliensis Olandi 13,00 33,10 0,0860 0,895138
31 Ocotea sp Canela 7,00 7,32 0,0042 0,023574
32 Pachystroma longifolium Espinheira santa 5,00 6,37 0,0031 0,012732
33 Protium Heptaphyllum Almesca 7,50 7,32 0,0042 0,025258
34 Hieronyma alchorneoides Licurana 10,00 10,50 0,0086 0,069328
35 Tapirira guianensis Copiúva 16,00 30,24 0,0718 0,919279
36 Nectandra leucothyrsus Canela-nhoçara 11,00 25,15 0,0496 0,437046
37 Ocotea sp Canela 10,00 9,55 0,0071 0,057296
38 Aspidosperma olivaceum Peroba 3,50 4,14 0,0013 0,003766
SOMATÓRIO 294,00 436,08 0,588 5,173
MÉDIA 7,74 11,48 18,32 0,1361

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PARCELA 04

Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE NOME COMUM
(m) (cm) (m2/ha) (m3)
1 Casearia inaequilatera Guaçatunga 8,00 15,92 0,0198 0,127324
2 Dalbergia brasiliensis Marmeleiro 4,00 4,46 0,0015 0,004991
3 Trichilia lepidota Guacá-maciele 6,00 6,05 0,0028 0,013789
4 Ottonia sp Jaguarandi 4,00 3,50 0,0009 0,003081
5 Calophyllum brasiliensis Olandi 13,00 28,01 0,0616 0,640898
6 Pera glabrata Seca-ligeiro 8,50 12,41 0,0121 0,082305
7 Calophyllum brasiliensis Olandi 15,00 38,20 0,1145 1,375099
8 Trichilia lepidota Guacá-maciele 8,00 7,64 0,0045 0,029335
9 Trichilia lepidota Guacá-maciele 6,00 6,05 0,0028 0,013789
10 Calophyllum brasiliensis Olandi 11,00 25,15 0,0496 0,437046
11 Pera glabrata Seca-ligeiro 6,00 3,18 0,0007 0,00382
12 Ottonia sp Jaguarandi 3,00 3,82 0,0011 0,00275
13 Ottonia sp Jaguarandi 4,00 3,82 0,0011 0,003667
14 Calophyllum brasiliensis Olandi 6,00 5,73 0,0025 0,012376
15 Rollinia exalbida Cortiça 10,00 21,01 0,0346 0,277312
16 Nectandra leucothyrsus Canela-nhoçara 13,00 19,74 0,0305 0,318132
17 Matayba guianensis Miguel pintado 8,00 13,05 0,0133 0,085613
18 Hieronyma alchorneoides Licurana 11,00 27,37 0,0588 0,517928
19 Protium Heptaphyllum Almesca 9,00 9,23 0,0066 0,048186
20 Calophyllum brasiliensis Olandi 8,00 10,50 0,0086 0,055462
21 Nectandra leucothyrsus Canela-nhoçara 12,00 32,15 0,0811 0,779299
22 Trichilia lepidota Guacá-maciele 6,00 4,46 0,0015 0,007487
23 Trichilia lepidota Guacá-maciele 6,00 4,14 0,0013 0,006455
24 Rollinia exalbida Cortiça 6,50 6,37 0,0031 0,016552
25 Cupania vernalis Camboatá 7,50 12,73 0,0127 0,076394
26 Nectandra leucothyrsus Canela-nhoçara 7,00 4,46 0,0015 0,008734
27 Alchornea triplinervia Tanheiro 8,00 12,10 0,0114 0,073542
28 Ni Ni 7,50 13,37 0,0140 0,084225
29 Tetrorchidium rubrivenium Canemoçú 7,00 6,37 0,0031 0,017825
30 Cordia sellowiana Catuteiro 8,00 10,82 0,0091 0,058875
31 Tetrorchidium rubrivenium Canemoçú 10,00 14,96 0,0175 0,140629
32 Guarea macrophylla Cafezinho 3,50 3,18 0,0007 0,002228
33 Cupania vernalis Camboatá 6,00 5,41 0,0023 0,011039
34 Eugenia sp Guamirim 6,50 3,50 0,0009 0,005007
35 Eugenia sp Guamirim 6,50 4,46 0,0015 0,008111
SOMATÓRIO 269,50 403,30 0,5919 5,349
MÉDIA 7,70 11,52 19,63 0,1528

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PARCELA 05

NOME Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE
COMUM (m) (cm) (m2/ha) (m3)
1 Tibouchina mutabilis Jacatirão 10,00 26,42 0,0548 0,438567
2 Ni Ni 7,50 10,19 0,0081 0,048892
3 Solanum pseudoquina Quina 7,00 17,83 0,0249 0,139751
4 Solanum pseudoquina Quina 7,50 27,06 0,0574 0,344968
5 Mimosa bimucronata Silva 9,00 16,87 0,0223 0,160944
6 Jacaranda micrantha Caroba 3,50 3,18 0,0007 0,002228
7 Jacaranda micrantha Caroba 7,00 14,64 0,0168 0,094296
8 Psidium guayava Goiabeira 4,00 9,87 0,0076 0,024472
9 Mimosa bimucronata Silva 8,00 31,83 0,0795 0,509296
10 Psidium guayava Goiabeira 6,50 19,74 0,0305 0,159066
11 Jacaranda micrantha Caroba 4,00 5,73 0,0025 0,008251
12 Jacaranda micrantha Caroba 7,00 10,19 0,0081 0,045633
13 Jacaranda micrantha Caroba 7,00 12,10 0,0114 0,06435
14 Jacaranda micrantha Caroba 6,00 7,00 0,0038 0,018487
15 Jacaranda micrantha Caroba 7,00 9,87 0,0076 0,042825
16 Mimosa bimucronata Silva 6,50 7,64 0,0045 0,023835
17 Mimosa bimucronata Silva 7,00 10,50 0,0086 0,04853
18 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 6,00 7,32 0,0042 0,020206
19 Jacaranda micrantha Caroba 6,00 11,78 0,0108 0,052292
20 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 5,00 6,05 0,0028 0,011491
21 Alchornea triplinervia Tanheiro 9,00 21,01 0,0346 0,24958
22 Alchornea triplinervia Tanheiro 8,00 16,55 0,0215 0,137714
23 Casearia silvestris Café do Mato 6,00 7,32 0,0042 0,020206
24 Ni Ni 9,00 11,78 0,0108 0,078438
25 Jacaranda micrantha Caroba 4,00 9,23 0,0066 0,021416
26 Jacaranda micrantha Caroba 6,00 12,73 0,0127 0,061115
27 Jacaranda micrantha Caroba 6,00 10,50 0,0086 0,041597
28 Jacaranda micrantha Caroba 3,00 5,09 0,0020 0,004889
29 Mimosa bimucronata Silva 6,00 9,23 0,0066 0,032124
30 Jacaranda micrantha Caroba 6,50 10,19 0,0081 0,042373
31 Alchornea triplinervia Tanheiro 6,00 5,09 0,0020 0,009778
SOMATÓRIO 201,00 384,52 0,4864 2,957
MÉDIA 6,48 12,40 24,322 0,0954

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PARCELA 06

NOME Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE
COMUM (m) (cm) (m2/ha) (m3)
1 Dalbergia brasiliensis Marmeleiro 6,50 5,73 0,002578 0,013407
2 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 4,00 4,77 0,001790 0,00573
3 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 3,00 5,09 0,002037 0,004889
4 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 2,50 3,50 0,000963 0,001926
5 Eugenia sp Guamirim 7,50 16,55 0,0215 0,129106
6 Cordia sellowiana Catuteiro 5,00 9,55 0,0071 0,028648
7 Dalbergia brasiliensis Marmeleiro 8,00 11,14 0,0097 0,062389
8 Dalbergia brasiliensis Marmeleiro 8,00 17,19 0,0232 0,148511
9 Dalbergia brasiliensis Marmeleiro 6,50 7,64 0,0045 0,023835
10 Solanum pseudoquina Quina 5,00 7,64 0,0045 0,018335
11 Rapanea ferruginea Capororoca 3,00 3,18 0,0007 0,00191
12 Tibouchina mutabilis Jacatirão 6,00 14,01 0,0154 0,07395
13 Mimosa bimucronata Silva 5,00 3,82 0,0011 0,004584
14 Mimosa bimucronata Silva 6,00 5,41 0,0023 0,011039
15 Mimosa bimucronata Silva 6,00 5,41 0,0023 0,011039
16 Andira fraxinifolia Angelim 7,00 25,46 0,0509 0,285206
17 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 4,00 4,14 0,0013 0,004304
18 Jacaranda micrantha Caroba 3,50 3,18 0,0007 0,002228
19 Tibouchina mutabilis Jacatirão 4,00 3,82 0,0011 0,003667
20 Alchornea triplinervia Tanheiro 7,50 7,64 0,0045 0,027502
21 Schinus Terebinthifolius Aroeira 4,00 4,14 0,0013 0,004304
22 Jacaranda micrantha Caroba 4,00 5,09 0,0020 0,006519
23 Mimosa bimucronata Silva 5,50 6,05 0,0028 0,01264
24 Cecropia adenopus Embaúba 8,00 12,10 0,0114 0,073542
25 Cecropia adenopus Embaúba 4,00 3,82 0,0011 0,003667
26 Cecropia adenopus Embaúba 4,00 3,50 0,0009 0,003081
27 Alchornea triplinervia Tanheiro 4,00 3,18 0,0007 0,002546
28 Mimosa bimucronata Silva 6,00 5,41 0,0023 0,011039
29 Dalbergia brasiliensis Marmeleiro 7,50 8,59 0,0058 0,034807
30 Dalbergia brasiliensis Marmeleiro 7,50 15,28 0,0183 0,110008
31 Dalbergia brasiliensis Marmeleiro 6,00 14,01 0,0154 0,07395
32 Jacaranda micrantha Caroba 5,00 8,28 0,0053 0,021518
33 Jacaranda micrantha Caroba 4,00 7,64 0,0045 0,014668
34 Schinus Terebinthifolius Aroeira 5,50 8,59 0,0058 0,025525
35 Schinus Terebinthifolius Aroeira 6,00 9,23 0,0066 0,032124
SOMATÓRIO 189,00 279,79 0,2438 1,292
MÉDIA 5,40 7,99 12,193 0,0369

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PARCELA 07

Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE NOME COMUM
(m) (cm) (m2/ha) (m3)
1 Tibouchina mutabilis Jacatirão 6,00 7,64 0,004584 0,022002
2 Tibouchina mutabilis Jacatirão 6,00 9,87 0,007647 0,036707
3 Tibouchina mutabilis Jacatirão 5,00 8,28 0,005379 0,021518
4 Tibouchina mutabilis Jacatirão 6,00 12,41 0,012104 0,058098
5 Tibouchina mutabilis Jacatirão 5,00 7,00 0,003852 0,015406
6 Mimosa bimucronata Silva 5,00 8,59 0,005801 0,023205
7 Tibouchina mutabilis Jacatirão 7,00 22,60 0,040115 0,224644
8 Tibouchina mutabilis Jacatirão 7,00 16,55 0,021518 0,120499
9 Tibouchina mutabilis Jacatirão 7,50 13,37 0,014037 0,084225
10 Tibouchina mutabilis Jacatirão 6,50 8,59 0,0058 0,030166
11 Tibouchina mutabilis Jacatirão 4,50 4,14 0,0013 0,004841
12 Tibouchina mutabilis Jacatirão 4,00 3,82 0,0011 0,003667
13 Sapium glandulatum Leiteiro 6,00 4,77 0,0017 0,008594
14 Psidium guayava Goiabeira 4,00 4,77 0,0017 0,00573
15 Tibouchina mutabilis Jacatirão 7,50 16,87 0,0223 0,13412
16 Alchornea triplinervia Tanheiro 8,00 10,82 0,0091 0,058875
17 Tibouchina mutabilis Jacatirão 7,00 8,59 0,0058 0,032487
18 Tibouchina mutabilis Jacatirão 5,00 5,09 0,0020 0,008149
19 Mimosa bimucronata Silva 6,00 4,46 0,0015 0,007487
20 Mimosa bimucronata Silva 6,00 5,09 0,0020 0,009778
21 Mimosa bimucronata Silva 6,00 5,73 0,0025 0,012376
22 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 5,00 6,68 0,0035 0,014037
23 Mimosa bimucronata Silva 5,00 4,77 0,0017 0,007162
24 Tibouchina mutabilis Jacatirão 7,50 12,73 0,0127 0,076394
25 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 4,50 3,82 0,0011 0,004125
26 Mimosa bimucronata Silva 5,50 3,82 0,0011 0,005042
27 Tibouchina mutabilis Jacatirão 7,00 20,37 0,0325 0,182532
28 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 6,50 8,59 0,0058 0,030166
29 Tibouchina mutabilis Jacatirão 8,00 13,37 0,0140 0,08984
30 Mimosa bimucronata Silva 8,00 9,87 0,0076 0,048943
31 Mimosa bimucronata Silva 8,00 12,73 0,0127 0,081487
32 Tibouchina mutabilis Jacatirão 5,00 6,68 0,0035 0,014037
33 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 5,00 6,05 0,0028 0,011491
34 Tibouchina mutabilis Jacatirão 6,00 7,64 0,0045 0,022002
35 Tibouchina mutabilis Jacatirão 5,50 6,68 0,0035 0,015441
36 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 6,00 7,32 0,0042 0,020206
37 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 5,00 6,05 0,0028 0,011491
38 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 4,50 5,41 0,0023 0,008279
39 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 7,50 11,46 0,0103 0,061879
40 Vernonia sp Vasoura 4,00 4,14 0,0013 0,004304
41 Vernonia sp Vasoura 3,00 3,18 0,0007 0,00191
42 Vernonia sp Vasoura 3,00 3,50 0,0009 0,002311
SOMATÓRIO 244,50 353,96 0,3028 1,6356
MÉDIA 5,82 8,43 15,144 0,0389

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PARCELA 08

Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE NOME COMUM
(m) (cm) (m2/ha) (m3)
1 Cecropia adenopus Embaúba 10,00 48,00 0,0183 0,146677
2 Centrolobium robustum Ariribá 6,50 31,00 0,0076 0,039766
3 Centrolobium robustum Ariribá 8,00 62,00 0,0305 0,195773
4 Centrolobium robustum Ariribá 5,50 26,00 0,0053 0,02367
5 Centrolobium robustum Ariribá 5,50 13,00 0,0013 0,005917
6 Centrolobium robustum Ariribá 7,00 55,00 0,0240 0,134804
7 Centrolobium robustum Ariribá 7,50 46,00 0,0168 0,101032
8 Jacaranda micrantha Caroba 5,00 24,00 0,0045 0,018335
9 Jacaranda micrantha Caroba 5,00 22,00 0,0038 0,015406
10 Jacaranda micrantha Caroba 5,00 22,00 0,0038 0,015406
11 Alchornea triplinervia Tanheiro 8,50 96,00 0,0733 0,498702
12 Alchornea triplinervia Tanheiro 8,00 32,00 0,0081 0,052152
13 Alchornea triplinervia Tanheiro 6,50 24,00 0,0045 0,023835
14 Alchornea triplinervia Tanheiro 11,00 72,00 0,0412 0,363026
15 Alchornea triplinervia Tanheiro 10,00 65,00 0,0336 0,268972
16 Alchornea triplinervia Tanheiro 6,50 30,00 0,0071 0,037242
17 Miconia flammea Pixiricão 8,00 69,00 0,0378 0,242476
18 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 5,50 22,00 0,0038 0,016947
19 Cecropia adenopus Embaúba 9,00 50,00 0,0198 0,143239
20 Tibouchina mutabilis Jacatirão 9,00 56,00 0,0249 0,17968
21 Tibouchina mutabilis Jacatirão 9,00 42,00 0,0140 0,10107
22 Jacaranda micrantha Caroba 3,50 13,00 0,0013 0,003766
23 Jacaranda micrantha Caroba 5,00 20,00 0,0031 0,012732
24 Jacaranda micrantha Caroba 3,50 15,00 0,0017 0,005013
25 Alchornea triplinervia Tanheiro 5,00 18,00 0,0025 0,010313
26 Cordia sellowiana Catuteiro 5,00 11,00 0,0009 0,003852
27 Tibouchina mutabilis Jacatirão 8,00 67,00 0,0357 0,228623
28 Tibouchina mutabilis Jacatirão 4,00 34,00 0,0091 0,029437
29 Jacaranda micrantha Caroba 7,00 20,00 0,0031 0,017825
30 Alchornea triplinervia Tanheiro 7,50 34,00 0,0091 0,055195
31 Alchornea triplinervia Tanheiro 5,00 15,00 0,0017 0,007162
32 Alchornea triplinervia Tanheiro 8,00 65,00 0,0336 0,215177
SOMATÓRIO 217,50 1219,00 0,4878 3,213
MÉDIA 6,80 38,09 24,3900 0,1004

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PARCELA 09

Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE NOME COMUM
(m) (cm) (m2/ha) (m3)
1 Alchornea triplinervia Tanheiro 6,00 9,55 0,0071 0,034377
2 Cecropia adenopus Embaúba 8,00 16,87 0,0223 0,143061
3 Cordia sellowiana Catuteiro 3,00 7,00 0,0038 0,009244
4 Cordia sellowiana Catuteiro 3,00 3,18 0,0007 0,00191
5 Alchornea triplinervia Tanheiro 7,00 14,96 0,0175 0,098441
6 Andira fraxinifolia Angelim 4,00 9,55 0,0071 0,022918
7 Andira fraxinifolia Angelim 4,50 14,01 0,0154 0,055462
8 Cecropia adenopus Embaúba 9,00 12,73 0,0127 0,091673
9 Alchornea triplinervia Tanheiro 5,00 6,37 0,0031 0,012732
10 Rapanea ferruginea Capororoca 6,00 5,09 0,0020 0,009778
11 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 5,50 5,73 0,0025 0,011345
12 Tibouchina mutabilis Jacatirão 3,50 3,82 0,0011 0,003209
13 Tibouchina mutabilis Jacatirão 5,00 6,05 0,0028 0,011491
14 Tibouchina mutabilis Jacatirão 9,00 28,97 0,0658 0,474466
15 Rapanea ferruginea Capororoca 9,00 15,28 0,0183 0,132009
16 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 3,00 4,14 0,0013 0,003228
17 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 3,00 3,82 0,0011 0,00275
18 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 3,00 4,14 0,0013 0,003228
19 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 7,00 9,87 0,0076 0,042825
20 Cecropia adenopus Embaúba 9,00 14,96 0,0175 0,126566
21 Triplaris brasiliensis Pau-formiga 8,00 11,14 0,0097 0,062389
22 Triplaris brasiliensis Pau-formiga 9,00 17,83 0,0249 0,17968
23 Triplaris brasiliensis Pau-formiga 6,00 7,96 0,0049 0,023873
24 Triplaris brasiliensis Pau-formiga 7,00 7,00 0,0038 0,021569
25 Tibouchina mutabilis Jacatirão 7,00 10,19 0,0081 0,045633
26 Tibouchina mutabilis Jacatirão 9,00 28,01 0,0616 0,443699
27 Cecropia adenopus Embaúba 8,00 8,91 0,0062 0,039929
28 Alchornea triplinervia Tanheiro 7,00 14,01 0,0154 0,086275
29 Alchornea triplinervia Tanheiro 7,00 9,55 0,0071 0,040107
30 Rapanea ferruginea Capororoca 7,00 9,23 0,0066 0,037478
31 Alchornea triplinervia Tanheiro 6,00 9,55 0,0071 0,034377
32 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 7,50 16,87 0,0223 0,13412
33 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 2,50 4,14 0,0013 0,00269
34 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 7,50 12,10 0,0114 0,068946
35 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 8,00 15,92 0,0198 0,127324
36 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 7,50 11,14 0,0097 0,058489
37 Triplaris brasiliensis Pau-formiga 7,00 19,42 0,0296 0,16582
38 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 8,00 14,32 0,0161 0,103132
SOMATÓRIO 241,50 423,35 0,4786 2,9662
MÉDIA 6,36 11,14 23,933 0,078

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11. INVENTÁRIO FAUNÍSTICO


O texto a seguuir transcrito é parte integrante do Estudo Ambientalo Simplificado - EAS também
protocolado nesta Fundação do Meio Ambiente – FATMA.

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5.2.2. FAUNA

A presente seção tem por finalidade a caracterização da fauna ocorrente ao longo do traçado do Anel
Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul, através de levantamento preliminar e expedito,
realizado em agosto de 2012 e em base de dados de levantamento faunístico realizado de maio a junho
de 2006 naquela localidade.

5.2.2.1. INTRODUÇÃO

A expansão das atividades socioeconômicas tem sido a principal responsável pela modificação e/ou
destruição de uma série de habitats. Em todo o mundo a retirada da vegetação nativa, seja para
exploração de madeira ou para uso da terra, tem atingido níveis alarmantes.

Para se ter uma idéia desse processo no Brasil, restam da Mata Atlântica apenas cerca de 5% da
cobertura vegetal original. Esse bioma, assim como outras paisagens exploradas no mundo, tem em
comum o fato de já ter sido área de vegetação contínua. Hoje, no entanto, restam apenas pequenos
pedaços remanescentes, cada vez mais isolados uns dos outros, mergulhados em uma paisagem em
mosaico criada pelo homem através do processo conhecido como fragmentação de habitats.

As consequências imediatas da fragmentação são a redução da área de habitat disponível e a


subdivisão do mesmo. Estes processos levam a uma drástica redução na diversidade biótica local, seja
imediatamente, através da perda da área, ou em longo prazo, através dos efeitos do isolamento. A
perda da área pode excluir imediatamente algumas espécies se as mesmas forem raras ou estiverem
distribuídas em manchas.

Os pequenos tamanhos populacionais das espécies remanescentes as tornam vulneráveis à extinção


através de processos ambientais que ocorrem ao acaso, tais como catástrofes, e aos efeitos genéticos
resultantes do cruzamento de indivíduos muito próximos. Tais efeitos, entretanto, podem ser
atenuados se as populações não estiverem completamente isoladas umas das outras. A formação de
metapopulações, por exemplo, que seriam conjuntos de populações locais ligadas por indivíduos que
dispersam, pode evitar a perda de uma espécie em uma dada área ao impedir a extinção em
determinados fragmentos ou permitir a recolonização dos mesmos.

Outra consequência da fragmentação é um aumento no total de bordas de habitat, devido à transição


abrupta entre a floresta e o habitat ao redor. A proliferação das bordas gera um conjunto de alterações
bióticas e abióticas conhecidas como "efeitos de borda". Sendo assim, a persistência de uma
determinada espécie em um dado fragmento também vai depender da sua tolerância aos efeitos de
borda, que incluem o aumento das temperaturas do ar e do solo, a diminuição da umidade do ar e uma
maior exposição aos ventos (levando a quedas de árvores), entre outras alterações. Todas essas
mudanças, por sua vez, vão afetar os organismos presentes nos fragmentos, dando origem a uma série
de mudanças bióticas que incluem, por exemplo, a proliferação de espécies adaptadas às novas
condições ambientais. Estas tendem a competir com as espécies originalmente presentes, dando
origem a uma cascata de efeitos que podem culminar na extinção de plantas e animais.
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Nos últimos vinte anos os resultados de uma série de estudos sobre os diversos efeitos da
fragmentação começaram a surgir, deixando claro que não é mais possível ter a ilusão de que
fragmentos podem ser pequenas réplicas completas do habitat original. As evidências sobre as perdas
de espécies em remanescentes florestais crescem a cada ano, e o entendimento de como e porque cada
espécie é afetada por esse processo torna-se essencial para que novas perdas possam ser evitadas.

A maneira como os animais vão lidar com a paisagem fragmentada é criticamente dependente de seus
padrões espaciais, tais como: tamanho da área de vida (AV - área utilizada por um indivíduo em suas
atividades de busca de alimento, acasalamento e cuidados com a prole), territorialidade, capacidade de
mover longas distâncias e tolerância ao habitat que circunda os fragmentos.

O conhecimento dos hábitos alimentares de cada espécie, assim como da disponibilidade de recursos
alimentares, são bases essenciais para entender o quão adequado são os fragmentos pequenos de Mata
Atlântica para manter populações em longo prazo.

5.2.2.2. LEVANTAMENTO FAUNÍSTICO

O levantamento faunístico busca cadastrar espécies existentes em uma determinada área, avaliando as
interações e qualidade deste ambiente em relação às espécies ali existentes. Sendo um exercício que
abrange uma série de observações, com o objetivo de catalogar as espécies que existem na região.
Trata-se de um trabalho qualitativo, essencial para a implantação de programas de monitoramento
(Hellawell, 1991).

No monitoramento, tem-se um acompanhamento intermitente (regular ou irregular) utilizado para


averiguar a magnitude de uma ocorrência em relação a um padrão predeterminado a partir de
levantamentos e acompanhamentos, que possibilitam analisar a qualidade ambiental e o
desenvolvimento das populações ali existentes, bem como das espécies migratórias.

Na caracterização ambiental é fundamental a correlação entre o meio e a fauna, merecendo destaque à


análise da vegetação, os aspectos físicos e geomorfológicos, as alterações físicas causadas por animais
e pelo homem, o sistema aquático, o suprimento de alimentos, a presença ou não de predadores,
competidores, parasitas ou doenças, os distúrbios humanos, a pressão de caça, o clima e as condições
meteorológicas.

Todos estes fatores são considerados relevantes, por ser a fauna produto do meio que a suporta, visto
que todos os organismos são dependentes do seu habitat para satisfazer as necessidades específicas de
sobrevivência e reprodução (Firkowski, C. - UFPR).

Por outro lado, a vegetação é uma das mais importantes características do meio para a maioria dos
animais. Os impactos nesse segmento do habitat produzem efeitos diretos na fauna, pela redução ou
alteração de dois elementos básicos à sobrevivência, que são o alimento e o abrigo.

No levantamento faunístico realizado, optou-se basear a metodologia adotada em trabalhos publicados


por Lange & Margarido, 1999; Britto et al., 1999; Straube, 1999; Lewinsohn et al., 2001, Heyer et al.,
1994; Wilson et al., 1996 e Leite et al., 1999. Todos os dados obtidos em campo foram comparados
com bibliografias, tais como: Becker, M. & Dalponte, J.C., 1998; Cimardi, A.M., 1996; Dossiê Mata
Atlântica, 2001; Sazima, I. & Haddad, C.F., 1992; Sick, H., 1997; Silva & Reis, 2000; Silva et al.

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2001; Rosário, 1996; Bege & Marterer, 1991; Bernardes et al., 1990; Coimbra & Adelmar, 1984;
Emmons, 1990; Francisco, 1997; Frisch, 1964; Godoy, 1987; Hofling & Camarho, 1999; Marques et
al. 2001; Papavero, 1994; Santos, 1992; Soerenser, 1990; Storer, 1995; Veitenheimer et al. 1993, entre
outras.

5.2.2.2.1. METODOLOGIA

O presente levantamento faunístico abrange especificamente a Herpetofauna (répteis), Mastofauna e


Avifauna, ocorrentes na área do empreendimento e adjacências.

A metodologia utilizada na realização deste estudo consistiu nos procedimentos descritos a seguir.

Primeiramente realizou-se o levantamento bibliográfico, objetivando formular uma base de dados,


cadastrando a fauna esperada para a região.

Para todos os grupos faunísticos citados foram realizadas entrevistas com moradores da área de estudo
e adjacências, objetivando consolidar as informações obtidas na fase de levantamento bibliográfico e
compor um quadro das espécies ocorrentes neste ambiente.

O resultado de cada entrevista foi cruzado com a base de dados cadastrada de forma a colaborar com a
informação assim obtida. Os dados considerados coerentes com as informações iniciais ou citados por
mais de uma fonte, não conflitando com a fauna esperada para o ecossistema descrito, foram utilizados
no aperfeiçoando da base inicial.

Foram realizadas oito campanhas de campo, visando o presente levantamento, com duração de 8 horas
cada em maio a junho de 2006. Sendo realizada uma nova campanha em agosto de 2012, com duração
de 8 horas, objetivando a reavaliação da área.

O maior esforço em campo foi empregado nas áreas contendo remanescente florestal, em função de
sua grande complexidade vegetacional e consequentemente do maior número de espécies que a
frequentam. Sendo principalmente investigados ocos de árvores, troncos caídos, interiores de gravatás,
em baixo de rochas, serrapilheira, tocas, linhas de drenagem e outros abrigos/habitat onde estes grupos
costumam se abrigar.

Quando possível, houve o registro fotográfico das espécies de aves levantadas.

Além dos métodos de levantamento bibliográfico e entrevistas aqui já citadas foram utilizadas
metodologias específicas para cada um dos grupos faunísticos (Herpetofauna (répteis), Mastofauna e
Avifauna), descritas a seguir.

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5.2.2.2.1.1. LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA

O levantamento realizado em campo teve por objetivo identificar as espécies de aves ocorrentes nas
áreas do empreendimento e adjacências. Para isto foram observados os espécimes de aves terrestres,
identificando os espécimes levantados até o menor nível taxonômico possível.

Os trabalhos de levantamento foram realizados com campanhas de campo abrangendo períodos


diurnos e noturnos, possibilitando verificar a presença de espécies com hábitos diferenciados,
procedendo aos seguintes métodos de busca de vestígios:

MÉTODO DE OBSERVAÇÃO DIRETA

A metodologia de observação direta foi utilizada por tratar-se de uma área de grande extensão e
diversidade de ambientes, sendo composta por vegetação em estágio inicial, médio e avançada de
regeneração, áreas úmidas e urbanas. O método consistiu em observação a olho nu dos espécimes.
Com o auxílio de objetiva foram realizadas a observação e identificação das aves que se encontravam
à distância nos ambientes abertos.

MÉTODO DE RECONHECIMENTO DE VOCALIZAÇÃO

Este método consistiu no reconhecimento da vocalização das espécies que não eram visualizadas,
podendo, desta forma, ser constatada a ocorrência de determinadas espécies na área de estudo.

MÉTODO DE LOCALIZAÇÃO DE ESPÉCIMES MORTOS

Este método consistiu na observação de espécimes encontrados mortos na área de estudo e


proximidades. Depois de localizados, os espécimes foram identificados e fotografados.

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5.2.2.2.1.2. LEVANTAMENTO DA MASTOFAUNA E HERPETOFAUNA

O levantamento realizado em campo teve por objetivo identificar as espécies de mamíferos e répteis
ocorrentes nas áreas do empreendimento e adjacências. Para isto foram observados os espécimes de
mamíferos e répteis ocorrentes, identificando-se os espécimes levantados até o menor nível
taxonômico possível.

Quando possível realizou-se o inventário fotográfico das espécies e de vestígios levantados no local.

Para a realização do levantamento da mastofauna e herpetofuana (répteis) foram utilizados os métodos


de observação direta, observação de vestígios (pegadas, bolo fecal, ninhos e tocas, entre outros),
localização de espécimes encontrados mortos e entrevistas. A campanha realizada em campo abrangeu
horários diurnos e noturnos visando a observação de espécies de hábitos diversos.

MÉTODO DE OBSERVAÇÃO DIRETA

Este método consistiu na observação a olho nu de espécimes. Com o auxílio de objetiva foram
realizadas a observação e identificação à distância.

MÉTODO DE IDENTIFICAÇÃO DE VESTÍGIOS

Durante o período de estudo foram considerados diversos tipos de vestígios para detectar a ocorrência
de determinadas espécies nas áreas, como: pegadas, bolo fecal, ninhos, tocas, pelos, peles e restos
alimentares.

Os vestígios encontrados foram fotografados e alguns foram removidos dos locais para análises e
posterior identificações, tais como fezes e pelos.

MÉTODO DE LOCALIZAÇÃO DE ESPÉCIMES MORTOS

Este método consistiu na observação de espécimes encontrados mortos nas áreas de estudo e
proximidades. Depois de localizados, os animais foram identificados e fotografados.

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5.2.2.3. CARACTERIZAÇÃO FAUNÍSTICA REGIONAL

5.2.2.3.1. HERPETOFAUNA

Neste levantamento a herpetofauna engloba a fauna dos répteis. Este grupo desempenha um
importante papel no equilíbrio e manutenção dos ecossistemas, constituindo uma das bases no
funcionamento da teia alimentar.

Os representantes deste grupo são animais pecilotérmicos, aqueles que a temperatura interna do corpo
varia de acordo com a temperatura do ambiente, por isso são facilmente encontrados em regiões com
temperatura mais elevadas.

Os répteis apresentam no ambiente maior independência da água, por possuírem pele impermeável,
fecundação interna, ovos com casca e respiração pulmonar. Assim, podem viver em ambientes longe
de corpos de água. No entanto, certos répteis exibem uma forte associação com a água, como os
jacarés, diversas tartarugas e cágados, além de algumas serpentes.

Alguns desses animais, menos exigentes na escolha do habitat são beneficiados e/ou não se alteram
com a formação de barreiras, enquanto outros, mais sensíveis, sofrem com a fragmentação e a
modificação dos ambientes naturais e com outras atividades humanas.

- REPTEIS

Atualmente, os lagartos compõem o maior grupo entre os répteis, com aproximadamente 5000
espécies descritas. Abrangem uma grande diversidade de dimensões e formas corpóreas, variando
desde as pequenas lagartixas anãs, de poucos centímetros de comprimento, aos gigantes dragões de
Komodo, com até três metros e cerca de 150 quilos (POUGH; JANIS; HEISER, 2008). Em geral, são
formas de vida facilmente reconhecidas e distinguíveis de outros animais, por apresentar corpo
alongado coberto de escamas, quatro membros com cinco dígitos cada, cauda longa, pálpebras móveis,
ouvido externo com tímpano e, em geral, pela oviparidade. Entretanto, algumas linhagens
diversificaram-se, havendo casos de reduções apendiculares, perda de pálpebras e de ouvido externo,
além da ocorrência de viviparidade em várias espécies.

O Brasil ocupa a segunda colocação na relação de países com maior riqueza de espécies de répteis;
fica atrás apenas da Austrália (com 864 espécies registradas, segundo Wilson & Swan, 2008), mas
suplanta México, Índia, Indonésia, Colômbia, China e Peru, mais ou menos nessa ordem (Sociedade
Brasileira de Herpetologia). Até o momento (BÉRNILS, 2010), foram reconhecidas 721 espécies de
répteis naturalmente ocorrentes e se reproduzindo no Brasil: 36 quelônios, 6 jacarés, 241 lagartos, 67
anfisbênias (cobra-cega) e 371 serpentes.

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Os lagartos brasileiros ocorrem em praticamente todos os ambientes naturais e inclusive algumas


espécies adaptaram-se eficientemente à vida em áreas urbanas. Tendo em vista esta presença no
cotidiano das civilizações humanas, urbanas e rurais, é de se esperar que pelo menos algumas espécies
tenham se tornado mais populares e figurem mais intensamente na cultura da população brasileira.
Esta grande riqueza, uma das maiores do mundo, resulta não apenas da elevada extensão territorial do
país, mas também da diversidade de ecossistemas e de eventos históricos de mudanças climáticas e
geográficas durante o Pleistoceno na América do Sul (ROCHA, 1994).

A Tabela 5.2.2.1, apresenta espécies ameaçadas, disponibilizadas através do Centro de Conservação e


Manejo de Répteis e Anfíbios do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis.

Tabela 5.2.2.1: Répteis Ameaçados de Extinção no Brasil Compilação das Listas Internacionais, Nacionais e
Regionais de Espécies Ameaçadas.
ORDEM/
NOME
ESPÉCIE SUB- FAMÍLIA IUCN IBAMA CITES MG SP RJ PR
VULGAR
ORDEM
Acanthochelys Cágado-
Pleurodira Chelidae LRnt PA PA
radiolata amarelo
Acanthochelys Tartaruga-do-
Pleurodira Chelidae LRcd
macrocephala pantanal
Acanthochelys
Cágado-preto Pleurodira Chelidae LRnt VU
spixii
Atractus
Serpentes Colubridae PA
maculatus
Atractus serranus Serpentes Colubridae PA
Bachia bresslaui Sauria Gymnophtalmidae PA
Boa constrictor Jibóia Serpentes Boidae Ap2
Bothrops cf.
Jararaca Serpentes Viperidae CR VU
jararaca
Bothrops
Urutu-cruzeiro Serpentes Viperidae VU
alternatus
Jararaca-
Bothrops
verde/ Serpentes Viperidae Pex
bilineatus
Patioba
Bothrops cotiara Cotiara Serpentes Viperidae EN AmEx
Urutu/Cotiara
Bothrops fonsecai Serpentes Viperidae VU PA
estrela
Bothrops
Jararaca ilhoa Serpentes Viperidae CR EN
insularis
Bothrops
Cotiarinha Serpentes Viperidae VU
itapetiningae
Bothrops Jararaca-
Serpentes Viperidae PA
neuwiedi pintada
Bothrops pirajai Serpentes Viperidae VU
Jacaré-de-
Caiman latirostris Crocodilia Alligatoridae AmEx Ap1 VU VU EP AmEx
papo-amarelo
Calamodontophis
Serpentes Colubridae VU AmEx
paucidens
Calamodontophis
Serpentes Colubridae EN
sp.
Tartaruga-
Caretta caretta Cryptodira Cheloniidae EN AmEx Ap1 EN VU AmEx
cabeçuda
Cercosaura
Calanguinho Sauria Gymnophtalmidae PA
ocellata
Tartaruga-
Chelonia mydas Cryptodira Cheloniidae EN AmEx Ap1 EN VU AmEx
verde
Clelia clelia Muçurana Serpentes Colubridae Ap2 AmEx
Clelia maculata Mussurana Serpentes Colubridae PA

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ORDEM/
NOME
ESPÉCIE SUB- FAMÍLIA IUCN IBAMA CITES MG SP RJ PR
VULGAR
ORDEM
Clelia plumbea Mussurana Serpentes Colubridae PA
Clelia rustica Mussurana Serpentes Colubridae PA
Cnemidophorus
Calango Sauria Teiidae EN
lacertoides
Colobodactylus
Sauria Gymnophtalmidae PA
dalcyanus
Colobodactylus
Sauria Gymnophtalmidae PA
taunayi
Colobosaura
Sauria Gymnophtalmidae PA
modesta
Corallus cropanii Serpentes Boidae Ap2 EN
Suaçubóia/
Corallus
cobra-de- Serpentes Boidae Ap2 VU VU
hortulanus
veado
Corallus spp. Serpentes Boidae Ap2
Crocodilurus
Sauria Teiidae Ap2
lacertinus
Dermochelys Tartaruga-de-
Cryptodira Dermochelyidae CR AmEx Ap1 EN VU AmEx
coriacea couro
Diploglossus
Sauria Anguidae PA PA
fasciatus
Dormideira/
Dipsas albifrons Serpentes Colubridae VU
Jararaca
Dormideira/
Dipsas neivai Serpentes Colubridae PA
Jararaca
Ditaxodon
Serpentes Colubridae AmEx
taenianatus
Dracaena spp. Sauria Teiidae Ap2
Drymoluber
Serpentes Colubridae PA
brazili
Echinanthera
Serpentes Colubridae PA
cyanopleura
Ecpleopus
Sauria Gymnophtalmidae PA
gaudichaudii
Elapomorphus
Serpentes Colubridae PA
quinquelineatus
Enyalius perditus Camaleão Sauria Polychrotidae PA PA
Salamanta/
Epicrates
Jibóia-arco- Serpentes Boidae Ap2 VU
cenchria crassus
íris
Jibóia-arco-
Epicrates spp. Serpentes Boidae Ap2
íris
Eretmochelys Tarrtauga-de-
Cryptodira Cheloniidae CR AmEx Ap1 EN VU AmEx
imbricata pente
Eunectes murinus Sucuri-preta Serpentes Boidae Ap2 PA
Eunectes spp. Sucuri Serpentes Boidae Ap2
Geochelone Jabuti/
Cryptodira Testudinidae Ap2 EN
carbonaria Jabutipiranga
Geochelone
Jabuti Cryptodira Testudinidae VU Ap2
denticulata
Gomesophis
Cobra-do-lodo Serpentes Colubridae PA
brasiliensis
Helicops gomesi Cobra d´água Serpentes Colubridae VU
Heterodactylus
Lagarto Sauria Teiidae VU
lundii
Hoplocercus
Calango Sauria Hoplocercidae EN
spinosus
Hydromedusa Cágado-da-
Pleurodira Chelidae VU CR
maximiliani serra

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ORDEM/
NOME
ESPÉCIE SUB- FAMÍLIA IUCN IBAMA CITES MG SP RJ PR
VULGAR
ORDEM
Cágado-
Hydromedusa
pescoço-de- Pleurodira Chelidae PA
tectifera
cobra
Imantodes
Dormideira Serpentes Colubridae PA
cenchoa
Kentropix
Calango Sauria Teiidae PA
paulensis
Lachesis muta Surucucu-
Serpentes Viperidae VU AmEx CR EP
rhombeata pico-de-jaca
Lepidochelys Tartaruga-
Cryptodira Cheloniidae EN AmEx Ap1 EN AmEx
olivacea marinha/oliva
Lagartixa-da-
Liolaemus lutzae Sauria Tropiduridae VU VU
areia
Liolaemus
Sauria Tropiduridae VU
occipitalis
Liophis
Serpentes Colubridae VU VU
atraventer
Mabuya caissara Lagarto Sauria Scincidae VU
Melanosuchus
Jacaré-açu Crocodilia Alligatoridae AmEx Ap1
niger
Micrurus
Coral Serpentes Elapidae PA
decoratus
Micrurus frontalis Coral Serpentes Elapidae PA
Paleosuchus
Jacaré-coroa Crocodilia Alligatoridae EN
palpebrosus
Peltocephalus
Cabeçuda Pleurodira Testudinidae VU
dumeriliana
Phalotris
Serpentes Colubridae EN
multipunctatus
Philodryas
Cobra-verde Serpentes Colubridae PA AmEx
arnaldoi
Philodryas
Serpentes Colubridae PA
lividum
Phimophis
Serpentes Colubridae PA
guerini
Phrynops hogei Cágado Pleurodira Chelidae EN AmEx CR VU
Tartaruga-do-
Phrynops rufipes pescoço Pleurodira Chelidae LRnt
vermelho
Phrynops Cágado-
Pleurodira Chelidae LRnt PA
vanderhaegei cabeçudo
Placossoma
Calango Sauria Gymnophtalmidae EN
cipoense
Tartaruga-da-
Podocnemis
cabeça- Pleurodira Pelomedusidae VU Ap2
erythrocephala
vermelha
Podocnemis Tartaruga-da-
Pleurodira Pelomedusidae LRnt Ap2
expansa amazônia
Polychrus
Preguiça Sauria Polychrotidae PA
marmoratus
Pseudoboa
Serpentes Colubridae PA
serrana
Pseustis Papa-
Serpentes Colubridae PA
sulphureus pinto/ovo
Ptycophys
Serpentes Colubridae PA
flavovirgatus
Rachidelus brazili Serpentes Colubridae PA
Sordelina
Cobra-d'água Serpentes Colubridae PA
punctata
Stenocercus Sauria Tropiduridae LRnt

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ORDEM/
NOME
ESPÉCIE SUB- FAMÍLIA IUCN IBAMA CITES MG SP RJ PR
VULGAR
ORDEM
fimbriatus
Taeniophalus
Serpentes Colubridae PA
perssimilis
Trachemys
Cryptodira Emydidae EN
adiutrix
Tripanurgos
Cobra-cipó Serpentes Colubridae PA
compressus
Tropidophis
Serpentes Tropidophiidae Ap2 PA
paucisquamis
Tupinambis cf.
Teiú Sauria Teiidae Ap1 VU
merianae
Tupinambis cf.
Teiú Sauria Teiidae Ap2 PA
teguixim
Tupinambis spp. Teiú Sauria Teiidae Ap2
Uromacerina
Serpentes Colubridae PA
ricardinii
Xenodon
Serpentes Colubridae AmEx
guentheri

Legenda:

Listas Internacionais:

IUCN: EX - Extinct; EW - Extinct in the Wild; CR - Critically Endangered; EN - Endangered; VU -


Vulnerable; DD - Data Deficient; LRcd - Lower Risk Conservation Dependent; LRlc - Lower Risk
Least Concearn; LRnt - Lower Risk Near Threatened; NE - Not Evaluated. Referência: 1) Hilton-
Taylor, C. (compiler). 2000. 2000 IUCN Red List of Threatened Species. IUCN, Gland, Switzerland and
Cambridge, UK, xviii + 61pp.
CITES: Ap1 - Appendix I; Ap2 - Appendix II; Ap3 - Appendix III. Referência: 1) CITES, 2000.
Appendices I, II and III of The Convention on International Trade in Endangered Species of Wild
Fauna and Flora.

Lista Nacional:

IBAMA: AmEx - Ameaçada de Extinção; PE - Provavelmente Extinto. Referência: 1) Portaria nº


1.522, de 19 de dezembro de 1.989 e Portaria nº 45-N, de 27 de abril de 1.992, que torna pública a
"Lista Oficial de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção".

Listas Regionais:

Minas Gerais: CR - Criticamente em Perigo; EN - Em Perigo; PEX - Provavelmente Extinta; VU -


Vulnerável. *Referência: 1) Machado, A.B.M. et al. 1998. Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas de
Extinção da Fauna de Minas Gerais. Fundação Biodiversitas, Belo Horizonte, 608pp, il.
Rio de Janeiro: CP - Criticamente em Perigo; EP - Em Perigo; PA - Presumivelmente Ameaçada; PEx
- Provavelmente Extinta; SD - Status Desconhecido; VU - Vulnerável. *Referência: 1) Caramaschi, U.;
Carvalho e Silva, A.M.P.T.; Carvalho e Silva, S.P.; Gouveia, É.; Izecksohn, E.; Peixoto, O.L. & Pombal
Jr., J.P. 2000. ANFÍBIOS. in: Bergallo, H.G; da Rocha, C.F.D.; Alves, M.A.S. & van Sluys, M.
(organizadores). 2000. A Fauna Ameaçada de Extinção do Estado do Rio de Janeiro. Ed.
UERJ/FAPERJ, Rio de Janeiro. 168pp: il.
São Paulo: CR - Criticamente em Perigo; EN - Em Perigo; PA - Provavelmente Ameaçada; PEX -
Provavelmente Extinta; VU - Vulnerável. *Referências: 1) Decreto No. 42.838, de 4 de fevereiro de
1998. Declara as Espécies da Fauna Silvestre Ameaçadas de Extinção e as Provavelmente Ameaçadas

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de Extinção no Estado de São Paulo e dá providências correlatas. 2) Encontro para elaboração da "Lista
de Espécies Ameaçadas da Fauna do Estado de São Paulo". Universidade Federal de São Carlos, 11 a
13 de dezembro de 1996
Paraná: AmEx - Ameaçada de Extinção. * Referência: 1) Morato, S. A. A; Leite, J. C. M. &
Bérnils, R. S. 1995. Répteis. In: Tossulino et al. Lista vermelha de animais ameaçados de extinção no
Estado do Paraná.

5.2.2.3.2. MASTOFAUNA

Em área territorial, o Brasil é o quinto maior país do mundo e o primeiro dentre os países
megadiversos. Nos últimos anos, a classe Mammalia tem sido o grupo mais estudado dos vertebrados.
Apesar disso, em virtude de serem animais de difícil captura e visualização, bem como pelos hábitos
crepusculares, ainda existem muitas espécies desconhecidas.

A diversidade de mamíferos no Brasil atinge números expressivos, constituindo-se numa das maiores
do mundo. Até pouco tempo atrás, eram conhecidas 22 ordens de mamíferos no mundo das quais 11
encontradas no Brasil, representadas por 524 espécies. No Brasil estão representadas 44 espécies de
marsupiais, 19 edentados (tamanduás, tatus), 141 morcegos, 75 primatas, 32 carnívoros, 36 cetáceos e
dois peixes-boi, oito artiodáctilos (dedos em forma de casco) e um perissodáctilo (um casco – eqüino),
165 roedores e um lagomorfo (lebre). Este total representa em torno de 13% de todos os mamíferos do
mundo (Fonseca et al., 1996).

No entanto, segundo Reis et al. (2006) são reconhecidas 658 espécies, representadas por 55 espécies
de marsupiais, 19 xenarthras, 164 morcegos, 98 primatas, 29 carnívoros, 41 cetáceos e dois peixes-boi,
12 artiodáctilos e um perissodáctilo, 235 roedores e dois lagomorfo.

O bioma Mata Atlântica é o que apresenta maior número de espécies (n = 250). Estando a região norte
de Santa Catarina inserida neste bioma. Cherem et al. (2004) descreve 152 espécies de mamíferos
distribuídos em 10 ordens: Chiroptera (60 espécies), Rodentia (54), Cetacea (34), Carnivora (26),
Didelphimorphia (17), Xenarthra (9), Artiodactyla (7), Primates (3), Perissodactyla (1) e Lagomorpha
(1). No entanto, Cimardi (1996) registra 169 espécies. Aproximadamente 23 espécies de marsupiais e
57 espécies de roedores ocorrem nesta região, das quais 39% e 53%, respectivamente, são endêmicas
(Fonseca & Kierulff, 1989).

A Tabela 5.2.2.2 apresenta as espécies da mastofauna ameaçadas em Santa Catarina citdas na Lista
Nacional das Espécies da Mastofauna Brasileira - Ameaçadas de Extinção - IBAMA/2003.

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Tabela 5.2.2.2 espécies da mastafauna ameaçadas em Santa Catarina citdas na Lista Nacional das Espécies da
Mastofauna Brasileira - Ameaçadas de Extinção - IBAMA/2003.
Família Nome científico Nome popular Estados
Myrmecophagidae Myrmecophaga tridactyla Linnaeus, Tamanduá-bandeira AC, AM, AP, BA,
1758 DF, GO, MA, MG,
MS, MT, PA, PI, PR,
RO, RR, RS, SC, SP,
TO
Vespertilionidae Myotis ruber (Geoffroy, 1806) Morcego-vermelho PR, RJ, SC, SP
Canidae Chrysocyon brachyurus (Illiger, 1815) Lobo-guará BA, DF, GO, MA,
MG, MS, MT, PR,
RJ, RS, SC, SP, TO
Canidae Speothos venaticus (Lund, 1842) Cachorro-vinagre AC, AM, AP, BA,
DF, GO, MA, MS,
MT, PA, PR, RO,
RR, SC, SP, TO
Felidae Leopardus pardalis mitis (Linnaeus, Jaguatirica AL, BA, CE, DF, ES,
1758) GO, MA, MG, MS,
MT, PB, PE, PI, PR,
RJ, RN, RS, SC, SP,
TO
Felidae Leopardus tigrinus (Schreber, 1775) Gato-do-mato AL, AM, AP, BA,
CE, DF, ES, GO,
MA, MG, MS, MT,
PA, PB, PE, PI, PR,
RJ, RN, RR, RS, SE,
SC, SP, TO
Felidae Leopardus wiedii (Schinz, 1821) Gato-maracajá AC, AM, AP, BA,
DF, ES, GO, MA,
MG, MS, MT, PA,
PI, PR, RJ, RO, RR,
RS, SC, SP, TO
Felidae Puma concolor capricornensis (Nelson Onça-parda, suçuarana, ES, MG, MS, PR, RJ,
& Goldman, 1929) puma, onçavermelha, RS, SC, SP
leão-baio
Balaenidae Eubalaena australis (Desmoulins, Baleia-franca, baleia- BA, ES, PR, RJ, RS,
1822) franca-austral, Baleia- SC, SP
franca-do-sul
Balenopteridae Balaenoptera borealis (Lesson, 1828) Baleia-sei, baleia- ES, PB, RJ, RS, SC
espadarte
Balenopteridae Megaptera novaeangliae (Borowski, Baleia-jubarte, jubarte AL, BA, CE, ES,
1781) MA, PB, PE, PR, RJ,
RN, RS, SC, SE SP
Physeteridae Physeter macrocephalus (Linnaeus, Cachalote AL, BA, CE, ES, PA,
1758) PB, PE, PR, RJ, RN,
RS, SC, SE SP
Pontoporidae Pontoporia blainvillei (Gervais & Toninha, cachimbo, ES, PR, RJ, RS, SC,
d'Orbigny, 1844) boto-amarelo, SP
franciscana
Cervidae Mazama nana (Hensel, 1872) Veado-bororó-do-sul PR, RS, SC, SP
Muridae Wilfredomys oenax (Thomas, 1928) Rato-do-mato PR, RS, SC

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5.2.2.3.3. AVIFAUNA

A América do Sul é considerada o continente das aves, abrigando cerca de um terço das espécies de
aves existentes na terra. No Brasil, ocorrem 1.822 espécies de aves, entre espécies residentes e
visitantes, correspondendo a mais da metade das espécies de aves registradas para a América do Sul,
sendo o segundo país do mundo em riqueza de aves, perdendo apenas para a Colômbia, conforme o
Relatório do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO, 2008).

Deste montante 682 espécies ou 40,66% são assinaladas para a Mata Atlântica, sendo 207
consideradas endêmicas. Dentre as espécies endêmicas, 24,6% constam na lista do IBAMA de fauna
ameaçada. No bioma Mata Atlântica 50 espécies são consideradas Vulneráveis; 32 espécies são
incluídas na categoria em Perigo; e 12 espécies são consideradas Criticamente em Perigo.

O estado de Santa Catarina encontra-se entre os três estados com melhor grau de conservação deste
bioma, no entanto, devido às intervenções ocorridas desde o início de sua ocupação o número de
espécies ameaçadas de extinção vem aumentando gradativamente. Atualmente, o estado catarinense
aponta 34 espécies de aves incluídas na lista da fauna brasileira de espécies ameaçadas de extinção
IBAMA (2003). Um dos grupos com maior risco de extinção é o das aves de rapina, o qual, mesmo
apresentando ampla distribuição, está sofrendo uma drástica redução de seus nichos e,
consequentemente uma diminuição gradativa de suas populações. Além deste grupo, várias outras
espécies quase se extinguiram pela caça, capturas e destruição de habitat, como é o caso do grupo dos
Psitacídeos (araras, papagaios e periquitos).

De acordo com levantamento realizado por Rosário (1996), foram registradas 596 espécies de aves
para o estado de Santa Catarina, das quais 337 ocorreram no ambiente de Floresta Ombrófila Densa,
demonstrando a importância deste ecossistema para a avifauna. Esta formação vegetal é caracterizada
pela sua estratificação, constituída por árvores, arvoretas, arbustos e ervas.

A existência de vários níveis de estrato em uma floresta densa é fundamental na distribuição vertical
da avifauna, permitindo diversas populações explorarem um mesmo ambiente, sem que ocorra
competição.

A Tabela 5.2.2.3 apresenta as espéciesda avifauna ameaçadas em Santa Catarina citdas na Lista
Nacional das Espécies da Mastofauna Brasileira - Ameaçadas de Extinção - IBAMA/2003.

Tabela 5.2.2.3 espécies da avifauna ameaçadas em Santa Catarina citdas na Lista Nacional das Espécies da
Mastofauna Brasileira - Ameaçadas de Extinção - IBAMA/2003.
FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR ESTADOS
Tinamidae Crypturellus noctivagus noctivagus Jaó BA, ES, MG, PR, RJ,
(Wied, 1820) RS, SC, SP
Diomedeidae Diomedea dabbenena (Mathews, 1929) Albatroz-de-tristão, RS, SC, SP
albatroz-de-gough
Diomedeidae Diomedea epomophora Lesson, 1825 Albatroz-real, RJ, RS, SC
albatroz-real-
meridional
Diomedeidae Diomedea exulans Linnaeus, 1758 Albatroz-viajeiro, RJ, RS, SC, SP
albatroz-errante
Diomedeidae Diomedea sanfordi (Murphy, 1917) Albatroz-real- RS, SC
setentrional

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FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR ESTADOS


Diomedeidae Thalassarche chlororhynchos (Gmelin, Albatroz-de-nariz- RJ, RS, SC, SP, ES, PR,
1789) amarelo BA, SE, AL, PE
Diomedeidae Thalassarche melanophris (Temminck, Albatroz-de- PR, RJ, RS, SC, SP, ES,
1828) sobrancelha BA, SE, AL, PB, PE,
RN, CE, PI, MA
Procellariidae Procellaria aequinoctialis Linnaeus, 1758 Pardela-preta, BA, ES, PR, RJ, RS,
pretinha, patinha SC, SP, PA
Procellariidae Procellaria conspicillata Gould, 1844 Pardela-de-óculos BA, ES, RJ, RS, SC, SP
Procellariidae Pterodroma incerta (Schlegel, 1863) Fura-buxo-de-capuz PR, RJ, RS, SC, SP
Ardeidae Tigrisoma fasciatum (Such, 1825) Socó-jararaca GO, MT, PR, RS, SC,
SP
Anatidae Mergus octosetaceus Vieillot, 1817 Pato-mergulhão BA, GO, MG, PR, RJ,
SC, SP, TO
Accipitridae Circus cinereus Vieillot, 1816 Gavião-cinza RS, SC
Acciptridae Harpyhaliaetus coronatus (Vieillot, 1817) Águia-cinzenta BA, DF, GO, MA, MG,
MT, PA, PR, RJ, RS,
SC, SP, TO
Acciptridae Leucopternis lacernulata (Temminck, Gavião-pombo- AL, BA, MG, PB, PR,
1827) pequeno SC, SP
Cracidae Pipile jacutinga Spix, 1825 Jacutinga BA, PR, RJ, RS, SC, SP
Laridae Thalasseus maximus (Boddaert, 1783) Trinta-réis-real AL, AM, AP, BA, CE,
ES, MA, PA, PB, PE,
PR, RJ, RN, RS, SE,
SC, SP
Columbidae Claravis godefrida (Temminck, 1811) Pararu BA, ES, MG, PR, RJ,
SC, SP
Psittacidae Amazona brasiliensis (Linnaeus, 1766) Papagaio-da-cara- PR, SC, SP
roxa, chauá
Psittacidae Amazona pretrei (Temminck, 1830) Papagaio-charão RS, SC
Psittacidae Amazona vinacea (Kuhl, 1820) Papagaio-de-peito- BA, ES, MG, PR, RJ,
roxo RS, SC, SP
Psittacidae Anodorhynchus glaucus (Vieillot, 1816) Arara-azul-pequena MS, PR, RS, SC
Picidae Dryocopus galeatus (Temminck, 1822) Pica-pau-de-cara- PR, RS, SC, SP
amarela
Emberizidae Sporophila frontalis (Verreaux, 1869) Pixoxó, chanchão ES, MG, PR, RJ, RS,
SC, SP
Emberizidae Sporophila melanogaster (Pelzeln, 1870) Caboclinho-de- GO, MG, PR, RS, SC,
barriga-preta SP
Emberizidae Xanthopsar flavus (Gmelin, 1788) Veste-amarela RS, SC
Furnariidae Limnoctites rectirostris (Gould, 1839) Junqueiro-de-bico- RS, SC
reto
Motacillidae Anthus nattereri Sclater, 1878 Caminheiro-grande MG, PR, RS, SC, SP
Pipridae Piprites pileatus (Temminck, 1822) Caneleirinho-de- MG, PR, RJ, RS, SC,
chapéu-preto, SP
caneleirinho-de-
boné-preto
Thamnophilidae Biatas nigropectus (Lafresnaye, 1850) Papo-branco MG, PR, RJ, SC, SP
Thamnophilidae Myrmotherula minor Salvadori, 1864 Choquinha-pequena BA, ES, MG, RJ, SC,
SP
Thamnophilidae Stymphalornis acutirostris Bornschein, Bicudinho-do-brejo PR, SC
Reinert & Teixeira,1995
Tyrannidae Hemitriccus kaempferi (Zimmer, 1953) Maria-catarinense PR, SC
Tyrannidae Phylloscartes kronei Willis & Oniki, 1992 Maria-da-restinga PR, RS, SC, SP

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5.2.2.4. CARACTERIZAÇÃO FAUNÍSTICA DA ÁREA DE ESTUDO

A área de estudo divide-se em dois ambientes distintos, sendo a primeira de ocupação urbana (Figura
5.2.2.1), incluindo o bairro Bela Vista, área do Porto de São Francisco do Sul e área da empresa
BUNGE.

A segunda formada por ambientes contendo cobertura vegetal, compreendendo a elevação


denominada Bela Vista, vegetação nas margens da rua Alfredo Darci Addison e entre esta e a rua
Laguna, bem como vegetação às margens da rua Francisco Machado de Souza (Figura 5.2.2.2).
Estando todos os ambientes sobre influência da orla marinha (Figuras 5.2.2.3 e 5.2.2.4).

BUNGE

Porto de São Francisco do Sul

Bairro Bela Vista

Figura 5.2.2.1: Foto aérea mostrando área de estudo contendo ocupação urbana, com
destaque para o Porto de São Francisco do Sul, área parcial do bairro Bela Vista e empresa
BUNGE.

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Figuras 5.2.2.2 e 5.2.2.3: A área de estudo situada junto ao estuário da Baía da Babitonga, recebendo influência
direta de sua fauna. Em destaque na Figura 5.2.2.2 o Morro Bela Vista, o qual mantém em sua base o bairro Bela
Vista. Na Figura 5.2.2.3 destaca-se ambiente de praia, nas proximidades do empreendimento.

Áreas verdes estudadas.


Figura 5.2.2.4: Foto aérea do ano 2000 mostrando áreas com remanescente florestal
com realização do levantamento faunístico.

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Os estudos no ambiente antropizado mostraram a ocorrência de uma variedade de espécies adaptadas


ao convívio com o ser humano, as quais utilizam as edificações como ambiente de moradia e abrigo,
mas principalmente buscam alimento disponível junto às rodovias e ferrovia existentes (Figura
5.2.2.5).

A ocorrência de grande concentração de grãos junto às vias dá-se pela perda nos vagões e caminhões
ao transportá-los (Figura 5.2.2.6). A grande concentração de grãos propicia à proliferação de insetos e
atua como atrativo a espécies granívoras e insetívoras, destacando-se entre a avifauna o Vanellus
chilensis (quero-quero) (Figura 5.2.2.7), Pitangus sulphuratus (bem-te-vi-de-corroa) (Figura 5.2.2.8),
Troglodytes aedon (corruíra), Turdus rufiventris (sabiá-laranjeira), Passer domesticus (pardal) (Figura
5.2.2.9) e Bubulcus ibis (garça-vaqueira) (Figura 5.2.2.10).

Entre a mastofauna observada alimentando-se junto as vias ocorrem frequentemente o Didelphis


albiventis (gambá-de-orelha-branca), Didelphis marsupialis (gambá-de-orelha-preta) (Figura 5.2.2.11
e 5.2.2.12), Rattus rattus (roto-doméstico) (Figura 5.2.2.13), Rattus norveginus (ratazana) (Figura
5.2.2.14) e o Mus musculus (camundongo).

Figura 5.2.2.5: A perda de grãos nas rodovias propicia conflito


entre a fauna e o tráfico de veículos local.

Figura 5.2.2.6: Grande concentração de grãos junto à Figura 5.2.2.7: Vanellus chilensis (quero-quero),
rodovia, atraindo a fauna local. avistado em bandos alimentando-se junto à ferrovia e
áreas abertas.

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Figura 5.2.2.8: Pitangus sulphuratus (bem-te-vi-de- Figura 5.2.2.9: Bando de Passer domesticus (pardal)
coroa). alimentando-se junto à rodovia.

Figura5. 2.2.10: Bando de Bubulcus ibis (garça-vaqueira) alimentando-se junto à ferrovia.

Figura 5.2.2.11 e 5.2.2.12: Didelphis marsupialis (gambá-de-orelha-preta) encontrado morto junto à via ao se
alimentar, pode ser observado a grande quantidade de grãos dentro do estomago.

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Figura 5.2.2.13: Rattus rattus (rato-doméstico). Figura 5.2.2.14: Rattus norveginus (ratazana).

Espécies insetívoras como Tadarida brasiliensis (morceguinho-da-casa) e Notiochelidon cyanoleuca


(andorinha-pequena-da-casa), são observadas próximas às vias iluminadas em busca de mosquitos e
mariposas.

Nos ambientes abertos contendo gramíneas são observadas espécies granívoras e insetívoras como
Estrilda astrid (bico-de-lacre), Sicalis flaveola (canário-da-terra-verdadeiro) (Figura 5.2.2.15),
Furnarius rufus (joão-de-barro) (Figura 5.2.2.16), Columbina talpacoti (rolinha-roxa) (Figura
5.2.2.17), Estrilda astrild (bico-de-lacre).( Figura 5.2.2.18), Satrapa icterophrys (suiriri-
pequeno).(Figura 5.2.2.19), Columba livia (pombo) (Figura 5.2.2.20), Crotophaga ani (anu-preto),
Guira guira (anu-branco) (Figura 5.2.2.21), Troglodytes aedon (corruíra), bem como em destaque a
Syrigma sibilatrix (maria-faceira) (Figura 5.2.2.22), Molothrus sp. (chopim) (Figura5. 2.2.23 e
5.2.2.24) e Phimosus infuscatus (tapicuru-de-cara-pelada) (Figura 5.2.2.25).

Figura 5.2.2.15: Sicalis flaveola (canário-da-terra- Figura5. 2.2.16: Furnarius rufus (joão-de-barro).
verdadeiro).

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Figura 5.2.2.17: Columbina talpacoti (rolinha-roxa). Figura 5.2.2.18: Estrilda astrild (bico-de-lacre).

Figura 5.2.2.19: Satrapa icterophrys (suiriri-pequeno). Figura 5.2.2.20: Columba livia (pombo).

Figura5. 2.2.21: Guira guira (anu-branco). Figura5. 2.2.22: Syrigma sibilatrix (maria-faceira)

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Figura 5.2.2.23: e 5.2.2.24: Molothrus sp. (chopim) em ambientes abertos e junto aos trilhos.

Figura 5.2.2.25: Phimosus infuscatus (tapicuru-de-


cara-pelada).

O morro denominado Bela Vista apresenta uma cobertura vegetal arbórea com forte influência
antrópica. Toda a área percorrida apresenta vestígios de trilhas. Além da evidente movimentação de
moradores da região.

A cobertura florestal apresenta-se baixa, com sub-bosque denso, em muitos pontos dominada por
taquaras, indicativo de áreas degradadas.

No topo verifica-se uma área de aproximadamente 1 hectare, cuja vegetação foi suprimida, ficando
apenas em alguns pontos árvores isoladas, encontrando-se neste local, através de levantamentos
anteriores, pegadas de Hydrochoerus hydrochaeris (capivara) (Figura 5.2.2.26), possivelmente
oriunda de áreas com vegetação mais preservada.

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Figura 5.2.2.26: Rastros de capivara identificados próximo à


pocilga, no topo da elevação.

Encontra-se na comunidade do bairro Bela Vista, criação de consumo de Anser sp. (ganso) (Figura
5.2.2.27), Gallus gallus domesticus (galinha) (Figura 5.2.2.28), Capra hircus (cabra) (Figura
5.2.2.29) e Sus domesticus (porco) (Figura5. 2.2.30), que são alimentados principalmente com restos
de comida e grãos recolhidos na beira das vias.

O Canis lupus familiares (cão-doméstico) (Figura 5.2.2.31) e o Felis silvestris catus (gato-doméstico)
(Figura5. 2.2.32), são encontrados soltos pelo bairro ou sendo utilizados como animais de guarda. A
presença destas espécies domésticas implica em predação de pequenos espécimes silvestres de ave,
mamíferos e répteis que habitam o ambiente de entorno.

Figura 5.2.2.28: Gallus gallus domesticus (galinha).

Figura 5.2.2.27: Anser sp. (ganso) criados para


consumo.

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Figura5. 2.2.29: Capra hircus (cabra).

Figura 5.2.2.30: Sus domesticus (porco).

Figura5. 2.2.31: Canis lupus familiares (cão- Figura5. 2.2.32: Felis silvestris catus (gato-doméstico)
doméstico).

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Nos ambientes mantendo remanescentes florestais encontra-se rica diversidade de espécies


principalmente da avifauna, destacando a Euphonia chalybea (bonito-lindo) (Figura5. 2.2.33), Dacnis
cayana (saí-azul) (Figura 5.2.2.34 e Figura 5.2.2.35), Tangara cyanocephala (saíra-militar) (Figura
5.2.2.36), Tangara seledon (saíra-de-sete-cores), Piaya cayana (alma-de-gato) (Figura 5.2.2.37),
Colaptes campestris (pica-pau-do-campo) (Figura 5.2.2.38) e Tachyphonus coronatus (tié-preto).

São observados com frequência sobrevoando a área de estudo o Caracara plancus (carcará).(Figura
2.2.39), Coragyps atratus (urubu-de-cabeça-preta) (Figura 5.2.2.40) e Fregata magnificens (fragata)
(Figura 5.2.2.41).

Figura 5.2.2.33: Macho de Euphonia chalybea Figura 5.2.2.34: Fêmea de Dacnis cayana (saí-azul).
(bonito-lindo).

Figura 5.2.2.35: Mocho de Dacnis cayana (saí-azul). Figura 5.2.2.36: Tangara cyanocephala (saíra-militar).

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Figura 5.2.2.37: Piaya cayana (alma-de-gato). Figura 3.2.2.38: Colaptes campestris (pica-pau-do-
campo).

Figura 5.2.2.39: Caracara plancus (carcará). Figura 5.2.2.40: Coragyps atratus (urubu-de-cabeça-
preta).

Figura 5.2.2.41: Fregata magnificens (fragata).

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As espécies observadas junto à praia com maior frequência são Egretta thula (garça-branca-pequena)
(Figura 5.2.2.42), Larus dominicanus (gaivotão) (Figura 5.2.2.43), Egretta caerulea (garça-azul).
(Figura 5.2.2.44), Phalacrocorax brasilianus (biguá) (Figura 5.2.2.45) e o Megaceryle torquata
(martim-pescador-grande) (Figura 5.2.2.46).

Figura 5.2.2.42: Egretta thula (garça-branca-pequena) Figura 5.2.2.43: Larus dominicanus (gaivotão)

Figura 5.2.2.44: Egretta caerulea (garça-azul). Figura 5.2.2.45: Phalacrocorax brasilianus (biguá).

Figura 5.2.2.46: Ceryle torquata (Martim-pescador-


grande).

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O presente levantamento cadastrou para a avifauna na área do empreendimento e entorno 16 ordens,


43 famílias, compreendendo 98 gêneros e 107 espécies identificadas, conforme pode ser observado na
Tabela 5.2.2.4. Das espécies levantadas 57% são encontradas em ambientes de mata e borda de mata,
37% são de ambientes abertos ou úmidos, 10% são encontradas em todos os ambientes e apenas 6%
foram observados em sobrevôo (Figura 5.2.2.47).

Figura 5.2.2.47: Distribuição das espécies da avifauna levantada por ambiente

Constatou-se para a mastofauna levantada 6 ordens, 12 famílias, compondo 17 gêneros, com 18


espécies identificadas, destas 47% são de ambiente de mata e borda de mata e 53% de ambiente aberto
ou úmido (Figura 5.2.2.48).

Figura5. 2.2.48: Distribuição das espécies da mastofauna levantada por ambiente.

Constatou-se para a herpetofauna na área de estudo, 1 ordem, 5 famílias, 9 gêneros e 10 espécies


identificadas, sem 91% de ambientes de mata ou borda de mata e 9% encontrado em área úmida e
aberta (Figura 5.2.2.49).

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Figura 5.2.2.49: Distribuição das espécies da herpetofauna (répteis), levantada por ambiente.

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5.2.2.5. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Predomina na área de implantação do Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul


ambientes antropizados com edificações e vias mantendo grande circulação de veículos pesados
(Figura 5.2.2.50), entretanto, no seu entorno encontram-se remanescentes florestais preservados que
abrigam rica diversidade de espécies silvestres.

Em virtude da grande circulação de veículos e da disponibilidade de fartura de alimento junto às vias,


os quais atraem espécies animais, poderão ocorrer possíveis acidentes entre veículos e animais. Neste
sentido torna-se necessário que ao implantar a via do Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco
do Sul, ocorram medidas mitigadoras preventivas de acidentes, como a colocação de redutores de
velocidade e sinalização de advertência.

O presente estudo observou que devido a proximidade da via com o remanescente florestal e com a
cerca de proteção da empresa BUNGE, não será possível utilizar como medida de proteção dos
animais, cercas no entorno do remanescente florestal, pois estas propiciariam o aprisionamento de
animais que por ventura as ultrapassassem, levando-os facilmente ao atropelamento.

Não foram constatadas espécies da fauna ameaçadas de extinção conforme a lista do


IBAMA/Ministério do Meio Ambiente (2003).

Figura 5.2.2.50: Trânsito intenso de veículos pesados que passam nas


proximidades do futuro Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco
do Sul.

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5.2.2.6 RELAÇÕES DAS ESPÉCIES LEVANTADAS

Tabela 5.2.2.4: Relação da avifauna levantada na área do empreendimento e entorno.

Ordem/Família Nome Científico Nome Comum Registro

SULIFORMES

Fregatidae Fregata magnificens Fragatão 5; L

Phalacrocoracidae Phalacrocorax Biguá 1; U


brasilianus

PELECANIFORMES

Ardeidae Ardea cocoi Garça-moura 5, L


Ardea Alba Garça-branca-grande 1; U
Egretta thula Garça-branca-pequena 1; U
Egretta caerulea Garça-azul 5; U
Bubulcus íbis Garça-vaqueira 1, 5; U
Nycticorax nycticorax Garça-dormideira 5; U
Syrigma sibilatrix Maria-faceira 1; U
Nyctanassa violacea Savacu-de-coroa 5; U
Butorides striata Socozinho 1; U, L

Threskiornithidae Phimosus infuscatus Tapicuru-de-cara-pelada 1; U

Cathartidae Cathartes aura Urubu-de-cabeça-vermelha 1, 5; L


Coragyps atratus Urubu-de-cabeça-preta 1; L

ANSERIFORMES

Anatinae Amazonetta brasiliensis Marreca-de-pé-vermelho 5; U

ACCIPITRIFORMES

Accipitridae Buteo brachyurus Gavião-de-cauda-curta 5; L


Rupornis magnirostris Gavião-carijó 5; M, U

FALCONIFORMES

Falconidae Caracara plancus Carcará 1, 4; U


Milvago chimachima Carrapateiro 1, 4, 5; M, U

GRUIFORMES

Rallidae Gallinula galeata Frango-d’água-comum 2; U

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Ordem/Família Nome Científico Nome Comum Registro

Porphyrio flavirostris Frango-d’água-pequeno 1, 2; U


Aramides cajanea Saracura-três-potes 1, 4, 5; M

CHARADRIIFORMES

Charadriidae Vanellus chilensis Quero-quero 1; U

Laridae Larus dominicanus Gaivotão 1; L

COLUMBIFORMES

Columbidae Columbina Lívia Pombo 1, 3; U


Columbina talpacoti Rolinha-roxa 1, 3, 5; U

PSITTACIFORMES

Psittacidae Pionus maximiliani Maitaca-de-maxiniliano 2; M


Pyrrhura frontalis Tiriba-de-testa-vermelha 5; M
Brotogeris chiriri Periquito-de-asa-amarela 5; M

CUCULIFORMES

Cuculinae Piaya cayana Alma-de-gato 1, 2, 5; M

Crotophaginae
Guira guira Anu-branco 1, 5; U
Crotophaga ani Anu-preto 1; U

STRIGIFORMES

Tytonidae Tyto Alba Coruja-da-igreja 5; M

Strigidae Strix virgata Corujinha-do-mato 5; M, U

APODIFORMES

Trochilidae Amazilia fimbriata Beija-flor-de-graganta-verde 5; M


Thalurania glaucopis Beija-flor-de-fronte-violeta 5; M
(EB)
Ramphodon naevius Beija-flor-do-mato (EB) 5; M
Phaethornis ruber Beija-flor-de-rabo-branco 5; M
Stephanoxis lalandi Beija-flor-de-topete (RSC) 5; M

CORACIIFORMES

Alcedinidae Chloroceryle Martim-pescador-pequeno 1; U


Americana

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Ordem/Família Nome Científico Nome Comum Registro

Megaceryle torquata Martim-pescador-grande 5; U

GALBULIFORMES

Bucconida Notharchus Capitão-do-mato 2; M


macrorhynchos

PICIFORMES

Ramphastidae Pteroglossus castanotis Araçari-castanho (RSC) 5; M


Selenidera Araçari-poca (RSC) 5; M
maculirostris
Ramphastos dicolorus Tucano-de-bico-verde 5; M

Picidae Celeus flavescens João-velho 1, 5; M


Picumnus cirratus Pica-pau-anão-de-coleira 1; M
Colaptes campestris Pica-pau-do-campo 1, 5; U
Veniliornis spilogaster Pica-pauzinho-verde-carijó 1, 5; M

PASSERIFORMES

Rhinocryptidae Eleoscytalopus Macuquinho (EB) 5; M


indigoticus

Thamnophilidae Myrmeciza loricata Papa-formiga-de-gota (EB) 1, 2; M

Furnariidae Xenops rutilans Bico-virado-carijó (RSC) 5, M


Phacellodomus ruber Graveteiro 1, 2; U
Furnarius rufus João-de-barro 5; U
Synallaxis spixi João-teneném 5; M

Thamnophilida Thamnophilus Choca-da-mata 5; M


caerulescens
Dysithamnus mentalis Choquinha-lisa 5; M

Dendrocolaptidae Xiphorhynchus fuscus Arapaçu-rajado 5; U

Tyrannidae Pitangus sulphuratus Bem-te-vi-de-coroa 1, 5; M, U


Attila rufus Capitão-de-saíra (EB) 5, M
Elaenia flavogaster Guaracava-de-barriga-amarela 5; M
Sirystes sibilator Maria-assobiadeira (EM) 5; M
Camptostoma Risadinha 5; M, U
obsoletum
Tyrannus Suiriri 1, 3; U
melancholicus
Machetornis rixosa Suirii-cavaleiro 1; U
Satrapa icterophrys Suiriri-pequeno 1, U
Tyrannus savana Tesourinha 1; U
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Ordem/Família Nome Científico Nome Comum Registro

Pipridae Manacus manacus Rendeira 5; M


Ilicura militaris Tangarazinho (EB/RSC) 2; M
Chiroxiphia caudata Tangará-dançador 5; M

Cotingidea Oxyruncus cristatus Araponga-do-horto (RSC) 1; M

Hirundinidae Pygochelidon Andorinha-pequena-de-casa 1, 5; L


cyanoleuca
Progne chalybea Andorinha-doméstica-grande 1; M

Corvidae Cyanocorax caeruleus Gralha-azul 4, 5; M

Troglodytidae Troglodytes musculus Correca 1, 2, 5; M, U

Turdidae Turdus leucomelas Sabiá-branco (RSC) 1, 3 M


Turdus albicollis Sabiá-coleira 1, 5; M
Turdus rufiventris Sabiá-laranjeira 2, 5; M
Turdus amaurochalinus Sabiá-poca 1, 5; M
Turdus flavipes Sabiá-una 1, 4; M

Vireonide Cyclarhis gujanensis Pitiguari 5; M


Molothrus sp. Chopim 1; U

Passeridae Passer domesticus Pardal 1, 3, 6; M, U

Fringillidae Euphonia chalybea Bonito-lindo 1; M


Chlorophonia cyanea Canário-assobio (RSC) 2; M
Euphonia pectoralis Ferro-velho 5; M
Euphonia violacea Gaturano-verdadeiro 1, 5; M, U

Emberizidae Sporophila lineola Bigodinho 2, 5; M, U


Sicalis flaveola Canário-da-terra-verdadeiro 1, 2, 3, 5; M,
U
Volatinia jacarina Tiziu 1; U

Coerebidae Coereba flaveola Cambacica 5; M


Sporophila Coleirinho 3, 4; M
caerulescens

Parulidae Parula pitiayumi Mariquinha 1, 5; M


Geothlypis Pia-cobra 3; U
aequinoctialis
Basileuterus Pula-pula 5; M
culicivorus

Icteridae Gnorimopsar chopi Pássaro-preto 1, 5; U

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Ordem/Família Nome Científico Nome Comum Registro

Thraupidae Dacnis cayana Saí-azul 5; M


Tangara cyanocephala Saíra-militar 1; M
Hemithraupis Saíra-da-mata (EMA) 5; M
ruficapilla
Pipraeidea melanonota Saíra-viúva 5; M
Tangara palmarum Sanhaço-do-cequeiro 5; M
Tangara sayaca Sanhaço-cinzento 1, 5; M
Tangara seledon Sete-cores 1, 4; M
Tachyphonus coronatus Tiê-preto 1, 4, 5; M
Lanio melanops Tiê-de-topete 5; M
Ramphocelus bresilius Tiê-sangue (RSC/EMA) 4, 5; M
Saltator similis Trinca-ferro-verdadeiro 4; M

Estrildidae Estrilda astrild Bico-de-lacre 1, 2, 4; U


LEGENDA
(EB) Espécie endêmicas do Brasil, segundo ROSÁRIO, 1996.
(RSC) Espécie rara em Santa Catarina, segundo ROSÁRIO, 1996.
(EMA) Espécie endêmica da Mata Atlântica, SICK, 2001.
(EM) Espécie migratória, SICK, 2001.

1 – Avistamento
2 – Vocalização
3 - Vestígio
4 – Entrevista
5 – Levantamento anteriores
6 – Encontrado morto

M – Área de mata e borda de mata.


U – Área úmidas e aberta.
L – Espécies que sobrevoam a área de estudo.

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Tabela 5.2.2.5: Relação da mastofauna levantada na área do empreendimento e entorno.

Ordem/Família Nome Científico Nome Comum Registro

CHIROPTERA

Molossidae Tadarida brasiliensis Morgeguinho-da-casa 1, 5; U

DIDELPHIMORPHIA

Didelphidae Chironectes minimus Cuíca-d’água 1, 4, 5, 6; U


Micoureus sp. Cuíca-d’água 3; U
Didelphis albiventis Gambá-de-orelha-branca 7; U
Didelphis aurita Gambá-de-orelha-preta 1, 4, 7; M

CINGULATA

Dasypodidae Dasypus novemcintus Tatu-galinha 1; M

PILOSA

Myrmecophagidae Tamandua tetradactyla Tamanduá-mirim 4, 5; M

CARNIVORA

Canidae Cerdocyon thous Graxaim ( ) 4, 5, 6, 7; M

Procyonidae Nasua nasua Quati 4; M


Procyon cancrivorus Mão-pela 1, 5, 7; M

Mustelidae Galictis cuja Furão 4: M

RODENTIA

Caviidae Cavia aperea Preá 1, 4, 5; U


Hydrochorus hydrochaeris Capivara 1, 4, 5, 6; U

Dasyproctidae Dasyprocta fuliginosa Cutia 1, 4, 5; U

Cricetidae Nectomys squamipes Rato-d’água 6; M

Erethizontidae Sphiggurus villosus Ouriço-cacheiro 4; M

Muridae Mus musculus Camundongo 4; U


Rattus norvegicus Ratazana 1;U
Rattus rattus Rato-doméstico 1; U
LEGENDA: ( ) – Espécie com população em declínio, CIMARDI, 1996.
1 – Avistamento; 7 - Encontrado morto;
2 – Vocalização; M - Área de mata e borda de mata.
3 – Vestígio U - Área úmida ou aberta.
4 – Entrevista; 5 – Rastro; 6 – Levantamentos anteriores

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Tabela 5.2.2.6: Relação da Classe Reptilia levantada na realizado na área do empreendimento e entorno.

Ordem/Família Nome Científico Nome Comum Registro

SQUAMATA

Viperidae Bothrops jararaca Jararaca 1, 5; M


Sibynomorphus neuwied Jararaca-dormideira 1, 5; M
Bothrops jararacussu Jararacuçú 1; M

Colubridae Chironius bicarrinats Cobra-cipó 1, M


Chironius exoletus Cobra-cipó 1, M
Oxyrhopus clathratus Falsa-coral 6; M
Liphis miliaris Cobra-d’água 6; M
Sordellina sp Cobra-d’água 6; M

Amphisbaenidae Leposternon microcephalum Cobra-cega 6; M

Teiidae Tupinanbis tequixin Lagarto-teiú 1, U

Polychridae Enyalius iheringi Camaleão 6, M

LEGENDA: 1 – Avistamento;
2 – Vocalização;
3 – Vestígio
4 – Entrevista;
5 – Rastro;
6 – Levantamentos anteriores
7 – Encontrado morto;
M – Área de mata e borda de mata.
U – Área úmidas e aberta.

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12. COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

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Diante da necessidade de supressão de vegetação em estágio médio de regeneração o empreendedor


deverá averbar como forma de compensação ambiental uma porção equivalente a 30% da área
recoberta com vegetação nesse estágio, o que perfaz uma superfície de 14.681,14 m² (Art. 31 da Lei
11.428/2006).

Completando a compensação ambiental exigida por lei o empreendedor deverá averbar, em área nas
mesmas condições ambientais ou melhor, uma área equivalente a área suprimida, neste caso de
34.256,00 m² (Art. 17 da Lei 11.428/2006).

Conforme o exposto a compensação ambiental exigida legalmente totaliza 48.937,14 m², que o
empreendedor deverá averbar a margem da escritura em área de sua propriedade ou de terceiro, para a
qual remete Termo de Compromisso anexo a Instrução Normativa IN 24, também protocolizada nesta
Fundação do Meio Ambiente.

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12.1. COMPENSAÇÃO AMBIENTAL PELO USO DA APP

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Ao longo do traçado do anel rodoferroviário ocorrerá a transposição de área de preservação


permanente, totalizando 1.525,69 m², conforme apresentado na Planta Planialtimétrica.

Assim, conforme preconiza a Portaria FATMA nº 078/04 deverá ser realizada a compensação
ambiental pelo uso da citada área de preservação permanente através do plantio de 123 mudas nativas,
atendendo o adensamento proposto de 800 mudas/ha.

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12.2. PROPOSTA PARA TERMO DE AVERBAÇÃO DA ÁREA DE COMPENSAÇÃO


AMBIENTAL

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TERMO DE AVERBAÇÃO DE ÁREA FLORESTADA E ÁREA VERDE

Pelo presente Termo de Averbação de Área Florestada e Área Verde, aos 15 dias do mês de Agosto de
2012, ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL – APSFS, CNPJ:
83.131.268/0001-90, com sede a Avenida Engenheiro Leite Ribeiro, nº 782, Bairro: Centro, Município
de São Francisco do Sul – SC, tendo em vista a supressão de vegetação na área de 34.256,00 m2
pleiteada para a implantação do Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul, declara
perante a autoridade florestal do Estado de Santa Catarina, que também assina o presente termo, que a
vegetação existente com a área total de 48.937,14 m2, a ser averbada em área a definir com vegetação
de igual ou superior qualidade aquela a ser suprimida, será averbada em caráter de Compensação
Ambiental, sendo 34.256,00 m2 referente à compensação ambiental necessária ao atendimento ao
disposto no artigo 17 da Lei Federal nº 11.428/2006 – Lei da Mata Atlântica, e 14.681,14 m2 referente
a compensação ambiental necessária ao atendimento ao disposto no artigo 31 § 1° da citada Lei da
Mata Atlântica, para compor respectivamente a:

ÁREA FLORESTADA, gravada como área de compensação nos termos da legislação ambiental,
sendo vedado qualquer tipo de uso sem autorização da FATMA – Fundação do Meio Ambiente.

ÁREA VERDE, gravada como de utilização limitada nos termos da legislação florestal.

O proprietário compromete-se, por si, seus herdeiros e sucessores, a fazer o presente gravame sempre
bom, firme e valioso, bem como após definição da área de compensação averbá-lo à margem do
registro imobiliário respectivo perante o Cartório competente, nele depositando a planta ou croqui da
propriedade com a área previamente delimitada e aprovada pelo órgão ambiental.

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Instrução Normativa - IN 24
Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul

E, para que surta seus jurídicos e legais efeitos, firmam o presente termo, em 03 (três) vias de igual
teor, na presença das testemunhas abaixo indicadas, que igualmente assinam o presente termo e
rubricam a planta/croqui que o acompanham.

ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE AUTORIDADE FLORESTAL DO


SÃO FRANCISCO DO SUL – APSFS ESTADO DE SANTA CATARINA

TESTEMUNHA 01 TESTEMUNHA 02
NOME: NOME:
CPF: CPF:

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13. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO

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A supressão da vegetação será realizada no período de 12 (doze) meses, iniciando após a emissão da
Licença Ambiental de Instalação e Autorização de Corte, emitidos por esta Fundação do Meio
Ambiente.

Cronograma físico das atividades inerentes a supressão da vegetação.


MESES
ATIVIDADE
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

Demarcação da área de supressão

Desmatamento – corte da área

Limpeza do terreno

Monitoramento da supressão

Relatório de conclusão das atividades

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14. REPOSIÇÃO FLORESTAL

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Atendendo as exigências legais referentes à supressão da vegetação no Bioma Mata Atlântica, deverá
ser executado o reflorestamento com espécies nativas a título de Reposição Florestal, em acolhimento
especificamente a Lei Federal nº 12.651/2012, Decreto Federal nº 5.975/2006 e Instrução
Normativa MMA nº 06/2006.

Embora a supressão proposta não vise especificamente à comercialização da madeira, mas


considerando o disposto na legislação supracitada, o empreendedor se compromete a promover a
Reposição Florestal de uma área de 30.767,50 m² referente ao volume de lenha mensurado no
inventário florestal de 615,35 m³.

Considerando o adensamento florestal de 800 mudas por hectare deverá ser plantada 2.462 mudas
nativas na área de 30.767,50 m2 para atender a reposição florestal. O projeto de reposição florestal
deverá ser detalhado quando da implantação e execução das obras e demais atividades.

Outra forma de atender a reposição florestal é a aquisição de Créditos de Reposição Florestal junto a
detentores com plantio já aprovados. Neste caso o empreendedor recebe a transferência de créditos em
montante equivalente ao volume de madeira a ser suprimido mediante negociação direta com o
detentor credenciado junto ao órgão ambiental.

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15. ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – ART

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16. CÓPIA DO PROTOCOLO DO IPHAN

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Rua Abdon Batista, 121 - Edifício Hannover - conj. 1306 Fone/Fax : (47) 3422-0182 CEP 89.201-010 - Joinville - SC
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GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL - APSFS

ANEL RODOFERROVIÁRIO DO PORTO DE


SÃO FRANCISCO DO SUL

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO - EAS


VOLUME I

SÃO FRANCISCO DO SUL / AGOSTO / 2012

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Estudo Ambiental Simplificado - EAS
Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO

2. IDENTIFICAÇÃO DO CONTRATANTE E CONSULTORES

3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

3.1. Localização e Caracterização da Área do Empreendimento

3.2. Informações Gerais

3.3. Justificativa

4. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO

4.1. Estimativa do Tráfego Rodoviário


4.1.1. Aspectos Conceituais
4.1.2. Capacidade da Via

4.2. Projeto Geométrico


4.2.1. Plataforma e Extensões
4.2.2. Seções Transversais
4.2.3. Elementos Componentes da Superestrutura da Ferrovia

4.3. Descrição da Superestrutura da Ferrovia


4.3.1. Sinalização
4.3.2. Proteção de Passagens em Nível

4.4. Terraplanagem
4.4.1. Cortes
4.4.2. Aterros
4.4.3. Equipamentos Previstos
4.4.4. Logística

4.5. Projeto de Drenagem


4.5.1. Considerações
4.5.2. Aspectos Conceituais
4.5.3. Procedimentos de Projeto
4.5.3.1. Sarjetas de Corte
4.5.3.2. Critérios e Parâmetros Utilizados no Dimensionamento
4.5.3.3. Caixas Coletoras e Drenagem Profunda
4.5.3.4. Estimativa das Vazões
4.5.3.5. Dimensionamento dos Bueiros e Galerias

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Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul

4.5.3.6. Outros Dispositivos de Drenagem


4.5.3.6.1. Transposição dos Talvegues
4.5.3.7. Especificações para a Implantação

4.6. Projeto do Pavimento da Rodovia


4.6.1. Considerações
4.6.2. Características do Pavimento
4.6.3. Dimensionamento
4.6.3.1. Parâmetros para a Determinação do Número N
4.6.3.2. Coeficientes de Equivalência Estrutural
4.6.3.3. Avaliação das Espessuras
4.6.3.4. Estrutura do Pavimento
4.6.3.4.1. Camadas Previstas em Projeto
4.6.3.4.2. Regularização do Subleito
4.6.3.4.3. Reforço do Subleito
4.6.3.4.4. Sub-base Granular
4.6.3.4.5. Base Granular
4.6.3.4.6. Imprimação
4.6.3.4.7. Pintura de Ligação
4.6.3.4.8. Revestimento Asfáltico

4.7. Canteiro de Obras

4.8. Projeto de Sinalização


4.8.1. Aspectos Utilitários e Normativos
4.8.2. Tipos de Sinalização
4.8.3. Especificação dos Materiais

4.9. Cronograma Físico

5. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO EMPREENDIMENTO

5.1. Meio Físico


5.1.1. Caracterização Física do Estado de Santa Catarina
5.1.1.1. Geologia
5.1.1.2. Relevo
5.1.1.3. Hidrografia
5.1.1.4. Clima
5.1.2. Caracterização Física do Município de São Francisco do Sul e da Área em Estudo
5.1.2.1. Geologia
5.1.2.1.1. Evolução Geológica da Região
5.1.2.1.2. Corpos Geológicos
5.1.2.1.3. Geologia da Área em Estudo
5.1.2.2. Geomorfologia
5.1.2.2.1. Geomorfologia da Área em Estudo
5.1.2.3. Pedologia
5.1.2.3.1. Pedologia da Área em Estudo
5.1.2.4. Hidrografia
5.1.2.4.1. Hidrografia no Entorno da Baía da Babitonga
5.1.2.4.2. Hidrografia de São Francisco do Sul
5.1.2.4.3. Hidrografia da Área em Estudo

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Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul

5.1.2.5. Clima
5.1.2.5.1. Parâmetros Climáticos do Município de São Francisco do Sul

5.2. Meio Biótico


5.2.1. Caracterização Florística
5.2.1.1. A Floresta Atlântica
5.2.1.2. A Floresta Atlântica no Estado de Santa Catarina
5.2.1.3. A Vegetação da Área em Estudo
5.2.1.3.1. Inventário Florestal
5.2.1.3.2. Espécies Ameaçadas de Extinção
5.2.1.3.3. Aspectos da Legislação Ambiental
5.2.1.3.4. Compensação Ambiental
5.2.1.3.5. Compensação Ambiental pelo Uso da APP
5.2.1.3.6. Reposição Florestal
5.2.1.4. Quadro Resumo
5.2.2. Fauna
5.2.2.1. Introdução
5.2.2.2. Levantamento Faunístico
5.2.2.2.1. Metodologia
5.2.2.2.1.1. Levantamento da Avifauna
5.2.2.2.1.2. Levantamento da Mastofauna e Herpetofauna
5.2.2.3. Caracterização Faunística Regional
5.2.2.3.1. Herpetofauna
5.2.2.3.2. Mastofauna
5.2.2.3.3. Avifauna
5.2.2.4. Caracterização Faunística da Área de Estudo
5.2.2.5. Considerações Gerais
5.2.2.6. Relações das Espécies Levantadas

5.3. Meio Socioeconômico


5.3.1. Aspectos Demográficos
5.3.2. Aspectos Econômicos
5.3.2.1. Setor Primário
5.3.2.2. Setor Secundário
5.3.2.3. Setor Terciário
5.3.3. Infraestrutura e Serviços Urbanos
5.3.4. Uso e Ocupação do Solo
5.3.5. Aspectos Históricos e Arqueológicos
5.3.5.1. A Ocupação Humana no Período Pré-Colonial
5.3.5.2. A Ocupação Humana a Partir do Período Colonial
5.3.5.3. Abordagem Metodológica

6. PLANOS E PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS

6.1. Esfera Federal

6.2. Esfera Estadual

6.3. Esfera Regional

6.4. Esfera Municipal

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7. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

7.1. Metodologia da Avaliação dos Impactos Ambientais

7.2. Identificação dos Impactos Ambientais


7.2.1. Listagens de Controle (Check-List)
7.2.1.1. Intervenções, Obras e Ações do Empreendimento
7.2.1.1.1. Fase de Implantação
7.2.1.1.2. Fase de Operação
7.2.1.2. Componentes Ambientais e Socioeconômicos Afetados
7.2.1.2.1. Aspectos Ambientais
7.2.2. Matriz de Correlação
7.2.3. Diagrama dos Impactos

7.3. Análise dos Principais Impactos Resultantes da Fase de Implantação


7.3.1 Implantação do Canteiro de Obra
7.3.1.1. Geração de Resíduos Sólidos
7.3.1.2. Alteração na Qualidade da Água
7.3.2. Remoção da População
7.3.3. Supressão da Vegetação
7.3.3.1. Alterações nos Habitats da Fauna
7.3.3.2. Redução da População de Indivíduos da Flora
7.3.4. Execução da Terraplanagem
7.3.4.1. Alteração no Sistema de Drenagem Natural
7.3.4.2. Alterações da Estabilidade dos Maciços nos Taludes de Corte
7.3.4.3. Possibilidade de Contaminação do Solo e Água com Óleos, Graxas e
Combustíveis
7.3.4.4. Alteração da Qualidade do Ar por Materiais Particulados
7.3.5. Detonação de Rocha
7.3.5.1. Ondas de Choque e Lançamento de Fragmentos
7.3.6. Implantação do Sistema Rodoferroviário
7.3.6.1 Melhoria da Infraestrutura Rodoferroviária Local
7.3.6.2. Aumento no Nível de Ruído no Local
7.3.6.3. Possibilidade de Contaminação do Solo e Água com Óleos, Graxas,
Combustíveis e Cimento Asfáltico
7.3.6.4. Alteração da Qualidade do Ar por Gases e Fuligem
7.3.6.5. Geração de Empregos Temporários

7.4. Análise dos Principais Impactos Resultantes da Fase de Operação


7.4.1. Riscos de Acidentes e Atropelamento de Espécimes da Fauna
7.4.2. Possibilidade de Derramamento de Carga
7.4.3. Geração de Novos Investimentos /Emprego
7.4.4. Considerações Finais Sobre os Impactos

8. PROGRAMA DE MONITORAMENTO

8.1. Monitoramento dos Processos Erosivos

8.2. Monitoramento do Armazenamento e Aplicação dos Ligantes

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Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul

8.3. Gerenciamento dos Resíduos Sólidos Produzidos na Fase de Implantação

8.4. Fiscalização e Acompanhamento da Execução das Obras

8.5. Programa de Manutenção Preventiva de Equipamentos e Veículos

8.6. Programa de Remanejamento da População

8.7. Programa de Monitoramento da Fauna

9. EQUIPE TÉCNICA

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

11. DOCUMENTAÇÃO

11.1. CNPJ

11.2. Matrículas do Registro Geral de Imóveis

11.3. Certidão de Uso e Ocupação do Solo, Alagamentos e Ponto de Captação de Água para
Abastecimento Público

11.4. Protocolo do IPHAN

11.5. Declaração de Não Interferências

11.6. Ato de Nomeação do presidente da Administração do Porto de São Francisco do Sul

11.7. Procuração

11.8. Requerimento LAP

11.9. DARE

11.10. Anotações de Responsabilidade Técnica – ART’s

11.11. Ofício nº DQD/217/2011/CRN e Licença Ambiental de Instalação – LAI Nº 053/06


CODAM

12. ANEXOS

12.1. Tabelas do Inventário Florestal

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VOLUME II

12. ANEXOS (CONTINUAÇÃO)

12.2. Projeto de Engenharia

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Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul

1. APRESENTAÇÃO

Este trabalho apresenta o Estudo Ambiental das obras de implantação do Anel Rodoferroviário do
Porto de São Francisco do Sul, visando subsidiar o processo de licenciamento ambiental do
empreendimento, conforme determina a legislação em vigor.

A estrutura do empreendimento consiste basicamente no aproveitamento parcial da rodoferrovia


existente, abertura de via ao redor do Morro do Bairro Bela Vista (Ponta do Rabo Azedo),
pavimentação do novo trecho rodoviário e implantação das estruturas necessárias ao trecho
ferroviário, os quais serão construídos de acordo com as normas técnicas e legislação vigente.

O porto dispõe de apenas uma rua de acesso, a rua Engenheiro Leite Ribeiro, em cuja margem está o
único portão de acesso à área operacional, próximo aos prédios administrativos da APSFS.

A rua Engenheiro Leite Ribeiro dá, ainda, acesso aos escritórios e oficinas da APFS, inclusive ao pátio
de estacionamento de veículos leves, acrescentando mais tráfego ao trecho.

Essa situação faz com que todos os veículos de carga com destino ou origem nos locais de estocagem
dentro do porto ou nos berços de atracação tenham que passar por esse mesmo ponto, acarretando
percursos relativamente longos e demorados dentro da área de operação, ocasionando
congestionamentos de caminhões e atraso no carregamento/descarregamento de navios. Esta situação
faz com que muitas empresas deixem de utilizar os serviços do porto.

A implantação do empreendimento tem como objetivo melhorar a infraestrutura rodoferroviária de


forma adequada e segura, junto ao Porto, propiciando maior fluidez no trânsito local.

Este projeto foi objeto de licenciamento ambiental pela Fundação do Meio Ambiente – FATMA no
ano de 2006, possuindo Licença Ambiental de Instalação, LAI nº 053/06 (em anexo) e Ofício de
Prorrogação nº DQD/217/2011/CRN.

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2. IDENTIFICAÇÃO DO CONTRATANTE E CONSULTORES

- Contratante

ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL - APSFS


CNPJ: 83.131.268/0001-90
Avenida Engenheiro Leite Ribeiro, 782 – Centro
CEP: 89.240-000 – São Francisco do Sul - SC
Telefone: (47) 3471-1201

- Consultoria Ambiental

OAP Consultores Associados Ltda.

CNPJ: 00.958.096/0001-03

Registro no IBAMA – nº 4/42/1999/000038-2


Registro no CREA-SC – nº 047.228-1
Registro no Reg. CRBio-SC – nº 00.484-01-03
Registro CAU – nº 17.126-3

Rua Abdon Batista, 121, conj.902 - Centro


CEP 89.201-010 – Joinville – SC
Fone/Fax: (47) 422-0182
E-mail: oap@oap.srv.br

A OAP Consultores Associados iniciou suas atividades no ano de 1995, com o objetivo de
proporcionar a prestação de Serviços de Consultoria e Assessoria em Meio Ambiente, Urbanismo,
Saneamento, Trânsito, Transporte Rodoviário Urbano e Resíduos Sólidos.

Contando com uma Equipe Técnica especializada e multidisciplinar, vem desenvolvendo estudos,
planejamento, projetos e licenciamento ambiental para empreendimentos privados e instituições
públicas.

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Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul

3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

3.1. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DO EMPREENDIMENTO

O Município de São Francisco do Sul localiza-se na região nordeste do Estado de Santa Catarina,
litoral norte do estado, na região sul do Brasil. Insere-se na Microrregião Homogênea “292 – Colonial
de Joinville” do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Integra a Associação de
Municípios do Nordeste de Santa Catarina – AMUNESC e a região Metropolitana Norte-Nordeste de
Santa Catarina.

Este município possui uma área de 492,973 km², tendo ao Norte como limites geográficos os
municípios de Garuva e Itapoá; ao Sul, o município de Barra do Sul; a Leste, o Oceano Atlântico; e ao
Oeste, ao município de Joinville e Araquari.

O empreendimento será implantado na porção Noroeste da Ilha de São Francisco, na área de domínio
do Porto de São Francisco do Sul, como pode ser observado no Mapa 01 - Localização do
Empreendimento.

Nesta região ocorrem áreas remanescentes de vegetação formadas por pequenas ilhas de Floresta
Ombrófila em estágio médio de regeneração. Estes remanescentes possuem certa relevância,
principalmente aqueles localizados no lado externo do empreendimento, pois estão próximos a
fragmentos maiores, abrigando uma grande diversidade biológica. Os fragmentos localizados no
interior do sistema rodoferroviário, também apresentam papel importante como elemento paisagístico
local.

Além disso, existe na área do empreendimento a comunidade do Bairro Bela Vista (“Rabo azedo”),
que foi formada, nos últimos anos, por meio de ocupações irregulares e outras apropriações. Tendo em
vista a proximidade com o complexo portuário e suas diversas atividades, o aglomerado urbano conta
com uma quantidade considerável de residências, das quais cerca de vinte edificações terão de ser
removidas.

OAP® – Consultores Associados


400000 600000 800000 736000 736250 736500 736750 737000 737250 737500 737750

^Curitiba

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¤ Administração do Porto de São Francisco do Sul - APSFS
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¤ BR 101
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Área de Estudo Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul


Estudo Ambiental Simplificado - EAS
!
( Canteiro de Obras BR 280
Projeção UTM
7079920

A R A Q U A R I SC 301 Datum: SAD 69


Escala Indicada MAPA 01 - LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Agosto/2012
Escala 1:300.000 OAP Consultores Associados Ltda.
Escala Gráfica Rua Abdon Batista, nº 121, conj. 1306

CEP: 89201-010

Prefeitura Municipal de São Francisco do Sul, 2007. Base Cartográfica extraída da Ortofotocarta Digital
Fone/Fax: (47) 3422-0182

0 3 6 9 12 15 do município de São Francisco do Sul, Escala 1:2.000. Ortofotos com Escala de Vôo :10.000. Executado
Joinville - SC

km
E-mail: oap@oap.srv.br

por: Aeroconsult Aerolevantamentos e Consultoria Ltda, ano de 2007. Imagem de Satélite Landsat 2002.
£
280
¤ www.oapmeioambiente.com.br
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Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul

3.2. INFORMAÇÕES GERAIS

O empreendimento em estudo refere-se à implantação do Anel Rodoferroviário do Porto de São


Francisco do Sul, com o objetivo de otimizar e agilizar o embarque e desembarque das mercadorias,
diminuindo consideravelmente o congestionamento de caminhões e a espera de navios para
carregar/descarregar mercadorias.

Este anel, ao ser implantado permitirá ampliar a capacidade de carga do porto, pois ganhará agilidade
nas manobras tanto com as carretas como com o próprio transporte ferroviário. O empreendimento
também tem o objetivo fornecer maior competitividade para o porto de São Francisco do Sul, pois
diminuindo o tempo de embarque e desembarque das mercadorias, maior será a procura pelos seus
serviços, podendo aumentar sua área de influência, tanto nacional como internacional.

3.3. JUSTIFICATIVA

Atualmente, existe apenas uma rua de acesso à área operacional do porto, a Rua Eng. Leite Ribeiro, e
esta mesma rua também serve de acesso aos escritórios, às oficinas, ao pátio de estacionamento e
também servindo como único acesso à comunidade do bairro Bela Vista, também conhecido como
localidade da ponta do Rabo Azedo. Percebe-se que o tráfego local é conflitante, acarretando num
ponto de estrangulamento.

Embora aparentemente o ponto de estrangulamento do porto ocorra nos acessos terrestres –


rodoviários e ferroviários – a partir do acúmulo de carretas estacionadas no portão de entrada do porto
e manobras de composições ferroviárias, o verdadeiro congestionamento pode ser avaliado pelos
elevados tempos de espera de navios de todos os tipos de carga. Em alguns casos, esse
congestionamento poderá ser minimizado através de melhorias operacionais, aumentando a
capacidade operacional através de equipamentos de maior produtividade, como nos embarques de
granéis sólidos – grãos e farelos – situação em que as instalações de recepção e de armazenamento já
estão em níveis adequados e novos ship loaders estão sendo implantados.

Entretanto, nas operações de descarregamento de navios de trigo e de fertilizantes, a insuficiência de


instalações de estocagem com capacidade estática e localização adequada leva ao aumento dos custos
das operações, ocorrendo casos em que são realizadas com os navios ao largo (ou sem atracar), sendo
descarregados para barcaças e depois transferidos para armazéns localizados fora das instalações
portuárias (cerca de 5 km do local de operação). Diante de todos esses aspectos limitativos, os desafios
das demandas ainda estão sendo acrescidos por novas cargas de características de transporte e
manuseio diferenciados das demais, como no caso dos insumos importados por cabotagem para a
usina siderúrgica local e dos produtos destinados à exportação.

Sugere-se como melhoria de curto prazo, para amenizar esses conflitos, a disponibilização de
equipamento de manobras da composição ferroviária com flexibilidade operacional adequada e o uso
de equipamentos de transporte desde a embarcação até os vagões com capacidade e características
operacionais adequadas, ou seja, à implantação do Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do
Sul.

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Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul

4. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O Anel Rodoferroviário terá uma extensão de 1.338,51 m (Estaca OPP até 66+13,31m). Inicia-se na
Rodovia Olívio Nóbrega, entra no acesso à praia de Paulas pela rua Francisco Machado de Souza,
contorna a elevação do bairro Bela Vista (Ponta do Rabo Azedo) e termina na rua que dá acesso ao
Porto de São Francisco do Sul, Rua Engenheiro Leite Ribeiro.

A localização das obras na área em estudo pode ser observada no Mapa 01- Localização do
Empreendimento, apresentado anteriormente.

De acordo com o Projeto Geométrico, a seção transversal do anel rodoferroviário terá uma largura
média útil de 16 metros, dos quais 10 metros serão destinados à rodovia (via de mão-dupla) e 6
metros serão destinados à ferrovia, com acostamentos de 1,5m para cada lado, conforme pode ser
observado no croqui abaixo.

Croqui esquemático da seção transversal do anel rodoferroviário.

A rodovia e a ferrovia serão executadas no mesmo nível. A rodovia terá pavimento asfáltico tipo
CAUQ – cimento asfáltico usinado à quente, pois deverá suportar cargas elevadas com grande
tráfego de carretas.

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Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul

4.1. ESTIMATIVA DO TRÁFEGO RODOVIÁRIO

4.1.1. ASPECTOS CONCEITUAIS

Nos estudos de capacidade, a pista da rodovia sempre é utilizada, de início, por três categorias de
tráfego:

a) O tráfego atual ou (“Current Traffic”), que utiliza o pavimento imediatamente após o


melhoramento da via, ou que já a vinha utilizando.

b) O tráfego desviado, ou melhor, o tráfego que seria atraído de outras estradas existentes, em
virtude dos melhoramentos realizados.

c) O trafego gerado, ou seja, aquele tráfego potencial que se manifestará após ter sido
praticado o melhoramento, consistindo, portanto, no tráfego consequente de atividades ou
negócios estimulados pela implantação do empreendimento.

A capacidade da via será dimensionada em função da grande quantidade de caminhões-carretas que


se deslocam até o Porto, principalmente em épocas de escoamento de produção, período de maior
fluxo de carretas.

Nos estudos de tráfego, sua quantificação, composição, e análise dos melhoramentos resultantes da
pavimentação asfáltica, têm por finalidade encontrar variáveis que possibilitem verificar a
suficiência do sistema de transporte, a definição do traçado e muitas vezes o padrão de rodovia a ser
especificado.

Todo estudo voltado à capacidade da via e ao dimensionamento se inicia pela estimativa do seu
volume médio diário anual (VMDA).

Quando se assume um modelo para o crescimento do tráfego e uma linha de horizonte (período de
projeto), o VMDA quando for agregado a outros parâmetros (Fator de eixo, Fator de carga, e Fator
climático regional), permitirá identificar a ação destrutiva sobre o pavimento asfáltico, ação esta
proveniente tanto da repetição de um eixo padrão de 18.000 libras (8,2 toneladas), como da
degradação provocada pelas ações do intemperismo climático e incidentes sobre a estrutura do
pavimento.

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4.1.2. CAPACIDADE DA VIA

No presente estudo, a estimativa do tráfego foi realizada indiretamente através da estimativa do


número N, (número representativo do tráfego incidente, equivalente às solicitações do eixo padrão).

Tal hipótese prevê para um determinado período (período de projeto ou linha de horizonte), que a
operação ou repetição do eixo padrão de 18.000 libras, deverá incidir na via em estudo durante o
período pré-fixado.

Para o Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul, levando-se em conta o grande
número de carretas em períodos de escoamento de produção, o número N estimado para representar
as ações destrutivas advindas do intemperismo climático e do tráfego incidente, importou no
seguinte valor:

N > 1 x 108 Operações de eixo padrão

Ao se comparar este parâmetro com os valores dispostos em tabelas recomendadas para


averiguação da espessura mínima do revestimento betuminoso, na tabela publicada pelo Instituto de
Pesquisas Rodoviárias – IPR (órgão subordinado ao antigo DNER, atual DNIT), verificou-se que:

N Espessura mínima do revestimento Betuminoso.


N 106 Tratamentos Superficiais Betuminosos
106 N 5 x 106 Revestimentos Betuminosos com 5cm de espessura
5 x 106 < N < 107 Concreto Asfáltico com 5cm de espessura
107 < N < 5 x 107 Concreto Asfáltico com 7,5cm de espessura
N> 108 Concreto Asfáltico com 10cm de espessura

O número (N > 1 x 108) estimado para um pavimento com camada de revestimento em concreto
asfáltico na espessura de 10cm se apresenta de forma coerente com o que se espera de uma via com
grande capacidade de tráfego, tanto hoje como no futuro, para o anel rodoferroviário em análise.

Considerando-se que a empresa não realizou contagens de tráfego em campo no intuito de respaldar
a análise efetivada, torna-se possível afirmar que entre os principais fatores restritivos que limitarão
o fluxo de veículos no Anel Rodoferroviário, deverão ser destacados:

- Largura da plataforma de 10 metros, com tráfego nos dois sentidos inserido em duas faixas
de tráfego, com acostamentos de 1,5m para cada lado.

- Em época de escoamento de safras pode ser previsto um congestionamento de carretas.

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4.2. PROJETO GEOMÉTRICO

Os responsáveis pelo projeto geométrico do anel rodoferroviário utilizaram parâmetros e


características geométricas estabelecidas pelo DEINFRA - SC (Departamento Estadual de Infra-
Estrutura).

Em virtude dessas características (raios de curva das concordâncias horizontais, rampas máximas,
largura da plataforma, da pista, etc.), o projeto realizado se inseriu dentro da classificação do
DEINFRA como uma estrada de classe IVA, que corresponde a um projeto de rodovia em pista
simples, correspondendo a uma demanda, com data de abertura da rodovia ao tráfego, situado entre
50 e 200 vpd. Os respectivos critérios de classificação técnica e as velocidades diretrizes
recomendadas para o projeto de rodovias novas, para as diferentes condições de relevo da região
atravessada, estão resumidos no quadro abaixo.

CLASSES DE PROJETO PARA NOVOS TRAÇADOS DE RODOVIAS NOVAS (DNER)

Para esta rodovia será atribuída uma seção transversal tipo SP 9,5. Com Pista de Rolamento
medindo 7,0 metros com acostamentos de 1,5m nos dois lados.

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4.2.1. PLATAFORMA E EXTENSÕES

O anel rodoferroviário a executar possuirá a extensão total de 1.338,51m, começando na Estaca


OPP indo até a Estaca 66+18,518m, da cota 6,926m até a cota 2,098m, com uma declividade de
0,36%, com uma largura média de 16,00 metros.

Para a rodovia será adotada uma pista de rolamento de 7,0 m de largura, mais acostamentos de 1,5m
para cada lado na rodovia, totalizando uma largura de 10,0 metros. Para a ferrovia será adotada uma
largura de 6,0 metros.

As seções transversais típicas das seções plenas de aterro, das seções plenas de corte e das seções
mistas, foram projetadas com plataforma na largura de 16,00 m, contendo uma declividade de 2%,
auxiliando na drenagem da superfície, como pode ser visto nas seções transversais exemplificadas a
seguir.

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4.2.2. SEÇÕES TRANSVERSAIS

As características apresentadas na seção transversal típica do projeto geométrico são:

- Grande maioria do anel rodoferroviário será construído em corte, consequentemente os


taludes de corte terão uma inclinação de 1:1 (H:V). Nos casos onde o anel será executado
em aterro terão uma inclinação de 3:2 (H:V).

- Os taludes de corte, resultantes da implantação do anel rodoferroviário, possuirão altura


padrão máxima de 7 metros. Havendo a necessidade de avançar esta altura será necessário
executar uma berma com uma inclinação negativa de 3% e largura de 3 metros, podendo
logo em seguida executar outro talude de corte, e assim por diante, até se chegar na altura
desejada.

Com base no projeto geométrico elaborado, se efetivou a análise das seções projetadas em todo o
anel, fato que permitiu identificar fatores positivos e alguns negativos, que para fins de
licenciamento ambiental, se tornou importante destacar:

Medida restritiva:

Em determinados pontos do Anel Rodoferroviário poderá ser feito o alargamento da pista, em


virtude de obstáculos que possam aparecer, como por exemplo, o fato do terreno apresentar rochas
aflorantes de difícil retirada. Também pode acontecer da rodovia ser executada num nível diferente
da ferrovia, pela mesma justificativa.

Medidas potencializadoras:

Tratando-se de uma rodoferrovia projetada com o objetivo de aumentar a capacidade de carga geral
do Porto de São Francisco do Sul, e consequentemente incentivar a exportação e importação de
cargas, diminuindo os conflitos com o tráfego local (navios, caminhões, carros, pedestres, etc.),
torna-se um fator positivo, para os moradores da cidade e moradores locais, para o município de
São Francisco do Sul e para o Estado de Santa Catarina.

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4.2.3. ELEMENTOS COMPONENTES DA SUPERESTRUTURA DA FERROVIA

A geometria em planta, perfil e seções transversais obedeceram aos seguintes parâmetros básicos:

- Raio mínimo de curva horizontal..................312,50m


- Rampa máxima compensada.........................1,20%
- Largura da plataforma...................................4,00m
- Raio mínimo de concordância vertical:
Curva côncava..................................20.000m
Curva convexa..................................15.000m

Em virtude da empresa VEGA do Sul ter demonstrado intenção de adquirir vagões especiais para
carga /eixo de 26 t, o que obrigará a ALL – América Latina Logística do Brasil S.A a fazer
adequações na ferrovia permanente, a superestrutura da ferrovia do anel deverá ser prevista com:

- Trilhos TR57, soldados em barras com comprimento máximo de 324,0m;


- Talas de junção com 6 furos;
- Dormentes de concreto, preferencialmente do tipo monobloco;
- Fixação elástica do tipo Deenik ou Pandrol

É apresenta, a seguir, a descrição dos elementos componentes da superestrutura da ferrovia, levando


em consideração as condicionantes técnicas estabelecidas anteriormente.

Lastro(Base)

Em virtude de que o subleito deverá apresentar um valor de suporte não superior a 7%, indica-se a
interposição de uma camada de sub-lastro (reforço) com 30cm de espessura, constituída por solos
granulares selecionados, cujo CBR seja superior a 20%, complementado por uma camada de lastro
com espessura também de 30cm em toda a extensão da linha ferroviária.

A pedra britada destinada à execução do lastro deverá apresentar as seguintes características:

- massa específica aparente > 2,4 kg/dm³


- absorção de água < 1%
- porosidade aparente < 1%
- resistência ao desgaste < 40%
- resistência ao choque < 20%
- resistência a compressão simples axial > 1.000 kgf/cm²
- durabilidade < 10%

A composição granulométrica enquadrada na faixa é apresentada a seguir:

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COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA
PENEIRA % ACUMULADA EM
Pol. mm PESO RETIDO
2 ½” 64 0
2” 50 0-10
1 ½” 38 30-65
1” 25 85-100
½” 12,5 95-100

Dormentes

Os dormentes utilizados serão de concreto armado protendido. Recomenda-se que seja adotado este
tipo de dormente por causa da padronização, da preservação ambiental, da maior durabilidade,
melhor estabilidade da ferrovia e facilidade de manutenção.

Nos desvios de cruzamento e pátios poderão ser utilizados dormentes de madeira, embora não haja
impedimentos em utilizar também dormentes de concreto.

Trilhos

O trilho a ser empregado, face a carga por eixo de vagões especiais, deverá ser o perfil TR-57 kg/m.

Devem ser utilizadas barras longas, com comprimento de 324 metros, obtidas através de soldagem
elétrica de barras de 18,0 metros.

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4.3. DESCRIÇÃO DA SUPERESTRUTURA DA FERROVIA

Em linhas gerais, a superestrutura da linha principal terá as seguintes características:

- Linha .................................. singela


- Bitola................................... métrica
- Trilhos................................. TR-57 kg/m
- Barras de trilho.................... barras longas soldadas, com 324m
- Talas de junção ................... TJ-57
- Dormentes ...........................de concreto, monobloco
- Espaçamento entre dormentes........62cm (1.613 dormentes/km)
- Grampo elástico (fixação).............. elástica do tipo Deenik ou Pandrol
- Lastro padrão................................... pedra britada com 30cm de altura
- Sub-lastro......................................... saibro com 30cm de altura
- Extensão da ferrovia......................... 1.334 m

4.3.1. SINALIZAÇÃO

Como o sistema de sinalização ferroviária destina-se a orientar os usuários para os perigos na


interferência com a ferrovia e a auxiliar na segurança da circulação tanto de trens quanto das
carretas, previu-se instalar, ao longo da ferrovia, placas de regulamentação, de advertência e de
outras indicações.

4.3.2. PROTEÇÃO DE PASSAGENS EM NÍVEL

Em conformidade com a Norma Brasileira NB-114/89, os cruzamentos da via férrea com rodovias,
quando feitos em nível, deverão ser dotados de um sistema de sinalização voltado para os usuários
da travessia, com a finalidade de minimizar os riscos de acidentes e outras ocorrências.

Este sistema de sinalização compreende num conjunto de placas de advertência, implantadas tanto
na ferrovia como na rodovia, complementado por sinalização ativa, constituída por semáforo,
campainha e cancela, acionada pela própria composição ferroviária.

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4.4. TERRAPLANAGEM

O serviço de terraplanagem cumpre a finalidade de materializar em campo cotas e medidas


projetadas, para se realizar o trabalho de movimentação das massas terrosas. Isto possibilitará
conformar a superfície do terreno natural atravessado, de modo que esta nova superfície
corresponda às características geométricas estabelecidas no projeto geométrico (por exemplo, a
plataforma da Rodoferrovia idealizada).

Assim, a área da plataforma destinada a receber a estrutura do pavimento e da ferrovia, terá também
que receber todos os elementos de suporte e drenagem, que irão assegurar a adequada captação e
escoamento das águas pluviais precipitadas sobre o corpo estradal, durante a vigência de sua vida
útil.

Do ponto de vista executivo, para se conseguir sucesso qualitativo nos serviços de implantação da
via, a partir da movimentação de terra eles deverão obedecer a procedimentos recomendados que se
encontram normalizados, tantos os serviços a executar nas áreas de corte como nas de aterros.

Grande parte das obras de implantação do Anel Rodoferroviário será executada em corte, isto
porque a linha ferroviária existente do Porto de São Francisco do Sul encontra-se na cota 2,7m
(Estaca 66+18,5 – PF). Sabe-se também que a ferrovia possui características particulares que
limitam sua declividade e raio de curvatura.

Em virtude disto, o volume de corte (escavação) calculado é de 333.034,28 m³ e o volume de aterro


é de 42.139,67 m³. Como haverá uma sobra (material excedente) de 290.894,61 m³, este material
deverá ser depositado num local apropriado (bota-fora). Sugere-se que o local escolhido esteja
localizado numa posição estratégica visando a execução da duplicação da rodovia BR-280.

Durante a escolha do melhor traçado, observou-se alguns dados relevantes, como raios mínimos de
curvaturas e declividade das rampas, o principal fator limitante é a ferrovia, com raios de curvaturas
mínimos muito grandes e rampas com declividades bastante suaves.

O projeto de terraplenagem foi elaborado a partir das características planialtimétricas do terreno e


especificações para construções de rodovias e ferrovias.

Mesmo assim, ao se iniciar a execução da terraplanagem todos os procedimentos recomendados em


norma deverão ser perseguidos, sendo os mais expressivos descritos a seguir, sempre se levando em
consideração especificidades típicas do anel a pavimentar.

De acordo com a autoridade portuária, o local destinado ao bota-fora ficará a cargo da empresa a ser
contratada para execução da obra.

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4.4.1. CORTES

Os volumes de corte a serem escavados segundo o que foi observado no projeto geométrico,
deverão ser executados de acordo com as especificações do DER-SC.

Por isto, sempre que houver a necessidade da escavação/substituição de materiais para melhorar a
capacidade de suporte do subleito da via, no início do serviço, deverá ser retirado o seu
revestimento primário para permitir a substituição de todo o tipo de solo possuidor de elevada
expansão e/ou de capacidade de suporte insuficiente.

Sempre que se retirar os materiais granulares da camada de revestimento primário, eles deverão ser
reaproveitados em outros serviços complementares na via, depois de terem sido julgados como
tecnicamente apropriados nas inspeções periódicas da fiscalização.

Já os materiais formados por solos classificados como inadequados para estruturar o pavimento,
eles deverão ser colocados em locais específicos denominados de “bota-foras”.

No caso da retirada de material rochoso para execução da terraplenagem, serão utilizados


dispositivos de detonação. Os resíduos da explosão, após selecionados e devidamente britados,
poderão vir a ser utilizados na execução de bases e sub-bases da via em questão.

4.4.2. ATERROS

Segundo o que foi determinado ao se elaborar as especificações do projeto de terraplanagem, os


volumes de aterros a serem conformados e compactados, deverão ser executados de acordo com a
especificação DER-SC-ES-T-05/92.

Para tanto os aterros deverão ser executados em camadas sucessivas de solo, de modo que todas
sejam devidamente compactadas na espessura máxima de 30cm, no intuito de se alcançar
densidades especificadas em projeto.

Mesmo assim, a camada final do aterro que irá suportar diretamente a camada de sub-base, deverá
ser constituída por solos de granulometria selecionada, onde os materiais finos nelas contidos
permitam uma expansão volumétrica do solo < 1% e um ISC (Índice de Suporte Califórnia) a
20%.

Quando não for utilizado material do próprio leito da via, deverão ser obtidos materiais
provenientes de jazidas licenciadas.

Por meio de um programa de coleta de amostras, na fase de exploração deverão ser colhidas no
mínimo nove amostras para a determinação do Índice de Suporte Califórnia (ISC), para se controlar
a Expansão do solo, e para se determinar à massa específica aparente seca, máxima.

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Conforme a norma, durante a execução dos serviços de compactação as camadas compactadas


deverão receber um controle qualitativo, através da verificação do Grau de Compactação, que
deverá ser obtido pela simples comparação de massas específicas aparentes secas determinadas in
situ e em laboratório. O grau mínimo de compactação desses aterros será de 100%. Nos ensaios de
laboratório e de campo, a princípio deverão ser utilizados procedimentos contidos nas
Especificações Gerais do DNER, elaboradas para se controlar a qualidade dos serviços realizados
na construção do subleito da via.

4.4.3. EQUIPAMENTOS PREVISTOS

Para se implantar e pavimentar o trecho será necessário o emprego de máquinas, caminhões,


dispositivos auxiliares, tanques, etc., de modo tal que os serviços previstos em projeto possam ser
realizados, nos prazos previamente pré-fixados.

Para o Anel Rodoferroviário em análise foi definido o conjunto mínimo de equipamentos,


relacionados a seguir.

DISCRIMINAÇÃO QUANT.
Trator de Esteira de 60KW (80 1W) 01
Trator de Esteira de 105KW (140HP), com Lâmina angulável 01
Trator de Esteira de 200/225 KW (270/300HP) com Lâmina angulável e Escarificador 01
Hidráulico
Trator de Esteira de 200/225KW (270/300HP) com Placa e Escarificador 02
Carregador Frontal de 130KW (170HP) com Rodas Pneumáticas 03
Carregador Frontal de 75KW (100HP) com Rodas Pneumáticas 01
Motoniveladora 90KW (120HP) 01
Motoniveladora 130KW (170HP) 02
Retroescavadeira sobre Pneus 70KW (93CV) 01
Retroescavadeira sobre Esteira (poclain) ou similar 01
Escavadeira de lança com Draga de Arrasto 01
Trator de Pneus tipo Agrícola 75KW (100HP) 02
Perfuratriz manual para rocha 23KG 02
Perfuratriz de Esteira e Ar Comprimido (Wagn Drill) 02
Compressor de ar com capacidade para de 10m3/min (365pcm) 02
Rolo Autopropulsor de Pneus com Pressão Variável 25A 30t X 105KW (140/145HP) 01
Rolo Carrugado Vibratório Autopropelido de 95KW (125HP/10A 20t) 01
Rolo Tandem 8 a 12t 01
Rolo Liso Vibratório de 130KW (1401W) 5,2 tipo CA-25 01
Caminhão Tanque com Moto-Bomba e Barra Irrigadora Horizontal com capacidade mínima 01
de 5m3
Grade de Disco, Rebocável com Angulação Regulável 01
Caminhão de 7,6 a 9t, com Carroceria 01
Caminhão 5t, Chassis para Basculante, Equipado com Caçamba 12
Rolo de Rodas Pneumáticas, de Pressão Variável 01
Caminhão Basculante 7/9t, Caçamba para Minérios 03
Rolo pé de Carneiro (Tambor Duplo) Autopropelido 01
Conjunto de Britagem e Equipado com Peneira Classificadora com Capacidade Nominal de 01
50/70m3/h

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DISCRIMINAÇÃO QUANT.
Usina de solos com Pug Mill, com Capacidade de 100/120t/h 01
Usina de Asfalto Tipo Gravimétrica com Capacidade de 60/30t/h 01
Tanque com Aquecimento e Bomba Circuladora para Depósito de CAP, com Capacidade de 01
30t
Tanque para Depósito de Emulsão Asfáltica, Capacidade 30m3 01
Tanque para Depósito de Asfalto Diluído CM-30 com Capacidade de 30t 01
Distribuidor de Agregados Autopropelido ou Rebocável para Espalhamento em Marcha a Ré 01
Caminhão Tanque para Asfalto com Dispositivo de Aspersão com Capacidade Máxima de 6t 01
com Roda e Tacômetro
Vibrador de Concreto de Imersão com Motor a Gasolina 01
Betoneira com Capacidade de 0,25m3 01
Bombas d’Àgua (Diversas e Diversos Diâmetros) 01
Compactador Mecânico ou Ar Comprimido (Tipo Sapo) para uso em áreas confinadas 04
Laboratório de Solos, Betume e Concreto Completo 01
Sonda Rotativa Para Extração de CP do Revestimento 100mm 01
Viga Benkelmann 01

Além desses equipamentos, prevê-se a utilização de equipamentos especiais para detonação de


rochas. Todo o serviço de detonação deverá ser executado por empresa especializada com
comprovada experiência no ramo. A empresa a ser contratada se responsabilizará pelo tipo de
acessórios de detonação utilizados, entre os mais comuns, pode-se citar:

Acendedores: para iniciar a detonação de espoletas ou dos reforçadores (boosters) Podem ser:
estopim de segurança, estopim ultra-rápido, conectores para estopim, cordão ignitor, reforçadores.

Estopim de segurança: aspecto de cordão. Núcleo de pólvora negra de nitrato de potássio, revestido
com tecido impermeabilizante. Queima com velocidade uniforme, conhecida(145 m/s, ± 10%) .
Para detonar pólvora negra, precisa espoleta, o mesmo ocorrendo para gelatinas e dinamites. Usado
para iniciar cargas a distancias curtas e cordéis detonantes.

Estopim ultra-rápido: para iniciar dinamites e nitrocarbonitratos. Alta segurança contra impacto,
correntes parasitas, eletricidade estática. Velocidade na ordem de 2000 m/s. Conector numa ponta, e
na outra espoleta instantânea ou retardo.

Conectores para estopim: mesmo princípio do estopim, providenciam a ligação destes com o cordão
ignitor. Núcleo é um misto pirotécnico.

Cordão ignitor: cordão fino e flexível , revestido com polietileno, que queima com chama firme.
Usado para acender linhas de estopins em qualquer quantidade.

Reforçadores (boosters): cargas explosivas de alta potência usadas para iniciar a explosão de
explosivos de baixa sensibilidade, como anfos, pastas detonantes, e para assegurar a continuidade
da onda explosiva ao longo da coluna. Combinam alta velocidade de detonação (VOD) com alta
energia (AWS). Geralmente são iniciados com cordel detonante, espoleta simples ou elétrica.
Aumentam a segurança contra detonações falhas.

Espoletas simples : cápsulas de alumínio com tetranitrato de penta-eritritrol (ou nitropenta) e carga
iniciadora de azida de chumbo. Ligam o explosivo ao estopim comum por pressão de alicate
especial. Usadas quando se quer ou pode haver seqüência de explosão, não quando o fogo é
simultâneo. Acoplamento perigoso, porque a carga explosiva está aberta ao ligar.
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Espoleta elétrica: Permitem detonações simultâneas. Podem ser instantâneas ou "de tempo" :

A escolha do explosivo a ser utilizado deverá levar em conta as condições do entorno e as


características de cada explosivo. Entre os explosivos mais utilizados estão: Pólvora Negra,
Semigelatinosos, Gelatinosos, Anfos, Granulados, Lamas explosivas, Pastas (Aquagel), Emulsões e
Bombeados (pastas explosivas, emulsões ou granulados, bombeados diretamente de caminhões para
os furos).

4.4.4. LOGÍSTICA

Para se iniciar as obras deverão ser demarcadas áreas e linhas que definirão os locais da
conformação geométrica projetada.

Essas áreas abrangem o corpo estradal contido entre os pés dos aterros e as cristas dos cortes, cujos
limites deverão ser demarcadas por piquetes e/ou estacas denominadas “off-sets”, as quais servirão
para orientar e delimitar o início dos trabalhos de terraplanagem nas seções demarcadas de corte e
de aterro.

Depois da demarcação das seções e durante a execução da terraplanagem, a execução das obras de
arte correntes se fará necessária, seguindo-se uma sequência lógica e racional de implantação
(drenos, calhas, escadas dissipadoras de energia, galerias, caixas, bueiros, etc).

A execução de tais obras deverá se efetivar prioritariamente, acompanhando passo a passo o


prosseguimento dos serviços preliminares de demarcação e a própria terraplanagem, com pequena
defasagem cronológica destes.

Para atingir o objetivo de se construir a rodoferrovia no tempo pré-estabelecido, será necessário


realizar o rápido provimento dos materiais destinados à implantação das obras de arte correntes, e
também dos materiais empregados diretamente no serviço de pavimentação, tais como pedra
britada, areia, cimento, ferro, tubos de concreto, peças pré-fabricada em concreto, madeiras para a
execução de formas, etc.

Por isto, a logística relacionada com as medidas tomadas para a obtenção e transporte dos materiais
destinados à obra, precisa ser adequadamente estruturada e programada. Para realizar tal intento, os
projetistas verificaram as necessidades de materiais, o que os levou a estabelecer um diagnóstico
sobre a logística de transporte, de modo a assegurar o fornecimento e consumo de materiais em
tempo hábil, tanto para os dispositivos construtivos projetados e destinados tanto para o sistema de
drenagem a implantar ao longo dos trechos da via, bem como o conjunto de materiais (granulares e
betuminosos) que deverão ser aplicados na estruturação do pavimento.

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Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul

4.5. PROJETO DE DRENAGEM

4.5.1. CONSIDERAÇÕES

O projeto de drenagem e das obras de arte correntes foi realizado pelos engenheiros da Empresa
Azimute Engenheiros Consultores Ltda, e nele foram contempladas soluções e dispositivos
definidos e dimensionados com base na norma IS-210 do DNER, atual DNIT.

No projeto, os dispositivos de drenagem foram concebidos com a missão de possibilitar a


apropriada captação, condução e descarga orientada das águas superficiais incidentes sobre o corpo
estradal e também das pequenas bacias cujos talvegues principais foram atingidos pelo traçado da
via.

Os dispositivos idealizados em projeto resultaram em linhas de dutos tubulares, em caixas de


encontro de tubulações, em caixas coletoras, bocas de lobo, bocas e corpo de bueiros, em sarjetas
revestidas em concreto, etc.

Para se chegar à quantidade dos dispositivos, na elaboração do projeto foi preciso realizar um
estudo hidráulico e hidrológico do meio físico local, que englobasse as pequenas sub-bacias, os
talvegues transpostos pelo corpo da estrada, a pista de rolamento e as superfícies compostas dos
taludes (de corte e de aterro), originadas com a terraplanagem da plataforma da rodoferrovia.

4.5.2. ASPECTOS CONCEITUAIS

Um sistema de drenagem quando implantado na rodovia cumpre o objetivo de evitar o acúmulo


e/ou a retenção de água no corpo estradal e cercanias, sendo sua implantação realizada por meio dos
seguintes procedimentos:

- Previsão da intensidade e frequência das chuvas, visando o escoamento superficial;

- Determinação de pontos naturais de concentração e descarga, e outras condições


hidráulicas;

- Remoção dos excessos de água prejudiciais do subsolo;

- Provimento ou disposição mais eficiente dos dispositivos de drenagem, de acordo com o


custo, importância da rodoferrovia, economia na conservação e normas em vigor.

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Por outro lado, a eficiência do sistema de drenagem a implantar numa via, será função da escolha de
dispositivos adequados para garantir a plena captação, condução e descarga orientada das águas
pluviais nela precipitada.

Classes de drenagens previstas para integrar um Sistema de Drenagem em vias:

- Drenagem superficial: é o subsistema de drenagem que drena as águas precipitadas sobre o


corpo estradal (rodovia) e áreas adjacentes;

- Drenagem do pavimento: é o subsistema que drena as águas infiltradas nas camadas do


pavimento da rodovia;

- Drenagem de transposição de talvegues: é o subsistema que possibilita a passagem da água


de um lado para o outro da via, normalmente situado nos trechos em aterro, e que deve
necessariamente ser utilizado para se realizar a travessia dos cursos d’água interceptados
pela via.

Dispositivos de drenagem utilizados:

- Dispositivos de drenagem superficial: valetas de proteção de corte, valetas de proteção de


aterro, sarjetas de corte, sarjetas de aterro, saídas d’água, descidas d’água, escadas
hidráulicas dissipadoras de energia, caixas coletoras, bueiros de greide.

- Dispositivos de drenagem do pavimento: camada drenante do pavimento, drenos laterais de


base (sangras), drenos rasos longitudinais, drenos transversais de pavimento.

- Dispositivos de transposição de talvegues: bueiros tubulares, bueiros celulares e galerias


pré-moldadas em “U”.

4.5.3. PROCEDIMENTOS DE PROJETO

Na presente seção serão descritos os critérios utilizados no dimensionamento dos principais


dispositivos de drenagem projetados para o Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul.

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4.5.3.1. SARJETAS DE CORTE

Para tornar mais seguro o fluxo do tráfego, foi definido em nível de projeto, a forma triangular de
sarjeta como a forma ideal a ser aplicada.

Sem dúvida os dispositivos idealizados com este formato terão a função de captar e conduzir as
águas pluviais precipitadas no corpo estradal.

Entretanto, as sarjetas triangulares a serem implantadas deverão possuir a face de captação e


condução revestida em concreto, para se evitar ações erosivas na sua superfície, durante a passagem
da água pluvial.

A sarjeta escolhida foi especificada como Sarjeta Tipo-I, do antigo DER/SC, cujas características
geométricas são apresentadas a seguir:

Sarjeta Tipo I – Padrão DER/SC

4.5.3.2 CRITÉRIOS E PARÂMETROS UTILIZADOS NO DIMENSIONAMENTO

No cálculo das vazões e identificação dos comprimentos críticos, foi atribuído ao coeficiente de
deflúvio (run-off) um valor de 0,90 para as superfícies asfálticas ou revestidas em concreto, e um
valor de 0,70 para as superfícies dos taludes revestidas com grama.

Para tempo de recorrência (Tr) foi previsto um período de cinco anos, e atribuído um valor de 0,015
para o coeficiente de rugosidade n (superfícies de concreto) utilizado no processo de
dimensionamento hidráulico, segundo o caminho estabelecido por Manning.

A fórmula de Manning utilizada segundo procedimentos apresentados a seguir, permitiu o


dimensionamento hidráulico, ao se igualar a provável vazão na sarjeta, com a vazão resultante de
precipitações pluviométricas.

Por este caminho foi possível a determinação dos comprimentos críticos das sarjetas.

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A declividade máxima foi determinada em função dos parâmetros anteriormente estabelecidos e


implicou no seguinte valor:

Com base nestes procedimentos e nas informações coletadas no projeto geométrico sobre as alturas
de corte nos taludes e das declividades de terreno, foram determinados os comprimentos críticos das
sarjetas conforme a declividade implantada no terreno, chegando-se ao conjunto de parâmetros
dispostos no quadro apresentado a seguir:

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4.5.3.3. CAIXAS COLETORAS E DRENAGEM PROFUNDA

As caixas coletoras foram concebidas para captar, redirecionar e conduzir as águas oriundas das
sarjetas de corte, das descidas d’água em corte, e também para receber o deságue dos eventuais
drenos subterrâneos.

Foi previsto que as caixas localizadas na pista de rolamento serão protegidas por grelhas de
concreto, ao passo que as caixas coletoras executadas no fundo dos talvegues estarão livres desta
proteção.

A implantação de dispositivos de drenagem profunda torna possível retirar rapidamente a água


infiltrada no leito da estrada, evitando-se assim a saturação do subleito e comprometimento da sua
capacidade de suporte.

Dispositivos concebidos:

-Dreno profundo tipo 1

Na via, este tipo de dreno deverá ser implantado nos bordos internos da pista, precisamente nos
segmentos em corte onde foi detectada a necessidade de se rebaixar o lençol e de drenar as águas
infiltradas nas camadas do pavimento (basicamente infiltrações no subleito e sub-base).

Os drenos previstos terão 1,50m de profundidade e 0,40m de largura, devidamente preenchido por
material granular (brita) assentado em volta de uma linha de tubo poroso de 0,20m de diâmetro,
conforme as recomendações contidas nas Especificações Gerais para Obras Rodoviárias.

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- Dreno longitudinal raso tipo IX

Estes drenos longitudinais rasos foram projetados com a finalidade de captar e conduzir as águas
infiltradas pela superfície do revestimento asfáltico.

Foi prevista a utilização deste tipo de dreno para os locais onde não for possível a implantação de
drenos profundos (eventuais cortes em rocha).

De todo o modo os drenos rasos tipo IX terão a seção de 0,40m x 0,50m onde a vala escavada para
a implantação do dreno deverá ser preenchida com material granular (brita), que deverá atender às
Especificações Gerais para Obras Rodoviárias, que prescreve as especificações granulométricas do
material granular utilizado, na seguinte forma:

- Saída de dreno tipo L

Este tipo de dispositivo auxiliar a ser executado em concreto, foi projetado de modo a dificultar ou
evitar o entupimento dos drenos, nos seus pontos de descarga.

4.5.3.4. ESTIMATIVA DAS VAZÕES

A determinação das vazões das águas pluviais precipitadas no anel rodoferroviário foi realizada por
meio dos procedimentos que fazem parte do Método Racional, em virtude da bacia de contribuição
possuir área inferior a 5 km2.

Por esta metodologia se pressupõe que a máxima vazão em uma determinada seção é função do seu
tempo de concentração (tempo em que toda a bacia passa a contribuir para a referida seção), e que
as condições de permeabilidade superficial se mantenham constantes durante a ocorrência de
chuvas.

O cálculo das vazões é dado pela fórmula:

Q C.i. A

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Onde:

Q = Pico da vazão em m3/s;


C = Coeficiente de Deflúvio;
i = intensidade de precipitação em m3/s.ha;
A = Área da bacia de contribuição em hectares.
O valor médio adotado no dimensionamento para o coeficiente de deflúvio foi de C = 0,70 para as
áreas urbanas.

Cumpre observar que as chuvas e suas intensidade-duração-freqüência foram determinadas durante


a realização dos estudos hidrológicos. Assim, o parâmetro i (intensidade média de precipitação) foi
obtido em função do tempo de recorrência Tr e da sua duração, considerada igual ao tempo de
concentração da bacia.

Já o tempo de concentração tc foi definido como o tempo que leva uma gota d’água teórica para ir
do ponto mais afastado da bacia até o ponto considerado.

tc te tp

Onde:
]
te = tempo de entrada, como se trata de pequenas bacias foi adotado o valor de 10 minutos;
tp = tempo de percurso dado por tp = L/60.V (min),

sendo L o comprimento do trecho de galeria e V a velocidade média em (m/s).

4.5.3.5. DIMENSIONAMENTO DOS BUEIROS E GALERIAS

Como já tinha sido abordado, o dimensionamento dos dispositivos de drenagem é realizado com o
objetivo de se identificar seções de escoamento hidráulico, capazes de atender vazões resultantes
das precipitações pluviais, calculadas ou estimadas com base nos estudos hidrológicos realizados.

Com base na equação da continuidade, é possível relacionar a vazão com a velocidade de


escoamento dos bueiros e galerias, através das seguintes expressões:

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Os parâmetros hidráulicos que influenciam a velocidade de escoamento estabelecida na expressão


de Manning dependem das características do material utilizado na construção do bueiro (coeficiente
de rugosidade), da seção transversal adotada (cada uma possui um distinto raio hidráulico), e da
declividade dada à obra.

Por outro lado, a velocidade cresce com o aumento da declividade, proporcionando o aumento da
vazão até que se atinja a declividade crítica, que é a inclinação acima da qual a vazão permanece
constante para qualquer aumento da declividade.

Então, em termos conceituais a declividade crítica corresponde à inclinação acima da qual o


conduto, ao trabalhar como conduto livre, não tem sua vazão aumentada com acréscimos de
velocidade.

Nos estudos hidráulicos realizados em laboratório, é possível demonstrar no regime de escoamento


uniforme que quando a lâmina d’água atinge a geratriz superior interna do bueiro, a altura crítica da
lâmina d’água no bueiro, passa a ter o seguinte valor:

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Com base nestes procedimentos teórico-empíricos, os responsáveis pelo projeto e pelo


dimensionamento hidráulico dos bueiros e as galerias a implantar no Anel Rodoferroviário
deduziram as seguintes expressões para a declividade crítica dos dispositivos:

a) Bueiros tubulares de concreto

b) Bueiros celulares retangulares de concreto

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c) Bueiros celulares quadrados de concreto

Com base nestas equações foram elaboradas as tabelas de vazões para os bueiros tubulares e
celulares mais utilizados na prática. Assim, os valores de vazões nelas apresentados atendem às
condições de escoamento hidráulico na forma de canal, e poderão ser utilizados no processo de
dimensionamento desde que se satisfaçam as condições de declividade crítica anteriormente
estabelecidas.

Para as seções mais utilizadas, os parâmetros resultantes do dimensionamento hidráulico permitiram


a construção das tabelas, onde se tornou possível identificar a classe do bueiro, seu diâmetro
interno, área da seção, vazões críticas, velocidade, e declividade.

Estes valores se encontram dispostos nas tabelas de vazões apresentadas a seguir:

a)Bueiros Tubulares b)Bueiros Celulares quadrados

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d) Bueiros Celulares retangulares

Notação:

BSTC Bueiro Simples Tubular de Concreto.


BDTC Bueiro Duplo Tubular de Concreto.
BTTC Bueiro Triplo Tubular de Concreto.
BSCC Bueiro Simples Celular de Concreto.
BDCC Bueiro Duplo Celular de Concreto.

4.5.3.6. OUTROS DISPOSITIVOS DE DRENAGEM

A necessidade de se manter os materiais constituintes do pavimento livre das águas pluviais,


praticamente impôs a condição de que os serviços de implantação dos dispositivos estivessem
dentro da cronologia previamente estabelecida. Por isto a implantação terá de ser iniciada no
momento adequado para evitar interferências, pois muitos bueiros a implantar dependerão da
execução parcial de aterros.

Além de drenos tipo I, drenos tipo IX, saídas de dreno tipo “L”, bocas de bueiro, corpos de bueiro, e
caixas coletoras, estão previstas também descidas d’água em degraus (escadas dissipadoras), boca
para descidas d’água, caixas coletoras com boca de lobo, caixas de ligação e tubulações em geral.

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4.5.3.6.1. TRANSPOSIÇÃO DOS TALVEGUES

Por princípio, a drenagem para a transposição de talvegues se destina a permitir a passagem, de um


lado para o outro da via, das águas pluviais que escoam nos talvegues identificados no terreno
natural, adjacentes ao eixo da via.

A transposição de talvegues será efetuada por bueiros, (tubulares e celulares), que deverão ser
implantados ao longo da via nos locais previamente determinados em projeto, de modo a se
assegurar o livre escoamento das águas pluviais precipitadas.

Para a devida compreensão da questão, procurou-se definir cada um dos dispositivos concebidos
para se realizar a transposição, na seguinte forma:

- Bueiros

Serão os condutos destinados a permitir a passagem das águas pluviais.

Os elementos constituintes de um bueiro são:

a) Corpo: É a parte canalizada situada sob o terreno, com forma e dimensões constantes,
podendo ser excecutada em tubos, células, arcos, etc.

b) Bocas – São peças instaladas a montante e a jusante, para arrematar externamente o corpo do
bueiro e contribuir para a sua fixação no terreno. Elas favorecem a entrada do fluxo d’água
com um mínimo de perturbação turbilhonar. Muitas vezes a boca de montante é substituída
por uma caixa coletora ou poço; isto se torna necessário quando a cota de entrada do corpo
se situar muito abaixo do nível do terreno natural.

De um modo geral, esses bueiros poderão ser chamados de bueiros de grota, dependendo do nível
da cota de fundo do talvegue, que poderá se situar próxima da cota do eixo da via ou mesmo abaixo
dele.

Além disto, os bueiros para a transposição de talvegues poderão se apresentar segundo uma linha
simples de dutos, ou ainda na forma de múltiplos dutos, quando houver necessidade de se implantar
mais de uma linha para a adequada passagem das águas.

Por isto eles podem ser duplos, triplos, tubulares ou celulares, etc., como mostram os exemplos
apresentados nas (Figuras 4.1 e 4.2) dispostas a seguir:

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Figura 4.1: Bueiro celular simples Figura 4.2: Bueiro tubular triplo

Dependendo das características geométricas do terreno atravessado, os bueiros poderão se localizar


embaixo de aterros. Deve-se sempre lançar o bueiro na linha do talvegue; não sendo isto possível,
se desloca o talvegue para uma posição que obrigará o desvio ou a retificação do canal natural em
uma determinada extensão a ser fixada, tanto a montante como a jusante da estrada.

Outra opção é procurar uma locação que afaste o eixo do bueiro o mínimo possível da normal ao
eixo da rodovia. Deve-se sempre tomar as devidas precauções para os deslocamentos dos canais
com relação à entrada e saída d'água do bueiro, para evitar erosões e deposições, principalmente
quando houver esconsidade em relação ao eixo da via.

Nos cortes, e na região de corte das seções mistas, quando a altura da saia de aterro não for elevada,
ou quando a capacidade das sarjetas for insuficiente, deve-se observar que tais casos não se tratam
mais da transposição de talvegues, mas sim da drenagem superficial do leito da via.

Neles, a drenagem é realizada cruzando-se o eixo ao nível do greide por meio de bueiros,
denominados popularmente como bueiros de greide.

4.5.3.7. ESPECIFICAÇÕES PARA A IMPLANTAÇÃO

Cumpre observar que uma sequência lógica e racional para o desenvolvimento dos serviços de
implantação foi prevista, uma vez que a execução das obras de arte correntes deverá acompanhar
passo a passo o prosseguimento dos serviços preliminares, de modo que a obra como um todo não
sofra solução de continuidade. Para isto ocorrer, se fará necessário assegurar o fornecimento dos
materiais na época apropriada.

Assim, deverão ser tomadas precauções específicas a favor da segurança da obra, principalmente
nos locais de acentuadas declividades.

Precauções e/ou cuidados a serem tomados:

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- Tendo em vista a padronização e economia a serem obtidas nos serviços de implantação de


bueiros, deverão ser empregados, sempre que possível, dispositivos de drenagem em
concreto pré-moldado.

- A altura mínima para o recobrimento com material granular acima da geratriz externa
superior dos bueiros será de 0,60m.

- Todos os bueiros tubulares e celulares deverão ser assentados em berços conforme projeto
tipo DER/SC.

- O limite máximo de declividade longitudinal sobre a qual estarão assentadas as geratrizes


inferiores das tubulações será de 10%, e a declividade mínima 0,5%.

- Em virtude das pequenas larguras disponíveis, dos aspectos funcionais de execução,


manutenção, deverão ser utilizadas sarjetas no formato triangular, revestidas em concreto.

- Para prevenir os riscos de erosão nos pés dos taludes e no restante da via, a drenagem
pluvial deverá englobar dispositivos de captação, condução e descarga das águas pluviais
precipitadas sobre o corpo estradal, sobre a pista e sobre os taludes de corte e aterro.

- As obras implantadas para a transposição dos talvegues naturais (linhas de bueiros


celulares e tubulares), deverão ser dimensionadas considerando-se as áreas das sub-bacias
contribuintes, em sua totalidade.

- Deverão ser observadas em sua íntegra, prescrições contidas nas instruções de serviço IS-
210 do DNER, atual DNIT.

- As valas para receberem os tubos, deverão ser escavadas respeitando-se os alinhamentos e


cotas previstas em projeto.

- Com a finalidade de assegurar um comportamento estrutural correto para as paredes


circulares das tubulações, a profundidade mínima de escavação desses dispositivos, deverá
atender ao conjunto de valores mínimos estabelecidos na tabela apresentada a seguir:

Diâmetro da Tubulação (m) Profundidade Mínima (m)


0,40 0,60
0,60 1,00
0,80 1,60
1,00 1,60
1,20 1,80
1,50 2,10

- A largura da vala para o assentamento destas tubulações deverá ser igual ao diâmetro
externo das tubulações acrescido de 0,40 m. Esta dimensão poderá ser aumentada ou
diminuída conforme as características geotécnicas do terreno e de outras restrições que se
apresentarem durante a escavação.

- Com relação ao embasamento da tubulação, todas as linhas de tubulações serão assentadas


sobre uma base de brita de 0,10m de espessura, devendo este material ser distribuído
uniformemente ao longo de toda a largura da vala.

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- O assentamento dos tubos deverá seguir o alinhamento da vala escavada, observando-se o


afastamento da parede da mesma com a tubulação, sendo que o assentamento sempre se
dará de jusante para montante, com a bolsa do tubo voltada para montante.

- Com relação ao rejuntamento dos tubos, antes da execução de qualquer junta deverá ser
promovida a limpeza do tubo em suas extremidades de modo que no processo de colocação
a ponta deverá estar perfeitamente ajustada à bolsa.

4.6. PROJETO DO PAVIMENTO DA RODOVIA

4.6.1. CONSIDERAÇÕES

O pavimento flexível idealizado para a rodovia do Anel Rodoferroviário deverá levar em


consideração o conjunto de fatores normalmente considerados ao se projetar um pavimento, ou seja:

- Incidência e composição do tráfego (atual e futuro);

- Ações climáticas incidentes que irão deteriorar a estrutura projetada;

- Disponibilidade regional para o fornecimento de materiais granulares e betuminosos;

- Caracterização geral das camadas de solo que compõe o subleito da estrada, visando a sua
correta identificação;

Neste contexto, tendo em vista o processo de licenciamento ambiental do empreendimento que ora
se realiza, a descrição pormenorizada destes fatores permitirá prever as repercussões sobre o meio
ambiente, e por consequência, as medidas mitigadoras a tomar.

4.6.2. CARACTERÍSTICAS DO PAVIMENTO

Para a construção do pavimento foi prevista uma estrutura granular básica para o pavimento
flexível. Ela será composta por três camadas granulares, ou seja, uma camada de sub-base com 40
cm de espessura assentada sobre o subleito da via, uma camada de base com espessura de 20 cm
assentada sobre a camada da sub-base, e uma camada de revestimento asfáltico (CAUQ) na
espessura de 10 cm, cuja superfície estará em contato direto com as rodas dos veículos.

Nesta seção se pretende caracterizar sinteticamente as estruturas projetadas, observando-se a


natureza dos serviços a executar na construção do pavimento projetado.

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Assim, os principais serviços a desenvolver serão:

- Regularização do Subleito;

- Reforço/Substituição do Subleito;

- Sub-base Estabilizada Granulometricamente;

- Base Estabilizada Granulometricamente;

- Imprimação;

- Pintura de Ligação;

- Execução e Aplicação do Concreto Asfáltico Usinado a Quente (CAUQ).

4.6.3. DIMENSIONAMENTO

Para se dimensionar o pavimento foi empregada a metodologia denominada de “Método de


dimensionamento de pavimento flexível do DNER”, desenvolvida pelo Engenheiro Murillo Lopes
de Souza.

Por tratar-se de metodologia consagrada, os procedimentos utilizados no dimensionamento do


pavimento, serão descritos nas seções apresentadas a seguir, de um modo resumido.

4.6.3.1. PARÂMETROS PARA A DETERMINAÇÃO DO NÚMERO N

A facilidade em se conseguir informações geotécnicas a respeito do comportamento do subleito e


das jazidas a explorar, juntamente com a fácil obtenção de informações referentes às características
do tráfego (fluxo e composição) a fluir na via, levaram a se utilizar intensamente os procedimentos
seguidos no método desenvolvido pelo DNER.

O método se baseia no valor do CBR ou ISC (Índice de Suporte Califórnia) e nos princípios
contidos no trabalho intitulado “Design of Flexible pavements considering mixed loads and traffic
volume” efetuado por W.J. Turnbull, C.R.Foster e R.G. Ablvin, trabalho este apresentado na
Conferência Internacional de Projetos Estruturais de Pavimentos Asfálticos, realizada na
Universidade de Michigan, em 1962.

O princípio do método está em se considerar a composição das diversas cargas por eixo, dos
veículos que passarão na rodovia durante um período de tempo previamente estipulado denominado
de período de projeto, onde, neste período, os esforços desenvolvidos gradativamente irão desgastar
a estrutura do pavimento pela repetição ou passagem de cargas.

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As solicitações provocadas por diferentes eixos e cargas de diversas intensidades refletem um


estado de utilização futura da via e, por ser complexo, no trabalho de pesquisa publicado em 1962,
foi concebido que este estado de utilização seria transformado num número equivalente de
operações ou repetições de um eixo único (eixo padrão de 18.000 libras, ou 8,2t), a incidir na pista
de rolamento dentro do período de projeto estabelecido. Este número é comumente denominado de
número N.

O Número N deve ser estimado ou avaliado pela seguinte expressão:

N 365 P Vm FE FC FR

Onde:

P – Corresponde ao período do projeto em anos;


Vm – Volume médio diário de tráfego durante a vida do projeto;
FE – Fator de Eixo;
FV – Fator de Carga;
FR – Fator Climático Regional.

Observa-se que através do número N se procura representar as ações destrutivas sobre o pavimento,
resultantes da passagem dos veículos e do intemperismo climático.

O período de projeto P para pavimentos flexíveis normalmente é tomado como um período de 10


anos e representa o período de tempo pré-estabelecido para nele ocorrer o conjunto de ações
solicitantes anteriormente citadas.

Ao admitir-se um modelo linear para o crescimento do tráfego, o valor Vm (Volume médio diário de
trafego anual para o período de projeto) e o valor V p são dados pelas seguintes expressões:

a) V p V0 1 P t )

Vo 2 P t
b) Vm
2

Nestas expressões V0 representa o volume médio de tráfego diário anual num só sentido da pista de
rolamento no início do projeto de P anos, t a taxa anual de crescimento do tráfego, P o período de
projeto estabelecido e V p o volume médio de tráfego diário anual, no último ano do período de
projeto de P anos.

O fator de eixo (FE) corresponde a um parâmetro que ao ser multiplicado pelo número de veículos,
fornece o número de eixos correspondentes, representando, portanto, a variabilidade do número de
eixos existentes em cada veículo.

O fator de carga (FC) é um parâmetro denominado fator de equivalência ao eixo padrão que ao ser
multiplicado pelo número de veículos que circulam, fornece sob o ponto de vista destrutivo, o
número de eixos equivalentes ao eixo padrão.

Assim, no dimensionamento serão determinadas as categorias “j“ de eixos incidentes e para cada
uma serão determinados os (FC)j incidentes.

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No dimensionamento, o parâmetro (FR) também assumirá determinado valor, pois ele deve
representar a ação destrutiva proveniente da variação da umidade dos materiais constituintes do
pavimento nas diversas estações do ano, uma vez que o seu excesso no solo provocará variações na
capacidade de suporte dos materiais que constituem o pavimento.

Adotar-se para a região em estudo o fator climático regional FR = 1,00 será uma medida
aconselhável, pois se comparamos a severidade climática dos países de clima frio (congelamento de
solos saturados de umidade) com o clima menos adverso dos países tropicais, se verifica que no
Brasil são menos intensas as ações de degradação por intemperismo climático.

Entretanto, para situações mais críticas é aconselhável se relacionar o parâmetro (FR) com a altura
média anual de chuva em mm, conforme os valores constantes do quadro apresentado a seguir:

Altura Anual de Chuvas Fator Climático Regional


(mm) (FR)
Até 800 0,70
Entre 800 e 1500 1,40
Maior que 1500 1,70

Deve ser observado que na realização do projeto preliminar do pavimento seus autores estimaram a
magnitude do número N, em torno do seguinte valor:

N > 1 x 108 Operações de eixo padrão

Como já tinha sido enfatizada na identificação das características do tráfego, esta ordem de
grandeza correspondeu a um valor de N> 108 o que levou a se caracterizar o Anel Rodoferroviário
em estudo, como uma estrada que, para o período de projeto adotado, apresentará uma corrente de
tráfego com grande fluxo de veículos comerciais (caminhões-carretas).

4.6.3.2. COEFICIENTES DE EQUIVALÊNCIA ESTRUTURAL

Para se estabelecer correlações entre o CBR dos materiais granulares do pavimento e as


correspondentes solicitações de tráfego, diversos ensaios realizados com a operação do eixo padrão
na Pista Experimental da AASHO, permitiram definir diversas espessuras da camada granular
única, as quais se tornam equivalentes às distintas camadas do pavimento flexível, através dos
coeficientes de equivalência estrutural de cada material utilizado.

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Entretanto, todo pavimento flexível tem sua estrutura formada por camadas de materiais com
finalidades estruturais específicas, que atuam na função de revestimento, base, sub-base e reforço,
todas sequencialmente assentadas sobre o subleito da via.

Assim, os coeficientes estruturais mais relevantes utilizados para se dimensionar o pavimento são
apresentados no quadro a seguir:

Componentes do Pavimento Coeficiente K


1- Base ou revestimento de concreto betuminoso 2,00
2- Base ou revestimento de pré-misturado a quente de graduação densa 1,70
3- Base ou revestimento de pré-misturado a frio de graduação densa 1,40
4- Base ou revestimento por penetração 1,20
5- Base granular 1,00
6- Sub-base granular 0,77
7- Reforço do subleito 0,71
8- Solo cimento com resistência à compressão a 7 dias superior a 45 kg/cm2 1,70
9- Solo cimento com resistência à compressão a 7 dias entre 45 kg/cm2 e 35 1,40
kg/cm2
10- Solo cimento com resistência à compressão a 7 dias inferior a 35 kg/cm2 1,00
Fonte: Pavimentação I, página 204 – Cyro Nogueira Baptista.

No dimensionamento, cada camada de material a ser dimensionada terá seu coeficiente de


equivalência estrutural designado, respectivamente por:

- Kr Coeficiente de equivalência estrutural para os materiais da camada de revestimento;


- Ks Coeficiente de equivalência estrutural para os materiais da camada de base;
- Ksub Coeficiente de equivalência estrutural para os materiais da sub-base;
- Kref Coeficiente de equivalência estrutural para a camada de reforço.

4.6.3.3. AVALIAÇÃO DAS ESPESSURAS

A espessura total do pavimento que deverá estar relacionada ao número N e ao valor do CBR do
subleito em termos da base granular construída em pista experimental, será obtida por correlações
identificadas e existentes entre estes parâmetros, como poderá ser observado no gráfico ajustado
pelo Engenheiro Murillo Lopes de Souza, apresentado a seguir.

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No eixo das abcissas (escala logarítmica), tem-se graduado o numero N e no eixo das ordenadas
(escala decimal) se lê a espessura total do pavimento (em centímetros).

Entrando-se com o valor de N encontrado nos estudos de tráfego, se identifica qual reta inclinada
que representará o valor do CBR do subleito em causa, e a partir dela segue-se horizontalmente até
o eixo das ordenadas, para se obter o valor da espessura total em termos de base granular.

Essa espessura é denominada de Hm, sendo que o índice m da letra H indica o valor do CBR do
subleito. De modo idêntico se procede ao se encontrar a reta correspondente ao valor do CBR do
reforço, que é designada pelo índice n da letra H. Assim determina-se a espessura total Hn acima da
camada de reforço. Com o valor do CBR da sub-base (sempre igual a 20%), mesmo que o seu valor
real seja superior a este valor, determina-se a espessura total H20 em termos de base granular,
situada acima da camada da sub-base.

Tendo-se identificado as espessuras totais Hm, Hn e H20 referentes à base granular única, as
espessuras reais de cada camada estrutural do pavimento previsto em projeto (R, R, h20, e hn) serão
determinadas através da solução do seguinte conjunto de inequações:

RKr+RKb H20

RKr+BKb+h20 Ksb Hn

RKr+BKb+h20 Ksb + hn Kref Hn

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Onde:

R espessura do revestimento adotado;


Kr coeficiente de equivalência estrutural da camada de revestimento;
B espessura calculada da base;
Kb coeficiente de equivalência estrutural da camada de base;
h20 espessura calculada da sub-base;
Ksb coeficiente de equivalência estrutural da camada de sub-base;
hn espessura calculada do reforço;
Kref coeficiente de equivalência estrutural da camada de reforço;

O corte esquemático apresentado a seguir esclarece no caso de se dimensionar o pavimento, a


atribuição ou correspondência de cada parâmetro à estrutura concebida para o pavimento.

4.6.3.4. ESTRUTURA DO PAVIMENTO

4.6.3.4.1. CAMADAS PREVISTAS EM PROJETO

Para o Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul foi estabelecido uma estrutura
preliminar para o pavimento rodoviário, constituída por uma camada de revestimento asfáltico a ser
executada em CAUQ (Concreto Asfáltico Usinado a Quente) na espessura de 10 cm, sobre uma
camada de base granular de brita graduada.

A BASE por sua vez terá a espessura de 20 cm e se assentará sobre a camada de SUB-BASE
granular, prevista na espessura de 40 cm, a ser construída sobre o subleito da via. Lembrando que
antes de se executar a base e sub-base do pavimento será necessário realizar o reforço e
regularização do SUB-LEITO. Entretanto, este reforço será realizado em pontos com pouco
resistência de suporte, que serão constatados “in loco” durante a execução da pavimentação.

Na medida em que o levantamento de informações para identificar o comportamento qualitativo dos


materiais a serem utilizados na construção do pavimento for se desenvolvendo, as características
geotécnicas dos materiais (das jazidas e do subleito) serão reveladas.

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Por isto, serviços como a execução da regularização, a execução do reforço do subleito, sub-base,
base, imprimação, pintura de ligação, e da camada final de revestimento asfáltico, deverão ser
implementados.

4.6.3.4.2. REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO

Trata-se de uma camada de espessura variável, executada com a finalidade de ajustar o leito da via
às medidas da plataforma projetada.

Pelas instruções para o controle tecnológico de serviços de pavimentação do DNER, neste serviço a
condição essencial é a que os materiais empregados provenientes das jazidas de empréstimos
tenham uma qualidade assegurada, ou seja, possuam características de suporte iguais ou superiores
aos materiais componentes do próprio subleito da via e que serviram de base ao dimensionamento
do pavimento, sendo que a expansão dos materiais utilizados deverá ser no máximo de 2%.

Sob o ponto de vista ambiental, a jazida prevista para a exploração dos materiais utilizados neste
serviço, deverá estar devidamente regularizada e licenciada.

Em termos de controle qualitativo deverão ser procedidos ensaios. Para isto na jazida serão colhidas
no mínimo nove amostras, para a determinação do ISC (Índice de Suporte Califórnia), da expansão,
e para a determinação da massa específica aparente seca, máxima.

Sua frequência será:

Um ensaio do ISC (CBR) com a energia de compactação prescrita no método DNER-ME 47-64,
com espaçamento máximo de 500m, de pista e, no mínimo, um ensaio para cada dois dias.

Para a determinação da massa específica aparente seca, máxima, deverá ser realizado um ensaio de
compactação, segundo o método DNER-ME 47-64, com espaçamento máximo de 100m de pista,
com amostras coletadas seguindo à seguinte ordem: bordo direito, eixo, bordo esquerdo, eixo, bordo
direito, etc., a 60cm do bordo.

A especificação prevê que o número de ensaios de compactação poderá ser reduzido desde que se
verifique a homogeneidade do material.

Na pista, a qualidade dos serviços de regularização será verificada mediante o controle dos serviços
de compactação, através de ensaios de umidade e densidade in situ, realizados nos trechos a liberar,
de modo que o grau mínimo de compactação assegurado, Gmin, seja de 100%.

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4.6.3.4.3. REFORÇO DO SUBLEITO

Como já foi enfatizado, face às condições deficientes em relação ao suporte do subleito, em alguns
locais será preciso reforçar o subleito através de uma camada adicional de solo, ou mesmo substituí-
lo.

Para este serviço, segundo as instruções para o controle tecnológico do DNER, a condição essencial
será que os materiais empregados na camada de reforço tenham características de suporte iguais ou
superiores às existentes no subleito. Também a expansão volumétrica dos materiais dela
constituintes deverá ser no máximo de 1%.

As jazidas dos materiais destinados ao reforço do subleito deverão, sob o ponto de vista ambiental,
se encontrar devidamente regularizadas e licenciadas.

Para o controle tecnológico dos materiais extraídos, deverão ser colhidas nove amostras para os
ensaios de expansão volumétrica, de ISC, e de determinação da massa específica aparente seca,
máxima.

A frequência dos citados ensaios será:

Um ensaio de ISC (CBR) com energia de compactação segundo prescrições do método DNER-ME
48-64, com espaçamento máximo de 500m de pista e, no mínimo, um ensaio a cada dois dias.

Para a determinação da massa específica aparente seca, máxima, deverá ser realizado um ensaio de
compactação, segundo o método DNER-ME 48-64, com espaçamento máximo de 100m de pista,
com amostras coletadas seguindo a seguinte ordem: bordo direito, eixo, bordo esquerdo, eixo, bordo
direito, etc., a 60cm do bordo.

A especificação também prevê que o número de ensaios de compactação poderá ser reduzido desde
que se verifique a homogeneidade do material.

Do mesmo modo que nos serviços de regularização, os serviços de reforço do subleito na pista,
serão verificados mediante o controle dos serviços de compactação, através de ensaios de umidade e
densidade in situ, realizados nos trechos a liberar, de modo que o grau mínimo de compactação a
ser assegurado, Gmin, seja de 100%.

4.6.3.4.4. SUB-BASE GRANULAR

Em termos qualitativos, para se executar esta camada, cresce o nível de exigências para assegurar
que estruturalmente a camada de sub-base possa efetivamente cumprir sua função.

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Cabe enfatizar que à sub-base cumpre a finalidade de transmitir e distribuir as tensões oriundas da
camada estrutural da base imposta por ações repetitivas provenientes da passagem dos veículos na
pista, às camadas inferiores do pavimento.

Assim, ela transmite e distribui as tensões provenientes das camadas superiores às camadas de
reforço e ao próprio subleito.

Além disto, pela natureza granulométrica dos materiais constituintes, ela também exerce função
drenante, ao evitar que as águas provenientes de materiais eventualmente saturados no subleito da
via ascendam por capilaridade às camadas superiores do pavimento.

Segundo as instruções para o controle tecnológico de serviços de pavimentação do DNER, a


condição essencial é a de que os materiais empregados na sub-base apresentem um ISC (CBR) igual
ou superior a 20%, com expansão volumétrica não ultrapassando 1%, sendo que o Índice de Grupo
(IG) dos materiais empregados deverá se situar em torno de zero.

As jazidas destinadas à exploração dos materiais destinados à execução da camada de sub-base


também deverão, sob o ponto de vista ambiental, se encontrar devidamente regularizadas e
licenciadas.

Nas jazidas a serem exploradas, o controle dos materiais extraídos se dará por meio da verificação
de ensaios realizados em amostras colhidas no local, também num número mínimo de nove
amostras, para o ensaio do ISC, expansão, e para a determinação do índice de grupo e da massa
específica aparente seca, máxima.

Determinação do Índice de Grupo, com espaçamento máximo de 150 m de pista e, no mínimo, dois
grupos de ensaios por dia. O Índice de Grupo, como se sabe, é função do limite de liquidez, do
limite de plasticidade e da granulometria, que devem ser determinados pelos métodos DNER-ME
44-71, ME 82-63 e ME 80-64.

Por último, deverá ser realizado um ensaio de ISC (CBR), com a energia de compactação segundo o
método DNER-ME 48-64, com espaçamento máximo de 300m de pista e, no mínimo, um ensaio a
cada dois dias.

Na execução dos serviços de compactação, a condição essencial é que o serviço seja realizado de
modo a satisfazer o grau mínimo de compactação especificado, e dentro da faixa de tolerância de
umidade.

Uma determinação do teor de umidade a cada 100m, imediatamente antes da compactação, pelo
método da frigideira.

Determinações de massa específica aparente, in situ, com espaçamento máximo de 100m de pista.
Do mesmo modo que nos serviços anteriores, os serviços de execução da sub-base serão verificados
mediante o controle da compactação, através de ensaios de umidade e densidade in situ, realizados
nos trechos a liberar, de modo que o grau mínimo de compactação a ser assegurado, G min, seja de
100%.

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4.6.3.4.5. BASE GRANULAR

A base granular corresponde à camada estrutural executada acima da sub-base. Ela é constituída de
materiais estabilizados granulometricamente, com a finalidade de resistir e distribuir os esforços
verticais e horizontais provenientes da passagem dos veículos, de modo a repartir uniformemente
estes esforços à sub-base, à camada de eventual reforço e ao subleito da via.

Em princípio, no desenvolvimento do projeto de pavimentação e no seu dimensionamento, não


ficaram definidas as características da base granular a ser executada no anel rodoferroviário. Por
isso, supôs-se que a base será executada em brita graduada, por ser a solução empregada em outros
pavimentos já executados na região.

Para a execução da base, materiais como bica corrida e brita graduada, ou base estabilizada
granulometricamente processada em instalações de britagem existentes e próximas ao
empreendimento, deverão ser as alternativas mais viáveis para a execução da camada de base
granular.

Por outro lado, durante sua execução os materiais empregados deverão estar sujeitos ao controle
tecnológico previsto e especificados em norma, para se enquadrar às características da base granular
adotada.

De todo o modo, como se trata de expressivo volume de material granítico a ser extraído e
processado, as instalações de britagem e as jazidas destinadas à realização deste serviço, deverão
estar sob o ponto de vista ambiental, regularizadas e licenciadas. Poderá ser considerada ainda a
alternativa de utilizar os materiais rochosos extraídos da área de implantação, após sua devida
britagem.

A nível mais geral, o material granular empregado deverá possuir composição granulométrica
enquadrada numa das faixas estabelecidas pelo DNER, ou seja:

Peneiras Faixa
mm A B C D
2” 50,8 100 100 100 100
1” 25,4 100 75-90 100 100
3/8” 9,5 30-65 40-75 50-85 60-100
No 4 4,8 25-55 30-60 35-65 50-85
No 10 2,0 15-40 20-45 25-50 40-70
o
N 40 0,42 8-20 15-30 15-30 25-45
No 200 0,074 2-8 5-15 5-15 5-20

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4.6.3.4.6. IMPRIMAÇÃO

A imprimação consiste na aplicação de uma camada fina (filme) de material asfáltico sobre a
superfície da base concluída, antes da execução da camada de revestimento asfáltico.

A imprimação executada servirá para aumentar a coesão das partículas junto à superfície da base, e
a penetração do material asfáltico empregado (CM-30), promoverá melhor aderência da camada de
base ao revestimento, além de também contribuir para a impermeabilização da estrutura.

Para se realizar a imprimação são utilizados asfaltos diluídos de baixa viscosidade, que permitirão a
penetração do ligante nos vazios do material granular da base.

Os ligantes mais utilizados e disponíveis no mercado são os asfaltos diluídos tipos CM-30 e CM-70.

Os equipamentos mínimos a empregar no serviço se encontram relacionados a seguir:

a) Para varredura: vassoura mecânica rotativa, ou vassouras comuns, quando a operação é


feita manualmente.

b) Para distribuição do ligante: caminhão tanque equipado com barra espargidora e caneta
distribuidora, bomba reguladora de pressão, tacômetro, termômetro, etc.

c) Depósito de Ligante: no canteiro de obras deverá se encontrar disponível um tanque com


capacidade de 20.000 litros para armazenamento do asfalto diluído.

A temperatura de aplicação do material asfáltico deve ser fixada em função da sua relação
temperatura- viscosidade. Por outro lado, deve ser escolhida a temperatura que proporcione a
melhor viscosidade para o espalhamento do ligante.

Quando a superfície da base estiver muito seca e poeirenta, será preciso umedecê-la ligeiramente
antes da distribuição do ligante.

Deve-se evitar a formação de poças de ligantes na superfície da base. Caso isto aconteça, torna-se
necessário à remoção das mesmas, pois se isto não ocorrer o excesso de ligante retardará a cura do
asfalto diluído, tornando-se prejudicial ao revestimento asfáltico.

A imprimação é um serviço bastante conhecido e fácil de ser executado. Porém, sob o ponto de
vista ambiental, cuidados especiais deverão ser tomados para se evitar acidentes (derrames
ocasionais nas operações de armazenamento, carga, transporte e aplicação), pois sem dúvida o
ligante inserindo-se no ambiente, degradará o meio físico e biológico local.

Quanto aos controles tecnológicos para assegurar a qualidade nos serviços realizados, deverá ser
seguida a especificação DNER-ESP-14/71.

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4.6.3.4.7. PINTURA DE LIGAÇÃO

A pintura de ligação consiste na aplicação de uma camada (filme) de material asfáltico aplicado
sobre a superfície de base imprimada ou de uma camada de revestimento, antes da execução da
camada de revestimento asfáltico final.

Esta pintura serve para promover a aderência entre o revestimento asfáltico e a camada subjacente,
e serve também para impermeabilizar a base ou pavimentos subjacentes ao revestimento a ser
executado.

Tipos de asfaltos utilizados: normalmente o material betuminoso empregado é uma emulsão


asfáltica de ruptura rápida, tipo RR-1C, RR-2C, ou ruptura média tipo RM-1C ou RM-2C.

Ao se utilizar o material, também deverá se tomar os devidos cuidados para não ocorrer derrames
acidentais no armazenamento, carga, transporte e aplicação do material, sob pena de degradar o
meio ambiente local, principalmente em relação aos corpos d’água existentes.

Para o manuseio e aplicação deverá ser seguida a especificação DNER-ESP-15/71.

4.6.3.4.8. REVESTIMENTO ASFÁLTICO

Na presente seção serão descritos os materiais constituintes da camada de revestimento asfáltico, os


principais controles tecnológicos utilizados, os equipamentos utilizados, etc., no intuito de se
identificar fatores contextuais de risco, que por ventura venham contribuir para o comprometimento
do meio físico local, durante e após a pavimentação asfáltica dos trechos em estudo.

Por isso, passa-se a descrever os materiais e procedimentos na seguinte forma:

O concreto asfáltico usinado a quente (CAUQ) é o produto resultante da mistura realizada a quente,
em usina apropriada, de agregado mineral graduado (agregado graúdo e miúdo), material de
enchimento e cimento asfáltico do petróleo (CAP).

A massa asfáltica obtida é transportada da usina, espalhada na pista e comprimida a quente,


satisfazendo as exigências estabelecidas na especificação do DNER, atual DNIT.

Assim, a camada de revestimento asfáltico constitui-se na camada destinada a resistir às ações do


tráfego, a impermeabilizar a pista e a melhorar as condições de rolamento no que se refere ao
conforto e segurança do usuário.

Esta camada terá função estrutural, pois ela transmite de forma atenuada as tensões e ações
provenientes do tráfego dos veículos às demais camadas inferiores que constituem o pavimento.

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Quanto aos materiais componentes da massa asfáltica, como já foi dito, estes serão compostos por
ligantes betuminosos, por agregado graúdo, agregado miúdo, e pelo material de enchimento
denominado filler.

Ligante betuminoso:

Na função de ligante ou aglomerante se empregam os seguintes materiais betuminosos:

a) Cimento asfáltico de penetração: CAP 50/60 (classificação por penetração de agulha); ou


b) Cimento asfáltico de viscosidade: CAP 20 ou CAP 40 (classificação por viscosidade).

Deve ser observado que o cimento asfáltico do petróleo (CAP) é um material termoplástico, cuja
viscosidade diminui com o aumento da temperatura. A relação entre temperatura e viscosidade,
entretanto, pode não ser a mesma para diferentes tipos de ligantes betuminosos e por isto ela irá
depender evidentemente das características ou das propriedades inerentes a cada tipo de CAP.

A viscosidade mais conveniente que cada ligante deve possuir depende de vários fatores, sendo os
principais apontados a seguir:
- Tipo de aplicação;
- Características e graduação do agregado utilizado;
- Condições climáticas da região onde se executa a pavimentação.

Com a mais alta viscosidade (menor temperatura) deve ser selecionado o ligante que assegure o
recobrimento adequado do agregado e proporcione a trabalhabilidade apropriada para que a mistura
asfáltica possa ser perfeitamente espalhada e comprimida na pista.

Agregado graúdo:

O agregado graúdo normalmente especificado será a pedra britada, podendo ser ainda o seixo
rolado britado, ou ainda outro material indicado nas especificações, previamente aprovado pela
fiscalização.

Por sua vez, o agregado graúdo deve se constituir por fragmentos de pedra sãos, duráveis, livres de
torrões de argila e de outras substâncias nocivas, devendo por isto atender aos seguintes requisitos
normativos:

a) Abrasão “Los Angeles”, método (DNER-ME 035/94) 50%;

b) Índice de Forma, método (DNER-ME 086/94) 0,5;

c) Durabilidade, método (DNER-ME 089/94), perda 12%;

d) Boa adesividade, método (DNER-ME 078/94 e 079/94). Não se conseguindo a adesividade


procurada, deverão ser utilizados aditivos (doping) ou melhorador de adesividade.

Agregado miúdo:

O agregado miúdo poderá ser areia, pó de pedra, ou mistura de ambos. Suas partículas individuais
deverão ser resistentes, apresentar moderada angulosidade, livres de torrões de argila e outras
substâncias nocivas. Ele deverá apresentar um equivalente de areia igual ou superior a 55%.

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Filler:

Este material de enchimento deverá ser constituído por materiais finamente divididos, inertes em
relação aos demais componentes da mistura. Todos os elementos que compõe o filler deverão ser
não plásticos (NP), tais como cimento Portland, cal extinta, pó calcário, e deverão atender às
especificações (DNER-ME 083/94).

Para se assegurar qualidade para a massa asfáltica, na sua aplicação deverão ser verificados:

- As condições de vazios verificados após a compactação;


- O monitoramento do teor de ligante betuminoso obtido na mistura;
- O controle da estabilidade e a fluência da massa betuminosa recém preparada, através do
ensaio Marshall.

Equipamentos básicos necessários para a execução da camada de revestimento:

a) Usina para o preparo da massa asfáltica em CAUQ.

b) Vibro acabadora capaz de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e


abaulamentos requeridos.

c) Rolo pneumático e rolo metálico liso, tipo tandem, para a compactação da camada.

d) Caminhões basculantes para o transporte da massa da usina para a pista.

Recomenda-se que sejam utilizados materiais betuminosos processados em instalações de usinas de


asfalto já instaladas na região e que estejam ambientalmente licenciadas.

As fotos apresentadas a seguir (Figuras 4.3 a 4.6), destacam os principais equipamentos necessários
para se executar a camada de revestimento betuminoso.

Figura 4.3: Usina de asfalto no preparo do CAUQ. Figura 4.4: Caminhão basculante em procedimento
de alimentação com massa asfáltica a Vibro
acabadora.

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Figura 4.5: Rolo liso metálico tipo tandem, Figura 4.6: Rolo pneumático com calibragem
dotado de vibração para o serviço de variável, aplicado no serviço de compactação da
compactação e acabamento da superfície camada de revestimento asfáltico.
asfáltica.

Como equipamento mínimo para a construção do concreto asfáltico (CAUQ), será preciso contar
com os seguintes dispositivos:

a) Depósito de cimento asfáltico, munido de bomba de circulação, de modo a garantir um


fluxo contínuo, do depósito ao misturador, durante o período de operação ou preparo da
massa asfáltica. O depósito deve ser capaz de aquecer o material às temperaturas fixadas, o
que deve ser feito por meio de serpentinas a vapor, eletricidade ou outros meios, de modo a
não haver contato de chamas com o interior do depósito. As tubulações e os acessórios
deverão ser dotados de isolamento, a fim de se evitar perdas de calor.

b) Usina de concreto asfáltico equipada com uma unidade classificadora de agregados, após o
secador. Poderão ser utilizadas usinas volumétricas, gravimétricas ou mistas.

c) Caminhões com caçambas metálicas para o transporte da massa asfáltica recém preparada
para a pista.

d) Vibro acabadora automotriz, capaz de espalhar e conformar a mistura asfáltica na pista,


segundo o alinhamento, cotas e abaulamentos requeridos. Deverá possuir parafuso com
rosca sem fim, marcha para frente e para trás, alem de ser equipada com alisadores,
vibradores e dispositivos para o aquecimento dos mesmos, à temperatura exigida, para
assegurar a colocação da mistura asfáltica sem irregularidade.

e) Equipamento para a compressão da massa asfáltica na pista, constituído por rolo


pneumático, e rolo metálico liso, tipo tandem, devendo permitir uma carga de 8 a 12t. Os
rolos pneumáticos auto propulsores, devem ser dotados de pneus que permitam a
calibragem de 35 a 120 psi (libras por polegadas quadrada), com seu peso variando de 5 a
35 toneladas.

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4.7. CANTEIRO DE OBRAS

Antes de iniciar a implantação do Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul, é


necessário um local para instalação do canteiro de obras, com espaços para sanitários, vestiários,
estacionamento de máquinas e equipamentos, escritórios e sala de reunião, depósito de material de
construção, tanques de emulsão e combustíveis.

A área proposta para o canteiro de obras está situada dentro da propriedade do Terminal de Granéis
Santa Catarina – TGSC. Este local também será utilizado pelo TGSC para implantação da porção
marítima do seu empreendimento portuário.

Esta área de canteiro de obras possuirá 1.800 m2 e estará localizada nas coordenadas UTM 736450,
7096600.

A localização do canteiro de obras pode ser observada no Mapa 01- Localização do


Empreendimento. A Figura 4.7, a seguir, ilustra o layout do canteiro.

Figura 4.7: Layout do canteiro de obras.

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O canteiro de obras contará com um conjunto de instalações dimensionadas e implantadas para


garantir o bom funcionamento da obra, ao final da qual, será totalmente desmontado. Esse canteiro
atenderá às necessidades básicas da mão-de-obra a ser empregada.

Será constituído das seguintes áreas:

Setores técnicos e administrativos:

Nesta área serão desenvolvidos os serviços administrativos, de gerenciamento e controle da obra.


Será constituído por 3 contêineres dotados de ar condicionado, mobília e equipamentos de
escritório.

Setor vestiários:

Será composto de uma edificação contendo chuveiros, lavatórios, sanitários e armários. Essa
edificação deverá apresentar piso e paredes impermeabilizadas e abrigar bacias sanitárias, boxes
com ducha para banho, mictórios e lavatórios. Essa edificação será abastecida por água potável
coletada na rede da concessionária local.

Setor de tratamento de águas servidas:

Recomenda-se que o esgoto gerado nos sanitários e vestiários seja encaminhado para uma estação
compacta de tratamento de esgoto por lodos ativados.

Setor para disposição de resíduos sólidos:

Será construída uma área para disposição de resíduos sólidos em caçambas especiais para coleta,
separados por tipos de materiais, identificados pelas cores normatizadas, caçambas essas que depois
de cheias, serão retiradas por empresa legalizada para destinação final. Segundo a NBR 10.004/04
os resíduos gerados serão enquadrados por sua periculosidade, como Classe I e II (não perigosos).

Local para abastecimento de máquinas:

Será construída uma área segregada para abastecimento de combustível para máquinas. Nessa área
será construído um piso cimentado e dotado em todo o seu perímetro de uma canaleta para
contenção de derivados de petróleo. Os efluentes coletados por essa canaleta deverão ser
encaminhados para uma caixa separadora de água e óleo, antes de serem lançados na rede de
drenagem. Não está previsto o armazenamento de combustível no canteiro.

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4.8. PROJETO DE SINALIZAÇÃO

4.8.1. ASPECTOS UTILITÁRIOS E NORMATIVOS

O projeto de sinalização desenvolvido pela empresa Azimute Engenheiros Consultores Ltda, segue
orientações e recomendações preconizadas nas Especificações e Normas do Manual de Sinalização
Rodoviária do DNER, edição de 1999.

Assim, nesta seção serão observados os principais conceitos inseridos nos procedimentos de
sinalização horizontal e vertical praticados, para a verificação de sua conformidade com os
seguintes preceitos, ou seja:

- Sinalização Vertical:

A sinalização vertical corresponde a um subsistema da sinalização viária que irá utilizar placas e
pórticos com placas, onde o meio de comunicação estará na posição vertical, fixado ao lado ou
suspenso sobre a pista da rodovia, transmitindo mensagens de caráter permanente e, eventualmente,
variáveis, mediante símbolos e ou legendas previamente reconhecidas e legalmente instituídas.

As placas, classificadas de acordo com as suas funções, se encontrarão agrupadas em um dos


seguintes grupos de sinalização vertical:

- Placas para orientação e indicação dos serviços disponíveis junto à rodovia

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- Placas de Advertência

-Placas de Regulamentação, de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito

- Sinalização horizontal:

A sinalização horizontal corresponde a um subsistema de sinalização viária que utiliza linhas,


marcações, símbolos e legendas, fixados ou pintados sobre a pista de rolamento das rodovias.

Ela terá a função de organizar o fluxo de veículos e pedestres, controlar e orientar os deslocamentos
em frente a situações indefinidas relacionadas com a geometria e topografia ou em frente a
obstáculos, complementar os sinais verticais de regulamentação, de advertência ou de indicação.

Diferentemente dos sinais verticais, a sinalização horizontal mantém alguns padrões cuja mescla e
forma de coloração na via, definem os diversos tipos de sinais. Como exemplo, a ilustração
apresentada a seguir mostra uma ação combinada de balizadores e tachões refletivos, linhas e
faixas, que quando corretamente utilizados aumentam significativamente a segurança do usuário,
principalmente nos trechos sinuosos em declive (Figura 4.8).

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Figura 4.8: Exemplos de sinalização horizontal

As distintas colorações ao serem combinadas definem a finalidade de cada sinalização horizontal,


prevista em consonância com o conteúdo do Código Brasileiro de Trânsito.

Quanto às tachas e tachões, eles constituem-se em dispositivos normalmente confeccionados em


resina de poliéster, possuem pinos de fixação externos zincados a fogo, dotados de roscas
ancoradoras.

Os seus elementos refletivos são confeccionados em acrílico, que permitem ação refletiva mono ou
bidirecional.

Estes dispositivos são utilizados em sinalização rodoviária para divisão de fluxos opostos, para
dificultar as ultrapassagens em lugares não permitidos, e para, simultaneamente balizar a rota de
tráfego, principalmente à noite. Os tachões podem ser:

- Tachões refletivos bidirecionais


- Tachões refletivos unidirecionais
- Tachões não refletivos (cegos)

4.8.2. TIPOS DE SINALIZAÇÃO

Com relação à sinalização horizontal, esta será essencialmente composta por:

- Linha de divisão de fluxos;


- Formação das faixas de trânsito ou tráfego;
- Linhas de bordo;
- Marcação das áreas pavimentadas não utilizáveis (áreas zebradas);
- Linhas de retenção e faixas de travessias de pedestres;
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- Setas horizontais orientadoras e indicativas;


- Tachões refletivos.

Quanto à sinalização vertical, esta será basicamente composta por:

- Placas de advertência;
- Placas de regulamentação;
- Placas de orientação e indicação dos serviços à disposição junto à via.

4.8.3. ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

As placas de indicação, advertência e regulamentação deverão ser confeccionadas em chapas


metálicas zincadas, conforme os dispositivos normativos estabelecidos na NBR-11904. Estas placas
deverão ser revestidas com película refletivo tipo I-A (NBR-14644).

Já as letras, números, setas e tarjas deverão ser revestidas com películas do mesmo tipo I-A.
Somente as bandeiras e pórticos deverão usar para letras, números, setas e tarjas, películas do tipo-
II.

Quanto à sinalização horizontal, a mesma deverá ser executada com tinta a base de resina acrílica
(NBR-11862), na espessura 0,6mm (úmida), com a aplicação de microesfera de vidro tipo I-B e II-
A (NBR-683).

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4.9. CRONOGRAMA FÍSICO

O cronograma físico apresentado a seguir indica que foi previsto um total de 360 dias (12 meses)
trabalháveis para a execução da obra. Neste cronograma está incluída a mobilização dos
equipamentos para se iniciar a obra (instalação do canteiro e serviços iniciais de demarcação), a
execução da terraplanagem e das obras de arte correntes, o serviço de pavimentação propriamente
dito e a implantação do projeto de sinalização.

Os últimos noventa dias foram previstos para a execução dos serviços considerados
complementares à obra.

CRONOGRAMA FÍSICO
DIAS
SERVIÇOS
30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360

Mobilização / Serviços
60 % 40%
Iniciais
Terraplenagem 10% 10% 10 % 10% 15% 15% 15% 15%
Drenagem e Obras de
Arte 15% 15% 15% 15% 20% 20%
Complementares
Pavimentação Rodovia /
15% 15% 15% 15% 20% 20%
Implantação Ferrovia
Sinalização 20% 40% 40%
Obras Complementares 25% 25% 50%

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5. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO EMPREENDIMENTO

O diagnóstico ambiental referente aos aspectos físicos, bióticos e sócio-econômicos, foi elaborado de
modo a subsidiar as análises de especialistas no tocante às condições do local que será submetido às
obras de implantação do Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul.

Nesta seção do EAS estão apresentados, de maneira detalhada, os dados relevantes obtidos durante os
trabalhos de campo realizados com o intuito de caracterizar o ambiente, trazendo informações gerais,
ou seja, aquelas que caracterizam toda a Região onde se insere o empreendimento (município de São
Francisco do Sul) e também informações específicas, ou seja, aquelas referentes ao local de
implantação, propriamente dito.

O diagnóstico ambiental foi realizado por uma equipe de técnicos com formação multidisciplinar, os
quais possuem conhecimentos ligados aos temas abordados e, para chegarem ao presente diagnóstico
realizaram várias atividades de campo e de escritório, as quais estão apresentadas a seguir, de maneira
resumida:

Levantamento de dados bibliográficos;


Levantamento de dados cartográficos;
Análise de imagens de satélite;
Levantamento de dados através de campanhas de campo;
Análise de inventários realizados nas áreas de influência e nas adjacências pela empresa
OAP.

Cabe salientar que, para cada um dos assuntos abordados, foram adotados métodos de coleta de dados
e análises de informações específicos, os quais, estão explicados, com maior riqueza de detalhes, nas
seções onde esses assuntos são tratados.

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5.1. MEIO FÍSICO

5.1.1. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

5.1.1.1. GEOLOGIA

O mapa geológico do Estado de Santa Catarina publicado pelo DNPM (1986) e por SANTA
CATARINA (1986) apresentou nove unidades tectonoestruturais para a geologia Catarinense:

Cinturão móvel;
Greenstone belt;
Núcleos graníticos;
Domos graníticos;
Granitóides;
Cobertura dobrada de plataforma;
Cobertura fanerozóica;
Intrusões alcalinas e;
Cobertura costeira e bacia de Pelotas.

Segundo SCHEIBE (1986) afloram no território catarinense seis litotipos (Figura 5.1.1):

Migmatitos e granulitos do Arqueano;


Granitóides e rochas metassedimentares e metamórficas associadas de idade proterozóica;
Rochas sedimentares gonduânicas paleozóicas;
Rochas basálticas, intermediárias e ácidas mesozóicas;
Rochas alcalinas do final do Mesozóico e início do Terciário e;
Sedimentos do litoral, de idade cenozóica.

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Figura 5.1.1: Unidades Litoestratigráficas definidas para o Estado de Santa Catarina, SCHEIBE
(1986).

HORN FILHO & DIEHL (1994 e 2001) subdividiram a geologia catarinense em cinco grandes
províncias geológicas posicionadas por seus caracteres estruturais, petrográficos, sedimentares e
evolutivos:

Escudo Catarinense;
Bacia do Paraná;
Planalto da Serra Geral;
Complexo Alcalino e;
Província Costeira.

Afloram de leste para oeste as rochas graníticas, metamórficas, sedimentares e basálticas e depósitos
sedimentares da Província Costeira; os litotipos cristalinos e sedimentares do Escudo Catarinense; as
rochas sedimentares da Bacia do Paraná; as rochas alcalinas do Complexo Alcalino e as rochas
basálticas e riolíticas do Planalto da Serra Geral.

Do ponto de vista cronológico, as rochas Arqueanas, Proterozóicas e Cambrianas do Escudo


Catarinense representam as rochas mais antigas do Estado (até ± 550 MA AP), seguido das rochas
sedimentares da Bacia do Paraná (entre 500 e 180 MA AP), dos basaltos da Serra Geral (± 130 MA
AP), das alcalinas do Domo de Lages (± 65-70 MA AP) e dos depósitos sedimentares da Província
Costeira de idade quaternária (± 2 MA AP – presente).

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5.1.1.2. RELEVO

O relevo do Estado de Santa Catarina é caracterizado por apresentar duas regiões distintas, limitadas
pelas elevações Serra do Mar e Serra Geral. Deste ponto para o interior, domina um altiplano
levemente inclinado para Oeste, conhecido por Região do Planalto. Para Leste, da borda desse planalto
até o mar está a Região do Litoral e Encostas, que é constituída por uma diversidade de formações
topográficas, formando setores com características próprias e de grande beleza cênica.

Na Região do Planalto ocorre uma diferenciação entre as regiões das Bacias do Rio Uruguai e do Rio
Iguaçu. O Rio Uruguai nasce no Morro da Igreja (1.808m) e o Rio Iguaçu no Campo dos Padres
(1.800 m), que são os acidentes orográficos mais elevados do território catarinense.

O Planalto da Bacia do Rio Uruguai inclui terras localizadas no Oeste e Sudoeste, até as escarpas da
Serra Geral, situada a Leste. A drenagem principal é constituída pelo rio do mesmo nome e por seus
formadores, os Rios Pelotas e Canoas. O relevo desse planalto desenvolve-se para Oeste, onde
predomina a forma de patamares.

Por sua vez, o Planalto do Rio Iguaçu que é de menor abrangência, inclui as terras próximas da divisa
com o Paraná, entre o Rio Negro e sua foz no Rio Iguaçu, até a cidade de Porto União, destacando-se
as serras da Moema, de Jaraguá e do Rio Preto, todas de grande beleza e destaque paisagístico.

A Região do Litoral e Encostas é formada por planaltos sedimentares e encostas cristalinas que
formam as serras litorâneas, sendo a drenagem orientada para Leste, em direção ao oceano. Na área
mais ao Norte, a imponente Serra do Mar adentra o Estado com desenvolvimento notável nas
localidades de Garuva, Joinville e Jaraguá do Sul.

Na altura do Vale do Itajaí, e daí para o Sul, a Serra Geral passa a constituir o divisor de águas para a
Vertente Atlântica, formando múltiplas ramificações menores, algumas com grande desenvolvimento.
Essa área serrana, também de topografia acidentada como a anterior, apresenta alto potencial de
aproveitamento turístico.

O litoral é formado por três setores bem diferenciados, caracterizando paisagens distintas.

A) LITORAL NORTE

Caracterizado pela extensa planície interpolada por formações cristalinas, com predominância arenosa.
Estende-se desde a Barra do Rio São Francisco (Baía da Babitonga) até a Barra do Rio Itapocú.
Destaca-se na paisagem e condiciona a função portuária da cidade de São Francisco do Sul.

As formações sedimentares com predominância arenosa neste trecho do litoral podem ser consideradas
como um fator negativo ao se considerar a qualidade dos solos agrícolas. Formações florestais aí
existentes permitiram, todavia, a acumulação de detritos orgânicos que tendem a atenuar a pobreza do
solo.

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B) LITORAL CENTRAL

Estende-se desde a Barra do Rio Itapocú até a altura da extremidade sul da Ilha de Santa Catarina.

Sua morfologia é caracteriza pela maior movimentação, isto é, as formações cristalinas esbarram mais
frequentemente no mar, guardando as cristas. Entretanto, sua direção é mais ou menos oblíqua, que
resulta numa frente mais contínua.

Como consequência disso a região dispõe de numerosas enseadas e baías de forma elíptica que
apresentam fundos lodosos ou de manguezais. Alguns rios importantes deságuam no litoral central,
formando planícies de sedimentação também marinhas: em Itajaí e Tijucas.

A Ilha de Santa Catarina é um conjunto de esporões que o processo de sedimentação culminou por
unir, ainda no Quaternário, prevendo duas lagoas em seu interior. A mais ampla é a da Conceição, que
é uma das principais atrações turísticas do município, e a outra denominada de Lagoa do Peri,
localizada no Sul da Ilha, bem menor que a primeira.

C) LITORAL SUL

Marcado pelo predomínio das baixadas. O processo de retificação por efeito da sedimentação eólico-
marinha combinada com a deposição de detritos de rios importantes, como o Tubarão e o Araranguá,
está bem avançado e, por isso, se apresenta muito retilíneo, sobretudo, a partir da cidade de Laguna.

Entre os acidentes mais importantes, está a planície em forma de delta do Rio Tubarão que é ocupada,
em parte, para fins agropecuários.

Nas proximidades de Araranguá, as numerosas praias do litoral meridional lhe dão grande beleza
panorâmica, onde o mar aberto e as elevadas dunas esbarram em formações sedimentares antigas, as
quais se apresentam como paredões abruptos, de níveis modestos.

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5.1.1.3. HIDROGRAFIA

A Rede Hidrográfica do Estado de Santa Catarina apresenta dois grandes sistemas independentes de
drenagem: a do Atlântico e a do Interior (Figura 5.1.2).

Legenda

Vertente Atlântica

Vertente do Interior

Figura 5.1.2: Mapa hidrográfico de Santa Catarina. Fonte: Bacias Hidrográficas do Estado de
Santa Catarina – Diagnóstico Geral, SDM, 1997.

Os rios que drenam as Zonas de São Francisco do Sul, Itajaí, Florianópolis e Laguna se orientam no
sentido do mar, enquanto os rios que drenam as áreas do Planalto de Canoinhas, Alto Rio Negro,
Campos de Lajes, Joaçaba e Chapecó estão vinculados à Bacia Platina, constituindo-se as principais
artérias tributárias de grandes coletores como o Rio Iguaçu e o Rio Uruguai.

Muitas bacias litorâneas como a do Tubarão, Araranguá e Itajaí-Açu têm como divisor a escarpa da
Serra Geral. Algumas bacias situadas na porção Nordeste do Estado têm como divisor, entre duas
vertentes, as Serras Cristalinas, enquanto outras, da porção Centro Oriental, têm divisores inscritos na
própria região da Vertente Atlântica.

A principal linha divisória responsável pela orientação geral da drenagem é representada pela escarpa
da Serra Geral, a qual é bastante retalhada pela erosão regressiva que tende ao recuo das cabeceiras.

Para o estado de Santa Catarina foram identificadas 23 Bacias Hidrográficas como mais relevantes em
termo de sua abrangência, conforme se pode observar na Figura 5.1.3.

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Figura 5.1.3: Mapa das Bacias Hidrográficas do Estado de Santa Catarina.

As bacias hidrográficas do Estado de Santa Catarina foram definidas e classificadas pela Lei Estadual
no 10.949 de 09 de novembro de 1998, a qual caracterizou o estado em dez regiões hidrográficas,
conforme pode ser visto na Figura 5.1.4.

Figura 5.1.4: Mapa das Regiões Hidrográfica do Estado de Santa Catarina.


Fonte: Bacias Hidrográficas do Estado de Santa Catarina – Diagnóstico Geral, SDM, 1997.

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Na Tabela 5.1.1 pode-se observar o agrupamento das principais bacias pertencentes a cada região
hidrográfica.

Tabela 5.1.1: Regiões hidrográficas do Estado de Santa Catarina.


BACIA DO RIO PEPERI-GUAÇU
RH1 – EXTREMO OESTE
BACIA DO RIO DAS ANTAS
RH3 – VALE DO RIO DO PEIXE BACIA DO RIO DO PEIXE
BACIA DO RIO JACUTINGA
BACIA DO RIO IGUAÇU
RH5 – PLANALTO DE CANOINHAS BACIA DO RIO NEGRO
BACIA DO RIO CANOINHAS
RH7 – VALE DO ITAJAÍ BACIA DO RIO ITAJAÍ
BACIA DO RIO TUBARÃO
RH9 – SUL CATARINENSE
BACIA DO RIO D'UNA
BACIA DO RIO CHAPECÓ
RH2 – MEIO OESTE
BACIA DO RIO IRANI
BACIA DO RIO CANOAS
RH4 – PLANALTO DE LAGES
BACIA DO RIO PELOTAS
BACIA DO RIO CUBATÃO (DO NORTE)
RH6 – BAIXADA NORTE
BACIA DO RIO ITAPOCU
BACIA DO RIO TIJUCAS
BACIA DO RIO BIGUAÇU
RH8 – LITORAL CENTRO
BACIA DO RIO CUBATÃO (DO SUL)
BACIA DO RIO DA MADRE
BACIA DO RIO ARARANGUÁ
RH10 – EXTREMO SUL CATARINENSE BACIA DO RIO URUSSANGA
BACIA DO RIO MAMPITUBA
Fonte: Mapa das Regiões Hidrográficas (2000) – Governo do Estado de Santa
Catarina, Secretarias de Estado do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, e
do Desenvolvimento Rural e da Agricultura.

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5.1.1.4. CLIMA

O estudo do tempo e do clima ocupa uma posição central e importante no amplo campo da ciência
ambiental. Os processos atmosféricos influenciam os processos nas outras partes do ambiente,
principalmente na biosfera, hidrosfera e litosfera. Do mesmo modo, os processos e outras partes do
ambiente não podem ser ignorados pelo estudante do tempo e do clima. Os quatros domínios globais –
a atmosfera, a hidrosfera, a litosfera e a biosfera – não se superpõem uns aos outros, mas
continuamente permutam matéria e energia entre si.

O clima influencia diretamente as plantas, os animais (incluindo o homem) e o solo. Ele influencia as
rochas através do intemperismo, enquanto as forças externas que modelam a superfície da Terra são
basicamente controladas pelas condições climáticas. Por outro lado, o clima, particularmente perto da
superfície, é influenciado pelos elementos da paisagem, da vegetação e do homem, através de suas
várias atividades. Os processos geomorfológicos, pedológicos e ecológicos, e as formas que eles
originam, só podem ser devidamente compreendidos com referência ao clima predominante na
atualidade e no passado.

O clima de uma localidade é formado por uma complexa interação entre os continentes, oceanos e as
diferentes quantidades de radiação recebida do Sol. O giro da Terra em torno deste astro faz com que
essa quantidade de energia recebida em cada localidade varie ao longo do ano, criando um ciclo
sazonal responsável pelas quatro estações (primavera, verão, outono e inverno).

No Estado de Santa Catarina esta variação sazonal do clima é bem definida por causa da sua
localização geográfica. No verão, quando os raios solares estão chegando com maior intensidade, a
quantidade de radiação solar global recebida chega a 502 cal/cm2 e no inverno esse fluxo é bem menor
e fica em torno de 215 cal/cm2.

A frequência de inserção de frentes frias e de massas de ar frio é muito maior no período de inverno,
contrastando com as altas temperaturas de verão, geradas pela permanência da massa de ar tropical. As
estações de transição, outono e primavera, mesclam características das duas outras estações.

Além das variações sazonais associadas ao movimento da Terra em torno do sol, a orografia
(distribuição das montanhas) de Santa Catarina e a proximidade do mar são, também, os principais
fatores responsáveis pelas diferenças de clima existentes entre as diversas localidades do estado.

A altitude da planície litorânea varia de 0 a 300 m. Logo que se sobe a Serra do Mar, no Planalto
Serrano e no Meio Oeste, as altitudes variam entre 800 e 1.500 m. Mais a Oeste, as altitudes vão
diminuindo até ficarem próximas dos 200 m, no Extremo Oeste.

Toda essa variação de altitude e distanciamento do mar faz com que o clima varie bruscamente entre
uma região e outra. As temperaturas, por exemplo, podem variar mais de 10ºC entre os Planaltos e o
Litoral.

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5.1.2. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DO MUNUCÍPIO DE SÃO FRANCISCO DO SUL E DA


ÁREA EM ESTUDO

5.1.2.1. GEOLOGIA

5.1.2.1.1. EVOLUÇÃO GEOLÓGICA DA REGIÃO

Segundo GONÇALVES (1989), a estabilidade tectônica da região da Baía da Babitonga foi


severamente interrompida por volta de 500-600 milhões de anos passados, devido à ocorrência de
processos geodinâmicos internos.

Conforme a Teoria da Tectônica de Placas, o fenômeno da colisão entre placas é caracterizado pela
movimentação da crosta terrestre e ocorre quando as placas se movem uma em direção à outra,
convergindo mutuamente. No ato da colisão se origina uma zona de subducção, onde a placa oceânica
(mais densa) mergulha sob a placa continental para ser consumida no manto. As informações
geológicas apresentadas por GONÇALVES e KAUL (2002) ilustram este fenômeno mostrando a
elevação do Complexo Luis Alves como resultado da colisão, em um passado distante, do
“Microcontinente” Luis Alves com o “Microcontinente” Itapoá/S. F. do Sul, que se tratava de uma
massa litosférica vinda de Leste, a qual é representada atualmente pela Região da Vila da Glória e
Itapoá, além da Ilha de São Francisco do Sul (Figura 5.1.5).

Figura 5.1.5: Imagem ilustrativa do movimento da Tectônica


das Placas, mostrando o ocorrido entre os Microcontinentes
Luis Alves e Itapoá-São Francisco. Fonte: GONÇALVES e
KAUL (2002).

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Segundo a Doutora Mônica, praticamente todos os principais atributos morfológicos do relevo hoje
existente na região, foram modelados por este processo geodinâmico.

Em termos geocronológicos as rochas mais antigas da região da Baía da Babitonga foram identificadas
como rochas metamórficas arqueanas, do tipo gnaisse granulítico e integram o Complexo Luís Alves
(KAUL e TEIXEIRA, 1982), também denominado de Complexo Granulítico de Santa Catarina
(HARTMANN, SILVA e ORLANDI FILHO, 1979).

Tais rochas se formaram há cerca de 2,6 bilhões de anos, sendo afetadas por metamorfismo do tipo
granulítico, com fusões parciais de rochas ao sofrerem posterior processo de migmatização.

Segundo GONÇALVES (1989), na colisão ficou estabelecida uma zona de sutura entre os terrenos da
região de Joinville e aqueles da região de Itapoá e São Francisco do Sul.

A zona de sutura hoje apresenta rochas intensamente fragmentadas em decorrência das ações
tectônicas ocorridas concomitantemente com terremotos e vulcanismos.

Resultantes das mesmas ações, no Complexo Luís Alves surgiram duas bacias tectônicas, conhecidas
pelas denominações de Campo Alegre (KAUL, COUTINHO e ISSLER, 1982) e Joinville
(GONÇALVES, SANTANA e TOMAZZOLLI, 2000).

Nestas bacias inicialmente se acumularam sedimentos de granulação grosseira e posteriormente


sedimentos de granulação gradualmente mais fina como arcósios, arenitos, siltitos, e folhelhos.

Entre os sedimentos acumulados também se verificaram depósitos de tufos e derrames representativos


da atividade vulcânica, que provavelmente estariam relacionados com o plutonismo que gerou os
maciços graníticos da Suíte Intrusiva da Serra do Mar (KAUL et al., 1982).

Para GONÇALVES (1989), em termos geocronológicos a estabilidade tectônica se normalizou na


região a partir da era Paleozóica, com exceção das perturbações relacionadas com intrusões de
diabásio ocorridas entre o Jurássico e Triássico.

Somente a partir do período Quaternário, ou seja, do Pleistoceno ao Holoceno, a Baía da Babitonga


passou a ser palco exclusivo de sedimentação, tanto de origem continental como marinha.

A geologia de São Francisco do Sul compreende Terrenos Cristalinos do Escudo Catarinense e, em


sua maior parte, os depósitos sedimentares inconsolidados, de origem Cenozóica. Os primeiros
envolvem as litologias do Complexo Paranaguá (Gonçalves & Kaul, 2002) ou Complexo Tabuleiro
(Horn Filho, 1997), mais especificamente os migmatitos, granitóides e gnaisses. Os últimos reportam-
se aos depósitos areno-argilosos.

São Francisco do Sul localiza-se no Litoral I – Setentrional ou Norte – do Estado de Santa Catarina
(DIEHL & HORN FILHO, 1996) (Figura 5.1.6), cuja geologia, descrita por HORN FILHO et al.
(1993) e HORN FILHO (1997) apresenta como constituintes essenciais, as rochas de idade
arqueana/proterozóica e elúvios associados do Sistema Cristalino; os sedimentos de idade quaternária
indiferenciada do Sistema Continental de Encostas; os sedimentos pleistocênicos e holocênicos do
Sistema Litorâneo e os sedimentos atuais do Sistema Praial.

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Figura 5.1.6: Imagem Satélite TM Landsat - bandas 2, 3, 4, do


trecho norte do litoral do Estado de Santa Catarina.

A) SISTEMA CRISTALINO

O Escudo Catarinense está representado em São Francisco do Sul por maciços rochosos, elevações
isoladas e promontórios do embasamento cristalino e que constituem do ponto de vista
geomorfológico, as terras altas do setor meridional da Serra do Mar no Brasil e do setor setentrional
das serras do Leste Catarinense.

As rochas predominantes incluem granitos, granitóides e gnaisses e secundariamente xistos,


metabasitos, quartzitos, anfibolitos e migmatitos, tipos litológicos que fazem parte do Núcleo
Migmatítico de Injeção Polifásica de São Francisco do Sul (SILVA, 1984), integrante do Complexo
Tabuleiro (TRAININI et al., 1978).

O espesso revestimento vegetal da Floresta Atlântica sobre as rochas do sistema cristalino tem
protegido as mesmas dos processos erosivos, entretanto, fornecem igualmente ácidos orgânicos,
desenvolvendo bactérias nitrificantes que, nas suas ações, podem afetar a superfície da massa rochosa.

A ação dos processos intempéricos sobre as rochas matrizes preexistentes propiciou o


desenvolvimento de espessos pacotes de solos eluviais classificados como predominantemente
gnáissico-granítico. Posteriormente, estes elúvios, a partir de fluxos gravitacionais torrenciais nas
encostas das elevações, constituíram importantes depósitos coluviais que gradam, à jusante, para
aluviões indiferenciados.

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B) SISTEMA CONTINENTAL DE ENCOSTAS

Compreendem os depósitos coluvial e fluvial, os quais são considerados indivisos, devido ao contínuo
caráter de sedimentação ocorrido durante todo o Quaternário e que perdura até os dias atuais.

Os colúvios são constituídos de uma mistura de sedimentos arenosos, sílticos e argilosos, de grãos
imaturos e angulosos. Em meio a estes sedimentos, têm sido observados macroclastos de
granulometria variável, com tamanhos desde grânulos a matacões, predominando do ponto de vista
litológico, os granitos, os gnaisses e os ultramafitos do Sistema Cristalino.

Os fluviais estão encaixados nas drenagens dos principais rios da ilha e continente, compreendendo os
depósitos de canal, os depósitos de barras de meandros e os depósitos de planícies de inundação. Os de
canal, típicos dos cursos superiores, são formações proveniente de sedimentos arenosos contendo
seixos e matacões. Nas planícies dos cursos inferiores, predominam sedimentos arenosos e siltico-
argilosos. Os depósitos de barras de meandros aparecem mais confinados aos bancos convexos dos
canais ativos e abandonados, derivando do transporte de material arenoso por saltação e mais grosso
por tração.

C) SISTEMA LITORÂNEO

Neste sistema foram agrupadas as unidades geológicas da planície marinha propriamente dita,
correlacionadas cronologicamente aos eventos transgressivos e regressivos do Atlântico Sul, do final
do Pleistoceno e de todo Holoceno.

Representa uma planície composta de uma série de plainos praiais (strandplains), configurando uma
superfície plana-ondulada, formada pelo acréscimo de esporões arenosos sucessivos, depositados por
correntes paralelas à costa ou por cristas praiais originadas pela ação das ondas (SUGUIO, 1992).

 PLEISTOCENO SUPERIOR (120 MIL ANOS)

No Pleistoceno Superior foram reunidos os depósitos marinhos praiais recobertos por depósitos
eólicos e os depósitos lagunares.

Os depósitos eólicos apresentam-se como terraços de superfície aplainada a ondulada, com altitudes
entre 12 e 19 m e constituídos de sedimentos arenosos de granulometria fina a média. Os depósitos
lagunares representam as intercristas dos feixes litorâneos, de granulometria arenosa média e,
geralmente, enriquecida em matéria orgânica da vegetação secundária de restinga, típica dos depósitos
marinhos sobrejacentes.

Os depósitos pleistocênicos são compostos predominantemente de areias marinhas litorâneas bem


selecionadas, podendo apresentar uma coloração cinza escura em consequência da presença de matéria
orgânica secundária, o que lhe confere certa coesão. A presença de cordões litorâneos relíquias é
comum em alguns locais.

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 HOLOCENO

No Holoceno foram considerados os depósitos eólicos litorâneos, os depósitos marinhos recobertos


por depósitos eólicos e os depósitos lagunares. Associados, ainda, estão os depósitos flúvio-lagunares,
os depósitos paludiais, os depósitos estuarinos e os depósitos conchíferos artificiais, denominados
regionalmente de “sambaquis”.

- Depósitos Eólicos Litorâneos: apresentam-se sob a forma de dunas barcanóides, ativas ou fixadas
pela presença da vegetação. Os sedimentos destas dunas são constituídos de grãos arenosos médios,
quartzosos, arredondados e bem selecionados.

- Depósitos Marinho-Eólicos e Depósitos Lagunares: representam as cristas e as intercristas dos


cordões litorâneos, de altitudes entre 4 e 9m, compostos por sedimentos arenosos finos,
moderadamente a muito bem selecionados e essencialmente quartzosos.

- Depósitos Flúvio-Lagunares: resultantes da acumulação de sedimentos oriundos da erosão e do


transporte de materiais de áreas situadas à montante dos cursos fluviais exibem terraços de superfície
plana, alongados e constituídos de sedimentos arenosos finos e bem selecionados.

- Depósitos Paludiais: de granulometria arenosa fina e vegetação característica, representam os


depósitos das planícies de marés em áreas protegidas submersas pela preamar e expostas durante a
baixa-mar.

- Depósitos Estuarinos: formados de sedimentos arenosos finos com teores de silte e argila,
provenientes do fundo da baía, depositados em ambientes de baixa energia e com muita carga de
material fino transportado em suspensão.

- Depósitos Conchíferos Artificiais: compreendem colinas de forma cônica, de altitudes entre 7 e 15m
e constituídos de sedimentos arenosos, conchas, além de fragmentos diversos de origem biológica e
arqueológica. A idade holocênica confirma a expectativa de idade da maioria dos sambaquis de outras
planícies costeiras ou marinhas do sul do Brasil (HORN FILHO et al., 1995).

Os depósitos holocênicos são os que representam maior complexidade e diversidade. Nos ambientes
de transição, ocorre sedimentação areno-argilosa em lagunas e baías, bem como sedimentos areno-
argilosos bastante ricos em matéria orgânica dos manguezais atuais. Afloram ainda sedimentos flúvio-
lagunares, areno-argilosos e depósitos turfáceos, em terrenos alagadiços. São observadas ainda, areias
marinhas litorâneas bem selecionadas, apresentando, localmente, cordões arenosos, superfícies de
dunas, ativas ou estabilizadas.

D) SISTEMA PRAIAL

O litoral de São Francisco do Sul tem suas praias agrupadas em dois subsistemas praiais arenosos:
Praias Estuarinas (praias sob regime estuarino) e Praias Oceânicas (praias sob regime oceânico).

- Praias Estuarinas: Apresentam-se pouco desenvolvidas e parcialmente recobertas por vegetação.


Originam-se em locais abrigados e de baixa energia, configurando geralmente praias de bolso.

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- Praias Oceânicas: Expostas a níveis de energia moderados a altos. Foram classificadas como praias
alongadas, em espiral e de bolso. As praias de esporões de barreiras, na interface estuário/oceano, têm
sua sedimentação amarrada inicialmente às elevações cristalinas, progredindo a partir de importante
deriva litorânea e suprimento arenoso. Predominam nas praias oceânicas, declividades baixas a
médias; estados dissipativos e reflectivos; e granulometria arenosa fina a média.

5.1.2.1.2. CORPOS GEOLÓGICOS

Na presente seção se descreve as formações rochosas encontradas na região de interesse,


estabelecendo-se as características dos principais corpos geológicos tradicionalmente identificados na
região da Ilha de São Francisco.

A região de São Francisco do Sul na sua maior parte se caracteriza por formações de rochas
magmáticas e metamórficas, formações estas com planos de xistosidades evidenciados na direção
norte-sul.

Na região se encontram também espessos depósitos de solos sedimentares de origem marinha e


aluvionar. Estes solos além de estarem sujeitos a inundações apresentam baixa capacidade de suporte.

Dentre estes depósitos, alguns apresentam espessas camadas de argilas moles que, por critérios da
engenharia construtiva, apresentam comportamentos característicos de solos de baixa capacidade de
suporte e elevada compressibilidade.

Em princípio, de acordo com sua gênese, as rochas são classificadas em três categorias, ou seja,
Rochas Ígneas, Rochas Sedimentares e Rochas Metamórficas.

A Tabela 5.1.2 apresenta as características genéticas mais relevantes de cada categoria de rocha.

Tabela 5.1.2: Características Originais das Rochas.


ENERGIA LOCAL DE TEMPERATURA
CATEGORIAS GÊNESE NATUREZA
FORMADORA FORMAÇÃO DE FORMAÇÃO
Superfície-
ÍGNEA Resfriamento do Magma Terrestre Primária 600 a 1.200 oC
interior
SEDIMENTAR Sedimentação Solar Secundária Superfície Ambiental
Transformação Físico-
METAMÓRFICA Terrestre Secundária Interior 300 a 700 oC
Química

Pode-se constatar que as rochas ígneas se originaram a partir de resfriamento do magma e as rochas
sedimentares foram originadas pela acumulação e consolidação dos depósitos sedimentares, sobretudo
dentro da água.

As rochas metamórficas foram formadas a partir da transformação das rochas originais, podendo ser
ígneas, sedimentares ou mesmo metamórficas, pela sua exposição à alta pressão e à elevada
temperatura subterrânea.

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Uma parte de rochas ígneas e todas as rochas sedimentares são formadas na superfície da Terra
(vulcânicas), entretanto, todas as rochas metamórficas, bem como o restante das rochas ígneas
(plutônicas), são formadas na parte mais interna da crosta terrestre.

Por outro lado, as rochas ígneas e metamórficas constituem a maioria do volume da crosta terrestre,
sendo que as rochas sedimentares possuem uma ampla área de distribuição na superfície, porém o seu
volume avaliado em pesquisas recentes mostrou ser relativamente pequeno.

As erupções vulcânicas com a consequente efusão de lavas comprovam a existência de material


fundido dentro da Terra, denominado “magma”.

Ao se originarem do magma, as rochas ígneas são classificadas como rochas primárias. As energias
formadoras desta rocha provêm do calor interno do planeta.

Durante o processo de resfriamento e consolidação do magma são formados vários tipos de corpos
ígneos com diversos modos de ocorrência. Os corpos ígneos formados na superfície da Terra através
de erupções vulcânicas são denominados de corpos geológicos vulcânicos.

Um típico exemplo de corpo ígneo vulcânico é a lava. Já o tamanho dos minerais constituintes das
rochas componentes dos corpos vulcânicos se apresenta pequeno, sendo indistinguíveis a olho nu, o
que indica um resfriamento rápido do magma e são representadas pela família do basalto.

Por outro lado, quando os corpos ígneos são formados dentro da crosta terrestre através de penetração
e resfriamento do magma em locais subterrâneos, ocorre o fenômeno da intrusão. Por isto, muitas
rochas a serem estudadas são identificadas como corpos intrusivos.

Corpos ígneos intrusivos situados em pequena profundidade e de pequeno tamanho se apresentam


normalmente na forma tabular, como é o caso do corpo denominado dique.

Já os corpos intrusivos de tamanho grande geralmente não são tabulares, e em campo são encontrados
comumente os corpos com tamanho de alguns quilômetros de extensão, chamados de batólito.

A borda dos corpos de origem intrusiva, sobretudo dos corpos pequenos, é frequentemente composta
de rochas de granulometria fina, devido ao resfriamento mais rápido ao longo da superfície de contato.

Da mesma forma, as rochas compostas por minerais grandes devido ao resfriamento mais lento, são
chamadas de rochas plutônicas.

O granito, aproveitado amplamente em uso ornamental, revestimento de chão e parede, é um típico


exemplo de rochas plutônicas responsáveis pela formação de um batólito.

A Tabela 5.1.3 lista as rochas mais comuns pertencentes a cada categoria.

Tabela 5.1.3: Rochas mais comuns em cada categoria.


CATEGORIA DA ROCHA OCORRÊNCIA
ÍGNEA Granito; Gabro; Riolito e Basalto
SEDIMENTAR Arenito; Argilito e Calcário
METAMÓRFICA Gnaisse; Xisto e Mármore

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5.1.2.1.3. GEOLOGIA DA ÁREA EM ESTUDO

Tomando por base as visitas feitas ao local, mapa Geológico contido no Atlas Ambiental da Região de
Joinville (2003) e Carta de Joinville (SG.22-Z-B “Geologia”), ano de 2004, elaborado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, unidade Santa Catarina, da diretoria de Geociência, a área de
implantação do Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul é formada por rochas
graníticas de origem anatética (originada por metamorfismo de alto grau que gera magma de
composição granítica – rocha ígnea e que pode ser chamada de granito), com porção restrita de
gnaisses, de idade Pré-cambriana, pertencente ao Sistema Cristalino, e de sedimentos colúvio-alúvio-
eluviais, conforme apresentado no Mapa 02 – Geologia.

O Sistema Cristalino ou Embasamento Cristalino é representado pelo Escudo Catarinense e litologias


que fazem parte do Núcleo Migmatítico de Injeção Polifásica de São Francisco do Sul, que envolvem
as litologias do Complexo Paranaguá.

O complexo rochoso é constituído principalmente por terrenos de idade Arqueana de médio grau da
fácies anfibolito, integrados por migmatitos polifásicos e granitóides associados.

Segundo a proposta de Gonçalves & Kaul (2002), a litologia do complexo rochoso na área de estudo
corresponde principalmente a granitóides cálcio-alcalinos deformados, com foliação, cataclásticos,
equigranulares finos a médios, porfiríticos, além de porções restritas de gnaisses.

Os afloramentos verificados no topo da elevação correspondem notadamente a blocos isolados. Na


porção inferior da encosta, os afloramentos são observados amplamente distribuídos, inclusive ao
longo da pequena praia de bolso e da própria vila de moradores.

Os Sedimentos Colúvio-alúvio-eluviais, identificados como depósitos de vertente ou depósito de


Tálus, são depósitos localizados na encosta da elevação, que apresentam, no seu conjunto, grande
variação granulométrica, com estratificação incipiente ou ausente.

Estes sedimentos são depósitos incoerentes, de aspecto terroso, que sofreram deslocamento na
vertente. São constituídos por sedimentos essencialmente terrígenos que recobrem as seções médias e
inferiores das vertentes, predominando finos imaturos e angulosos, com frequente ocorrência de
grânulos dispersos na matriz principal (Figuras 5.1.7 e 5.1.8). São sedimentos depositados ao longo
do Quaternário.

Os sedimentos normalmente correspondem a lamas com areia segundo a classificação textural e a


siltes segundo a classificação pela média e pela mediana, apresentando-se muito pobremente
selecionados.

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Figura 5.1.7: Vista parcial da área onde ocorrem os Sedimentos


Colúvio-aluvionares.

Figura 5.1.8: Depósito coluvial típico das porções


média e inferior das encosta da elevação. Correspondem
a sedimentos normalmente finos, mal selecionados,
originados pelo deslocamento dos sedimentos encosta
abaixo, principalmente por efeito de gravidade.

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a b
Segundo a proposta de Gonçalves & Kaul (2002), a litologia na área de estudo corresponde principalmente a
granitóides cálcio-alcalinos deformados, com foliação, cataclásticos, equigranulares finos a médios, porfiríticos,
além de porções restritas de gnaisses. Os afloramentos verificados no topo da elevação correspondem
notadamente a blocos e matacões isolados (a). Na porção inferior da encosta, os afloramentos apresentam-se de
maneira mais ampla, sendo inclusive utilizados pelos moradores da Vila do Rabo Azedo como “fundação” para
suas residências. Na área apresentada na fotografia (b) observa-se ocupações junto à encosta.

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736000 736500 737000

7096920
Convenções

Sistema Viário

Curvas de Nível 5x5m

Hidrografia

Área de Estudo
Baía da Babitonga
Geologia
Qhm
Pip, Complexo Paranaguá - Granitóides
Qhca

5
Qhca, Sedimentos Colúvio-alúvio-elúviais
45
20
Qhm, Sedimentos Marinhos Atuais

7096420
40 45

s
30

ha
Pip

n
35

re
ca
15
25

35

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M
40

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20

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20

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BR

65
44 11
5
140

0
5 11
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5
5 13
0

95
16

105 120
12
100

155 14
Projeção: Universal Tranversa de Mercator - UTM

150
165
Escala Numérica: 1:7.500

7095920
55

35
85
13
0 Datum Horizontal: SAD69
Datum Vertical: Marégrafo Imbituba/SC

90

45
Agosto/2012

85
60
50
Pip

25

80
15 Escala Gráfica

45

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D Prefeitura Municipal de São Francisco do Sul, 2007. Base Cartográfica extraída da Ortofotocarta Digital
do
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do município de São Francisco do Sul, Escala 1:2.000. Ortofotos com Escala de Vôo :10.000. Executado

70 5
Al

60
por: Aeroconsult Aerolevantamentos e Consultoria Ltda, ano de 2007. Imagem de Satélite Landsat 2002.

6
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Anel Rodoferroviário do Porto de São
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5.1.2.2. GEOMORFOLOGIA

A evolução da paisagem de uma determinada área está condicionada aos fatores básicos referentes aos
processos endógenos e exógenos (LOPES, 1993).

Os fatores endógenos referem-se à influência dos diferentes tipos de rochas e a ação de movimentos
tectônicos. Estes movimentos ficam registrados nas rochas através de dobras, falhas, movimentos
epirogenéticos positivos e negativos e as grandes feições morfoestruturais do relevo (LOPES, 1993).

Os fatores exógenos estão condicionados basicamente ao clima que determina a temperatura e a


quantidade de água disponível. Estes por sua vez, determinam os diferentes tipos de intemperismo, os
processos de erosão e de deposição, a ação fluvial e a distribuição e tipologia da vegetação. Como
resultante desses processos tem-se o modelo do relevo e as características dos depósitos sedimentares
provenientes da erosão do substrato rochoso (LOPES, 1993).

A formação da Ilha de São Francisco do Sul se deu como resultado da ligação de diversas ilhotas pela
ação construtiva do mar, após a transgressão marinha que afogou o modelado, distinguindo-se a área
de morros a oeste, como Morro Grande (315 m), Morro das Laranjeiras (303 m), Morro da Cruz (281
m), Morro da Jacutinga (178 m) e Morro da Palha (147 m), bem como morretes com altitudes em
torno de 20 m, os quais chegam ao conjunto de elevações em que se apóia a cidade de São Francisco
do Sul (Morro do Pão de Açúcar, com 180 m, e outros mais baixos).

A planície é estreita na face da ilha voltada para a Baía da Babitonga (entre a ilha e a península do
Saí). As pontas rochosas marcam o contorno da ilha, salientando-se o cabo João Dias, o Morro da
Banana, as pontas da Enseada, da Prainha, Alta e dos Morretes.

As massas rochosas que a compõem em forma de morros, na Ilha de São Francisco, foram pequenas
ilhas primitivas e atualmente se acham ligadas umas as outras por lençóis de areia e áreas brejosas.

O contato entre as encostas dos morros e a planície se dá quase sempre de forma suave, pois embora as
encostas de alguns apresentem declividades em torno de 15º, no sopé desses morros são comuns os
depósitos que formam uma rampa de menor inclinação até a planície, como ocorre entre os morros das
Laranjeiras e da Cruz, onde estão as nascentes do arroio Tamarina.

A geomorfologia de São Francisco do Sul apresenta dois Domínios Morfoestruturais: Rochas


Granitóides e Depósitos Sedimentares do Quaternário.

A) DOMÍNIO MORFOESTRUTURAL ROCHAS GRANITÓIDES

Corresponde basicamente aos granitóides do Proterozóico Superior, que sofreram ação de falhamentos
e fraturamentos.

Representam um conjunto de colinas e morros de média altitude, aflorando ao longo do setor oeste da
ilha e em alguns pontos isolados nos setores norte e nordeste, e ao longo do setor oeste do continente.

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O relevo residual acentua a amplitude altimétrica e destaca-se na paisagem em meio a planícies


marinhas.

O Domínio Morfoestrutural das Rochas Granitóides engloba nesta área a Unidade Geomorfológica
Serra do Mar.

 UNIDADE GEOMORFOLÓGICA SERRA DO MAR

Esta unidade situa-se no extremo Norte do Estado, separando o Planalto de São Bento do Sul das
Planícies Litorâneas, tendo como limite meridional os embasamentos das serras do Leste Catarinense.

Esta região apresenta um conjunto de cristas e picos, separados por vales com encostas íngremes,
principalmente em sua vertente leste. Os principais picos encontram-se na vertente do Rio Saí-Mirim,
porção continente, e na porção centro-leste da Ilha de São Francisco do Sul. Estes correspondem às
antigas ilhas ligadas por sedimentos recentes.

O quadro natural inibiu sobremaneira a ocupação humana e é justamente nestas condições de baixa
densidade demográfica que conservaram os principais remanescentes da Floresta Ombrófila Densa –
Mata Atlântica em toda a fachada atlântica de Santa Catarina.

B) DOMÍNIO MORFOESTRUTURAL DEPÓSITOS SEDIMENTARES QUATERNÁRIOS

Desenvolve-se de forma contínua na Ilha de São Francisco do Sul, sendo mais amplo no setor leste,
alongando-se em direção ao sul.

A maior parte da Ilha constitui-se por planícies originárias do período Quaternário, as quais se
subdividem em três subdomínios: Planícies Marinhas, Planícies Aluviais e Planos e Rampas Coluvio-
Aluviais, resultantes de sedimentos arenosos e areno-argilosos com nível de cascalho de fino a médio.

 UNIDADE GEOMORFOLÓGICA PLANÍCIE MARINHA

Consiste em feições de relevo e ambientes associados a sedimentos transportados e depositados pelo


regime praial pela ação das ondas, correntes e marés, onde se incluem, além das praias, os terraços
marinhos e lagunares, as planícies eólicas, e os manguezais, bem como penínsulas, baías e enseadas
entre as quais se desenvolvem baixadas litorâneas descontínuas que constituem praias extensas.

Em grande parte da Ilha e do continente encontram-se elevados terraços de construção marinha


decorrentes dos processos glácio-eustáticos ocorridos durante o Quaternário. No setor nordeste da ilha
ocorrem depósitos eólicos na forma de dunas estabilizadas em função da cobertura vegetal existente,
além de dunas móveis, que se encontram em processo adiantado de remobilização.

Os manguezais estão localizados junto à foz dos rios Monte de Trigo e Capri entre outros, e uma
menor parcela na baía da Babitonga, em locais de pouca declividade do fundo oceânico e sob
influência das marés.

 UNIDADE GEOMORFOLÓGICA PLANÍCIES ALUVIAIS

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É resultado do assoreamento de paleolagunas por sedimentos predominantemente areno-argilosos de


natureza aluvial e/ou coluvial.

O modelado é tipicamente plano constituído por terraços e auréolas de colmatagem, eventualmente


alagados e associados lateralmente a sedimentos provenientes de modelados contíguos, principalmente
da planície marinha.

 UNIDADE GEOMORFOLÓGICA PLANOS E RAMPAS COLÚVIO-ALUVIAIS

Representa as regiões mais elevadas, localizadas em área de transição entre ambientes continental e
marinho.

Os modelados esculpidos sobre sedimentos depositados por fluxos torrenciais nas porções distais das
rampas sedimentares estão localizados nas encostas de declividade mais acentuada do Domínio
Morfoestrutural Serra do Mar, os quais formam rampas e platôs.

Esses dois Domínios Morfoestruturais, ou seja, o Domínio Morfoestrutural Rochas Granitóides e o


Domínio Morfoestrutural Depósitos Sedimentares Quaternários apresentam, respectivamente,
Modelados de Dissecação e Modelados de Acumulação interdigitados e associados do ponto de vista
geográfico.

Modelado de dissecação

Correlacionado à ação fluvial e/ou pluvial, são reconhecidos três tipos distintos de relevo: Colinoso,
Morraria (outeiro) e Montanha.

- Colinoso: caracterizado pela dissecação em vales encaixados, com amplitude altimétrica pequena,
constituindo elevações convexo-côncavas na forma de colinas.

- Morraria (Outeiro): representa uma dissecação mais fechada, com amplitudes altimétricas maiores,
constituindo elevações convexo-côncavas na forma de morros.

- Montanha: a dissecação é mais encaixada, podendo conter terraços alveolares, topos extensos
convexo-côncavos e vertentes com diferentes graus de inclinação, cujas amplitudes altimétricas são
superiores a 300m, conferindo a presença de montanhas.

Modelado de acumulação

É resultante da ação dos processos marinho, eólico, lacustre, coluvial e fluvial. Neste modelado são
observados cinco tipos de relevo: Planície Marinha, Planície de Maré, Terraço Marinho, Terraço
Flúvio-lagunar e Rampa Colúvio-eluvial.

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Planície Marinha: resultante da acumulação marinha recente, ocasionada pela ação das ondas,
formando as praias atuais.

Planície de Maré: localiza-se nas proximidades de foz de rios, as quais, devido à ação das marés,
contém cobertura vegetal típica de manguezais.

Terraço Marinho: apresenta conformação levemente inclinada para o mar, com superfície plana e
ondulada.

Terraço Flúvio-lagunar: resultante dos processos de deposição ligados ao retrabalhamento dos


sedimentos paleolagunares pela rede de drenagem.

Rampa Colúvio-eluvial: constituída por sedimentos areno-argilosos com grânulos e seixos,


depositados por fluxo de regime torrencial nas encostas das elevações.

5.1.2.2.1. GEOMORFOLOGIA DA ÁREA EM ESTUDO

De acordo com o mapa dos Domínios Morfoestruturais e Unidades Geomorfológicas contido no Atlas
Ambiental da Região de Joinville (2003), Carta de Joinville (SG.22-Z-B “Geomorfologia”), ano de
2004, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, unidade Santa Catarina, da
diretoria de Geociência, e visitas realizadas in loco, a área em questão é representada pelos Domínios
Morfoestruturais Rochas Granitóides e Depósitos Sedimentares do Quaternário, representadas pelas
Unidades Geomorfológicas Serra do Mar e Planos e Rampas Colúvio-aluviais, respectivamente.

O Domínio Morfoestrutural Rochas Granitóides compõem uma assembleia de rochas graníticas


fortemente diferenciadas, que em função de sua composição mineralógica apresentam grande
resistência ao intemperismo. Este fato, associado à tectônica rígida que afetou indistintamente este
domínio, faz com que nele se encontrem as áreas mais dissecadas da região.

Já o Domínio Morfoestrutural Depósitos Sedimentares do Quaternário se desenvolvem de forma


descontínua e ocorrem, de maneira geral, por toda a fachada atlântica. São constituídos,
fundamentalmente, por planícies extensas orientadas paralelamente à linha da costa e por superfícies
em forma de rampas, as quais se interiorizam pelos principais vales.

A Unidade Geomorfológica Serra do Mar se apresenta como um conjunto de cristas, picos, serras,
montanhas e escarpas separadas por vales profundos em “V”. Suas encostas, em sua maioria, são de
alta declividade e abrigam as maiores altitudes de todo o Litoral Catarinense, com picos que atingem
1.500 m.

Os relevos que compõem esta unidade constituem importante testemunho do tectonismo cenozóico
que afetou as Regiões Sul e Sudeste do Brasil. A complexidade tectônica e o condicionamento
estrutural deram origem a vários compartimentos que funcionam como divisores de drenagem para o
interior e para as Bacias Hidrográficas da Vertente Atlântica.

A Unidade Geomorfológica Planos e Rampas Colúvio-aluviais se caracteriza como um ambiente de


transição entre o marinho e o continental. As principais características são os modelados planos,
localmente abaciados, rampas de declividades, onde predominam os processos pluviais, sendo que os

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modelados foram esculpidos sobre sedimentos depositados por fluxos torrenciais nas porções distais
de rampas sedimentares, podendo apresentar ravinados pela ação das águas de escoamento superficial
difuso e/ou concentrado. Observa-se que a fração granulométrica predominante é argilosa, geralmente
de coloração vermelha e/ou amarelo-avermelhada, onde, de modo geral, o escoamento superficial são
muito ativos, podendo desencadear fenômenos erosivos.

Figura 5.1.9: Vista parcial da Unidade Geológica Planos e


Rampas Colúvio-aluviais.

Conforme Ortofotocarta Digital de 2007, da Prefeitura de São Francisco do Sul, a área em estudo se
encontra em cotas de 1 a 32 metros, aproximadamente.

5.1.2.3. PEDOLOGIA

Pela ótica da pedologia, o processo de formação de solos compreende a ação coordenada de diversos
fatores ambientais. Tudo acontece a partir da rocha denominada rocha mãe ou rocha formadora, onde
se tem a ação da temperatura, da umidade, da pluviosidade regional, do vento, etc, que induzem sobre
a mesma um processo de meteorização (ações climáticas que degradam a rocha).

Em São Francisco do Sul, de modo geral, podem ser encontrados solos do tipo Neossolos, Argissolos,
Gleissolos, Organossolos, Espodossolos e Cambissolos. Já os Solos Indiscriminados de Mangue, Areia
de Praia e Afloramentos de Rochas são considerados “tipos de terrenos”, não apresentam
desenvolvimento pedogenético.

As Neossolos são desenvolvidas exclusivamente de sedimentos areno-quartzosos não consolidados de


origem marinha e depositados na faixa litorânea em relevo plano. Possuem textura arenosa e estrutura
em grãos simples.

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Os Argissolos são solos minerais, não hidromórficos, profundos, com cerosidade, quando presente,
pouca e fraca. Ocorrem normalmente em áreas de relevo ondulado e secundariamente em relevo forte
ondulado no domínio das rochas graníticas.

Os Gleissolos compreendem solos minerais, hidromórficos, medianamente profundos e mal drenados.


Sua permeabilidade baixa propicia um meio anaeróbico que conduz a uma redução dos óxidos de
ferro, principalmente nos horizontes subsuperficiais dando ao solo coloração acinzentada com
mosqueados. Ocupam áreas de relevo praticamente plano, em locais deprimidos, e devido à condição
de aporte de materiais variados, apresentam também textura e fertilidade diversas. Apresentam espessa
camada escura de matéria orgânica mal decomposta (quando húmicos) sobre camada acinzentada.
Devido ao ambiente de oxi-redução, muitos elementos tornam-se solúveis. Estes solos estão
desenvolvidos sobre sedimentos do Quaternário.

Os Organossolos são solos hidromórficos, de coloração preta ou cinzenta muito escura, essencialmente
orgânicos, pouco evoluídos, resultantes de depósito de restos de vegetais em grau variável de
decomposição, em ambiente mal a muito mal drenado. São desenvolvidos sobre sedimentos paludais
ou lacustres do Holoceno, em áreas planas sujeitas a inundações frequentes.

Os Espodossolos compreendem solos minerais, com horizonte B espódico, no qual houve acumulação
e precipitação de matéria orgânica e alumínio com presença ou não de ferro iluvial. Apresentam
usualmente textura arenosa ao longo do perfil, possuem drenagem deficiente em razão de
impedimentos no horizonte B. Quimicamente são solos ácidos, extremamente pobres em nutrientes,
sendo mais evoluídos e localizados nos terraços mais antigos em relevo plano e/ou suave ondulado.

Os Cambissolos são derivados dos mais diferentes tipos de materiais de origem e sob condições
climáticas diversas, devido a esta variação são encontrados desde solos rasos a profundos, em relevos
planos a montanhosos. Apresentam coloração escura no horizonte A, devido a teores relativamente
elevados de carbono orgânico e de alumínio. São constituídos por solos minerais, não hidromórficos.
A textura varia desde arenosa até muito argilosa, sendo as texturas médias e argilosas as mais
frequentes. São em geral relativamente elevados os teores de silte, acarretando uma relação silte/argila
também elevada.

A Areia de Praia é considerada um tipo de terreno por não possuir origem pedogenética. Predomina a
fração areia, com grãos arrastados e rolados, sob influência direta das marés. Aparece numa faixa
estreita entre as marés baixa e alta, onde as areias sofrem constantes alterações, devido principalmente
ao movimento das águas do mar, ora removendo, ora depositando materiais.

Os Solos Indiscriminados de Mangue são terrenos predominantemente halomórficos, sob condições


permanentes de alagamentos, normalmente próximos das desembocaduras dos rios, nas reentrâncias
da encosta e nas margens das lagoas diretamente influenciadas pelo movimento das marés, possuindo
profundidade variável. Não apresentam desenvolvimento pedogenético, razão de serem considerados
“tipos de terrenos”.

Os Afloramentos de Rochas são terrenos representados por exposição de rochas de origem geológicas
variadas, podendo ser brandas ou duras, nuas ou com reduzidas porções de material grosseiro não
consolidado, formados por misturas de material terroso e grandes proporções de fragmentos
provenientes da desagregação das rochas. Apresentam-se geralmente sob a forma de lajeados ou
blocos de rochas arredondadas, relacionadas ao Pré-Cambriano. Ocorrem comumente associados aos
Solos Litólicos em relevo montanhoso e/ou escarpado.

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- SOLOS LITORÂNEOS E MARINHOS

O complexo estuarino da Baía da Babitonga é a mais importante formação de águas marinhas


interiores do litoral norte de Santa Catarina e a região de maior concentração de manguezais. Tal
complexo é composto segundo HORN FILHO (1997), pela Baía propriamente dita, pelo Rio Palmital
e o Canal do Linguado.

A Baía da Babitonga apresenta na sua morfologia de fundo os segmentos mais profundos na mesma
direção principal da Baía (NE-SW), na forma de um Canal Central alongado com profundidades de até
24 m, sendo comum à presença de bancos de areia emersos expostos em períodos de baixa maré.

HORN FILHO (1997) define as zonas marinhas e flúvio-marinhas de maior energia com
predominância de sedimentos da fácies areia, areia síltica e silte arenoso. Já nas zonas de menor
energia, sob influência das correntes fluviais e protegidas da dinâmica marinha, verifica-se a
predominância da fácies silte arenoso, silte argiloso e areia síltico-argilosa.

5.1.2.3.1. PEDOLOGIA DA ÁREA EM ESTUDO

Em visita técnica realizada na área em estudo verificou-se que o solo da área é resultante da alteração
intempérica do granito (Figuras 5.1.10 e 5.1.11), ou seja, trata-se de um solo residual alterado
constituído por argila e quartzo. É um solo com boa porosidade, mas de permeabilidade regular.
Conforme os dados constantes no do mapa Pedológico do Atlas Ambiental da Região de Joinville
(2003) e Carta de Joinville (SG.22-Z-B “Pedologia”), ano de 2004, elaborado pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística, unidade Santa Catarina, da diretoria de Geociência, observou-se a
ocorrência da associação do Cambissolo Álico Distrófico e Argissolo Vermelho-amarelo Álico e
associação do Cambissolo Distrófico e Gleissolo Distrófico.

Figura 5.1.10: Vista parcial do resultado do processo de


intemperismo sobre a rocha.

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Figura 5.1.11: Vista do resultado do processo de intemperismo


sobre a rocha.

O Cambissolo Álico Distrófico é constituído por solos minerais, não hidromórficos. A textura varia
desde fraco arenoso até muito argiloso, sendo as texturas médias e argilosas as mais frequentes. Em
geral, seus teores de silte são relativamente elevados, acarretando numa relação silte / argila também
elevada. São derivados dos mais diferentes tipos de materiais de origem e sob condições climáticas
diversas.

Já o Argissolo Vermelho-amarelo Álico que é uma classe de solos minerais, não hidromórficos, são
relativamente profundos e de cores bastante vaiáveis. Situa-se em terrenos de relevo ondulado e forte
ondulado, sendo sucessíveis aos processos erosivos, tendo textura argilosa média. São solos de baixa
fertilidade natural, com baixos teores de bases trocáveis, e teores de alumínio elevados.

O Gleissolo Distrófico é representado por solos hidromórficos, mal drenados, medianamente


profundos e possuem textura argilosa, média ou siltosa nos horizontes subsuperficiais, resultando em
fertilidade natural muito variável e horizonte moderado ou chernozêmico. Localiza-se em áreas planas
e são desenvolvidos a partir de sedimentos do Quaternário.

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5.1.2.4. HIDROGRAFIA

5.1.2.4.1. HIDROGRAFIA NO ENTORNO DA BAÍA DA BABITONGA

Segundo o Atlas Ambiental da Região de Joinville (2003), o Complexo Hídrico que alimenta a Baía
da Babitonga abrange uma área total de 1.400km2. Nessa área estão abrigadas as bacias hidrográficas
dos Rios Cubatão, Palmital, Cachoeira e Parati, além de outras pequenas sub-bacias que deságuam
diretamente na Baía da Babitonga e na Lagoa do Saguaçu.

A Baía da Babitonga é a área estuarina mais importante da costa norte do estado de Santa Catarina. É
colonizada por manguezais que abrangem uma área aproximada de 6.200 ha.

Como todas as regiões estuarinas, a Babitonga exerce papel de grande importância na nutrição,
desenvolvimento e reprodução de juvenis e larvas de numerosas espécies de peixes e invertebrados de
importância econômica e ecológica.

Esta baía abriga um arquipélago de 25 ilhas, sendo a Ilha de São Francisco a maior delas e o
Complexo Hídrico por ela formado se distribui de maneira significativa ao longo de seis municípios:
Garuva, Joinville, São Francisco do Sul, Itapoá, Araquari, e Balneário de Barra do Sul.

As áreas territoriais destes municípios apresentam alta diversidade ambiental, em virtude das
nascentes dos principais rios estarem situadas no alto da Serra do Mar e desaguarem no mar, exceção
feita a São Francisco do Sul e Barra do Sul.

Para ilustrar essa situação toma-se como exemplo as águas do Rio Cubatão do Norte, que descem as
encostas da Serra do Mar, atingindo a planície quaternária, que no passado era ocupada por uma
Floresta Atlântica muito densa. Posteriormente o Rio Cubatão atravessa áreas sedimentares
(aluvionares e marinhas) e, em sua foz, extensas áreas ocupadas por manguezais, para finalmente
desaguar na Baia da Babitonga.

Sua ligação com o Oceano Atlântico é feita através de uma desembocadura com cerca de 1.850 m de
largura entre as praias da Figueira, do Pontal e Capri. Além disso, a Baía da Babitonga possuía outra
ligação com o Oceano, a qual era feita através do Canal do Linguado e da Barra do Sul e foi
interrompida pelo aterro do canal, visando facilitar o acesso por terra ao Porto de São Francisco do
Sul.

O Complexo Hídrico da Baía da Babitonga tem como contribuintes principais: Bacias Hidrográficas
do Rio Cubatão do Norte, Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira, Bacia Hidrográfica do Rio
Palmital e Bacia Hidrográfica do Rio Parati.

De acordo com a Resolução CONAMA 357/05, as águas da Baía da Babitonga se enquadram nas
águas salobras. Como ainda não possuem classificação oficial, são atualmente enquadradas como da
Classe I, as quais podem ser destinadas:

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I. À recreação de contato primário;


II. À proteção das comunidades aquáticas;
III. À aqüicultura e atividade de pesca;
IV. Ao abastecimento para o consumo humano após tratamento convencional ou avançado; e
V. À irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes
ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película, a irrigação de parques,
jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto.

5.1.2.4.2. HIDROGRAFIA DE SÃO FRANCISCO DO SUL

O Município de São Francisco do Sul ocupa totalmente a Ilha de São Francisco e mais uma área
continental. Ele está localizado na Região Hidrográfica da Baixada Norte Catarinense (RH6) (Figura
5.1.12). Seu regime hidrográfico é composto por rios perenes da vertente Atlântica, os quais drenam
os terrenos cristalinos e os terrenos sedimentares da planície costeira adjacente. A maioria deles
apresenta forma meândrica livre, com sinuosidades variando entre baixa e média e desembocam na
Baía da Babitonga, no Canal do Linguado e no Oceano Atlântico (Horn Filho, 1997).

Figura 5.1.12: Localização das Regiões Hidrográficas do Estado de Santa


Catarina, destacando-se em vermelho a RH6, onde está localizado o Município
de São Francisco do Sul.

A região onde se localiza o município é caracterizada por apresentar alta pluviosidade, porém, na sua
porção insular, ou seja, naquela localizada na Ilha, o município não possui bacias hidrográficas
capazes de acumular volumes hídricos significativos, em função das pequenas dimensões territoriais
das mesmas.

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As principais bacias hidrográficas insulares são: Rio Acarai, Rio Jacutinga, Rio Monte de Trigo, Rio
da Pedreira, Rio Miranda, Rio Morro da Palha, Rio Tapera, Rio Perequê, Rio Gamboa, Córrego
Olaria, Rio Arroio Tamarina, Lagoa Capivaru, Lagoa Poço da Balsa e Lagoa Acaraí.

Entre as bacias hidrográficas presentes no município, na porção continental, que deságuam


diretamente na Baía da Babitonga e no Canal do Palmital, se destacam: Rio do Saco, Rio Alegre, Rio
da Rita, Rio Alvarenga, Rio Ribeiro, Rio Barbosa, Rio Caju, Rio Jaguaruna, entre outros.

Apesar de indistinta quanto a sua morfologia, a rede de drenagem apresenta um padrão arborescente
junto ao Embasamento Cristalino, apresentando, ainda, um perfil longitudinal mais acentuado e
declividades maiores que aquelas verificadas nas planícies.

O Rio Acaraí, localizado no setor Centro-norte da Ilha de São Francisco, representa seu mais
importante curso fluvial, deslocando-se na direção NE por cerca de 19 km, desde suas nascentes em
meio aos depósitos pleistocênicos até a sua foz no setor central da Praia da Enseada.

Quanto às lagoas associadas às águas do Rio Acaraí, as Lagoas do Poço da Balsa e Acaraí foram
originadas do alargamento do curso desse rio, enquanto que a Lagoa Capivaru representa um meandro
abandonado do mesmo. Esta última, também denominada de Lagoa Capivari, apresenta forma
alongada no sentido NE-SW com 2.340 m de comprimento e 1,30 km² de área, classificando-se como
representando a vigésima quarta lagoa do estado, no que se refere às suas dimensões.

No que se refere aos parâmetros físicos da Baía da Babitonga, deve-se destacar inicialmente que o
litoral norte catarinense encontra-se sob domínio de um regime de micromarés (amplitude menor que
2 metros), semidiurno, com altura média de 0,8 m e máxima de 1,2 m, durante o período de sizígia

As marés astronômicas provocam o estabelecimento das correntes de marés e de ondas locais, que
atuam dominantemente na desembocadura da Baía da Babitonga, transportando sedimentos para o
interior do estuário durante a preamar e desta para o Oceano Atlântico, durante o refluxo das águas por
ocasião da baixa-mar.

Ao norte da Ilha, na interface Baía/Oceano, as correntes de marés aliadas à atuação das ondas e dos
ventos predominantes de direção NE, propiciam a formação de esporões arenosos como aqueles
verificado no Pontal do Capri.

Conforme as informações compiladas por Horn Filho (1997), três tipos de ondas atingem a costa da
região de estudo: ondulações (Swell), vagas (Sea) e ondas de tempestade (Storm). Os principais
estados do mar associados aos padrões meteorológicos, característicos do clima de ondas do verão e
do outono são: lestada (proveniente de E e ESE), ondulação (de SE), vagas de ENE e vagas
provenientes de SSE.

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5.1.2.4.3. HIDROGRAFIA DA ÁREA EM ESTUDO

Na Ilha de São Francisco do Sul, o regime hidrográfico consiste em rios perenes da Vertente Atlântica,
os quais drenam os terrenos cristalinos do Escudo Catarinense no setor ocidental e os terrenos
sedimentares da Planície Marinha adjacente, segundo Horn Filho (1997).

A característica arenosa da maior parte da Ilha de São Francisco faz com que a região próxima não
apresente uma densidade de rios considerável, sendo que o rio mais próximo é o rio da Pedreira.

A área do empreendimento está inserida na Bacia Litorânea Independente, associada à Bacia


Hidrográfica da Baía da Babitonga, as quais drenam os terrenos cristalinos do Escudo Catarinense,
desembocando suas águas, posteriormente, no Oceano Atlântico, conforme apresentado no Mapa 03 -
Hidrografia.

Tomando por base a visita realizada na área em interesse, não foi encontrada nenhuma nascente e,
consequentemente, curso d’água na área de implantação do empreendimento.

Entretanto, conforme apresentado no Mapa 03 – Hidrografia, no entorno da área em estudo se


observa uma formação caracterizada como banhado (Figura 5.1.13), considerado neste estudo
nascente. Nas proximidades deste ocorre presença de um poço raso abandonado (seco) (Figura
5.1.14). Este local apresenta drenagens difusas (Figura 5.1.15), sendo que a distância entre este ponto
e a praia é de cerca de 130 metros. A água proveniente destes drenos forma um pequeno fluxo que,
quando da ausência de chuvas, é barrado pela acumulação da areia da praia, fazendo com que a mesma
se infiltre na areia e desapareça (Figura 5.1.16). Somente em época de chuvas é que o fluxo de água
transpõe a acumulação da areia de praia e, posteriormente, chega à Praia do Inglês (Figura 5.1.17).

Figura 5.1.13: Vista parcial da formação de banhado, localizado


no entorno da área em questão.

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Figura 5.1.14: Detalhe do poço raso abandonado no entorno da


área em questão.

Figura 5.1.15: Vista parcial do corpo d’água existente no entorno


da área em estudo.

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Figura 5.1.16: Ponto de infiltração da água na Praia do Inglês.

Figura 5.1.17: Ponto de descarga da água na Praia do Inglês.

Conforme Resolução CONAMA 303/2002, constitui Área de Preservação Permanente - APP o


entorno de nascentes (raio de 50 metros) e a faixa de 30 metros de largura em cada margem de
córregos com leito de até 10 metros de largura.

De acordo com o Projeto de Engenharia elaborado pela empresa AZIMUTE, na implantação do


empreendimento em questão ocorrerá intervenção sobre 1.525,69 m² de Área de Preservação
Permanente, conforme apresentado no Mapa 03 – Hidrografia.

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736000 736500 737000

7096920
Convenções

Sistema Viário

Curvas de Nível 5x5m

Hidrografia

Nascente

Área de Estudo
Baía da Babitonga
Área de Preservação Permanente - APP

5
Bacias Hidrográficas
45
20
Bacias Hidrográficas Litorâneas Independentes

7096420
40 45

s
30

ha
Bacia Hidrográfica do Rio Pedreira

n
35

re
ca
15
25

35

as
M
40

F.
ua
35
15

R
25 35
30
20

20
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20

30
10
BR

Rua
65
44 11
5

Sílvio
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5 11
80

5
5 13
0

95
16

105 120

A ma
12
100

155 14
Projeção: Universal Tranversa de Mercator - UTM

150
165

do de
Escala Numérica: 1:7,500

7095920
55

35
85
13
0 Datum Horizontal: SAD 69
Datum Vertical: Marégrafo Imbituba/SC

90

Olive
45
Agosto/2012

85
60
50

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25

80
15 Escala Gráfica

45

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on

75
s 0 100 200 300 400
di
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A d Meters
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Rib

D Prefeitura Municipal de São Francisco do Sul, 2007. Base Cartográfica extraída da Ortofotocarta Digital
do
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do município de São Francisco do Sul, Escala 1:2.000. Ortofotos com Escala de Vôo :10.000. Executado

70 5
Al

60
por: Aeroconsult Aerolevantamentos e Consultoria Ltda, ano de 2007. Imagem de Satélite Landsat 2002.

6
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20 Projeto Governo do Estado de Santa Catarina
25 Administração do Porto de São Francisco
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6 do Sul - APSFS

7095420
Anel Rodoferroviário do Porto de São
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35
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MAPA 03 - HIDROGRAFIA
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Rua Alm. Barroso


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40

15
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5.1.2.5. CLIMA

5.1.2.5.1. PARÂMETROS CLIMÁTICOS DO MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DO SUL

O clima do litoral norte catarinense pode ser classificado como subtropical úmido, marcado por
diferenciações marcantes entre o inverno e o verão.

No verão predomina a Massa de Ar Equatorial Continental (mEc) e a Massa de Ar Tropical Atlântica


(mTa), sendo eventualmente verificada a influência direta da Massa de Ar Tropical Continental (mTc).

Conforme as informações de VEADO et al. (2002), a presença da mEc provoca altos valores de
temperatura e umidade, com chuvas que se apresentam sob a forma de intensas chuvas de convecção
acompanhadas por descargas elétricas. A presença da mTa provoca chuvas geralmente menos intensas
que as massas equatoriais. A mTc provoca períodos de pluviosidade reduzida ou nula, com dias de
tempo quente e seco.

No inverno, as massas polares que acompanham a Frente Polar Atlântica (FPA) promovem o
afastamento das massas tropicais, repercutindo na queda abrupta de temperatura e da pluviosidade. Na
região de São Francisco do Sul, geralmente a entrada da FPA é seguida da Massa Polar Atlântica
(mPa), trazendo tempo bom e seco. Os meses mais frios registram as maiores pressões atmosféricas.

O clima do Município de São Francisco do Sul segundo Köppen, é do tipo Cfa, ou seja, mesotérmico
úmido, sem estação seca definida e com alta pluviosidade bem distribuída ao longo do ano.

No inverno a frequência de avanço de frentes frias e massas de ar frio são maiores, contrastando com
as altas temperaturas de verão, geradas pela permanência da massa de ar tropical. As estações de
transição – outono e primavera – apresentam características semelhantes às das outras estações.

Nos meses de inverno, os sistemas que dominam as condições meteorológicas sobre a região de São
Francisco do Sul são as frentes frias, massas de ar polar e os vórtices ciclônicos.

As condições de dispersão atmosférica de poluentes são bastantes favorecidas devido aos


deslocamentos bruscos das massas de ar. Esses poluentes causam alterações nas condições de
estabilidade atmosférica, resultando em condições instáveis, associadas a ventos fortes e precipitação.

A região da Baía da Babitonga é considerada calma, não apresentando tempestades tropicais, ou seja,
tufões, ciclones e furacões. Ventos alísios são gerados pelo anticiclone do Atlântico Sul.

Além dos dados elaborado por Horn Filho (1997), utilizou-se também, para a análise climática da
região em estudo, dados da Estação Meteorológica da Universidade da Região de Joinville -
UNIVILLE, localizada no Campus Universitário, s/n, bairro Bom Retiro em Joinville – SC.

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A) TEMPERATURA

Na região de São Francisco do Sul as temperaturas médias, mínimas e máximas anuais oscilam entre
20,5oC, 17,8oC e 24,7oC, respectivamente, em 37 anos de observação segundo Horn Filho (1997).

Em julho a média das mínimas é de 13,8oC, porém observou-se ao longo de uma série de 30 anos uma
temperatura mínima absoluta de 2,6oC na primavera, caracterizando assim, a possibilidade de
ocorrência de anomalia climática em termos de resfriamento dentro desta estação.

Conforme indica o gráfico da Figura 5.1.18, na região da Babitonga o mês de julho apresenta as
menores temperaturas mínimas do ano, as quais são provocadas pela invasão da mPa. No que se refere
às temperaturas máximas, face à influência das massas equatorial e tropical, as maiores temperaturas
são verificadas entre janeiro, fevereiro e março, com médias históricas das temperaturas máximas da
ordem de 28,6ºC.

35

30

25

20

Tempo de 15
Observação:
37 anos
10

0
J F M A M J J A S O N D Média
Temperatura Mínima (Média ºC) 21,5 21,9 21 18,9 16,8 14,6 13,8 14,6 15,5 17,2 18,6 20,2 17,8
Temperatura Máxima (Média ºC) 28,6 28,6 27,9 25,9 23,9 21,8 20,8 21,3 21,8 23,2 25,1 27,1 24,6

Figura 5.1.18: Evolução mensal das temperaturas mínimas e máximas em São Francisco do
Sul. Média de parâmetros registrados em 37 anos de observação na estação meteorológica do
INMET, desativada em 1983. (Gráfico elaborado a partir de dados tabulados por Horn Filho,
1997).

Conforme dados compilados da Estação da UNIVILLE, a amplitude térmica registrada na região está
entorno dos 9ºC, enquanto que a média das temperaturas máximas é de 26,6ºC (março) e a média das
temperaturas mínimas é de 17,6ºC (julho), sendo que a maior temperatura média anual foi registrada
em 2001 e a menor temperatura média anual em 1999 (Figuras 5.1.19 e 5.1.20).

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Figura 5.1.19: Índice de temperatura (mínima, média, máxima) anual registrada entre
1996 e 2011.
Fonte: OAP, 2012 (dados fornecidos pela estação meteorológica Univille).

Figura 5.1.20: Índice de temperatura média mensal registrada entre 1996 e 2011.
Fonte: OAP, 2012 (dados fornecidos pela estação meteorológica Univille).

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B) UMIDADE RELATIVA

A umidade relativa máxima em São Francisco do Sul é de 87,9 % e ocorre entre os meses junho, julho
e agosto. Por outro lado, a umidade relativa mínima é de 85,2 %, em dezembro. A umidade relativa
média anual fica em torno de 87,2 %. A Figura 5.1.21 apresenta o gráfico da evolução mensal da
umidade relativa do ar na região de São Francisco do Sul, em 35 anos de observação segundo Horn
Filho (1997).

Figura 5.1.21: Evolução média mensal da umidade relativa do ar total em São Francisco do
Sul. Média dos parâmetros registrados na estação meteorológica do INMET, desativada em
1983. (Gráfico elaborado a partir de dados tabulados por HORN FILHO, 1997).

Observa-se que a umidade relativa média máxima ocorre nos meses de inverno, quando há um período
de baixa pluviosidade. Esse aumento pode ser explicado pela localização costeira da área, a qual
recebe influência dos ventos da direção Sudeste, que empurram o ar úmido para dentro da Ilha de São
Francisco do Sul. Esse relativo aumento no inverno, contribui para formação de bancos de nevoeiros
baixos, principais indicadores de condições de estabilidade atmosférica.

Temperaturas médias elevadas e precipitação intensa criam condições para elevação da umidade
relativa do ar, fator climático importante, uma vez que influencia diretamente no conforto térmico,
potencializando a sensação térmica das temperaturas mais altas e mais baixas. De acordo com os
dados obtidos na Estação Meteorológica da UNIVILLE (observa-se na Figura 5.1.22), toda a região
apresenta altos valores, aproximadamente 80% de umidade relativa do ar.

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Figura 5.1.22: Variação da umidade relativa média anual do ar (média de


1996 a 2011).
Fonte: OAP, 2012 (dados fornecidos pela estação meteorológica Univille).

C) PRECIPITAÇÃO

A região é caracterizada como de verão chuvoso e inverno seco.

Os meses de junho, julho e agosto são mais secos, sendo que agosto apresenta a menor quantidade
média de precipitação. Os meses de janeiro, fevereiro e março caracterizam-se como os mais
chuvosos, com média de precipitação de 248, 281 e 245 mm, respectivamente, em 36 anos de
observação segundo Horn Filho (1997).

A Figura 5.1.23 possibilita a verificação de intensas precipitações nos meses de verão, especialmente
no mês de fevereiro (média de 281 mm), a qual pode ser explicada pela conjugação de chuvas trazidas
pela mEc e mTa e intensificada pelo efeito orográfico da Serra do Mar.

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Figura 5.1.23: Evolução mensal da precipitação pluviométrica total em São Francisco do Sul.
Média dos parâmetros registrados na estação meteorológica do INMET, desativada em 1983.
(Gráfico elaborado a partir de dados tabulados por HORN FILHO, 1997).

A precipitação média anual acumulada em São Francisco do Sul é de 1.904mm, informação que se
confirma pela observação da Figura 5.1.24, que apresenta o gráfico da distribuição total de chuvas no
Estado de Santa Catarina, com base nos dados do CLIMERH (Centro Integrado de Meteorologia e
Recursos Hídricos de Santa Catarina), o qual coloca São Francisco do Sul na faixa de 1.800 mm a
1.900 mm anuais.

São Francisco do Sul apresenta o número médio anual de 15 dias de chuva/mês, sendo que o mês de
junho é o menos chuvoso, com média de 11 dias de chuva. Os meses de janeiro e fevereiro são os mais
chuvosos, com 18 dias de chuva em média.

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Fonte: CLIMERH - SC

Figura 5.1.24: Gráfico da distribuição total de chuva no Estado de Santa Catarina. No


detalhe em vermelho tem-se a Ilha de São Francisco do Sul. Fonte: CLIMERH.

Na Figura 5.1.25 é possível observar que as precipitações mais intensas ocorrem na primavera e verão
(outubro a março), e são marcadas pela ocorrência de chuvas de grande intensidade e com curta
duração. No outono e inverno (abril a setembro) o índice pluviométrico é menor, com chuvas
ocorrendo de maneira mais distribuída.

Figura 5.1.25: Índice pluviométrico - média mensal (1996 a 2011).


Fonte: OAP, 2012 (dados fornecidos pela estação meteorológica Univille).

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As maiores precipitações médias anuais ocorreram em 1998 e 2008 e as menores precipitações médias
anuais ocorreram em 2000 e 2003 (Figura 5.1.26).

Figura 5.1.26: Índice pluviométrico – média anual (1996 a 2011).


Fonte: OAP, 2012 (dados fornecidos pela estação meteorológica Univille).

Já nas Figuras 5.1.27 e 5.1.28 observam-se os índices pluviométricos acumulados mensais e anuais.
Ressalta-se que, os maiores e menores índices pluviométricos acumulados mensais ocorrem no mês de
janeiro e maio, respectivamente.

Figura 5.1.27: Índice pluviométrico acumulado mensal (1996 a 2011).


Fonte: OAP, 2012 (dados fornecidos pela estação meteorológica Univille).

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Figura 5.1.28: Índice pluviométrico acumulado anual (1996 a 2011).


Fonte: OAP, 2012 (dados fornecidos pela estação meteorológica Univille).

D) VENTOS

As informações disponíveis sobre a direção dos ventos na região de estudo indicam a predominância
dos ventos de leste (26,5 %) e nordeste (16,4 %), este último com presença marcante no verão. No
inverno predominam os ventos de sudoeste (16,4 %), sudeste (14,7 %) e sul (13,4 %). As demais
direções do vento podem ser consideradas de menor frequência: norte (5,4 %), oeste (4,4 %) e
noroeste (2,3 %), segundo Horn Filho (1997), em 34 anos de observação.

Os ventos na região são um fator importante devido a grande influência que exercem sobre a maré
observada (maré meteorológica) em relação à Tábua de Maré (maré astronômica). Desta forma, podem
ocasionar a elevação ou o abaixamento do nível da água e o atraso ou adiantamento dos instantes de
ocorrência das baixa-mares ou preamares. A velocidades médias dos ventos, em São Francisco do Sul,
segundo Horn Filho, em 34 anos de observação, varia entre 9 Km/h no mês de junho e 11,52 Km/h em
janeiro, conforme Figura 5.1.29. Vale colocar que, durante a passagem de frentes frias, estes ventos
levantam o mar na barra, podendo formar ondas de até 2,5m.

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14

12

10

8
Velocidade Média
(Km/h)
6

0
J F M A M J J A S O N D
Velocidade Média Mensal do Vento 11,52 10,08 10,08 9,72 9,72 9 9,36 9,72 10,08 10,44 10,44 10,8

Figura 5.1.29: Evolução da velocidade média mensal dos ventos em São Francisco do Sul.
Média dos parâmetros registrados em 34 anos de observação na estação meteorológica do
INMET, desativada em 1983. (Gráfico elaborado a partir de dados tabulados por HORN
FILHO, 1997).

Observa-se na Figura 5.1.30 a predominância de ventos em São Francisco do Sul de direção Leste,
principalmente do quadrante Sudeste.

Figura 5.1.30: Média anual da direção dos ventos em São


Francisco do Sul.
Fonte:http://pt.windfinder.com/windstats/windstatistic_sao_fra
ncisco_do_sul.htm# (acessado em ago.2012).

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E) INSOLAÇÃO E NEBULOSIDADE

Os meses de abril a julho registram a menor cobertura do céu por nebulosidade e uma relativa
incidência de luz solar, coerentes com os meses de menor quantidade de precipitação na área. Os
meses de agosto a novembro apresentam um acréscimo de nebulosidade e uma redução na incidência
da luz solar, da mesma forma, coerentes com um ligeiro acréscimo nos totais pluviométricos.

Conforme Figura 5.1.31, o mês de maior índice de insolação é janeiro (verão), com 171,4 horas, e o
menor índice é o mês de setembro (inverno), com 102,6 horas. A insolação média anual em São
Francisco do Sul é de aproximadamente 142,12 horas, segundo Horn Filho (1997).

Figura 5.1.31: Evolução da variação média mensal da insolação em São Francisco do Sul.
Média dos parâmetros registrados em 33 anos de observação na estação meteorológica do
INMET, desativada em 1983. (Gráfico elaborado a partir de dados tabulados por HORN
FILHO, 1997).

Em termos de nebulosidade, a Figura 5.1.32 apresenta dados referente à região de São Francisco do
Sul. O número 0 (zero) indica céu claro sem nuvens e 10 para céu encoberto.

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6
Nebulosidade (0/10)

0
J F M A M J J A S O N D
Nebulosidade (0/10) 7,4 7,6 7,2 6,7 6,7 6,6 6,6 7,5 8 8,3 7,9 7,6

Figura 5.1.32: Evolução da variação média mensal da nebulosidade em São Francisco do


Sul. Média dos parâmetros registrados em 34 anos de observação na estação meteorológica
do INMET, desativada em 1983. (Gráfico elaborado a partir de dados tabulados por HORN
FILHO, 1997).

A grande nebulosidade que se encontra nesta região é devida à proximidade com a Serra do Mar, que
serve como barreira aos ventos que vem do mar, e com o Oceano Atlântico onde ocorrem encontros de
correntes frias e quentes, beneficiando a formação de nuvens por processos diversos.

F) EVAPORAÇÃO E PRESSÃO

Segundo Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina -


CLIMERH, a evaporação média anual da região de São Francisco do Sul corresponde
aproximadamente a 45 mm. Os meses com maior média mensal de evaporação acontecem de
novembro a janeiro. Já os meses de maio a agosto são os que apresentam as menores médias mensais
de evaporação, conforme Figura 5.1.33.

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Figura 5.1.33: Evaporação média mensal em São Francisco do Sul - SC. (Fonte: CLIMERH).

A pressão atmosférica média anual da região de São Francisco do Sul corresponde a 1.014,56 mbar. A
Figura 5.1.34 ilustra a variação da pressão ao longo do ano na região, segundo Horn Filho (1997).

Figura 5.1.34: Evolução da variação média mensal da pressão atmosférica em São Francisco
do Sul. Média dos parâmetros registrados em 32 anos de observação na estação meteorológica
do INMET, desativada em 1983. (Gráfico elaborado a partir de dados tabulados por HORN
FILHO, 1997).

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Ocorre uma considerável diminuição da evaporação à medida que a pressão atmosférica aumenta,
reduzindo a capacidade da atmosfera em formar nebulosidade, diminuindo, com isso, os índices
pluviométricos durante os meses de outono, primavera e inverno.

A região tende a manter a condição de atmosfera estável, pelo fato da pressão média estar em torno de
2 mbar, acima da pressão média ao nível do mar.

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5.2. MEIO BIÓTICO

5.2.1. CARACTERIZAÇÃO FLORÍSTICA

A presente seção tem por finalidade atender ao disposto na Legislação Ambiental em vigor,
especialmente os critérios e parâmetros da Instrução Normativa – IN 24, e apresentar a
caracterização da flora existente ao longo do Anel Rodoferroviário do Porto de São
Francisco do Sul, localizado no município de São Francisco do Sul – SC.

5.2.1.1. A FLORESTA ATLÂNTICA

O bioma Mata Atlântica é composto por uma série de ecossistemas bastante diversificados, além
de biologicamente distintos daqueles encontrados em outras regiões do país. É considerado um
dos mais ameaçados do mundo e de grande prioridade para a conservação da biodiversidade em
todo o continente americano.

O Brasil é o país que mais detém a megadiversidade biológica do Planeta, possuindo entre 15 a
20% do número total de espécies da terra. A Mata Atlântica e seus ecossistemas associados
cobriam, na época do descobrimento, 1.360.000 km2 (MMA, 2000). Atualmente, apenas 8% da
área do bioma preserva suas características bióticas originais que, apesar das devastações ao
longo do tempo, abriga grande biodiversidade e endemismos, encontrando-se entre os 25
hotspots mundiais em regiões mais ricas e ameaçadas do planeta (Figura 5.2.1.1).

A Floresta Atlântica é o segundo conjunto de matas especificamente expressivas na América do


Sul, perdendo apenas para a Floresta Amazônica, a maior do planeta. Este Domínio Florestal
estende-se por uma faixa relativamente paralela à costa brasileira, desde o Rio Grande do Norte
até o Rio Grande do Sul, e constitui-se por "mares de morros" e "chapadões florestados".

Considerada um dos mais importantes ecossistemas do mundo, a Mata Atlântica protege e


regula o fluxo dos mananciais hídricos que abastecem as metrópoles e demais cidades do País,
controla o clima local, garante a fertilidade do solo e a extraordinária beleza de suas paisagens,
sobretudo nas regiões da serra do Mar, é um forte atrativo para atividades de ecoturismo.

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Figura 5.2.1.1: Mapa da cobertura florestal original da


Mata Atlântica e a sua restrita ocupação no território
brasileiro na atualidade.

Das áreas de Floresta Atlântica, remanescentes ao longo de toda a sua distribuição geográfica,
poucas se caracterizam como florestas primárias (onde não houve interferência humana),
estando estas situadas principalmente em locais de difícil acesso. As demais áreas florestadas
apresentam algum grau de alteração, sendo denominadas florestas secundárias. Essas alterações
podem ser causadas por intervenções que vão desde a exploração seletiva de produtos florestais
(por ex.: madeira, palmito e plantas ornamentais), até a supressão total da floresta, com posterior
regeneração. Os estágios de regeneração da floresta são definidos como: inicial, médio ou
avançado, dependendo das características dendrométricas (medidas das árvores), e outros
aspectos da formação, como por exemplo, a presença de epífitas (bromélias e orquídeas) e lianas
(cipós), (Resolução CONAMA/04/94).

A Floresta Atlântica ainda abriga uma parcela significativa da diversidade biológica brasileira
que por muitos anos, desde a época do Brasil colônia, foi exaustivamente explorada e que até
hoje sofre com essa devastação. Sua existência está atrelada à grande extensão de montanhas, a
qual dificulta a ação humana, sendo o fator que mais contribui para a conservação de suas
espécies, tanto da flora quanto da fauna.

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5.2.1.2. A FLORESTA ATLÂNTICA NO ESTADO DE SANTA CATARINA

Com 9,5 milhões de hectares, o Estado de Santa Catarina apresenta uma pequena parcela de sua
cobertura florística original. As áreas mais consideráveis de vegetação natural remanescentes
eram da Floresta Ombrófila Densa (Floresta Atlântica), em virtude das dificuldades de acesso e
da topografia acidentada. Outras vegetações lenhosas como a Floresta Ombrófila Mista
(Floresta com Pinheiros) e a Floresta Latifoliada do Alto Uruguai, foram fortemente exploradas
e ocupadas com a produção agrícola. Também os campos do Planalto têm sido cada vez mais
transformados em áreas de culturas agrícolas.

O Domínio da Mata Atlântica em Santa Catarina representa 95.985 km2 de superfície, no


entanto apenas 1.662.000 ha (17,46%) ainda se encontram com florestas, 280.000 ha com
florestas primárias e os demais 1.382.000 ha com florestas secundárias em estágio médio e
avançado de regeneração (Mata Atlântica e Você, 2002).

Segundo a classificação fisionômico-ecológica proposta por ELLENBERG & MUELLER-


DOMBOIS, em 1965/1966, apresentada pela UNESCO, posteriormente adaptada por VELOSO
et al (1982) resultado de dez anos de Pesquisa no Projeto RADAMBRASIL e aprimorado no
“Manual Técnico da Vegetação Brasileira” (IBGE, 1992), a cobertura Florestal de Santa
Catarina está subdividida em: Floresta Ombrófila Densa, que ocupa com maior intensidade o
litoral e estende-se até as Serra Geral, do Mar e do Espigão e que juntamente com seus
ecossistemas associados cobria originalmente 31.611 km2, a Floresta Ombrófila Mista,
caracterizada pela Araucaria angustifólia, abrangia cerca de 40.800 km2 e a Floresta Estacional
Decidual, característica do Vale do Rio Uruguai, oeste de Santa Catarina, por sua vez cobria
9.196 km2 (MEDEIROS, 2002). Estima-se ainda que 13.794 km2 eram áreas de campos e 575
km2 eram áreas com floresta nebular1.

A Figura 5.2.1.2 apresenta o Mapa do Domínio da Mata Atlântica e suas associações no Estado
de Santa Catarina, adaptado por KLEIN (1978).

Conforma apresentado a seguir, REIS (1999) classifica as tipologias florestais do Estado de


Santa Catarina, como Domínio da Mata Atlântica, cujos ecossistemas constituintes são
considerados patrimônio nacional.

1
Fonte: Reserva da Biosfera da Mata Atlântica/SC.

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Figura 5.2.1.2: Mapa Fitogeográfico do Estado de Santa Catarina. 2

Segundo LEITE & KLEIN (1990) e REIS (1999) as principais características das formações que
compõem este Domínio são descritas a seguir:

A) FLORESTA OMBRÓFILA DENSA

Formação vegetal exuberante, complexa, ocupando uma grande parte do estado, margeando o
Oceano Atlântico. Um grande número de espécies arbóreas adensa os estratos superiores,
criando assim um ambiente propício ao desenvolvimento de vegetais esciófitos, epífitos e lianas
lenhosas, além de pteridófitas, heliconiáceas e marantáceas.

Situada entre o planalto e o oceano, a Floresta Ombrófila Densa é constituída, na sua maior
parte, por árvores perenefoliadas de 20 a 30 m de altura. Sua área é formada por planícies
litorâneas e, principalmente, por encostas íngremes da Serra do Mar, formando vales profundos
e estreitos.

As subdivisões da Floresta Ombrófila Densa são apresentadas a seguir:

(I) Floresta das Terras Baixas: Recobre as planícies quaternárias costeiras fluviais e flúvio-
marinhas, até aproximadamente 40 m de altitude. Pouco desenvolvida e pouco densa, com
predomínio do Olandi (Calophyllum brasiliensis), Figueira-do-mato (Ficus organensis),
Copiúva (Tapirira guianensis), Canela-garuva (Nectandra rigida), entre outros.

(II) Floresta Submontana: Fanerófitos com alturas uniformes de alto porte ocupam relevo
montanhoso com solos mediamente profundos e altitudes variando de 40 a 400 metros.

(III) Floresta Montana: Situada entre 400 e 1.000 m de altitude ao longo da Serra do Mar, com
domínio de canelas e de coníferas como os Podocarpus, que se instalam sobre o solo delgado.

2
Fonte: RBMA/SC

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(IV) Floresta Alto-Montana: Abrange as encostas superiores da Serra do Mar, acima de 1.000
m de altitude, sobre solos litólicos. Área de ocorrência da popular “mata nebular”, com
formações arbóreas mesofanerofíticas com destaque para as espécies Gramimunha
(Weinmannia humilis) e Camboim (Siphoneugema reitzii).

B) FLORESTA OMBRÓFILA MISTA

Uma grande parte de Santa Catarina está coberta por florestas onde o Pinheiro do Paraná
(Araucaria angustifolia) predomina no estrato superior e caracteriza a região.

As subdivisões da Floresta Ombrófila Mista são apresentadas a seguir:

(I) Floresta Montana: Profundamente caracterizada pela presença do Pinheiro do Paraná


(Araucaria angustifolia) no estrato superior, com sub-bosque dominado por lauráceas (imbuias,
canelas) e o Xaxim Bugio (Dicksonia selowianna).

(II) Savanas (Campos): Em altitudes geralmente superiores a 800 m, em terrenos geralmente


lixiviados e aplainados, desenvolvem-se amplas formações de gramíneas, além de ciperáceas e
grupos esparsos de arbustos e árvores. Em Santa Catarina ocorrem campos limpos e campos
sujos.

C) ÁREAS DAS FORMAÇÕES PIONEIRAS

As subdivisões das Formações Pioneiras são apresentadas a seguir:

(I) Influência Marinha: Com fisionomias diversas, em terrenos arenosos mais firmes e menos
ondulados e em áreas posteriores às dunas, a vegetação pode ser caracterizada como de porte
herbáceo a porte arbóreo. Nas restingas catarinenses, predominam as mirtáceas, além de uma
grande variedade de bromeliáceas e cactáceas.

(II) Influência Flúvio-marinha (Manguezal): Nas baías, nas reentrâncias do mar e


desembocaduras dos rios desenvolvem-se os manguezais, onde predominam espécies arbustivas
e pequenas árvores como: Siriúba (Avicennia schaueriana), Mangue vermelho (Rhizophora
mangle), Mangue Branco (Laguncularia racemosa) e os Capins Praturás (Spartina densiflora e
Spartina alterniflora).

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5.2.1.3. A VEGETAÇÃO DA ÁREA EM ESTUDO

A área motivo deste estudo está inserida no domínio da Floresta Ombrófila Densa Sub-montana,
que compreende as formações florestais situadas na faixa altitudinal entre 30 e 400 metros,
ocupando solos bem drenados e com profundidade variável. Esta formação, originalmente, é
caracterizada por ecótipos que variam pelo posicionamento dos ambientes de acordo com a
latitude. As espécies indicadoras desse ambiente são: Alchoernea sp, Hyeronima alchorneoides,
conhecidos regionalmente por tanheiro e licurana respectivamente, ambas da família botânica
Euphorbiaceae, Didymopanax morototonii, da família botânica Araliaceae e Pautéria sp da
família botânica Sapotaceae, sendo estas espécies consideradas endêmicas na região
(IBGE:1992).

Desde a colonização de São Francisco do Sul, a mata original foi sendo substituída por área de
exploração de madeira e cultivos agrícolas, o que transformou as matas naturais em tipologias
variadas de vegetação secundária, fato este que atualmente se observa na paisagem vegetacional
da região de São Francisco do Sul.

Assim, historicamente observa-se que a prática agrícola, característica dos povos açorianos, se
instalou na região, na forma de pequenas roças de cultivo de aipim, banana, abacaxi e outras
plantas de interesse doméstico, promovendo a retirada da vegetação primitiva, transformando a
flora num mosaico de tipologias florestais, que atualmente representam as várias fases de
ocupação da área, Figura 5.2.1.3.

Figura 5.2.1.3: Foto antiga, sem data. Em primeiro plano a elevação


denominada “Rabo Azedo” onde a cobertura vegetal se resumia a
pequenos fragmentos localizados em seu topo.

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Atualmente a cobertura vegetal da região apresenta estratos diversificados, os quais


caracterizam o uso do solo e o tempo de abandono das atividades antrópicas. Na área de
influência direta da obra de implantação do anel rodoferroviário, a paisagem encontra-se
bastante alterada por atividades antrópicas, tais como indústrias e infraestruturas de
armazenamento e movimentação de cargas, ambos ligados ao Porto de São Francisco do Sul,
bem como ocupação residencial unifamiliar.

O anel rodoferroviário será implantado em parte sobre vias já abertas e pavimentadas com
asfalto ou saibro, no entanto a maior porção passará por trechos a serem abertos completamente,
necessitando assim a retirada da cobertura vegetal existente.

O percurso para implantação da obra, como apresentado previamente no Mapa 01 –


Localização do Empreendimento, tem início no entroncamento da Rodovia BR-280 com a
Rua Francisco Machado de Souza, contornando a elevação conhecida como “Rabo Azedo” no
sentido anti-horário até se encaixar na via de acesso aos armazéns da CIDASC e daí até a Av.
Engenheiro Leite Ribeiro. Nesse percurso atravessa terras de propriedade da Bunge Alimentos,
da Empresa Litoral Agência Marítima e do Porto de São Francisco do Sul.

No geral, a cobertura vegetal da região do empreendimento encontra-se bastante alterada pela


ocupação humana, sendo que os remanescentes vegetais mais desenvolvidos encontram-se sobre
as elevações adjacentes, caso específico do Morro Pão de Açúcar e outras elevações menores
que ainda preservam maciços florestais importantes.

No entroncamento da futura via com a rodovia BR-280, estaca zero do Projeto de Engenharia
Rodoferroviária apresentado pela Empresa Azimute, a nova conformação geométrica atingirá
uma vegetação arbórea secundária que ocupa a margem da Rodovia BR-280 e da Rua Francisco
Machado de Souza por um percurso de aproximadamente 340 metros, Figura 5.2.1.4.

Entretanto, vale frisar que, apenas uma das margens da Rua Francisco de Souza apresenta
vegetação arbórea, a outra apresenta apenas gramíneas rasteiras, já que é ocupada por pátio e
depósitos da Bunge Alimentos. O traçado ao atravessar a propriedade da Bunge Alimentos
atingirá área com gramado, adjacente a área de depósito da empresa, o qual é mantido aparado
rente ao solo, Figura 5.2.1.5.

A partir desse ponto até o entroncamento com a via existente o traçado está projetado próximo a
uma aglomeração urbana que ocupa a base da elevação margeando a Baía da Babitonga. Nesse
trecho o projeto atravessa uma vegetação secundária alterada pelo uso da terra, onde se observa
o desenvolvimento de pequenas plantações e hortas domésticas. Neste segmento ocorrem
aglomerações vegetais dominadas por espécies pioneiras nativas, ervas ruderais e plantas
frutíferas cultivadas pelos moradores.

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Figura 5.2.1.4: Vegetação junto à esquina da Rodovia BR-280 com


a Rua Francisco Machado de Souza, ponto inicial do traçado do Anel
Rodoferroviário.

Figura 5.2.1.5: Gramado no interior das instalações da Bunge


Alimentos.

Assim, o presente projeto atinge a base da elevação denominada “Bela Vista” também de
conhecida como “Rabo Azedo”. Na Figura 5.2.1.6 é possível observar a elevação contornada
pela via esquemática projetada.

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Figura 5.2.1.6: O traçado em azul representa o esquema de


implantação do anel rodoferroviário. Nota-se que o traçado está no
entorno das aglomerações vegetais.

Nas visitas a campo observou-se que o Jacatirão (Tibouchina mutabilis), entre as espécies
autóctones, é a mais abundante, sendo o principal representante arbóreo da porção atingida. No
entanto, os elementos dominantes são representados por Jacatirão-açú (Miconia
cinnamomifolia), Copiúva (Tapipira guianensis) e Canela-ferrugem (Nectandra rigida), estas
últimas presentes na porção Sul da área de estudo.

Para o levantamento das espécies vegetais as aglomerações vegetais foram agrupadas e tratadas
como uma única tipologia já que as fitofisionomias se assemelham e se encontram muito
próximas geograficamente.

A maior porção atingida pelo empreendimento está situada na porção NE da elevação e


apresenta cobertura florestal bem definida, estruturada basicamente por dois estratos
horizontais, um de elementos arbóreos, constituídos principalmente por Jacatirão (Tibouchina
mutabilis) e o outro essencialmente herbáceo, dominado por Orelha de onça (Tibouchina sp),
que forma uma camada de mais ou menos 1,20 metros acima do solo (Figura 5.2.1.7).

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Figura 5.2.1.7: Vista do interior da formação da elevação (Rabo


Azedo) atravessada pelo traçado do anel rodoferroviário.

Com referência a Orelha de onça (Tibouchina sp), há que se considerar a sua densidade,
recobrindo por completo a superfície do solo e a rigidez do seu caule, que dificulta a travessia.
Ocorre ainda grande quantidade de Poáceas como capim-colonião (Panicum maximum) e
capim-gordura (Melinis minutiflora).

Relatos de moradores locais, bem como os registros fotográficos apresentados, confirmam que a
área foi palco de intensa atividade agrícola, como por exemplo o cultivo de mandioca, e se
encontra abandonada há décadas, tempo suficiente para a regeneração parcial da sua cobertura
florestal.

Quanto à estrutura fisionômica da vegetação, identifica-se um dossel descontínuo, formado por


copas pouco espessas, que por sua vez favorecem a entrada de luz, beneficiando o
desenvolvimento de um denso sub-bosque herbáceo, típico de áreas em fase de regeneração.

A área estudada compreende uma superfície de 34.600,00 m2 estruturada por uma comunidade
florestal secundária que mesmo aparentando bom desenvolvimento resguarda clareiras e
nuances deixadas pela ocupação antrópica recente.

Em virtude de se localizar na porção urbana - retroportuária, seu interior é marcado por


intervenções como abertura de trilhas, corte de árvores, queimadas, depósitos de entulhos e
outras ações que descaracterizam seu estado de conservação, principalmente nas bordas
atingidas pelo traçado projetado.

As espécies vegetais ocorrentes, em sua maioria, são componentes típicos das formações
secundárias regionais como o Jacatirão (Tibouchina mutabilis), Jacatirão-açu (Miconia
cinnamomifolia), Embaúba (Cecrópia) Camboatá (Cupania vernalis) e Tanheiro (Alchornea
triplinervia). No sub-bosque ocorre com abundância Capim gordura (Melinis minutiflora),
Capim colonião (Panicum maximum), Orelha de onça (Tibouchina pilosa) e Taquari
(Colanthelia sp).

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Com relação à espécie, aqui denominada vulgarmente de Taquari (Colanthelia sp), trata-se de
uma espécie de taquara (Poaceae) com colmos lisos e ocos, com diâmetro de aproximadamente
um centímetro e altura por volta de 2 metros. Esta espécie forma densas touceiras, que recobrem
o solo parcialmente sombreado pelo dossel superior.

Assim, a estrutura horizontal da comunidade florística da área apresenta dois estratos: um


arbóreo, bem desenvolvido e outro herbáceo composto por espécies esciófitas, que neste caso é
representada principalmente pelo taquari.

Sobre os troncos das árvores de maior porte, é notada a presença discreta de espécies de
bromeliáceas, principalmente do gênero Vriesea e raros exemplares de orquídeas.

Como previamente descrito o uso da área promoveu a supressão parcial do sub-bosque, fato que
é observado em boa parte da área (Figura 5.2.1.8).

Figura 5.2.1.8: Vista do interior da formação, em ponto onde


praticamente não se observa a ocorrência de sub-bosque.

Quanto à porção ocupada por residências a cobertura vegetal é constituída especialmente por
árvores frutíferas, na sua maioria espécies exóticas, plantadas pelos moradores. Apresenta
adensamento descontínuo, entremeadas por plantio de cercas vivas que, no conjunto,
proporcionam um aspecto mais homogêneo à vegetação. Encontram-se ainda pequenas roças,
onde eventualmente é cultivado abacaxi, aipim, mamão, maracujá, cana-de-açúcar e outras
plantas de interesse local (Figura 5.2.1.9).

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Figura 5.2.1.9: Vista de clareira antes ocupada por casas ao fundo


componentes arbóreos exóticos que serão atingidos pelo
empreendimento.

Nas clareiras dos antigos cultivos agrícolas deu-se a instalação de plantas invasoras, que aos
poucos vão ocupando o solo abandonado e promovendo o processo de regeneração da
vegetação. Nestes pontos, são abundantes as ervas rasteiras, principalmente as gramíneas, que se
alastram espontaneamente entre os espécimes arbóreos de Goiabeira (Psidium guajava), Aroeira
(Schinus terebinthifolius), Jerivá (Arecastrum romanzoffianum), Inga-feijão (Inga marginata) e
Embaúba (Cecropia adenopus) (Figura 5.2.1.10).

Figura 5.2.1.10: Clareira ocupada por capim-colonião (Panicum


maximum) espécie bastante comum na área.

Com relação às espécies exóticas aparecem, de forma descontínua, Bananeiras (Musa sp),
Abacateiro (Persea americana), Jambolão (Eugenia jambolana), Mangueiras (Mangifera
indica), Laranjeiras (Citrus sp) e Ameixeiras (Eryobotrya japonica). Encontram-se ainda
touceiras de Bambus (Bambusa sp) e cercas vivas estruturadas por Hibiscos (Hibiscus sp) e Pau
d’água (Dracena flagans).

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5.2.1.3.1. INVENTÁRIO FLORESTAL

O inventário florestal é a base para o planejamento do uso dos recursos florestais e neste
trabalho, tem como finalidade levantar as características qualitativas e quantitativas da
vegetação, visando seu enquadramento nos parâmetros da Resolução CONAMA nº 04/1994
(Tabela 5.2.1.1), além de apresentar as características estruturais e fitofisionômicas da cobertura
florestal da região de implantação do anel rodoferrofiário.

Tabela 5.2.1.1: Principais parâmetros da Resolução CONAMA 04/94 para as formações secundárias da
Mata Atlântica em Santa Catarina.
ESTÁGIO SUCESSIONAL DE REGENERAÇÃO
PARÂMETROS
Inicial Médio Avançado
DAP Até 8 cm Até 15 cm Até 25 cm
ÁREA BASAL Até 8 m2/ha Até 15 m2/ha Até 20 m2/ha
ALTURA Até 4 m Até 12 m Até 20 m
FISIONOMIA Herbáceo/arbustiva Arbórea/arbustiva Arbórea dominante
sobre os demais estratos
ESPÉCIES Samambaias (Pteridium Capororoca (Rapanea Jacatirão-açu (Miconia
INDICADORAS: aquilium), capim- ferruginea) associada à cinnamomifolia),
gordura (Melinis Vassoura-vermelha Tanheiro (Alchornia
minutiflora), vassoura (Dodonea viscosa). triplinerva), Canela-
(Bacharis sp), vassoura- preta (Ocotea
braba (Bacharis sp). catharinensis),
Palmiteiro (Euterpe
edulis).

Os dados a seguir estão baseados em estudos realizados na área de abrangência do anel


rodoferroviário no ano de 2006 cujos valores de volume de madeira foram atualizados a partir
da aplicação das metodologias a seguir descritas.

Segundo HUSCH et al. (1982), o crescimento das árvores é influenciado pelas características da
espécie, interagindo com o ambiente. Para PRODAN et al. (1997), as influências ambientais
incluem fatores climáticos (temperatura, vento, precipitação e insolação), fatores pedológicos
(características físicas e químicas, umidade e microrganismos), características topográficas
(inclinação, elevação e aspecto do solo) e competição (influência de outras árvores, sub-bosque
e animais), sendo que a soma desses fatores exprime o conceito de qualidade de hábitat.

As diferenças entre os tipos florestais dificultam a comparação de taxas de crescimento e


produção. Estudos feitos por SILVA et al. (1995, 1996 e 1999) em florestas tropicais naturais,
no Estado do Pará, constataram que a produção líquida volumétrica variou de 1,6 m3/ha/ano na
floresta primária não explorada a 4,8 m³/ha/ano na floresta explorada sem tratamento
silvicultural. Na floresta secundária, a produção volumétrica foi de 3,5 m³/ha/ano, e os
incrementos anuais em volume das espécies comerciais variaram entre 1,0; 1,5; e 1,8 m³/ha/ano.

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Numa Floresta Atlântica, no Estado de Minas Gerais, FERREIRA (1997) constatou, ao final de
10 anos de monitoramento em um experimento de manejo de vegetação secundária em que
foram aplicados cortes seletivos, incrementos anuais em volume entre 3,9 e 3,7 m³/ha/ano.

ALDER & SILVA (2000) observaram incremento anual em volume de 2,56 m³/ha/ano nas
espécies com DAP > 45 cm, após 17 anos de monitoramento em uma floresta equatorial de terra
firme, na Amazônia.

MAITRE (1991), analisando três áreas de floresta tropical na Costa do Marfim, observou
incrementos anuais em volume entre 0,7 e 1,8 m³/ha/ano na área não explorada, 2,5 m³/ha/ano
na área explorada e 2,2 a 3,6 m³/ha/ano na área explorada com aplicação de tratamentos
silviculturais.
DE GRAAF (1986), referindo-se a estudos de crescimento em floresta tropical natural no
Suriname, observou aumento no incremento anual em volume de 2,0 a 4,5 m³/ha/ano nas
espécies comerciais sob tratamentos silviculturais.

Como pode ser observado nas informações apresentadas previamente, não existem muitos
experimentos e estudos referentes ao incremento de volume para Floresta Atlântica Secundária
em áreas onde não é realizado o manejo florestal. No entanto, analisando os dados obtidos por
diversos autores acima citados, para os cálculos de volumes de madeira na área a ser suprimida
adotaremos um incremento anual de volume de 3,00 m³/ha/ano.

Cabe salientar que os demais parâmetros analisados e apresentados no inventário florestal do


ano de 2006 não foram alterados e incrementados.

METODOLOGIA

O primeiro reconhecimento da área objeto do presente estudo foi realizado a partir de


fotografias aéreas da área de abrangência do anel rodoferroviário, bem como mapas
topográficos que indicam as principais características da área.

Assim, considerando as características da população estudada optou-se pela metodologia de


Amostragem Aleatória Simples, com a distribuição de 09 (nove) amostras sobre a vegetação
arbórea ao longo do percurso delimitado pelo projeto de engenharia.

O trabalho de campo consistiu no levantamento do CAP (Circunferência à Altura do Peito),


medido a aproximadamente 1,30 m, altura total e identificação dos espécimes presentes em cada
parcela com altura superior a 1,30 metros e diâmetro superior a 4,00 cm, conforme os preceitos
da Instrução Normativa IN 24.

Com base nos dados levantados em campo, foi calculado o DAP (Diâmetro à Altura do Peito)
médio, a Área Basal por hectare, bem como o Volume total de lenha existente na área de
supressão.

A localização da área inventariada pode ser visualizada no Mapa 04 - Vegetação e a posição


geográfica das amostras, em coordenadas UTM, pode ser consultada na Tabela 5.2.1.2 a seguir.

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Tabela 5.2.1.2: Localização das amostras do inventário florestal.


AMOSTRA NORTE ESTE
1 7.096.114 736.848
2 7.096.122 736.800
3 7.096.167 736.777
4 7.096.227 736.780
5 7.096.595 736.562
6 7.096.619 736.512
7 7.096.585 736.444
8 7.096.468 736.310
Datum: SAD69

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736400 736600 736800

7096720
Convenções

Sistema Viário

Curvas de Nível 5x5m

Hidrografia

Área de Estudo
6 5
Área de Preservação Permanente - APP
7
30
Parcelas

Vegetação em Estágio Médio

Área Sem Vegetação

7096520
8

45 20

40

25
15
20
35

35
9 Projeção: Universal Tranversa de Mercator - UTM
35
25
Escala Numérica: 1:3.000
Datum Horizontal: SAD 69

7096320
40

45
Datum Vertical: Marégrafo Imbituba/SC
Agosto/2012

Escala Gráfica

0 50 100 150

15
Meters
4
Prefeitura Municipal de São Francisco do Sul, 2007. Base Cartográfica extraída da Ortofotocarta Digital
do município de São Francisco do Sul, Escala 1:2.000. Ortofotos com Escala de Vôo :10.000. Executado
por: Aeroconsult Aerolevantamentos e Consultoria Ltda, ano de 2007. Imagem de Satélite Landsat 2002.

3
30 Projeto Governo do Estado de Santa Catarina
Administração do Porto de São Francisco
10

do Sul - APSFS
2
1

7096120
Anel Rodoferroviário do Porto de São
Francisco do Sul
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MAPA 04 - VEGETAÇÃO

10
5 25
20

35
15

30

40
45
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EQUAÇÕES UTILIZADAS NOS CÁLCULOS DO INVENTÁRIO FLORESTAL

DAP, Altura e Área Basal

DAP: Diâmetro a altura do peito - 1,3 m;

DAP = CAP/π (cm)

Onde: CAP = Circunferência à altura do peito

Altura: Todos os indivíduos da parcela com altura superior a 2,00 m;

Área Basal: Área Transversal de cada indivíduo inventariada.

AB = DAP2 x π (m2)
4.000

Se a área basal das árvores amostradas é AB , em uma amostra de área S , com uma área S do
1 1
povoamento, a área basal total será:

AB = AB1 x S
S1

Média, Variância, Desvio Padrão

Média: Somatório da variável (DAP, Altura, Área Basal) de todas as parcelas, dividido
pelo número de parcelas.

Onde: n = número de indivíduos

Variância (S2): desvio quadrático médio da média' e é calculada de uma amostra de


dados.

Desvio Padrão (S): É a raiz quadrada da variância.

S = √S2

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RESULTADOS DO INVENTÁRIO FLORESTAL

Tabela 5.2.1.3: Dados dendrológicos por espécie.


Altura DAP AB VOLUME*
NOME ESPÉCIE FAMÍLIA
(m) (cm) (m²/ha) m3/ha (m3) st
Protium
Almesca Burseraceae 8,214 10,004 0,330 2,463 8,438 11,813
Heptaphyllum
Andira
Angelim Fabaceae 5,167 16,340 0,408 2,245 7,690 10,766
fraxinifolia
Centrolobium
Ariribá Fabaceae 6,286 11,732 0,505 3,191 10,933 15,306
robustum
Schinus
Aroeira Anacardiaceae 4,750 6,207 0,080 0,394 1,349 1,888
Terebinthifolius
Café do Casearia
Flacourtiaceae 6,000 7,321 0,023 0,125 0,427 0,598
Mato silvestris
Guarea
Cafezinho Meliaceae 3,250 3,342 0,010 0,028 0,096 0,134
macrophylla
Cupania
Camboatá Sapindaceae 7,786 13,051 1,370 12,195 41,775 58,485
vernalis
Canela Ocotea sp Lauraceae 7,667 8,541 0,263 2,448 8,387 11,741
Canela- Nectandra
Lauraceae 8,389 12,662 1,000 10,109 34,628 48,479
nhoçara leucothyrsus
Tetrorchidium
Canemoçú Euphorbiaceae 8,500 10,663 0,115 0,978 3,352 4,692
rubrivenium
Cabralea
Canjarana Meliaceae 5,667 7,533 0,090 0,563 1,930 2,702
glaberrima
Rapanea
Capororoca Myrsinaceae 6,750 8,992 0,340 2,405 8,240 11,536
ferruginea
Carne de Psychotria
Rubiaceae 8,500 15,279 0,255 2,377 8,144 11,401
vaca carthagenensis
Jacaranda
Caroba Bignoniaceae 5,146 7,905 0,751 3,909 13,392 18,749
micrantha
Catinguá Trichilia sp Meliaceae 4,000 3,820 0,019 0,068 0,233 0,326
Cordia
Catuteiro Boraginaceae 4,800 6,812 0,122 0,633 2,169 3,036
sellowiana
Caujujá Clethra scabra Clethraceae 5,850 7,990 0,384 2,743 9,396 13,154
Cauna Ilex dumosa Aquifoliaceae 7,500 7,003 0,021 0,143 0,489 0,684
Sorocea
Chincho Moraceae 6,250 5,570 0,031 0,167 0,571 0,800
bonplandii
Tapirira
Copiúva Anacardiaceae 9,625 17,587 0,752 8,699 29,800 41,720
guianensis
Rollinia
Cortiça Annonaceae 8,250 13,687 0,210 1,814 6,216 8,702
exalbida
Cecropia
Embaúba Cecropiaceae 7,900 11,650 0,682 5,361 18,365 25,711
adenopus
Espinheira Pachystroma
Euphorbiaceae 5,000 6,366 0,018 0,079 0,269 0,377
santa longifolium
Figueira- Ficus
Moraceae 5,250 6,525 0,045 0,264 0,905 1,267
branca guaranitica
Aegiphila
Gaioleiro Verbenaceae 4,154 5,362 0,180 0,812 2,783 3,896
sellowiana
Psidium
Goiabeira Myrtaceae 4,833 11,459 0,222 1,169 4,003 5,605
guayava
Psidium
Goiabeira Myrtaceae 3,750 3,820 0,013 0,043 0,148 0,207
guayava

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Altura DAP AB VOLUME*


NOME ESPÉCIE FAMÍLIA
(m) (cm) (m²/ha) m3/ha (m3) st
Trema
Grandiuva Ulmaceae 10,333 12,520 0,218 1,995 6,836 9,570
micrantha
Guacá- Trichilia
Meliaceae 7,056 6,791 0,209 1,543 5,287 7,401
maciele lepidota
Casearia
Guaçatunga Flacourtiaceae 7,000 10,345 0,120 0,839 2,875 4,025
inaequilatera
Guamirim Eugenia sp Myrtaceae 5,458 6,711 0,361 2,344 8,029 11,241
Guamirim- Myrcia
Myrtaceae 11,167 16,552 0,693 12,040 41,245 57,744
branco pubipetala
Jacaradá de Machaerium
Fabaceae 7,000 9,868 0,042 0,264 0,906 1,268
espinho aculeatum
Tibouchina
Jacatirão Melastomataceae 6,838 12,422 3,548 26,433 90,549 126,769
mutabilis
Jacatirão- Miconia
Melastomataceae 6,700 10,271 0,801 5,442 18,641 26,097
açu cinnamomifolia
Jaguarandi Ottonia sp Piperaceae 4,333 5,730 0,099 0,418 1,431 2,003
Jambo Jambosa aquea Myrtacea 6,500 9,868 0,042 0,246 0,841 1,178
Sapium
Leiteiro Euphorbiaceae 6,000 4,775 0,010 0,053 0,182 0,254
glandulatum
Hieronyma
Licurana Euphorbiaceae 10,500 18,939 0,375 3,626 12,421 17,390
alchorneoides
Mamica de
Fagara sp Rutaceae 10,000 12,732 0,071 0,629 2,154 3,016
porca
Guapira
Maria-mole Nyctaginaceae 3,500 3,820 0,006 0,020 0,068 0,095
opposita
Dalbergia
Marmeleiro Fabaceae 6,750 10,504 0,451 2,914 9,981 13,974
brasiliensis
Miguel Matayba
Sapindaceae 5,333 6,791 0,086 0,571 1,956 2,738
pintado guianensis
Ni Ni Ni 7,063 9,271 0,339 2,497 8,555 11,977
Calophyllum
Olandi Guttiferae 11,000 23,449 1,795 21,092 72,253 101,154
brasiliensis
Pau- Triplaris
Polygonaceae 7,400 12,669 0,406 2,799 9,588 13,424
formiga brasiliensis
Aspidosperma
Peroba Apocynaceae 3,500 4,138 0,007 0,023 0,080 0,112
olivaceum
Mollinedia
Pimenteira Monimiaceae 4,929 5,821 0,112 0,526 1,800 2,521
schottiana
Xylopia
Pindaiba Annonaceae 7,500 8,276 0,030 0,199 0,683 0,956
brasiliensis
Pixirica Miconia sp Melastomataceae 5,000 4,456 0,009 0,039 0,132 0,185
Miconia
Pixiricão Melastomataceae 8,000 21,963 0,210 1,497 5,129 7,180
flammea
Solanum
Quina Solanaceae 6,500 17,507 0,483 3,106 10,640 14,896
pseudoquina
Seca-ligeiro Pera glabrata Euphorbiaceae 7,375 10,584 0,248 1,853 6,348 8,887
Mimosa
Silva Fabaceae 6,361 8,736 0,934 6,301 21,586 30,220
bimucronata
Alchornea
Tanheiro Euphorbiaceae 7,063 12,016 1,993 14,843 50,845 71,182
triplinervia
Vasoura Vernonia sp Compositaea 3,333 3,608 0,017 0,053 0,180 0,252
Total
6,588 10,119 21,958 179,632 615,346 861,485
Geral
*Dados de Volume atualizados em 2012.

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ANÁLISE DOS DADOS

As dimensões da área, volumes de lenha e demais dados apurados são apresentados de forma
resumida na Tabela 5.2.1.6 apresentada posteriormente. Os dados apurados a partir do
inventário florestal na área estudada são apresentados a seguir na Tabela 5.2.1.4.

Tabela 5.2.1.4: Dados do inventário florestal e Resolução CONAMA 04/94.


RESOLUÇÃO
INVENTÁRIO
PARÂMETROS CONAMA –
FLORESTAL
ESTÁGIO MÉDIO
DAP médio 10,28 cm Até 15 cm
Altura média 6,60 m Até 12 m
Área Basal por hectare 21,96 m2/ha Até 15 m2/ha

A fisionomia da área em estudo é de mata secundária em processo de regeneração, onde se


destaca a espécie Jacatirão (Tibouchina mutabilis), Caroba (Jacaranda micrantha), Tanheiro
(Alchornea triplinervia), Silva (Mimosa bimucronata), Camboatá (Cupania vernalis), Gaioleiro
(Aegiphila sellowiana), Jacatirão-açu (Miconia cinnamomifolia) e outras espécies típicas das
matas secundárias antropizadas. O estrato herbáceo é dominado por plantas heliófitas típicas de
clareiras e bordas de matas, tais como Orelha de onça (Tibouchina sp) e outras poáceas como,
taquari, capim colonião e capim gordura.

Dentre as 56 espécies encontradas, a espécie mais abundante foi o Jacatirão (Tibouchina


mutabilis), representando 12% das espécies ocorrentes na área, com altura média de 6,84
metros, esta espécie é típica das formações pioneiras da região.

Considerando as características apuradas pelo inventário florestal associada a observações in


loco como: ausência de serrapilheira, raras epífitas, presença de lianas finas e aspecto
fitofisionômico peculiar de formações secundárias, é possível enquadrar a cobertura florestal
como sendo uma mata Secundária em Estágio Médio de Regeneração.

Vale ressaltar alguns pontos peculiares desta formação florestal que por vez influenciaram no
resultado deste estudo,tais como:

Fragmentação florestal;
Clareiras;
Efeito de borda;
Heterogeneidade; e
Alteração antrópica recente.

A seguir na Tabela 5.2.1.5 é apresentada a suficiência amostral para o inventário florestal


realizado.

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Tabela 5.2.1.5: Tabela de suficiência amostral.


ESTATÍSTICAS
DAP ALTURA g
UNIDADE AMOSTRAL
(cm) (m) (m2/ha)
1 8,52 6,50 19,86
2 8,87 6,62 18,79
3 11,48 7,74 29,41
4 11,52 7,70 29,60
5 12,40 6,48 24,32
6 7,99 5,40 12,19
7 8,43 5,82 15,14
8 12,13 6,80 24,39
9 11,14 6,36 23,93
Número de amostras 9,00 9,00 9,00
Média 10,28 6,60 21,96
Variância 3,17 0,58 35,69
Desvio padrão 1,78 0,76 5,97
Fator de correção 0,95 0,95 0,95
Variância da média 0,33 0,06 3,76
Erro padrão 0,58 0,25 1,94
Coeficiente de variação 17,33 11,57 27,21
Variância da média relativa 0,00 0,001 0,01
Erro padrão relativo 0,06 0,04 0,09
Erro de amostragem abs 0,81 0,35 2,71
Erro de amostragem rel 7,87 5,26 12,36
Intervalo de confiança (lim inf.) 9,47 6,25 19,25
Intervalo de confiança (lim sup.) 11,08 6,95 24,67
Amostras necessárias 1,5 0,7 3,6
Área da população (m²) 34.256,00 34.256,00 34.256,00
Área da amostra (m²) 200,00 200,00 200,00
Probabilidade (P%) 95,00 95,00 95,00
Valor de t (P%,5) 1,400 1,400 1,400
Limite de erro 0,20 0,2 0,2
Número máximo de amostras 171,28 171,28 171,28
Expectância 2,06 1,32 4,39
E^2 4,22 1,74 19,29
t^2 1,96 1,96 1,96
t^2*var 6,22 1,14 69,96
1/N 0,006 0,006 0,006
E^2/t^2*var 0,68 1,52 0,28

O enquadramento da formação no estágio médio de regeneração, além dos parâmetros


quantitativos apresentados, está condicionado a outras características fitossiológicas indicadoras
deste estágio sucessional, conforme determina a Resolução CONAMA nº 04/94.

Em relação ao volume de lenha obtido através do processamento do inventário florestal a


formação estudada apresentar-se de maneira geral pouco desenvolvida, principalmente em relação
ao diâmetro aproveitável e altura das árvores, implicando assim na ausência de indivíduos com
porte suficiente para aproveitamento do tronco como tora. Os dados inerentes a cada parcela
inventariada são apresentados em Anexo a este estudo ambiental.
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5.2.1.3.2. ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO

Na área de estudo não foram registradas espécies constantes na Listagem de Espécies da Flora
Nativa Ameaçadas de Extinção, de acordo com a lista oficial do Ministério do Meio Ambienta,
Anexo I da Instrução Normativa nº 06 de 23 de setembro de 2008.

5.2.1.3.3. ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

Com base na análise dos dados obtidos na área a ser licenciada para a supressão da vegetação,
no tocante à legislação ambiental, são os seguintes os dispositivos legais pertinentes:

A) LEI FEDERAL N° 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012

Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981,
9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos
4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no
2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.

Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

VIII - utilidade pública:

b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços públicos


de transporte, sistema viário, inclusive aquele necessário aos parcelamentos de
solo urbano aprovados pelos Municípios, saneamento, gestão de resíduos,
energia, telecomunicações, radiodifusão, instalações necessárias à realização
de competições esportivas estaduais, nacionais ou internacionais, bem como
mineração, exceto, neste último caso, a extração de areia, argila, saibro e
cascalho;

Art. 31. A exploração de florestas nativas e formações sucessoras, de domínio


público ou privado, ressalvados os casos previstos nos arts. 21, 23 e 24,
dependerá de licenciamento pelo órgão competente do Sisnama, mediante
aprovação prévia de Plano de Manejo Florestal Sustentável - PMFS que
contemple técnicas de condução, exploração, reposição florestal e manejo
compatíveis com os variados ecossistemas que a cobertura arbórea forme.

Art. 33. As pessoas físicas ou jurídicas que utilizam matéria-prima florestal em


suas atividades devem suprir-se de recursos oriundos de:

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I - florestas plantadas;
II - PMFS de floresta nativa aprovado pelo órgão competente do Sisnama;
III - supressão de vegetação nativa autorizada pelo órgão competente do
Sisnama;
IV - outras formas de biomassa florestal definidas pelo órgão competente do
Sisnama.

§ 1o São obrigadas à reposição florestal as pessoas físicas ou jurídicas que


utilizam matéria-prima florestal oriunda de supressão de vegetação nativa ou
que detenham autorização para supressão de vegetação nativa.

B) LEI FEDERAL Nº 11.428, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006

Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras
providências.

Art. 8º. O corte, a supressão e a exploração da vegetação do Bioma Mata


Atlântica far-se-ão de maneira diferenciada, conforme se trate de vegetação
primária ou secundária, nesta última levando-se em conta o estágio de
regeneração.

Art. 14 A supressão de vegetação primária e secundária no estágio avançado


de regeneração somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública,
sendo que a vegetação secundária em estágio médio de regeneração poderá ser
suprimida nos casos de utilidade pública e interesse social, em todos os casos
devidamente caracterizados e motivados em procedimento administrativo
próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento
proposto, ressalvado o disposto no inciso I do art. 30 e nos §§ 1o e 2o do art. 31
desta Lei.

§ 2º A supressão de vegetação no estágio médio de regeneração situada em


área urbana dependerá de autorização do órgão ambiental municipal
competente, desde que o município possua conselho de meio ambiente, com
caráter deliberativo e plano diretor, mediante anuência prévia do órgão
ambiental estadual competente fundamentada em parecer técnico.

Art. 17 O corte ou a supressão de vegetação primária ou secundária nos


estágios médio ou avançado de regeneração do Bioma Mata Atlântica,
autorizados por esta Lei, ficam condicionados à compensação ambiental, na
forma da destinação de área equivalente à extensão da área desmatada, com as
mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica, sempre que
possível na mesma microbacia hidrográfica, e, nos casos previstos nos arts. 30
e 31, ambos desta Lei, em áreas localizadas no mesmo Município ou região
metropolitana.

Art. 31 Nas regiões metropolitanas e áreas urbanas, assim consideradas em lei,


o parcelamento do solo para fins de loteamento ou qualquer edificação em área
de vegetação secundária, em estágio médio de regeneração, do Bioma Mata
Atlântica, devem obedecer ao disposto no Plano Diretor do Município e demais

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normas aplicáveis, e dependerão de prévia autorização do órgão estadual


competente, ressalvado o disposto nos arts. 11, 12 e 17 desta Lei.

§ 1º Nos perímetros urbanos aprovados até a data de início de vigência desta


Lei, a supressão de vegetação secundária em estágio médio de regeneração
somente será admitida, para fins de loteamento ou edificação, no caso de
empreendimentos que garantam a preservação de vegetação nativa em estágio
médio de regeneração em no mínimo 30% (trinta por cento) da área total
coberta por esta vegetação.

C) LEI ESTADUAL Nº 14.675, DE 13 DE ABRIL DE 2009

Institui o Código Estadual do Meio Ambiente e dispõe, conforme seus Artigos transcritos a
seguir, que:

Art. 38. A supressão de vegetação, nos casos legalmente admitidos, será


licenciada por meio da expedição de Autorização de Corte de Vegetação - AuC.

Parágrafo único. Nos casos em que o pedido de autorização de corte de


vegetação estiver vinculado a uma atividade licenciável, a AuC deve ser
analisada com a Licença Ambiental Prévia - LAP e expedida conjuntamente
com a Licença Ambiental de Instalação - LAI ou Autorização Ambiental - AuA
da atividade.

Art. 119. A supressão de vegetação em área de preservação permanente poderá


ser autorizada em caso de utilidade pública, interesse social, intervenção ou
supressão eventual e de baixo impacto ambiental, devidamente caracterizados e
motivados em procedimento administrativo próprio, quando inexistir
alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto ou quando a
compensação proposta beneficia o meio ambiente aumentando a área
protegida.

§ 1º A supressão de que trata o caput deste artigo dependerá de autorização do


órgão ambiental estadual competente.

§ 2º O órgão ambiental competente indicará, previamente à emissão da


autorização para a supressão de vegetação em área de preservação
permanente, as medidas mitigadoras e compensatórias que deverão ser
adotadas pelo empreendedor.

D) DECRETO FEDERAL Nº 6.660, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2008

Regulamenta dispositivos da Lei no 11.428, de 22 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a


utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica.

Art. 39. A autorização para o corte ou a supressão, em remanescentes de


vegetação nativa, de espécie ameaçada de extinção constante da Lista Oficial

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de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção ou constantes de listas


dos Estados, nos casos de que tratam os arts. 20, 21, 23, incisos I e IV, e 32 da
Lei no 11.428, de 2006, deverá ser precedida de parecer técnico do órgão
ambiental competente atestando a inexistência de alternativa técnica e
locacional e que os impactos do corte ou supressão serão adequadamente
mitigados e não agravarão o risco à sobrevivência in situ da espécie.

Parágrafo único. Nos termos do art. 11, inciso I, alínea “a”, da Lei no 11.428,
de 2006, é vedada a autorização de que trata o caput nos casos em que a
intervenção, parcelamento ou empreendimento puserem em risco a
sobrevivência in situ de espécies da flora ou fauna ameaçadas de extinção, tais
como:

I - corte ou supressão de espécie ameaçada de extinção de ocorrência


restrita à área de abrangência direta da intervenção, parcelamento ou
empreendimento; ou

II - corte ou supressão de população vegetal com variabilidade genética


exclusiva na área de abrangência direta da intervenção, parcelamento ou
empreendimento.

E) DECRETO FEDERAL Nº 5.300, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004

Regulamenta a Lei nº 7.661, de 16 de maio de 1988, que institui o Plano Nacional de


Gerenciamento Costeiro - PNGC, dispõe sobre regras de uso e ocupação da zona costeira e
estabelece critérios de gestão da orla marítima, e dá outras providências.

Art. 17 A área a ser desmatada para instalação, ampliação ou realocação de


empreendimentos ou atividades na zona costeira que implicar a supressão de
vegetação nativa, quando permitido em lei, será compensada por averbação de,
no mínimo, uma área equivalente, na mesma zona afetada.

1º A área escolhida para efeito de compensação poderá se situar em zona


diferente da afetada, desde que na mesma unidade geoambiental, mediante
aprovação do órgão ambiental.

2º A área averbada como compensação poderá ser submetida a plano de


manejo, desde que não altere a sua característica ecológica e sua qualidade
paisagística.

F) DECRETO FEDERAL Nº 5.975, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2006

Regulamenta o Art. 12, parte final, 15, 16, 19, 20 e 21 da Lei no 4.771, de 15 de setembro de
1965, o art. 4o, inciso III, da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, o art. 2o da Lei no 10.650, de
16 de abril de 2003, altera e acrescenta dispositivos aos Decretos nos 3.179, de 21 de setembro
de 1999, e 3.420, de 20 de abril de 2000, e dá outras providências.

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Art. 13. A reposição florestal é a compensação do volume de matéria-prima


extraído de vegetação natural pelo volume de matéria-prima resultante de
plantio florestal para geração de estoque ou recuperação de cobertura
florestal.

Art. 14. É obrigada à reposição florestal a pessoa física ou jurídica que:

I - utiliza matéria-prima florestal oriunda de supressão de vegetação natural;

II - detenha a autorização de supressão de vegetação natural.

§ 1o O responsável por explorar vegetação em terras públicas, bem como o


proprietário ou possuidor de área com exploração de vegetação, sob qualquer
regime, sem autorização ou em desacordo com essa autorização, fica também
obrigado a efetuar a reposição florestal.

§ 2o O detentor da autorização de supressão de vegetação fica desonerado do


cumprimento da reposição florestal efetuada por aquele que utiliza a matéria-
prima florestal.

§ 3o A comprovação do cumprimento da reposição por quem utiliza a matéria-


prima florestal oriunda de supressão de vegetação natural, não processada ou
em estado bruto, deverá ser realizada dentro do período de vigência da
autorização de supressão de vegetação.

§ 4o Fica desobrigado da reposição o pequeno proprietário rural ou possuidor


familiar, assim definidos no art. 3º,inciso V, da Lei no12.651, de 2012, detentor
da autorização de supressão de vegetação natural, que não utilizar a matéria-
prima florestal ou destiná-la ao consumo.

G) RESOLUÇÃO CONAMA Nº 369, DE 28 DE MARÇO DE 2006

Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto
ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação
Permanente – APP.

Art. 1 o Esta Resolução define os casos excepcionais em que o órgão ambiental


competente pode autorizar a intervenção ou supressão de vegetação em Área
de Preservação Permanente-APP para a implantação de obras, planos,
atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse social, ou para a
realização de ações consideradas eventuais e de baixo impacto ambiental.

Art. 2 o O órgão ambiental competente somente poderá autorizar a intervenção


ou supressão de vegetação em APP, devidamente caracterizada e motivada
mediante procedimento administrativo autônomo e prévio, e atendidos os
requisitos previstos nesta resolução e noutras normas federais, estaduais e
municipais aplicáveis, bem como no Plano Diretor, Zoneamento Ecológico-
Econômico e Plano de Manejo das Unidades de Conservação, se existentes, nos
seguintes casos:

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I - utilidade pública:

b) as obras essenciais de infraestrutura destinadas aos serviços públicos de


transporte, saneamento e energia; (...)

H) RESOLUÇÃO CONAMA Nº 04, DE 04 DE MAIO DE 1994

Define vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração
da Mata Atlântica, em cumprimento ao disposto no Art. 6o do Decreto nº 750, de 09 de
dezembro de 1993.

Art.1º. Vegetação primária é aquela de máxima expressão local, com grande


diversidade biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos, a ponto
de não afetar significativamente suas características originais de estrutura e de
espécies, onde são observadas área basal média superior a 20,00 metros
quadrados por ha, DAP médio superior a 25 cm e Altura Total Média superior
a 20 m.

Art. 2º. Vegetação secundária ou em regeneração é aquela resultante dos


processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da vegetação
primária por ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer árvores
remanescentes da vegetação primária.

I) INSTRUÇÃO NORMATIVA MMA Nº 06, DE DEZEMBRO DE 2006

Art. 2º Para os fins desta Instrução Normativa, entende-se por:

I - reposição florestal: compensação do volume de matéria prima extraído de


vegetação natural pelo volume de matéria-prima resultante de plantio florestal
para geração de estoque ou recuperação de cobertura florestal;

II - débito de reposição florestal: volume de matéria-prima florestal a ser


reposto na supressão de vegetação natural ou em exploração ilegal de florestas
naturais;

III - crédito de reposição florestal: estimativa em volume de matéria-prima


florestal resultante de plantio florestal, devidamente comprovado perante o
órgão ambiental competente.

Art. 18. O crédito de reposição florestal será concedido com base na estimativa
da produção da floresta para a rotação em curso.

§1 O volume para concessão do crédito de reposição florestal será de 150


m³/ha (cento e cinqüenta metros cúbicos por hectare) para plantios florestais
monoespecíficos.

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§2º Com o objetivo de promover a recuperação de cobertura florestal com


espécies nativas, os plantios executados com esta finalidade farão jus ao
volume para a concessão de crédito de reposição florestal de 200 m³/ha
(duzentos metros cúbicos por hectare).

J) PORTARIA FATMA Nº 078, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2004

Estabelece os critérios para fins de definição e aplicação das medidas de compensação


ambiental decorrentes do licenciamento ambiental de significativo impacto ambiental, das
autuações ambientais transacionadas e dos usos legais de área de preservação permanente.

Art. 2° - É ainda devida a compensação ambiental, genericamente, nos


seguintes casos, embora não mais limitada pela fixação e destinação a que se
refere o art. 36 da Lei nº 9.985 de 18 de julho de 2000 e art. 36 da Lei do
Sistema Estadual de Unidades de Conservação nº 11.986 de 12 de novembro de
2001.

a) uso de área de preservação permanente passível de licenciamento e desde


que sobre o empreendimento não tenha incidido a compensação prevista no
artigo 1.º desta Portaria.

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5.2.1.3.4. COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

Diante da necessidade de supressão de vegetação em estágio médio de regeneração o


empreendedor deverá averbar como forma de compensação ambiental uma porção equivalente a
30% da área recoberta com vegetação nesse estágio, o que perfaz uma superfície de 14.681,14
m² (Art. 31 da Lei 11.428/2006).

Completando a compensação ambiental exigida por lei o empreendedor deverá averbar, em área
com iguais ou melhores condições ambientais, uma área equivalente à área suprimida, neste
caso de 34.256,00 m² (Art. 17 da Lei 11.428/2006).

Conforme o exposto a compensação ambiental exigida legalmente totaliza 48.937,14 m², que o
empreendedor deverá averbar a margem da escritura em área de sua propriedade ou de terceiro,
para a qual remete Termo de Compromisso anexo à Instrução Normativa IN 24, também
protocolizada nesta Fundação do Meio Ambiente.

5.2.1.3.5. COMPENSAÇÃO AMBIENTAL PELO USO DA APP

Ao longo do traçado do anel rodoferroviário ocorrerá a transposição de área de preservação


permanente, totalizando 1.525,69 m², conforme apresentado no Mapa 03 – Hidrografia.

Assim, conforme preconiza a Portaria FATMA nº 078/04 deverá ser realizada a compensação
ambiental pelo uso da citada área de preservação permanente através do plantio de 123 mudas
nativas, atendendo o adensamento proposto de 800 mudas/ha.

5.2.1.3.6. REPOSIÇÃO FLORESTAL

Atendendo as exigências legais referentes à supressão da vegetação no Bioma Mata Atlântica,


deverá ser executado o reflorestamento com espécies nativas a título de Reposição Florestal, em
acolhimento especificamente à Lei Federal nº 12.651/2012, Decreto Federal nº 5.975/2006 e
Instrução Normativa MMA nº 06/2006.

Embora a supressão proposta não vise especificamente à comercialização da madeira, mas


considerando o disposto na legislação supracitada, o empreendedor se compromete a promover
a Reposição Florestal de uma área de 30.767,50 m² referente ao volume de lenha mensurado no
inventário florestal de 615,35 m³.

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Considerando o adensamento florestal de 800 mudas por hectare deverão ser plantadas 2.462
mudas nativas na área de 30.767,50 m2 para atender à reposição florestal. O projeto de reposição
florestal deverá ser detalhado quando da implantação e execução das obras e demais atividades.

Outra forma de atender à reposição florestal é a aquisição de Créditos de Reposição Florestal


junto a detentores com plantio já aprovados. Neste caso o empreendedor recebe a transferência
de créditos em montante equivalente ao volume de madeira a ser suprimido mediante
negociação direta com o detentor credenciado junto ao órgão ambiental.

5.2.1.4. QUADRO RESUMO

Como previamente descrito no presente estudo os valores obtidos para o volume de lenha da
formação a ser suprimida foi atualizado considerando um incremento anual de 3,00 m³/ha, o que
resulta num acréscimo volumétrico de 18,00 m³/ha no período de 2006 a 2012, totalizando um
volume de 615,35 m³.

Os demais parâmetros do inventário florestal não foram alterados, pois conforme vistorias a
campo no mês de julho do corrente ano pode-se constatar que a paisagem florística e a formação
florestal existentes não apresentou significativo desenvolvimento, não alterando a sua
classificação conforme os parâmetros da Resolução CONAMA nº 04/94, permanecendo no
estágio médio de regeneração.

Tabela 5.2.1.6: Resumo quantitativo da área de supressão.


DESCRIÇÃO TOTAL
2
Área de Supressão (m ) 34.256,00
Estágio da Vegetação – conforme Resolução CONAMA nº 04/94 Estágio Médio
(m3) 615,35
Volume de lenha
(st) 861,49
DADOS DO INVENTÁRIO FLORESTAL
DAP médio (m) 10,28
ALTURA média (m) 6,60
ÁREA BASAL (m2/ha) 21,96

Tabela 5.2.1.7:Convenções.
Conversão volume 1,4
Fator de Correção (Fator de Formula) 0,8

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5.2.2. FAUNA

A presente seção tem por finalidade a caracterização da fauna ocorrente ao longo do traçado do Anel
Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul, através de levantamento preliminar e expedito,
realizado em agosto de 2012 e em base de dados de levantamento faunístico realizado de maio a junho
de 2006 naquela localidade.

5.2.2.1. INTRODUÇÃO

A expansão das atividades socioeconômicas tem sido a principal responsável pela modificação e/ou
destruição de uma série de habitats. Em todo o mundo a retirada da vegetação nativa, seja para
exploração de madeira ou para uso da terra, tem atingido níveis alarmantes.

Para se ter uma idéia desse processo no Brasil, restam da Mata Atlântica apenas cerca de 5% da
cobertura vegetal original. Esse bioma, assim como outras paisagens exploradas no mundo, tem em
comum o fato de já ter sido área de vegetação contínua. Hoje, no entanto, restam apenas pequenos
pedaços remanescentes, cada vez mais isolados uns dos outros, mergulhados em uma paisagem em
mosaico criada pelo homem através do processo conhecido como fragmentação de habitats.

As consequências imediatas da fragmentação são a redução da área de habitat disponível e a


subdivisão do mesmo. Estes processos levam a uma drástica redução na diversidade biótica local, seja
imediatamente, através da perda da área, ou em longo prazo, através dos efeitos do isolamento. A
perda da área pode excluir imediatamente algumas espécies se as mesmas forem raras ou estiverem
distribuídas em manchas.

Os pequenos tamanhos populacionais das espécies remanescentes as tornam vulneráveis à extinção


através de processos ambientais que ocorrem ao acaso, tais como catástrofes, e aos efeitos genéticos
resultantes do cruzamento de indivíduos muito próximos. Tais efeitos, entretanto, podem ser
atenuados se as populações não estiverem completamente isoladas umas das outras. A formação de
metapopulações, por exemplo, que seriam conjuntos de populações locais ligadas por indivíduos que
dispersam, pode evitar a perda de uma espécie em uma dada área ao impedir a extinção em
determinados fragmentos ou permitir a recolonização dos mesmos.

Outra consequência da fragmentação é um aumento no total de bordas de habitat, devido à transição


abrupta entre a floresta e o habitat ao redor. A proliferação das bordas gera um conjunto de alterações
bióticas e abióticas conhecidas como "efeitos de borda". Sendo assim, a persistência de uma
determinada espécie em um dado fragmento também vai depender da sua tolerância aos efeitos de
borda, que incluem o aumento das temperaturas do ar e do solo, a diminuição da umidade do ar e uma
maior exposição aos ventos (levando a quedas de árvores), entre outras alterações. Todas essas
mudanças, por sua vez, vão afetar os organismos presentes nos fragmentos, dando origem a uma série
de mudanças bióticas que incluem, por exemplo, a proliferação de espécies adaptadas às novas
condições ambientais. Estas tendem a competir com as espécies originalmente presentes, dando
origem a uma cascata de efeitos que podem culminar na extinção de plantas e animais.
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Nos últimos vinte anos os resultados de uma série de estudos sobre os diversos efeitos da
fragmentação começaram a surgir, deixando claro que não é mais possível ter a ilusão de que
fragmentos podem ser pequenas réplicas completas do habitat original. As evidências sobre as perdas
de espécies em remanescentes florestais crescem a cada ano, e o entendimento de como e porque cada
espécie é afetada por esse processo torna-se essencial para que novas perdas possam ser evitadas.

A maneira como os animais vão lidar com a paisagem fragmentada é criticamente dependente de seus
padrões espaciais, tais como: tamanho da área de vida (AV - área utilizada por um indivíduo em suas
atividades de busca de alimento, acasalamento e cuidados com a prole), territorialidade, capacidade de
mover longas distâncias e tolerância ao habitat que circunda os fragmentos.

O conhecimento dos hábitos alimentares de cada espécie, assim como da disponibilidade de recursos
alimentares, são bases essenciais para entender o quão adequado são os fragmentos pequenos de Mata
Atlântica para manter populações em longo prazo.

5.2.2.2. LEVANTAMENTO FAUNÍSTICO

O levantamento faunístico busca cadastrar espécies existentes em uma determinada área, avaliando as
interações e qualidade deste ambiente em relação às espécies ali existentes. Sendo um exercício que
abrange uma série de observações, com o objetivo de catalogar as espécies que existem na região.
Trata-se de um trabalho qualitativo, essencial para a implantação de programas de monitoramento
(Hellawell, 1991).

No monitoramento, tem-se um acompanhamento intermitente (regular ou irregular) utilizado para


averiguar a magnitude de uma ocorrência em relação a um padrão predeterminado a partir de
levantamentos e acompanhamentos, que possibilitam analisar a qualidade ambiental e o
desenvolvimento das populações ali existentes, bem como das espécies migratórias.

Na caracterização ambiental é fundamental a correlação entre o meio e a fauna, merecendo destaque à


análise da vegetação, os aspectos físicos e geomorfológicos, as alterações físicas causadas por animais
e pelo homem, o sistema aquático, o suprimento de alimentos, a presença ou não de predadores,
competidores, parasitas ou doenças, os distúrbios humanos, a pressão de caça, o clima e as condições
meteorológicas.

Todos estes fatores são considerados relevantes, por ser a fauna produto do meio que a suporta, visto
que todos os organismos são dependentes do seu habitat para satisfazer as necessidades específicas de
sobrevivência e reprodução (Firkowski, C. - UFPR).

Por outro lado, a vegetação é uma das mais importantes características do meio para a maioria dos
animais. Os impactos nesse segmento do habitat produzem efeitos diretos na fauna, pela redução ou
alteração de dois elementos básicos à sobrevivência, que são o alimento e o abrigo.

No levantamento faunístico realizado, optou-se basear a metodologia adotada em trabalhos publicados


por Lange & Margarido, 1999; Britto et al., 1999; Straube, 1999; Lewinsohn et al., 2001, Heyer et al.,
1994; Wilson et al., 1996 e Leite et al., 1999. Todos os dados obtidos em campo foram comparados
com bibliografias, tais como: Becker, M. & Dalponte, J.C., 1998; Cimardi, A.M., 1996; Dossiê Mata
Atlântica, 2001; Sazima, I. & Haddad, C.F., 1992; Sick, H., 1997; Silva & Reis, 2000; Silva et al.

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2001; Rosário, 1996; Bege & Marterer, 1991; Bernardes et al., 1990; Coimbra & Adelmar, 1984;
Emmons, 1990; Francisco, 1997; Frisch, 1964; Godoy, 1987; Hofling & Camarho, 1999; Marques et
al. 2001; Papavero, 1994; Santos, 1992; Soerenser, 1990; Storer, 1995; Veitenheimer et al. 1993, entre
outras.

5.2.2.2.1. METODOLOGIA

O presente levantamento faunístico abrange especificamente a Herpetofauna (répteis), Mastofauna e


Avifauna, ocorrentes na área do empreendimento e adjacências.

A metodologia utilizada na realização deste estudo consistiu nos procedimentos descritos a seguir.

Primeiramente realizou-se o levantamento bibliográfico, objetivando formular uma base de dados,


cadastrando a fauna esperada para a região.

Para todos os grupos faunísticos citados foram realizadas entrevistas com moradores da área de estudo
e adjacências, objetivando consolidar as informações obtidas na fase de levantamento bibliográfico e
compor um quadro das espécies ocorrentes neste ambiente.

O resultado de cada entrevista foi cruzado com a base de dados cadastrada de forma a colaborar com a
informação assim obtida. Os dados considerados coerentes com as informações iniciais ou citados por
mais de uma fonte, não conflitando com a fauna esperada para o ecossistema descrito, foram utilizados
no aperfeiçoando da base inicial.

Foram realizadas oito campanhas de campo, visando o presente levantamento, com duração de 8 horas
cada em maio a junho de 2006. Sendo realizada uma nova campanha em agosto de 2012, com duração
de 8 horas, objetivando a reavaliação da área.

O maior esforço em campo foi empregado nas áreas contendo remanescente florestal, em função de
sua grande complexidade vegetacional e consequentemente do maior número de espécies que a
frequentam. Sendo principalmente investigados ocos de árvores, troncos caídos, interiores de gravatás,
em baixo de rochas, serrapilheira, tocas, linhas de drenagem e outros abrigos/habitat onde estes grupos
costumam se abrigar.

Quando possível, houve o registro fotográfico das espécies de aves levantadas.

Além dos métodos de levantamento bibliográfico e entrevistas aqui já citadas foram utilizadas
metodologias específicas para cada um dos grupos faunísticos (Herpetofauna (répteis), Mastofauna e
Avifauna), descritas a seguir.

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5.2.2.2.1.1. LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA

O levantamento realizado em campo teve por objetivo identificar as espécies de aves ocorrentes nas
áreas do empreendimento e adjacências. Para isto foram observados os espécimes de aves terrestres,
identificando os espécimes levantados até o menor nível taxonômico possível.

Os trabalhos de levantamento foram realizados com campanhas de campo abrangendo períodos


diurnos e noturnos, possibilitando verificar a presença de espécies com hábitos diferenciados,
procedendo aos seguintes métodos de busca de vestígios:

MÉTODO DE OBSERVAÇÃO DIRETA

A metodologia de observação direta foi utilizada por tratar-se de uma área de grande extensão e
diversidade de ambientes, sendo composta por vegetação em estágio inicial, médio e avançada de
regeneração, áreas úmidas e urbanas. O método consistiu em observação a olho nu dos espécimes.
Com o auxílio de objetiva foram realizadas a observação e identificação das aves que se encontravam
à distância nos ambientes abertos.

MÉTODO DE RECONHECIMENTO DE VOCALIZAÇÃO

Este método consistiu no reconhecimento da vocalização das espécies que não eram visualizadas,
podendo, desta forma, ser constatada a ocorrência de determinadas espécies na área de estudo.

MÉTODO DE LOCALIZAÇÃO DE ESPÉCIMES MORTOS

Este método consistiu na observação de espécimes encontrados mortos na área de estudo e


proximidades. Depois de localizados, os espécimes foram identificados e fotografados.

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5.2.2.2.1.2. LEVANTAMENTO DA MASTOFAUNA E HERPETOFAUNA

O levantamento realizado em campo teve por objetivo identificar as espécies de mamíferos e répteis
ocorrentes nas áreas do empreendimento e adjacências. Para isto foram observados os espécimes de
mamíferos e répteis ocorrentes, identificando-se os espécimes levantados até o menor nível
taxonômico possível.

Quando possível realizou-se o inventário fotográfico das espécies e de vestígios levantados no local.

Para a realização do levantamento da mastofauna e herpetofuana (répteis) foram utilizados os métodos


de observação direta, observação de vestígios (pegadas, bolo fecal, ninhos e tocas, entre outros),
localização de espécimes encontrados mortos e entrevistas. A campanha realizada em campo abrangeu
horários diurnos e noturnos visando a observação de espécies de hábitos diversos.

MÉTODO DE OBSERVAÇÃO DIRETA

Este método consistiu na observação a olho nu de espécimes. Com o auxílio de objetiva foram
realizadas a observação e identificação à distância.

MÉTODO DE IDENTIFICAÇÃO DE VESTÍGIOS

Durante o período de estudo foram considerados diversos tipos de vestígios para detectar a ocorrência
de determinadas espécies nas áreas, como: pegadas, bolo fecal, ninhos, tocas, pelos, peles e restos
alimentares.

Os vestígios encontrados foram fotografados e alguns foram removidos dos locais para análises e
posterior identificações, tais como fezes e pelos.

MÉTODO DE LOCALIZAÇÃO DE ESPÉCIMES MORTOS

Este método consistiu na observação de espécimes encontrados mortos nas áreas de estudo e
proximidades. Depois de localizados, os animais foram identificados e fotografados.

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5.2.2.3. CARACTERIZAÇÃO FAUNÍSTICA REGIONAL

5.2.2.3.1. HERPETOFAUNA

Neste levantamento a herpetofauna engloba a fauna dos répteis. Este grupo desempenha um
importante papel no equilíbrio e manutenção dos ecossistemas, constituindo uma das bases no
funcionamento da teia alimentar.

Os representantes deste grupo são animais pecilotérmicos, aqueles que a temperatura interna do corpo
varia de acordo com a temperatura do ambiente, por isso são facilmente encontrados em regiões com
temperatura mais elevadas.

Os répteis apresentam no ambiente maior independência da água, por possuírem pele impermeável,
fecundação interna, ovos com casca e respiração pulmonar. Assim, podem viver em ambientes longe
de corpos de água. No entanto, certos répteis exibem uma forte associação com a água, como os
jacarés, diversas tartarugas e cágados, além de algumas serpentes.

Alguns desses animais, menos exigentes na escolha do habitat são beneficiados e/ou não se alteram
com a formação de barreiras, enquanto outros, mais sensíveis, sofrem com a fragmentação e a
modificação dos ambientes naturais e com outras atividades humanas.

- REPTEIS

Atualmente, os lagartos compõem o maior grupo entre os répteis, com aproximadamente 5000
espécies descritas. Abrangem uma grande diversidade de dimensões e formas corpóreas, variando
desde as pequenas lagartixas anãs, de poucos centímetros de comprimento, aos gigantes dragões de
Komodo, com até três metros e cerca de 150 quilos (POUGH; JANIS; HEISER, 2008). Em geral, são
formas de vida facilmente reconhecidas e distinguíveis de outros animais, por apresentar corpo
alongado coberto de escamas, quatro membros com cinco dígitos cada, cauda longa, pálpebras móveis,
ouvido externo com tímpano e, em geral, pela oviparidade. Entretanto, algumas linhagens
diversificaram-se, havendo casos de reduções apendiculares, perda de pálpebras e de ouvido externo,
além da ocorrência de viviparidade em várias espécies.

O Brasil ocupa a segunda colocação na relação de países com maior riqueza de espécies de répteis;
fica atrás apenas da Austrália (com 864 espécies registradas, segundo Wilson & Swan, 2008), mas
suplanta México, Índia, Indonésia, Colômbia, China e Peru, mais ou menos nessa ordem (Sociedade
Brasileira de Herpetologia). Até o momento (BÉRNILS, 2010), foram reconhecidas 721 espécies de
répteis naturalmente ocorrentes e se reproduzindo no Brasil: 36 quelônios, 6 jacarés, 241 lagartos, 67
anfisbênias (cobra-cega) e 371 serpentes.

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Os lagartos brasileiros ocorrem em praticamente todos os ambientes naturais e inclusive algumas


espécies adaptaram-se eficientemente à vida em áreas urbanas. Tendo em vista esta presença no
cotidiano das civilizações humanas, urbanas e rurais, é de se esperar que pelo menos algumas espécies
tenham se tornado mais populares e figurem mais intensamente na cultura da população brasileira.
Esta grande riqueza, uma das maiores do mundo, resulta não apenas da elevada extensão territorial do
país, mas também da diversidade de ecossistemas e de eventos históricos de mudanças climáticas e
geográficas durante o Pleistoceno na América do Sul (ROCHA, 1994).

A Tabela 5.2.2.1, apresenta espécies ameaçadas, disponibilizadas através do Centro de Conservação e


Manejo de Répteis e Anfíbios do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis.

Tabela 5.2.2.1: Répteis Ameaçados de Extinção no Brasil Compilação das Listas Internacionais, Nacionais e
Regionais de Espécies Ameaçadas.
ORDEM/
NOME
ESPÉCIE SUB- FAMÍLIA IUCN IBAMA CITES MG SP RJ PR
VULGAR
ORDEM
Acanthochelys Cágado-
Pleurodira Chelidae LRnt PA PA
radiolata amarelo
Acanthochelys Tartaruga-do-
Pleurodira Chelidae LRcd
macrocephala pantanal
Acanthochelys
Cágado-preto Pleurodira Chelidae LRnt VU
spixii
Atractus
Serpentes Colubridae PA
maculatus
Atractus serranus Serpentes Colubridae PA
Bachia bresslaui Sauria Gymnophtalmidae PA
Boa constrictor Jibóia Serpentes Boidae Ap2
Bothrops cf.
Jararaca Serpentes Viperidae CR VU
jararaca
Bothrops
Urutu-cruzeiro Serpentes Viperidae VU
alternatus
Jararaca-
Bothrops
verde/ Serpentes Viperidae Pex
bilineatus
Patioba
Bothrops cotiara Cotiara Serpentes Viperidae EN AmEx
Urutu/Cotiara
Bothrops fonsecai Serpentes Viperidae VU PA
estrela
Bothrops
Jararaca ilhoa Serpentes Viperidae CR EN
insularis
Bothrops
Cotiarinha Serpentes Viperidae VU
itapetiningae
Bothrops Jararaca-
Serpentes Viperidae PA
neuwiedi pintada
Bothrops pirajai Serpentes Viperidae VU
Jacaré-de-
Caiman latirostris Crocodilia Alligatoridae AmEx Ap1 VU VU EP AmEx
papo-amarelo
Calamodontophis
Serpentes Colubridae VU AmEx
paucidens
Calamodontophis
Serpentes Colubridae EN
sp.
Tartaruga-
Caretta caretta Cryptodira Cheloniidae EN AmEx Ap1 EN VU AmEx
cabeçuda
Cercosaura
Calanguinho Sauria Gymnophtalmidae PA
ocellata
Tartaruga-
Chelonia mydas Cryptodira Cheloniidae EN AmEx Ap1 EN VU AmEx
verde
Clelia clelia Muçurana Serpentes Colubridae Ap2 AmEx
Clelia maculata Mussurana Serpentes Colubridae PA

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ORDEM/
NOME
ESPÉCIE SUB- FAMÍLIA IUCN IBAMA CITES MG SP RJ PR
VULGAR
ORDEM
Clelia plumbea Mussurana Serpentes Colubridae PA
Clelia rustica Mussurana Serpentes Colubridae PA
Cnemidophorus
Calango Sauria Teiidae EN
lacertoides
Colobodactylus
Sauria Gymnophtalmidae PA
dalcyanus
Colobodactylus
Sauria Gymnophtalmidae PA
taunayi
Colobosaura
Sauria Gymnophtalmidae PA
modesta
Corallus cropanii Serpentes Boidae Ap2 EN
Suaçubóia/
Corallus
cobra-de- Serpentes Boidae Ap2 VU VU
hortulanus
veado
Corallus spp. Serpentes Boidae Ap2
Crocodilurus
Sauria Teiidae Ap2
lacertinus
Dermochelys Tartaruga-de-
Cryptodira Dermochelyidae CR AmEx Ap1 EN VU AmEx
coriacea couro
Diploglossus
Sauria Anguidae PA PA
fasciatus
Dormideira/
Dipsas albifrons Serpentes Colubridae VU
Jararaca
Dormideira/
Dipsas neivai Serpentes Colubridae PA
Jararaca
Ditaxodon
Serpentes Colubridae AmEx
taenianatus
Dracaena spp. Sauria Teiidae Ap2
Drymoluber
Serpentes Colubridae PA
brazili
Echinanthera
Serpentes Colubridae PA
cyanopleura
Ecpleopus
Sauria Gymnophtalmidae PA
gaudichaudii
Elapomorphus
Serpentes Colubridae PA
quinquelineatus
Enyalius perditus Camaleão Sauria Polychrotidae PA PA
Salamanta/
Epicrates
Jibóia-arco- Serpentes Boidae Ap2 VU
cenchria crassus
íris
Jibóia-arco-
Epicrates spp. Serpentes Boidae Ap2
íris
Eretmochelys Tarrtauga-de-
Cryptodira Cheloniidae CR AmEx Ap1 EN VU AmEx
imbricata pente
Eunectes murinus Sucuri-preta Serpentes Boidae Ap2 PA
Eunectes spp. Sucuri Serpentes Boidae Ap2
Geochelone Jabuti/
Cryptodira Testudinidae Ap2 EN
carbonaria Jabutipiranga
Geochelone
Jabuti Cryptodira Testudinidae VU Ap2
denticulata
Gomesophis
Cobra-do-lodo Serpentes Colubridae PA
brasiliensis
Helicops gomesi Cobra d´água Serpentes Colubridae VU
Heterodactylus
Lagarto Sauria Teiidae VU
lundii
Hoplocercus
Calango Sauria Hoplocercidae EN
spinosus
Hydromedusa Cágado-da-
Pleurodira Chelidae VU CR
maximiliani serra

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ORDEM/
NOME
ESPÉCIE SUB- FAMÍLIA IUCN IBAMA CITES MG SP RJ PR
VULGAR
ORDEM
Cágado-
Hydromedusa
pescoço-de- Pleurodira Chelidae PA
tectifera
cobra
Imantodes
Dormideira Serpentes Colubridae PA
cenchoa
Kentropix
Calango Sauria Teiidae PA
paulensis
Lachesis muta Surucucu-
Serpentes Viperidae VU AmEx CR EP
rhombeata pico-de-jaca
Lepidochelys Tartaruga-
Cryptodira Cheloniidae EN AmEx Ap1 EN AmEx
olivacea marinha/oliva
Lagartixa-da-
Liolaemus lutzae Sauria Tropiduridae VU VU
areia
Liolaemus
Sauria Tropiduridae VU
occipitalis
Liophis
Serpentes Colubridae VU VU
atraventer
Mabuya caissara Lagarto Sauria Scincidae VU
Melanosuchus
Jacaré-açu Crocodilia Alligatoridae AmEx Ap1
niger
Micrurus
Coral Serpentes Elapidae PA
decoratus
Micrurus frontalis Coral Serpentes Elapidae PA
Paleosuchus
Jacaré-coroa Crocodilia Alligatoridae EN
palpebrosus
Peltocephalus
Cabeçuda Pleurodira Testudinidae VU
dumeriliana
Phalotris
Serpentes Colubridae EN
multipunctatus
Philodryas
Cobra-verde Serpentes Colubridae PA AmEx
arnaldoi
Philodryas
Serpentes Colubridae PA
lividum
Phimophis
Serpentes Colubridae PA
guerini
Phrynops hogei Cágado Pleurodira Chelidae EN AmEx CR VU
Tartaruga-do-
Phrynops rufipes pescoço Pleurodira Chelidae LRnt
vermelho
Phrynops Cágado-
Pleurodira Chelidae LRnt PA
vanderhaegei cabeçudo
Placossoma
Calango Sauria Gymnophtalmidae EN
cipoense
Tartaruga-da-
Podocnemis
cabeça- Pleurodira Pelomedusidae VU Ap2
erythrocephala
vermelha
Podocnemis Tartaruga-da-
Pleurodira Pelomedusidae LRnt Ap2
expansa amazônia
Polychrus
Preguiça Sauria Polychrotidae PA
marmoratus
Pseudoboa
Serpentes Colubridae PA
serrana
Pseustis Papa-
Serpentes Colubridae PA
sulphureus pinto/ovo
Ptycophys
Serpentes Colubridae PA
flavovirgatus
Rachidelus brazili Serpentes Colubridae PA
Sordelina
Cobra-d'água Serpentes Colubridae PA
punctata
Stenocercus Sauria Tropiduridae LRnt

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ORDEM/
NOME
ESPÉCIE SUB- FAMÍLIA IUCN IBAMA CITES MG SP RJ PR
VULGAR
ORDEM
fimbriatus
Taeniophalus
Serpentes Colubridae PA
perssimilis
Trachemys
Cryptodira Emydidae EN
adiutrix
Tripanurgos
Cobra-cipó Serpentes Colubridae PA
compressus
Tropidophis
Serpentes Tropidophiidae Ap2 PA
paucisquamis
Tupinambis cf.
Teiú Sauria Teiidae Ap1 VU
merianae
Tupinambis cf.
Teiú Sauria Teiidae Ap2 PA
teguixim
Tupinambis spp. Teiú Sauria Teiidae Ap2
Uromacerina
Serpentes Colubridae PA
ricardinii
Xenodon
Serpentes Colubridae AmEx
guentheri

Legenda:

Listas Internacionais:

IUCN: EX - Extinct; EW - Extinct in the Wild; CR - Critically Endangered; EN - Endangered; VU -


Vulnerable; DD - Data Deficient; LRcd - Lower Risk Conservation Dependent; LRlc - Lower Risk
Least Concearn; LRnt - Lower Risk Near Threatened; NE - Not Evaluated. Referência: 1) Hilton-
Taylor, C. (compiler). 2000. 2000 IUCN Red List of Threatened Species. IUCN, Gland, Switzerland and
Cambridge, UK, xviii + 61pp.
CITES: Ap1 - Appendix I; Ap2 - Appendix II; Ap3 - Appendix III. Referência: 1) CITES, 2000.
Appendices I, II and III of The Convention on International Trade in Endangered Species of Wild
Fauna and Flora.

Lista Nacional:

IBAMA: AmEx - Ameaçada de Extinção; PE - Provavelmente Extinto. Referência: 1) Portaria nº


1.522, de 19 de dezembro de 1.989 e Portaria nº 45-N, de 27 de abril de 1.992, que torna pública a
"Lista Oficial de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção".

Listas Regionais:

Minas Gerais: CR - Criticamente em Perigo; EN - Em Perigo; PEX - Provavelmente Extinta; VU -


Vulnerável. *Referência: 1) Machado, A.B.M. et al. 1998. Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas de
Extinção da Fauna de Minas Gerais. Fundação Biodiversitas, Belo Horizonte, 608pp, il.
Rio de Janeiro: CP - Criticamente em Perigo; EP - Em Perigo; PA - Presumivelmente Ameaçada; PEx
- Provavelmente Extinta; SD - Status Desconhecido; VU - Vulnerável. *Referência: 1) Caramaschi, U.;
Carvalho e Silva, A.M.P.T.; Carvalho e Silva, S.P.; Gouveia, É.; Izecksohn, E.; Peixoto, O.L. & Pombal
Jr., J.P. 2000. ANFÍBIOS. in: Bergallo, H.G; da Rocha, C.F.D.; Alves, M.A.S. & van Sluys, M.
(organizadores). 2000. A Fauna Ameaçada de Extinção do Estado do Rio de Janeiro. Ed.
UERJ/FAPERJ, Rio de Janeiro. 168pp: il.
São Paulo: CR - Criticamente em Perigo; EN - Em Perigo; PA - Provavelmente Ameaçada; PEX -
Provavelmente Extinta; VU - Vulnerável. *Referências: 1) Decreto No. 42.838, de 4 de fevereiro de
1998. Declara as Espécies da Fauna Silvestre Ameaçadas de Extinção e as Provavelmente Ameaçadas

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de Extinção no Estado de São Paulo e dá providências correlatas. 2) Encontro para elaboração da "Lista
de Espécies Ameaçadas da Fauna do Estado de São Paulo". Universidade Federal de São Carlos, 11 a
13 de dezembro de 1996
Paraná: AmEx - Ameaçada de Extinção. * Referência: 1) Morato, S. A. A; Leite, J. C. M. &
Bérnils, R. S. 1995. Répteis. In: Tossulino et al. Lista vermelha de animais ameaçados de extinção no
Estado do Paraná.

5.2.2.3.2. MASTOFAUNA

Em área territorial, o Brasil é o quinto maior país do mundo e o primeiro dentre os países
megadiversos. Nos últimos anos, a classe Mammalia tem sido o grupo mais estudado dos vertebrados.
Apesar disso, em virtude de serem animais de difícil captura e visualização, bem como pelos hábitos
crepusculares, ainda existem muitas espécies desconhecidas.

A diversidade de mamíferos no Brasil atinge números expressivos, constituindo-se numa das maiores
do mundo. Até pouco tempo atrás, eram conhecidas 22 ordens de mamíferos no mundo das quais 11
encontradas no Brasil, representadas por 524 espécies. No Brasil estão representadas 44 espécies de
marsupiais, 19 edentados (tamanduás, tatus), 141 morcegos, 75 primatas, 32 carnívoros, 36 cetáceos e
dois peixes-boi, oito artiodáctilos (dedos em forma de casco) e um perissodáctilo (um casco – eqüino),
165 roedores e um lagomorfo (lebre). Este total representa em torno de 13% de todos os mamíferos do
mundo (Fonseca et al., 1996).

No entanto, segundo Reis et al. (2006) são reconhecidas 658 espécies, representadas por 55 espécies
de marsupiais, 19 xenarthras, 164 morcegos, 98 primatas, 29 carnívoros, 41 cetáceos e dois peixes-boi,
12 artiodáctilos e um perissodáctilo, 235 roedores e dois lagomorfo.

O bioma Mata Atlântica é o que apresenta maior número de espécies (n = 250). Estando a região norte
de Santa Catarina inserida neste bioma. Cherem et al. (2004) descreve 152 espécies de mamíferos
distribuídos em 10 ordens: Chiroptera (60 espécies), Rodentia (54), Cetacea (34), Carnivora (26),
Didelphimorphia (17), Xenarthra (9), Artiodactyla (7), Primates (3), Perissodactyla (1) e Lagomorpha
(1). No entanto, Cimardi (1996) registra 169 espécies. Aproximadamente 23 espécies de marsupiais e
57 espécies de roedores ocorrem nesta região, das quais 39% e 53%, respectivamente, são endêmicas
(Fonseca & Kierulff, 1989).

A Tabela 5.2.2.2 apresenta as espécies da mastofauna ameaçadas em Santa Catarina citdas na Lista
Nacional das Espécies da Mastofauna Brasileira - Ameaçadas de Extinção - IBAMA/2003.

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Tabela 5.2.2.2 espécies da mastafauna ameaçadas em Santa Catarina citdas na Lista Nacional das Espécies da
Mastofauna Brasileira - Ameaçadas de Extinção - IBAMA/2003.
Família Nome científico Nome popular Estados
Myrmecophagidae Myrmecophaga tridactyla Linnaeus, Tamanduá-bandeira AC, AM, AP, BA,
1758 DF, GO, MA, MG,
MS, MT, PA, PI, PR,
RO, RR, RS, SC, SP,
TO
Vespertilionidae Myotis ruber (Geoffroy, 1806) Morcego-vermelho PR, RJ, SC, SP
Canidae Chrysocyon brachyurus (Illiger, 1815) Lobo-guará BA, DF, GO, MA,
MG, MS, MT, PR,
RJ, RS, SC, SP, TO
Canidae Speothos venaticus (Lund, 1842) Cachorro-vinagre AC, AM, AP, BA,
DF, GO, MA, MS,
MT, PA, PR, RO,
RR, SC, SP, TO
Felidae Leopardus pardalis mitis (Linnaeus, Jaguatirica AL, BA, CE, DF, ES,
1758) GO, MA, MG, MS,
MT, PB, PE, PI, PR,
RJ, RN, RS, SC, SP,
TO
Felidae Leopardus tigrinus (Schreber, 1775) Gato-do-mato AL, AM, AP, BA,
CE, DF, ES, GO,
MA, MG, MS, MT,
PA, PB, PE, PI, PR,
RJ, RN, RR, RS, SE,
SC, SP, TO
Felidae Leopardus wiedii (Schinz, 1821) Gato-maracajá AC, AM, AP, BA,
DF, ES, GO, MA,
MG, MS, MT, PA,
PI, PR, RJ, RO, RR,
RS, SC, SP, TO
Felidae Puma concolor capricornensis (Nelson Onça-parda, suçuarana, ES, MG, MS, PR, RJ,
& Goldman, 1929) puma, onçavermelha, RS, SC, SP
leão-baio
Balaenidae Eubalaena australis (Desmoulins, Baleia-franca, baleia- BA, ES, PR, RJ, RS,
1822) franca-austral, Baleia- SC, SP
franca-do-sul
Balenopteridae Balaenoptera borealis (Lesson, 1828) Baleia-sei, baleia- ES, PB, RJ, RS, SC
espadarte
Balenopteridae Megaptera novaeangliae (Borowski, Baleia-jubarte, jubarte AL, BA, CE, ES,
1781) MA, PB, PE, PR, RJ,
RN, RS, SC, SE SP
Physeteridae Physeter macrocephalus (Linnaeus, Cachalote AL, BA, CE, ES, PA,
1758) PB, PE, PR, RJ, RN,
RS, SC, SE SP
Pontoporidae Pontoporia blainvillei (Gervais & Toninha, cachimbo, ES, PR, RJ, RS, SC,
d'Orbigny, 1844) boto-amarelo, SP
franciscana
Cervidae Mazama nana (Hensel, 1872) Veado-bororó-do-sul PR, RS, SC, SP
Muridae Wilfredomys oenax (Thomas, 1928) Rato-do-mato PR, RS, SC

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5.2.2.3.3. AVIFAUNA

A América do Sul é considerada o continente das aves, abrigando cerca de um terço das espécies de
aves existentes na terra. No Brasil, ocorrem 1.822 espécies de aves, entre espécies residentes e
visitantes, correspondendo a mais da metade das espécies de aves registradas para a América do Sul,
sendo o segundo país do mundo em riqueza de aves, perdendo apenas para a Colômbia, conforme o
Relatório do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO, 2008).

Deste montante 682 espécies ou 40,66% são assinaladas para a Mata Atlântica, sendo 207
consideradas endêmicas. Dentre as espécies endêmicas, 24,6% constam na lista do IBAMA de fauna
ameaçada. No bioma Mata Atlântica 50 espécies são consideradas Vulneráveis; 32 espécies são
incluídas na categoria em Perigo; e 12 espécies são consideradas Criticamente em Perigo.

O estado de Santa Catarina encontra-se entre os três estados com melhor grau de conservação deste
bioma, no entanto, devido às intervenções ocorridas desde o início de sua ocupação o número de
espécies ameaçadas de extinção vem aumentando gradativamente. Atualmente, o estado catarinense
aponta 34 espécies de aves incluídas na lista da fauna brasileira de espécies ameaçadas de extinção
IBAMA (2003). Um dos grupos com maior risco de extinção é o das aves de rapina, o qual, mesmo
apresentando ampla distribuição, está sofrendo uma drástica redução de seus nichos e,
consequentemente uma diminuição gradativa de suas populações. Além deste grupo, várias outras
espécies quase se extinguiram pela caça, capturas e destruição de habitat, como é o caso do grupo dos
Psitacídeos (araras, papagaios e periquitos).

De acordo com levantamento realizado por Rosário (1996), foram registradas 596 espécies de aves
para o estado de Santa Catarina, das quais 337 ocorreram no ambiente de Floresta Ombrófila Densa,
demonstrando a importância deste ecossistema para a avifauna. Esta formação vegetal é caracterizada
pela sua estratificação, constituída por árvores, arvoretas, arbustos e ervas.

A existência de vários níveis de estrato em uma floresta densa é fundamental na distribuição vertical
da avifauna, permitindo diversas populações explorarem um mesmo ambiente, sem que ocorra
competição.

A Tabela 5.2.2.3 apresenta as espéciesda avifauna ameaçadas em Santa Catarina citdas na Lista
Nacional das Espécies da Mastofauna Brasileira - Ameaçadas de Extinção - IBAMA/2003.

Tabela 5.2.2.3 espécies da avifauna ameaçadas em Santa Catarina citdas na Lista Nacional das Espécies da
Mastofauna Brasileira - Ameaçadas de Extinção - IBAMA/2003.
FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR ESTADOS
Tinamidae Crypturellus noctivagus noctivagus Jaó BA, ES, MG, PR, RJ,
(Wied, 1820) RS, SC, SP
Diomedeidae Diomedea dabbenena (Mathews, 1929) Albatroz-de-tristão, RS, SC, SP
albatroz-de-gough
Diomedeidae Diomedea epomophora Lesson, 1825 Albatroz-real, RJ, RS, SC
albatroz-real-
meridional
Diomedeidae Diomedea exulans Linnaeus, 1758 Albatroz-viajeiro, RJ, RS, SC, SP
albatroz-errante
Diomedeidae Diomedea sanfordi (Murphy, 1917) Albatroz-real- RS, SC
setentrional

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FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR ESTADOS


Diomedeidae Thalassarche chlororhynchos (Gmelin, Albatroz-de-nariz- RJ, RS, SC, SP, ES, PR,
1789) amarelo BA, SE, AL, PE
Diomedeidae Thalassarche melanophris (Temminck, Albatroz-de- PR, RJ, RS, SC, SP, ES,
1828) sobrancelha BA, SE, AL, PB, PE,
RN, CE, PI, MA
Procellariidae Procellaria aequinoctialis Linnaeus, 1758 Pardela-preta, BA, ES, PR, RJ, RS,
pretinha, patinha SC, SP, PA
Procellariidae Procellaria conspicillata Gould, 1844 Pardela-de-óculos BA, ES, RJ, RS, SC, SP
Procellariidae Pterodroma incerta (Schlegel, 1863) Fura-buxo-de-capuz PR, RJ, RS, SC, SP
Ardeidae Tigrisoma fasciatum (Such, 1825) Socó-jararaca GO, MT, PR, RS, SC,
SP
Anatidae Mergus octosetaceus Vieillot, 1817 Pato-mergulhão BA, GO, MG, PR, RJ,
SC, SP, TO
Accipitridae Circus cinereus Vieillot, 1816 Gavião-cinza RS, SC
Acciptridae Harpyhaliaetus coronatus (Vieillot, 1817) Águia-cinzenta BA, DF, GO, MA, MG,
MT, PA, PR, RJ, RS,
SC, SP, TO
Acciptridae Leucopternis lacernulata (Temminck, Gavião-pombo- AL, BA, MG, PB, PR,
1827) pequeno SC, SP
Cracidae Pipile jacutinga Spix, 1825 Jacutinga BA, PR, RJ, RS, SC, SP
Laridae Thalasseus maximus (Boddaert, 1783) Trinta-réis-real AL, AM, AP, BA, CE,
ES, MA, PA, PB, PE,
PR, RJ, RN, RS, SE,
SC, SP
Columbidae Claravis godefrida (Temminck, 1811) Pararu BA, ES, MG, PR, RJ,
SC, SP
Psittacidae Amazona brasiliensis (Linnaeus, 1766) Papagaio-da-cara- PR, SC, SP
roxa, chauá
Psittacidae Amazona pretrei (Temminck, 1830) Papagaio-charão RS, SC
Psittacidae Amazona vinacea (Kuhl, 1820) Papagaio-de-peito- BA, ES, MG, PR, RJ,
roxo RS, SC, SP
Psittacidae Anodorhynchus glaucus (Vieillot, 1816) Arara-azul-pequena MS, PR, RS, SC
Picidae Dryocopus galeatus (Temminck, 1822) Pica-pau-de-cara- PR, RS, SC, SP
amarela
Emberizidae Sporophila frontalis (Verreaux, 1869) Pixoxó, chanchão ES, MG, PR, RJ, RS,
SC, SP
Emberizidae Sporophila melanogaster (Pelzeln, 1870) Caboclinho-de- GO, MG, PR, RS, SC,
barriga-preta SP
Emberizidae Xanthopsar flavus (Gmelin, 1788) Veste-amarela RS, SC
Furnariidae Limnoctites rectirostris (Gould, 1839) Junqueiro-de-bico- RS, SC
reto
Motacillidae Anthus nattereri Sclater, 1878 Caminheiro-grande MG, PR, RS, SC, SP
Pipridae Piprites pileatus (Temminck, 1822) Caneleirinho-de- MG, PR, RJ, RS, SC,
chapéu-preto, SP
caneleirinho-de-
boné-preto
Thamnophilidae Biatas nigropectus (Lafresnaye, 1850) Papo-branco MG, PR, RJ, SC, SP
Thamnophilidae Myrmotherula minor Salvadori, 1864 Choquinha-pequena BA, ES, MG, RJ, SC,
SP
Thamnophilidae Stymphalornis acutirostris Bornschein, Bicudinho-do-brejo PR, SC
Reinert & Teixeira,1995
Tyrannidae Hemitriccus kaempferi (Zimmer, 1953) Maria-catarinense PR, SC
Tyrannidae Phylloscartes kronei Willis & Oniki, 1992 Maria-da-restinga PR, RS, SC, SP

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5.2.2.4. CARACTERIZAÇÃO FAUNÍSTICA DA ÁREA DE ESTUDO

A área de estudo divide-se em dois ambientes distintos, sendo a primeira de ocupação urbana (Figura
5.2.2.1), incluindo o bairro Bela Vista, área do Porto de São Francisco do Sul e área da empresa
BUNGE.

A segunda formada por ambientes contendo cobertura vegetal, compreendendo a elevação


denominada Bela Vista, vegetação nas margens da rua Alfredo Darci Addison e entre esta e a rua
Laguna, bem como vegetação às margens da rua Francisco Machado de Souza (Figura 5.2.2.2).
Estando todos os ambientes sobre influência da orla marinha (Figuras 5.2.2.3 e 5.2.2.4).

BUNGE

Porto de São Francisco do Sul

Bairro Bela Vista

Figura 5.2.2.1: Foto aérea mostrando área de estudo contendo ocupação urbana, com
destaque para o Porto de São Francisco do Sul, área parcial do bairro Bela Vista e empresa
BUNGE.

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Figuras 5.2.2.2 e 5.2.2.3: A área de estudo situada junto ao estuário da Baía da Babitonga, recebendo influência
direta de sua fauna. Em destaque na Figura 5.2.2.2 o Morro Bela Vista, o qual mantém em sua base o bairro Bela
Vista. Na Figura 5.2.2.3 destaca-se ambiente de praia, nas proximidades do empreendimento.

Áreas verdes estudadas.


Figura 5.2.2.4: Foto aérea do ano 2000 mostrando áreas com remanescente florestal
com realização do levantamento faunístico.

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Os estudos no ambiente antropizado mostraram a ocorrência de uma variedade de espécies adaptadas


ao convívio com o ser humano, as quais utilizam as edificações como ambiente de moradia e abrigo,
mas principalmente buscam alimento disponível junto às rodovias e ferrovia existentes (Figura
5.2.2.5).

A ocorrência de grande concentração de grãos junto às vias dá-se pela perda nos vagões e caminhões
ao transportá-los (Figura 5.2.2.6). A grande concentração de grãos propicia à proliferação de insetos e
atua como atrativo a espécies granívoras e insetívoras, destacando-se entre a avifauna o Vanellus
chilensis (quero-quero) (Figura 5.2.2.7), Pitangus sulphuratus (bem-te-vi-de-corroa) (Figura 5.2.2.8),
Troglodytes aedon (corruíra), Turdus rufiventris (sabiá-laranjeira), Passer domesticus (pardal) (Figura
5.2.2.9) e Bubulcus ibis (garça-vaqueira) (Figura 5.2.2.10).

Entre a mastofauna observada alimentando-se junto as vias ocorrem frequentemente o Didelphis


albiventis (gambá-de-orelha-branca), Didelphis marsupialis (gambá-de-orelha-preta) (Figura 5.2.2.11
e 5.2.2.12), Rattus rattus (roto-doméstico) (Figura 5.2.2.13), Rattus norveginus (ratazana) (Figura
5.2.2.14) e o Mus musculus (camundongo).

Figura 5.2.2.5: A perda de grãos nas rodovias propicia conflito


entre a fauna e o tráfico de veículos local.

Figura 5.2.2.6: Grande concentração de grãos junto à Figura 5.2.2.7: Vanellus chilensis (quero-quero),
rodovia, atraindo a fauna local. avistado em bandos alimentando-se junto à ferrovia e
áreas abertas.

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Figura 5.2.2.8: Pitangus sulphuratus (bem-te-vi-de- Figura 5.2.2.9: Bando de Passer domesticus (pardal)
coroa). alimentando-se junto à rodovia.

Figura5. 2.2.10: Bando de Bubulcus ibis (garça-vaqueira) alimentando-se junto à ferrovia.

Figura 5.2.2.11 e 5.2.2.12: Didelphis marsupialis (gambá-de-orelha-preta) encontrado morto junto à via ao se
alimentar, pode ser observado a grande quantidade de grãos dentro do estomago.

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Figura 5.2.2.13: Rattus rattus (rato-doméstico). Figura 5.2.2.14: Rattus norveginus (ratazana).

Espécies insetívoras como Tadarida brasiliensis (morceguinho-da-casa) e Notiochelidon cyanoleuca


(andorinha-pequena-da-casa), são observadas próximas às vias iluminadas em busca de mosquitos e
mariposas.

Nos ambientes abertos contendo gramíneas são observadas espécies granívoras e insetívoras como
Estrilda astrid (bico-de-lacre), Sicalis flaveola (canário-da-terra-verdadeiro) (Figura 5.2.2.15),
Furnarius rufus (joão-de-barro) (Figura 5.2.2.16), Columbina talpacoti (rolinha-roxa) (Figura
5.2.2.17), Estrilda astrild (bico-de-lacre).( Figura 5.2.2.18), Satrapa icterophrys (suiriri-
pequeno).(Figura 5.2.2.19), Columba livia (pombo) (Figura 5.2.2.20), Crotophaga ani (anu-preto),
Guira guira (anu-branco) (Figura 5.2.2.21), Troglodytes aedon (corruíra), bem como em destaque a
Syrigma sibilatrix (maria-faceira) (Figura 5.2.2.22), Molothrus sp. (chopim) (Figura5. 2.2.23 e
5.2.2.24) e Phimosus infuscatus (tapicuru-de-cara-pelada) (Figura 5.2.2.25).

Figura 5.2.2.15: Sicalis flaveola (canário-da-terra- Figura5. 2.2.16: Furnarius rufus (joão-de-barro).
verdadeiro).

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Figura 5.2.2.17: Columbina talpacoti (rolinha-roxa). Figura 5.2.2.18: Estrilda astrild (bico-de-lacre).

Figura 5.2.2.19: Satrapa icterophrys (suiriri-pequeno). Figura 5.2.2.20: Columba livia (pombo).

Figura5. 2.2.21: Guira guira (anu-branco). Figura5. 2.2.22: Syrigma sibilatrix (maria-faceira)

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Figura 5.2.2.23: e 5.2.2.24: Molothrus sp. (chopim) em ambientes abertos e junto aos trilhos.

Figura 5.2.2.25: Phimosus infuscatus (tapicuru-de-


cara-pelada).

O morro denominado Bela Vista apresenta uma cobertura vegetal arbórea com forte influência
antrópica. Toda a área percorrida apresenta vestígios de trilhas. Além da evidente movimentação de
moradores da região.

A cobertura florestal apresenta-se baixa, com sub-bosque denso, em muitos pontos dominada por
taquaras, indicativo de áreas degradadas.

No topo verifica-se uma área de aproximadamente 1 hectare, cuja vegetação foi suprimida, ficando
apenas em alguns pontos árvores isoladas, encontrando-se neste local, através de levantamentos
anteriores, pegadas de Hydrochoerus hydrochaeris (capivara) (Figura 5.2.2.26), possivelmente
oriunda de áreas com vegetação mais preservada.

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Figura 5.2.2.26: Rastros de capivara identificados próximo à


pocilga, no topo da elevação.

Encontra-se na comunidade do bairro Bela Vista, criação de consumo de Anser sp. (ganso) (Figura
5.2.2.27), Gallus gallus domesticus (galinha) (Figura 5.2.2.28), Capra hircus (cabra) (Figura
5.2.2.29) e Sus domesticus (porco) (Figura5. 2.2.30), que são alimentados principalmente com restos
de comida e grãos recolhidos na beira das vias.

O Canis lupus familiares (cão-doméstico) (Figura 5.2.2.31) e o Felis silvestris catus (gato-doméstico)
(Figura5. 2.2.32), são encontrados soltos pelo bairro ou sendo utilizados como animais de guarda. A
presença destas espécies domésticas implica em predação de pequenos espécimes silvestres de ave,
mamíferos e répteis que habitam o ambiente de entorno.

Figura 5.2.2.28: Gallus gallus domesticus (galinha).

Figura 5.2.2.27: Anser sp. (ganso) criados para


consumo.

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Figura5. 2.2.29: Capra hircus (cabra).

Figura 5.2.2.30: Sus domesticus (porco).

Figura5. 2.2.31: Canis lupus familiares (cão- Figura5. 2.2.32: Felis silvestris catus (gato-doméstico)
doméstico).

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Nos ambientes mantendo remanescentes florestais encontra-se rica diversidade de espécies


principalmente da avifauna, destacando a Euphonia chalybea (bonito-lindo) (Figura5. 2.2.33), Dacnis
cayana (saí-azul) (Figura 5.2.2.34 e Figura 5.2.2.35), Tangara cyanocephala (saíra-militar) (Figura
5.2.2.36), Tangara seledon (saíra-de-sete-cores), Piaya cayana (alma-de-gato) (Figura 5.2.2.37),
Colaptes campestris (pica-pau-do-campo) (Figura 5.2.2.38) e Tachyphonus coronatus (tié-preto).

São observados com frequência sobrevoando a área de estudo o Caracara plancus (carcará).(Figura
2.2.39), Coragyps atratus (urubu-de-cabeça-preta) (Figura 5.2.2.40) e Fregata magnificens (fragata)
(Figura 5.2.2.41).

Figura 5.2.2.33: Macho de Euphonia chalybea Figura 5.2.2.34: Fêmea de Dacnis cayana (saí-azul).
(bonito-lindo).

Figura 5.2.2.35: Mocho de Dacnis cayana (saí-azul). Figura 5.2.2.36: Tangara cyanocephala (saíra-militar).

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Figura 5.2.2.37: Piaya cayana (alma-de-gato). Figura 3.2.2.38: Colaptes campestris (pica-pau-do-
campo).

Figura 5.2.2.39: Caracara plancus (carcará). Figura 5.2.2.40: Coragyps atratus (urubu-de-cabeça-
preta).

Figura 5.2.2.41: Fregata magnificens (fragata).

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As espécies observadas junto à praia com maior frequência são Egretta thula (garça-branca-pequena)
(Figura 5.2.2.42), Larus dominicanus (gaivotão) (Figura 5.2.2.43), Egretta caerulea (garça-azul).
(Figura 5.2.2.44), Phalacrocorax brasilianus (biguá) (Figura 5.2.2.45) e o Megaceryle torquata
(martim-pescador-grande) (Figura 5.2.2.46).

Figura 5.2.2.42: Egretta thula (garça-branca-pequena) Figura 5.2.2.43: Larus dominicanus (gaivotão)

Figura 5.2.2.44: Egretta caerulea (garça-azul). Figura 5.2.2.45: Phalacrocorax brasilianus (biguá).

Figura 5.2.2.46: Ceryle torquata (Martim-pescador-


grande).

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O presente levantamento cadastrou para a avifauna na área do empreendimento e entorno 16 ordens,


43 famílias, compreendendo 98 gêneros e 107 espécies identificadas, conforme pode ser observado na
Tabela 5.2.2.4. Das espécies levantadas 57% são encontradas em ambientes de mata e borda de mata,
37% são de ambientes abertos ou úmidos, 10% são encontradas em todos os ambientes e apenas 6%
foram observados em sobrevôo (Figura 5.2.2.47).

Figura 5.2.2.47: Distribuição das espécies da avifauna levantada por ambiente

Constatou-se para a mastofauna levantada 6 ordens, 12 famílias, compondo 17 gêneros, com 18


espécies identificadas, destas 47% são de ambiente de mata e borda de mata e 53% de ambiente aberto
ou úmido (Figura 5.2.2.48).

Figura5. 2.2.48: Distribuição das espécies da mastofauna levantada por ambiente.

Constatou-se para a herpetofauna na área de estudo, 1 ordem, 5 famílias, 9 gêneros e 10 espécies


identificadas, sem 91% de ambientes de mata ou borda de mata e 9% encontrado em área úmida e
aberta (Figura 5.2.2.49).

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Figura 5.2.2.49: Distribuição das espécies da herpetofauna (répteis), levantada por ambiente.

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5.2.2.5. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Predomina na área de implantação do Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul


ambientes antropizados com edificações e vias mantendo grande circulação de veículos pesados
(Figura 5.2.2.50), entretanto, no seu entorno encontram-se remanescentes florestais preservados que
abrigam rica diversidade de espécies silvestres.

Em virtude da grande circulação de veículos e da disponibilidade de fartura de alimento junto às vias,


os quais atraem espécies animais, poderão ocorrer possíveis acidentes entre veículos e animais. Neste
sentido torna-se necessário que ao implantar a via do Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco
do Sul, ocorram medidas mitigadoras preventivas de acidentes, como a colocação de redutores de
velocidade e sinalização de advertência.

O presente estudo observou que devido a proximidade da via com o remanescente florestal e com a
cerca de proteção da empresa BUNGE, não será possível utilizar como medida de proteção dos
animais, cercas no entorno do remanescente florestal, pois estas propiciariam o aprisionamento de
animais que por ventura as ultrapassassem, levando-os facilmente ao atropelamento.

Não foram constatadas espécies da fauna ameaçadas de extinção conforme a lista do


IBAMA/Ministério do Meio Ambiente (2003).

Figura 5.2.2.50: Trânsito intenso de veículos pesados que passam nas


proximidades do futuro Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco
do Sul.

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5.2.2.6 RELAÇÕES DAS ESPÉCIES LEVANTADAS

Tabela 5.2.2.4: Relação da avifauna levantada na área do empreendimento e entorno.

Ordem/Família Nome Científico Nome Comum Registro

SULIFORMES

Fregatidae Fregata magnificens Fragatão 5; L

Phalacrocoracidae Phalacrocorax Biguá 1; U


brasilianus

PELECANIFORMES

Ardeidae Ardea cocoi Garça-moura 5, L


Ardea Alba Garça-branca-grande 1; U
Egretta thula Garça-branca-pequena 1; U
Egretta caerulea Garça-azul 5; U
Bubulcus íbis Garça-vaqueira 1, 5; U
Nycticorax nycticorax Garça-dormideira 5; U
Syrigma sibilatrix Maria-faceira 1; U
Nyctanassa violacea Savacu-de-coroa 5; U
Butorides striata Socozinho 1; U, L

Threskiornithidae Phimosus infuscatus Tapicuru-de-cara-pelada 1; U

Cathartidae Cathartes aura Urubu-de-cabeça-vermelha 1, 5; L


Coragyps atratus Urubu-de-cabeça-preta 1; L

ANSERIFORMES

Anatinae Amazonetta brasiliensis Marreca-de-pé-vermelho 5; U

ACCIPITRIFORMES

Accipitridae Buteo brachyurus Gavião-de-cauda-curta 5; L


Rupornis magnirostris Gavião-carijó 5; M, U

FALCONIFORMES

Falconidae Caracara plancus Carcará 1, 4; U


Milvago chimachima Carrapateiro 1, 4, 5; M, U

GRUIFORMES

Rallidae Gallinula galeata Frango-d’água-comum 2; U

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Ordem/Família Nome Científico Nome Comum Registro

Porphyrio flavirostris Frango-d’água-pequeno 1, 2; U


Aramides cajanea Saracura-três-potes 1, 4, 5; M

CHARADRIIFORMES

Charadriidae Vanellus chilensis Quero-quero 1; U

Laridae Larus dominicanus Gaivotão 1; L

COLUMBIFORMES

Columbidae Columbina Lívia Pombo 1, 3; U


Columbina talpacoti Rolinha-roxa 1, 3, 5; U

PSITTACIFORMES

Psittacidae Pionus maximiliani Maitaca-de-maxiniliano 2; M


Pyrrhura frontalis Tiriba-de-testa-vermelha 5; M
Brotogeris chiriri Periquito-de-asa-amarela 5; M

CUCULIFORMES

Cuculinae Piaya cayana Alma-de-gato 1, 2, 5; M

Crotophaginae
Guira guira Anu-branco 1, 5; U
Crotophaga ani Anu-preto 1; U

STRIGIFORMES

Tytonidae Tyto Alba Coruja-da-igreja 5; M

Strigidae Strix virgata Corujinha-do-mato 5; M, U

APODIFORMES

Trochilidae Amazilia fimbriata Beija-flor-de-graganta-verde 5; M


Thalurania glaucopis Beija-flor-de-fronte-violeta 5; M
(EB)
Ramphodon naevius Beija-flor-do-mato (EB) 5; M
Phaethornis ruber Beija-flor-de-rabo-branco 5; M
Stephanoxis lalandi Beija-flor-de-topete (RSC) 5; M

CORACIIFORMES

Alcedinidae Chloroceryle Martim-pescador-pequeno 1; U


Americana

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Ordem/Família Nome Científico Nome Comum Registro

Megaceryle torquata Martim-pescador-grande 5; U

GALBULIFORMES

Bucconida Notharchus Capitão-do-mato 2; M


macrorhynchos

PICIFORMES

Ramphastidae Pteroglossus castanotis Araçari-castanho (RSC) 5; M


Selenidera Araçari-poca (RSC) 5; M
maculirostris
Ramphastos dicolorus Tucano-de-bico-verde 5; M

Picidae Celeus flavescens João-velho 1, 5; M


Picumnus cirratus Pica-pau-anão-de-coleira 1; M
Colaptes campestris Pica-pau-do-campo 1, 5; U
Veniliornis spilogaster Pica-pauzinho-verde-carijó 1, 5; M

PASSERIFORMES

Rhinocryptidae Eleoscytalopus Macuquinho (EB) 5; M


indigoticus

Thamnophilidae Myrmeciza loricata Papa-formiga-de-gota (EB) 1, 2; M

Furnariidae Xenops rutilans Bico-virado-carijó (RSC) 5, M


Phacellodomus ruber Graveteiro 1, 2; U
Furnarius rufus João-de-barro 5; U
Synallaxis spixi João-teneném 5; M

Thamnophilida Thamnophilus Choca-da-mata 5; M


caerulescens
Dysithamnus mentalis Choquinha-lisa 5; M

Dendrocolaptidae Xiphorhynchus fuscus Arapaçu-rajado 5; U

Tyrannidae Pitangus sulphuratus Bem-te-vi-de-coroa 1, 5; M, U


Attila rufus Capitão-de-saíra (EB) 5, M
Elaenia flavogaster Guaracava-de-barriga-amarela 5; M
Sirystes sibilator Maria-assobiadeira (EM) 5; M
Camptostoma Risadinha 5; M, U
obsoletum
Tyrannus Suiriri 1, 3; U
melancholicus
Machetornis rixosa Suirii-cavaleiro 1; U
Satrapa icterophrys Suiriri-pequeno 1, U
Tyrannus savana Tesourinha 1; U
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Ordem/Família Nome Científico Nome Comum Registro

Pipridae Manacus manacus Rendeira 5; M


Ilicura militaris Tangarazinho (EB/RSC) 2; M
Chiroxiphia caudata Tangará-dançador 5; M

Cotingidea Oxyruncus cristatus Araponga-do-horto (RSC) 1; M

Hirundinidae Pygochelidon Andorinha-pequena-de-casa 1, 5; L


cyanoleuca
Progne chalybea Andorinha-doméstica-grande 1; M

Corvidae Cyanocorax caeruleus Gralha-azul 4, 5; M

Troglodytidae Troglodytes musculus Correca 1, 2, 5; M, U

Turdidae Turdus leucomelas Sabiá-branco (RSC) 1, 3 M


Turdus albicollis Sabiá-coleira 1, 5; M
Turdus rufiventris Sabiá-laranjeira 2, 5; M
Turdus amaurochalinus Sabiá-poca 1, 5; M
Turdus flavipes Sabiá-una 1, 4; M

Vireonide Cyclarhis gujanensis Pitiguari 5; M


Molothrus sp. Chopim 1; U

Passeridae Passer domesticus Pardal 1, 3, 6; M, U

Fringillidae Euphonia chalybea Bonito-lindo 1; M


Chlorophonia cyanea Canário-assobio (RSC) 2; M
Euphonia pectoralis Ferro-velho 5; M
Euphonia violacea Gaturano-verdadeiro 1, 5; M, U

Emberizidae Sporophila lineola Bigodinho 2, 5; M, U


Sicalis flaveola Canário-da-terra-verdadeiro 1, 2, 3, 5; M,
U
Volatinia jacarina Tiziu 1; U

Coerebidae Coereba flaveola Cambacica 5; M


Sporophila Coleirinho 3, 4; M
caerulescens

Parulidae Parula pitiayumi Mariquinha 1, 5; M


Geothlypis Pia-cobra 3; U
aequinoctialis
Basileuterus Pula-pula 5; M
culicivorus

Icteridae Gnorimopsar chopi Pássaro-preto 1, 5; U

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Ordem/Família Nome Científico Nome Comum Registro

Thraupidae Dacnis cayana Saí-azul 5; M


Tangara cyanocephala Saíra-militar 1; M
Hemithraupis Saíra-da-mata (EMA) 5; M
ruficapilla
Pipraeidea melanonota Saíra-viúva 5; M
Tangara palmarum Sanhaço-do-cequeiro 5; M
Tangara sayaca Sanhaço-cinzento 1, 5; M
Tangara seledon Sete-cores 1, 4; M
Tachyphonus coronatus Tiê-preto 1, 4, 5; M
Lanio melanops Tiê-de-topete 5; M
Ramphocelus bresilius Tiê-sangue (RSC/EMA) 4, 5; M
Saltator similis Trinca-ferro-verdadeiro 4; M

Estrildidae Estrilda astrild Bico-de-lacre 1, 2, 4; U


LEGENDA
(EB) Espécie endêmicas do Brasil, segundo ROSÁRIO, 1996.
(RSC) Espécie rara em Santa Catarina, segundo ROSÁRIO, 1996.
(EMA) Espécie endêmica da Mata Atlântica, SICK, 2001.
(EM) Espécie migratória, SICK, 2001.

1 – Avistamento
2 – Vocalização
3 - Vestígio
4 – Entrevista
5 – Levantamento anteriores
6 – Encontrado morto

M – Área de mata e borda de mata.


U – Área úmidas e aberta.
L – Espécies que sobrevoam a área de estudo.

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Tabela 5.2.2.5: Relação da mastofauna levantada na área do empreendimento e entorno.

Ordem/Família Nome Científico Nome Comum Registro

CHIROPTERA

Molossidae Tadarida brasiliensis Morgeguinho-da-casa 1, 5; U

DIDELPHIMORPHIA

Didelphidae Chironectes minimus Cuíca-d’água 1, 4, 5, 6; U


Micoureus sp. Cuíca-d’água 3; U
Didelphis albiventis Gambá-de-orelha-branca 7; U
Didelphis aurita Gambá-de-orelha-preta 1, 4, 7; M

CINGULATA

Dasypodidae Dasypus novemcintus Tatu-galinha 1; M

PILOSA

Myrmecophagidae Tamandua tetradactyla Tamanduá-mirim 4, 5; M

CARNIVORA

Canidae Cerdocyon thous Graxaim ( ) 4, 5, 6, 7; M

Procyonidae Nasua nasua Quati 4; M


Procyon cancrivorus Mão-pela 1, 5, 7; M

Mustelidae Galictis cuja Furão 4: M

RODENTIA

Caviidae Cavia aperea Preá 1, 4, 5; U


Hydrochorus hydrochaeris Capivara 1, 4, 5, 6; U

Dasyproctidae Dasyprocta fuliginosa Cutia 1, 4, 5; U

Cricetidae Nectomys squamipes Rato-d’água 6; M

Erethizontidae Sphiggurus villosus Ouriço-cacheiro 4; M

Muridae Mus musculus Camundongo 4; U


Rattus norvegicus Ratazana 1;U
Rattus rattus Rato-doméstico 1; U
LEGENDA: ( ) – Espécie com população em declínio, CIMARDI, 1996.
1 – Avistamento; 7 - Encontrado morto;
2 – Vocalização; M - Área de mata e borda de mata.
3 – Vestígio U - Área úmida ou aberta.
4 – Entrevista; 5 – Rastro; 6 – Levantamentos anteriores

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Tabela 5.2.2.6: Relação da Classe Reptilia levantada na realizado na área do empreendimento e entorno.

Ordem/Família Nome Científico Nome Comum Registro

SQUAMATA

Viperidae Bothrops jararaca Jararaca 1, 5; M


Sibynomorphus neuwied Jararaca-dormideira 1, 5; M
Bothrops jararacussu Jararacuçú 1; M

Colubridae Chironius bicarrinats Cobra-cipó 1, M


Chironius exoletus Cobra-cipó 1, M
Oxyrhopus clathratus Falsa-coral 6; M
Liphis miliaris Cobra-d’água 6; M
Sordellina sp Cobra-d’água 6; M

Amphisbaenidae Leposternon microcephalum Cobra-cega 6; M

Teiidae Tupinanbis tequixin Lagarto-teiú 1, U

Polychridae Enyalius iheringi Camaleão 6, M

LEGENDA: 1 – Avistamento;
2 – Vocalização;
3 – Vestígio
4 – Entrevista;
5 – Rastro;
6 – Levantamentos anteriores
7 – Encontrado morto;
M – Área de mata e borda de mata.
U – Área úmidas e aberta.

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5.3. MEIO SOCIOECONÔMICO

5.3.1. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

Como cidade portuária e de forte desenvolvimento turístico, São Francisco do Sul, com uma área
territorial de 492,973 km2, apresenta uma ocupação preponderantemente urbana.

O Município de São Francisco do Sul, de acordo com os dados do IBGE, apresentava no ano de 2000
uma população de 32.301 habitantes, enquanto que no censo de 2010 alcançou 42.520 (Tabela 5.3.1).

Tabela 5.3.1: Crescimento estimado da


população de São Francisco do Sul.
População Residente por ano
Ano População Método
2010 42.520 Censo
2000 32.301 Censo
Fonte: IBGE Cidades, acessado em 02/05/2011

Os dados do IBGE levam em consideração apenas os dados da população fixa, ou seja, aquela
residente no município. Vale lembrar que os dados da população correspondente aos períodos de
temporada não são estimados pelos órgãos federais, no entanto, com bases em dados indiretos, pode-se
considerar que a população chega a triplicar nesses períodos. Este acréscimo ocorre nos meses de
dezembro a fevereiro, período de veraneio.

Baseado nos números do IBGE pode-se afirmar que em uma década São Francisco do Sul apresentou
um crescimento populacional de 31,63% com uma taxa média de crescimento populacional na ordem
de 3,16% ao ano.

Crescimento populacional na década entre 2000 e 2010, de São Francisco do Sul comparado ao Estado
de Santa Catarina e ao Brasil pode ser visto na Figura 5.3.1, a seguir:

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Figura 5.3.1: Crescimento demográfico de São Francisco do Sul, em


porcentagem (2000-2010).

Densidade Demográfica

Como São Francisco do Sul tem uma área de 492,973 km² e sua população é de 42.520 habitantes,
conforme dados do censo 2010 do IBGE, sua densidade demográfica é de 86,25 hab/km². Durante as
férias de verão, a presença de veranistas e turistas eleva a densidade populacional para algo em torno
de 229,04 hab/km².

5.3.2. ASPECTOS ECONÔMICOS

Em São Francisco do Sul, quanto aos aspectos econômicos, a agricultura perdeu espaço para as
atividades ligadas ao porto e as atividades correlatas, de beneficiamento para embarque, de serviços
voltados ao comércio exterior, e pequenas oficinas e estaleiros. Dessa forma, o município passou por
um acelerado processo de urbanização, tornando a cidade um importante centro de desenvolvimento
econômico cujo potencial relaciona-se diretamente com a atividade portuária.

Historicamente, as atividades agrícolas no município, ainda que em proporções bem mais modestas
em relação ao restante do país de então, desenvolveram-se nos moldes da colonização portuguesa,
baseada no trabalho escravo, na monocultura e com a formação de grandes engenhos. O fim do
trabalho escravo causou uma profunda crise no modelo vigente, transformando em caráter
praticamente decisivo, a vocação do município de São Francisco do Sul.

A atividade agrícola, apesar da diminuição de sua importância, desempenhou um papel importante na


formação econômica do município, baseando-se em propriedades de tamanho médio e de culturas
comerciais e para o consumo das famílias residentes nas fazendas. Os principais produtos agrícolas
cultivados no município foram o arroz, o feijão, o milho, a mandioca e cana-de-açúcar.

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Ainda no contexto do setor primário, deve ser destacado o papel da maricultura. No município, cita-se
a Associação de Maricultores Comunitários do Bairro de Paulas (AMACOP), em São Francisco do
Sul. A idéia do cultivo de marisco surgiu durante o período de defeso, quando a pesca é interrompida.

Cada 2,5 quilos de sementes de marisco chegam a 50 quilos de molusco adulto depois de
aproximadamente meio ano. A produção de outros moluscos como a ostra também é vislumbrada
pelos maricultores. O marisco se adapta bem na baía, onde a profundidade é de mais ou menos quatro
metros. Para a ostra, porém, exige-se uma profundidade maior. Estuda-se ainda a produção de algas e
vieiras (uma espécie de molusco em formato de concha).

No setor secundário, o setor de material de transporte (apesar de um pequeno número de


estabelecimentos) tende a demonstrar o maior valor de transformação industrial no município,
empregando grande número de trabalhadores, indicando sua grande importância com gerador de renda
e empregos. A indústria de alimentos também se destaca, bem como as indústrias de madeira. Os
setores de mecânica, metalúrgica e material de transporte são bastante complementares no cenário
econômico do município, estando vinculadas, em maior ou menor grau, às atividades do porto.

A partir da instalação do parque industrial da ArcelorMittal Vega, do ramo siderúrgico (laminação de


aço), surgiram novas perspectivas na geração de empregos, independentemente da excelente condição
do empreendimento como gerador de impostos diretos para o município de São Francisco do Sul.

O setor terciário desenvolveu-se acompanhando o crescimento urbano municipal, em um processo


cujo seu desenrolar relaciona-se a própria origem do município. Assim sendo, sua característica de
entreposto portuário fomentou o surgimento de uma vida urbana, movimentando o comércio e
promovendo o crescimento das ofertas de serviços de várias naturezas. Serviços ligados ao transporte,
manutenção mecânica, reparos e auxiliares, além daqueles ligados a comercialização das mercadorias,
tiveram maiores possibilidades de desenvolvimento.

No entanto, a proximidade com importantes centros urbanos estaduais se caracterizou como um fator
de limitação a expansão em grande escala da atividade comercial, cujo mercado foi absorvido por
estes centros. Em termos de absorção de mão-de-obra, as atividades terciárias se mostram como as que
potencialmente vêm absorvendo uma parcela cada vez maior da mão-de-obra disponível.
Especialmente no setor de serviços, destacam-se as atividades ligadas ao lazer, à cultura e ao turismo.
No Município, estas vêm apresentando um expressivo desempenho positivo, sendo o poder público
municipal grande incentivador do turismo na Baía da Babitonga e em suas ilhas. A cultura açoriana,
também presente no município, as ruínas da ocupação francesa e outros monumentos históricos são
atrativos que são valorizados, juntamente com o turismo nas ilhas, como importantes fatores para o
desenvolvimento desta atividade no município.

De maneira geral, as indústrias, o comércio e os serviços em São Francisco do Sul tiveram seu
desenvolvimento influenciado pelo porto, que facilitou a circulação de mercadorias, e contribuiu para
o estabelecimento de algumas indústrias que produziam alimentos, materiais de transporte, produtos
metalúrgicos e de madeira.

Muitos trabalhadores passaram a encontrar emprego no comércio, especialmente varejista, de


mercadorias de consumo comum, de alimentação e vestuário, basicamente. Mais recentemente, o
turismo tem se destacado, sendo os serviços dos hotéis e restaurantes e de guias para roteiros de
passeios, responsáveis por importantes ofertas de empregos no município.

Os setores econômicos apesar de suas transformações internas continuam a absorver o mesmo


percentual de mão-de-obra, e a registrar proporcionalmente a mesma quantidade de unidades

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produtivas. Até certo ponto, estes fatores podem ser relacionados ao crescimento conjunto dos três
setores econômicos de forma aparentemente equilibrada.

5.3.2.1. SETOR PRIMÁRIO

O desenvolvimento do setor primário, especialmente da agricultura, é um fator de grande importância


para o contexto social e econômico, não só do estado de Santa Catarina, mas para o conjunto da região
Sul do Brasil.

Na verdade alguns fatores de grande relevância, que se somaram, convergiram complementarmente


entre si para o desenvolvimento agroindustrial da região sul, com destaque para as condições físico-
climáticas da região: solos de boa fertilidade, relevo adequado à introdução da mecanização,
disponibilidade de água e clima favorável; e a colonização européia: o imigrante europeu atuou como
a figura do “empresário inovador”, tomando as decisões que promovem a melhor utilização dos
recursos naturais e possuindo a agilidade empresarial de diversificação produtiva e penetração de
mercado, cujo resultado é em geral, o desenvolvimento das atividades econômicas de um modo amplo,
fomentando os demais setores secundário e terciário.

Tais fatores, aliados a diversos outros e de acordo com as especificidades de cada região, contribuíram
para o grande desenvolvimento agroindustrial do sul. Nos dias atuais, é grande a importância da
produção agrícola da região no contexto nacional, tanto em relação ao suprimento do mercado interno
como em termos de produtos destinados à exportação.

No entanto, especificamente em São Francisco do Sul, o setor primário não teve o mesmo papel do
que nas demais áreas do estado. Historicamente, as atividades agrícolas no município, ainda que em
proporções bem mais modestas em relação ao restante do país, desenvolveram-se nos padrões da
colonização portuguesa, fundamentado no trabalho escravo, na monocultura e com o desenvolvimento
de grandes engenhos. O término do trabalho escravo causou uma profunda crise no modelo vigente,
transformando em caráter praticamente decisivo, a vocação do município de São Francisco do Sul.
Paralelamente a crise no setor primário, as atividades ligadas ao porto mantiveram seu ritmo de
crescimento, atraindo parte do capital antes empregado nos engenhos. Portanto, a partir do final do
século XIX, a economia municipal passou a ter como centro dinâmico o porto e as atividades
correlatas.

- Pesca e Recursos Pesqueiros

O setor pesqueiro de São Francisco do Sul destaca-se no panorama da micro-região e do estado.

Deve-se destacar a recente evolução da maricultura na região, que vem se tornando progressivamente
uma das principais atividades primárias no litoral catarinense e que encontra na Baía da Babitonga um
local extremamente favorável.

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A Baía da Babitonga apresenta uma riqueza faunística, principalmente relacionada à diversidade de


caranguejos, peixes e moluscos, que estimulam a atividade pesqueira e de coleta de mariscos e
caranguejos, que são destinados à venda nos restaurantes e bares das cinco cidades que a circundam.

A Baía da Babitonga envolve 35 localidades de pesca. A grande maioria dos pescadores artesanais de
Santa Catarina exerce sua atividade de captura nas baías, lagoas e estuários, utilizando-se embarcações
de pequeno porte e aparelhos de eficiência limitada.

São Francisco do Sul possui 23 comunidades: Baía da Babitonga, Capri, Enseada, Estaleiro do Norte,
Forte, Frias, Iperoba, Itaguaçu, Laranjeiras, Linguado, Paulas, Paum, Ponte Branca, Porto do Rei,
Praia do Marquinho, Praia do Mota, Prainha, Reta, Ribeira, Rocio Grande, Sandra Regina, Ubatuba e
Vila da Glória, conforme as Figuras 5.3.2 e 5.3.3.

Figura 5.3.2: Comunidades pesqueiras. Figura 5.3.3: Embarcação do tipo “Baleeira”


utilizada para pesca em alto mar.

Principais peixes capturados em São Francisco do Sul: Baiacu, badejo, bagre, bijupirá, cações,
caranha, carapeba, carapicu, caratinga, corvina, enchova, espada, garoupa, gaivira, linguado, mero,
miraguaia, pampo, papa-terra, parati, paru, pescada, raia, robalo, saguá, sardinhas, sororoca, tainha,
tainhota, xerelete. Crustáceos capturados: Camarão-branco, camarão-rosa, camarão-sete-barbas,
caranguejo, siri. Moluscos pescados: Berbigão, marisco, mexilhão, ostra.

Destaca-se que a principal estrutura de apoio náutico da comunidade pesqueira é o Atracadouro Paulas
localizado junto à região de maior concentração de pescadores.

- Maricultura

Atualmente, Santa Catarina destaca-se na Maricultura como primeiro produtor nacional de mexilhões
cultivados.

As pesquisas com mexilhões começaram em 1986 pela UFSC, através do Laboratório de Mexilhões.
Em 1989, a UFSC e a ACARPESC, atual EPAGRI, levaram a tecnologia de cultivo de mexilhões para
as comunidades pesqueiras com a introdução de cultivos experimentais. constatou-se também um

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grande potencial em cultivo de ostras. Com os resultados positivos desses experimentos, houve um
grande incremento da atividade, que a cada ano aumenta o número de maricultores.

As entidades de assistência técnica estudam ainda a possibilidade de cultivo de camarões em tanques


escavados em terra e tanques rede flutuantes. Os primeiros experimentos em São Francisco do Sul
foram realizados em 1990, sendo que havia uma unidade experimental no Forte, uma no Paulas e outra
na Laranjeira.

Comercialmente, a primeira unidade foi no Estaleiro e em seguida, já em maior escala, na Enseada.

Foto 5.3.4: Área de cultivo de mexilhões.

5.3.2.2. SETOR SECUNDÁRIO

A dinâmica do desenvolvimento industrial do estado envolveu o município de São Francisco do Sul


não como integrante direto do processo de produção propriamente dita, mas sim, através da circulação
da produção no porto da cidade.

Entre os anos de 1970 e 1980 os setores que apresentaram melhor desempenho foram o metalúrgico e
materiais de transporte, ambos vinculados às atividades portuárias. Nos demais setores observou-se
uma relativa estabilidade, ocorrendo retrações nos setores de vestuário e de produtos alimentares.

O setor de beneficiamento de produtos, especialmente o esmagamento da soja e a produção do farelo


de soja voltaram a crescer durante a década de oitenta, quando as políticas macroeconômicas
voltaram-se para o incentivo à geração de superávits da balança comercial, através do aumento das
exportações de produtos como a soja.

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5.3.2.3. SETOR TERCIÁRIO

O setor terciário desenvolveu-se acompanhando o crescimento urbano municipal, em um processo


cujo desenrolar relaciona-se à própria origem do município e à atividade portuária. Assim, sua
característica de entreposto portuário fomentou o surgimento de uma vida urbana, movimentando o
comércio e promovendo o crescimento das ofertas de serviços de várias naturezas. Serviços ligados ao
transporte, manutenção mecânica, reparos e auxiliares, além daqueles ligados a comercialização das
mercadorias tiveram maiores possibilidades de desenvolvimento.

O porto é o principal fator de crescimento econômico do município, que tem sua história marcada
pelas atividades a ele relacionadas. Trata-se do setor mais moderno e dinâmico, capaz de imprimir e
ditar o ciclo econômico municipal. Sua expansão e consequentemente, sua retração - torna-se uma
variável fundamental na determinação nos níveis de investimentos, de emprego e de renda municipal.

A construção do Porto teve início em 1945 e a inauguração ocorreu em Julho/1955, com a construção
dos Cais 1 e 2, que tinham 550 m de extensão e 2 (dois) armazéns com 4.000 m2 cada. Em
Novembro/1955 foi criada a Administração do Porto de São Francisco do Sul (APSFS) que é uma
autarquia Estadual (APSFS, 2005a).

No final da década de 1970, o Porto foi impulsionado pela instalação de dois terminais, sendo um da
PETROBRÁS (Tefran) e outro da antiga COCAR, atual CIDASC (Companhia Integrada de
Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina), que operavam respectivamente com petróleo e grãos.
Logo depois, nos anos 80, houve um crescimento bastante significativo, em função de investimentos
em equipamentos e na construção de um pátio para contêineres, porém, no início da década de 1990
houve uma descontinuidade nesse crescimento, devido aos baixos investimentos (APSFS, 2005a).

A partir de 1994, ocorreu o chamado Salto da Década de 1990, com a retomada do crescimento e a
procura dos agentes importadores e exportadores pelo Porto de São Francisco do Sul, em face de sua
localização privilegiada. Esse fato resultou na sobrecarga da área retroportuária, dos berços de
atracação e dos equipamentos, e contribuiu para que a APSFS desse nova dinâmica às atividades
portuárias, sem prejuízo às suas principais características (baixos custos, produtividade e rapidez no
atendimento) (APSFS, 2005a).

O acesso aquaviário ao porto se dá através de um canal balizado por sinalização adequada que tem 1,5
MN (milha náutica) de extensão e largura mínima de 150 m. Na entrada da Baía da Babitonga são
observadas profundidades navegáveis que variam entre 13 e 14 m.

O Porto de São Francisco do Sul conta, atualmente, com cinco berços de atracação, os quais totalizam
975 m de cais acostável, sendo as especializações dos berços distribuídas da seguinte forma:

- BERÇO 101: opera com granéis sólidos (grãos e farelos) e líquidos (óleos vegetais);

- BERÇO 102: opera exclusivamente com navios de contêiner, mas pode atender, em caráter
excepcional, a navios de carga geral;

- BERÇO 103: atende navios de granéis sólidos de importação e navios de contêiner e de


bobinas, complementando os trabalhos dos Berços 102 e 301;

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- BERÇO 201: movimenta carga geral;

- BERÇO 301: berço privado de múltiplo uso, pertencente à empresa TESC. Atende de forma
complementar aos navios de contêiner, bobinas de aço e carga geral.

Segundo dados disponibilizados no site da APSFS (www.apsfs.sc.gov.br), o primeiro semestre de


2012 encerrou com alta de 18% na movimentação geral de mercadorias no Porto de São Francisco do
Sul. Foram 4.384.869 toneladas em 2011 e já somam 5.176.983 toneladas em relação ao mesmo
período em 2012.

No acumulado das exportações o aumento foi de 29% em relação ao mesmo período de referência. De
2.509.758 para 3.231.614 toneladas.

Entre as mercadorias que se destacaram em resultados percentuais, estão: o milho em grãos com
avanço de 171%, de 37.300 para 100.906 toneladas; o óleo de soja 93%, de 59.000 para 114.000
toneladas e a soja em grãos 85%, de 1.214.153 para 2.241.677 toneladas.

Nas importações (de janeiro a junho), o acréscimo foi de 3%, de 643.448 para 661.697 toneladas.

Quanto ao movimento mensal de mercadorias, os resultados também são positivos, com uma
vantagem de 17% sobre o mês de junho do ano passado, de 801.584 para 939.192 toneladas.

As exportações subiram 16%, de 483.938 para 562.428 toneladas, com destaque para a soja em grãos
que avançou 66%, de 239.687 para 396.838 toneladas.

As importações tiveram um aumento de 35%, de 110.144 para 148.998 toneladas.

Observa-se a grande variedade de produtos movimentados, indicando uma diversificação dos negócios
que circundam o porto. Atividades satélites desenvolvem-se mediante a demanda por serviços
especiais ligados ao transporte, acondicionamento, beneficiamento e embalagem, bem como os
serviços de despachos e de comércio interno e internacional. Tais atividades trazem mais dinamismo à
economia municipal, em um processo que perdura praticamente desde a fundação da cidade.

Desta forma, as atividades ligadas ao Porto de São Francisco do Sul se configuram como centro
dinâmico da economia municipal, estreitando-se, ao longo de seu processo de desenvolvimento, os
laços intersetoriais entre as unidades produtivas atuantes no município.

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5.3.3. INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS URBANOS

- Sistema Viário

O acesso rodoviário para a Ilha de São Francisco se faz através da BR-280, ligando-se à rodovia BR-
101 no município de Araquari. A rodovia SC-301 segue da cidade de São Francisco para nordeste,
levando às praias de Ubatuba e Enseada.

Outras vias importantes são as estradas SFS-100, SFS-457 e SFS-030, que não possuem pavimentação
asfáltica, dando acesso à Praia Grande, à localidade da Tapera e à Praia do Ervino, respectivamente.

A rodovia BR-280 é a principal rodovia do município de São Francisco do Sul, partindo do Porto de
São Francisco do Sul, cruzando a BR-101 e seguindo em direção à Jaraguá do Sul, distante
aproximadamente 60 km, se encontrando com a BR-116.

Segundo estimativas do DER-SC, citadas em DTA (2002), no trecho entre o Porto de São Francisco
do Sul (BR-280) e a BR-101, o fluxo é sobrecarregado, excedendo, já no ano de 2000, o volume
médio diário de 10.000 veículos e apresentando falta de manutenção e restauração.

A seguir, a Tabela 5.3.2 mostra a frota de veículos atual de São Francisco do Sul.

Tabela 5.3.2: Frota de veículos do município de São Francisco do Sul de Janeiro a


Julho de 2012. Fonte: DETRAN (2012).
TIPO JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL
AUTOMOVEL 10209 10279 10374 10448 10487 10617 10667
CAMINHAO 377 377 383 386 387 387 389
CAMINHAO TRATOR 451 456 458 457 461 463 460
CAMINHONETE 631 641 652 651 652 655 664
CAMIONETA 693 697 706 715 722 722 720
CICLOMOTOR 40 40 40 40 40 40 40
MICROONIBUS 67 70 71 71 71 70 70
MOTOCICLETA 4705 4732 4748 4753 4785 4785 4793
MOTONETA 1508 1516 1531 1542 1545 1546 1553
MOTOR-CASA 4 4 5 5 5 5 5
ONIBUS 87 87 87 89 91 91 91
REBOQUE 350 357 362 363 364 366 366
SEMI-REBOQUE 539 544 549 547 548 560 559
SIDE-CAR 6 6 6 6 6 6 6
TRATOR DE ESTEIRAS 2 2 2 2 2 2 2
TRATOR DE RODAS 15 15 16 17 17 16 16
TRATOR MISTO 1 1 1 1 1 1 1
TRICICLO 4 4 4 4 3 3 3
UTILITARIO 49 50 52 50 50 49 50
TOTAL 19738 19878 20047 20147 20237 20384 20455

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Segundo dados da Secretaria Municipal de Planejamento, o município de São Francisco do Sul


apresenta uma malha viária de 202 km, sendo 130 km de estradas vicinais e 72 km de estradas viárias
urbanas.

As regiões ocupadas mais recentemente possuem um melhor dimensionamento e possuem um padrão


razoável de urbanização. Nestas áreas nota-se algum descaso com os passeios, incentivando os
pedestres a circularem nas pistas de rolamento. Na região dos balneários, as vias são estreitas, sem
passeios, sem drenagem, não existindo uma priorização ou hierarquia de vias.

A ferrovia FSA-280 (Figura 5.3.5) liga o Porto de São Francisco ao município de Porto União (leste-
oeste), conectando-se à ferrovia FSA-16 (norte – sul). Tem nas suas proximidades os aeroportos de
Joinville, distante 60 km e o de Navegantes, que fica a 100 km.

Figura 5.3.5: Vista da Linha Férrea.

- Rede de Água

Na Ilha de São Francisco, o regime hidrográfico consiste de rios perenes pertencentes à Vertente
Atlântica, os quais drenam os terrenos cristalinos do Escudo Catarinense no setor ocidental, e os
terrenos sedimentares da planície costeira adjacente. A maioria dos rios da Ilha apresenta-se em forma
de meandros livres de baixa e média sinuosidade, e desembocam nas águas da Baía da Babitonga, do
Canal do Linguado e no Oceano Atlântico.

A rede de drenagem é constituída por cerca de dez rios, sendo que o rio principal é o Acarai, que se
localiza na porção Centro-Norte da Ilha e se desloca na direção nordeste, numa extensão de 19 km,
desde a nascente até a sua foz, que está na Praia da Enseada.

Apesar de o município estar localizado numa região de boa pluviosidade, na sua parte insular não
existem bacias capazes de acumular ou contribuir com volumes hídricos significativos para o
abastecimento público, fato que ocorre em virtude das reduzidas extensões territoriais das bacias
hidrográficas de São Francisco do Sul.

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Em razão de limitações na capacidade de oferta de água pelos mananciais localizados na Ilha e com o
objetivo de atender satisfatoriamente as demandas do município, em especial dos balneários nos
períodos de veraneio, houve a necessidade de se construir um sistema de adução submerso na Baía da
Babitonga, o qual possibilita a suplementação de água pelos mananciais da porção continental do
município e é de suma importância para garantir o atual abastecimento de água. Com a conclusão
dessa obra, o suprimento de água da população francisquense passou a ser feito por 5 mananciais, dos
quais 3 se localizam na porção insular (Rios Cardoso, Laranjeiras e Olaria) e 2 na porção continental
(Rio da Rita e Rio Alegre).

O Setor de Saneamento em São Francisco do Sul sempre foi administrado pelo próprio município,
através do SAMAE (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto), criado em 1968. O mesmo vem
concentrando esforços nos sistemas de tratamento e abastecimento de água, através de intervenções
que visem a melhoria da qualidade de seus processos produtivos.

Atualmente, o tratamento da água de abastecimento de São Francisco do Sul é feito na ETA-SFS, com
capacidade total de tratamento de 120L/s. Na temporada de verão (veraneio), ou seja, no período
compreendido entre Dezembro e Fevereiro a estação trabalha acima de sua capacidade nominal de
tratamento, atingindo até 180L/s.

O sistema de abastecimento é composto por 3 adutoras, 4 reservatórios e redes de distribuição para


dois setores distintos, cidade e praias, com capacidades totais de armazenamento de 1.500m3 e
2.500m3 de água, respectivamente. A rede de distribuição de água é dividida em duas zonas
independentes, sendo uma da área central com tubos de diversos diâmetros, em sua maioria de PVC. A
segunda zona é denominada região das praias (balneários) e é alimentada por adutora e reservatórios
exclusivos e independentes (Figura 5.3.6).

Rio Cardoso

Figura 5.3.6: Esquema ilustrativo do sistema de abastecimento de água de São


Francisco do Sul (Fonte: SAMAE, 2007).

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A Estação de Tratamento de Água de São Francisco do Sul (ETA-SFS) apresenta estrutura adequada
para o controle operacional, bem como para a qualidade da água produzida. Um sistema de automação
faz leituras on time do pH da água bruta e regula automaticamente a dosagem de Cal (primário) a ser
aplicada para a correção do pH de entrada. Esse sistema de automação monitora os níveis dos
reservatórios, as vazões de entrada e de saída da ETA, o consumo real de cada sistema e as bombas e
inversores de frequência. Na ocorrência de anormalidades e falhas no sistema, os operadores são
alertados através de alarme.

- Sistema de Esgoto Sanitário

Não existe rede coletora. A população adota sistema de fossa séptica/filtro/sumidouro,


individualmente. Existe a previsão de implantação de rede coletora de esgotos e sistema de tratamento
para a região do Centro Histórico.

- Sistema de Drenagem

A drenagem no Centro Histórico dirige-se diretamente à baía através de pequenos córregos ou galerias
pluviais.

As áreas dos baixios são drenadas também diretamente na Babitonga através de dois valos que
margeiam a estrada de ferro, um no sentido norte, outro no sentido oeste. As áreas próximas ao anel
viário da BR-280 são drenadas pelo Rio Monte de Trigo, que deságua em Paulas, ao Norte; e à
sudoeste o córrego Olaria drena a zona mais ao sul da cidade.

Na região dos balneários a rede é precária e em Ubatuba é jogada diretamente ao mar. Na região de
Enseada, as redes ou são lançadas no mar ou no Rio Acaraí, que deságua também no mar.

- Coleta de Lixo

Existe sistema de coleta de lixo em toda a área urbanizada. A coleta ocorre diariamente no verão e no
inverno três vezes por semana nos balneários.

- Transporte Coletivo

São Francisco do Sul possui dois terminais rodoviários; um na Avenida Nereu Ramos, Próximo ao
Hospital e outro no Balneário de Enseada, próximo a extremidades dos molhes da Petrobras. Nenhum
dos dois possui infraestrutura satisfatória.

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- Energia Elétrica

A região de São Francisco do Sul é alimentada por duas linhas principais de transmissão de energia
elétrica, sendo uma de 230 kV, que abastece a Vega do Sul e a Petrobrás, e outra de 69 kV, que
abastece a área urbana, onde através de 3 alimentadores situados em Ubatuba redistribuem a energia
para as praias.

- Gasoduto SC-GAS

A região de São Francisco do Sul está atualmente servida de gás natural por meio do gasoduto da
Companhia SC-GÁS.

- Saúde

A estrutura de atendimento à saúde da região é concentrada no município de Joinville, principalmente


em se tratando de especialidades médicas e instalações hospitalares específicas. Além disso, os casos
que requerem tratamento especializado são encaminhados para Florianópolis e até mesmo Curitiba.

A rede de saúde do município de São Francisco do Sul é deficiente devido ao aumento considerável na
população nos meses turísticos. A Tabela 5.3.3 mostra o número de estabelecimentos por tipo.

Tabela 5.3.3: Número de estabelecimentos por tipo de prestador segundo tipo - Dez/2009.

Tipo de estabelecimento Público Filantrópico Privados Sindicato Total


Central de Regulação de Serviços de
Saúde
1 -- 1
Centro de Atenção Psicossocial 1 -- 1
Hospital Geral 1 -- 1
Policlínica 1 -- 1
Pronto Socorro Geral 1 -- 1
Clinica Especializada / Ambulatório
Especializado
1 2 -- 3
Unidade de Serviço de Apoio de
Diagnose e Terapia
1 5 -- 6
Centro de Saúde / Unidade Básica de
Saúde
9 -- 9
Posto de Saúde 10 -- 10
Consultório Isolado 26 -- 26
Total 24 2 33 -- 59
Fonte: CNES. Situação da base de dados nacional em 10/04/2010.

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A rede de atendimento suporta com dificuldades, nos meses de verão, a demanda acrescida pelos
turistas que visitam o município. Diante disso, o sistema deverá dispor de capacidade superior à
requerida pela população residente. Também vale acrescentar que o município possui vários
programas na área da saúde, como de Saúde Bucal, Vacinação, Preventivos (Câncer, AIDS, Drogas,
etc.), Pré-natal e outros. A Figura 5.3.7 mostra o Hospital de São Francisco do Sul.

Figura 5.3.7: Hospital de São Francisco do Sul.

- Corpo de Bombeiros

O Corpo de Bombeiros do Município de São Francisco do Sul atende durante 24 h as diversas


ocorrências da cidade.

A capacidade de atendimento do Corpo de Bombeiros no município de São Francisco do Sul é


representada por cinco botes motorizados (infláveis e de alumínio); dois caminhões auto-bombas com
capacidade para seis e dez mil litros; quatro ambulâncias; um caminhão para resgate; dois veículos
para transporte de pessoal; vinte e cinco soldados efetivos; sessenta e cinco voluntários treinados aptos
para operações de emergência; um equipamento LUCAS (alicate hidráulico) de resgate de acidentados
presos em ferragens.

O Corpo de Bombeiros atende entre 1.000 e 2.000 casos clínicos (tal como acidentes de trânsito,
ataques cardíacos, convulsões, etc.) que se concentram especialmente nas sextas-feiras, sábados e
domingos. Na temporada registra-se de 6 a 7 casos de afogamento de banhistas por semana.

- Polícia Civil

O atendimento da polícia civil é realizado pela delegacia da comarca de São Francisco do Sul (Figura
5.3.8). As principais ocorrências são sobre furto de veículos, arrombamentos, calúnia, difamação,
agressão, apropriação indébita, uso e tráfico de drogas e roubos.

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Figura 5.3.8: Vista Geral da delegacia da comarca de


São Francisco do Sul.

- Hotéis, Pousadas e Camping

São Francisco do Sul se encontra inserida no contexto turístico, constituído por diversificada rede
hoteleira.

- Comércio Local

O comércio local é formado, principalmente por supermercados, restaurantes (Figura 5.3.9),


lanchonetes, postos de gasolina (Figura 5.3.10), borracharias, peixarias (Figura 5.3.11), lojas de
artesanatos, vestuários (Figura 5.3.12), farmácias (Figura 5.3.13), lojas de materiais de construção,
mercearias, entre outros.

Figura 5.3.9: Restaurante localizado no centro da Figura 5.3.10: Posto de gasolina.


cidade.

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Figura 5.3.11: Peixaria. Figura 5.3.12: Loja de artesanato.

Figura 5.3.13: Farmácia.

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5.3.4. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

- Zoneamento

O território do Município de São Francisco do Sul possui seu zoneamento definido pela Lei Municipal
nº 763, de 22 de abril de 1981, a qual define as atividades e usos permissíveis em cada uma das áreas e
zonas então definidas, inclusive estabelecendo as intensidades da utilização do solo.

O perímetro urbano engloba o Centro Histórico e suas adjacências, seguindo para o norte, envolvendo
os balneários de Capri, Itaguaçu, Ubatuba, Enseada e Prainha, seguindo pela orla da Praia Grande ao
extremo sul da Ilha. O Distrito Industrial foi estabelecido ao longo da rodovia BR-280, entre o Canal
do Linguado e a área urbanizada nos arredores da sede do município. O restante da área é considerado
Zona Rural.

O empreendimento está localizado na área urbana vizinha ao Porto, denominada de comunidade Bela
Vista ou do Rabo Azedo (Figura 5.3.14) e encontra-se na Zona Portuária ZP1, conforme Lei 763/81 e
Lei 587/07

Figura 5.3.14: Área do Porto e à direita da foto localidade de Bela Vista.


Fonte: Administração do Porto de São Francisco do Sul.

Segundo o art. 17 da Lei 763/81 (alterada pela Lei 587/07), a Zona Portuária ZP visa estimular,
concentrar e agrupar atividades comerciais, industriais e de serviços, principalmente voltadas a função
portuária.

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- Uso e Ocupação

Na Ilha de São Francisco predominam as áreas cobertas por florestas nativas. As alterações antrópicas
ocorrem ao longo da ilha, destacando-se as áreas urbanizadas, próximas à orla, principalmente nos
setores norte e nordeste, e as atividades agrícolas, no centro e sul da ilha. Pode-se citar, também, a
ocorrência de manguezais e corpos hídricos importantes.

As áreas cobertas por vegetação são representadas por diversas tipologias florísticas, ocorrendo desde
a vegetação de restinga, ao longo da Praia Grande, até a Floresta Ombrófila Densa, nos morros da
região, com destaque para o conjunto de elevações conhecido como Morro da Palha. Outra formação
florestal importante, também do Domínio da Mata Atlântica, são os manguezais, que ocorrem em
manchas ao longo de toda a orla interna da ilha, na Baía da Babitonga, e também no Canal do
Linguado.

Na Baía de Babitonga, os maiores manguezais situam-se no rio Jacutinga, com forma estreita e
alongada e vizinha a uma área de silvicultura. Outro manguezal significativo situa-se no rio Monte de
Trigo, também estreito, seguindo o curso do rio. Na porção norte da Ilha, o manguezal apresenta-se
degradado.

As principais áreas urbanizadas na ilha correspondem ao Centro Histórico e às Praias de Ubatuba,


Enseada e Capri, ao norte, e a Praia do Ervino, ao sul. Nota-se, também, o uso urbano ao longo das
rodovias BR - 280, próximo ao núcleo urbano e às margens da rodovia SC-301.

Enquanto os balneários do município apresentam ocupação sazonal, uma parcela expressiva da


população residente no município concentra-se na sede, próximo ao Centro Histórico (Figura 5.3.15).

Figura 5.3.15: Vista Geral do Centro Histórico.

Atualmente, os balneários caracterizam-se por um marcante processo de urbanização. No entanto,


apesar da grande quantidade de edificações, essas possuem um caráter de sazonalidade quanto aos
aspectos de ocupação.

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O Balneário da Enseada é o mais densamente ocupado, percebendo-se a ausência de um planejamento


urbano. Nos balneários de Ubatuba e Itaguaçu, de ocupação mais recente, nota-se uma densidade de
ocupação menor, apresentando uma melhor organização espacial.

No Mapa 05 - Uso e Ocupação do Solo podem ser observadas as áreas urbanizadas e as áreas com
vegetação remanescente na região do empreendimento.

No que se refere à área de implantação do empreendimento na localidade denominada Bela Vista ou


“Rabo Azedo”, a maior parte dos terrenos é de propriedade do Porto de São Francisco do Sul, da
Bunge Alimentos S/A e do Terminal de Granéis de Santa Catarina S/A (TGSC).

A comunidade do morro Bela Vista, localizada em área do Porto de São Francisco do Sul, formou-se
nos últimos 25 anos, através de invasões.

A maioria das residências do bairro Bela Vista é de madeira com área construída pequena. O tipo de
ocupação é característico de habitacional para população de baixa renda. Os terrenos com mais de
1.000m² indicam utilização não apenas residencial.

Muitas das áreas invadidas estão locadas para terceiros, ou seja, alguns proprietários possuem mais do
que um imóvel; outros não residem no local e muitos residem em habitação locada ou cedida,
indicando que as ocupações não tem hoje apenas a função de suprir a necessidade de habitação para
famílias de baixa renda.

Cerca de 90% dos domicílios têm ligação de rede elétrica e abastecimento de água, mostrando que a
comunidade conta com infraestrutura básica de habitação. Contudo, não há na comunidade escola nem
creche, sendo que a Prefeitura oferece serviço de transporte escolar. A demanda da saúde é assistida na
unidade de atendimento central do Município.

As profissões que se destacam na comunidade são: portuário / estivador; construção civil, pintor,
eletricista, pedreiro, diarista / doméstica e autônomo, apontando ser uma população que desenvolve
serviços de baixa especialização, contratados no próprio Porto ou no centro da cidade.

O reassentamento da comunidade do bairro Bela Vista e a consequente liberação do espaço por ela
ocupado é de vital importância para o futuro do Porto de São Francisco do Sul, pois a área em questão
corresponde a única possibilidade viável para a expansão das atividades portuárias, hoje totalmente
comprometida pela absoluta ausência de alternativa para atendimento ao crescimento do Porto.

Todo o processo de identificação e relocação das famílias atingidas pelo empreendimento deverá ser
acompanhado pelos órgãos da Prefeitura Municipal responsáveis pelas questões de bem estar social e
pela própria comunidade. Além disso, as novas áreas a serem ocupadas deverão dispor de
infraestrutura adequada para receber os moradores.

Por conta do processo de licenciamento ambiental das obras do Terminal de Granéis de Santa Catarina
- TGSC junto ao IBAMA, a maioria das famílias que ocupavam a área do TGSC já foram removidas e
suas casas retiradas, como pode ser observado na Figura 5.3.16 a seguir.

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Figura 5.3.16: Área onde haviam casas na localidade do


“Rabo Azedo”.

É necessária ainda a remoção de aproximadamente 20 edificações para implantação do anel viário, as


quais estão localizadas no terreno do Porto de São Francisco do Sul.

A relocação da comunidade Bela Vista contribuirá, além da liberação da área para o desenvolvimento
portuário, para a eliminação dos riscos ambientais e sociais aos quais estão expostos os seus
habitantes.

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736000 736500 737000

7096920
Convenções

Sistema Viário

Hidrografia

HOTEL Área de Estudo


VILLA REAL
Uso e Ocupação do Solo

PRAIA DO Vegetação Remanescente


Baía da Babitonga INGÊS
Área Urbanizada / Solo Exposto

7096420
CLUBE

s
ha
RECREATIVO

n
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BUNGE

ca
as
M
F.
ua
R
8
20
BR

PORTO DE SÃO
FRANCISCO DO SUL

Projeção: Universal Tranversa de Mercator - UTM


Escala Numérica: 1:7.500

7095920
Datum Horizontal: SAD 69
Datum Vertical: Marégrafo Imbituba/SC
Agosto/2012

Escala Gráfica

s on 0 100 200 300 400


di
eiro

Meters
A d
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D Prefeitura Municipal de São Francisco do Sul, 2007. Base Cartográfica extraída da Ortofotocarta Digital
do
eite

fre
do município de São Francisco do Sul, Escala 1:2.000. Ortofotos com Escala de Vôo :10.000. Executado
Al por: Aeroconsult Aerolevantamentos e Consultoria Ltda, ano de 2007. Imagem de Satélite Landsat 2002.
L

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ng.

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Av.

Projeto Governo do Estado de Santa Catarina


Administração do Porto de São Francisco
do Sul - APSFS

7095420
Anel Rodoferroviário do Porto de São
CENTRO Francisco do Sul
HISTÓRICO
Rio

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MAPA 05 - USO E OCUPAÇÃO DO SOLO


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Rua Alm. Barroso


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Rua. A

CAPTANIA DOS
PORTOS

CLUBE
IPIRANGA
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5.3.5. ASPECTOS HISTÓRICOS E ARQUEOLÓGICOS

São Francisco do Sul é o município mais antigo do Estado de Santa Catarina, havendo indicação da
chegada dos primeiros europeus em 1504, no navio Espoir, comandado pelo francês Binot Palmier de
Gonneville, apesar de controvérsias a respeito (Santos, 1974: 20). Ainda no século XVI, tem-se
registros sobre passagens de estrangeiros na região da Baia da Babitonga. Um dos registros no litoral
norte refere-se ao português Aleixo Garcia que, em 1524, teria adentrado o rio Itapocu em direção a
Peabiru, caminho de ligação entre o Atlântico e os Andes, considerado “a porta de entrada do sertão”
(Bueno, 1998: 143). Em 1541, Alvarez Nunes Cabeza de Vaca, então representante do rei espanhol
Carlos V, percorreu o mesmo trajeto, a partir da foz do rio Itapocu (Luz, 2000: 26-7).

Esses primeiros relatos de entradas via litoral, assim como a povoação da Baia da Babitonga, têm sido
importantes pontos de partida para o estudo da ocupação da região tanto no período colonial quanto
naquele considerado como “pré-histórico”, especialmente para o reconhecimento do patrimônio
arqueológico nacional.

5.3.5.1. A OCUPAÇÃO HUMANA DO PERÍODO PRÉ-COLONIAL

O litoral norte do Estado de Santa Catarina é conhecido nacional e internacionalmente, no meio


científico, por ter um conjunto dos mais representativos sítios arqueológicos do período pré-colonial
brasileiro. Deste período, na baía da Babitonga, estão cadastrados mais de cento e setenta sítios, sendo
a sua maioria do tipo sambaqui, seguida de sítios cerâmicos de Tradição Itararé, oficinas líticas,
estruturas subterrâneas, líticos, cerâmico de Tradição Guarani, abrigos sob rocha (MASJ, 2010.
Bandeira & Alves, 2008).

Segundo a bibliografia disponível sobre a pré-história catarinense, a ocupação do litoral norte do


Estado de Santa Catarina data de, aproximadamente, 5000 anos AP1. Os sítios arqueológicos mais
antigos no litoral norte são os sambaquis, encontrando-se no município de Garuva o sambaqui
Palmital com a datação mais recuada, 5.400 + 230 anos AP. Localizado em Joinville, o sambaqui
Espinheiros II apresenta a datação mais recente, de 1.160 + 45 anos AP (Martin et al, 1988 apud
Oliveira, 2000: 149; 210).

Por cerca de 4.000 anos, a região abrigou populações de pescadores-coletores-caçadores que, de


procedência ainda desconhecida, construíram montes de conchas (plataformas), denominados
Sambaquis, nos quais habitavam e realizavam suas cerimônias. Estes “monumentos pré-coloniais”, ou
o que restou deles, ainda hoje testemunham a complexidade desta população pretérita.

Provavelmente vindos do litoral do Paraná, a população construtora de sambaquis vivia basicamente


da pesca, da coleta de moluscos e da caça e confeccionava seus objetos utilitários (entre outros:
lâminas, anzóis, pontas de projétil, vasilhames) e simbólicos (esculturas, bastões) com materiais como

1
Antes do Presente, que por convenção internacional tem como referência o ano de 1950.

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madeira, pedra, osso, fibra e concha. Verdadeiros marcos na paisagem, os sambaquis foram
construídos para moradia, sepultamento de mortos, realização de rituais.

Reconhecido por sua “monumentalidade”, “Sambaqui é um tipo de sítio arqueológico que apresenta
formas e dimensões diversas, geralmente colinares e com destaque nas planícies costeiras, edificado
intencionalmente através de técnicas específicas que incluíam o uso intensivo principal de conchas de
moluscos para a formação de aterros, resultando em um espaço multifuncional [...]” (Oliveira, 2000:
37).

Estes “monumentos pré-coloniais”, ou o que restou deles, testemunham a complexidade da população


que os construiu. Há sambaquis em praticamente todo o litoral brasileiro, sendo que os sítios
localizados no sul e sudeste, numa faixa contínua que se estende de Torres, litoral norte do Rio Grande
do Sul, até a Bahia, são mais conhecidos pela quantidade de pesquisas realizadas (Gaspar, 2004). Dois
aspectos de sua cultura podem ser considerados como identitários: esculturas em rocha ou osso e os
próprios sambaquis.

As esculturas em rocha são conhecidas como zoólitos (zoo = animal; lito = pedra) e em osso,
zoósteos. A maioria delas foi confeccionada em rocha e tem forma de animal; mais raras são as
antropomorfas. São pouco mais de 200 peças encontradas em sítios no litoral desde o estado de São
Paulo até o Uruguai. Desse conjunto, o pesquisador André Prous reconheceu duas categorias
estilísticas: uma naturalista, reproduzindo a forma do animal de maneira que em algumas peças é
possível identificar a espécie, e outra, geométrica, com esculturas bastante estilizadas, em formas de
cruz, nucleares ou triangulares (Gaspar, s/d). Em comum, a maioria apresenta uma concavidade
ventral ou lateral, cuja função não é conhecida, havendo conjecturas sobre o seu uso em atividades
rituais. Em osso são conhecidas poucas esculturas e bastões adornados com figuras de animais.

No litoral norte de Santa Catarina uma importante coleção está em guarda permanente no Museu
Arqueológico de Sambaqui, e representa mamíferos, peixes e aves.

Os sambaquis, por sua vez, vêm sendo reconhecidos como marcadores de territórios. Até a década de
1980, esses sítios eram considerados resultantes do acúmulo de conchas e outros resíduos da
alimentação que, acreditava-se, era predominantemente baseada em moluscos. Pesquisas iniciadas no
final dessa década revelaram que o peixe tinha importância maior do que os moluscos na dieta
alimentar (Figuti, 1993). Além disto, estudos sobre processos de formação desses montes indicaram
que espessas camadas de conchas foram deliberadamente construídas sem que os moluscos tivessem
sido consumidos e sem outros vestígios que indicassem deposição não intencional (Afonso & Blasis,
1994). Outro aspecto relevante é que essas plataformas estão construídas em locais estratégicos, tanto
em áreas planas associados à desembocadura de cursos d’água quanto em encostas de elevações.

No litoral norte de Santa Catarina, há sambaquis sobre cordões de dunas (em toda a faixa leste da ilha
de São Francisco), sobre costões rochosos (sambaqui Enseada I), em encostas de morros (Forte
Marechal Luz, Morrete da Praia Grande), próximos a cursos de água (rios Acarai, Monte de Trigo,
Capivaru, Cubatão, Paranagua-mirim, Areias Pequenas, Areias Grandes, Perequê) e às margens da
baía da Babitonga e canal do Linguado (Alves & Martins, 2006).

Associadas aos sítios tipo sambaqui são encontradas poucas oficinas líticas, no litoral norte de Santa
Catarina. Esse tipo de sítio caracteriza-se por apresentar depressões alongadas, ovaladas e circulares
em um afloramento rochoso que servia de base para o polimento (acabamento) de peças ou afiamento
de instrumentos de trabalho como lâminas de machado, por exemplo (Rohr, 1984. Oliveira, 2001). No
litoral norte são conhecidas oficinas em Itapoá (Itapoá I e II), São Francisco do Sul (Ilha
Guaraqueçaba, Iperoba II, Enseada I), Joinville (Lagoa do Saguaçú II, Caieira) e Barra Velha (Ponta
dos Náufragos) (MASJ, 2010).

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Tem-se, ainda, registros de outras duas populações, denominadas pela Arqueologia como Tradição
Itararé e Tradição Guarani, produtoras de artefatos cerâmicos.

A segunda população a ocupar o litoral norte teria sido a Itararé. Assim como os construtores de
sambaqui, no litoral norte essa população tinha sua economia de subsistência baseada na pesca, coleta
e caça. “Vinculados às populações Gê que viviam na região entre o litoral e o planalto, conhecidos
como Xokleng, bugres ou botocudos” (Bandeira, 1999: 6), muito provavelmente chegaram ao litoral de
Santa Catarina por volta do ano 1.000 d.C2.

Seus sítios são denominados por alguns arqueólogos como “acampamentos” encontrando-se, no litoral
norte do Estado, remanescentes de seus assentamentos sobre sambaquis (Idem, 1997; 1999). Já os
sítios cerâmicos geralmente são “rasos”, de pouca espessura e não se destacam na paisagem. Seu
principal elemento identitário é a presença de artefatos, e/ou fragmentos de artefatos, feitos de barro
cozido, em meio a um solo com manchas escuras, com carvão (Rohr, 1984: 84). O tipo de cerâmica
encontrada associa esses sítios aos grupos denominados como Tradição Taquara-Itararé. Essa
cerâmica caracteriza-se por sua morfologia (vasilhames pequenos, paredes finas), tratamento de
superfície (alisada, polida) e de coloração escura (Bandeira, 2004. Bandeira & Alves, 2008). Podem,
ou não, estar associados a populações que já dominavam a produção de alimentos vegetais (os
horticultores).

Apesar dos levantamentos arqueológicos realizados, no território que margeia a Baia da Babitonga,
apenas sete sítios apresentam cerâmica desta Tradição, ambos em camadas superiores de sambaquis
(Forte Marechal Luz, Enseada I, Bupeva II em São Francisco do Sul, Rio Pinheiros II em Balneário
Barra do Sul, Ilha do Mel III em Araquari, Ponta das Palmas e Itacoara em Joinville).

No planalto essa população está associada aos sítios arqueológicos tipo estruturas subterrâneas e
aterros. Conhecidos popularmente como “buracos de bugre”, as estruturas podiam ser “casas” ou
“galerias”. Segundo Rohr “a dispersão geográfica das casas subterrâneas é muito grande, tendo sua
presença sido assinalada nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná” (1984: 81).
Esses sítios caracterizam-se por depressões no terreno, remanescentes de espaços cavados com
diâmetros variando entre 2m e 20m e com profundidade de até 6m (Bastos & Teixeira, 2008: 36). As
formas podem ser elipsoidais ou circulares, em sua maioria, e a datação encontra-se por volta de 1.000
anos AP.

Associados a essa população ceramista, além dos registros de ocupação de topos de sambaquis, no
litoral norte do Estado estão registradas três estruturas tipo casas subterrâneas e um aterro na bacia do
rio Cubatão (Ambiental, 1989) e mais três dessas estruturas em elevações localizadas em áreas planas,
próximas da BR-101 (Brochier, 2004).

Sítios arqueológicos da etnia Guarani, do período pré-colonial ou de contato, não foram localizados
nas imediações da baía da Babitonga. Bandeira (2004), em sua tese de doutoramento, analisou os sítios
arqueológicos remanescentes de grupos ceramistas na região e encontrou ocupação por população de
Tradição Guarani apenas na bacia do rio Itapocu (Sítio Cerâmico Poço Grande). A população nativa
existente quando da chegada dos europeus à região não está devidamente identificada, embora a
literatura disponível associe essa população aos “carijós” e/ou Guarani.

A população de Tradição Guarani ocupava todo o litoral catarinense, tendo a horticultura como
economia de subsistência, complementada pela caça, pesca e coleta. Apresentam vestígios cerâmicos
com morfologia e decorações bastante diversificadas (Brochado & La Salvia, 1989 apud Montardo et

2
Depois de Cristo.
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al, 1996). Devido ao aprisionamento e a alta mortalidade provocada pelo contato com os europeus, ao
final do século XVII, sua população havia desaparecido da costa (Santos, 1974: 32).

Além desses sítios, são conhecidos dois abrigos sob rocha cuja afiliação cultural não está esclarecida.
Abrigos são, de fato, estruturas naturais que serviram como locais de moradia, de cerimoniais ou para
enterramentos de membros do grupo. No litoral norte é conhecido apenas um abrigo na bacia do
Cubatão (sítio Salto do Quiriri I, conforme Ambiental, 1989) e um segundo, na ilha de São Francisco
(Alves, 2003). Este último abrigo está localizado em um morrete, na Praia Grande, em local com alta
densidade de sambaquis e provavelmente está vinculado à população sambaquiana, pois apresenta piso
de conchas de moluscos (predominando Anomalocardia brasiliana).

5.3.5.2. A OCUPAÇÃO HUMANA A PARTIR DO PERÍODO COLONIAL

A chegada dos europeus ao continente americano alterou drasticamente o equilíbrio do meio ambiente,
inclusive dos grupos humanos. O litoral norte de Santa Catarina despertou o interesse desses viajantes,
principalmente pela segurança e recursos encontrados na baía da Babitonga. Durante o século XVI e
primeira metade do século XVII, a região foi “visitada” por espanhóis e portugueses, entre outros,
interessados no aprisionamento de nativos para serem vendidos como escravos e no abastecimento de
seus navios, em trânsito entre a Europa e a bacia do Prata (Santos, 1974). Binot Paulmier de
Gonneville teria sido o primeiro europeu a aportar na baía da Babitonga, em 1504 (idem: 20).
Posteriormente, há registros sobre a passagem do português Aleixo Garcia, em 1524 (Bueno, 1998:
143) e Alvarez Nunes Cabeza de Vaca, em 1541 (Luz, 2000: 26-27).

Em meados do século XVI, no litoral de Santa Catarina, então palco da disputa entre portugueses e
espanhóis pelo território sul americano, aconteceram as primeiras tentativas de povoamento. A coroa
espanhola tomou a primeira iniciativa de povoamento da região, em 1553, com a instalação de João
Senabria e filho em São Francisco do Sul, onde permaneceram por cerca de dois anos (Santos, 1974:
28). Efetivamente, o “primeiro povoado catarinense” foi instalado em 1658 com a chegada de Manoel
Lourenço de Andrade, e elevado à categoria de “vila”, em 1660. Há registros de que, em 1642,
Antônio Fernandes obtivera terras em “São Francisco do Sul onde já havia uma capela de Nossa
Senhora das Graças” (Idem: 34). Tal edificação provavelmente estaria relacionada à fundação de
Paranaguá, em 1640, por vicentistas que ali se estabeleceram.

A expansão da ocupação seguiu às margens da Baía da Babitonga, com a concessão de sesmarias na


ilha de São Francisco e em aproximadamente duas léguas na parte continental, até meados do século
XIX, em áreas que atualmente pertencem aos municípios de Araquari, Balneário de Barra do Sul,
Joinville, Garuva e Itapoá.

Inicialmente foram concedidas sesmarias para os fundadores, cabendo a Manoel Lourenço de Andrade
a área da vila até Laranjeiras, na ilha de São Francisco, “ficando-lhes ao lado as de Luis Rodrigues
Cavalinho, que se alongavam, como aquelas, até o mar grosso, compreendendo a lagoa do Acaraí”
(Pereira, 1984: 46). Nesse período, também foram concedidas sesmarias em Iperoba, Península do Saí,
Rio Parati, Ilha do Mel, Rio Pinheiros (Idem. Gualberto, 1902: 69). Posteriormente, outros registros
remetem às concessões de sesmarias: em Itapoá (1711), na região de Três Barras (1787, 1802), junto à
cabeceira do Rio Areias (1788), na Iperoba (1803), junto aos rios Bucarein, Pirabeiraba, Palmital,
Jaguaruna, dos Mirandas, Paranaguá e Ilha do Mel (1804), na Itapema, na Olaria, Rio Parati, no lugar
Cabeceiras do Rio do Morrete (1805), Rio Piraí, Rio Monte de Trigo, Rio Acaraí (1808), no Morro da

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Palha (1817), próximo ao Rio São João (1822), Rio Parati (1825), Rio Cubatão (1827) (Arquivo
Histórico de Joinville).

Em 1841, ao visitar a região buscando um local para instalar um “falanstério”, Benoit Jules Mure,
francês, considerou como obstáculo a ocupação de todas as margens da península do Saí. Sua colônia,
conhecida como República do Saí e que durou cerca de dois anos, só foi instalada após negociação
com um dos sesmeiros do local (Ficker, 1962: 165. Piazza, 1983).

Também a introdução de levas de imigrantes açorianos e madeirenses, em meados do século XVIII,


incrementou o crescimento demográfico em Santa Catarina e refletiu no litoral norte. Se em 1750 a
vila de São Francisco, já então considerada próspera, era composta por uma população de 1.000
habitantes ― Desterro tinha apenas 285 “almas” neste mesmo ano ― em 1796 contava com 4.155
habitantes, sendo 767 escravos (Farias, 1998: 263).

O crescimento demográfico atingiu diretamente o ambiente. A produção econômica estava direcionada


ao plantio de mandioca, arroz, feijão, cana-de-açúcar e gravatá, havendo dezenove engenhos de
aguardente e catorze de farinha de mandioca no final do século XVIII (Idem). Além da economia de
subsistência, registra-se a importância da extração de madeira, da construção de embarcações e da
instalação de uma armação para pesca de baleia na Ilha da Graça (1808) (Luz, 2000: 110).

A construção de vias de comunicação entre os “sítios” e com o planalto do Paraná acompanhou o


crescimento de São Francisco. No período de 1817 a 1821, foi aberta uma estrada ligando São
Francisco a Araquari que, segundo Saint Hilaire, “se enfeita com o pomposo nome de „estrada real‟,
[e] atravessa a Ilha em todo o seu comprimento, quasi a beira-mar, ...” (1820 apud Luz, 2000:140). O
comércio com Curitiba dava-se via “estrada Três Barras”, por onde era transportado o mate, a carne
seca e o toucinho, consumidos na ilha (Ficker, 1965). Como alternativa terrestre, “... havia também,
pelo pontal do Norte, a praia que era um caminho aberto e fácil para Paranaguá, de mais a mais
bastante freqüentado pelos viajantes e romeiros que iam a Iguape...” (Gualberto, 1902: 72).

O século XIX passou para a história como o período das maiores migrações da humanidade. Em 1847
Laguna e São Francisco do Sul foram elevadas à condição de cidades.

Em meados do século XIX, nova ênfase na política de imigração atingiu o status de São Francisco do
Sul. Embora a “República do Saí” em 1842 tenha fracassado, a instalação das colônias alemãs
deslocaram para si o caráter de núcleos irradiadores de ocupação no Estado. A partir de então, o
território de São Francisco foi desmembrado em novos municípios, resultando na atual configuração
geopolítica do litoral norte do Estado.

São Francisco do Sul teve na base de sua economia a produção de farinha e a pesca, cujos engenhos de
farinha foram as primeiras unidades semi-industriais de Santa Catarina (Farias, 1998: 249), em
meados do século XX sua expressão econômica passou a ser irrelevante. Também a indústria baseada
na pesca não conseguiu fazer frente à concorrência, obrigando estes municípios a buscarem novas
alternativas. São Francisco do Sul passou então a ter nas atividades portuárias o seu sustentáculo
econômico.

Hoje, a herança cultural da aventura desses pioneiros pode ser conferida nas festas típicas, nos
costumes, na culinária, e, principalmente, na arquitetura. Em passeios pelo centro da cidade, é possível
admirar casarões, igrejas e monumentos bem conservados ou restaurados, preservando a memória dos
tempos antigos.

Em 1905 foi iniciada a construção da linha férrea Dom Pedro I, ligando São Francisco do Sul a Porto
União, fazendo parte da linha São Paulo – Rio Grande. Na região de São Francisco do Sul foi

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construída uma ponte ferroviária que conectou a ilha ao continente por um período de 30 anos (1905 a
1935).

O ano de 1909 marcou o início das obras de edificação do Forte Marechal Luz, situado no Morro João
Dias, construído para fortificar os morros do Norte da Ilha de São Fransico e do seu litoral contra a
invasão dos espanhóis, ingleses e franceses.

A conexão hidro-ferroviária original foi substituída em 1934 por uma ligação rodoferroviária
subdividida em dois segmentos: o primeiro, denominado de segmento Sudoeste, interligava o
continente à Ilha do Linguado e o segundo, Nordeste, conectava esta ilha até a Ilha de São Francisco.

Esta ligação representa atualmente a Rodovia BR-280 e a Ferrovia da ALL (América Latina Logística)
que aparecem justapostas. Ambas estruturas foram construídas sobre os aterros Sudoeste e Nordeste,
compostos de materiais pétreos na forma de blocos e matacões de diâmetros variáveis, cujas rochas
foram exploradas da Ilha do Linguado. Estes aterros impediram a partir desta época, a livre
comunicação das águas dos setores Norte e Sul do Canal do Linguado, em contato com o sistema
estuarino da Baía da Babitonga e com o Oceano Atlântico, respectivamente.

No que se refere à ocupação urbana, pode-se afirmar que o crescimento espontâneo da cidade (a partir
de seu centro histórico), deu-se pela encosta dos morros e ocupando os baixios, originando uma
estrutura viária irregular.

Do período histórico também há um conjunto de sítios arqueológicos já cadastrados. Além do centro


histórico e urbano de São Francisco do Sul (Figuras 5.3.17 e 5.3.18), há registros de sessenta e um
sítios arqueológicos históricos nas imediações da baía da Babitonga (Alves et al, 2007). São estruturas
remanescentes de casas de sítios, edificadas em rocha e tijolos, pisos e estruturas de combustão ou de
fontes de água associadas a propriedades rurais de população de baixa renda, caminhos e estradas,
pavimentados (pé-de-moleque) ou não, cemitérios e portos, entre outros.

Figura 5.3.17: Ocupações do centro histórico do Figura 5.3.18: Edificações tombadas pelo Patrimônio
município de São Francisco do Sul. Histórico.

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5.3.5.3. ABORDAGEM METODOLÓGICA

O patrimônio arqueológico localizado no território brasileiro pertence à União, está protegido pela
Constituição Federal (Artigos n. 215 e 216) e especificamente pela lei n. 3924/1961. Referências à
proteção desse patrimônio constam nos seguintes documentos, entre outros: Lei n. 7542/1986
(referente aos sítios e bens submersos), Resolução Conama n. 01/1986 (inclui o patrimônio
arqueológico no meio sócio-econômico), Lei n. 9605/1998 (sobre crimes ambientais, englobando o
patrimônio cultural). De acordo com a Carta de Lausanne3, “o patrimônio arqueológico compreende a
porção do patrimônio material para a qual os métodos da arqueologia fornecem os conhecimentos
primários. Engloba todos os vestígios da existência humana e interessa todos os lugares onde há
indícios de atividades humanas não importando quais sejam elas, estruturais e vestígios abandonados
de todo o tipo, na superfície, no subsolo ou sob as águas, assim como o material a eles associados.”
(apud Bastos & Teixeira, 2005: 79).

Os sítios arqueológicos podem ser classificados pela economia de subsistência (caçadores-coletores,


pescadores-coletores, horticultores), ou pela morfologia da matriz arqueológica (sambaquis, estruturas
subterrâneas, sinalizações rupestres, abrigos sob rocha, líticos, cerâmicos, estruturas arquitetônicas,
etc.). Independente do tipo de classificação, sítios arqueológicos são assim reconhecidos pelo conjunto
de evidências materiais, culturais (artefatos, ecofatos, estruturas, enterramentos humanos), dentro de
um contexto criado/construído pela ação humana. Associados ou não a outras fontes informativas, os
sítios são a expressão de uma sociedade, um agrupamento humano, em um dado momento, e em um
dado local. Em se tratando do período pré-colonial, são a única fonte para a compreensão e
conhecimento das sociedades que ocuparam inicialmente o território brasileiro. Daí o reconhecimento
desses locais como patrimônio cultural nacional e da humanidade.

No Brasil, o patrimônio arqueológico compreende um conjunto de sítios arqueológicos de diferentes


tipologias (sambaquis, estruturas subterrâneas, sinalizações rupestres, abrigos sob rocha, sítios líticos,
sítios cerâmicos, aldeias, acampamentos, paradeiros, cerritos e sítios históricos), abrangendo um
período de mais de 40.000 anos.

Toda a ilha de São Francisco apresenta alta potencialidade e complexidade arqueológica, com a
presença de grandes sambaquis na faixa leste, voltados para o oceano, na margem oeste, na baia da
Babitonga, assim como no canal do Linguado. Conforme levantamento do MASJ (2010) há sessenta e
seis sítios cadastrados no município de São Francisco do Sul. Na ilha, entretanto, são conhecidas as
coordenadas geográficas de cinquenta e cinco sítios.

Além desses, há vinte e sete sambaquis descritos por Rohr (1984) e/ou registrados no Cadastro
Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA sem informação de localização geográfica. Alguns desses
podem estar registrados com outra denominação, no cadastro do MASJ.

A área objeto deste projeto está localizada na porção noroeste da ilha de São Francisco, em áreas de
propriedade do Porto principalmente, Bunge Alimentos S.A e Terminal de Granéis de Santa Catarina -
TGSC.

3
Trata-se da “Carta para Proteção e a Gestão do Patrimônio Arqueológico”, produzida pelo ICOMOS (Conselho
Internacional de Monumentos e Sítios), em Lausanne, Suiça, em 1990, da qual o Brasil é signatário.
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A obra tem caráter complementar ao contorno ferroviário que deve margear a rodovia BR-280, trecho
entre São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul, a ser duplicado. O traçado do contorno da ferrovia,
trechos (1) Guaramirim-Joinville e (2) São Francisco do Sul foram alvo de diagnósticos arqueológicos,
sob responsabilidade de Brochier (2004) o primeiro trecho, e de Osvaldo Paulino da Silva. Ressalta-se,
ainda, que parte da propriedade da Bunge Alimentos e TGSC tem diagnóstico arqueológico
prospectivo (Alves & Martins, 2008), complementado por Alves (2009). O terreno confrontante a leste
foi prospectado por Alves & Martins (2007). A rodovia BR-280 foi alvo de diagnóstico arqueológico
sob responsabilidade de Bandeira & Alves (2008).

Assim, para efeito deste diagnóstico arqueológico, considerando-se as características da obra (linear)
pretende-se prospectar a área com a seguinte abordagem, tomando-se como referencial Plog et al
(1978):

Área Diretamente Afetada (ADA), a ser considerada a faixa de rolamento com 1.338,51
metros de extensão por 20 metros de largura, deverá ser percorrida integralmente com
estabelecimento de um transect no meio da faixa, e sondagens subsuperficiais em intervalos de
25 metros. Sendo encontrado vestígio cultural, mais sondagens subsuperficiais serão abertas,
objetivando a caracterização e relevância da evidência e se configura sítio arqueológico.

Área de Influência Direta (AID), a ser considerada uma faixa de 20m em cada margem da
faixa de rolamento, deverá ser percorrida integralmente, com prospecção superficial,
especialmente em afloramentos rochosos a margem da baia.

Área de Influência Indireta (AII) – aqui considerada aquela correspondente a ilha de São
Francisco. Informações serão levantadas com base em informações orais, documentação
secundária e bibliografia disponível sobre a ocorrência de assentamentos humanos pretéritos.

A princípio deve-se considerar o conceito de sítio em seu sentido mais genérico, ou seja, como local
com evidências arqueológicas, independente do percentual de vestígios coletados. A significância dos
sítios, considerando-se o potencial informativo acerca da sociedade que os construíram, só poderá ser
definida com prospecções mais refinadas, com escavação extensiva, não sendo o caso para o presente
projeto. Todos os locais com evidências materiais (artefatuais e ecofatuais) deverão ser prospectados a
fim de se confirmar e delimitar o sítio enquanto unidade social.

Terminado o levantamento, deve-se apontar, sob o ponto de vista do patrimônio arqueológico, o grau
do impacto em sítios localizados, ou a sua ausência, e as medidas a serem tomadas.

A realização de diagnóstico arqueológico prospectivo na área de estudo depende de autorização do


IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Dessa forma, um Projeto de
Diagnóstico Arqueológico foi encaminhado à 11ª Superintendência Estadual do IPHAN para
aprovação. A autorização concedida pelo IPHAN deve ser publicada no Diário Oficial da União –
DOU.

Após a realização do levantamento prospectivo será elaborado o Relatório de Diagnóstico


Arqueológico para ser submetido à avaliação do IPHAN, que então se pronunciará sobre possíveis
medidas para proteção do Patrimônio Histórico e Arqueológico local.

A solicitação de pesquisa foi protocolada no IPHAN sob nº 01510.001564/2012-14 (em anexo),


porém, até a presente data, o IPHAN não realizou a publicação da autorização para realização do
diagnóstico em questão.

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Entretanto, essa condição não deve impedir a emissão de licenças ambientais, conforme determina a
Portaria Interministerial nº 419 do Ministério do Meio Ambiente, de 26 de outubro de 2011:

“Art. 6º - Os órgãos e entidades envolvidos no licenciamento ambiental deverão


apresentar ao Ibama manifestação conclusiva sobre o Estudo Ambiental exigido
para o licenciamento, nos prazos de até 90 (noventa) dias no caso de EIA/Rima e
de até 30 (trinta dias) nos demais casos, a contar da data do recebimento da
solicitação, considerando: (...)

III - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Iphan - Avaliação


acerca da existência de bens acautelados identificados na área de influência
direta da atividade ou empreendimento, bem como apreciação da adequação das
propostas apresentadas para o resgate. (...)

§ 4º - A ausência de manifestação dos órgãos e entidades envolvidos, no prazo


estabelecido, não implicará prejuízo ao andamento do processo de
licenciamento ambiental, nem para a expedição da respectiva licença.

§ 5º - A manifestação extemporânea dos órgãos e entidades envolvidos será


considerada na fase em que se encontrar o processo de licenciamento. (grifo
nosso)”

Quando emitido o parecer técnico do IPHAN, este será encaminhado ao órgão ambiental para ser
juntado no processo de licenciamento ambiental.

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6. PLANOS E PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS

6.1. ESFERA FEDERAL

A) PLANO NACIONAL DE GERENCIAMENTO COSTEIRO (PNGC)

A Lei Federal no 7.661, de 16 de maio de 1988, instituiu o Plano Nacional de Gerenciamento


Costeiro, instrumento integrante da Política Nacional para os Recursos do Mar (PNRM) e da Política
Nacional do Meio Ambiente (PNMA).

O PNGC visa especificamente orientar a utilização racional dos recursos da Zona Costeira, propondo
um ordenamento da ocupação dos espaços litorâneos, de forma a contribuir para a melhoria da
qualidade de vida da população e a proteção dos patrimônios natural, histórico, étnico e cultural.

Um dos objetivos do PNGC é prever a criação de unidades de conservação permanentes em


conformidade com a legislação atual, a fim de evitar a degradação ou o uso indevido dos ecossistemas,
do patrimônio e dos recursos naturais da Zona Costeira.

De acordo com a Lei no 7.661/88, as praias são bens públicos de uso comum do povo, o que assegura,
sempre, o livre e franco acesso a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido, ressalvados os trechos
considerados de interesse da Segurança Nacional ou incluídos em áreas protegidas por legislação
específica.

Por intermédio do Grupo de Coordenação do Gerenciamento Costeiro (COGERCO), a Lei previu


mecanismos de atualização do PNGC fazendo com que os detalhamentos e a operacionalização do
Plano fossem objetos da Resolução nº 01/90 da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar
(CIRM), de 21/11/90, aprovada após audiência do Conselho Nacional de Meio Ambiente
(CONAMA).

O Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro (GERCO) tem o objetivo de operacionalizar o Plano


Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC), com o propósito de planejar e gerenciar, de forma
integrada, descentralizada e participativa, as atividades socioeconômicas na Zona Costeira, de forma a
garantir a utilização sustentável, por meio de medidas de controle, proteção preservação e recuperação,
dos recursos naturais e ecossistemas costeiros.

Entre as ações programadas pelo PNGC está a sua compatibilização com as políticas públicas que
incidam sobre a Zona Costeira, entre outras, a industrial, de transportes, de ordenamento territorial,
dos recursos hídricos, de ocupação e de utilização dos terrenos de marinha, seus acrescidos e outros de
domínio da União, de unidades de conservação, de turismo e de pesca, de modo a estabelecer
parcerias, visando a integração de ações e a otimização de resultados.

Também está elencada a promoção, de forma participativa, da elaboração e implantação dos Planos
Estaduais e Municipais de Gerenciamento e dos Planos de Gestão, envolvendo ações de diagnóstico,
monitoramento e controle ambiental, visando integrar o poder público, a sociedade organizada e a
iniciativa privada.

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Assim que estiver legalmente estabelecido, o Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro (PEGC), irá
explicitar os desdobramentos do PNGC, visando a implementação da Política Estadual de
Gerenciamento Costeiro, incluindo a definição das responsabilidades e procedimentos institucionais
para a sua execução.

O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro (PMGC), por sua vez, deverá explicitar os
desdobramentos dos Planos Nacional e Estadual visando a implementação da Política Municipal de
Gerenciamento Costeiro, incluindo as responsabilidades e os procedimentos institucionais para a sua
execução. O PMGC deve apresentar estreita relação com os planos de uso e ocupação territorial e
outros pertinentes ao planejamento municipal.

Em 7 de dezembro de 2004 foi assinado o Decreto Federal no 5.300, que regulamenta a Lei no 7.661,
de 16 de maio de 1988, que institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC), dispõe
sobre regras de uso e ocupação da zona costeira e estabelece critérios de gestão da orla marítima, e dá
outras providências.

B) PLANO DE AÇÃO FEDERAL (PAF)

O PAF visa o planejamento de ações estratégicas para a integração de políticas públicas incidentes na
zona costeira, buscando responsabilidades compartilhadas de atuação e estabelecendo o referencial
acerca da atuação da União na região, com uma síntese das concepções e responsabilidades federais
para o seu planejamento e a sua gestão, definidos a partir da avaliação dos aspectos legais, materiais e
estratégicos dessa atuação, além dos encargos colocados pelos compromissos internacionais firmados
pelo país.

Neste contexto, espera-se que a aplicação dos instrumentos e procedimentos técnicos do Projeto Orla,
em especial aqueles resultantes do diagnóstico e implementação dos planos de intervenção, promovam
o alcance de benefícios nos três níveis de gestão territorial:

NACIONAIS

Atendendo aos propósitos de uma ação convergente do poder público, no sentido de valorizar o
conceito do patrimônio coletivo da orla, revertendo a lógica da “privatização dos benefícios e
socialização dos prejuízos”, dando um significado estratégico à formação da cidadania, pois envolve,
entre outros, um dos espaços de maior significado simbólico para os brasileiros, as praias.

A garantia de acesso às praias, como bem público, e, consequentemente, a manutenção da função


social dessa faixa altamente valorizada do território nacional, necessita ser enriquecida pela
responsabilidade municipal na gestão, ampliando as possibilidades de solução de conflitos de uso e a
reversão dos processos de degradação.

REGIONAIS

Permitindo com que o uso adequado da orla potencialize esse ativo natural, como elemento para o
desenvolvimento do turismo, para a manutenção de recursos estratégicos e para a implantação de
infraestrutura de interesse para o crescimento econômico regional.

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LOCAIS

Valorizando a paisagem, os atrativos turísticos e a proteção física, como elementos fundamentais para
o convívio social da orla, propiciando a geração de pequenos negócios compatíveis com a conservação
e utilização sustentável da biodiversidade local.

C) PROJETO ORLA

O Projeto Orla é uma iniciativa do governo federal, supervisionado pelo Grupo de Integração do
Gerenciamento Costeiro (GI-GERCO) da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM),
tendo como coordenadores a Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos do
Ministério do Meio Ambiente (SQA/MMA) e a Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão (SPU/MP).

O objetivo primeiro do projeto é compatibilizar a política ambiental e patrimonial do governo federal


no trato dos espaços litorâneos sob propriedade ou guarda da União, buscando, inicialmente, dar uma
nova abordagem ao uso e gestão dos terrenos e acrescidos de marinha, como forma de consolidar uma
orientação cooperativa e harmônica entre as ações e políticas praticadas na orla marítima.

O Projeto Orla introduz uma ação sistemática de planejamento da ação local visando repassar
atribuições da gestão deste espaço, atualmente alocada no governo federal, para a esfera do município,
incorporando normas ambientais na política de regulamentação dos usos dos terrenos e acrescidos de
marinha, buscando aumentar a dinâmica de mobilização social neste processo.

Trata-se, portanto, de uma estratégia de descentralização de políticas públicas, enfocando um espaço


de alta peculiaridade natural e jurídica: a Orla Marítima.

São objetivos estratégicos do Projeto Orla:

- Fortalecer a capacidade de atuação e a articulação de diferentes atores do setor público e


privado na gestão integrada da orla, aperfeiçoando o arcabouço normativo para o ordenamento
de uso e ocupação desse espaço;

- Desenvolver mecanismos institucionais de mobilização social para sua gestão integrada;

- Estimular atividades socioeconômicas compatíveis com o desenvolvimento sustentável da


orla.

As bases para desenvolvimento destes objetivos estão de acordo com a fundamentação legal presente
no próprio texto constitucional, que reafirma o caráter público das praias e a propriedade estatal dos
terrenos e acrescidos de marinha, estabelecendo atribuições e competências na defesa do patrimônio
natural e cultural do país.

Assim, o Projeto Orla apóia-se diretamente em dois documentos legais que amparam de forma integral
seus objetivos e ações, a saber: a Lei 7.661 de 1988 e a Lei 9.636 de 1998, e no Plano de Ação Federal
para a Zona Costeira.

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D) AVALIAÇÃO E AÇÕES PRIORITÁRIAS PARA A CONSERVAÇÃO DA


BIODIVERSIDADE DAS ZONAS COSTEIRA E MARINHA

O Governo Federal, através do Ministério do Meio Ambiente, publicou no ano de 2002 os resultados
do diagnóstico sobre a diversidade biológica marinha e costeira do Brasil, realizado em parceria com
órgãos e instituições ligadas ao meio ambiente, intitulado: “Avaliação e Ações Prioritárias para a
Conservação da Biodiversidade das Zonas Costeira e Marinha”.

O objetivo principal do estudo foi fornecer ao Governo Federal a base científica necessária para
instruir estratégias de uso econômico, implantar novas áreas protegidas e auxiliar os estados e
municípios na gestão integrada das zonas costeira e marinha.

Avalia-se que estas regiões apresentem uma biodiversidade maior que aquela existente na parte
terrestre do país. Além disso, as atividades econômicas realizadas nessas áreas, especialmente a pesca,
geram cerca de 800 mil empregos, dos quais dependem mais de 4 milhões de pessoas.

A Zona Costeira do Brasil é uma unidade territorial que compreende uma faixa de 8.698 km de
extensão, com largura variável, contemplando um conjunto de ecossistemas contíguos sobre uma área
de aproximadamente 388.000 km². Atinge 17 estados e mais de 400 municípios, de norte a sul do país.
Inclui também a faixa marítima formada pelo mar territorial, com largura de 12 milhas náuticas a
partir da linha da costa.

Essa faixa concentra quase um quarto da população do País, em torno de 36,5 milhões de pessoas
(IBGE 1996), com uma densidade média de 87 hab/km², cinco vezes superior à média nacional (17
hab./km²). Treze das dezessete capitais dos estados litorâneos situam-se à beira-mar e as atividades
econômicas costeiras são responsáveis por cerca de 70% do PIB nacional.

As Zonas Costeiras são regiões de transição ecológica entre os ecossistemas terrestres e marinhos,
desempenhando papel de extrema relevância para a sustentação da vida no mar. Seu caráter de
fragilidade requer atenção especial do poder público.

As condições ambientais favoráveis, como: concentração de nutrientes, escala térmica, salinidade


variável e condições de abrigo e suporte a inúmeras espécies da fauna, justificam a preocupação com a
conservação ambiental dessas áreas, que são caracterizadas como as regiões mais ameaçadas do
planeta.

Na Zona Costeira brasileira podem ser encontradas áreas com intensa urbanização, atividades
portuária e industrial relevantes, e exploração turística em larga escala, como é o caso das metrópoles
e centros regionais litorâneos que, em sua maior parte, localizam-se em áreas estuarinas e baías.

Entretanto, esses espaços são permeados por áreas de baixa densidade de ocupação e ocorrência de
ecossistemas de grande significado ambiental, que são objeto de acelerado processo de ocupação,
demandando ações preventivas, de direcionamento das tendências associadas à dinâmica econômica
emergente (a exemplo do turismo e da segunda residência) e o reflexo desse processo na utilização dos
espaços e no aproveitamento dos respectivos recursos.

Nas duas situações, o elemento comum está na diversidade dos problemas, na fragilidade dos
ambientes encontrados e na complexidade de sua gestão.

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A Zona Marinha tem início na região costeira e compreende a plataforma continental marinha e a
Zona Econômica Exclusiva (ZEE) que, no caso do Brasil, estende-se até 200 milhas da costa.

Esta Zona é ambientalmente menos vulnerável, já que oferece maior resistência à ação antrópica, em
função de suas profundidades, correntes marinhas e especialmente pela grande distância entre esta e as
áreas terrestres densamente ocupadas.

No trabalho apresentado, as diversas áreas do litoral brasileiro, consideradas prioritárias para


conservação foram classificadas em quatro categorias:

- Categoria A – área de extrema importância biológica;


- Categoria B – área de muito alta importância biológica;
- Categoria C – área de alta importância biológica e
- Categoria D – áreas insuficientemente conhecidas, mas de provável importância biológica.

Critérios como “grau de comprometimento” e “grau de ameaça potencial”, além da “capacidade


institucional” própria de cada área foram também utilizados como elementos de definição de ações e
como elementos de recomendação.

A Ilha de São Francisco foi considerada área de extrema importância para a conservação da
biodiversidade da zona costeira, inclusive com recomendação para implantação de Unidades de
Conservação na região.

A Baía da Babitonga foi considerada de extrema importância biológica na conservação de manguezais.

No que se refere à Praia Grande, em São Francisco do Sul, esta mereceu destaque, sendo considerada
prioritária para conservação pela sua provável importância biológica, apesar de insuficientemente
conhecida.

As restingas de São Francisco do Sul, por sua vez, foram classificadas como área de muito alta
importância biológica. Além disso, a pressão antrópica na área em estudo foi considerada baixa.

Quanto ao Arquipélago dos Tamboretes, este foi classificado como área prioritária de extrema
importância biogeográfica, com fauna e flora diversificadas de costões rochosos. Aparecendo também
como área de reprodução da ictiofauna e de nidificação de aves marinhas.

E) AGENDA AMBIENTAL PORTUÁRIA

Em 31 de outubro de 1996 a Câmara de Políticas de Infraestrutura, presidida pela Casa Civil da


Presidência da República, aprovou o Plano de Ação Governamental para o Sub-setor Portuário (PAG),
elaborado pelo Grupo Executivo para Modernização dos Portos (GEMPO), documento básico da 2a
fase do Programa Integrado de Modernização Portuária (PIMOP).

O PAG é um documento de coordenação a ser utilizado nas fases de planejamento, execução e


controle das ações a serem empreendidas nos diversos setores da administração pública ligados às
atividades portuárias. Na sua concepção foram considerados os quatorze objetivos principais do
PIMOP, dentre os quais se destaca a “Recuperação e modernização da infraestrutura portuária e
melhoria de seu desempenho operacional”. Entre as ações serem empreendidas encontra-se a
“Adequação do Sub-setor aos novos parâmetros ambientais vigentes no País” (No. 3 do Objetivo II).

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A Agenda Ambiental Portuária (1998) relata que a modernização portuária traz em seu bojo
investimentos significativos, principalmente pelo setor privado, direcionados para novas instalações e
para ampliações das já existentes, o que pode ser constatado no Programa Brasil em Ação: construção
do Porto de Pecém, ampliação dos Portos de Santos e Suape e obras de infraestrutura, com dragagem,
do Complexo Portuário de Sepetiba.

Tais empreendimentos, além das operações portuárias de rotina realizadas nas diversas instalações
portuárias, incluindo os terminais marítimos, reconhecidamente apresentam grande potencialidade de
geração de impactos ambientais de diversas naturezas, e para que a administração pública possa
manter o competente controle desses impactos, torna-se imprescindível que as ações sejam
desenvolvidas de forma descentralizada e desburocratizada.

Dentre os impactos possíveis de acontecer pode-se relacionar os seguintes:

A indução de ocupação de áreas retroportuárias e de áreas adjacentes aos eixos de transporte, o


adensamento da ocupação existente e o desenvolvimento de atividades industriais e agrícolas trazem,
como desdobramento uma gama de impactos aos ecossistemas costeiros.

Tais impactos, considerados como indiretos da atividade portuária, devem ser levados em conta nas
avaliações tendo em vista, sobretudo, medidas preventivas a serem implantadas por meio de
instrumentos de planejamento e gestão ambiental.

A ocorrência de impactos, diretos ou indiretos, gera conflitos diversos, caracterizados por interesses
concorrentes, envolvendo principalmente os setores de pesca, turismo e lazer, expansão urbana e
proteção ambiental.

Orientado pelas diretrizes estabelecidas pelo Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC), o
Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro (GERCO) vem há vários anos trabalhando a realidade
da Zona Costeira, tendo desenvolvido, de forma descentralizada e com a participação dos 17 estados
costeiros, diagnósticos, zoneamentos e planos de gestão. Os impactos acima relacionados ficam
evidentes no “Macrodiagnóstico da Zona Costeira na escala da União” (1996), trabalho elaborado no
escopo do GERCO.

O Grupo de Integração do Gerenciamento Costeiro (GI-GERCO), instituído através da Portaria no 440,


do Ministro de Estado da Marinha e Ministro Coordenador da Comissão Interministerial para os
Recursos do Mar (CIRM), e que tem como competência promover a articulação das ações federais
incidentes na Zona Costeira, elaborou o “Plano de Ação Federal para a Zona Costeira do Brasil”,
visando orientar as ações do Governo Federal. Nesse Plano, um conjunto de ações específicas refere-
se ao setor portuário, destacando a necessidade e importância da presente Agenda Ambiental
Portuária.

O GI-GERCO, promovendo a discussão sobre o setor portuário, deliberou pela criação de um grupo de
trabalho específico para o assunto.

Dessa forma, em 19 de março de 1998 foi criado, por meio da Portaria no 005 do Secretário da CIRM,
o “Subgrupo de Trabalho para preparação de uma Agenda Ambiental Portuária", com incumbência de
preparar uma Agenda Ambiental para adequação do setor portuário aos parâmetros ambientais
vigentes no país, visando o estabelecimento de mecanismos que possibilitem o acompanhamento e o
cumprimento das normas de preservação ambiental em todos os portos e instalações portuárias; e
envolvendo especificamente:

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- Procedimentos visando a elaboração de planos de contingência para preparação e resposta


em caso de acidentes;

- Procedimentos de monitoramento e controle ambiental da atividade portuária;

- Orientações gerais de caráter ambiental para a expansão do subsetor; e

- Mecanismos de correção ambiental nos portos e instalações portuárias.

F) AGENDA PORTOS

Conforme informa o site do Ministério dos Transportes do Brasil, em meados de 2004 foram iniciadas
atividades de pesquisa nos principais portos brasileiros para ações emergenciais de melhoria de
desempenho, sob a coordenação da Casa Civil da Presidência da República, com a participação dos
seguintes Ministérios: Transportes, Agricultura, Desenvolvimento Indústria e Comércio, Fazenda
Planejamento, e Meio Ambiente.

As visitas e pesquisas resultaram em um plano emergencial de investimentos denominado Agenda


Portos e na MP no 217, de 27 de setembro de 2004, que posteriormente foi convertida na Lei
Orçamentária no 11.093 de 12 de janeiro de 2005, publicada em 13/01/2005.

A Agenda Portos teve como produto a Portaria no 977, de 16/12/04, e a Portaria no 978, 16/01/2005,
ambas da Casa Civil da Presidência da República. A primeira constituiu grupo técnico interministerial
para coordenar, acompanhar e monitorar as ações emergenciais e prioritárias nos principais portos
brasileiros e a segunda designou os seus membros.

A Portaria MT no 33, de 24 de fevereiro de 2005, institui no âmbito do Ministério dos Transportes,


Grupo de Trabalho Permanente (GTP - Portos), com a incumbência de acompanhar e monitorar as
ações emergenciais e prioritárias nos portos do País. O GTP - Portos é composto de cinco membros
titulares e seus respectivos suplentes, que acompanharão as ações nos Portos de Santos, Salvador,
Aratu, Itajaí, São Francisco do Sul, Paranaguá, Rio Grande, Itaqui, Rio de Janeiro, Sepetiba e Vitória e
estará sob a coordenação do DEPTA (Departamento de Programas de Transportes Aquaviários) da
Secretaria de Gestão dos Programas de Transportes do Ministério dos Transportes.

O Projeto Piloto, estava previsto no Orçamento da União/2005, por meio da Lei no 11.100, de 25 de
janeiro de 2005, publicada no DOU de 26/01/2005, cujos programas inerentes a área portuária, serão
acompanhados pelo DEPTA, conforme o regimento definido pela Portaria no 399/MT de 14/07/2004,
publicada no DOU de 26/07/2004 Seção I, pagina 110, no Capítulo III, artigo 7o, incisos de I a VI.

G) PROGRAMA DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO URBANO


(PROGRAMA MONUMENTA)

Conforme informa o site do Ministério da Cultura (www.monumenta.gov.br), o Monumenta é um


programa estratégico do Ministério da Cultura, que tem um conceito inovador e procura conjugar
recuperação e preservação do patrimônio histórico com desenvolvimento econômico e social. Ele atua
em cidades históricas protegidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

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Sua proposta é agir de forma integrada em cada um desses locais, promovendo obras de restauração e
recuperação dos bens tombados e edificações localizadas nas áreas de projeto, bem como atividades de
capacitação de mão-de-obra especializada em restauro, formação de agentes locais de cultura e
turismo, promoção de atividades econômicas e programas educativos.

O Monumenta, que conta com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o


apoio da UNESCO, procura garantir condições de sustentabilidade do Patrimônio. Objetivo a ser
alcançado com a geração de recursos para o equilíbrio financeiro das atividades desenvolvidas e que
mantenham conservados os imóveis da área do projeto. Com isto, facilita a manutenção das
características originais dos bens, sem que sejam necessários futuros aportes de recursos públicos.
Uma das estratégias para atingir essa meta é estabelecer novos usos para os imóveis e monumentos
recuperados.

O Programa Monumenta tem proporcionado uma série de resultados que contribuem para o
cumprimento do programa de Governo, ativando a economia das cidades pela ocupação e geração de
renda da população e pela capacitação de mão-de-obra específica. Um dos objetivos é permitir que o
patrimônio histórico e artístico com proteção federal tenha suas características restauradas e que, cada
vez menos, dependa de recursos federais para sua conservação.

A descoberta do patrimônio cultural como fonte de conhecimento e de rentabilidade financeira vem


transformando essas áreas em pólos culturais, incentivando a economia por meio do incremento do
turismo cultural e geração de empregos. O Programa conta com apoio dos estados e municípios, de
forma que suas intervenções afetem, direta e indiretamente, a economia, a educação e a cultura local, e
facilitem, assim, a inclusão cultural, social e econômica da população.

H) PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO (PAC)

De acordo com o site do Ministério dos Transportes (www.transportes.gov.br), o Programa de


Aceleração do Crescimento - PAC, instituído pelo Decreto nº 6.025, de 22/01/2007, abrange medidas
de:

Estímulo ao investimento privado;


Ampliação dos investimentos públicos em infraestrutura; e
Melhoria da qualidade do gasto público.

O conjunto de investimentos do programa está organizado em três eixos decisivos:

1. Infraestrutura Logística, envolvendo a construção e ampliação de rodovias, ferrovias, portos,


aeroportos e hidrovias;
2. Infraestrutura Energética, correspondendo à geração e transmissão de energia elétrica, produção,
exploração e transporte de petróleo, gás natural e combustíveis renováveis; e
3. Infraestrutura Social e Urbana, englobando saneamento, habitação, metrôs, trens urbanos,
universalização do programa Luz para Todos e recursos hídricos.

Com a finalidade de coordenar as ações necessárias à implementação do PAC e sua execução, foi
criado o Comitê Gestor do PAC (CGPAC), composto atualmente pelos Ministros da Fazenda e do
Planejamento, Orçamento e Gestão. Para consolidar as ações, estabelecer metas e acompanhar os
resultados de implementação e execução do Programa, foi instituído o Grupo Executivo do PAC
(GEPAC).

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O GEPAC é integrado pela Secretaria de Orçamento Federal (Planejamento), Secretaria de


Planejamento e Investimentos Estratégicos (Planejamento), Secretaria Nacional do Tesouro (Fazenda)
e Secretaria de Política Econômica (Fazenda). O resultado dos trabalhos de acompanhamento do
programa pode ser visualizado nos Balanços Periódicos disponibilizados pelo Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão.

Na fase do PAC 1, que durou até 2010, promoveu-se o planejamento e a execução de grandes obras,
fazendo o País crescer e se desenvolver de forma acelerada e sustentada. Agora, o PAC 2 tem a missão
de manter a roda da economia girando, investindo em obras e ações que diminuem as desigualdades e
geram ainda mais qualidade de vida para os brasileiros.

As solicitações de empenho para as ações do PAC são tramitadas periodicamente por meio do SisPAC
- Sistema de Monitoramento do Programa de Aceleração do Crescimento, sob gestão do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, conforme Decreto nº 6.394, de 12/03/2008.

Cabe ao Ministério dos Transportes, por meio da Secretaria de Gestão dos Programas de Transportes –
SEGES, o acompanhamento, nos programas de Infraestrutura Logística, de ações e metas físicas que
contemplaram - na primeira fase do PAC, investimentos de aproximadamente R$ 40 bilhões e cerca de
1.500 ações entre obras, manutenção e projetos:

Rodovias: 4.731 km – R$ 27,7 bilhões


Marinha Mercante: Financiamento de 218 embarcações e 2 estaleiros – R$ 11,2 bilhões
Ferrovias: 356 km – R$ 1,14 bilhão
Portos: 4 empreendimentos – R$ 123,7 milhões
Hidrovias: 3 terminais – R$ 8,3 milhões

Em 2010, compondo uma ação de Estado, a segunda fase do PAC foi estabelecida com os seguintes
objetivos:

Manter o legado do planejamento dos investimentos necessários ao crescimento econômico


permanente do país;
Garantir a previsibilidade dos investimentos que deverão ser feitos no médio prazo;
Fornecer subsídios para o Orçamento de 2011.

O PAC 2 incluiu novos projetos com investimentos para o período 2011-2014 e pós-2014 com
desafios de gestão, tais como o aperfeiçoamento dos modelos setoriais: concessão de rodovias e
ferrovias, hidrovias, navegação de cabotagem, no que tange ao Ministério dos Transportes.

Os 3 eixos estabelecidos anteriormente foram subdivididos propiciando a criação do PAC


Transportes para consolidar e ampliar a rede logística, interligando os diversos modais, garantindo
qualidade e segurança.

Até dezembro de 2011, na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) foram
investidos R$ 14,9 bilhões no setor Transportes, sendo R$ 14,7 bilhões no PAC. Destes, R$ 6,1
bilhões foram para a conclusão de 628 km em rodovias.

Em 2012, o orçamento total é de R$ 21,9 bilhões sendo para o PAC R$ 19,8 bilhões. Subdivide-se em:

Rodovias: R$13,6 bilhões total sendo R$11,8 bilhões PAC, sendo:


Recuperação e Manutenção: R$ 4,8 bilhões;
Construção/Adequação: R$ 8,8 bilhões total sendo R$ 6,5 bilhões PAC;

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Outros Investimentos Rodoviários: R$ 0,2 bilhão.


Ferrovias: R$ 2,8 bilhões total, sendo R$ 2,6 bilhões PAC.
Hidrovias: R$ 0,4 bilhões total, sendo R$ 0,3 bilhão PAC.
Marinha Mercante: R$ 4,3 bilhões total sendo R$ 4,3 bilhões PAC.

Atualmente, o Programa está intervindo em 6.860 km de rodovias, com obras de duplicação ou


adequação em 2.293km e obras de construção e pavimentação em 4.567 km. Na malha rodoviária, há
4.081 km sendo restaurados, 29.528 km sendo atendidos por serviços de conservação e 20.222 km
sendo beneficiados com contratos de restauração.

Nas ferrovias, mais de 3 mil quilômetros de estradas de ferro estão sendo construídas.

No setor hidroviário estão em andamento os projetos para recuperação e adequação de oito corredores
hidroviários, incluindo-se aí obras de dragagens, derrocamentos, sinalização, ampliação de terminais
de carga, recuperação de portos fluviais e implantação de barragens e eclusas.

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6.2. ESFERA ESTADUAL

A) PLANO ESTADUAL DE GERENCIAMENTO COSTEIRO

Conforme determinações do Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, os Estados, na esfera de suas


competências e nas áreas de sua jurisdição, deverão planejar e executar atividades de Gerenciamento
Costeiro em articulação intergovernamental, com os municípios e com a sociedade.

Além disso, deverão estruturar, implementar, executar e acompanhar os programas de monitoramento,


cujas informações devem ser consolidadas periodicamente em Relatório de Qualidade Ambiental da
Zona Costeira Estadual, bem como promover o fortalecimento das entidades diretamente envolvidas
no Gerenciamento Costeiro, mediante apoio técnico, financeiro e metodológico.

O Estado de Santa Catarina contratou o IBGE para elaborar o “Projeto Gerenciamento Costeiro –
Diagnóstico Ambiental do Litoral de Santa Catarina”, cujo Relatório Final foi publicado em 1998.

O estudo dividiu os 513 km de extensão do litoral catarinense em três setores: sul, centro e norte. No
setor norte do Estado, o município de São Francisco do Sul aparece caracterizado como classe média
na qualidade de vida, por apresentar número reduzido e médio de problemas socioeconômicos, com
percentual reduzido de problemas graves para o cidadão e com pressão média das atividades turísticas.

Ainda com relação à região de São Francisco do Sul, o Governo Estadual, através da Secretaria de
Estado do Desenvolvimento Social, Urbano e Meio Ambiente, publicou em 1999 o trabalho “Síntese
do Zoneamento Ecológico-Econômico da Região Hidrográfica da Baixada Norte Catarinense”.
Este estudo tinha como objetivo apresentar um diagnóstico das condições físicas e socioeconômicas da
região, representando ainda um instrumento de negociação e ajuste entre as diversas propostas de
desenvolvimento regional.

A partir do diagnóstico socioambiental, seriam elaboradas propostas alternativas para a gestão do


desenvolvimento regional, contando com a participação da sociedade local em todas as fases do
processo, particularmente na escolha de alternativas e na forma de implementação.

A Região Hidrográfica da Baixada Norte Catarinense (RH 6), está situada na região nordeste do estado
de Santa Catarina, compreendendo uma área de 5.138 km2 e uma população total de aproximadamente
626 mil habitantes (IBGE, 1996), distribuídos em 13 municípios: Araquari, Balneário Barra do Sul,
Barra Velha, Corupá, Garuva, Guaramirim, Itapoá, Jaraguá do Sul, Joinville, Massaranduba, São
Francisco do Sul, São João do Itaperiú e Schroeder.

Entre as diretrizes e ações propostas no trabalho para o desenvolvimento regional estão a delimitação e
o zoneamento das áreas de proteção ambiental e de remanescentes da Mata Atlântica, compreendendo
as de proteção legal (serras, morros, nascentes e margens de rios e feições litorâneas), os parques e
reservas e áreas de proteção de mananciais para o abastecimento urbano. Bem como, o incentivo a
formação de espaços verdes destinados à preservação, ao lazer e principalmente ao turismo rural e
ecológico.

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Além das áreas de preservação estabelecidas pela legislação federal, o documento alerta para aquelas
estabelecidas pela legislação ambiental estadual, que considera áreas de proteção especial os
promontórios, as ilhas fluviais e as ilhas costeiras e oceânicas, quando cedidas pelo governo federal,
assim como os estuários e lagunas.

No caso de São Francisco do Sul, o estudo sugere preservar a vegetação nativa litorânea remanescente
que, segundo ele, ocupa consideráveis áreas do litoral deste município, além de aproveitar o grande
potencial da Baía da Babitonga para o turismo náutico e cultural e as feições litorâneas e o
remanescente de mata nativa para o turismo ecológico.

Em 16 de novembro de 2005 foi promulgada a Lei Estadual 13.553 que instituiu o Plano Estadual de
Gerenciamento Costeiro e em 22 de dezembro de 2006 o Decreto Estadual 5.010 regulamentou o
Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro.

Na regulamentação, a faixa costeira do estado foi composta pela área dos 36 municípios costeiros e
subdividida em 5 setores. São Francisco do Sul está inserido no Setor 1 - Litoral Norte, junto com os
municípios de Araquari, Balneário Barra do Sul, Garuva, Itapoá, Joinville e Barra Velha.

B) MASTER PLAN DE SANTA CATARINA

O Master Plan (FUB, 2007) é uma ação de planejamento territorial orientada com vistas a eliminar os
entraves ao desenvolvimento do estado e promover novos focos de dinamismo à sua economia; quer
se restabelecer o processo de planejamento como uma política administrativa permanente do Estado,
no seu papel de indutor do desenvolvimento e das atividades privadas consequentes, a fim de
materializar as potencialidades manifestas de sua economia real.

Buscou-se identificar, com o Master Plan, pontos de atuação do Governo do Estado que pudessem, de
maneira rápida e efetiva, contornar os gargalos que dificultam o desenvolvimento socioeconômico da
população catarinense. Alguns pontos nucleares foram sugeridos no relatório preliminar “Indicações
Estratégicas”, que indicou uma diretriz promissora a ser seguida pelo Governo na sua ação indutora de
investimentos e desenvolvimento.

Portanto, o Master Plan não é um plano de desenvolvimento no sentido clássico, como normalmente
esses planos são apresentados. Essa não foi a tarefa cometida aos consultores encarregados do
trabalho. Preferencialmente, a consultoria respondeu a questões estratégicas formuladas sobre a
retomada do desenvolvimento no estado, capitaneada pelo Governo Estadual. Nos aspectos
selecionados, foram sugeridas ações críticas que pudessem dinamizar a economia catarinense, já com
sinais de esgotamento.

Dentre as áreas sugeridas pelos consultores, e aprovadas pelo alto escalão do Governo, 4 (quatro)
delas foram examinadas: Logística de Transportes, Ciência & Tecnologia, Energia e Finanças.
Aquelas que demonstraram maiores perspectivas são as de Logística e Tecnologia; Energia não é um
fator crítico no estado e o aspecto financeiro é decorrente dos demais fatores a serem escolhidos.
Mesmo assim, algumas sugestões foram feitas sobre essas dimensões, mas que dependerão,
obviamente, de decisão política do Governo.

Na dimensão “Logística de Transportes”, foram analisadas as características do transporte multimodal


no estado, no contexto nacional e internacional, frente aos cenários que se desenham no contexto
globalizado e sugeridas ações para recuperar a competitividade catarinense.

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Em síntese, como um produto do planejamento territorial orientado para o desenvolvimento


sustentável, o Master Plan de SC concentra-se em identificar clusters produtivos exportadores e
cadeias logísticas multimodais integradas, corredores de exportação de alta capacidade e eficiência, de
modo a prover alta conectividade sistêmica e provocar o desenvolvimento de outras dimensões
relevantes para a qualidade de vida da população, como: educação, saúde e segurança. O enfoque de
“eixos de integração e desenvolvimento” contempla esses objetivos, por meio da coordenação
macroeconômica (em nível macro-regional) da infraestrutura. Em adição, foram propostos projetos-
âncora que pudessem concretizar esses conceitos.

Os portos representam a parte mais crítica da infraestrutura logística do Estado de Santa Catarina, por
estarem próximos da saturação. Um aspecto crítico que afeta o sistema portuário do Estado é a falta de
uma visão estratégica integrada do sistema.

Em termos mundiais, a tendência em serviços portuários indica maior demanda por serviços logísticos
integrados, maior concorrência entre seus fornecedores e maiores exigências de eficiência por parte
dos consumidores para poder competir num mundo globalizado. Por parte da sociedade, existe uma
demanda maior pela preservação do meio ambiente e coordenação entre as atividades do porto e a
comunidade local. Adicionalmente, o setor público que historicamente foi o financiador do
desenvolvimento portuário apresenta fortes restrições orçamentárias, impedindo a manutenção dos
níveis de investimentos à preservação da competitividade dos portos. Essas tendências resultam em
pressões crescentes para que os portos se tornem competitivos e financeiramente auto-sustentáveis, ao
mesmo tempo em que devem continuar exercendo suas funções sociais.

Historicamente, os portos catarinenses evoluíram sem um planejamento de longo prazo, investindo


sempre topicamente na eliminação de gargalos e incrementos pontuais da infraestrutura, em função
apenas da eventual capacidade de cada administração de mobilizar recursos públicos. Em um mundo
globalizado e altamente competitivo, tal abordagem é insustentável no longo prazo, condenando
inexoravelmente os portos que assim se desenvolverem, a perder competitividade ao longo do tempo.

O Governo de Santa Catarina tem a oportunidade de ser pioneiro no desenvolvimento de uma


estratégia para seu importante sistema portuário que respeite a lógica do retorno econômico e social de
forma tal que consiga atrair os investimentos do setor privado e maximizar o retorno social desses
portos. Para tal é fundamental o desenvolvimento de um planejamento estratégico realista que permita
mostrar a consistência dessa estratégia e alinhar a todos os atores na perseguição de objetivos comuns.

C) PLANO CATARINENSE DE DESENVOLVIMENTO (PCD)

O Plano Catarinense de Desenvolvimento (PCD) (SANTA CATARINA, 2006) visa introduzir na


administração pública de Santa Catarina o processo de planejamento de longo prazo. O plano tem os
seguintes objetivos:

- Estabelecer os fundamentos para a promoção do desenvolvimento sustentável e equilibrado


do estado;
- Definir as diretrizes nas áreas de atuação do estado;
- Formular estratégias para que as diretrizes sejam alcançadas.

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O PCD é uma ação de planejamento do estado e foi desenvolvido a partir de uma perspectiva de
construção de cenários para o período de 2007 a 2015. A elaboração do Plano respeitou os seguintes
princípios:

- Concentrar-se em ações de responsabilidade do estado;


- Instrumentalizar a coordenação dos programas e ações setoriais e regionais;
- Considerar os programas e ações em andamento;
- Criar condições para a efetivação de ações regionais;
- Na definição de diretrizes e estratégias, tomar como referência a visão de futuro e as
dimensões e áreas de atuação do estado.

O PCD tomou como base os dados da Secretaria de Estado do Planejamento, dos Planos de
Desenvolvimento Regionais e do Master Plan, desenvolvidos para o estado. Também contou com a
participação relevante das equipes técnicas das Secretarias Setoriais, Regionais e demais órgãos da
administração pública estadual.

Todo esse processo foi coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento, que atuou também
como Grupo de Controle, propiciando e zelando pelo cumprimento dos objetivos estabelecidos na
proposta de elaboração do Plano.

O PCD completa o objetivo da primeira etapa do processo de reestruturação da administração pública,


que visa dotar Santa Catarina de um conjunto de instrumentos de planejamento perfeitamente
alinhados com a construção de um estado de referência em desenvolvimento sustentável nas
dimensões ambiental, econômica, social e tecnológica.

O PCD não é um documento acabado, mas um instrumento de interação entre o governo e a sociedade,
aberto a receber novas idéias que reflitam as complexidades e as rupturas do mundo atual e a
incorporar novas estratégias que certamente vão emergir durante a sua implementação.

Como instrumento que procura incorporar as complexidades do sistema socioeconômico catarinense, o


Plano define diretrizes e estratégias que, muitas vezes, adquirem um caráter intersetorial. Ou seja, as
soluções apontadas pelo Plano envolvem ações que extrapolam o espaço de atuação de uma secretaria
setorial ou regional. Essa característica evita a fragmentação e a sobreposição das iniciativas, bem
como a pulverização dos recursos. Ao invés, busca a convergência e a sinergia entre as diferentes
áreas de atuação do governo, entre o governo e as organizações do terceiro setor, e entre o governo e o
setor produtivo. Com essa abordagem pretende-se, por um lado, tornar as ações do estado mais
efetivas e, por outro, ampliar a parceria entre Estado e sociedade civil.

Partindo dessa lógica, os cenários normativos construídos para 2015 permitiram identificar as
situações futuras desejáveis, que deverão ser mediadas pela ação conjunta e articulada dos atores
públicos e privados.

Este documento é um marco importante na sequência de esforços que visam alcançar o Cenário Futuro
desejado por meio do gerenciamento sistemático da implementação das estratégias que vão permitir o
cumprimento das diretrizes traçadas. Ao Plano Catarinense de Desenvolvimento deverão ser alinhados
os Planos Plurianuais (PPAs), os Programas Setoriais, as Diretrizes Orçamentárias (LDOs) e os
Orçamentos Anuais (LOAs) que, suportados por modernas ferramentas de gestão, vão constituir o
Sistema Estadual de Planejamento.

A partir da experiência do PCD a administração pública aprofunda e dá consequência ao processo de


implementação da Reforma Administrativa, iniciada em janeiro de 2003. A definição das diretrizes e a
formulação das estratégias aprofundam o movimento para efetivação da descentralização,

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dinamizando o processo de transformação das diversas regiões de Santa Catarina em territórios de


desenvolvimento, além de reforçar a busca sistemática pela melhoria da qualidade dos serviços
públicos prestados à população.

A opção metodológica para elaborar o PCD foi a Análise de Cenários, uma ferramenta usada por
governos, agências internacionais e empresas para responder de forma criativa aos desafios atuais e
futuros.

A área de Infraestrutura compreende as ações do governo com o objetivo de dotar o Estado de Santa
Catarina de sistemas básicos de qualidade em logística de transporte de cargas e passageiros e oferecer
aos domicílios e empresas as condições de acesso aos serviços de energia elétrica, gás natural,
telefonia e saneamento. Essa área reúne diretrizes estratégicas de grande potencial de impacto sobre o
desenvolvimento econômico, social e ambiental.

Entre as Diretrizes do Plano está a potencialização dos sistemas logísticos de Santa Catarina de modo
a aumentar a capacidade de movimentação de cargas e consolidar o estado como centro integrador da
plataforma logística do Sul do país para os mercados nacional e internacional, bem como o
fortalecimento do processo de ampliação e manutenção da rede de rodovias pavimentadas no estado.

Na infraestrutura logística, as diretrizes apontam para a transformação de Santa Catarina em uma


plataforma de exportação e importação capaz de atender toda a região Sul do Brasil, mediante a
expansão e modernização da estrutura portuária, a construção de rodovias troncais e novos ramais
ferroviários.

Outras diretrizes correlatas consistem em dar continuidade ao processo de ampliação e manutenção da


rede de rodovias pavimentadas no estado, em elaborar planos diretores e outros estudos técnicos para
orientar os novos investimentos e, por último, captar recursos e realizar parcerias que viabilizem a
execução das obras.

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6.3. ESFERA REGIONAL

A) PROJETO COSTA DO ENCANTO

O Projeto Costa do Encanto, elaborado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional,


propõe a implantação de uma via costeira ao longo do litoral norte de Santa Catarina.

Os municípios integrantes do projeto serão: Garuva, Itapoá, Joinville, São Francisco do Sul, Barra do
Sul, Araquari, São João do Itaperiú e Barra Velha.

O objetivo principal é a formação de um pólo de desenvolvimento econômico, social e turístico na


região, por meio da integração rodoviária.

De acordo com a proposta, esta via cênica será executada preferencialmente sobre estradas já
existentes, respeitando as características do relevo. Seu caráter será contemplativo, de lazer e
entretenimento, sendo permitido somente o trânsito de veículos leves e em baixa velocidade.

B) PROPOSTA DE CRIAÇÃO DA RESERVA DE FAUNA DA BAÍA DA BABITONGA

A proposta de criação da Unidade de Conservação está embasada em diversos estudos técnico-


científicos realizados especificamente para a Baía da Babitonga desenvolvidos por universidades e
instituições de pesquisa das quais se destacam a Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE),
Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul (CEPSUL/IBAMA) e
Instituto VIDAMAR (ONG responsável pelo projeto Meros do Brasil).

Em novembro de 2006 foram realizadas duas consultas públicas, a primeira em Joinville e a segunda
em São Francisco do Sul, para apresentação da proposta de Unidade de Conservação à comunidade da
região. Na oportunidade as principais críticas ao processo de criação foram a falta de divulgação das
consultas públicas e falta de articulação do IBAMA com as instituições públicas locais na discussão da
proposta. Na última reunião, em São Francisco do Sul, os representantes do IBAMA se
comprometeram em realizar outras consultas públicas nos demais municípios abrangidos pela proposta
de criação.

Com base nas contribuições e críticas recebidas durante as primeiras consultas públicas e os
documentos encaminhados por instituições locais, o IBAMA elaborou texto técnico atualizando a
“Proposta de criação de uma unidade de conservação na Baía da Babitonga (Rodrigues et al., 2005)”,
documento que abre o processo de criação que tramita no IBAMA sob o número 02032.000066/2005-
71.

Salienta-se que a área destinada para instalação do Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco
do Sul, bem como a área do Porto Organizado de São Francisco do Sul, não se encontram dentro dos
limites previstos para a implantação da referida reserva de fauna proposta pelo IBAMA.

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C) IMPLANTAÇÃO DO BERÇO 401 A DO PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL

A construção do Berço 401 A é de suma importância para o aproveitamento integral do escoamento de


mercadorias do Porto, uma vez que a atual infraestrutura portuária do município limita seu
desenvolvimento diante da demanda atual pelo transporte marítimo.

Este berço, projetado para ser o novo terminal de granéis, será um cais constituído de uma plataforma
de 19 metros de largura e 280 metros de comprimento, ligado ao Berço 101, que servirá de ponte de
acesso para suporte da correia transportadora e acesso de caminhões.

O Berço 401 A foi projetado para atender navios de 75.000 toneladas de porte bruto, 13,5 metros de
calado, 220 metros de comprimento e 39,9 metros de boca.

Este novo terminal de granéis permitirá uma reestruturação das operações portuárias, concentrando a
movimentação e o depósito de contêineres na área utilizada pelos Berços 101, 102, 103, 201 e 301.
Assim, na nova configuração do porto organizado, o Berço 101 deixará de ser um berço de navios
graneleiros para se tornar um berço para navios porta-contêiner.

6.4. ESFERA MUNICIPAL

A) PLANO DIRETOR DE SÃO FRANCISCO DO SUL

A Lei Complementar nº 006 de 09 de agosto de 2006 institui o Plano Diretor Municipal para São
Francisco do Sul, em consonância com os artigos 126 e 180 da Lei Orgânica do Município de São
Francisco do Sul, de 05 de abril de 1990, e da Lei Federal nº. 10.257 de 10 de julho de 2001 - Estatuto
da Cidade.

O Plano Diretor Municipal faz parte de um processo de planejamento permanente no Município de


São Francisco do Sul orientado para o desenvolvimento pleno e ordenado pela função social da
propriedade urbana, de acordo com o que está estabelecido na Lei Orgânica, Art. 125, no Estatuto da
Cidade e disposições desta Lei.

O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é o instrumento básico da política de


desenvolvimento que deve regular e estabelecer diretrizes para o Município como um todo.

B) PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DA ORLA

O Projeto de Revitalização da Orla de São Francisco do Sul engloba as praias do Forte, Itaguaçu,
Ubatuba, Enseada, Saudade.

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A premissa do Projeto é respeitar as características ambientais da área de implantação e seus objetivos


são ordenar o uso e ocupação da orla, promover a recuperação da vegetação herbácea e fornecer uma
infraestrutura de mobilidade e de lazer, adequada aos moradores e turistas.

O empreendimento consiste basicamente na implantação de infraestrutura de pavimentação nas vias à


beira mar, drenagem, iluminação pública, dispositivos de contenção de marés, calçadas e calçadões,
deques, passarelas, quiosques, postos de salva-vidas e mobiliário urbano, os quais serão construídos de
acordo com as normas técnicas e a legislação em vigor.

C) AGENDA 21: SÃO FRANCISCO DO SUL DO FUTURO

A AGENDA 21: SÃO FRANCISCO DO SUL DO FUTURO (2004) teve sua origem em iniciativa da
área ambiental do BNDES, a qual, como parte do processo de financiamento à implantação de uma
empresa de grande porte em São Francisco do Sul, procurou estimular a elaboração da Agenda 21 – e
a posterior participação da empresa em projetos consistentes com a Agenda – como forma de
contribuir para o desenvolvimento sustentável do município e como complemento à presença tão
marcante do empreendimento sob os pontos de vista econômico, social e ambiental.

A empresa processadora de aço Vega do Sul contratou consultor especializado, com grande
experiência na elaboração de Agendas 21, e procurou a parceria da prefeitura para o processo que ela
se dispunha a patrocinar. Estabelecida a parceria, outras empresas, instituições e entidades do
município foram chamadas a apoiar e participar da direção do projeto.

O processo foi participativo e democrático, envolvendo lideranças do município e a população, sem


discriminação de qualquer natureza, não se caracterizando como de um grupo político, uma
administração, uma empresa ou um grupo social.

O processo desenvolveu-se nas seguintes fases: a organização, o diagnóstico, definição de cenários,


visão, estratégias, ações e projetos.

Referente as atividades portuárias, mais especificamente ao Porto de São Francisco do Sul a Agenda
21 relata:

PONTOS FORTES

- Ótima localização geográfica, em região altamente industrializada;


- Acesso ferroviário e rodoviário;
- Bom canal de acesso ao porto, com barra franca;
- Bons equipamentos MHC (Guindastes Móveis Portuários);
- Mão de obra eficiente.

PONTOS FRACOS

- Pequena retroárea imediata;


- Estrada de acesso insuficiente face ao aumento de movimentação de cargas;
- Faixa de cais antiga e incompatível com tipo de carga atual;
- Berços insuficientes e com pouco calado junto a eles;

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- Um único armazém;
- Conflito de trânsito urbano local e entre ferrovia e rodovia;
- Caminhões que atendem ao porto sem manutenção e com irregularidades;
- Triagem com tamanho insuficiente;
- Administração indicada por critérios políticos.

AMEAÇAS

- Construção de novos portos em municípios vizinhos;


- Portos vizinhos com melhor desempenho e mais investimentos.

OPORTUNIDADES

- Duplicação da BR-280;
- Implantação de grandes empresas na região.

CENÁRIO DESEJÁVEL

- Os acessos ao porto, tanto rodoviário quanto ferroviário, estarão otimizados, e terão sido construídas
amplas estruturas retroportuárias, com a implantação de uma EADI (Estação Aduaneira Interior) no
município;
- O porto terá sido ampliado e contará com equipamentos de tecnologia avançada, sem construções
estáticas na zona primária, maximizando a utilização da área atual;
- Novas áreas portuárias terão sido criadas no município e o emprego e a renda gerados pelo porto
terão crescido.

ESTRATÉGIAS

- Ampliar e otimizar as estruturas atuais do porto;


- Melhorar acessos minimizando os conflitos com o trânsito urbano/turístico;
- Ampliar as estruturas retroportuárias;
- Qualificar a mão de obra;
- Ampliar a mecanização das operações;
- Criar outras áreas portuárias no município.

AÇÕES E PROJETOS

- Criar pátios de triagem de cargas/caminhões;


- Melhorar a estrutura ferroviária com pátio de triagem e construir o anel ferroviário em
direção ao porto;
- Eliminar as estruturas fixas como armazéns e prédios administrativos ou operacionais da área
alfandegada do porto;
- Estimular a construção de pátios e berços através de arrendamento;
- Promover a qualificação profissional de todo segmento ligado à atividade portuária;
- Ampliar por meio de leis, as áreas destinadas à atividade portuária no município, respeitando o
patrimônio histórico e a preservação do meio ambiente;
- Estimular e promover o desenvolvimento tecnológico e investimentos mais produtivos no Porto;

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- Equacionar os acessos marítimos, ferroviário e rodoviário;


- Reforçar os berços 102 e 103 com a colocação de novas cortinas de estacas-prancha, possibilitando a
posterior dragagem dos berços e da bacia de evolução.

D) PLANO DE DESENVOLVIMENTO E ZONEAMENTO DO PORTO DE SÃO


FRANCISCO DO SUL

De acordo com a atualização do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de São


Francisco do Sul (março de 2005), após sua aprovação o PDZ foi submetido à apreciação do IPHAN,
tendo em vista as possíveis implicações ou conflitos com o sítio histórico da cidade.

As conclusões da análise do IPHAN comunicadas à Administração do Porto de São Francisco do Sul


através de documento específico afastam a possibilidade de ampliação do Porto próximo ao centro
histórico, por gerar interferência indesejada à preservação cultural deste, indicando, entretanto, não
haver restrições à expansão portuária na área de entorno da ponta do Rabo Azedo.

Conforme o PDZ está prevista a expansão da área portuária, com a construção do berço 401 e de
atracadouros para barcaças oceânicas, junto à ponta do Rabo Azedo. Para que se efetive a
implementação dessas novas áreas faz-se necessária a execução do Anel Rodoferroviário do Porto de
São Francisco do Sul.

Além disso, a partir do parecer do IPHAN, conclui-se que a implantação do Anel Rodoferroviário na
localidade de Rabo Azedo não descaracterizará os aspectos históricos e culturais do centro histórico de
São Francisco do Sul.

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7. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Os métodos de avaliação dos impactos ambientais são instrumentos que visam identificar e avaliar os
efeitos adversos ou benéficos das intervenções no meio ambiente, visando propor medidas mitigadoras
e compensatórias, bem como definir os parâmetros e ações de monitoramento ambiental durante e
após a implantação do empreendimento.

Existem diferentes métodos de identificação dos impactos, dos quais podem ser citados as “check-
lists”, as matrizes, as redes de inter-relação e os diagramas de fluxo.

As “chek lists”, são listagens das ações de execução do empreendimento e respectivos efeitos ou
impactos ambientais. Podem ser incorporadas escalas de valores e ponderação dos fatores. São
métodos simples e estáticos, que não evidenciam as inter-relações entre os fatores ambientais e a
cadeia de efeitos ou impactos decorrentes das intervenções.

As redes de interação, por sua vez, demonstram avanços em relação às técnicas anteriores, pois
quando estabelecem relações do tipo causas-condições-efeitos, permitem melhor identificação dos
impactos e de suas inter-relações. Este método consiste especificamente na identificação da cadeia dos
impactos diretos e seus impactos decorrentes (indiretos).

Em função do grande número de condicionantes e variáveis ambientais envolvidas na cadeia das


avaliações de impactos ambientais, existe um certo grau de subjetividade quando a análise envolve
escala de valores e valoração de alguns impactos.

As principais dificuldades na avaliação de impactos ambientais têm consistido na própria identificação


das fronteiras dos impactos, já que os mesmos se propagam espacialmente e temporalmente através de
uma complexa rede de inter-relações.

Ainda em relação aos métodos de avaliação, encontram-se os diagramas de fluxo, (semelhantes às


redes de interação), que realizam a identificação dos impactos por meio de fluxograma iniciado a
partir das ações ou intervenções do empreendimento, seguidos pelos impactos primários, secundários e
decorrentes.

No Brasil, no que se refere à avaliação dos impactos ambientais, tem como marco de referências, a
Resolução nº 001/86 do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, que estabelece
responsabilidades e diretrizes gerais para seu uso e implementação.

A mesma resolução considera “impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas,
químicas e/ou biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente afetem a saúde, a segurança e o bem-
estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do
meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais”.

No caso dos impactos ambientais de caráter negativo, torna-se necessário a realização de ações que
anulem, ou se isto não for possível, reduzam as alterações impactantes sobre o meio ambiente, ações
essas denominadas Medidas Mitigadoras.

Quando identificados impactos positivos as medidas passam a chamar-se de Medidas


Potencializadoras, pois serão ações que visam a amplificação dos seus efeitos.

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7.1. METODOLOGIA DA AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Os métodos de avaliação de impacto ambiental constituem os mecanismos estruturados para coletar,


analisar, comparar e organizar informações e dados sobre os impactos ambientais da execução de
alguma ação, obra ou atividade. É a seqüência de passos recomendados para colecionar e analisar os
efeitos de uma ação sobre a qualidade ambiental e a produtividade do sistema natural, e avaliar os seus
impactos nos receptores natural, socioeconômico e humano.

Para a avaliação dos impactos ambientais da implantação e operação do Anel Rodoferroviário do


Porto de São Francisco do Sul, foram combinados vários métodos, de forma a utilizar as técnicas ou
vantagens de cada método.

Na fase de identificação dos impactos, foram utilizados os seguintes métodos:

Listagem das ações do empreendimento e dos componentes ambientais e socioeconômicos


afetados.
Disposição das listas em uma matriz para correlacionar as ações e os componentes ambientais e
socioeconômicos, visando identificar os impactos primários.
Diagrama para identificação dos impactos decorrentes.

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7.2. IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

7.2.1. LISTAGENS DE CONTROLE (CHECK-LIST)

A seguir será apresentada a listagem das ações do empreendimento e dos componentes ambientais e
socioeconômicos afetados, visando considerar todos os aspectos relacionados às ações e respectivos
efeitos.

7.2.1.1. INTERVENÇÕES, OBRAS E AÇÕES DO EMPREENDIMENTO

7.2.1.1.1. FASE DE IMPLANTAÇÃO

- Implantação do canteiro de obra;


- Remoção da população atingida;
- Supressão da vegetação;
- Execução da terraplanagem;
- Detonação de rocha;
- Execução da drenagem pluvial;
- Implantação do sistema rodoferroviário.

7.2.1.1.2. FASE DE OPERAÇÃO

- Utilização do sistema rodoferroviário.

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7.2.1.2. COMPONENTES AMBIENTAIS E SOCIOECONÔMICOS AFETADOS

7.2.1.2.1. ASPECTOS AMBIENTAIS

Meio Físico

Solos
Relevo
Água
Qualidade do Ar

Meio Biológico

Flora
Fauna

Aspectos Socioeconômicos

Infraestrutura
Uso e Ocupação do Solo
Atividades Econômicas
Emprego e Renda
População

7.2.2. MATRIZ DE CORRELAÇÃO

As listagens de controle foram dispostas em uma matriz para correlacionar as ações e os componentes
ambientais e socioeconômicos, visando identificar os possíveis impactos gerados pelo
empreendimento.

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MATRIZ DE CORRELAÇÃO

Intervenções, Obras o Atividades do Empreendimento

Fase de Implantação Fase de Operação

Implantação do canteiro

Supressão da vegetação

Implantação do sistema
Remoção da população

Operação do sistema
Detonação de rocha

drenagem pluvial
Implantação da

rodoferroviário

rodoferroviário
terraplanagem
Execução da
de obra

Solos X X X X X X X
Meio Físico

Relevo X X

Qualidade do Ar X X
Componentes socioambientais

Águas Superficiais
X X X X X
e Subsuperficiais
Biológico

Flora X
Meio

Fauna X X X X X

Infraestrutura X X X
Meio Socioeconômico

Uso e Ocupação do
X X X
Solo
Atividades
X
Econômicas
Emprego e Renda X X X X X X

População X X X X X X

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7.2.3. DIAGRAMA DOS IMPACTOS

Os fluxogramas estabelecem relações do tipo causas – condições - efeitos, que permitem uma melhor
identificação dos impactos indiretos e de suas interações, por meio de gráficos, tabelas ou diagramas.
Desta maneira, ajudam a promover uma abordagem integrada na análise dos impactos ambientais.

Com base na matriz de correlação, foram elaboradas as Tabelas dos Impactos, onde foram
determinados os impactos potenciais de cada etapa/ação do empreendimento, os componentes
ambientais afetados.

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FASE DE IMPLANTAÇÃO

Ações do Empreendimento Impactos Potenciais Medidas Mitigadoras / Potencializadoras Ações de Monitoramento


Geração de resíduos sólidos
Destinação correta de resíduos sólidos (reciclagem
ou aterro licenciado).
Monitoramento do Armazenamento de
Alteração na qualidade da água Ligantes Betuminosos.
Implantação de sistema de contenção nas áreas de
lavação e abastecimento de equipamentos.
Gerenciamento dos Resíduos Sólidos.
Implantação do canteiro de obra Fiscalização e Acompanhamento da execução dos
dispositivos de drenagem. Fiscalização e acompanhamento da
execução das obras.
Implantação de sistema de tratamento de efluentes
sanitários ou de sanitários químicos portáteis.
Geração de resíduos sólidos Efetuar a retirada de todos os resíduos sólidos
existentes após a remoção da população; Programa de Remanejamento da
Remoção da população População.
Dispor os resíduos sólidos em local licenciado.
Alteração da estrutura de uso e ocupação do Gerenciamento dos Resíduos Sólidos.
solo. Políticas públicas para incentivo aos usos
portuários

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Ações do Empreendimento Impactos Potenciais Medidas Mitigadoras / Potencializadoras Ações de Monitoramento


Redução da população de indivíduos da flora
Suprimir a vegetação estritamente necessária para
a realização das obras.

Restringir o acesso às áreas de vegetação nativas


limítrofes ao empreendimento.
Alterações nos habitats da fauna
Retirada somente da vegetação necessária.

Preservação e conservação de áreas naturais


próximas ao empreendimento. Programa de Monitoramento da
Supressão da vegetação Fauna.
Afugentamento da fauna da área a ser suprimida
para remanescentes vizinhos. Fiscalização e acompanhamento
Morte de animais pela ação direta do Antes de suprimir a vegetação realizar o da execução das obras.
desmatamento afugentamento das espécies da fauna.
Produção e comércio de produtos e
Impacto positivo.
subprodutos florestais
Alteração do sistema hidrológico
Implantação do sistema de drenagem superficial.
Geração de ruídos
Regulagem de equipamentos.

Realização dos serviços no menor tempo possível.

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Ações do Empreendimento Impactos Potenciais Medidas Mitigadoras / Potencializadoras Ações de Monitoramento


Retirada dos resíduos existentes na área Destinação adequada dos resíduos (aterro
(entulhos e restos de vegetação) licenciado)
Alterações da estabilidade dos maciços nos Implantação do sistema de drenagem superficial.
taludes de corte
Revegetação dos taludes e áreas que não receberão
outro tipo de cobertura, no menor tempo possível.
Alteração no sistema de drenagem natural Implantação e manutenção do sistema de
drenagem superficial.
Monitoramento dos Processos
Execução das obras no menor tempo possível e em Erosivos.
períodos preferencialmente secos.
Gerenciamento dos Resíduos
Aumento do nível de ruído no local Regulagem dos veículos e equipamentos. Sólidos.
Execução da terraplanagem
Interferência no sistema viário local Sinalização adequada dos locais de entrada e saída Programa de Manutenção
de veículos. Preventiva de Equipamentos e
Veículos.
Limpeza dos pneus e retirada imediata de
eventuais derramamentos de terra sobre as vias. Fiscalização e acompanhamento
Possibilidade de contaminação do solo com Operação e Manutenção preventiva dos veículos e da execução das obras.
óleos e graxas. equipamentos por equipe treinada.

Reabastecimentos e reparos deverão ser realizados


distante de corpos d’água.

Eventuais derramamentos deverão ser removidos e


encaminhados para destinação adequada.
Alteração da qualidade do ar com materiais
particulados Execução dos serviços no menor tempo possível.
Alteração da paisagem local

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Ações do Empreendimento Impactos Potenciais Medidas Mitigadoras / Potencializadoras Ações de Monitoramento


Ondas de choque e lançamento de fragmentos
Utilização de métodos de explosão que permitam
diminuir a intensidade das ondas de choque
provocadas pela detonação das rochas e impeçam
o lançamento de fragmentos em locais indesejados,
bem como minimizem a dispersão de material
particulado na atmosfera.

Remoção da população no local das explosões.


Riscos de acidentes
Retirada da população próxima ao local de
detonação.

Detonação de rocha Colocação de sistema de proteção e sinalização


para impedir a passagem de pessoas não Gerenciamento dos Resíduos
autorizadas na área de explosão. Sólidos.

Utilização de advertência sonora antes das Fiscalização e acompanhamento


detonações. da execução das obras.

Pré-determinação dos horários de detonação de


rocha e divulgação junto à comunidade.

Geração de resíduos sólidos


Utilização de parte do material originário da
detonação na obra. Caso ocorra material que não
possa ser utilizado nesta obra, deverá ser retirado
do local e ser encaminhado para destinação
adequada.

Geração de ruídos
Pré-determinação dos horários de detonação de
rocha e divulgação junto à comunidade.

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Ações do Empreendimento Impactos Potenciais Medidas Mitigadoras / Potencializadoras Ações de Monitoramento


Geração de resíduos sólidos Destinação correta de resíduos sólidos (reciclagem
Gerenciamento dos Resíduos
ou aterro licenciado).
Sólidos.
Geração de ruídos Realização das obras em horários pré-
Implantação da drenagem pluvial determinados
Fiscalização e acompanhamento
Disciplinamento do sistema de drenagem
Impacto positivo. da execução das obras.
local
Geração de resíduos sólidos Destinação correta de resíduos sólidos (reciclagem
ou aterro licenciado).
Aumento do nível de ruído no local Regulagem dos veículos e equipamentos.
Monitoramento da Aplicação de
Execução dos serviços no menor tempo possível. Ligantes Betuminosos.
Possibilidade de contaminação por óleos, Manutenção preventiva de equipamentos e
combustíveis, graxas e cimento asfáltico. Gerenciamento dos Resíduos
execução da pavimentação asfáltica por pessoal
Sólidos.
treinado.

Implantação do sistema Programa de Manutenção


Possíveis derramamentos deverão ser removidos e
rodoferroviário Preventiva de Equipamentos e
encaminhados para área de destinação licenciada.
Veículos.
Alteração da qualidade do ar por gases e
fuligem Manutenção preventiva de equipamentos.
Programa de Monitoramento da
Alteração da Paisagem. Fauna.

Consolidação da aptidão do solo para zona Fiscalização e acompanhamento


portuária. da execução das obras.
Geração de empregos temporários Impacto positivo.
Melhoria na infraestrutura rodoviária e
ferroviária local. Impacto positivo.

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FASE DE OPERAÇÃO

Ações do Empreendimento Impactos Potenciais Medidas Mitigadoras / Potencializadoras Ações de Monitoramento


Ruídos e vibrações Manutenção Preventiva e Corretiva da linha férrea.
Risco de acidentes e atropelamento de Instalação de sinalização vertical e horizontal.
espécimes da fauna
Monitoramento do trânsito de caminhões e trens.

Instalação de redutores de velocidade na rodovia


em pontos vizinhos a remanescentes florestais nos
dois lados da via.
Possibilidade de derramamento de carga Providenciar a limpeza periódica das margens do
anel rodoferroviário a fim de retirar resíduos de
Operação do sistema rodoferroviário cargas. Os resíduos deverão ser encaminhados para
destinação adequada em aterro licenciado.

Fiscalização do transporte de cargas a fim de


averiguar o correto acondicionamento das cargas
em vagões e carretas.
Alteração no trânsito local Instalação de sinalização vertical e horizontal.
Incremento das atividades econômicas
ligadas ao Porto. Impacto positivo.

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7.3. ANÁLISE DOS PRINCIPAIS IMPACTOS RESULTANTES DA FASE DE


IMPLANTAÇÃO

7.3.1 IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRA

7.3.1.1. GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Os resíduos sólidos originados na operação dos canteiros de obra deverão ser recolhidos e
encaminhados para reciclagem. Quando não for possível a reciclagem dos materiais, estes deverão ser
encaminhados para disposição em aterros licenciados.

Medidas Mitigadoras:

- Fiscalização e Acompanhamento da coleta e destinação final dos resíduos sólidos.

- Destinação correta de resíduos sólidos (reciclagem ou aterro licenciado).

7.3.1.2. ALTERAÇÃO NA QUALIDADE DA ÁGUA

Na forma de minimizar os efeitos das interferências que causam alterações na qualidade das águas,
deverão ser verificados os aspectos relacionados com as áreas de apoio que abrigam o canteiro de
obras e outros eventuais canteiros de suporte às frentes de serviço.

Estas áreas deverão contar com sistemas de drenagem superficial de modo a interceptar e conduzir os
fluxos de maneira a se evitar erosões e empoçamentos, assegurando a continuidade das linhas de
drenagem atualmente existentes.

O canteiro de obra deverá contar com sistema de tratamento de esgoto sanitário ou sanitários químicos
portáteis, de modo a não comprometer a qualidade do lençol freático.

Nas áreas destinadas à lavagem e lubrificação de veículos e equipamentos em geral, deverá existir
sistema de captação e separação de óleos e graxas através de canaletas e caixas de decantação, todas
confeccionadas em concreto.

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Medidas Mitigadoras:

- Implantação de sistema de contenção nas áreas de lavação e abastecimento de equipamentos.

- Fiscalização e Acompanhamento da execução dos dispositivos de drenagem.

- Sistema de tratamento de esgotos sanitários das instalações no canteiro de obras ou utilização


de sanitários químicos portáteis.

7.3.2. REMOÇÃO DA POPULAÇÃO

Anteriormente à execução da obra, a população afetada pelo empreendimento deverá ser removida,
evitando com isso maiores transtornos tanto para a comunidade como para a execução da obra. A
remoção deverá ser realizada de forma segura, para uma área previamente definida entre as partes
envolvidas.

Medidas Mitigadoras:

- Utilizar mão de obra especializada no momento da remoção das famílias, assegurando a


integridade das pessoas e bens envolvidos;

- Alocar a comunidade para uma área que apresente melhores condições que a atual;

- Realizar a relocação das famílias em área próxima, diminuindo com essa medida o período de
adaptação à nova área.

- Remover e dispor em área licenciada todos os resíduos sólidos das antigas habitações.

7.3.3. SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO

7.3.3.1. ALTERAÇÕES NOS HABITATS DA FAUNA

Como foi percebido durante a elaboração do diagnóstico ambiental, nos trechos onde serão executadas
as intervenções, existe uma fauna bastante diversa.

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Medidas Mitigadoras

- Retirada somente da vegetação necessária;

- Preservação e conservação de áreas naturais próximas ao empreendimento.

- Afugentamento da fauna da área a ser suprimida para remanescentes vizinhos.

7.3.3.2. REDUÇÃO DA POPULAÇÃO DE INDIVÍDUOS DA FLORA

O traçado do anel rodoferroviário atinge uma área de vegetação, a qual será suprimida para a
implantação do empreendimento. Trata-se de vegetação em estágio médio de regeneração.

Apesar desse impacto ser negativo, ele é considerado de pequeno porte e medidas mitigadoras ainda
poderão ser tomadas no intuito de minimizar seus efeitos.

Medidas Mitigadoras:

- Suprimir a vegetação estritamente necessária para a realização das obras;

- Restringir o acesso às áreas de vegetação nativas limítrofes ao empreendimento.

7.3.4. EXECUÇÃO DA TERRAPLANAGEM

7.3.4.1. ALTERAÇÃO NO SISTEMA DE DRENAGEM NATURAL

A implantação correspondente a um corpo estradal sempre ocasionará alterações do sistema de


drenagem natural, principalmente no entorno da área onde se implantará o segmento de via.

Na fase de execução da obra, a criteriosa instalação dos dispositivos do sistema de drenagem deverá
reduzir o impacto à jusante do empreendimento.

Medidas Mitigadoras:

- Execução das obras no menor tempo possível e em períodos secos.

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- Manutenção dos dispositivos. Deverá ser realizada inspeção periódica de desempenho, durante
e após a ocorrência de chuvas intensas.

7.3.4.2. ALTERAÇÕES DA ESTABILIDADE DOS MACIÇOS NOS TALUDES DE CORTE

A alteração das condições de estabilidade de taludes é um impacto potencial resultante das atividades
que envolvem terraplanagem, contenção, obras de arte ou drenagem em áreas frágeis ou mais
susceptíveis à desestabilização.

Por isso, é importante o conhecimento das características geológicas/geotécnicas locais para definição
dos riscos envolvidos.

As grandes alturas dos taludes de corte projetadas para determinados pontos da obra deverão ser
rigorosamente fiscalizadas, sendo implantadas, quando necessárias, estruturas de contenção de
deslizamentos.

Medidas Mitigadoras:

- Implantação dos dispositivos de drenagem imediatamente após a conclusão dos serviços de


terraplenagem (cortes).

- Revegetação dos taludes após a conclusão das obras.

7.3.4.3. POSSIBILIDADE DE CONTAMINAÇÃO DO SOLO E ÁGUA COM ÓLEOS,


GRAXAS E COMBUSTÍVEIS

A operação e o reabastecimento do maquinário, tanto em canteiro como na pista, poderá ocasionar o


derramamento de óleos graxos e combustíveis sobre o solo ou linhas de drenagem. Para evitar tais
agressões ao meio ambiente, foi proposta uma série de medidas descritas a seguir.

Medidas Mitigadoras:

- No caso do construtor utilizar caminhão comboio para o abastecimento das máquinas, a


equipe responsável deverá estar devidamente treinada na operação desta unidade para a
prevenção de riscos ambientais, quando utilizar este equipamento nas operações de carga,
transporte e abastecimento.

- Deverá ser realizada a manutenção preventiva dos equipamentos e veículos utilizados, com o
objetivo de evitar tais acidentes.

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- Todos os serviços de reabastecimento e de lubrificação deverão ser realizados distantes de


corpos d’água.

- Os eventuais derrames na pista e nos arredores da via, ocorridos durante o transporte e


abastecimento de equipamentos, deverão ser imediatamente removidos pelo executante da
obra e levados para o local de deposição pertinente.

7.3.4.4. ALTERAÇÃO DA QUALIDADE DO AR POR MATERIAIS PARTICULADOS

Durante os serviços de terraplenagem, devido à deficiência de umidade natural do solo, principalmente


na movimentação das massas de terra para locais de aterro, poderá ocorrer à suspensão de partículas
(poeiras) na pista e nos caminhos, ao se realizar o transporte de materiais.

Este tipo de impacto tem ação direta na qualidade do ar.

Medidas Mitigadoras:

- As pistas utilizadas no serviço de transporte deverão ser irrigadas regularmente com caminhão
pipa, enquanto perdurar a necessidade de se elevar o percentual de umidade.

- Execução dos serviços no menor tempo possível.

7.3.5. DETONAÇÃO DE ROCHA

O traçado do anel rodoferroviário abrange uma área com rocha, implicando numa série de detonações
para remoção do material rochoso e implantação do empreendimento.

Dentre os principais impactos negativos provenientes desta ação, estão as ondas de choque produzidas
pela detonação da rocha. Este impacto poderá lançar fragmentos em locais indesejados.

Assim como a terraplenagem, a detonação de rocha implicará na modificação do relevo do local, o


qual assumirá nova conformação.

A detonação de explosivos poderá ocasionar ainda a dispersão de particulados na atmosfera. Além de


dispositivos de segurança a serem empregados no local da explosão, deverá ocorrer a remoção da
população próxima durante o período de detonação.

A geração de saibro e matacão permitirá a utilização desse material na própria obra.

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Medidas Mitigadoras:

- Utilização de métodos de explosão que permitam diminuir a intensidade das ondas de choque
provocadas pela detonação das rochas e impeçam o lançamento de fragmentos em locais
indesejados, bem como minimizem a dispersão de material particulado na atmosfera.

- Remoção da população durante o processo de detonação de explosivos.

7.3.6. IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA RODOFERROVIÁRIO

7.3.6.1. MELHORIA DA INFRAESTRUTURA RODOFERROVIÁRIA LOCAL

A implantação do anel rodoferroviário virá consolidar a ligação entre o bairro Bela Vista e o atual
sistema, facilitando o deslocamento entre as várias moegas existentes no porto.

Entre os benefícios proporcionados pela obra está a melhoria no escoamento da produção agrícola.
Além disso, o sistema oferece maior comodidade e segurança aos motoristas e maquinistas que
venham a utilizar o anel, pois este trecho se destinará somente a movimentação de veículos vinculados
ao porto.

A melhoria do sistema rodoferroviário local constitui-se em um impacto positivo.

7.3.6.2. AUMENTO NO NÍVEL DE RUÍDO NO LOCAL

Na fase de execução da obra podem ocorrer índices significativos de ruídos, principalmente no que diz
respeito a movimentação de máquinas para pavimentação asfáltica da rodovia e implantação da linha
férrea.

Medidas mitigadoras

- Execução dos serviços no menor tempo possível;

- Regulagem de máquinas e equipamentos.

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7.3.6.3. POSSIBILIDADE DE CONTAMINAÇÃO DO SOLO E ÁGUA COM ÓLEOS,


GRAXAS, COMBUSTÍVEIS E CIMENTO ASFÁLTICO

A operação e o reabastecimento do maquinário, tanto em canteiro como na pista, poderá ocasionar o


derramamento de óleos graxos e combustíveis sobre o solo ou linhas de drenagem. O derrame
involuntário e excessivo de asfaltos diluídos utilizados, principalmente durante a realização dos
serviços de imprimação e da pintura de ligação, também poderá ocasionar este tipo de impacto.

Para se evitar tais acidentes, propõe-se a execução das medidas mitigadoras descritas a seguir.

Medidas Mitigadoras:

- No caso de Posto de Abastecimento, Lavação e Reparos a ser instalado no canteiro de obras,


este deverá apresentar condições adequadas e estar provido de dispositivos de captação e
armazenamento temporário de possíveis derramamentos.

- No caso do construtor utilizar caminhão comboio para o abastecimento das máquinas, a


equipe responsável deverá estar devidamente treinada na operação desta unidade para a
prevenção de riscos ambientais, quando utilizar este equipamento nas operações de carga,
transporte e abastecimento.

- Deverá ser realizada a manutenção preventiva dos equipamentos e veículos utilizados, com o
objetivo de evitar tais acidentes.

- Todos os serviços de reabastecimento e de lubrificação deverão ser realizados distantes dos


cursos d’água e terras úmidas.

- Os eventuais derrames na pista e nos arredores da via, ocorridos durante o transporte e


abastecimento de equipamentos, deverão ser imediatamente removidos pelo executante da
obra e levados para local de deposição pertinente.

7.3.6.4. ALTERAÇÃO DA QUALIDADE DO AR POR GASES E FULIGEM

Durante a utilização das máquinas e caminhões para imprimação poderá ocorrer a geração de gases e
fuligem. Para o devido controle de emissões dos motores se recomenda o controle periódico do seu
funcionamento, com o desenvolvimento de rotinas e procedimentos que detectem situações de
anormalidade.

Assim, todas as máquinas e veículos leves ou pesados em serviço nos canteiros e ao longo da faixa de
domínio da rodoferrovia, se preciso for, deverão ser objeto de controles periódicos de emissões, para
se verificar o atendimento dos parâmetros máximos de emissões, estabelecidos em legislação vigente.
Devendo o monitoramento observar os seguintes critérios:

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- Utilização de equipamentos capazes de minimizar os efeitos (fuligem, particulados e gases),


resultantes do processo de preparo da massa asfáltica.

- Regulagem de máquinas e equipamentos.

- Fiscalização e Acompanhamento das Obras de Pavimentação.

- A massa asfáltica a ser executada em CAUQ deverá preferencialmente proceder de Usinas de


Asfalto que já se encontrem instaladas na região, regularizadas e devidamente licenciadas
junto aos órgãos ambientais, para com esta medida evitar a geração de novos impactos.

7.3.6.5. GERAÇÃO DE EMPREGOS TEMPORÁRIOS

Uns dos impactos positivos da implantação do anel rodoferroviário é a geração de empregos


temporários para execução das obras, contribuindo para geração de renda para a população local.

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7.4. ANÁLISE DOS PRINCIPAIS IMPACTOS RESULTANTES DA FASE DE OPERAÇÃO

Uma vez implantado o anel rodoferroviário, os impactos advindos da sua utilização também terão
repercussões.

Desta forma, o que se espera a partir das razões da implantação do sistema, é que o empreendimento
venha introduzir no contexto local e regional ganhos sociais duradouros, sem degradar os recursos
naturais disponíveis na região.

De todo o modo, em termos de impactos devidos à operação deverão ser evidenciadas as questões
descritas a seguir.

7.4.1. RISCOS DE ACIDENTES E ATROPELAMENTO DE ESPÉCIMES DA FAUNA

Na fase de operação do anel rodoferroviário poderão ocorrer acidentes, sendo este um fator de risco
que deverá ser considerado.

Apesar desse impacto ser negativo, ele é considerado de pequeno porte e medidas mitigadoras ainda
poderão ser tomadas no intuito de minimizar seus efeitos.

Ao longo do anel rodoferroviário ocorre fragmentos de vegetação nativa com exemplares da fauna
local. Com a operação do sistema, principalmente na época da colheita de grãos, ocorre o
derramamento destes próximo aos trilhos e rodovias, contribuindo positivamente como suprimento
alimentar para a fauna granívora/onívora.

No entanto, a busca por alimento tanto das espécies que se alimentam diretamente dos grãos, bem
como da fauna (carnívora/onívora) pertencentes a níveis tróficos superiores, apresenta grandes chances
de ocasionar atropelamentos de animais.

Para amenizar este impacto, propõem-se a instalação de dispositivos de redução de velocidade,


diminuindo a probabilidade de atropelamento envolvendo elementos da fauna.

Medidas Mitigadoras:

- Implantação da sinalização vertical e horizontal;

- Instalação de redutores de velocidade em locais pré-determinados, próximos a remanescentes


florestais, de modo a inibir o desenvolvimento de velocidades excessivas;

- Assegurar a constante fiscalização de trânsito.

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7.4.2. POSSIBILIDADE DE DERRAMAMENTO DE CARGA

A movimentação de granéis sólidos (soja, milho, farelo de soja), tanto pelo transporte rodoferroviário,
quanto pela movimentação no pátio/armazéns e pela operação nos navios, resulta em eventual
derramamento de granéis sólidos. Estes vazamentos ocorrem em virtude de pequenos desajustes que
podem ocorrer na transportadora por correia ou na transferência desta para os ship loaders.

O derramamento no sistema viário é resultante da deficiência na vedação das carrocerias dos


caminhões e dos vagões ferroviários. Na movimentação interna dos pátios e na carga e descarga, a
geração de resíduos é maior, uma vez que esta operação envolve o transporte de produtos por veículos
e por esteiras/funil de descarga (moega).

Esses resíduos se acumulam no pátio, penetrando nos espaços entre os pisos, trilho e canaletas de
drenagem, sendo carreados pela rede de drenagem para os corpos d’água, onde são consumidos pela
fauna e organismos aquáticos ou levados pela correnteza, decompondo-se ao longo do processo. Desta
forma, pode-se inferir que este impacto poderia vir a interferir na cadeia trófica local, sendo mais
intenso no período de safra.

Medidas Mitigadoras:

- Fiscalização do transporte de cargas a fim de averiguar o correto acondicionamento das cargas


em vagões e carretas, estabelecendo controle quanto à qualidade de vedação dos caminhões e
composições ferroviárias.

- Providenciar a limpeza periódica das margens do anel rodoferroviário a fim de retirar resíduos
de cargas, especialmente grãos. Os resíduos deverão ser encaminhados para destinação
adequada em aterro licenciado.

7.4.3. GERAÇÃO DE NOVOS INVESTIMENTOS /EMPREGO

Uns dos impactos positivos na operação do sistema rodoferroviário é a geração de novos


investimentos e emprego, contribuindo de forma positiva para a melhoria da qualidade de vida da
população local e regional.

A organização das áreas adjacentes ao anel rodoferroviário propiciará a instalação e ampliação de


novas empresas ligadas às atividades portuárias, viabilizando a geração de renda e contribuindo com o
incremento de novos empregos. De forma indireta este impacto impulsionará o comércio local e
regional.

Na fase de operação, com a agilização do sistema de carga e descarga e conseqüentemente o aumento


de negócios gerados, estima-se que ocorra o aumento de emprego principalmente para as atividades de
estivadores, arrumadores de carga, vigia, manutenção técnicas e de limpeza, dentre outros.

Este impacto é considerado positivo.

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7.4.4. CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE OS IMPACTOS

Apesar do corte de vegetação ser considerada uma ação causadora de impactos negativos, neste caso a
vegetação a ser suprimida já se apresenta bastante alterada pela ação antrópica, possuindo
características de fragmentação florestal, heterogeneidade e efeitos de borda e clareira.

Os principais impactos negativos do empreendimento estão associados à execução da terraplanagem,


com destaque para instalação e potencialização dos processos erosivos, causadas pela geração de áreas
de solo exposto e taludes.

Podemos destacar também a remoção da população residente no bairro Bela Vista. Uma parcela dessa
comunidade já foi removida, em razão da futura implantação do Terminal de Granéis de Santa
Catarina – TGSC naquela localidade. Além disso, a relocação desta comunidade para uma área com
infraestrutura adequada (saneamento básico, rede de energia elétrica, ruas pavimentadas), em
edificações melhores que as atuais, se tornará em benefício para a comunidade, uma vez que ocorrerá
uma melhoria da qualidade de vida da população local.

Na fase de operação do empreendimento, os principais impactos negativos serão referentes aos riscos
de acidentes e possíveis derramamentos de carga.

No que concerne ao perigo de acidentes, este poderá ser mitigado com a instalação da sinalização
vertical e horizontal, agregado à instalação de redutores de velocidade e a uma constante fiscalização
de trânsito. Já para o caso de derramamentos de carga, poderá ser aplicada uma maior fiscalização no
momento do fechamento dos contêineres, carretas ou vagões, evitando com isso a possibilidade de
perda de carga ao longo do eixo viário.

Entre os impactos positivos destacam-se a atração de novos investimentos com geração de empregos e
renda e a melhoria das condições do tráfego rodoferroviário junto ao Porto de São Francisco do Sul.

Outrossim, a instalação do anel rodoferroviário proporcionará as condições necessárias para a futura


expansão do Porto na localidade de “Rabo Azedo”, prevista no Plano de Desenvolvimento e
Zoneamento do Porto de São Francisco do Sul.

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8. PROGRAMA DE MONITORAMENTO

A resolução no 01/86 do CONAMA estabeleceu que após o estudo realizado para a identificação dos
impactos ambientais, durante a implantação do empreendimento será preciso elaborar um programa de
acompanhamento e monitoramento dos impactos e verificação das medidas tomadas, de modo que
nele esteja explícito os parâmetros e fatores considerados.

A elaboração do programa de monitoramento atende a necessidade de se proporcionar ao


empreendedor e à sociedade uma maior transparência nas ações realizadas, pela supervisão da
implantação do empreendimento, de modo a garantir que as medidas de mitigação sejam de fato
efetivadas.

Sinteticamente, o monitoramento se constituirá na atividade de controle rotineiro e permanente das


ações construtivas, através da utilização de alguns indicadores, que permitirão realizar a análise de
conformidade durante a realização do empreendimento, registrar as ocorrências não conformes e
estabelecer soluções e providências com relação às afetações que estariam ocorrendo durante o
trabalho de implantação do anel rodoferroviário.

Como se verifica, do ponto de vista ambiental será fundamental o estabelecimento das providências
para solucionar os problemas que surgirão com o andamento das obras.

Por isto, a seguir, se apresentam as principais atividades que deverão fazer parte do processo de
monitoramento, durante e após a implantação do anel rodoferroviário.

8.1. MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS

Durante e após a terraplanagem, a erosão do solo junto aos taludes de corte e aterro poderá ocasionar
problemas de estabilidade de maciços, provocando o carreamento de material (solo e vegetação) para
as linhas de drenagem, causando o assoreamento das mesmas.

As ações operacionais visam promover a recomposição do equilíbrio em áreas porventura


desestabilizadas e com processos erosivos desencadeados, como também evitar a instalação desses
processos, contribuindo para a redução da perda de solos.

Dentre os elementos preventivos a serem considerados, destacam-se como mais importantes os


correspondentes a:

Adoção, para os taludes de cortes e aterros e nas caixas de empréstimo, de conformação


geométrica compatível com as características geotécnicas dos materiais e com a topografia das
áreas limítrofes;

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Definição de estruturas e dispositivos físicos de drenagem a serem incorporados a


infraestrutura viária do trecho (bueiros, sarjetas, descidas d’água, valetas etc), com a
finalidade de controlar o fluxo das águas pluviais superficiais;

Recuperação da cobertura vegetal para a proteção das superfícies expostas à ação das águas
pluviais, a regularização e redução do escoamento superficial e o aumento do tempo de
absorção da água pelo subsolo, contribuindo no controle dos processos erosivos e de
instabilização e evitando o carreamento de sedimentos às linhas de drenagem.

Definição de estruturas físicas, tais como gabiões, lonas e leivas, a serem implantadas onde
ocorrer ou apresentar indícios de processos erosivos.

Principais ações e recomendações

Revegetação dos taludes expostos;

Execução da obra em período de baixa pluviosidade;

Execução de sistema de drenagem pluvial provisório e/ou permanente na fase de obra;

Fiscalização do sistema de drenagem pluvial;

Obtenção de estrutura física apropriada para contenção de processos erosivos;

Fiscalização diária por técnico habilitado em todo o percurso da via, com a finalidade de
evidenciar processos erosivos ou indícios dos mesmos;

Nas áreas onde foram constatados processos erosivos ou vestígios, deverão ser realizados
técnicas de contenção (gabiões, lonas, leivas de gramas, etc...).

Na execução dos serviços de terraplanagem deverá ser realizada análise visual periódica das
superfícies de taludes implantadas, mesmo após sua revegetação, para a detecção de processos
erosivos no seu estágio inicial, principalmente de desbarrancamentos, o que facilitará as ações de
recuperação e prevenção. Tal inspeção deverá ser realizada por pessoal técnico devidamente
habilitado.

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8.2. MONITORAMENTO DO ARMAZENAMENTO E APLICAÇÃO DOS LIGANTES

Na fase da execução da pavimentação da rodovia com camada de revestimento asfáltico, a execução


das pinturas de imprimação, das pinturas de ligação e durante a execução da própria camada de
revestimento, a aplicação dos ligantes betuminosos deverá ser monitorada, para a verificação de
ocorrências não conformes, seja na aplicação do ligante, no seu armazenamento, ou na carga e
transporte destes materiais para a pista.

Recomenda-se que os materiais betuminosos sejam armazenados e processados em instalações de


usinas de asfalto já instaladas na região e que estejam ambientalmente licenciadas. Apesar disso, existe
a questão do manuseio, transporte e aplicação destes materiais na pista a pavimentar, o que não
eximirá o construtor de suas responsabilidades.

Por isto, nesta fase o monitoramento será necessário para averiguar se as equipes especializadas
responsáveis pela aplicação destes materiais na pista se encontram treinadas e conscientizadas dos
riscos ambientais envolvidos na atividade.

Principais ações

Fiscalizar o armazenamento dos produtos utilizado no processo de pavimentação asfáltica,


assim como as tintas utilizadas para as pinturas de faixas e sinalização, para constatar se
ocorre irregularidades no acondicionamento dos mesmos.

Fiscalizar os veículos que transportam as emulsões asfalticas para que não deixem ocorrer
vazamentos.

Destinar corretamente os rejeitos sólidos provenientes do processo de asfaltamento.

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8.3. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS PRODUZIDOS NA FASE DE


IMPLANTAÇÃO

O gerenciamento dos resíduos sólidos terá por objetivo definir responsabilidades e procedimentos no
que se refere a separação, coleta, armazenamento temporário e disposição final dos resíduos sólidos
produzidos na obra.

O gerenciamento dos resíduos sólidos terá por objetivo:

- Responsabilidade: No gerenciamento das obras deverá existir um responsável pelo


gerenciamento dos resíduos sólidos e pela orientação dos operários, de forma a propiciar
melhor controle dos resíduos nos locais da obra;

- Separação: Todo o resíduo sólido proveniente das obras de implantação deverá ser separado,
levando em consideração o aproveitamento em processos de reciclagem e necessariamente os
resíduos não aproveitáveis deverão ser encaminhados a aterros licenciados;

- Armazenamento temporário: No canteiro de obras, bem como no percurso da rodoferrovia a


ser implantada, deverão existir locais apropriados para a estocagem dos resíduos sólidos. Os
resíduos semelhantes ao doméstico deverão ser estocados em sacos plásticos e armazenados
em recipientes fechados, evitando o acesso de animais;

- Coleta: As coletas dos resíduos deverão ser periódicas, evitando excesso de resíduos nos
locais estocados;

- Disposição final dos resíduos sólidos produzidos na obra: os resíduos provenientes das
obras deverão quando possível ser reciclados, os não aproveitáveis deverão ser encaminhados
a aterros licenciados. No caso de resíduos com características tóxicas, esses deverão ser
destinados para disposição em Aterro Industrial – Classe I.

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8.4. FISCALIZAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DAS OBRAS

O Empreendedor deverá dispor de Equipe de Fiscalização e Acompanhamento das Obras, com o


objetivo de assegurar que os trabalhos estejam sendo realizados rigorosamente de acordo com os
Projetos Técnicos e que as medidas de mitigação de impactos previstas estejam sendo implementadas.

8.5. PROGRAMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE EQUIPAMENTOS E VEÍCULOS

Este tópico diz respeito ao controle de veículos e equipamentos na fase de implantação da obra, sendo
verificados os níveis de ruídos, emissões veiculares e controle de vazamento de óleos e graxas.

O objetivo do controle da emissão de ruídos e vibrações por máquinas e equipamentos é garantir que o
nível ruído permaneça dentro dos limites máximos admitidos para este tipo de atividade.

Quanto ao controle de vazamento de óleos e graxas, durante a inspeção mensal dos equipamentos,
deverão ser investigadas possíveis avarias que possam provocar o escapamento de combustíveis, óleos
e graxas para o ambiente.

Além do controle de emissões veiculares, deverá ser observada a poluição causada por poeira
proveniente das atividades dos equipamentos de terraplenagem e trânsito de caminhões, sendo
efetuada, quando da ocorrência de períodos excessivamente secos, a aspersão de água nas pistas,
acessos e frentes de trabalho, por caminhão pipa dotado de dispositivos de irrigação.

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8.6. PROGRAMA DE REMANEJAMENTO DA POPULAÇÃO

O monitoramento de remanejamento da população terá por objetivo avaliar a remoção das famílias
afetadas pelo sistema rodoferroviário, considerando a integridade física dos moradores e dos bens
envolvidos.

Anteriormente ao processo de remoção, as partes envolvidas deverão definir a área para a qual serão
deslocadas. Depois de definido o local para onde cada família será deslocada, deverá ser consolidada a
remoção das famílias, de modo a assegurar o bem estar dos envolvidos.

As habitações de alvenaria deverão ser demolidas e os materiais em bom estado de uso deverão ser
recuperados e reaproveitados na construção das novas moradias. Os materiais que não apresentarem
condições de recuperação deverão ser encaminhados para aterro licenciado.

As residências de madeira, quando possível, deverão ser retiradas e transportadas na sua íntegra ou em
partes, facilitando o trabalho de desmontagem e remontagem das mesmas, além de agilizar o processo
de acomodação da família, diminuindo os custos e os transtornos da população afetada.

Os sistemas de fossa e filtro, quando houver, serão removidos, diminuindo prováveis contaminações
do solo e corpos d’águas.

A remoção, deslocamento e remontagem das casas deverão ser realizados por profissional habilitado.

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8.7. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNA

Durante as obras de implantação do anel viário deverão ser monitorados os espécimes que percorram a
área das obras.

Antes e durante os procedimentos de retirada da cobertura vegetal deverá ocorrer vistorias dos abrigos
de fauna e afugentamento das espécies do local. No caso da presença de pequenas espécies que
apresentam baixo poder de mobilidade, torna-se necessário à transferência destes para o remanescente
vegetal adjacente.

Além disso, poderão ocorrer acidentes com animais no canteiro de obras durante a fase de execução da
obra. Nesta fase deverão ser implementados dispositivos de controle de velocidade e sinalização.

O monitoramento durante a fase de obras se alicerçará na observação direta, através da identificação


de rastros e de espécimes ocasionalmente encontrados mortos, propiciando ações que evitem novos
óbitos.

Os espécimes encontrados atropelados, caso estejam vivos deverão ser identificados e encaminhados
para clínica veterinária.

Sugere-se a promoção de Educação Ambiental junto ao pessoal envolvido com a obra com a
distribuição de uma cartilha de educação ambiental destinada aos empregados, no sentido de se
impedir a caça por parte de funcionários, instruir ações de resgate de eventuais animais que sejam
encontrados feridos na faixa de intervenção, bem como instruções de como se acionar os órgãos
responsáveis pelo seu recolhimento (Polícia Ambiental).

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9. EQUIPE TÉCNICA

Andrea Piske Arquiteta e Urbanista, Esp. CAU 39.243-0

Daniel Gallizzi Engenheiro Ambiental, Esp. CREA/SC 71.707-9

Gilian Rose da Silva Bióloga CRBio 25469-03D

Karina Biscaia dos Santos Klug Engenheira Ambiental CREA/SC 65.706-2

Luciano de Souza Costa Biólogo, M.Sc CRBio 41281-03D

Maria Cristina Alves Arqueóloga, M.Sc. RG 2/R 596.820

Patrícia Pollizello Lopes Engenheira Agrônoma , Esp. CREA/SC 68.134-0

Valdemar Henrique de Oliveira Geógrafo, Esp. CREA/SC 078375-9

Valéria Bennack Engenheira Civil, Esp. CREA/SC 36.883-6

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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT NBR 6484/80. Execução de sondagens de simples reconhecimento de solos.

ABNT NBR 7250/82. Identificação e descrição de amostras de solos obtidas em sondagens de


simples reconhecimento de solos.

ABRAHÃO, G.R. Técnicas para a Implantação de Espécies Nacionais de Manguezal em Aterro


Hídrico Visando a Recomposição de Ecossitemas Costeiros ( Via expressa sul – Ilha de Santa Catarina
– Brasil). Dissertação de Mestrado em Agroecossistemas. Florianópolis: UFSC, 1998. 52p.

ADAIME, P.R. Estrutura, Produção e Transporte em um Manguezal. Anais. Simpósio Sobre


Ecossistemas da Costa Sul e Suldeste brasileira. SP. V.1, 1987. p. 80-99.

ALMEIDA, S.S. Estrutura e Florística em Áreas de Manguezais Paranaenses: Evidência da Influência


do Estuário Amazônico. Boletim do Museu paranaense Emílio Goeldi – Ciências da Terra. Belém.
MPEG, 1996. 8: 93-100.

APSFS - Administração do Porto de São Francisco do Sul. Diagnóstico Ambiental do Plano de


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APSFS - Administração do Porto de São Francisco do Sul. Elaboração do Plano de Controle


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11. DOCUMENTAÇÃO

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11.1. CNPJ

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Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral

Contribuinte,

Confira os dados de Identificação da Pessoa Jurídica e, se houver qualquer divergência, providencie junto à
RFB a sua atualização cadastral.

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA
NÚMERO DE INSCRIÇÃO DATA DE ABERTURA
83.131.268/0001-90
COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO 09/10/1975
MATRIZ CADASTRAL
NOME EMPRESARIAL
ADMINISTRACAO DO PORTO DE SAO FRANCISCO DO SUL
TÍTULO DO ESTABELECIMENTO (NOME DE FANTASIA)
********
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA PRINCIPAL
84.11-6-00 - Administração pública em geral
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS SECUNDÁRIAS
Não informada
CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA
111-2 - AUTARQUIA ESTADUAL OU DO DISTRITO FEDERAL
LOGRADOURO NÚMERO COMPLEMENTO
AV ENG LEITE RIBEIRO 782

CEP BAIRRO/DISTRITO MUNICÍPIO UF


89.240-000 CENTRO SAO FRANCISCO DO SUL SC
SITUAÇÃO CADASTRAL DATA DA SITUAÇÃO CADASTRAL
ATIVA 03/11/2005
MOTIVO DE SITUAÇÃO CADASTRAL

SITUAÇÃO ESPECIAL DATA DA SITUAÇÃO ESPECIAL


******** ********

Aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 1.183, de 19 de agosto de 2011.

Emitido no dia 13/08/2012 às 11:42:55 (data e hora de Brasília). Página: 1/1


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11.2. MATRÍCULAS DO REGISTRO GERAL DE IMÓVEIS

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11.3. CERTIDÃO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO, ALAGAMENTOS E PONTO


DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA PARA ABASTECIMENTO PÚBLICO

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11.4. PROTOCOLO DO IPHAN

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11.5. DECLARAÇÃO DE NÃO INTERFERÊNCIAS

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11.6. ATO DE NOMEAÇÃO DO PRESIDENTE DA ADMINISTRAÇÃO


DO PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL

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11.7. PROCURAÇÃO

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11.8. REQUERIMENTO LAP

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11.9. DARE

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11.10. ANOTAÇÕES DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – ART’S

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11.11. OFÍCIO Nº DQD/217/2011/CRN E


LICENÇA AMBIENTAL DE INSTALAÇÃO – LAI Nº 053/06 CODAM

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12. ANEXOS

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12.1. TABELAS DO INVENTÁRIO FLORESTAL

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PARCELA 01

Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE NOME COMUM
(m) (cm) (m2/ha) (m3)
1 Psidium guayava Goiabeira 3,50 3,50 0,0009 0,0026
2 Schinus Terebinthifolius Aroeira 3,50 2,86 0,0006 0,0018
3 Ottonia sp Jaguarandi 5,00 6,05 0,0028 0,0114
4 Ottonia sp Jaguarandi 5,00 9,23 0,0066 0,0267
5 Ottonia sp Jaguarandi 5,00 7,96 0,0049 0,0198
6 Rapanea ferruginea Capororoca 6,00 5,09 0,0020 0,0097
7 Rapanea ferruginea Capororoca 7,00 11,46 0,0103 0,0577
8 Rapanea ferruginea Capororoca 7,00 8,91 0,0062 0,0349
9 Psidium guayava Goiabeira 4,00 4,14 0,0013 0,0043
10 Tibouchina mutabilis Jacatirão 6,00 6,05 0,0028 0,0137
11 Clethra scabra Caujujá 4,00 3,50 0,0009 0,0030
12 Clethra scabra Caujujá 8,00 12,73 0,0127 0,0814
13 Clethra scabra Caujujá 10,00 17,19 0,0232 0,1856
14 Clethra scabra Caujujá 5,00 4,77 0,0017 0,0071
15 Clethra scabra Caujujá 4,00 3,18 0,0007 0,0025
16 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 9,00 14,96 0,0175 0,1265
17 Tibouchina mutabilis Jacatirão 10,00 15,92 0,0198 0,1591
18 Eugenia sp Guamirim 3,00 3,18 0,0007 0,0019
19 Tibouchina mutabilis Jacatirão 6,00 5,73 0,0025 0,0123
20 Tibouchina mutabilis Jacatirão 8,00 8,91 0,0062 0,0399
21 Clethra scabra Caujujá 3,00 3,82 0,0011 0,0027
22 Clethra scabra Caujujá 6,00 8,59 0,0058 0,0278
23 Casearia inaequilatera Guaçatunga 6,00 4,77 0,0017 0,0085
24 Protium Heptaphyllum Almesca 8,00 11,46 0,0103 0,0660
25 Cabralea glaberrima Canjarana 4,00 3,82 0,0011 0,0036
26 Cabralea glaberrima Canjarana 8,00 12,10 0,0114 0,0735
27 Cabralea glaberrima Canjarana 5,00 6,68 0,0035 0,0140
28 Matayba guianensis Miguel pintado 4,00 4,14 0,0013 0,0043
29 Matayba guianensis Miguel pintado 4,00 3,18 0,0007 0,0025
30 Eugenia sp Guamirim 4,00 3,82 0,0011 0,0036
31 Trichilia sp Catinguá 3,50 3,82 0,0011 0,0032
32 Trichilia sp Catinguá 4,00 3,82 0,0011 0,0036
33 Trichilia sp Catinguá 4,50 3,82 0,0011 0,0041
34 Cupania vernalis Camboatá 4,50 4,14 0,0013 0,0048
35 Ficus guaranitica Figueira-branca 7,00 9,55 0,0071 0,0401
36 Ficus guaranitica Figueira-branca 3,50 3,50 0,0009 0,0026
37 Cupania vernalis Camboatá 5,00 5,09 0,0020 0,0081
38 Tibouchina mutabilis Jacatirão 4,00 4,46 0,0015 0,0049
39 Trema micrantha Grandiuva 11,00 12,10 0,0114 0,1011
40 Trema micrantha Grandiuva 10,00 8,91 0,0062 0,0499
41 Protium Heptaphyllum Almesca 8,00 13,69 0,0147 0,0941
42 Clethra scabra Caujujá 7,50 8,59 0,0058 0,0348
43 Ni Ni 11,00 14,01 0,0154 0,1355
44 Tibouchina mutabilis Jacatirão 12,00 22,28 0,0389 0,3743
45 Alchornea triplinervia Tanheiro 5,00 4,46 0,0015 0,0062

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Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE NOME COMUM
(m) (cm) (m2/ha) (m3)
46 Fagara sp Mamica de porca 10,00 12,73 0,0127 0,1018
47 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 9,00 13,37 0,0140 0,1010
48 Tibouchina mutabilis Jacatirão 10,00 17,19 0,0232 0,1856
49 Cecropia adenopus Embaúba 10,00 12,41 0,0121 0,0968
50 Tibouchina mutabilis Jacatirão 11,00 19,42 0,0296 0,2605
51 Rapanea ferruginea Capororoca 9,00 13,69 0,0147 0,1059
52 Clethra scabra Caujujá 7,50 14,32 0,0161 0,0966
SOMATÓRIO 338,00 443,09 0,397 2,8265
MÉDIA 6,50 8,52 19,63 0,0543

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PARCELA 02

Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE NOME COMUM
(m) (cm) (m2/ha) (m3)
1 Trichilia lepidota Guacá-maciele 6,50 8,28 0,0053 0,027973
2 Tapirira guianensis Copiúva 10,00 26,74 0,0561 0,449199
3 Trema micrantha Grandiuva 10,00 16,55 0,0215 0,172142
4 Clethra scabra Caujujá 3,50 3,18 0,0007 0,002228
5 Eugenia sp Guamirim 4,50 4,77 0,0017 0,006446
6 Xylopia brasiliensis Pindaiba 7,50 8,28 0,0053 0,032277
7 Guarea macrophylla Cafezinho 3,00 3,50 0,0009 0,002311
8 Centrolobium robustum Ariribá 4,00 7,96 0,0049 0,015915
9 Trichilia lepidota Guacá-maciele 8,00 7,32 0,0042 0,026942
10 Tapirira guianensis Copiúva 7,50 8,28 0,0053 0,032277
11 Ni Ni 6,50 7,00 0,0038 0,020028
12 Tapirira guianensis Copiúva 5,00 5,09 0,0020 0,008149
13 Miconia sp Pixirica 5,00 4,46 0,0015 0,006239
14 Jambosa aquea Jambo 6,50 9,87 0,0076 0,039766
15 Mollinedia schottiana Pimenteira 4,00 5,73 0,0025 0,008251
16 Ocotea sp Canela 6,00 3,82 0,0011 0,0055
17 Trichilia lepidota Guacá-maciele 11,00 13,05 0,0133 0,117717
18 Protium Heptaphyllum Almesca 9,00 13,69 0,0147 0,10594
19 Pera glabrata Seca-ligeiro 6,00 8,59 0,0058 0,027846
20 Trichilia lepidota Guacá-maciele 6,00 4,14 0,0013 0,006455
21 Mollinedia schottiana Pimenteira 6,50 7,96 0,0049 0,025863
22 Mollinedia schottiana Pimenteira 5,50 4,77 0,0017 0,007878
23 Mollinedia schottiana Pimenteira 5,50 8,28 0,0053 0,02367
24 Mollinedia schottiana Pimenteira 5,00 6,05 0,0028 0,011491
25 Myrcia pubipetala Guamirim-branco 20,00 39,15 0,1203 1,926284
26 Ni Ni 5,00 5,73 0,0025 0,010313
27 Protium Heptaphyllum Almesca 9,00 8,91 0,0062 0,04492
28 Ocotea sp Canela 7,00 7,00 0,0038 0,021569
29 Guapira opposita Maria-mole 3,50 3,82 0,0011 0,003209
30 Ocotea sp Canela 12,00 19,42 0,0296 0,284263
31 Mollinedia schottiana Pimenteira 4,00 3,82 0,0011 0,003667
32 Myrcia pubipetala Guamirim-branco 7,00 5,73 0,0025 0,014439
33 Eugenia sp Guamirim 4,00 4,46 0,0015 0,004991
34 Eugenia sp Guamirim 4,50 3,18 0,0007 0,002865
35 Eugenia sp Guamirim 8,00 17,51 0,0240 0,154062
36 Eugenia sp Guamirim 3,00 4,46 0,0015 0,003743
37 Sorocea bonplandii Chincho 6,00 7,64 0,0045 0,022002
SOMATÓRIO 245,00 328,18 0,375 3,6788
MÉDIA 6,62 8,87 18,48 0,0994

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Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul

PARCELA 03

Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE NOME COMUM
(m) (cm) (m2/ha) (m3)
1 Cupania vernalis Camboatá 10,00 20,37 0,0325 0,260759
2 Myrcia pubipetala Guamirim-branco 6,50 4,77 0,0017 0,009311
3 Sorocea bonplandii Chincho 6,50 3,50 0,0009 0,005007
4 Nectandra leucothyrsus Canela-nhoçara 6,50 6,05 0,0028 0,014938
5 Ni Ni 6,00 7,64 0,0045 0,022002
6 Cupania vernalis Camboatá 9,00 14,01 0,0154 0,110925
7 Cupania vernalis Camboatá 4,00 3,50 0,0009 0,003081
8 Cupania vernalis Camboatá 5,00 4,46 0,0015 0,006239
9 Cupania vernalis Camboatá 9,00 14,96 0,0175 0,126566
10 Cupania vernalis Camboatá 12,00 23,55 0,0435 0,418336
11 Cupania vernalis Camboatá 7,00 13,37 0,0140 0,07861
12 Cupania vernalis Camboatá 9,00 15,60 0,0191 0,137567
13 Psychotria carthagenensis Carne de vaca 11,00 22,92 0,0412 0,363026
14 Nectandra leucothyrsus Canela-nhoçara 7,00 7,64 0,0045 0,025669
15 Machaerium aculeatum Jacaradá de espinho 7,00 9,87 0,0076 0,042825
16 Pera glabrata Seca-ligeiro 9,00 18,14 0,0258 0,186154
17 Ni Ni 4,00 4,46 0,0015 0,004991
18 Cupania vernalis Camboatá 12,00 26,42 0,0548 0,526281
19 Mollinedia schottiana Pimenteira 4,00 4,14 0,0013 0,004304
20 Psychotria carthagenensis Carne de vaca 6,00 7,64 0,0045 0,022002
21 Cupania vernalis Camboatá 9,00 19,10 0,0286 0,206265
22 Ocotea sp Canela 4,00 4,14 0,0013 0,004304
23 Eugenia sp Guamirim 5,00 5,09 0,0020 0,008149
24 Ilex dumosa Cauna 7,50 7,00 0,0038 0,023109
25 Nectandra leucothyrsus Canela-nhoçara 4,00 4,46 0,0015 0,004991
26 Nectandra leucothyrsus Canela-nhoçara 7,50 7,32 0,0042 0,025258
27 Protium Heptaphyllum Almesca 7,00 5,73 0,0025 0,014439
28 Eugenia sp Guamirim 9,00 9,55 0,0071 0,051566
29 Nectandra leucothyrsus Canela-nhoçara 7,50 7,00 0,0038 0,023109
30 Calophyllum brasiliensis Olandi 13,00 33,10 0,0860 0,895138
31 Ocotea sp Canela 7,00 7,32 0,0042 0,023574
32 Pachystroma longifolium Espinheira santa 5,00 6,37 0,0031 0,012732
33 Protium Heptaphyllum Almesca 7,50 7,32 0,0042 0,025258
34 Hieronyma alchorneoides Licurana 10,00 10,50 0,0086 0,069328
35 Tapirira guianensis Copiúva 16,00 30,24 0,0718 0,919279
36 Nectandra leucothyrsus Canela-nhoçara 11,00 25,15 0,0496 0,437046
37 Ocotea sp Canela 10,00 9,55 0,0071 0,057296
38 Aspidosperma olivaceum Peroba 3,50 4,14 0,0013 0,003766
SOMATÓRIO 294,00 436,08 0,588 5,173
MÉDIA 7,74 11,48 18,32 0,1361

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PARCELA 04

Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE NOME COMUM
(m) (cm) (m2/ha) (m3)
1 Casearia inaequilatera Guaçatunga 8,00 15,92 0,0198 0,127324
2 Dalbergia brasiliensis Marmeleiro 4,00 4,46 0,0015 0,004991
3 Trichilia lepidota Guacá-maciele 6,00 6,05 0,0028 0,013789
4 Ottonia sp Jaguarandi 4,00 3,50 0,0009 0,003081
5 Calophyllum brasiliensis Olandi 13,00 28,01 0,0616 0,640898
6 Pera glabrata Seca-ligeiro 8,50 12,41 0,0121 0,082305
7 Calophyllum brasiliensis Olandi 15,00 38,20 0,1145 1,375099
8 Trichilia lepidota Guacá-maciele 8,00 7,64 0,0045 0,029335
9 Trichilia lepidota Guacá-maciele 6,00 6,05 0,0028 0,013789
10 Calophyllum brasiliensis Olandi 11,00 25,15 0,0496 0,437046
11 Pera glabrata Seca-ligeiro 6,00 3,18 0,0007 0,00382
12 Ottonia sp Jaguarandi 3,00 3,82 0,0011 0,00275
13 Ottonia sp Jaguarandi 4,00 3,82 0,0011 0,003667
14 Calophyllum brasiliensis Olandi 6,00 5,73 0,0025 0,012376
15 Rollinia exalbida Cortiça 10,00 21,01 0,0346 0,277312
16 Nectandra leucothyrsus Canela-nhoçara 13,00 19,74 0,0305 0,318132
17 Matayba guianensis Miguel pintado 8,00 13,05 0,0133 0,085613
18 Hieronyma alchorneoides Licurana 11,00 27,37 0,0588 0,517928
19 Protium Heptaphyllum Almesca 9,00 9,23 0,0066 0,048186
20 Calophyllum brasiliensis Olandi 8,00 10,50 0,0086 0,055462
21 Nectandra leucothyrsus Canela-nhoçara 12,00 32,15 0,0811 0,779299
22 Trichilia lepidota Guacá-maciele 6,00 4,46 0,0015 0,007487
23 Trichilia lepidota Guacá-maciele 6,00 4,14 0,0013 0,006455
24 Rollinia exalbida Cortiça 6,50 6,37 0,0031 0,016552
25 Cupania vernalis Camboatá 7,50 12,73 0,0127 0,076394
26 Nectandra leucothyrsus Canela-nhoçara 7,00 4,46 0,0015 0,008734
27 Alchornea triplinervia Tanheiro 8,00 12,10 0,0114 0,073542
28 Ni Ni 7,50 13,37 0,0140 0,084225
29 Tetrorchidium rubrivenium Canemoçú 7,00 6,37 0,0031 0,017825
30 Cordia sellowiana Catuteiro 8,00 10,82 0,0091 0,058875
31 Tetrorchidium rubrivenium Canemoçú 10,00 14,96 0,0175 0,140629
32 Guarea macrophylla Cafezinho 3,50 3,18 0,0007 0,002228
33 Cupania vernalis Camboatá 6,00 5,41 0,0023 0,011039
34 Eugenia sp Guamirim 6,50 3,50 0,0009 0,005007
35 Eugenia sp Guamirim 6,50 4,46 0,0015 0,008111
SOMATÓRIO 269,50 403,30 0,5919 5,349
MÉDIA 7,70 11,52 19,63 0,1528

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PARCELA 05

NOME Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE
COMUM (m) (cm) (m2/ha) (m3)
1 Tibouchina mutabilis Jacatirão 10,00 26,42 0,0548 0,438567
2 Ni Ni 7,50 10,19 0,0081 0,048892
3 Solanum pseudoquina Quina 7,00 17,83 0,0249 0,139751
4 Solanum pseudoquina Quina 7,50 27,06 0,0574 0,344968
5 Mimosa bimucronata Silva 9,00 16,87 0,0223 0,160944
6 Jacaranda micrantha Caroba 3,50 3,18 0,0007 0,002228
7 Jacaranda micrantha Caroba 7,00 14,64 0,0168 0,094296
8 Psidium guayava Goiabeira 4,00 9,87 0,0076 0,024472
9 Mimosa bimucronata Silva 8,00 31,83 0,0795 0,509296
10 Psidium guayava Goiabeira 6,50 19,74 0,0305 0,159066
11 Jacaranda micrantha Caroba 4,00 5,73 0,0025 0,008251
12 Jacaranda micrantha Caroba 7,00 10,19 0,0081 0,045633
13 Jacaranda micrantha Caroba 7,00 12,10 0,0114 0,06435
14 Jacaranda micrantha Caroba 6,00 7,00 0,0038 0,018487
15 Jacaranda micrantha Caroba 7,00 9,87 0,0076 0,042825
16 Mimosa bimucronata Silva 6,50 7,64 0,0045 0,023835
17 Mimosa bimucronata Silva 7,00 10,50 0,0086 0,04853
18 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 6,00 7,32 0,0042 0,020206
19 Jacaranda micrantha Caroba 6,00 11,78 0,0108 0,052292
20 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 5,00 6,05 0,0028 0,011491
21 Alchornea triplinervia Tanheiro 9,00 21,01 0,0346 0,24958
22 Alchornea triplinervia Tanheiro 8,00 16,55 0,0215 0,137714
23 Casearia silvestris Café do Mato 6,00 7,32 0,0042 0,020206
24 Ni Ni 9,00 11,78 0,0108 0,078438
25 Jacaranda micrantha Caroba 4,00 9,23 0,0066 0,021416
26 Jacaranda micrantha Caroba 6,00 12,73 0,0127 0,061115
27 Jacaranda micrantha Caroba 6,00 10,50 0,0086 0,041597
28 Jacaranda micrantha Caroba 3,00 5,09 0,0020 0,004889
29 Mimosa bimucronata Silva 6,00 9,23 0,0066 0,032124
30 Jacaranda micrantha Caroba 6,50 10,19 0,0081 0,042373
31 Alchornea triplinervia Tanheiro 6,00 5,09 0,0020 0,009778
SOMATÓRIO 201,00 384,52 0,4864 2,957
MÉDIA 6,48 12,40 24,322 0,0954

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PARCELA 06

NOME Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE
COMUM (m) (cm) (m2/ha) (m3)
1 Dalbergia brasiliensis Marmeleiro 6,50 5,73 0,002578 0,013407
2 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 4,00 4,77 0,001790 0,00573
3 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 3,00 5,09 0,002037 0,004889
4 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 2,50 3,50 0,000963 0,001926
5 Eugenia sp Guamirim 7,50 16,55 0,0215 0,129106
6 Cordia sellowiana Catuteiro 5,00 9,55 0,0071 0,028648
7 Dalbergia brasiliensis Marmeleiro 8,00 11,14 0,0097 0,062389
8 Dalbergia brasiliensis Marmeleiro 8,00 17,19 0,0232 0,148511
9 Dalbergia brasiliensis Marmeleiro 6,50 7,64 0,0045 0,023835
10 Solanum pseudoquina Quina 5,00 7,64 0,0045 0,018335
11 Rapanea ferruginea Capororoca 3,00 3,18 0,0007 0,00191
12 Tibouchina mutabilis Jacatirão 6,00 14,01 0,0154 0,07395
13 Mimosa bimucronata Silva 5,00 3,82 0,0011 0,004584
14 Mimosa bimucronata Silva 6,00 5,41 0,0023 0,011039
15 Mimosa bimucronata Silva 6,00 5,41 0,0023 0,011039
16 Andira fraxinifolia Angelim 7,00 25,46 0,0509 0,285206
17 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 4,00 4,14 0,0013 0,004304
18 Jacaranda micrantha Caroba 3,50 3,18 0,0007 0,002228
19 Tibouchina mutabilis Jacatirão 4,00 3,82 0,0011 0,003667
20 Alchornea triplinervia Tanheiro 7,50 7,64 0,0045 0,027502
21 Schinus Terebinthifolius Aroeira 4,00 4,14 0,0013 0,004304
22 Jacaranda micrantha Caroba 4,00 5,09 0,0020 0,006519
23 Mimosa bimucronata Silva 5,50 6,05 0,0028 0,01264
24 Cecropia adenopus Embaúba 8,00 12,10 0,0114 0,073542
25 Cecropia adenopus Embaúba 4,00 3,82 0,0011 0,003667
26 Cecropia adenopus Embaúba 4,00 3,50 0,0009 0,003081
27 Alchornea triplinervia Tanheiro 4,00 3,18 0,0007 0,002546
28 Mimosa bimucronata Silva 6,00 5,41 0,0023 0,011039
29 Dalbergia brasiliensis Marmeleiro 7,50 8,59 0,0058 0,034807
30 Dalbergia brasiliensis Marmeleiro 7,50 15,28 0,0183 0,110008
31 Dalbergia brasiliensis Marmeleiro 6,00 14,01 0,0154 0,07395
32 Jacaranda micrantha Caroba 5,00 8,28 0,0053 0,021518
33 Jacaranda micrantha Caroba 4,00 7,64 0,0045 0,014668
34 Schinus Terebinthifolius Aroeira 5,50 8,59 0,0058 0,025525
35 Schinus Terebinthifolius Aroeira 6,00 9,23 0,0066 0,032124
SOMATÓRIO 189,00 279,79 0,2438 1,292
MÉDIA 5,40 7,99 12,193 0,0369

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PARCELA 07

Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE NOME COMUM
(m) (cm) (m2/ha) (m3)
1 Tibouchina mutabilis Jacatirão 6,00 7,64 0,004584 0,022002
2 Tibouchina mutabilis Jacatirão 6,00 9,87 0,007647 0,036707
3 Tibouchina mutabilis Jacatirão 5,00 8,28 0,005379 0,021518
4 Tibouchina mutabilis Jacatirão 6,00 12,41 0,012104 0,058098
5 Tibouchina mutabilis Jacatirão 5,00 7,00 0,003852 0,015406
6 Mimosa bimucronata Silva 5,00 8,59 0,005801 0,023205
7 Tibouchina mutabilis Jacatirão 7,00 22,60 0,040115 0,224644
8 Tibouchina mutabilis Jacatirão 7,00 16,55 0,021518 0,120499
9 Tibouchina mutabilis Jacatirão 7,50 13,37 0,014037 0,084225
10 Tibouchina mutabilis Jacatirão 6,50 8,59 0,0058 0,030166
11 Tibouchina mutabilis Jacatirão 4,50 4,14 0,0013 0,004841
12 Tibouchina mutabilis Jacatirão 4,00 3,82 0,0011 0,003667
13 Sapium glandulatum Leiteiro 6,00 4,77 0,0017 0,008594
14 Psidium guayava Goiabeira 4,00 4,77 0,0017 0,00573
15 Tibouchina mutabilis Jacatirão 7,50 16,87 0,0223 0,13412
16 Alchornea triplinervia Tanheiro 8,00 10,82 0,0091 0,058875
17 Tibouchina mutabilis Jacatirão 7,00 8,59 0,0058 0,032487
18 Tibouchina mutabilis Jacatirão 5,00 5,09 0,0020 0,008149
19 Mimosa bimucronata Silva 6,00 4,46 0,0015 0,007487
20 Mimosa bimucronata Silva 6,00 5,09 0,0020 0,009778
21 Mimosa bimucronata Silva 6,00 5,73 0,0025 0,012376
22 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 5,00 6,68 0,0035 0,014037
23 Mimosa bimucronata Silva 5,00 4,77 0,0017 0,007162
24 Tibouchina mutabilis Jacatirão 7,50 12,73 0,0127 0,076394
25 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 4,50 3,82 0,0011 0,004125
26 Mimosa bimucronata Silva 5,50 3,82 0,0011 0,005042
27 Tibouchina mutabilis Jacatirão 7,00 20,37 0,0325 0,182532
28 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 6,50 8,59 0,0058 0,030166
29 Tibouchina mutabilis Jacatirão 8,00 13,37 0,0140 0,08984
30 Mimosa bimucronata Silva 8,00 9,87 0,0076 0,048943
31 Mimosa bimucronata Silva 8,00 12,73 0,0127 0,081487
32 Tibouchina mutabilis Jacatirão 5,00 6,68 0,0035 0,014037
33 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 5,00 6,05 0,0028 0,011491
34 Tibouchina mutabilis Jacatirão 6,00 7,64 0,0045 0,022002
35 Tibouchina mutabilis Jacatirão 5,50 6,68 0,0035 0,015441
36 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 6,00 7,32 0,0042 0,020206
37 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 5,00 6,05 0,0028 0,011491
38 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 4,50 5,41 0,0023 0,008279
39 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 7,50 11,46 0,0103 0,061879
40 Vernonia sp Vasoura 4,00 4,14 0,0013 0,004304
41 Vernonia sp Vasoura 3,00 3,18 0,0007 0,00191
42 Vernonia sp Vasoura 3,00 3,50 0,0009 0,002311
SOMATÓRIO 244,50 353,96 0,3028 1,6356
MÉDIA 5,82 8,43 15,144 0,0389

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PARCELA 08

Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE NOME COMUM
(m) (cm) (m2/ha) (m3)
1 Cecropia adenopus Embaúba 10,00 48,00 0,0183 0,146677
2 Centrolobium robustum Ariribá 6,50 31,00 0,0076 0,039766
3 Centrolobium robustum Ariribá 8,00 62,00 0,0305 0,195773
4 Centrolobium robustum Ariribá 5,50 26,00 0,0053 0,02367
5 Centrolobium robustum Ariribá 5,50 13,00 0,0013 0,005917
6 Centrolobium robustum Ariribá 7,00 55,00 0,0240 0,134804
7 Centrolobium robustum Ariribá 7,50 46,00 0,0168 0,101032
8 Jacaranda micrantha Caroba 5,00 24,00 0,0045 0,018335
9 Jacaranda micrantha Caroba 5,00 22,00 0,0038 0,015406
10 Jacaranda micrantha Caroba 5,00 22,00 0,0038 0,015406
11 Alchornea triplinervia Tanheiro 8,50 96,00 0,0733 0,498702
12 Alchornea triplinervia Tanheiro 8,00 32,00 0,0081 0,052152
13 Alchornea triplinervia Tanheiro 6,50 24,00 0,0045 0,023835
14 Alchornea triplinervia Tanheiro 11,00 72,00 0,0412 0,363026
15 Alchornea triplinervia Tanheiro 10,00 65,00 0,0336 0,268972
16 Alchornea triplinervia Tanheiro 6,50 30,00 0,0071 0,037242
17 Miconia flammea Pixiricão 8,00 69,00 0,0378 0,242476
18 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 5,50 22,00 0,0038 0,016947
19 Cecropia adenopus Embaúba 9,00 50,00 0,0198 0,143239
20 Tibouchina mutabilis Jacatirão 9,00 56,00 0,0249 0,17968
21 Tibouchina mutabilis Jacatirão 9,00 42,00 0,0140 0,10107
22 Jacaranda micrantha Caroba 3,50 13,00 0,0013 0,003766
23 Jacaranda micrantha Caroba 5,00 20,00 0,0031 0,012732
24 Jacaranda micrantha Caroba 3,50 15,00 0,0017 0,005013
25 Alchornea triplinervia Tanheiro 5,00 18,00 0,0025 0,010313
26 Cordia sellowiana Catuteiro 5,00 11,00 0,0009 0,003852
27 Tibouchina mutabilis Jacatirão 8,00 67,00 0,0357 0,228623
28 Tibouchina mutabilis Jacatirão 4,00 34,00 0,0091 0,029437
29 Jacaranda micrantha Caroba 7,00 20,00 0,0031 0,017825
30 Alchornea triplinervia Tanheiro 7,50 34,00 0,0091 0,055195
31 Alchornea triplinervia Tanheiro 5,00 15,00 0,0017 0,007162
32 Alchornea triplinervia Tanheiro 8,00 65,00 0,0336 0,215177
SOMATÓRIO 217,50 1219,00 0,4878 3,213
MÉDIA 6,80 38,09 24,3900 0,1004

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PARCELA 09

Altura DAP Área Basal Volume


No. ESPÉCIE NOME COMUM
(m) (cm) (m2/ha) (m3)
1 Alchornea triplinervia Tanheiro 6,00 9,55 0,0071 0,034377
2 Cecropia adenopus Embaúba 8,00 16,87 0,0223 0,143061
3 Cordia sellowiana Catuteiro 3,00 7,00 0,0038 0,009244
4 Cordia sellowiana Catuteiro 3,00 3,18 0,0007 0,00191
5 Alchornea triplinervia Tanheiro 7,00 14,96 0,0175 0,098441
6 Andira fraxinifolia Angelim 4,00 9,55 0,0071 0,022918
7 Andira fraxinifolia Angelim 4,50 14,01 0,0154 0,055462
8 Cecropia adenopus Embaúba 9,00 12,73 0,0127 0,091673
9 Alchornea triplinervia Tanheiro 5,00 6,37 0,0031 0,012732
10 Rapanea ferruginea Capororoca 6,00 5,09 0,0020 0,009778
11 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 5,50 5,73 0,0025 0,011345
12 Tibouchina mutabilis Jacatirão 3,50 3,82 0,0011 0,003209
13 Tibouchina mutabilis Jacatirão 5,00 6,05 0,0028 0,011491
14 Tibouchina mutabilis Jacatirão 9,00 28,97 0,0658 0,474466
15 Rapanea ferruginea Capororoca 9,00 15,28 0,0183 0,132009
16 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 3,00 4,14 0,0013 0,003228
17 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 3,00 3,82 0,0011 0,00275
18 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 3,00 4,14 0,0013 0,003228
19 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 7,00 9,87 0,0076 0,042825
20 Cecropia adenopus Embaúba 9,00 14,96 0,0175 0,126566
21 Triplaris brasiliensis Pau-formiga 8,00 11,14 0,0097 0,062389
22 Triplaris brasiliensis Pau-formiga 9,00 17,83 0,0249 0,17968
23 Triplaris brasiliensis Pau-formiga 6,00 7,96 0,0049 0,023873
24 Triplaris brasiliensis Pau-formiga 7,00 7,00 0,0038 0,021569
25 Tibouchina mutabilis Jacatirão 7,00 10,19 0,0081 0,045633
26 Tibouchina mutabilis Jacatirão 9,00 28,01 0,0616 0,443699
27 Cecropia adenopus Embaúba 8,00 8,91 0,0062 0,039929
28 Alchornea triplinervia Tanheiro 7,00 14,01 0,0154 0,086275
29 Alchornea triplinervia Tanheiro 7,00 9,55 0,0071 0,040107
30 Rapanea ferruginea Capororoca 7,00 9,23 0,0066 0,037478
31 Alchornea triplinervia Tanheiro 6,00 9,55 0,0071 0,034377
32 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 7,50 16,87 0,0223 0,13412
33 Aegiphila sellowiana Gaioleiro 2,50 4,14 0,0013 0,00269
34 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 7,50 12,10 0,0114 0,068946
35 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 8,00 15,92 0,0198 0,127324
36 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 7,50 11,14 0,0097 0,058489
37 Triplaris brasiliensis Pau-formiga 7,00 19,42 0,0296 0,16582
38 Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 8,00 14,32 0,0161 0,103132
SOMATÓRIO 241,50 423,35 0,4786 2,9662
MÉDIA 6,36 11,14 23,933 0,078

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GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL - APSFS

ANEL RODOFERROVIÁRIO DO PORTO DE


SÃO FRANCISCO DO SUL

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO - EAS


VOLUME II

SÃO FRANCISCO DO SUL / AGOSTO / 2012

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Anel Rodoferroviário do Porto de São Francisco do Sul

VOLUME II

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12. ANEXOS (CONTINUAÇÃO)

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12.2. PROJETO DE ENGENHARIA

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R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

PROJETO BÁSICO DE ENGENHARIA

ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE SÃO


FRANCISCO DO SUL

x PÊRA RODOFERROVIÁRIA

Volume 1: Relatório do Projeto e


Memória Justificativa

JOINVILLE-SC
Agosto/2006.

2
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

A AGO/06 E.R.N. Emissão inicial F.D.B. A.C.R.


REV. DATA ELAB. MODIFICAÇÃO VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

3
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

SUMÁRIO

1.0-APRESENTAÇÃO .........................................................................................................5
2.0-PLANTA DE LOCALIZAÇÃO DOS TRABALHOS .........................................................6
3.0-ESTUDOS DE PROJETO .............................................................................................7
3.1-Estudos Topográficos ................................................................................................7
3.2-Estudos Geológicos e Geotécnicos ...........................................................................9
3.3-Estudo Hidrológico ...................................................................................................19
3.5-Estudos de Tráfego..................................................................................................41
4.0-PROJETOS .................................................................................................................44
4.1-Projeto Geométrico ..................................................................................................44
4.2-Projeto Terraplenagem ............................................................................................45
4.3-Projeto Drenagem Pluvial e O.A.C...........................................................................47
4.4-Projeto Pavimentação ..............................................................................................61
4.5-Projeto Sinalização ..................................................................................................62
5.0-QUADRO DE QUANTIDADES ...........................................................................64
6.0-CRONOGRAMA FÍSICO......................................................................................65
7.0-INFORMAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE EXECUÇÃO ....66
7.1 Fatores condicionantes ............................................................................................66
7.2 Responsabilidade pelos Serviços e Obras...............................................................69
7.3 Execução dos Serviços ............................................................................................71
8.0-MANEJO AMBIENTAL .........................................................................................74
8.1 Condições Gerais.....................................................................................................74
8.2 Canteiros de Obras ..................................................................................................75
8.3 Pavimentação ..........................................................................................................77
8.4 SINALIZAÇÃO .........................................................................................................78
10.0-INVENTÁRIO FOTOGRÁFICO ........................................................................79

4
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

1.0-APRESENTAÇÃO

A Azimute Engenheiros Consultores S/C Ltda. entrega nesta oportunidade o


presente relatório contendo o Projeto de Engenharia do Traçado Rodoferroviário de
Acesso ao Porto de São Francisco do Sul, para cumprimento dos trabalhos relativos ao
compromisso firmado entre a referida empresa e a Administração do Porto de São
Francisco do Sul. Os trabalhos são dispostos em três volumes, sendo o Volume 01
relativo aos estudos de projeto e memória justificativa, o Volume 02 as planilhas e
elementos de locação e Volume 03 as plantas do Projeto Básico em questão.

5
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

2.0-PLANTA DE LOCALIZAÇÃO DOS TRABALHOS

6
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

3.0-ESTUDOS DE PROJETO
3.1-Estudos Topográficos

3.1.1 Introdução

Os estudos de topografia desenvolveram-se seguindo rigorosamente as orientações


emanadas do Corpo Técnico da empresa Azimute Engenheiros Consultores SC Ltda. e
da Administração do Porto de São Francisco do Sul e se direcionaram nas seguintes
etapas:
x Amarração de todos os pontos de interesse do projeto:
Consiste no levantamento de pontos que trazem informações inerentes a elaboração
do projeto em questão, tais como posicionamento de postes, existência de bocas de lobo,
tubulações, enfim, tudo aquilo que interfere diretamente na concepção adotada pelo
projetista na elaboração do projeto.
x Cadastramento dos imóveis:
A informação dos imóveis lindeiros a via é importante no que diz respeito à
verificação de testadas de cada lote e no conhecimento dos níveis em relação a via objeto
de projeto.
x Nivelamento e Contra-nivelamento do eixo:
Tem por finalidade a verificação das cotas e a conferência deste cálculo na
determinação dos níveis da via.
x Nivelamento das seções transversais:
Processo utilizado para a determinação das cotas dos diversos pontos que darão
origem às curvas de nível e conseqüentemente o conhecimento da situação atual da via.
x Detalhamento das interseções:
Consiste na apresentação de todas as vias que intercedem à via objeto de projeto,
com o objetivo de posteriormente efetuar-se as devidas concordâncias de greide
projetado com greides existentes.

x Detalhamento do trecho:
7
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

O detalhamento do trecho constitui-se no conjunto de todas as informações descritas


acima, além da apresentação de todos os pontos que possam caracterizar a via em
questão.
3.1.2 Planta topográfica planialtimétrica

O levantamento topográfico foi executado com estações totais LEICA modelos TC-
600 e TC-307 e nível óptico modelo NA-720. Os elementos e dados coletados no campo
foram processados no escritório, em computadores, através de programas específicos
para a área de projetos, nas suas versões mais atuais do Autocad e Posição. Os
resultados destes processamentos serão formados e apresentados em pranchas nas
escalas compatíveis e adequadas à qualidade gráfica e visual para os estudos a serem
realizados.
3.1.3 Equipe Técnica

Os estudos realizados foram coordenados por um engenheiro coordenador, dois


engenheiros condutores, dois técnicos em topografia, todos com larga experiência
profissional, desenhistas, técnicos em Cad e demais auxiliares de topografia.

3.1.4 Composição Planta Topográfica

O levantamento topográfico utilizado foi desenvolvido em época anterior ao


desenvolvimento deste trabalho, sendo a faixa principal deste eixo de projeto oriunda da
modelagem do terreno natural obtida pelo processo topográfico a partir de normas
consagradas. Para complementações desta faixa utilizou-se de restituição
aerofotogramétrica fornecida pela Administração do Porto de São Francisco do Sul, que
apresenta-se com mesmo datum altimétrico e de posição.

8
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

3.2-Estudos Geológicos e Geotécnicos

3.2.1 Relevo

A topografia, no âmbito da área do projeto consiste de uma elevação disposta entre


as instalações da empresa Bunge e a costa, com declividades acentuadas, além da
encosta do Morro Pão de Açúcar, o qual apresenta altitude máxima de 187 metros em
relação ao nível do mar.
Grande parte do pátio da Bunge e do porto corresponde a porções mais planas do
relevo, intensamente antropizadas, onde é difícil ou mesmo impossível distinguir a forma
original do relevo, se de influência praial ou não, devido aos intensos trabalhos de
terraplenagem realizados no local. Saindo pela BR 280 em direção à Joinville, o relevo
torna-se menos acidentado, passando por planícies tipicamente aluvionares.

3.2.2 Geomorfologia

A Ilha de São Francisco do Sul apresenta alguns elementos da Unidade


Geomorfológica Serras do Leste Catarinense, onde predominam as elevações dispostas
de forma sub-paralela, orientadas predominantemente no sentido NW-SE, que ocupam de
forma mais expressiva o bordo oeste, representado por dois conjuntos de elevações,
sendo um mais ao sul nas regiões da Jacutinga e Morro da Palha e, outro mais ao norte
onde está situado o núcleo urbano do município e o porto.
Os modelados de dissecação são as características marcantes dessa unidade, com
amplitudes altimétricas inferiores a 200 m nas proximidades da costa, chegando a atingir
mais de 300 metros na Região do Morro das Laranjeiras.
De modo geral mantém as características da unidade, ou seja, a declividade
acentuada determina a ocorrência ocasional e localizada de movimentos de massa do
tipo solifluxão e deslizamentos, que resultam em cicatrizes no terreno e surgimento de
nichos erosivos.
A maior parte da Ilha encontra-se dento dos limites da unidade geomorfológica
denominada Planícies Costeiras. Esta é caracterizada pelos extensos terrenos planos ou
muito dissecados, onde os processos de geração de formas de relevo estão

9
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

intrinsecamente relacionados às variações do nível marinho ocorridas durante o


Quaternário. Foram modeladas em depósitos sedimentares arenosos e areno-argilosos,
em ambientes marinhos, lacustres, eólicos, fluviais e de leques aluviais que determinaram
as condições de deposição dos sedimentos. É possível reconhecer nessa unidade
geomorfológica três compartimentos:

x O Compartimento praial que compreende: as praias atuais, as planícies e os


terraços marinhos, as planícies de restinga, planícies lacustres e as planícies de
maré.
x O Compartimento eólico que compreende: todo o conjunto de formas de relevo
associadas às ações eólicas litorâneas, onde predominam os campos de dunas
ativas e estabilizadas.
x O Compartimento colúvio-aluvionar que diferencia-se dos demais, principalmente
pela granulometria e cor dos sedimentos, bem como pela posição altimétrica. A
fração argilosa é mais abundante e as cores são predominantemente vermelhas ou
amarelo-avermelhadas. Topograficamente o compartimento colúvio-aluvionar se
eleva acima das demais áreas das planícies costeiras, atingindo altitudes de até 50
m.

3.2.2.1 Geomorfologia Local

O local do projeto apresenta elevações das rochas do embasamento cristalino,


caracterizando a unidade das Serras do Leste Catarinense, onde é possível identificar
cicatrizes de deslizamentos como ocorre no Morro Pão de Açúcar e na encosta situada
entre as estacas 35 a 61. Espessos pacotes de manto de alteração nas vertentes voltadas
para o interior da ilha, como pode ser visto ao longo da BR 280 entre o entroncamento
que dá acesso ao centro do núcleo urbano mais antigo e a rótula que separa o tráfego do
porto com o do restante do norte da ilha onde estão situadas as praias.
São comuns ainda os depósitos colúvio-eluviais que ocorrem em rampas de
declividades variadas. São deposições geradas por processos morfogenéticos
gravitacionais e/ou, representando o compartimento colúvio-aluvionar, como pode ser
facilmente visualizado entre as estacas 24 a 31.
10
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

Foto 01 - Deposições tipo rampas de colúvios Foto 02- Sedimentos arenosos ao longo da Praia dos
próximo à Praia dos Ingleses Ingleses.

O compartimento praial está presente em pequenas e pouco expressivas ocorrência


ao longo da BR 280, entre as estacas 300 e 374. Ocorre na porção N-NE da área do
projeto, porém estaria apenas bordejando os limites da saia de aterro entre as estacas 21
a 27.

3.2.3 Hidrografia

A Ilha de São Francisco do Sul é banhada pelas águas da baía de Babitonga,


separada do continente pelo Canal do Linguado. Devido ao seu território de pequenas
dimensões, não apresenta uma rede
hidrográfica de porte avantajado, contendo
apenas pequenos rios e córregos. O Rio Acarai,
sem sombra de dúvidas o mais expressivo,
nasce na porção insular mais ao sul, seguindo
para norte sempre próximo da borda leste até
desaguar na praia da enseada.
No local específico do projeto, apenas
Foto 03 - Pequeno córrego situado nos fundo da pequenos corpos d’água, de poucas dezenas
Bunge, desaguando na Praia dos Ingleses.
de metros são os agentes responsáveis pela

11
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

condução das águas continentais para o oceano. O único rio existente nas proximidades,
denominado Monte de Trigo, nasce junto ao morro da antiga pedreira, seguindo para
nordeste na localidade de Iperoba, mais precisamente na praia do Calixto.

3.2.4 Solos

Os solos, em relação às características


pedogenéticas, podem ser classificados como
residuais, aqueles formados pela decomposição
de rochas do embasamento cristalino, formando
manto de alteração com espessuras que variam
de centimétricos a métricos nos locais mais
próximos à linha de costa, passando a
espessos pacotes nas faixas mais interioranas.

Foto 04 - Exposição do perfil do solo próximo à Praia Existem os solos desenvolvidos sobre os
dos Ingleses.
depósitos sedimentares inconsolidados, de
caráter arenoso, bem como os situados nas porções intermediárias, sobre os colúvios e
leques aluviais nas porções transicionais de relevo mais íngreme para as regiões mais
planas.

3.2.5 Geologia Regional

3.2.5.1 Complexo tabuleiro

São rochas de caráter granitóides fortemente foliadas com diversas associações


litológicas, predominando as de caráter tonalítico. A foliação, muito embora não chegue a
constituir um bandeamento gnaíssico, é bastante complexa, originada a partir de evento
de cisalhamento dúctil de alto ângulo, caracterizando a rocha como granito-gnaíssico,
muito embora seja comum a presença de recristalização de baixo grau.

12
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

Esta unidade consiste de "complexos gnaissicos graníticos e migmatíticos,


polifásicos (policíclicos) envolvidos de uma forma ou de outra nos processos de
deformação regional". (Silva in Silva & Bortoluzzi,1987).
Rochas granitóides que também compõem o grupo tabuleiro caracterizam-se por não
serem de todo isótropas, freqüentemente orientadas e, não raro mostrando variação
lateral para gnaisses bandados, sem limites definidos. Correspondem aparentemente à
continuidade de gnaisses e migmatitos, sobre os quais o metamorfismo regional foi mais
atuante. As litologias mais conspícuas são os dioritos, muito embora haja grande variação
composicional de local para local. Dessa forma são encontrados também gabros, noritos
e granodioritos além de outros.

3.2.5.2 Diques Mesozóicos

É relativamente comum a presença nesta região de pequenos diques de diabásios.


São parte dos enxames de diques mesozóicos que ocorrem em toda a bacia do Paraná e
regiões cristalinas adjacentes, que serviram de conduto para os espessos derrames
basálticos ocorridos na Bacia do Paraná neste período.

3.2.5.3 Depósitos Terciários

Os sedimentos terciários na região correspondem a terraços pliocênicos nas


encostas serranas. Trata-se de sedimentos de origem continental, de composição areno-
argilosa a rudácea predominante, mal selecionados, com seixos sub-arredondados,
maciços. São tipicamente leques aluviais coalescentes, formando, sob condições semi-
áridas, depósitos tipo "bajada".

3.2.5.4 Depósitos Quaternários

Os depósitos quaternários correspondem, segundo o mapa geológico do quaternário


costeiro do Estado de Santa Catarina, a três subdivisões: quaternário indiferenciado,
pleistoceno e holoceno os primeiros correspondem à deposição, em ambiente continental
de sedimentos argilosos e arenosos de lagunas e baías, muitas vezes associados a
coquinas.

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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

Os depósitos pleistocênicos correspondem dominantemente a areias marinhas


litorâneas bem selecionadas, podendo apresentar uma coloração cinza em conseqüência
da presença de matéria orgânica secundária, o que lhe confere certa coesão; a presença
de cordões litorâneos reliquiares é comum em alguns locais.
Os depósitos holocênicos são os que apresentam maior complexidade e diversidade.
Entre os depósitos continentais predominam os coluviões de pés de relevo e aluviões
fluviais nas várzeas dos rios. Nos ambientes de transição ocorrem sedimentos areno-
argilosos bastante ricos em matéria orgânica dos mangues atuais.
Ocorrem ainda sedimentos fluvio-lagunares areno-argilosos e regiões de turfeiras,
em baixadas mais pronunciadas. Finalmente, ocorrem os depósitos de areias marinhas
litorâneas bem selecionadas, apresentando localmente cordões arenosos, superfícies de
dunas, ativas ou estabilizadas. Também de significativa a ocorrência de sambaquis,
notadamente sobre os terraços pliocênicos e quaternários indiferenciados.

3.2.6 Geologia Local

A composição geológica é um fator fundamental, para o entendimento dos processos


que se desenvolveram naturalmente dando origem ao substrato superficial, onde se
desenvolvem as atividades antrópicas, constituindo uma referência para o
estabelecimento de parâmetros de comportamento geotécnico homogêneo.
O núcleo urbano do Município de São
Francisco do Sul está situado sobre os
domínios da unidade litoestratigráfica muito
antiga (superior a 2.600 ma), Núcleo
Migmatítico de Injeção Polifásica de São
Francisco do Sul do denominado de Complexo
Tabuleiro, sobre o qual a linha de costa oscilou
no passado geológico recente construindo uma
planície litorânea de agradação Foto 05- Detalhe do afloramento de rocha granitóide
siutado próximo à Unidade da CIDASC.
(preenchimento) onde se intercalam sedimentos fluviais, transportados pelos rios que

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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

descem a Serra do Mar e sedimentos depositados nos períodos em que o mar teve nível
mais elevado que o atual.

Assim a coluna estratigráfica local pode ser resumida da seguinte forma.

IDADE UNIDADE LITOESTRATIGRÁFICA LITOLOGIA / AMBIENTE


Sedimentos Continentais Aluviões (depósitos turfáceos, depósitos arenosos)
QUATERNÁRIO e sedimentos de pé de relevo ( depósitos argilo-
arenosos).
Mangues atuais, sedimentos finos, ricos em matéria
orgânica, depositados na zona intermarés.
TERCIÁRO Sedimentos Marinhos Areias marinhas bem selecionadas, podendo
apresentar coloração escura em conseqüência da
presença de matéria orgânica de origem secundária
que lhes conferem uma certa coesão.
MESOZÓICO Formação Serra Geral Diques de diabásio de dimensões centimétricas.
ARQUEANO Núcleo Migmatítico de Injeção Migmatitos de Injeção Polifásica, granitos gnáissicos
Polifásica de São Francisco do Sul e granitóides Indiferenciados
(Grupo Tabuleiro)

A localidade relativa ao projeto, e as demais elevações situadas mais ao sul, tem


como principais litologias as rochas pertencentes ao denominado Núcleo Migmatítico de
Injeção Polifásica de São Francisco do Sul. São granitóides com orientação conspícua
dos componentes minerais, apesar do aspecto isótropo, bastante afetados por fenômenos
de tectônica rígida. No sopé destas elevações observa-se a ocorrência de depósitos
coluviais compostos por material argilo–arenosos de granulometria média a grosseira.
Da porção central da ilha para o bordo leste há ampla predominância de sedimentos
arenosos de idade pleistocênica, granulometria média a fina. Na porção leste da Ilha,
principalmente ao longo do Rio Icaraí observa-se a ocorrência de sedimentos argilosos e
arenosos, podendo conter conchas de moluscos em quantidades variáveis.
A região SE da área, no local denominado Praia Grande verifica-se a ocorrência de
sedimentos arenosos eólicos (dunas). Mais ao Norte da ilha, nas proximidades da Praia
de Capri, e no Sul, ao longo do Canal do Linguado, nota-se a ocorrência de sedimentos
argilosos, ricos em matéria orgânica, típicos de mangue.

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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

Finalmente observa-se nas proximidades do leito das drenagens existentes no


interior da ilha a ocorrência de sedimentos arenosos e argilo-arenosos atuais.
A área do traçado do projeto está na sua maior parte inserida no denominado Núcleo
Migmatítico de Injeção Polifásica de São Francisco do Sul, portanto, sobre as litologias
cristalinas, com melhores características para implantação de obras rodoferroviárias.

3.2.7-Jazidas de Materiais para Utilização na Execução das Obras

A obra está inserida na área urbana de São Francisco do Sul, espremida pelas
instalações do e as elevações adjacentes. Consultado o sistema de controle de áreas
tituladas do DNPM, verifica-se que não existem mais locais disponíveis para a realização
de requerimentos visando a obtenção de materiais de origem mineral para utilização
direta na obra. Assim, as substâncias minerais a serem empregadas na fase de
execução, com exceção daquelas originadas das frentes de escavação, terão que ser
buscadas em jazimentos comerciais existentes na região, conforme as indicações
apresentadas a seguir:

Areia

A jazida mais próxima esta situada na Rodovia SC 495, que dá acesso a Balneário
Barra do Sul, pertencente a MINERAÇÃO JUNDU LTDA., onde é possível obter areia com
granulometria variando de fina a média provinda de extração em terraços arenosos.
Outro jazimento está situado à margem do Rio Piraí, podendo ser acessado através
da BR 101, seguindo no sentido Joinville - Barra Velha por aproximadamente 2,3 km após
o viaduto da BR 280. A partir desse ponto segue na direção por mais 2,2 km, através de
estrada vicinal até chegar ao Porto de Areia da empresa
CONCREMAX INDUSTRIAL LTDA., onde pode ser obtida areia quartzosa de fina a média
de origem fluvial.

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Brita

Existem várias empresas produtoras na


região, cinco delas em Joinville das quais:
Britagem Vogelsanger (Bairro Vila Nova); e
ENGEPASA (SC 413); e Terraplenagem
Rudnick (BR-101); produzem brita a partir de
rocha gnaissica. As outras duas: Britador
Hübner Ltda. (SC 301) e Cubatão Dragagens
Ltda. (Pirabeiraba); utilizam como matéria prima
Foto 06 - Unidade de produção de brita da Empresa
os depósitos de cascalhos (seixos rolados), da Engepasa Infraestrutura Ltda.

planície aluvionar do Rio Cubatão. Em Jaraguá do sul a PEDREIRA RIO BRANCO


LTDA e em Araquari a PEDRAS MORRO GRANDE LTDA., as quais também utilizam
gnaisse para produzir brita. As distância médias de transporte variam de 65 a 70 km.

Existe uma jazida comercial a aproximadamente 4,9 km do viaduto da BR 101 com a


BR 280 em direção em Joinville, contudo, por tratar-se de rocha composta de composição
mineralógica característica de ultrabasitos, sujeitas à formação de minerais expansivos
nos processos de alteração, recomenda-se que a eventual utilização de produtos oriundos
desse jazimento sejam precedidos de ensaios convencionais de obras de engenharia,
bem como de análises e laudos técnicos fornecidos por laboratórios capacitados para
análises mineralógicas visando a detecção de minerais bem como a ação de minerais
expansivos.

Solos

Existem diversas ocorrências em exploração comercial além de outras que podem vir
a ser exploradas com características semelhantes, das quais podem ser destacadas duas
frentes situadas na BR 280 a 1,1 e 1,45 km respectivamente.

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Foto 07 - Detalhe da jazida de material de primeira Foto 08 - Jazida de material de primeira categoria
categoria situado a 1,1 km do início da obra. situada a 1,45 km do início da obra.

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3.3-Estudo Hidrológico

3.3.1. Generalidades

O objetivo dos Estudos Hidrológicos está fundamentalmente ligado a definição dos


elementos necessários ao estudo da vazão dos dispositivos de drenagem que se fizerem
necessários ao longo da BR-280 e da Avenida Engenheiro Leite Ribeiro .
Com o propósito de se fazer à seleção das estruturas, lançou-se mão de elementos
e dados suplementares fornecidos por:
- ortofotocarta da área de abrangência do Porto de São Francisco do sul – escala 1:2.000;
- Carta digital do IBGE de São Francisco do Sul – folha SG-22-Z-B-II-22/III-1 na escala
1:100.000;
- estudo topográfico;
- estudo geológico;
- levantamento topográfico e cadastral das obras de arte correntes existentes e;
- inspeções de campo.
3.3.2 Coleta de Dados Meteorológicos

Como etapa inicial dos Estudos Hidrológicos, da rodovia em projeto, foi efetuado e
desenvolvido inventário de dados hidrológicos existentes.
Com base na publicação “Inventário das Estações Pluviométricas”, MMEJDNAEE,
procedeu-se um trabalho de identificação e localização dos postos pluviométricos
disponíveis e em operação nas imediações da rodovia em estudo.
Inventário Pluviométrico
Período de
Órgão Coordenadas
Código Nome da Estação Município Observação
operador
Latitude Longitude Início Fim N
2648013 São Fco do Sul São Fco do Sul INEMET 26°15’ 48°38’ 1923 66
2648014 Joinville Joinville RFFSA 26°18’ 4851’ 1938 * 51
2648027 Garuva Garuva DNAEE 26°0 1’ 48°53’ 1976 * 13
2648020 Itapocú Araquari DNAEE 26°24’ 48°43’ 1976 * 13
2648028 Ponte SC 301 Araquari DNAEE 26°25’ 48°50’ 1977 * 12
Obs.: * Em operação
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O quadro, inventário Pluviométrico, apresenta a relação de cinco postos mais


significativos, mas devido à localização do projeto em questão estar situado no município
de São Francisco do Sul, selecionou-se a Estação São Francisco do Sul, devido sua
proximidade com o litoral e, sobretudo, por possuir uma série histórica de dados bastante
significativa. Além disso, a referida estação dispõe de informações meteorológicas
completas.
A estação selecionada compõe o acervo do 8° DISME — Distrito do Instituto de
Meteorologia do Ministério da Agricultura.

3.3.3 Caracterização Básica da Região

Descrição Geográfica

O projeto em questão situa-se próximo a Baia da Babitonga, no litoral norte do


Estado de Santa Catarina e compreende os acessos viários ao entorno do Porto de São
Francisco do Sul.

Geomorfologia

O trecho do Projeto desenvolve-se sobre duas unidades geomorfológicas distintas,


quais sejam: Unidade Geomorfológica, Planícies Litorâneas e a Unidade Geomorfológica
Serra do Mar.
As altitudes médias encontradas no levantamento das vias variam em torno de
2,00m a 10,00m em relação ao nível do mar, próximo a BR-280, onde se concentra as
áreas de serra e montanhas, conseguiu-se através da carta do IBGE, uma altitude
máxima aproxima de 181,00m.
Além disso, as declividades em geral relativamente acentuadas desses mesmos
vales, aliadas a configuração da rede de drenagem favorecem sobremaneira rápida
concentração de descargas e são fatores altamente favoráveis à formação de enchentes
de grande magnitude, outros fatores preponderantes para a formação de enchentes é a
influência da maré nas tubulações de drenagem e também a baixa declividade
No que diz respeito às litologias encontradas nessas serras, são representadas por
rochas metamórficas, correspondentes a uma reunião de fácies gnáissicas, graníticas e

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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

cataclásiticas, esta última gerada pela trituração e fragmentação de rochas ocasionadas


por fortes movimentos tectônicos.
Entre o depósito marinho e as rochas metamórficas ocorrem depósitos mistos. Esta
denominação corresponde a sedimentos de material erodido pela drenagem dendrítica,
inconsolidados, de natureza flúvio-marinha, constituídos por areias, siltes e argilas, que
geram lamas e lodos com alta porcentagem de matéria orgânica em decomposição, tais
sedimentos se dispõem ao longo de drenagem senis, meandrantes, bem como na foz dos
rios.
3.3.4 Vegetação e Uso do Solo

A formação vegetal é exuberante, complexa e formada por vários agrupamentos


distintos, quanto à composição estrutural e, sobretudo quanto ao panorama fito-
fisionômico.
As serras que delimitam a bacia hidrográfica da Baía da Babitonga, e que
correspondem aos contrafortes da Serra do Mar, são serpenteadas pela BR-280 em
quase que toda a sua extensão.
O projeto em questão delimita a Sudeste o avanço exploratório dessa floresta que
atualmente representa um patrimônio ambiental. Em virtude de sua extensão ainda
natural e quase nada degradada pela atividade antrópica.
Essa vegetação representa acervo da flora e fauna desse tipo ambiental de valor
inestimável por ser a última reserva intocável do sul de nosso país, onde sobrevivem
espécies em extinção.
Da Floresta Atlântica original, tem-se hoje, nas muitas encostas preservadas, bem
como os topos de alguns morros devido à topografia acidentada que proporciona
dificuldades de acesso e ocupação.
Essa cobertura vegetal localizada entre as encostas mais íngremes e o início da
Floresta de Terras Baixas, se apresenta hoje fortemente marcada pela ação humana, se
constituindo num mosaico de manchas com diferentes graus de deterioração.

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3.3.5 Clima

A posição geográfica, a conformação do terreno e a proximidade do mar são fatores


que tem influência decisiva nas condições meteorológicas da área onde se desenvolve o
Projeto.
O vale da baía da Babitonga tem sua configuração caracterizada pela existência de
serra a Sudeste, Norte e a Nordeste, e de planície e elevações pequenas a Oeste, nas
proximidades do litoral.
Em conseqüência desses fatores geográficos, a região é, por um lado, fortemente
defendida dos ventos frios e intensos que sopram de sudeste e, por outro lado, livremente
influenciada pelo oceano, sobretudo através das invasões de massas oceânicas de ar frio
proveniente do sudoeste.
Para estabelecer uma análise climatológica foram utilizados dados mensais da
estação São Francisco do Sul, conforme seleções estabelecidas no item Coleta de Dados
Meteorológicos, e cujos elementos são representativos das condições climáticas
prevalecentes da região.
Do ponto de vista pluviométrico, o primeiro fator, serras ao Norte e ao Leste,
acarreta redução da pluviosidade nessa área, a sotaventos das cadeias de montanhas,
enquanto o segundo fator, livre invasão de massas de ar marítimas, proporciona chuvas
bastante copiosas a Oeste e Noroeste.
Os dados pluviométricos mensais mostram a inexistência de uma estação seca e
uma variação quantitativa de chuva ao longo do ano, que pode ser assim caracterizada:
- uma estação chuvosa principal no verão, de meados de dezembro a março, com
precipitação mensal média de 258 mm;
- uma estação chuvosa secundária na primavera, de setembro a outubro. com chuva
média da ordem de 145mm/mês; e
- um período de menores precipitações, de abril a agosto, com 110 mm/mês.
Essa característica é explicada pela superposição de três regimes pluviais que
ocorrem na região:
- o tropical com máximo no verão, proveniente das descontinuidades tropicais;
- o da frente polar, no percurso oceânico, com máximo no outono;

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- o da frente polar, no percurso continental, que provoca chuvas de inverno e,


principalmente, na primavera.
Do ponto de vista término, a topografia, resguarda a região dos ventos frios de
Sudeste, e a proximidade do mar ameniza os altos índices térmicos. A interação desses
fatores faz com que as características térmicas da região sejam relativamente suaves.
A temperatura média anual no vale varia em torno de 20,5°. As épocas quente e fria
do ano são bem caracterizadas: janeiro/fevereiro, com média de 24,4° e julho, com 16,5°.
Em termos de temperaturas absolutas, as máximas oscilam em torno de 40° e as mínimas
variam em cerca de 4°.
As características térmicas e pluviométricas da região permitem classificá-la como
clima subtropical chuvoso, com verão quente e sem estação seca, ou, ainda, segundo
Koppen, como clima temperado úmido de verão quente (Cfa).
A seguir está sendo apresentado um quadro com as características climáticas
anuais da estação meteorológica de São Francisco do Sul e o mapa do Estado de Santa
Catarina contendo a classificação climática, segundo Wladimir Koppen.

DADOS CARACTERISTICOS DA REGIÃO


JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL MÉDIA
TEMPERATURA
28,60 28,60 27,90 25,90 23,90 21,80 20,80 21,30 21,80 23,20 25,10 27,10 296,00 24,67
MÁXIMA C
TEMPERATURA
21,50 21,90 21,00 18,90 16,80 14,60 13,80 14,60 15,50 17,20 18,60 20,20 214,60 17,88
MÍNIMA C
TEMPERATURA
24,40 24,40 23,70 21,50 19,40 17,50 16,50 17,20 18,00 19,50 21,20 23,00 246,30 20,53
MÉDIA C
AMPLITUDE
22,80 26,30 21,20 23,20 24,90 26,50 29,30 28,70 25,70 30,00 24,40 23,40 306,40 25,53
ABSOLUTA C
INSOLAÇÃO
171,40 146,00 153,30 152,10 158,40 132,80 143,90 124,00 102,60 111,30 140,80 168,90 1,705,50 142,13
HORAS
EVAPORAÇÃO
56,10 43,40 47,90 44,10 39,20 35,00 33,90 38,90 45,50 51,20 55,50 59,30 550,00 45,83
mm
PRECIPITAÇÃO
248,10 281,00 244,90 137,70 119,90 93,70 102,80 95,00 130,60 151,20 143,30 153,00 1,901,20 158,43
mm
Nº DE DIAS DE
18,00 18,00 18,00 15,00 13,00 11,00 12,00 12,00 15,00 17,00 17,00 18,00 184,00 15,33
CHUVAS
UMIDADE
86,10 87,50 87,70 86,00 88,00 87,90 87,90 88,90 88,80 86,70 85,50 85,20 1,046,20 87,18
RELATIVA %

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3.3.6 Comportamento das Chuvas Intensas

Considerações Iniciais

Para a definição das vazões dos dispositivos de drenagem e das obras de arte
correntes torna-se indispensável à determinação das chuvas de intensidade-duração-
tempo de recorrência. Para tanto, procedeu-se estudo do comportamento das chuvas
intensas.
O tempo de recorrência para o projeto de cada dispositivo de drenagem foi fixado
segundo a NP-03/DNER “Normas de Procedimento para Estudos Hidrológicos” levando-
se em conta:
- importância e segurança da obra;
- classe da rodovia;
- interrupção do tráfego e os prejuízos econômicos;
- prejuízo a propriedade lindeiras;
-estimativa de custos de restauração na hipótese de destruição;
- outros fatores.
Assim sendo, os tempos de recorrência adotados foram:
- dispositivos de drenagem superficial - 5 anos
- Drenagem Urbana – 5 anos.
- obras de arte correntes 15/25 anos
- pontes e canais de grande porte 50 anos
- dispositivos de drenagem do pavimento (subsuperficial) 1 a 5 anos

Metodologia

O estudo foi desenvolvido mediante a utilização da metodologia desenvolvida pelo


Instituto Astronômico e Geofisico da Universidade de São Paulo, trabalhando-se com
chuvas intensas de 1 dia de duração.
A metodologia adotada para o desenvolvimento dos trabalhos atendeu as quatro
fases sucessivas a seguir descritas:
1 ª Fase – Escolhida à estação pluviométrica característica da região, coletaram-se as
informações de chuvas diárias, na série histórica do posto.
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2a Fase – Procedeu-se à compilação dos dados, com preenchimento de falhas e


detecção de erros.
3 Fase – Formou-se a série histórica anual de chuvas de um dia, constituída pelos
maiores valores anuais. Os dados obtidos levaram à definição da correlação do tempo de
recorrência ou probabilidade.
Em função dos dados foram determinados os seguintes parâmetros:
- a média aritmética ( X ) e,
- o desvio padrão da amostra (S).
A relação obtida por Gumbel supõe que existam infinitos elementos. Na prática,
levou-se em conta o número real de anos de observações, utilizando-se a expressão
seguinte, devida a Ven Te Chow:
H X  KS
Onde:
H = altura pluviométrica esperada para o período de retorno desejado;

X = altura pluviométrica média;

S = desvio padrão da série anual, e


= fator de freqüência que depende do número de amostras e do período de
K
recorrência (tabela I)
O fator de freqüência poderá ser calculado pela Tabela 1, apresentada na página
seguinte.
As alturas pluviométricas de chuvas máximas de 24 horas e de 1 dia, guardam uma
relação quase constante e independente do período de retorno, cujo valor é da ordem de
1,095, adotado no método do Eng° Taborga Torrico.
O método consiste em transformar os valores conhecidos das chuvas máximas de 1
dia em chuvas de 24 horas e desta, para chuvas de 1 hora e de 6 minutos de duração,
dentro de percentuais determinados através de tratamento estatístico do estudo “Chuvas
Intensas no Brasil”.
4° Fase – Nesta fase, com os dados transformados, procede-se o cálculo das chuvas de
diferentes durações, em função do tempo e recorrência.

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As alturas de precipitação de 24 horas, 1 hoM e 6 minutos de duração são lançadas


no papel de probabilidade de Hershfield e Wilson, possibilitando, para qualquer tempo de
duração contido entre os valores extremos, ler-se a altura correspondente. Chega-se às
chuvas de intensidade-duração-tempo de recorrência através da função tipo.

I = (t, T)

Sendo:
I = intensidade em mm/h;
t = tempo de duração da chuva em minutos e,
T = tempo de recorrência em anos.
Graficamente a função toma a seguinte forma quando desenhada em papel
bilogarítmico.

Com a metodologia exposta. Procedeu-se ao cálculo das funções de intensidade e


duração das precipitações, para o respectivo posto pluviométrico selecionado na região.

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Freqüência das Precipitações Máximas

Nos quadros a seguir apresenta-se o estudo da freqüência das Precipitações Diárias


Máximas Anuais para a Estação São Francisco do Sul.
Segundo a expressão de Ven Te Chow, tem-se:

H X  KS

Para a Estação São Francisco do Sul, tem-se:


Período de observação
n = 47 anos
X =104,81 e,
S=33,698
E a expressão toma a forma:

Consultando a tabela 1, temos os valores de K (fator de freqüência), que é função do


período de retorno e o número de observações, resultando as precipitações máximas
diárias seguintes:

Tempo de Recorrência TR Fator de Freqüência Precipitação Máxima Diária


(anos) (K) (mm)
5 0,824 132,58
10 1,474 154,48
15 1,836 166,68
25 2,294 182,11
50 2,903 202,63
100 3,507 222,99

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TABELA I
Valores de "K" calculados segundo a Lei de Gumbel - X= X + XG
Nº eventos Tr - Tempo de Recorrência em Anos
considerados 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 50,00 100,00
10 1,058 1,848 2,289 2,606 2,847 3,588 4,323
11 1,034 1,809 2,242 2,553 2,789 3,516 4,238
12 1,013 1,777 2,202 2,509 2,741 3,476 4,166
13 0,996 1,748 2,168 2,470 2,699 3,405 4,105
14 0,981 1,724 2,138 2,437 2,663 3,360 4,052
15 0,967 1,703 2,112 2,410 2,632 3,321 4,005
16 0,955 1,682 2,087 2,379 2,601 3,283 3,959
17 0,943 1,664 2,066 2,355 2,575 3,250 3,921
18 0,934 1,649 2,047 2,335 2,552 3,223 3,888
19 0,926 1,636 2,032 2,317 2,533 3,199 3,860
20 0,919 1,625 2,018 2,302 2,517 3,179 3,836
21 0,911 1,613 2,004 2,286 2,500 3,157 3,810
22 0,905 1,603 1,992 2,272 2,484 3,138 3,787
23 0,899 1,593 1,980 2,259 2,470 3,121 3,766
24 0,893 1,584 1,969 2,247 2,457 3,104 3,747
25 0,888 1,575 1,958 2,235 2,444 3,088 3,729
26 0,883 1,568 1,949 2,224 2,432 3,074 3,711
27 0,879 1,560 1,941 2,215 2,422 3,061 3,696
28 0,874 1,553 1,932 2,205 2,412 3,048 3,681
29 0,870 1,547 1,924 2,196 2,402 3,037 3,667
30 0,866 1,541 1,912 2,188 2,393 3,026 3,653
31 0,863 1,535 1,910 2,180 2,385 3,015 3,641
32 0,860 1,530 1,904 2,173 2,377 3,005 3,629
33 0,856 1,525 1,897 2,166 2,369 2,966 3,618
34 0,855 1,520 1,892 2,160 2,362 2,987 3,608
35 0,851 1,516 1,886 2,152 2,354 2,977 3,598
36 0,848 1,511 1,881 2,147 2,349 2,971 3,588
37 0,845 1,507 1,876 2,142 2,344 2,963 3,579
38 0,843 1,503 1,871 2,137 2,338 2,957 3,571
39 0,840 1,499 1,867 2,131 2,331 2,950 3,563
40 0,838 1,495 1,862 2,126 2,326 2,943 3,554
41 0,836 1,492 1,858 2,121 2,321 2,936 3,547
42 0,834 1,489 1,854 2,117 2,316 2,930 3,539
43 0,832 1,485 1,850 2,112 2,311 2,924 3,532
44 0,830 1,482 1,846 2,108 2,307 2,919 3,526
45 0,828 1,478 1,824 2,104 2,303 2,913 3,519
46 0,826 1,476 1,839 2,100 2,298 2,908 3,513
47 0,824 1,474 1,836 2,096 2,294 2,903 3,507
48 0,823 1,471 1,832 2,093 2,290 2,898 3,501
49 0,821 1,469 1,830 2,090 2,287 2,894 3,496
50 0,820 1,466 1,827 2,086 2,283 2,889 3,490
29
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

TABELA I
Valores de "K" calculados segundo a Lei de Gumbel - X= X + XG
Nº eventos Tr - Tempo de Recorrência em Anos
considerados 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 50,00 100,00
51 0,818 1,464 1,924 2,083 2,280 2,885 3,486
52 0,817 1,462 1,821 2,080 2,276 2,881 3,481
53 0,815 1,459 1,818 2,077 2,273 2,875 3,474
54 0,814 1,457 1,816 2,074 2,270 2,873 3,471
55 0,813 1,455 1,813 2,071 2,267 2,869 3,467
56 0,812 1,453 1,811 2,069 2,264 2,865 3,462
57 0,810 1,451 1,809 2,066 2,261 2,862 3,458
58 0,809 1,449 1,806 2,064 2,258 2,858 3,454
59 0,808 1,448 1,804 2,061 2,256 2,855 3,450
60 0,807 1,446 1,802 2,059 2,253 2,852 3,446

Precipitações Máximas de 24 Horas

Observando-se o mapa próprio do Método, em anexo, observa-se que o trecho está


enquadrado na zona, com os respectivos fatores de transformação agrupados nos
quadros a seguir:
Isozona “D” 1 dia / 24 horas 1 hora / 24 horas (%) 6 mm / 24 horas (%)
TR = 5 anos 1,095 40,1 9,8
TR = 10anos 1,095 39,7 9,8
TR = 15 anos 1,095 39,5 9,8
TR = 25 anos 1,095 39,2 9,8
TR = 50 anos 1,095 38,8 9,8
TR = 100 anos 1,095 38,4 8,8

H1 dia
TR (anos) H24 horas (mm) H1 hora (mm) H mm (mm)
(mm)
5 132,58 145,18 58,22 14,23
10 154,48 169,16 67,15 16,58
15 166,68 182,51 72,09 17,89
25 182,11 199,41 78,17 19,54
50 202,63 221,88 86,09 21,74
100 222,99 244,17 93,76 21,49

30
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

Curvas de Intensidade-Duração-Tempo de Recorrência

De acordo com a metodologia já exposta, esta função é apresentada em forma


tabular nos quadros e em forma de gráfico nos desenhos que seguem.

31
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

REGIME PLUVIOMÉTRICO
PERÍODO DE TEMPO
ENTIDADE LOCALIDADE
OBSERVAÇÃO CONSIDERADO
INEMET 1928-1986 60 SÃO FRANCISCO DO SUL

Média total anual das


159,37 Número Médio de dias
Precipitações 210
chuvosos anuais
TOTAL ANUAL MÉDIO: 1.912mm

Histograma das Precipitações Médias Mensais

Precipitação média em mm

350,00

300,00

250,00

200,00 Precipitação média em mm

150,00

100,00

50,00

-
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
VERÃO OUTONO INVERNO PRIMAVERA

32
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

ESTAÇÃO SÃO FRANCISCO DO SUL


TEMPO TR:05 ANOS TR:10 ANOS TR: 15 ANOS TR: 25 ANOS TR: 50 ANOS TR: 100 ANOS
DURAÇÃO H I H I H I H I H I H I
(h) (mm) (mm/h) (mm) (mm/h) (mm) (mm/h) (mm) (mm/h) (mm) (mm/h) (mm) (mm/h)
0,083 11,60 139,200 12,50 150,000 13,10 157,200 13,80 165,600 14,90 178,800 16,10 193,200
0,167 19,90 119,400 21,80 130,800 22,90 137,400 24,30 145,800 26,40 158,400 28,60 171,600
0,250 26,80 107,200 29,70 118,800 31,40 125,600 33,60 134,400 36,60 146,400 39,80 159,200
0,333 31,70 95,100 35,20 105,600 37,30 111,900 40,00 120,000 43,80 131,400 47,80 143,400
0,417 35,80 85,920 39,90 95,760 42,40 101,760 45,60 109,440 50,10 120,240 54,90 131,760
0,500 39,40 78,800 44,10 88,200 46,90 93,800 50,60 101,200 55,90 111,800 61,40 122,800
1,000 59,30 59,300 68,40 68,400 73,80 73,800 80,80 80,800 90,50 90,500 100,50 100,500
2,000 76,60 38,300 89,30 44,650 96,70 48,350 106,40 53,200 120,00 60,000 134,30 67,150
4,000 95,70 23,925 111,80 27,950 121,50 30,375 134,20 33,550 152,10 38,025 171,20 42,800
6,000 106,80 17,800 124,90 20,817 135,80 22,633 150,10 25,017 170,30 28,383 191,80 31,967
8,000 115,10 14,388 134,70 16,838 146,60 18,325 162,00 20,250 183,90 22,988 207,30 25,913
10,000 121,50 12,150 142,10 14,210 154,60 15,460 170,80 17,080 193,90 19,390 218,40 21,840
12,000 126,90 10,575 148,40 12,367 161,30 13,442 178,20 14,850 202,10 16,842 227,60 18,967
14,000 131,60 9,400 153,70 10,979 167,10 11,936 184,50 13,179 209,30 14,950 235,50 16,821
24,000 148,90 6,204 173,50 7,229 188,30 7,846 207,50 8,646 234,60 9,775 263,30 10,971

33
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

34
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

3.3.7 Estimativa de Deflúvio Superficial

Generalidades

As estruturas hidráulicas previstas em projetos rodoviários têm o seu


dimensionamento condicionado à pré-determinação da vazão máxima provável em uma
seção de um curso d ‘água.
O exame das práticas correntes de estimativa da magnitude do deflúvio superficial
em áreas rurais e urbanas tem mostrado que três enfoques básicos podem ser utilizados:
O Método Racional, O Método do Hidrograma Unitário Sintético e, finalmente, a Análise
Estatística.

Uma caracterização geral dos métodos pode ser feita da seguinte forma:

Método Racional: Esse método é utilizado para o dimensionamento de obras de arte


corrente e avaliação do escoamento superficial para dispositivos de drenagem, para
bacias tributárias geralmente com áreas e drenagem inferiores a 5,0 km2 (IS-03, IS-
57DNER).

Método do Hidrograma Unitário Sintético: Utilizado para dimensionamento de grandes


obras de arte correntes, quando a área de drenagem envolvida excede 5,0 km². É,
também, particularmente aplicável para áreas que possivelmente sofrerão significativa
urbanização no futuro.

Análise Estatística: É recomendada para estimativa das descargas de cheias de um dado


período de retorno, em cursos d’água de grande porte, e para pequenos cursos d’água
que drenam uma área de 25 km² ou mais, nos quais uma futura urbanização não
importará em efeitos significativos, com respeito às características dos seus deflúvios.

35
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

Caracterização Física das Bacias de Contribuição

Os elementos disponíveis para delimitação das bacias hidrográficas são os


seguintes:
- ortofotocarta da área de abrangência do porto de São Francisco do Sul – escala 1:2.000;
- Carta digital do IBGE – São Francisco do Sul – Folha SG-22-Z-B-II-2/III-1 escala
1:100.000;
- verificação “in loco” da bacia de contribuição das áreas envolvidas. Observou-se ao
longo do trecho da BR-280, existem três travessias existentes, onde estas irão contribuir
para o dimensionamento das tubulações da Avenida Engenheiro Leite Ribeiro, conforme
apresentado na planta da Bacia de contribuição – DRE-00504-01.
Com essas informações, torna-se possível estabelecer a demarcação das bacias de
contribuição.
De maneira geral, o tempo de concentração de uma bacia qualquer é função dos
seguintes parâmetros:
a) Área da bacia;
b) Comprimento e declividade do canal mais longo (principal);
c) Comprimento ao longo do curso principal, desde o centro da bacia até a seção de
saída considerada;
d) Forma da bacia;
e) Declividade média do terreno;
f) Declividade e comprimento dos afluentes;
g) Rugosidade do canal;
h) Tipo de recobrimento vegetal;
i) Distância entre o fim do canal e o espigão.
O tempo de concentração não é constante para uma dada área, mas varia com o
estado de recobrimento vegetal e a altura e distribuição da chuva sobre a bacia. Mas,
para períodos de recorrência superiores há 10 anos, a influência da vegetação parece ser
desprezível.
Existem fórmulas empíricas e ábacos que fornecem o valor desse tempo em função
das características físicas da bacia.

36
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

Segue a fórmula adotada, sendo que as características mais freqüentemente


utilizadas são o comprimento e a declividade do curso principal.
Fórmula do California Culverts Practice, California Highways and Public Works ou
KIRPICH:
0, 385
§ L3 ·
tc 57 u ¨¨ ¸¸
©H¹
Onde:
tc = o tempo de concentração, em minutos;
L = a extensão do talvegue, em quilômetros;
H = a diferença de nível entre o ponto mais afastado da bacia e o ponto considerado, em
metros.
Quando o tc calculado for menor do que 10,00 minutos, adota-se tc de projeto = 10,00 minutos.

3.3.8 Método Racional

Para o cálculo das vazões de dimensionamento das estruturas de drenagem adotou-


se o Método Racional, tendo em vista que as bacias, de contribuição são menores que
5,0 km2. O conceito básico do método presume que a máxima vazão em uma
determinada seção e função do tempo de concentração. Supõe-se que as condições de
permeabilidade da bacia permaneçam constantes durante a ocorrência da chuva. O
cálculo das vazões é dado pela fórmula:

Q=C.i.A

Onde:
Q = pico de vazão em m³/s;
C = coeficiente de deflúvio superficial;
i = intensidade da chuva em m³/s.ha ;
A = área drenada em ha;
O método racional se baseia no principio que a vazão máxima, provocada por uma
chuva de intensidade uniforme, ocorre quando todas as partes da bacia passam a
contribuir para seção de drenagem.
37
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

O tempo necessário para que isto aconteça, medido a partir da chuva, é o que se
denomina tempo de concentração (tc).

Coeficiente de Escoamento, C

Do volume precipitado sobre a bacia, apenas uma parcela atinge a seção de vazão,
sob a forma de escoamento superficial, isso porque parte é interceptada ou umedece o
solo ou preenche as depressões ou se infiltra rumo aos depósitos subterrâneos.
O volume escoado é, então, um resíduo do volume precipitado e a relação entre os
dois são o que se denomina, geralmente, coeficiente de deflúvio ou de escoamento.
As perdas podem oscilar sensivelmente de uma para outra precipitação, variando
conseqüentemente o coeficiente de deflúvio. Em particular, a porcentagem da chuva que
aparece como escoamento superficial aumenta com a intensidade e a duração de
precipitação.
No método racional utiliza-se um coeficiente C, que, multiplicado pela intensidade da
precipitação do projeto, fornece o pico da cheia considerada por unidade de área.
Portanto, não se trata de uma relação de volumes escoado e precipitado, mas o
coeficiente de deflúvio, nesse caso, está indicando a relação entre a vazão máxima
escoada e a intensidade da precipitação.
O coeficiente de deflúvio depende da distribuição da chuva na bacia, da direção do
deslocamento da tempestade em relação ao sistema de drenagem, da precipitação, do
tipo do solo, da utilização que se faz da terra, da rede de drenagem existente, da duração
e intensidade da chuva. O valor de C, por se tratar de uma relação de vazões, além de
levar em conta todos esses fatores, deve considerar, ainda, o efeito do armazenamento e
da retenção superficial sobre a descarga.
O coeficiente de deflúvio C, utilizado no método racional, não traduz simplesmente o
resultado da ação do terreno sobre a precipitação, da qual resulta a descarga superficial,
mas é mais completamente definido como a relação entre a vazão de enchente de certa
freqüência e a intensidade média da precipitação de igual freqüência.
A escolha deste coeficiente depende muito do julgamento pessoal do engenheiro
projetista. Em geral, as superfícies não são homogêneas, não sendo, por isso

38
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

conveniente adotar um único valor tirado de tabelas para toda a área de drenagem. O
mais conveniente é adotar um coeficiente composto, cujo cálculo é executado em
planilha. Este cálculo é a determinação da média ponderada para toda a área da bacia de
drenagem, de todos os valores de C para as parcelas que o compõe.
Obviamente, na escolha do valor de C para o projeto, deverá ser considerado o
efeito da urbanização crescente, da possibilidade de realização de planos urbanísticos
municipais e de legislação local referente ao zoneamento e ocupação do solo. Dessa
forma, deve-se escolher para valor de C, um valor que o mesmo teria em TR anos.
A tabela a seguir, contém os valores de C adotados neste projeto:

Valores do coeficiente de escoamento superficial (C) x zonas de ocupação.

N.º Zonas C
Zonas de edificação muito densa.

1 Partes centrais, comerciais, com ruas e calçadas pavimentadas. 0,8


Zonas adjacentes ao centro de menor densidade de população.

Ocupação mista: residencial e comercial.


2 Ruas e calçadas pavimentadas. Bairros em expansão. 0,7
Zonas com muitas superfícies livres.
Distrito industrial, cidade, jardins, parques, com ruas
3 0,5
Macadamizadas ou pavimentadas.
Zonas de cobertura florestal urbana.
4 0,3
Acima da cota 35
5 Zonas de cobertura florestal rural. 0,3
6 Superfícies impermeáveis 1,00
Fonte: Adaptado de WILKEN (1978:132)

Trata-se de um método aproximado, que contém, entretanto, o essencial para um


tratamento racional do problema de dimensionamento, especialmente nas regiões em que
não se dispõe de dados específicos e informações hidrológicas mais completas. Convém

39
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

frisar que é preferível utilizar os registros de precipitação ou descarga locais, sempre que
existentes nada impedindo o emprego do método proposto a partir dessas informações.
A necessidade de um contínuo aperfeiçoamento dos métodos de dimensionamento
é indiscutível. Somente com um trabalho sistemático de verificação de obras existentes;
de confronto de suas dimensões com as resultantes da utilização deste ou de outros
métodos; de registro sistemático do desempenho das estruturas, sua ruína parcial ou total
e suas causas, será possível estabelecer critérios de projeto mais satisfatórios, cujo
resultado econômico será, sem dúvida, altamente compensador. Essas considerações
são válidas para outras estruturas hidráulicas de importância equivalente.

40
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

3.5-Estudos de Tráfego

Os estudos de trafego desenvolvidos estão alicerçados nos dados fornecidos pela


Administração do Porto de São Francisco do Sul, abaixo descritos:

Movimentação de Containeres – Ano 2003


Dados de entrada 82.828
Presença de carga 87.730
Longo curso retirado do porto 6.920
Cabotagem retirada do porto 4.314
Total 181.792

Caminhões que entraram para o pátio do porto – Ano 2003


Caminhões pelo portão da Cidasc 83.510
Caminhões pelo portão do 86.563
Controle
Caminhões pelo Armazém 04 3.847
Containeres vazios abertos e 45.116
vistoriados
Caminhões Triados 45.116
Total Controlado 264.152

Movimentação de Containeres – Ano 2004


Dados de entrada 76.277
Presença de carga 79.075
Longo curso retirado do porto 6.536
Total 161.888

Caminhões que entraram para o pátio do porto – Ano 2004


Caminhões pelo portão da Cidasc 181.580
Caminhões pelo portão do 69.058
Controle
Containeres vazios abertos e 29.630
vistoriados
Caminhões Triados 52.952
Total Controlado 333.220

41
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

Através dos dados acima mencionados pode-se prever uma taxa de crescimento
fixada em 26,15%, como observado graficamente:

Análise Acesso Caminhões Porto

333.220,00

350.000,00 264.152,00

300.000,00

250.000,00

200.000,00
Número de
Caminhões 150.000,00

100.000,00

50.000,00

0,00
Caminhões que entraram no Porto Caminhões que entraram no Porto
- Ano 2003 - Ano 2004
Ano de Análise

Admitindo-se as equações abaixo e uma progressão aritmética para o tráfego futuro,


pode-se estabelecer o seguinte:

V 1>2  P  1 x t / 100@
Vm
2
Onde:

V 1 =volume médio diário de tráfego no ano de abertura;


t=taxa de crescimento anual;
Vm =volume médio diário de tráfego durante o período P;
P =Período de projeto em anos.

Vt = 365 x P x Vm

42
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

N = Vt x (F.E) x (F.C)

(F.E) x (F.C) = F.V

N = Vt x (F.V)

F.E é um fator de eixos, isto é, um número que, multiplicado pelo número de


veículos, resulta o número de eixos correspondentes. F.C é um fator de carga, isto é, um
número que, multiplicado pelo número de eixos que operam, resulta o número de eixos
equivalentes ao eixo padrão. F.V é um fator de veículo, isto é, um número que
multiplicado pelo número de veículos que operam resulta o número de eixos equivalentes
ao eixo padrão. Para cálculo de F.E, F.C e F.V, é necessário conhecer a composição de
tráfego. No calculo do tráfego não foram estabelecidas contagens, mas arbitrou-se a
composição como sendo somente de caminhões pesados.
Para cálculo de Vt adotou-se o ano de 2004 como referência para V1, uma taxa de
crescimento de 26,15% e um período de projeto em 10,0 anos.
A partir destes elementos Vt=7,2x106
Pela consideração de tráfego como somente de caminhões pesados o valor
aproximado do número N é:
N=1,0x107

43
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

4.0-PROJETOS
4.1-Projeto Geométrico

O projeto geométrico do acesso Rodoferroviário ao Porto de São Francisco do Sul


concentra sua diretriz na inserção de plataforma com largura total de 18,00m, sendo
6,00m a faixa destinada a implantação de traçado ferroviário e 12,00m a inserção de
traçado rodoviário. A concepção geométrica foi detalhada a partir de estudos de traçado
fornecidos pelo contratante, ficando a cargo da contratada o detalhamento a nível de
projeto básico dos elementos de geometria para o eixo pretendido. Neste quesito, foram
seguidos alguns parâmetros mínimos, principalmente no traçado ferroviário. Esses
parâmetros foram definidos pela América Latina Logística-ALL, concessionária operadora
da malha ferroviária, no que tange aos valores de raio mínimo de concordância horizontal
com valor nominal de 80,00m e declividade máxima longitudinal na ordem de 1,0%. O raio
adotado como parâmetro mínimo no traçado horizontal está associado a baixa velocidade
do trecho de percurso e proximidades com pátio de manobras.
As diretrizes geométricas do trecho são evidenciadas em planta e pefil, juntamente
com seções típicas de implantação, apresentadas no Volume 03 deste projeto.

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4.2-Projeto Terraplenagem

As atividades relativas à movimentação de solos está concentrada na inserção de


plataforma com largura de 18,00m com concordância altimetrica entre as cotas existente
da linha férrea junto ao pátio e do projeto do Contorno Ferroviário de São Francisco do
Sul.
Os elementos para implantação da terraplenagem encontram-se no Volume 02, onde
são apresentados os elementos de locação do eixo de projeto e as notas de serviços de
corte/aterro do trecho em questão.

4.2.1 Quantidade de Material a ser Movimentado

Com a utilização de caminhões caçamba, tratores e demais equipamentos de


desmonte, está prevista uma movimentação de 280.000,00m³ para corte, determinado
geometricamente pela planilha de cubação.
O monitoramento do valor mencionado deve ser feito através de medições
topográficas para verificação das dimensões definidas em projeto e conseqüentemente a
conferencia do volume em comparação as seções projetadas durante o processo de
execução da obra.

4.2.2 Operações Básicas de Terraplenagem

Na maioria dos serviços de terraplenagem, pode-se distinguir as principais


operações básicas que ocorrem em seqüência ou simultaneamente, sendo abaixo
apresentadas:
a) Projeto aprovado nos órgãos competentes, DNER, Prefeitura, Fatma, Fundema, Ibama,
outros.
b) Planejamento e controle dos processos por empresa executora, coordenada por Eng.º
Responsável e acompanhada por empresa consultora da fiscalização.
c) Sinalização adequada nas vias de acessos e das dependências internas do imóvel
para tráfegos de equipamentos e caminhões, onde a contratada se responsabiliza por
quaisquer problemas que venham a ocorrer.

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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

d) Escavação de material das regiões de corte para execução de aterros ou deposições


em bota-fora, conforme definição a ser dada pela Contratante.
e) Carga do material escavado.
f) Transporte.
g) Recomposição dos taludes com espécies de fácil manutenção como Verdélia Trilobata,
grama preta ou grama em leiva.
h) Execução de calhas de concreto e caixas de drenagem para direcionamento das águas
superficiais e proteção dos taludes projetados.

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4.3-Projeto Drenagem Pluvial e O.A.C.

4.3.1 Considerações Iniciais

O desenvolvimento do projeto de drenagem, contempla soluções e dispositivos


(definidos e dimensionados com base na IS-210 do DNER – atual DNIT) apropriados, sob
a ótica de captação, condução e descarga orientada das águas superficiais, às
características de ocupação dos espaços lindeiros.
4.3.2 Drenagem Superficial

A drenagem superficial engloba dispositivos de captação, condução e descarga


das águas pluviais precipitadas sobre a superfície da plataforma (pista de rolamento +
acostamentos + taludes de cortes), conjurando os riscos de erosão no pé do talude de
corte e no restante do corpo da via.
4.3.3 Sarjeta de Corte

Sob o ponto de vista estritamente hidráulico, se for efetuado um estudo entre as


diversas formas que as sarjetas possam ter, a escolha recairá sobre as seções
trapezoidais.Todavia, levando-se em conta critérios de segurança para o tráfego, tendo
em vista as pequenas larguras do acostamento, aspectos funcionais de execução, e
manutenção e aspectos econômicos, pois haverá necessidade de revestimento em todas
as sarjetas devido à natureza dos solos encontrados, indica-se, sempre que possível,
sarjetas com seção transversal triangular (tipo II - DNIT), revestidas com concreto,
conforme são mostrados nos dimensionamentos abaixo.

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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

Sarjeta Tipo II – Padrão DNIT

SARJETA TRIANGULAR DE CONCRETO - STC02

PAVIMENTO

Dimensionamento

Na seqüência, apresenta-se o dimensionamento da sarjeta triangular revestida em


concreto.
a) Cálculo do comprimento crítico das sarjetas de corte
x Asfalto e concreto c=0,90;
x Talude de grama: c=0,60 (hidrossemeadura);
x Tr = 5 anos
x n = 0,015 – concreto.

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b) Revestimento do concreto

Usada no lado jusante da pista nos segmentos em tangente e no bordo interno dos
trechos em curva.

A = (6,00+1,00+H-0,25)xL (m²)

i = 139,20 mm/h (Para te=5 min e TR=5 anos).

0,60 u 139,20 u (6,75  H) u L u 104


Q1
360

c) Vazão na sarjeta
2 1
1
Q2 u (R)3 uI2 u A2
n

49
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

2 1
1
Q2 u (0,1265) 3 u I 2 u 0,150
0,015

Q2 2,52 u I 2

Considerando a declividade longitudinal em %


1

Q2 0,252 u I 2

Fazendo-se:
Q 1 = Q2

= 0,232 x (6,75+ H) x L x 10-4= 0,252 x I1/2

10.862,07 u I 2
L
6,75  H
Comprimentos críticos para sarjeta tipo I com revestimento de concreto para
trecho em tangente.

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d) Declividade Máxima Admissível da Sarjeta


Admitindo-se velocidade máxima de 5,5 m/s (memorial de cálculo)
Q=VxA
Q = 5,50 x 0,150 = 0,825 m³/s
1 2 1
Declividade Máxima: V uR 3 uI 2
n
2
§V un ·
I máx ¨ 2 ¸
¨ 3 ¸
© R ¹

I máx 10,72% # Rampa máxima

4.3.4 Caixas Coletoras de Sarjeta

As caixas coletoras destinam-se a captação e condução das águas oriundas das


sarjetas de corte, nas descidas d’água em corte, bem como servirão para deságüe de
drenos subterrâneos, onde estes se fizerem presentes.
As caixas coletoras executadas junto à pista serão protegidas por grelhas de
concreto, ao passo que as executadas em fundo de talvegues não receberão a proteção
da grelha.

4.3.5 Drenagem Profunda

Introdução

A concepção do Projeto de Drenagem Profunda baseia-se nos resultados da


pesquisa geotécnica efetuada ao longo do trecho, a qual visa, entre outros, a
determinação da profundidade da rocha, além da existência de lençol freático e seu
respectivo nível.
Desta forma, tenta-se evitar através da drenagem profunda o efeito negativo
causado pela umidade do subleito e, conseqüentemente, a redução da sua capacidade de
suporte.

52
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

Dreno Profundo - Tipo 8

Este tipo de dreno deverá ser implantado nos bordos externos da pista, nos
segmentos em corte onde foi previamente detectada a necessidade de implantação do
mesmo, e terá a dupla finalidade de rebaixar o lençol e drenar as águas infiltradas no
pavimento.O dreno profundo terá l,50m de profundidade e 0,50m de largura, preenchidos
por um material drenante (brita) e um tubo poroso de diâmetro O,20m.
Para que este tipo de dreno desempenhe sua função, é necessário que o mesmo
seja executado de forma a permitir o contato da camada inferior do pavimento com o
dreno.

Determinação das Vazões dos Trechos Urbanizados

Para o cálculo das vazões de dimensionamento das estruturas de drenagem adotou-


se o Método Racional, tendo em vista que as bacias, de contribuição são menores que 5
km2.
O conceito básico do método presume que a máxima vazão em uma determinada
seção e função do tempo de concentração. Supõe-se que as condições de
permeabilidade da bacia permaneçam constantes durante a ocorrência da chuva. O
cálculo das vazões é dado pela fórmula:

Q=C.i.A

Onde:
Q = pico de vazão em m³/s;
C = coeficiente de deflúvio superficial;
i = intensidade da chuva em m³/s.ha ;
A = área drenada em ha;
O método racional se baseia no principio que a vazão máxima, provocada por uma
chuva de intensidade uniforme, ocorre quando todas as partes da bacia passam a
contribuir para seção de drenagem.

53
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

O tempo necessário para que isto aconteça, medido a partir da chuva, é o que se
denomina tempo de concentração (tc).

Coeficiente de Deflúvio (C)

A sua determinação depende de uma série de fatores como: tipo de solo e do uso da
terra, desuniformidade da distribuição de chuva, condições de umidade do solo no inicio
da precipitação, etc...
Para o dimensionamento das tubulações, foi considerado um C ponderado, onde nas
áreas acima da cota 35 foi utilizado um C de 0,30 e para as demais áreas foi utilizado um
C de 0,7.

Valores do coeficiente de escoamento superficial (C) x zonas de ocupação.

N.º ZONAS C
Zonas de edificação muito densa.
1 Partes centrais, comerciais, com ruas e calçadas pavimentadas. 0,8
Zonas adjacentes ao centro de menor densidade de população.
Ocupação mista: residencial e comercial.
2 Ruas e calçadas pavimentadas. Bairros em expansão. 0,7
Zonas com muitas superfícies livres.
Distrito Industrial. Cidade, jardins, parques, com ruas
3 0,5
Macadamizadas ou pavimentadas.
Zonas de cobertura florestal urbana.
4 0,3
Acima da cota 35
5 Zonas de cobertura florestal rural. 0,3
6 Superfícies impermeáveis 1,00
Fonte: Adaptado de WILKEN (1978:132)

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Tempo de Concentração - ( tc )

Definido como sendo o tempo que leva uma gota d’água teórica para ir do ponto
mais afastado da bacia até o ponto de projeto considerado.
tc = te + tp
Onde:
te = tempo de entrada, como se trata de pequenas bacias adotaremos o valor de 10,0
min;
tp = tempo de percurso, calculado pela fórmula :
tp = L / 60 . V (min)
Em que:
L = comprimento do trecho de galeria;
V = velocidade média (m/s).

4.3.6.3 Período de Retorno ( tr )

A determinação do período de retorno varia com a segurança que se deseja dar ao


projeto e define-se como sendo o número médio de anos que uma precipitação é igualada
ou excedida. Utilizando como referência o livro Drenagem Urbana, Manual de Projeto –
CETESB, adotou-se: tr = 5 anos.

Intensidade Média de Precipitação (i)

A intensidade é obtida em função do tempo de recorrência e da duração,


considerada igual ao tempo de concentração da bacia. As chuvas de intensidade –
duração – freqüência foram determinadas na fase de estudos hidrológicos.

Área da Bacia (A)

Obtida com base na delimitação da bacia em plantas topográficas.

55
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4.3.7 Dimensionamentos das Redes e Galerias

Os cálculos foram desenvolvidos com a utilização da fórmula de Manning,


empregada para o dimensionamento em regimes uniformes e definida pela expressão:

2/3
Q = 1 / n . (S.R) . I

Onde:
Q = descarga em m3/s;
S = área da seção molhada em m²;
n = coeficiente de rugosidade, n = 0,013 para o concreto;
R = raio hidráulico da seção em m;
P = perímetro molhado em m;
I = declividade do fundo da galeria em m/m.
A velocidade mínima e máxima de projeto adotada para a tubulação foi de 0,75 m/s
e 5,5m/s consecutivamente, velocidade limite para que não ocorra a deposição de
sedimentos e conseqüente assoreamento da tubulação, e também erosão do material.

4.3.8 Aspectos Executivos dos Dispositivos Adotados

Disposição de Curvas

Alinhamentos: Para execução das linhas de drenagem nos trechos em curva (de raio
curto), as mesmas podem ser efetuadas no próprio poço de visita conforme tabela abaixo:

Tabela: Raios Curtos de Curvatura admissíveis em condutos circulares


Diâmetro do conduto (m) Raio de Curvatura (m)
0,60 a 1,30 9,00
1,40 a 1,80 10,00
Fonte: Drenagem Urbana/Manual de Projeto CETESB - DAEE

56
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Escavação de Valas para Assentamento dos Tubos

As valas, para receberem os tubos, deverão ser escavadas respeitando o


alinhamento e cotas indicadas no projeto.
As profundidades mínimas de escavação para implantação de tubulação seguem na
tabela abaixo:
DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO (cm) PROFUNDIDADE MÍNIMA (m)
40 1,00
60 1,20
80 1,60
100 1,60
120 1,80
150 2,10

A largura da vala será igual ao diâmetro externo do coletor, acrescido de 0,40 m,


sendo que essa dimensão poderá ser aumentada ou diminuída de acordo com as
condições do terreno ou em face de outros fatores que se apresentarem na ocasião.
Embasamento da Tubulação

Os tubos da drenagem urbana deverão ser assentados sobre berço de concreto


conforme detalhe DRE-00505-03 – Folha 04.
Os corpos de bueiros deverão seguir a especificação DNIT-ES-284/97.
Assentamento da Tubulação

O assentamento da tubulação deverá seguir rigorosamente a abertura de vala,


observando-se o afastamento da parede da mesma com o tubo, no sentido da jusante
para a montante, com a bolsa voltada para a montante.
No assentamento da tubulação deverá ser empregado o processo da cruzeta ou
topográfico, para o perfeito alinhamento das valas indicadas no projeto, ou seja,
alinhamento em planta e perfil.

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Rejuntamento

Antes da execução de qualquer junta, deverá ser promovidas a limpeza das


extremidades dos tubos, ponta e bolsa, sendo que a ponta deverá ficar perfeitamente
ajustada à bolsa.
A tubulação assentada com as bolsas voltadas para montante deverá ter as juntas
recobertas por rejuntamento com argamassa de cimento - areia, no traço 1:4 (em
volume), externamente no semicírculo superior dos tubos.

Reaterro

Realizado somente após liberação da fiscalização, o reaterro será, devidamente


apiloado manualmente até a cobertura dos tubos e, mecanicamente no restante, em
camadas de no máximo 0,30 m. Poderá ser empregada a brita nº 03, aprovada pela
fiscalização.
Caixa de inspeção/ Poço de Visita

A caixa de inspeção tem a função primordial de permitir o acesso às galerias para


limpeza e inspeção, de modo que se possam mantê-las em bom estado de
funcionamento, devendo, portanto o nível superior do tampão situar-se no mesmo nível do
revestimento da pavimentação.
A sua instalação é sugerida nos pontos de mudanças de direção, mudanças de
declividade e mudança de diâmetro.
Deverá atender a especificação do DNER-ES 293/97 – Drenagem – Dispositivos de
drenagem pluvial urbana.

Caixa de ligação

As caixas de ligação são utilizadas quando se faz necessário à locação de bocas


de lobo intermediárias ou para evitar-se a chegada em um mesmo poço de visita mais de
quatro tubulações ou no inicio das tubulações.
Deverá atender a especificação do DNER-ES 293/97 – Drenagem – Dispositivos de
drenagem pluvial urbana.

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4.3.9 Aspectos Executivos das Obras de Drenagem

Os serviços a serem executados deverão seguir o seguinte roteiro:


a) Escavação:
As escavações deverão sempre respeitar alinhamentos e cotas indicadas em
projetos. Estas escavações deverão ser executadas de modo a procurar manter sempre
seco o local da escavação, aproveitando-se o material para execução de ensecadeiras
quando possível. Na impossibilidade de se desviar o canal esta deverá ser montada sobre
o próprio leito devidamente preparado.
A largura da cava deverá ser superior a do berço em pelo menos 50cm para cada lado,
de modo a garantir a implantação de formas nas dimensões exigidas.
b) Preparação da Base:
A preparação da base de assentamento das galerias consiste em se executar
um lastro com concreto ciclópico com aproximadamente 0,30 metros de espessura
variando de acordo com o tipo de solo.
c) Montagem:
Sobre este lastro de concreto serão dispostas as peças em “U” de fundo,
devidamente alinhadas e niveladas. Após a montagem das peças de fundo deverá ser
colocada na emenda das peças uma argamassa de cimento e areia, traço 1:3, e em
seguida montadas as peças em “U” de cobertura, sempre se alternando as emendas de
modo que uma peça de cobertura esteja apoiada em duas peças de fundo. Esta
“amarração” favorece a distribuição das pressões de tráfego sobre o solo.
d) Rejuntamento:
Concluída a montagem de todas as peças deverá proceder-se o rejuntamento
da parte superior da galeria com argamassa de cimento e areia, traço 1:3.
e) Serviços Complementares:
Serão previstos eventuais problemas de interferências das galerias junto a
redes subterrâneas de água, eletricidade, telefone, esgoto etc. Procurando-se sempre
programar eventuais cortes de fornecimento com antecedência.

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f) Execução
Os serviços deverão ser executados de acordo com as normas, especificações
e métodos da ABNT.
A programação operacional da obra será elaborada de forma a minimizar os
problemas de trânsito.

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4.4-Projeto Pavimentação

A estrutura do pavimento flexível das vias a que se refere este projeto decorre das
seguintes equações:
R Kr + B Kb > H20 (1)
R Kr + B Kb + h20 Ks > Hn (2)
R Kr + B Kb + h20 Ks + hn Kref > Hm (3)
onde: R = espessura real da camada de rolamento
B = espessura real da camada de base
H20 = espessura real da camada de sub-base
Kr = coeficiente estrutural da camada de rolamento
Kb = coeficiente estrutural da camada de base
Ks = coeficiente estrutural da camada de sub-base
h20 = espessura estrutural do pavimento necessária acima da sub-base
Hm = espessura estrutural do pavimento necessária acima do sub-leito
Conforme já exposto anteriormente iremos adotar para o cálculo da espessura das
camadas que comporão o pavimento o número N=1,0 x 107 e CBR médio de 7,0%.
H20 = B + R = 25 cm
R = 10,0 cm
R Kr + B Kb > H20; 2x5,0 + B >= 20cm; B >= 25cm-10cm = 15cm
B=20 cm
Adotando h20(sub-base) = 35 cm, teremos:
20 + 20 + 35 + hn Kref > 66 cm
hn >= 66 cm – 75 cm
hn = -9 cm (Não necessita reforço)
O pavimento será constituído por:
Revestimento de concreto asfáltico: 10,0 cm (CBUQ)
Base granular: 20,0 cm (Brita Graduada)
Sub-base granular: 35,0 cm (Macadame Seco)

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4.5-Projeto Sinalização

O projeto de sinalização da Avenida Engenheiro Leite Ribeiro e BR-280 foi


desenvolvido segundo as orientações e recomendações preconizadas nas Especificações
e Normas do “Manual de Sinalização Rodoviária” D.T. /DNER edição 1999.
O projeto de sinalização definiu os dispositivos empregados na sinalização
horizontal, dimensão de largura e extensões de faixas e tachões, localização e
necessidade de intervenções. Quanto à sinalização vertical, o projeto definiu as
dimensões de placas e suas respectivas localizações garantindo uma maior fluidez,
segurança e conforto tanto ao usuário da via como ao usuário do sistema de tráfego local.
O projeto de sinalização detalhado e parte do Volume 3.
A sinalização horizontal é composta de:
x Linha de divisão de fluxos;
x Formação de faixas de trânsito;
x Linha de bordo;
x Marcação de áreas de pavimentação não utilizáveis (zebrado);
x Linhas de retenção, linhas de travessia de pedestres;
x Setas;
x Tachões refletivos.
A sinalização vertical contém:
x Placas de advertência;
x Placas de regulamentação;
x Placas de indicação.
As placas de regulamentação, advertência e indicação deverão ser confeccionadas
chapas metálicas zincadas (NBR-11904).
As placas deverão ser revestidas com películas refletivas tipo I-A (NBR-14644) e as
letras, números, setas e tarjas com película do mesmo tipo (I-A), com exceção das
bandeiras e pórticos que deverão usar para letras, números, setas e tarjas películas tipo
II.
Para as letras, números, setas e tarjas da cor preta, usar película IV-B.

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A sinalização horizontal deverá ser executada com tinta a base de resina acrílica
(NBR-11862), na espessura 0,6mm (úmida) com a aplicação de microesfera de vidro tipo
I-B e II-A (NBR-683).
O projeto contempla também a necessidade de implantação de tachões refletivos,
dispositivo de grande importância na segurança, canalizando com eficiência o tráfego da
via.

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5.0-QUADRO DE QUANTIDADES

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6.0-CRONOGRAMA FÍSICO

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ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL PROJETO ACESSO AO PORTO ORGANIZADO - PÊRA RODOFERROVIÁRIA

CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO


TOTAL DO ITEM DIAS
SERVIÇOS
(R$) 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360
MOBILIZAÇÃO/SERVIÇOS 50,00% 50,00%
INCIAIS

20,00% 20,00% 20,00% 20,00% 10,00% 10,00%


TERRAPLENAGEM

10,00% 10,00% 15,00% 15,00% 20,00% 20,00% 10,00%


DRENAGEM E OAC

PAVIMENTAÇÃO E 10,00% 15,00% 15,00% 25,00% 25,00% 10,00%


SUPERESTRURA
25,00% 25,00% 50,00%
SINALIZAÇÃO

25,00% 25,00% 25,00% 25,00%


OBRA DE ARTE ESPECIAL

5,00% 25,00% 25,00% 25,00% 20,00%


OBRAS COMPLEMENTARES

TOTAL DO MÊS (SIMPLES)


TOTAL DO MÊS (ACUMULADO)

TOTAL GERAL OBRA


R

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7.0-INFORMAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE EXECUÇÃO


7.1 Fatores condicionantes

7.1.1 Localização

A Obra em questão está localizada nas proximidades do Porto de São Francisco do


Sul.
7.1.2 Clima e Pluviometria

Santa Catarina está submetida a um regime de clima subtropical que segundo a


classificação de Koeppen, enquadra-se no tipo mesotérmico úmido “CF”, cuja
característica essencial é a ausência de estação seca. A região exibe um clima “Cfa”,
mesotérmico úmido com verão quente. Trata-se de clima característico de regiões
litorâneas, como as Serras Litorâneas do Vale do Itajaí e parte do Planalto, em cotas
abaixo de 800 metros.
O índice pluviométrico da região nunca é inferior a 1.400mm anuais. Os maiores
registros pluviométricos são anotados no litoral e no talvegue de médio Vale do Itajaí, com
variações entre 1.750 e 2.000mm/ano.
A temperatura média anual da região gira em torno de 20ºC, com valores extremos
oscilando de 22/28ºC e 10/14ºC.
O grau de umidade da região é elevado, entre 84% e 68% destacando-se o índice
de umidade (relação pluviosidade/temperatura média anual + 10). A importância do
parâmetro climático acima apontado (índice de umidade), decorre do mesmo, considerar
a inversão proporcional da evaporação. Nas localidades de maior índice, a temperatura
local é elevada suficientemente para diminuir a umidade produzida pelas chuvas. O
índice de umidade da região oscila entre 50 e 55, em relação ao valor máximo registrado
na região litorânea de São Francisco do Sul.

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7.1.3 Segurança e Conveniência Pública

O executante deverá tomar em todas as ocasiões o necessário cuidado em todas as


operações e uso do seu equipamento, para proteger o público e facilitar o tráfego.
A fim de facilitar o tráfego, nos locais onde os projetos exigirem que sejam
construídas bases, revestimentos e/ou pavimentos os trabalhos deverão ser realizados
em meia pista de cada vez, ficando a faixa que não estiver em obras aberta ao tráfego
sob direção única alternadamente nos dois sentidos.
Se o executante julgar conveniente poderá, com aprovação prévia da fiscalização e
sem remuneração extra, utilizar e conservar vias variantes para desviar o tráfego do local
do local dos serviços. Deverá também conservar em perfeitas condições de segurança
pontes provisórias de desvios, acessos provisórios, cruzamento com ferrovias ou outras
vias.
Quando determinado pela fiscalização, o executante deverá fornecer sinalizadores, a
fim de permitir a passagem do tráfego, sob os controles de direção única. Nenhum
pagamento em separado será feito para os referidos sinalizadores.
Os derramamentos resultantes das operações de transporte ao longo ou através de
qualquer via pública deverão ser removidos imediatamente pelo executante, com ônus
para o mesmo.
As operações de construção, deverão ser executadas de tal maneira que causem o
mínimo incômodo possível à propriedades limítrofes.
A Empresa executora deverá prontamente instalar e manter as barreiras
necessárias, sinais vermelhos, sinais de alerta e perigo, sinalização de desvios e outros,
em número suficiente, bem como tomar todas as demais precauções necessárias para a
proteção do seu trabalho e segurança do público.
A executante deverá providenciar, instalar e manter as barreiras necessárias, sinais
vermelhos, sinais de perigo, sinais de desvio e outros, em quantidade suficiente, bem
como tomar todas as precauções necessárias para a proteção do trabalho e segurança do
público.
Ainda deverá ser afixado sinais de aviso 200 metros antes e depois do local da obra
ou serviço, onde as operações interfiram na via pública em uso. O pagamento para o

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R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

fornecimento de barreiras, sinais de perigo e de aviso não será feito diretamente, mas sim
através da inclusão de seus custos nos preços propostos para os itens de serviço do
contrato. Toda a sinalização deverá rigorosamente seguir os padrões da legislação
vigente.
Na eventualidade do uso de explosivos para a perfeita execução dos trabalhos, os
cuidados deverão, ser redobrados afim de não por em perigo vidas ou propriedades, e a
responsabilidade por quaisquer danos é de inteira responsabilidade da Empresa
Executora. Previamente deverá fornecer e implantar sinais especiais para aviso ao
público das operações de explosão.
Essa sinalização especial também não gerará qualquer tipo de remuneração extra,
deverá ser incluído nos preços propostos para os itens de serviço do Contrato.
Todos os explosivos deverão ser armazenados de maneira segura, recebendo,
todos os locais de armazenamento, o letreiro "perigo explosivos".
A Empresa Executora será responsável pela proteção de toda a propriedade pública
e privada, linhas de transmissão de energia, telefones, TV a cabo e outros serviços, ao
longo ou adjacentes ao trecho em serviço ou obra. O ônus será exclusivo da Empresa
Executora.
Quaisquer serviços de utilidade pública avariados pela executante deverão ser
consertados imediatamente, com ônus para a mesma.
A Empresa Executora deverá isentar a Administração do Porto de São Francisco
do Sul – APSFS e todos os seus representantes, nos processos, ações ou reclamatórias
de qualquer ato causado pela obra ou serviço.
À executante caberá todos os encargos impostos por lei por quaisquer danos ou
morte de qualquer pessoa ou danos a propriedades públicas e privadas por ela causados.
A Fiscalização da APSFS poderá solicitar a abertura de trechos concluídos ao
tráfego, entretanto a conservação será de responsabilidade e custa da Empresa
Executora.

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R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

7.2 Responsabilidade pelos Serviços e Obras

A Fiscalização da APSFS deverá decidir as questões que venham surgir quanto à


qualidade e aceitabilidade dos materiais usados na obra/serviço, do andamento, da
interpretação dos Projetos e Especificações e cumprimento satisfatório das cláusulas do
Contrato.
É vedado o início de qualquer operação de relevância sem o consentimento por
escrito da Fiscalização da APSFS ou sem a notificação por escrito da Empresa
Executora, apresentada com antecedência suficiente para que a Fiscalização da APSFS
tome as providências de inspeção antes do início das operações. Os serviços/obras
iniciados sem a observância destas exigências poderão ser rejeitados pela Fiscalização
da APSFS. A Fiscalização da APSFS terá livre acesso aos trabalhos durante a execução
do serviço/obra, e deverá ter todas as facilidades razoáveis para poder determinar se os
materiais e mão de obra empregados são compatíveis com as Especificações de Projeto.
A inspeção dos serviços/obra não isentará a Empresa Executora de quaisquer das
suas obrigações prescritas no Contrato.
Até que a Fiscalização da APSFS não seja notificada por escrito sobre a aceitação e
entrega final dos serviços/obra, a Empresa Executora será responsável pela conservação
dos mesmos e deverá tomar as precauções contra prejuízos ou danos, que possam ser
causados por qualquer tipo de ação proposital, e os danos deverão reparados ou
restaurados pela Empresa Executora, exceto os involuntários ou imprevisíveis fora do
controle humano.
A Empresa Executora só poderá usar materiais previamente aprovados pela
Fiscalização da APSFS, como determina as Especificações Complementares, e nem
deverá executar qualquer serviço/obra antes que as cotas e alinhamentos tenham sido
satisfatoriamente estabelecidos.
As mudanças, alterações, acréscimos ou reduções nos Projetos/Especificações,
inclusive aumento ou diminuição de quantitativos, segundo a necessidade julgados
convenientes pela Fiscalização da APSFS, serão fixados em ordens de serviço, que
especificarão as alterações feitas e os quantitativos alterados.

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R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

Caso as mudanças afetem o valor do Global do Contrato ou alterem o prazo


contratual ou ainda, incluam preços novos não previstos anteriormente, a ordem de
serviço só poderá ser emitida com fundamento em apostila ou termo aditivo ao contrato
lavrado entre a APSFS e a Empresa Executora.
Os serviços/obras executados com materiais fora das especificações, normas ou
projeto, deverão ser removidos, substituídos ou reparos, obedecendo às instruções da
maneira que a Fiscalização da APSFS determinar, correndo todos os custos por conta da
Empresa Executora.
A Empresa Executora não deverá realizar qualquer serviço/obra de remoção,
desvio ou reconstrução de serviços de utilidade pública, antes de consultar a Fiscalização
da APSFS, Companhias de Serviço Público, Autoridades e Proprietários, a fim de
determinar sua localização exata. A Empresa Executora deverá notificar por escrito as
entidades acima mencionadas, da natureza de qualquer serviço que possa afetar as suas
instalações, serviços ou propriedades.
Quando o desvio ou substituição dos serviços de utilidade pública não forem
essenciais para o prosseguimento dos serviços/obras como projetado, mas for feita por
única conveniência da Empresa Executora, a mesma responderá por todos os custos
incidentes no desvio ou substituição.
Antes do recebimento final do serviço/obra, a via, as jazidas de empréstimo,
pedreiras e todo o terreno ocupado pela Empresa Executora, deverão ser limpos de todo
o lixo, excesso de materiais, estruturas temporárias e equipamento, deixando
regularizados e paisagisticamente apresentáveis. Todas as obras de arte, valetas e
drenagem, deverão ser limpas de quaisquer depósitos resultantes do serviço, e deverão
ser conservados até que a inspeção final tenha sido feita. Os serviços acima relacionados
serão considerados como serviços necessários à conclusão do Contrato e nenhum
pagamento direto será feito pelos mesmos.

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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

7.3 Execução dos Serviços

Os serviços abordados estão separados em cinco grupos especiais, assim


distribuídos:
x Terraplenagem
x Pavimentação
x Drenagem e Obras de Arte Corrente
x Obras Complementares
x Integração da Via com o Meio Ambiente

7.3.1 Mobilização

Instalações e Obras Temporárias

As instalações e usinas de solo e asfalto deverão estar próximo do conjunto de


britagem bem como o canteiro de obras tais como: as instalações de administração,
oficinas, laboratório e alojamentos.

7.3.2 Terraplenagem

Serviços Preliminares

Os serviços deverão iniciar com o destacamento e limpeza do terreno, remoções e


relocações de postes e cercas, demolições e/ou remoção de edificações existentes,
localizadas dentro da área a ser trabalhada, de modo que a execução da obras
desenvolva-se sem interferências.
Cortes
Os segmentos em corte deverão atender a Especificação de Serviço DNER-ES-
280/97.
Aterros
Para a execução dos aterros deverão ser tomados os seguintes cuidados e
precauções:
No caso de alargamento de aterro, obrigatoriamente será procedida de baixo para
cima, acompanhada de degraus nos seus taludes. Os materiais necessários para a

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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

execução do corpo e camada final, serão provenientes da caixa de empréstimo, indicada


nos Estudos Geotécnicos.
A execução de aterros com utilização de caixa de empréstimo deverá atender as
Especificações de Serviço: DNER-ES-282/97 e DNER-ES-281/97.

7.3.3 Obras de Arte Correntes e Drenagem

Conforme previsto no projeto de Drenagem e Obras de Arte Correntes,


compreendem a execução de drenagem superficial, drenagem subsuperficial e drenagem
de travessia urbana.
Os materiais resultantes de escavações para execução de Drenagem e Obras de
Arte Correntes deverão ser depositados em locais definidos pela Fiscalização, não sendo
permitida a colocação nas adjacências do corpo das vias ou, em locais ou regiões que
possam provocar a obstrução do sistema de drenagem natural da obra e das áreas
vizinhas.
7.3.4 Pavimentação

Este item compreende os seguintes serviços:


Regularização do sub-leito;
Sub-base: material empregado macadame seco numa espessura de 35,0cm
Base: a base será de Brita graduada a ser executada na espessura de 20,0cm, conforme
previsto no Projeto de Pavimentação;
Revestimento da pista de rolamento: com Concreto Betuminoso Usinado a Quente numa
espessura de 0,10m conforme previsto no Projeto de Pavimentação, sobre a base
imprimada.
Os serviços terão uma seqüência racional, iniciando tão logo estejam concluídas cada
etapa dos serviços programados.

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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

7.3.5 Obras Complementares

Os serviços de Obras Complementares e Sinalização deverão ser iniciados


imediatamente após a conclusão da pavimentação.
7.3.6 Integração da Via ao Meio Ambiente

Canteiro de Obra (Instalação e Desmobilização)


Na instalação e desmobilização do Canteiro de Obra deverão ser observados os
seguintes itens:
x Disposição dos esgotos sanitários em fossas sépticas, instaladas a distância
seguras de poços de abastecimento d’água e de talvegues naturais.
x Existência de dispositivos de filtragem e contenção de óleos e graxas oriundos da
lavagem/limpeza/manutenção de equipamentos na oficina.
x As áreas usadas para estoque de agregados e de asfalto devem ser totalmente
limpas, inclusive do material derramado durante as operações. Os tanques de
asfalto, tambores e outros materiais tornados inservíveis dever ser recolhidos e
dispostos em lixeiras, pré-selecionadas.
x Todo lixo degradável deverá ser enterrado ou incinerado. Quando o lixo é
enterrado, os cuidados devem se dirigir ao impedimento de mananciais
subterrâneos.
x Em toda área do Canteiro de Obra deverá ser executada uma drenagem que
encaminhe as águas superficiais para uma bacia de decantação, de forma que as
mesmas ao saírem desta, para os talvegues naturais, estejam livres de materiais
em suspensão.

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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

8.0-MANEJO AMBIENTAL
8.1 Condições Gerais

Antes do início efetivo das obras, recomenda-se que, para tanto a empresa
contratada assim como a Fiscalização e/ou Administração do Porto, analise detalhada de
todos os aspectos ambientais envolvidos, de forma que as intervenções previstas
minimizem o impacto junto ao meio ambiente.
Recomenda-se, para obtenção de orientação relativamente ao acima, exposto,
contatos e consultas com órgãos e entidades ambientais, tais como FATMA, IBAMA, etc.
objetivando a obtenção do licenciamento ambiental da obra.
A seguir, são listadas algumas medidas ambientais que deverão ser observadas
antes, durante e depois da execução do empreendimento em pauta, identificando-se,
inclusive, a competência de cada uma delas.

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R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

8.2 Canteiros de Obras

a) Prever instalações administrativas em condições de atender as


EMPREITEIRA
necessidades da obra.

b) Implantar alojamentos e refeitórios providos de instalações hidro-


sanitárias, observando as condições de uso e sua localização no
EMPREITEIRA
canteiro.

c) Localizar as instalações de manutenção (oficina, postos de lavagem,


lubrificação e abastecimento) e garagens, em postos em que não
interfiram com recursos hídricos. Os pátios para equipamentos, deverão
contar com medidas de segurança que evitem o derramamento de EMPREITEIRA
hidrocarburetos ou de quaisquer outras substâncias de contaminar o
meio ambiente.

d) Implantar, de modo adequado, as instalações de britagem, usina de


solo e asfalto, observando os mananciais, nascentes, rios, lagos e
EMPREITEIRA
lagoas, bem como os aglomerados urbanos, hospitais, escolas,etc.

e) Evitar os desmatamentos das áreas destinadas as instalações do


canteiro de obra, de margens de rios, lagos e lagoas, exceto para EMPREITEIRA
acessos de acordo com orientações da Fiscalização.

f) Montar e operar as usinas e instalações de acordo com as leis e


EMPREITEIRA
regulamentações das competentes licenças.

g) Prever a instalação de filtros para usinas e o tratamento dos rejeitos. EMPREITEIRA

h) Localizar os depósitos de materiais betuminosos e/ou materiais tóxicos


em locais que não agridam o meio ambiente, seguindo as normas de EMPREITEIRA
segurança estabelecidas nas leis e regulamentos vigentes.

i) Em caso de acidentes com produtos tóxicos e/ou substâncias


contaminantes, informar, imediatamente, à Fiscalização de Obra/PMSFS EMPREITEIRA E
ao órgão estadual de meio ambiente, adotando as medidas cabíveis para CONTRATANTE
conter e eliminar o processo de contaminação.

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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

j) Em todas as frentes de serviço, observar os níveis de ruídos, para que


não sejam atingidos valores superiores aos máximos recomendados por
lei. Nos casos em que os níveis de ruído superarem os parâmetros, tomar
as medidas necessárias para adequá-los, antes de proceder as
operações. A Contratada será responsável por todos os custos
EMPREITEIRA
vinculados à redução de ruídos provenientes da obra e ao atraso das
operações devido ao cumprimento dos requisitos legais. A Fiscalização
e/ou Prefeitura se reserva o direito de proibir e/ou restringir atividades
que julgue inconvenientes de serem realizadas, além daquelas proibidas
pelas autoridades componentes.

k) Comprovar a permissão oficial para a exploração de jazidas de


EMPREITEIRA
material de construção.

l) Ao abandonar o canteiro de obras, dar destino adequado a todos os


EMPREITEIRA
dejetos, observando, sempre, a prevenção dos recursos hídricos.

76
R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

8.3 Pavimentação

a) Adaptar os planos de trabalho das obras às condições locais,


EMPREITEIRA
evitando ocasionar problemas, tais como ruído, poeira, fumaça, etc.

b) Estocar, adequadamente, os materiais empregados, inclusive os de


EMPREITEIRA
remoção.

c) Procurar reaproveitar, na própria obra, os excessos e as remoções


dos materiais de pavimentação, de forma direta ou através de EMPREITEIRA
reciclagem.

d) Depositar os excessos de materiais de pavimentação ou de remoção


em locais adequados e quando não reaproveitadas, dispensar-lhes
tratamento equivalente aos bota-foras, ou enterrá-los a uma
EMPREITEIRA
profundidade que não comprometa o lençol freático. No caso da
utilização de jazidas abandonadas como local de deposição, proceder
ao devido acabamento e recuperação da área remanescente.

e) No transporte de materiais asfálticos, obedecer as normas existentes


EMPREITEIRA
para o transporte de cargas perigosas.

f) Ao concluir a exploração de jazidas, remodelar o terreno de modo a


recuperar suas características hidrológicas superficiais, inclusive EMPREITEIRA
prevendo o plantio de árvores e gramíneas.

77
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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

8.4 SINALIZAÇÃO

a) Executar a sinalização adequada na fase de construção,


EMPREITEIRA
visando a segurança dos trabalhadores e da comunidade.

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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

10.0-INVENTÁRIO FOTOGRÁFICO

Vista Geral da Área Portuária

Vista Ponto Final Traçado Rodoferroviário


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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

Vista Ponto Final Traçado Rodoferroviário

Vista Material de 3ª Categoria para Escavação

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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-01-A

Vista Ponto Incial do Traçado – Local Implantação Viaduto Rodoviário

Vista Ponto Incial do Traçado – Local Implantação Viaduto Rodoviário

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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-02-A

PROJETO BÁSICO DE ENGENHARIA

ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE SÃO


FRANCISCO DO SUL

• PÊRA RODOFERROVIÁRIA

Volume 2: Planilhas e Elementos de


Locação

JOINVILLE-SC
Agosto/2006.

2
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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-02-A

A AGO/06 E.R.N. Emissão inicial F.D.B. A.C.R.


REV. DATA ELAB. MODIFICAÇÃO VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

3
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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-02-A

SUMÁRIO

1.0 – APRESENTAÇÃO ......................................................................................................5

2.0 – PLANTA DE LOCALIZAÇÃO DOS TRABALHOS ......................................................6

3.0 – RELATÓRIO DE ALINHAMENTO DO EIXO ..............................................................7

3.1-Traçado Rodoviário....................................................................................................7

3.2-Traçado Ferroviário....................................................................................................8

4.0 – RELATÓRIO DE CURVAS HORIZONTAIS................................................................9

4.1-Traçado Rodoviário....................................................................................................9

4.2-Traçado Ferroviário..................................................................................................10

5.0 – RELATÓRIO DE CURVAS VERTICAIS ...................................................................11

5.1-Traçado Rodoviário..................................................................................................11

5.2-Traçado Ferroviário..................................................................................................12

6.0 – NOTA DE SERVIÇO.................................................................................................13

6.1-Traçado Rodoferroviário ..........................................................................................13

7.0 – PLANILHA DE CUBAÇÃO DE VOLUME..................................................................14

7.1-Traçado Rodoferroviário ..........................................................................................14

4
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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-02-A

1.0 – APRESENTAÇÃO

A Azimute Engenheiros Consultores S/C Ltda. entrega nesta oportunidade o


presente relatório contendo o Projeto de Engenharia do Traçado Rodoferroviário de
Acesso ao Porto de São Francisco do Sul, para cumprimento dos trabalhos relativos ao
compromisso firmado entre a referida empresa e a Administração do Porto de São
Francisco do Sul. Os trabalhos são dispostos em três volumes, sendo o Volume 01
relativo aos estudos de projeto e memória justificativa, o Volume 02 as planilhas e
elementos de locação e Volume 03 as plantas do Projeto Básico em questão.

5
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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-02-A

2.0–PLANTA DE LOCALIZAÇÃO DOS TRABALHOS

6
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Soluções em todos os sentidos. REL-08306-02-A

3.0–RELATÓRIO DE ALINHAMENTO DO EIXO


3.1-Traçado Rodoviário

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AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data:11/8/2006 Folha:1

RELATÓRIO DE ALINHAMENTO
Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Microbacia: PORTO DE SÃO FRNCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODPFERROVIÁRIO - PERA (RODOVIA)
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-02\08306-02-E.prj
Extensão: 1.273 km

Estaca Descrição Norte (y) Este (x) Cota A.C. Raio Desenv.

0 PP 7096110.585 736876.285 14.200

1 PCV 7096112.933 736856.423 14.867

2 7096115.282 736836.562 15.179

2+8.805 PC 7096116.316 736827.818 15.091 86°34'51" 71.000 107.290

3 PTV 7096118.499 736816.849 14.782

4 7096126.559 736798.617 14.030 86°34'51" 71.000 107.290

5 7096139.369 736783.344 13.279 86°34'51" 71.000 107.290

6 7096155.919 736772.234 12.527 86°34'51" 71.000 107.290

7 PCV 7096174.906 736766.162 11.777

7+16.094 PT 7096190.941 736765.274 11.251 86°34'51" 71.000 107.290

8 7096194.840 736765.501 11.147

9 7096214.807 736766.660 10.762

10 PTV 7096234.773 736767.820 10.622

11 7096254.739 736768.980 10.604

11+14.537 PC 7096269.252 736769.822 10.591 -2°02'46" 300.000 10.713

12 7096274.708 736770.089 10.586 -2°02'46" 300.000 10.713

12+5.250 PT 7096279.956 736770.252 10.582 -2°02'46" 300.000 10.713

13 7096294.702 736770.581 10.568

14 7096314.697 736771.027 10.551

15 7096334.692 736771.474 10.533

15+19.382 PC 7096354.070 736771.906 10.515 -55°59'31" 89.000 86.975

16 7096354.687 736771.917 10.515 -55°59'31" 89.000 86.975

17 7096374.551 736769.985 10.497 -55°59'31" 89.000 86.975

18 7096393.485 736763.674 10.479 -55°59'31" 89.000 86.975

19 PCV 7096410.537 736753.303 10.461

20 PTV 7096424.849 736739.393 10.363

20+6.357 PT 7096428.703 736734.340 10.306 -55°59'31" 89.000 86.975

21 7096436.584 736723.203 10.184

22 7096448.138 736706.878 10.006

22+2.399 PC 7096449.523 736704.920 9.985 55°06'31" 71.000 68.290

23 7096461.359 736691.953 9.828 55°06'31" 71.000 68.290

AZIMUTE
24 - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS
7096478.182 736681.260 9.649 55°06'31" SISTEMA
71.000 POSIÇÃO
68.290
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data:11/8/2006 Folha:2

RELATÓRIO DE ALINHAMENTO
Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Microbacia: PORTO DE SÃO FRNCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODPFERROVIÁRIO - PERA (RODOVIA)
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-02\08306-02-E.prj
Extensão: 1.273 km

Estaca Descrição Norte (y) Este (x) Cota A.C. Raio Desenv.

25 7096497.315 736675.665 9.471 55°06'31" 71.000 68.290

25+10.688 PT 7096507.968 736674.935 9.375 55°06'31" 71.000 68.290

26 7096517.279 736674.999 9.292

26+10.729 PC 7096528.008 736675.073 9.197 -74°26'17" 89.000 115.628

27 7096537.266 736674.655 9.114 -74°26'17" 89.000 115.628

28 7096556.787 736670.501 8.935 -74°26'17" 89.000 115.628

29 7096574.891 736662.102 8.757 -74°26'17" 89.000 115.628

30 7096590.669 736649.880 8.579 -74°26'17" 89.000 115.628

31 7096603.327 736634.450 8.400 -74°26'17" 89.000 115.628

32 7096612.228 736616.587 8.222 -74°26'17" 89.000 115.628

32+6.357 PT 7096614.192 736610.542 8.165 -74°26'17" 89.000 115.628

33 7096617.943 736597.425 8.043

33+11.751 PC 7096621.173 736586.126 7.938 -55°52'12" 209.000 203.799

34 7096623.284 736578.153 7.865 -55°52'12" 209.000 203.799

35 7096627.083 736558.525 7.686 -55°52'12" 209.000 203.799

36 7096628.989 736538.624 7.508 -55°52'12" 209.000 203.799

37 7096628.985 736518.631 7.330 -55°52'12" 209.000 203.799

38 7096627.071 736498.731 7.151 -55°52'12" 209.000 203.799

39 7096623.264 736479.104 6.973 -55°52'12" 209.000 203.799

40 7096617.599 736459.931 6.794 -55°52'12" 209.000 203.799

41 7096610.128 736441.387 6.616 -55°52'12" 209.000 203.799

42 7096600.919 736423.642 6.437 -55°52'12" 209.000 203.799

43 7096590.058 736406.857 6.259 -55°52'12" 209.000 203.799

43+15.551 PT 7096580.532 736394.570 6.120 -55°52'12" 209.000 203.799

44 7096577.678 736391.157 6.081

45 7096564.845 736375.817 5.902

45+7.106 PC 7096560.286 736370.366 5.839 -19°46'05" 159.000 54.857

46 7096551.621 736360.823 5.724 -19°46'05" 159.000 54.857

47 7096536.730 736347.491 5.545 -19°46'05" 159.000 54.857

48 7096520.284 736336.133 5.367 -19°46'05" 159.000 54.857

48+1.963 PT 7096518.595 736335.132 5.349 -19°46'05" 159.000 54.857

AZIMUTE
49 - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS
7096503.025 736326.027 5.188 SISTEMA POSIÇÃO
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data:11/8/2006 Folha:3

RELATÓRIO DE ALINHAMENTO
Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Microbacia: PORTO DE SÃO FRNCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODPFERROVIÁRIO - PERA (RODOVIA)
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-02\08306-02-E.prj
Extensão: 1.273 km

Estaca Descrição Norte (y) Este (x) Cota A.C. Raio Desenv.

50 7096485.761 736315.930 5.010

51 7096468.496 736305.834 4.832

52 7096451.231 736295.738 4.653

53 7096433.967 736285.642 4.475

54 7096416.702 736275.546 4.296

54+1.038 PC 7096415.806 736275.022 4.287 -71°30'32" 89.000 111.078

55 7096398.545 736267.259 4.118 -71°30'32" 89.000 111.078

56 7096379.000 736263.221 3.939 -71°30'32" 89.000 111.078

57 7096359.046 736263.639 3.761 -71°30'32" 89.000 111.078

58 7096339.688 736268.494 3.583 -71°30'32" 89.000 111.078

59 7096321.898 736277.540 3.404 -71°30'32" 89.000 111.078

59+12.116 PT 7096312.266 736284.874 3.296 -71°30'32" 89.000 111.078

60 7096306.333 736290.067 3.226

61 7096291.282 736303.238 3.047

62 7096276.232 736316.409 2.869

63 7096261.181 736329.580 2.690

63+12.651 PF 7096251.661 736337.912 2.578

AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS SISTEMA POSIÇÃO


R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-02-A

3.2-Traçado Ferroviário

8
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data:11/8/2006 Folha:1

RELATÓRIO DE ALINHAMENTO
Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Microbacia: PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODOFERROVIÁRIO - PERA (FERROVIA)
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-01\GEO-08306-01-E.prj
Extensão: 1.350 km

Estaca Descrição Norte (y) Este (x) Cota A.C. Raio Desenv.

0 PP 7096142.958 736923.797 7.900

1 7096133.530 736906.159 7.700

2 7096124.102 736888.520 7.500

2+16.616 PC 7096116.270 736873.866 7.334 121°26'54" 80.000 169.574

3 7096114.738 736870.849 7.300 121°26'54" 80.000 169.574

4 PCV 7096108.396 736851.936 7.100

5 7096106.930 736832.042 7.000 121°26'54" 80.000 169.574

6 PTV 7096110.431 736812.404 7.100

7 7096118.682 736794.242 7.300 121°26'54" 80.000 169.574

8 7096131.170 736778.686 7.500 121°26'54" 80.000 169.574

9 7096147.118 736766.704 7.700 121°26'54" 80.000 169.574

10 7096165.535 736759.040 7.900 121°26'54" 80.000 169.574

11 7096185.275 736756.170 8.100 121°26'54" 80.000 169.574

11+6.190 PT 7096191.462 736756.290 8.162 121°26'54" 80.000 169.574

12 7096205.250 736757.090 8.300

13 7096225.216 736758.250 8.500

14 7096245.182 736759.410 8.700

15 7096265.149 736760.569 8.900

15+4.632 PC 7096269.773 736760.838 8.946 -2°02'46" 291.000 10.393

15+15.025 PT 7096280.157 736761.255 9.050 -2°02'46" 291.000 10.393

16 7096285.131 736761.366 9.100

17 7096305.126 736761.812 9.300

18 7096325.121 736762.258 9.500

19 7096345.116 736762.704 9.700

19+9.157 PC 7096354.271 736762.908 9.792 -55°59'29" 80.000 78.179

20 7096365.094 736762.415 9.900 -55°59'29" 80.000 78.179

21 PCV 7096384.478 736757.708 10.100

22 7096402.096 736748.351 10.237 -55°59'29" 80.000 78.179

23 7096416.850 736734.926 10.248 -55°59'29" 80.000 78.179

23+7.336 PT 7096421.356 736729.141 10.220 -55°59'29" 80.000 78.179

24 PTV 7096428.672 736718.803 10.132

AZIMUTE
25 - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS
7096440.225 736702.478 9.954 SISTEMA POSIÇÃO
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data:11/8/2006 Folha:2

RELATÓRIO DE ALINHAMENTO
Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Microbacia: PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODOFERROVIÁRIO - PERA (FERROVIA)
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-01\GEO-08306-01-E.prj
Extensão: 1.350 km

Estaca Descrição Norte (y) Este (x) Cota A.C. Raio Desenv.

25+3.378 PC 7096442.176 736699.721 9.924 55°06'30" 80.000 76.946

26 7096453.114 736687.244 9.776 55°06'30" 80.000 76.946

27 7096469.324 736675.618 9.597 55°06'30" 80.000 76.946

28 7096487.907 736668.365 9.419 55°06'30" 80.000 76.946

29 7096507.706 736665.934 9.240 55°06'30" 80.000 76.946

29+0.323 PT 7096508.029 736665.935 9.237 55°06'30" 80.000 76.946

30 7096527.706 736666.071 9.062

30+0.365 PC 7096528.071 736666.074 9.059 -74°26'16" 80.000 103.935

31 7096547.525 736663.810 8.883 -74°26'16" 80.000 103.935

32 7096566.169 736656.716 8.705 -74°26'16" 80.000 103.935

33 7096582.479 736645.231 8.527 -74°26'16" 80.000 103.935

34 7096595.440 736630.067 8.348 -74°26'16" 80.000 103.935

35 7096604.247 736612.169 8.170 -74°26'16" 80.000 103.935

35+4.300 PT 7096605.539 736608.068 8.131 -74°26'16" 80.000 103.935

36 7096609.855 736592.973 7.991

36+9.693 PC 7096612.520 736583.653 7.905 -55°52'13" 200.000 195.024

37 7096615.097 736573.675 7.813 -55°52'13" 200.000 195.024

38 7096618.616 736553.996 7.634 -55°52'13" 200.000 195.024

39 7096620.153 736534.063 7.456 -55°52'13" 200.000 195.024

40 7096619.693 736514.077 7.278 -55°52'13" 200.000 195.024

41 7096617.240 736494.236 7.099 -55°52'13" 200.000 195.024

42 7096612.818 736474.740 6.921 -55°52'13" 200.000 195.024

43 7096606.471 736455.782 6.742 -55°52'13" 200.000 195.024

44 7096598.264 736437.553 6.564 -55°52'13" 200.000 195.024

45 7096588.278 736420.234 6.386 -55°52'13" 200.000 195.024

46 7096576.613 736403.998 6.207 -55°52'13" 200.000 195.024

46+4.717 PT 7096573.629 736400.345 6.165 -55°52'13" 200.000 195.024

47 7096563.823 736388.623 6.029

47+16.275 PC 7096553.381 736376.140 5.883 -19°46'04" 150.000 51.752

48 7096550.955 736373.312 5.850 -19°46'04" 150.000 51.752

49 7096536.785 736359.219 5.672 -19°46'04" 150.000 51.752

AZIMUTE
50 - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS
7096520.867 736347.135 5.493 -19°46'04" SISTEMA
150.000 POSIÇÃO
51.752
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data:11/8/2006 Folha:3

RELATÓRIO DE ALINHAMENTO
Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Microbacia: PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODOFERROVIÁRIO - PERA (FERROVIA)
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-01\GEO-08306-01-E.prj
Extensão: 1.350 km

Estaca Descrição Norte (y) Este (x) Cota A.C. Raio Desenv.

50+8.027 PT 7096514.050 736342.899 5.422 -19°46'04" 150.000 51.752

51 7096503.714 736336.855 5.315

52 7096486.450 736326.759 5.137

53 7096469.185 736316.663 4.958

54 7096451.920 736306.567 4.780

55 7096434.656 736296.471 4.601

56 7096417.391 736286.375 4.423

56+7.099 PC 7096411.263 736282.791 4.360 -71°31'15" 80.000 99.862

57 7096399.651 736277.203 4.244 -71°31'15" 80.000 99.862

58 7096380.288 736272.405 4.066 -71°31'15" 80.000 99.862

59 7096360.341 736272.546 3.888 -71°31'15" 80.000 99.862

60 7096341.049 736277.619 3.709 -71°31'15" 80.000 99.862

61 7096323.611 736287.306 3.531 -71°31'15" 80.000 99.862

61+6.961 PT 7096318.181 736291.658 3.469 -71°31'15" 80.000 99.862

62 7096308.371 736300.247 3.352

63 7096293.323 736313.422 3.174

64 7096278.275 736326.596 2.995

65 7096263.227 736339.770 2.817

66 7096248.179 736352.945 2.639

67 7096233.132 736366.119 2.460

67+10.000 PF 7096225.608 736372.706 2.371

AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS SISTEMA POSIÇÃO


R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-02-A

4.0–RELATÓRIO DE CURVAS HORIZONTAIS


4.1-Traçado Rodoviário

9
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data:11/8/2006 Folha:1

RELATÓRIO DE CURVAS HORIZONTAIS


Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Microbacia: PORTO DE SÃO FRNCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODPFERROVIÁRIO - PERA (RODOVIA)
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-02\08306-02-E.prj
Extensão: 1.273 km

PIH Tipo da Curva Norte (y) Este (x) A.C. Raio Desenv. Tangente
Estaca PC Norte (x) Este (y) Cota Greide Estaca PT Norte (y) Este (x) Cota Greide

PIH-1 INÍCIO 7096110.585 736876.285

PIH-2 Curva Circular 7096124.169 736761.396 86°34'51" 71.000 107.290 66.885


PC=2+8.805 7096116.316 736827.818 15.091 PT=7+16.094 7096190.941 736765.274 11.251
PIH-3 Curva Circular 7096274.600 736770.133 -2°02'46" 300.000 10.713 5.357
PC=11+14.537 7096269.252 736769.822 10.591 PT=12+5.250 7096279.956 736770.252 10.582
PIH-4 Curva Circular 7096401.372 736772.961 -55°59'31" 89.000 86.975 47.314
PC=15+19.382 7096354.070 736771.906 10.515 PT=20+6.357 7096428.703 736734.340 10.306
PIH-5 Curva Circular 7096470.923 736674.680 55°06'31" 71.000 68.290 37.046
PC=22+2.399 7096449.523 736704.920 9.985 PT=25+10.688 7096507.968 736674.935 9.375
PIH-6 Curva Circular 7096595.608 736675.539 -74°26'17" 89.000 115.628 67.601
PC=26+10.729 7096528.008 736675.073 9.197 PT=32+6.357 7096614.192 736610.542 8.165
PIH-7 Curva Circular 7096651.640 736479.573 -55°52'12" 209.000 203.799 110.823
PC=33+11.751 7096621.173 736586.126 7.938 PT=43+15.551 7096580.532 736394.570 6.120
PIH-8 Curva Circular 7096542.510 736349.117 -19°46'05" 159.000 54.857 27.704
PC=45+7.106 7096560.286 736370.366 5.839 PT=48+1.963 7096518.595 736335.132 5.349
PIH-9 Curva Circular 7096360.489 736242.673 -71°30'32" 89.000 111.078 64.081
PC=54+1.038 7096415.806 736275.022 4.287 PT=59+12.116 7096312.266 736284.874 3.296
PIH-10 FINAL 7096251.661 736337.912

AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS SISTEMA POSIÇÃO


R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-02-A

4.2-Traçado Ferroviário

10
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data:11/8/2006 Folha:1

RELATÓRIO DE CURVAS HORIZONTAIS


Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Microbacia: PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODOFERROVIÁRIO - PERA (FERROVIA)
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-01\GEO-08306-01-E.prj
Extensão: 1.350 km

PIH Tipo da Curva Norte (y) Este (x) A.C. Raio Desenv. Tangente
Estaca PC Norte (x) Este (y) Cota Greide Estaca PT Norte (y) Este (x) Cota Greide

PIH-1 INÍCIO 7096142.958 736923.797

PIH-2 Curva Circular 7096049.003 736748.016 121°26'54" 80.000 169.574 142.699


PC=2+16.616 7096116.270 736873.866 7.334 PT=11+6.190 7096191.462 736756.290 8.162
PIH-3 Curva Circular 7096274.961 736761.139 -2°02'46" 291.000 10.393 5.197
PC=15+4.632 7096269.773 736760.838 8.946 PT=15+15.025 7096280.157 736761.255 9.050
PIH-4 Curva Circular 7096396.789 736763.856 -55°59'29" 80.000 78.179 42.529
PC=19+9.157 7096354.271 736762.908 9.792 PT=23+7.336 7096421.356 736729.141 10.220
PIH-5 Curva Circular 7096466.289 736665.648 55°06'30" 80.000 76.946 41.741
PC=25+3.378 7096442.176 736699.721 9.924 PT=29+0.323 7096508.029 736665.935 9.237
PIH-6 Curva Circular 7096588.834 736666.492 -74°26'16" 80.000 103.935 60.765
PC=30+0.365 7096528.071 736666.074 9.059 PT=35+4.300 7096605.539 736608.068 8.131
PIH-7 Curva Circular 7096641.675 736481.688 -55°52'13" 200.000 195.024 106.052
PC=36+9.693 7096612.520 736583.653 7.905 PT=46+4.717 7096573.629 736400.345 6.165
PIH-8 Curva Circular 7096536.611 736356.093 -19°46'04" 150.000 51.752 26.136
PC=47+16.275 7096553.381 736376.140 5.883 PT=50+8.027 7096514.050 736342.899 5.422
PIH-9 Curva Circular 7096361.529 736253.707 -71°31'15" 80.000 99.862 57.614
PC=56+7.099 7096411.263 736282.791 4.360 PT=61+6.961 7096318.181 736291.658 3.469
PIH-10 FINAL 7096225.608 736372.706

AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS SISTEMA POSIÇÃO


R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-02-A

5.0–RELATÓRIO DE CURVAS VERTICAIS


5.1-Traçado Rodoviário

11
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data:11/8/2006 Folha:1

RELATÓRIO DE CURVAS VERTICAIS


Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Microbacia: PORTO DE SÃO FRNCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODPFERROVIÁRIO - PERA (RODOVIA)
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-02\08306-02-E.prj
Extensão: 1.273 km

PIV Tipo da Curva Progressiva Cota (L) (i) (e) (k)


Estaca PCV Progressiva Cota Estaca PTV Progressiva Cota

PIV-1 INÍCIO 0.000 14.200

PIV-2 Curva Parábola 40.000 15.533 L=40.000 i=-0.071 e=0.355 k=-0.00089


PCV=1 20.000 14.867 PTV=3 60.000 14.782
PIV-3 Curva Parábola 170.000 10.649 L=60.000 i=0.037 e=-0.275 k=0.00031
PCV=7 140.000 11.777 PTV=10 200.000 10.622
PIV-4 Curva Parábola 390.000 10.452 L=20.000 i=-0.008 e=0.020 k=-0.00020
PCV=19 380.000 10.461 PTV=20 400.000 10.363
PIV-5 FINAL 1280.000 2.512

AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS SISTEMA POSIÇÃO


R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-02-A

5.2-Traçado Ferroviário

12
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data:11/8/2006 Folha:1

RELATÓRIO DE CURVAS VERTICAIS


Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Microbacia: PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODOFERROVIÁRIO - PERA (FERROVIA)
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-01\GEO-08306-01-E.prj
Extensão: 1.350 km

PIV Tipo da Curva Progressiva Cota (L) (i) (e) (k)


Estaca PCV Progressiva Cota Estaca PTV Progressiva Cota

PIV-1 INÍCIO 0.000 7.900

PIV-2 Curva Parábola 100.000 6.900 L=40.000 i=0.020 e=-0.100 k=0.00025


PCV=4 80.000 7.100 PTV=6 120.000 7.100
PIV-3 Curva Parábola 450.000 10.400 L=60.000 i=-0.019 e=0.142 k=-0.00016
PCV=21 420.000 10.100 PTV=24 480.000 10.132
PIV-4 FINAL 1350.000 2.371

AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS SISTEMA POSIÇÃO


R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-02-A

6.0–NOTA DE SERVIÇO
6.1-Traçado Rodoferroviário

13
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data: 11/8/2006 Página 1 de 13
NOTA DE SERVIÇO
Cliente: ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Obra: PROJETO DE ENGENHARIA RODOFEROVIÁRIA
Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODOFERROVIÁRIO - PERA (FERROVIA)
Local: PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-01\GEO-08306-01-E.prj
Extensão: 1.350 km

ESTACA PONTO NORTE ESTE DIST.EIXO COTA GREIDE COTA PRIMITIVO COTA VERMELHA

0 7096139.694 736925.541 -3.701 8.541 8.541


7096140.312 736925.211 -3.000 7.840 8.537
7096142.958 736923.797 0.000 7.900 8.676 -0.776
7096145.604 736922.383 3.000 7.840 8.931
7096149.803 736920.138 7.762 12.602 12.602

1 7096129.503 736908.311 -4.566 9.206 9.206


7096130.884 736907.573 -3.000 7.640 8.975
7096133.530 736906.159 0.000 7.700 8.974 -1.274
7096136.176 736904.744 3.000 7.640 8.956
7096138.423 736903.543 5.548 10.188 10.188

2 7096119.060 736891.215 -5.718 10.158 10.158


7096121.457 736889.934 -3.000 7.440 9.955
7096124.102 736888.520 0.000 7.500 9.556 -2.056
7096126.748 736887.106 3.000 7.440 9.441
7096128.530 736886.154 5.020 9.460 9.460

2+16.616 7096111.107 736876.626 -5.854 10.248 10.248


7096113.624 736875.280 -3.000 7.394 10.226
7096118.916 736872.452 3.000 7.274 10.067
7096121.251 736871.204 5.648 9.922 9.922

3 7096109.483 736873.378 -5.832 10.192 10.192


7096112.035 736872.150 -3.000 7.360 10.149
7096117.441 736869.548 3.000 7.240 10.109
7096119.979 736868.326 5.816 10.056 10.056

4 7096102.754 736853.071 -5.755 9.915 9.915


7096105.455 736852.528 -3.000 7.160 10.052
7096111.337 736851.344 3.000 7.040 10.103 -3.063
7096111.356 736851.340 3.019 14.954 10.102 4.852
7096123.101 736848.977 15.000 14.714 10.908
7096125.812 736848.431 17.766 11.948 11.948

5 7096101.518 736831.763 -5.419 9.479 9.479


7096103.934 736831.888 -3.000 7.060 9.472
7096109.926 736832.196 3.000 6.940 9.495 -2.555
7096109.936 736832.197 3.010 15.298 9.495 5.803
7096121.901 736832.813 14.991 15.058 11.164
7096124.911 736832.968 18.005 12.044 12.044

6 7096104.366 736810.518 -6.351 10.511 10.511


7096107.566 736811.513 -3.000 7.160 10.773
7096113.296 736813.294 3.000 7.040 10.925 -3.885
7096113.305 736813.297 3.010 14.936 10.925 4.011
7096124.745 736816.854 14.990 14.696 16.898
7096130.122 736818.526 20.621 20.327 20.327

7 7096114.411 736791.615 -5.015 9.375 9.375


7096116.127 736792.670 -3.000 7.360 10.661
7096121.238 736795.814 3.000 7.240 13.079 -5.839
7096121.242 736795.816 3.005 14.187 13.082 1.105
7096131.446 736802.093 14.985 13.947 16.983
7096137.408 736805.760 21.985 20.947 20.953
7096139.964 736807.332 24.985 20.917 22.674
7096143.009 736809.205 28.560 24.492 24.492

8 7096126.207 736773.562 -7.133 11.693 11.693


7096129.083 736776.531 -3.000 7.560 11.494
7096133.257 736780.842 3.000 7.440 13.679 -6.239

AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS SISTEMA POSIÇÃO


AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data: 11/8/2006 Página 2 de 13
NOTA DE SERVIÇO
Cliente: ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Obra: PROJETO DE ENGENHARIA RODOFEROVIÁRIA
Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODOFERROVIÁRIO - PERA (FERROVIA)
Local: PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-01\GEO-08306-01-E.prj
Extensão: 1.350 km

ESTACA PONTO NORTE ESTE DIST.EIXO COTA GREIDE COTA PRIMITIVO COTA VERMELHA

7096133.264 736780.849 3.010 13.436 13.686 -0.250


7096141.599 736789.455 14.991 13.196 19.123
7096146.469 736794.484 21.991 20.196 22.639
7096148.556 736796.639 24.991 20.166 23.978
7096153.354 736801.594 31.888 27.063 27.063

9 7096139.839 736753.972 -14.666 16.396 16.396


7096140.666 736755.418 -13.000 14.730 16.095
7096142.155 736758.023 -10.000 14.760 15.553
7096145.629 736764.100 -3.000 7.760 14.091
7096148.607 736769.308 3.000 7.640 15.574 -7.934
7096148.612 736769.317 3.010 12.684 15.579 -2.895
7096154.559 736779.718 14.991 12.444 20.686
7096158.033 736785.795 21.991 19.444 23.614
7096159.522 736788.400 24.991 19.414 24.690
7096162.996 736794.477 31.991 26.414 27.125
7096164.485 736797.081 34.991 26.384 28.113
7096165.722 736799.245 37.484 28.877 28.877

10 7096161.475 736744.332 -15.258 17.188 17.188


7096162.076 736746.508 -13.000 14.930 17.131
7096162.874 736749.400 -10.000 14.960 17.055
7096164.737 736756.148 -3.000 7.960 16.270
7096166.333 736761.932 3.000 7.840 15.547 -7.707
7096166.336 736761.941 3.010 11.934 15.545 -3.611
7096169.524 736773.489 14.990 11.694 20.299
7096171.387 736780.237 21.990 18.694 23.138
7096172.185 736783.129 24.990 18.664 24.106
7096174.048 736789.876 31.990 25.664 26.493
7096174.846 736792.768 34.990 25.634 27.500
7096175.607 736795.523 37.848 28.492 28.492

11 7096184.981 736740.964 -15.209 17.339 17.339


7096185.024 736743.172 -13.000 15.130 17.306
7096185.082 736746.172 -10.000 15.160 17.267
7096185.217 736753.171 -3.000 8.160 17.129
7096185.334 736759.169 3.000 8.040 16.657 -8.617
7096185.334 736759.179 3.010 11.292 16.656 -5.364
7096185.566 736771.158 14.991 11.052 18.422
7096185.701 736778.157 21.991 18.052 21.883
7096185.759 736781.156 24.991 18.022 23.075
7096185.895 736788.155 31.991 25.022 25.934
7096185.953 736791.154 34.991 24.992 27.022
7096186.016 736794.439 38.276 28.277 28.277

11+6.190 7096192.341 736741.156 -15.160 17.352 17.352


7096192.216 736743.312 -13.000 15.192 17.327
7096192.042 736746.306 -10.000 15.222 17.245
7096191.636 736753.295 -3.000 8.222 17.065
7096191.288 736759.285 3.000 8.102 16.508 -8.406
7096191.288 736759.295 3.010 11.146 16.507 -5.361
7096190.593 736771.254 14.990 10.906 19.304
7096190.187 736778.243 21.990 17.906 21.692
7096190.013 736781.238 24.990 17.876 22.987
7096189.608 736788.226 31.990 24.876 25.971
7096189.434 736791.221 34.990 24.846 27.113
7096189.223 736794.843 38.618 28.474 28.474

12 7096206.125 736742.010 -15.106 17.317 17.317


7096206.003 736744.113 -12.999 15.210 17.296

AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS SISTEMA POSIÇÃO


AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data: 11/8/2006 Página 3 de 13
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Local: PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-01\GEO-08306-01-E.prj
Extensão: 1.350 km

ESTACA PONTO NORTE ESTE DIST.EIXO COTA GREIDE COTA PRIMITIVO COTA VERMELHA

7096205.829 736747.108 -9.999 15.240 17.517


7096205.423 736754.096 -2.999 8.240 17.141
7096205.250 736757.090 0.000 8.300 16.786 -8.486
7096205.076 736760.084 2.999 8.240 16.401 -8.161
7096205.075 736760.103 3.018 10.656 16.398 -5.742
7096204.728 736766.074 8.999 10.776 16.132 -5.356
7096204.380 736772.064 14.999 10.656 18.529
7096203.974 736779.052 21.999 17.656 20.986
7096203.800 736782.047 24.999 17.626 22.216
7096203.394 736789.036 31.999 24.626 25.194
7096203.220 736792.030 34.999 24.596 26.411
7096203.051 736794.940 37.913 27.510 27.510

13 7096226.082 736743.340 -14.935 17.346 17.346


7096225.970 736745.273 -12.999 15.410 17.323
7096225.796 736748.268 -9.999 15.440 17.278
7096225.390 736755.256 -2.999 8.440 17.075
7096225.216 736758.250 0.000 8.500 16.587 -8.087
7096225.042 736761.244 2.999 8.440 16.028 -7.588
7096225.041 736761.263 3.018 10.503 16.026 -5.523
7096224.694 736767.234 8.999 10.623 15.232 -4.609
7096224.346 736773.224 14.999 10.503 16.564
7096223.940 736780.212 21.999 17.503 18.154
7096223.766 736783.207 24.999 17.473 19.166
7096223.604 736786.000 27.797 20.271 20.271

14 7096246.057 736744.352 -15.083 17.694 17.694


7096245.936 736746.432 -12.999 15.610 17.693
7096245.762 736749.427 -9.999 15.640 17.686
7096245.356 736756.416 -2.999 8.640 16.748
7096245.182 736759.410 0.000 8.700 16.122 -7.422
7096245.008 736762.404 2.999 8.640 15.379 -6.739
7096245.007 736762.422 3.018 10.485 15.374 -4.889
7096244.660 736768.393 8.999 10.605 14.674 -4.069
7096244.313 736774.383 14.999 10.485 14.442
7096244.075 736778.471 19.094 14.580 14.580

15 7096265.984 736746.191 -14.402 17.213 17.213


7096265.902 736747.592 -12.999 15.810 17.198
7096265.728 736750.587 -9.999 15.840 17.166
7096265.322 736757.575 -2.999 8.840 16.411
7096265.149 736760.569 0.000 8.900 15.570 -6.670
7096264.975 736763.563 2.999 8.840 14.705 -5.865
7096264.974 736763.582 3.018 10.467 14.699 -4.232
7096264.627 736769.553 8.999 10.587 13.834 -3.247
7096264.279 736775.543 14.999 10.467 13.123
7096264.138 736777.963 17.423 12.891 12.891

15+4.632 7096270.595 736746.688 -14.173 17.030 17.030


7096270.527 736747.861 -12.999 15.856 17.015
7096270.353 736750.856 -9.999 15.886 16.969
7096269.947 736757.844 -2.999 8.886 16.212
7096269.773 736760.838 0.000 8.946 15.444 -6.498
7096269.599 736763.832 2.999 8.886 14.563 -5.677
7096269.598 736763.851 3.018 10.513 14.558 -4.045
7096269.251 736769.822 8.999 10.633 13.945 -3.312
7096268.903 736775.811 14.999 10.513 13.371
7096268.732 736778.758 17.950 13.464 13.464

15+15.025 7096280.471 736747.147 -14.112 17.073 17.073

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Extensão: 1.350 km

ESTACA PONTO NORTE ESTE DIST.EIXO COTA GREIDE COTA PRIMITIVO COTA VERMELHA

7096280.446 736748.259 -12.999 15.960 17.060


7096280.380 736751.258 -9.999 15.990 17.001
7096280.223 736758.257 -2.999 8.990 15.919
7096280.157 736761.255 0.000 9.050 15.081 -6.031
7096280.090 736764.253 2.999 8.990 14.111 -5.121
7096280.089 736764.272 3.018 10.454 14.105 -3.651
7096279.956 736770.252 8.999 10.574 13.449 -2.875
7096279.822 736776.250 14.999 10.454 12.946
7096279.772 736778.499 17.249 12.704 12.704

16 7096285.445 736747.282 -14.088 17.099 17.099


7096285.420 736748.370 -12.999 16.010 17.087
7096285.354 736751.369 -9.999 16.040 17.029
7096285.198 736758.368 -2.999 9.040 15.988
7096285.131 736761.366 0.000 9.100 15.063 -5.963
7096285.064 736764.364 2.999 9.040 14.005 -4.965
7096285.063 736764.383 3.018 10.449 13.998 -3.549
7096284.930 736770.363 8.999 10.569 13.355 -2.786
7096284.796 736776.361 14.999 10.449 12.831
7096284.748 736778.511 17.149 12.599 12.599

17 7096305.434 736747.999 -13.817 17.028 17.028


7096305.416 736748.816 -12.999 16.210 17.019
7096305.349 736751.815 -9.999 16.240 16.948
7096305.193 736758.813 -2.999 9.240 15.848
7096305.126 736761.812 0.000 9.300 14.830 -5.530
7096305.059 736764.810 2.999 9.240 13.826 -4.586
7096305.058 736764.829 3.018 10.432 13.821 -3.389
7096304.925 736770.808 8.999 10.552 12.981 -2.429
7096304.791 736776.807 14.999 10.432 12.356
7096304.752 736778.549 16.742 12.175 12.175

18 7096325.423 736748.695 -13.566 16.977 16.977


7096325.411 736749.262 -12.999 16.410 16.969
7096325.344 736752.261 -9.999 16.440 16.574
7096325.188 736759.259 -2.999 9.440 15.303
7096325.121 736762.258 0.000 9.500 14.286 -4.786
7096325.054 736765.256 2.999 9.440 13.437 -3.997
7096325.053 736765.275 3.018 10.414 13.431 -3.017
7096324.920 736771.254 8.999 10.534 12.573 -2.039
7096324.786 736777.253 14.999 10.414 12.220
7096324.746 736779.060 16.807 12.222 12.222

19 7096345.414 736749.348 -13.359 16.970 16.970


7096345.406 736749.708 -12.999 16.610 16.966
7096345.339 736752.707 -9.999 16.640 16.870
7096345.183 736759.705 -2.999 9.640 15.570
7096345.116 736762.704 0.000 9.700 14.420 -4.720
7096345.049 736765.702 2.999 9.640 13.196 -3.556
7096345.048 736765.721 3.018 10.395 13.189 -2.794
7096344.915 736771.700 8.999 10.515 12.271 -1.756
7096344.781 736777.699 14.999 10.395 13.420
7096344.698 736781.440 18.741 14.137 14.137

19+9.157 7096354.566 736749.657 -13.254 16.957 16.957


7096354.560 736749.912 -12.999 16.702 16.955
7096354.494 736752.911 -9.999 16.732 16.860
7096354.338 736759.910 -2.999 9.732 14.989
7096354.204 736765.907 3.000 9.852 12.710 -2.858
7096354.204 736765.917 3.010 10.387 12.707 -2.320

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Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-01\GEO-08306-01-E.prj
Extensão: 1.350 km

ESTACA PONTO NORTE ESTE DIST.EIXO COTA GREIDE COTA PRIMITIVO COTA VERMELHA

7096353.936 736777.904 15.000 10.627 11.591


7096353.895 736779.737 16.834 12.461 12.461

20 7096363.611 736749.378 -13.122 16.933 16.933


7096363.625 736749.500 -12.999 16.810 16.931
7096363.964 736752.480 -9.999 16.840 16.847
7096364.755 736759.436 -2.999 9.840 14.957
7096365.433 736765.396 3.000 9.960 12.957 -2.997
7096365.434 736765.401 3.005 10.498 12.955 -2.457
7096366.788 736777.314 14.995 10.738 11.101
7096366.832 736777.696 15.379 11.122 11.122

21 7096381.059 736748.710 -9.625 16.666 16.666


7096383.413 736754.904 -2.999 10.040 16.468
7096385.544 736760.512 3.000 10.160 15.425 -5.265
7096385.546 736760.516 3.004 10.480 15.423 -4.943
7096389.806 736771.723 14.994 10.720 10.332
7096389.950 736772.103 15.400 10.314 10.314

22 7096396.724 736740.718 -9.333 16.511 16.511


7096400.370 736745.898 -2.999 10.177 16.340
7096403.822 736750.804 3.000 10.297 16.148 -5.851
7096403.825 736750.808 3.005 10.462 16.148 -5.686
7096410.726 736760.614 14.995 10.702 15.179
7096412.545 736763.199 18.157 13.864 13.864

23 7096409.754 736728.857 -9.338 16.527 16.527


7096414.571 736732.977 -2.999 10.188 16.306
7096419.130 736736.876 3.000 10.308 16.221 -5.913
7096419.134 736736.879 3.005 10.371 16.219 -5.848
7096428.246 736744.673 14.995 10.611 10.111
7096429.039 736745.351 16.038 9.568 9.568

23+7.336 7096413.690 736723.715 -9.392 16.553 16.553


7096418.908 736727.408 -2.999 10.160 16.419
7096421.356 736729.141 0.000 10.220 16.395 -6.175
7096423.804 736730.873 2.999 10.160 14.843 -4.683
7096428.701 736734.339 8.998 10.280 11.630 -1.350
7096433.598 736737.804 14.997 10.160 8.592
7096435.088 736738.858 16.823 8.334 8.334

24 7096420.923 736713.319 -9.493 16.566 16.566


7096426.224 736717.071 -2.999 10.072 15.857
7096428.672 736718.803 0.000 10.132 14.213 -4.081
7096431.120 736720.536 2.999 10.072 12.527 -2.455
7096436.017 736724.001 8.998 10.192 9.132 1.060
7096440.914 736727.466 14.997 10.072 7.908
7096442.907 736728.877 17.439 7.630 7.630

25 7096433.716 736697.871 -7.974 14.869 14.869


7096437.777 736700.745 -2.999 9.894 12.267
7096440.225 736702.478 0.000 9.954 10.667 -0.713
7096442.673 736704.210 2.999 9.894 9.064 0.830
7096447.570 736707.675 8.998 10.014 7.861 2.153
7096452.467 736711.141 14.997 9.894 5.624
7096457.607 736714.778 21.293 3.598 3.598

25+3.378 7096436.742 736695.875 -6.657 13.642 13.642


7096439.728 736697.988 -2.999 9.984 11.691
7096454.421 736708.386 15.001 9.624 4.779
7096459.378 736711.894 21.074 3.551 3.551

AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS SISTEMA POSIÇÃO


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Local: PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-01\GEO-08306-01-E.prj
Extensão: 1.350 km

ESTACA PONTO NORTE ESTE DIST.EIXO COTA GREIDE COTA PRIMITIVO COTA VERMELHA

26 7096450.161 736684.055 -4.346 11.183 11.183


7096451.076 736685.043 -2.999 9.836 10.457
7096463.308 736698.249 15.001 9.476 5.786
7096466.327 736701.508 19.444 5.033 5.033

27 7096464.705 736667.105 -9.686 16.344 16.344


7096467.894 736672.982 -2.999 9.657 14.754
7096476.479 736688.803 15.001 9.297 7.929
7096477.597 736690.865 17.347 6.952 6.951

28 7096484.634 736655.392 -13.380 16.830 16.830


7096484.727 736655.761 -12.999 16.449 16.814
7096485.461 736658.669 -9.999 16.479 16.690
7096487.173 736665.457 -2.999 9.479 16.402
7096491.577 736682.910 15.001 9.119 9.613
7096491.664 736683.254 15.356 9.474 9.474

29 7096507.744 736652.597 -13.337 16.608 16.608


7096507.743 736652.935 -12.999 16.270 16.607
7096507.735 736655.935 -9.999 16.300 16.578
7096507.715 736662.935 -2.999 9.300 16.271
7096507.663 736680.935 15.001 8.940 10.365
7096507.661 736681.880 15.946 9.885 9.885

29+0.323 7096508.121 736652.601 -13.335 16.603 16.603


7096508.119 736652.937 -12.999 16.267 16.602
7096508.098 736655.937 -9.999 16.297 16.568
7096508.050 736662.937 -2.999 9.297 16.277
7096507.926 736680.936 15.001 8.937 10.337
7096507.920 736681.865 15.929 9.865 9.865

30 7096527.795 736653.044 -13.028 16.001 16.001


7096527.795 736653.072 -12.999 15.972 16.001
7096527.775 736656.072 -9.999 16.002 16.056
7096527.726 736663.072 -2.999 9.002 16.038
7096527.706 736666.071 0.000 9.062 15.793 -6.731
7096527.685 736669.070 2.999 9.002 14.939 -5.937
7096527.644 736675.069 8.998 9.122 12.095 -2.973
7096527.602 736681.068 14.997 9.002 9.216
7096527.601 736681.211 15.140 9.145 9.145

30+0.365 7096528.146 736655.169 -10.905 15.990 15.990


7096528.139 736656.075 -9.999 15.999 16.006
7096528.091 736663.075 -2.999 8.999 15.961
7096527.967 736681.071 14.998 9.360 9.171
7096527.965 736681.445 15.372 8.986 8.986

31 7096546.714 736660.474 -3.433 9.257 9.257


7096546.817 736660.896 -2.999 8.823 9.186
7096551.069 736678.383 14.998 9.184 8.245
7096551.371 736679.626 16.277 7.905 7.905

32 7096564.367 736653.326 -3.840 7.804 7.804


7096564.762 736654.068 -2.999 8.645 7.787
7096573.209 736669.960 14.998 9.006 6.839
7096574.489 736672.369 17.726 6.278 6.278

33 7096579.133 736641.556 -4.970 6.496 6.496


7096580.460 736643.013 -2.999 8.467 6.394
7096592.576 736656.321 14.998 8.828 3.917

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ESTACA PONTO NORTE ESTE DIST.EIXO COTA GREIDE COTA PRIMITIVO COTA VERMELHA

7096596.604 736660.746 20.982 2.844 2.844

34 7096589.951 736626.454 -6.572 4.715 4.715


7096592.935 736628.418 -2.999 8.288 4.405
7096607.967 736638.315 14.998 8.649 2.695
7096613.217 736641.771 21.284 2.363 2.363

35 7096597.366 736609.795 -7.278 3.831 3.831


7096601.412 736611.190 -2.999 8.110 3.521
7096618.424 736617.060 14.998 8.471 2.275
7096625.042 736619.344 21.998 1.471 1.152
7096627.877 736620.322 24.998 1.501 0.905
7096628.491 736620.534 25.647 0.852 0.852

35+4.300 7096599.136 736606.238 -6.660 4.410 4.410


7096602.656 736607.244 -2.999 8.071 4.119
7096619.959 736612.192 14.998 8.432 2.224
7096626.689 736614.116 21.998 1.432 1.087
7096629.574 736614.941 24.998 1.462 0.839
7096630.227 736615.128 25.678 0.782 0.782

36 7096605.803 736591.814 -4.214 6.716 6.716


7096606.972 736592.149 -2.999 7.931 6.768
7096609.855 736592.973 0.000 7.991 6.448 1.543
7096612.739 736593.797 2.999 7.931 5.627 2.304
7096618.507 736595.447 8.998 8.051 3.984 4.067
7096624.274 736597.096 14.997 7.931 2.635
7096629.986 736598.729 20.938 1.990 1.990

36+9.693 7096608.428 736582.483 -4.256 9.102 9.102


7096609.637 736582.829 -2.999 7.845 8.851
7096626.940 736587.777 14.998 8.206 4.631
7096633.023 736589.516 21.325 1.879 1.879

37 7096608.484 736572.148 -6.787 11.541 11.541


7096612.175 736573.000 -2.999 7.753 10.299
7096629.710 736577.050 14.998 8.114 4.138
7096636.531 736578.625 21.998 1.114 0.970
7096639.454 736579.300 24.998 1.144 0.478
7096640.190 736579.470 25.753 0.389 0.389

38 7096611.554 736553.094 -7.120 11.695 11.695


7096615.642 736553.616 -2.999 7.574 10.497
7096633.494 736555.895 14.998 7.935 3.143
7096639.265 736556.631 20.817 2.116 2.116

39 7096602.888 736533.597 -17.272 18.639 18.639


7096607.159 736533.713 -12.999 14.366 17.584
7096610.158 736533.794 -9.999 14.396 16.495
7096617.156 736533.982 -2.999 7.396 14.532
7096635.146 736534.467 14.998 7.757 8.134
7096635.427 736534.475 15.280 8.039 8.039

40 7096584.941 736516.619 -34.845 29.974 29.974


7096586.782 736516.485 -32.999 28.128 29.394
7096589.774 736516.266 -29.999 28.158 28.276
7096596.755 736515.755 -22.999 21.158 25.873
7096599.747 736515.536 -19.999 21.188 24.953
7096606.729 736515.025 -12.999 14.188 22.748
7096609.721 736514.806 -9.999 14.218 21.316
7096616.702 736514.296 -2.999 7.218 18.874

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Extensão: 1.350 km

ESTACA PONTO NORTE ESTE DIST.EIXO COTA GREIDE COTA PRIMITIVO COTA VERMELHA

7096634.651 736512.982 14.998 7.579 12.694


7096638.207 736512.722 18.563 11.144 11.144

41 7096575.747 736501.488 -42.122 37.072 37.072


7096584.733 736499.918 -32.999 27.949 34.049
7096587.689 736499.401 -29.999 27.979 33.144
7096594.584 736498.196 -22.999 20.979 30.992
7096597.539 736497.679 -19.999 21.009 30.114
7096604.435 736496.474 -12.999 14.009 26.692
7096607.390 736495.958 -9.999 14.039 25.271
7096614.285 736494.753 -2.999 7.039 21.966
7096632.014 736491.654 14.998 7.400 13.585
7096636.642 736490.845 19.697 12.099 12.099

42 7096572.088 736486.145 -42.297 37.069 37.069


7096581.041 736483.638 -32.999 27.771 33.867
7096583.930 736482.829 -29.999 27.801 32.471
7096590.670 736480.942 -22.999 20.801 29.130
7096593.559 736480.133 -19.999 20.831 27.859
7096600.300 736478.245 -12.999 13.831 25.378
7096603.189 736477.436 -9.999 13.861 24.479
7096609.930 736475.548 -2.999 6.861 22.148
7096627.260 736470.695 14.998 7.222 13.834
7096631.581 736469.485 19.485 11.709 11.709

43 7096573.818 736468.561 -35.064 29.657 29.657


7096575.742 736467.808 -32.999 27.592 28.841
7096578.535 736466.715 -29.999 27.622 27.659
7096585.054 736464.164 -22.999 20.622 25.650
7096587.848 736463.071 -19.999 20.652 24.804
7096594.366 736460.519 -12.999 13.652 22.079
7096597.160 736459.426 -9.999 13.682 21.330
7096603.679 736456.875 -2.999 6.682 19.585
7096620.438 736450.316 14.998 7.043 9.848
7096621.688 736449.827 16.340 8.385 8.385

44 7096582.315 736445.715 -17.917 18.392 18.392


7096586.692 736443.475 -12.999 13.474 16.840
7096589.363 736442.108 -9.999 13.504 15.922
7096595.594 736438.919 -2.999 6.504 14.017
7096611.615 736430.720 14.998 6.865 5.762
7096613.271 736429.872 16.858 5.005 5.005

45 7096582.409 736424.021 -6.985 10.312 10.312


7096585.758 736421.860 -2.999 6.326 9.190
7096600.880 736412.102 14.998 6.687 3.252
7096604.205 736409.957 18.955 2.730 2.730

46 7096570.402 736408.949 -7.942 11.090 11.090


7096574.268 736405.868 -2.999 6.147 11.631
7096588.340 736394.649 14.998 6.508 8.562
7096589.749 736393.526 16.800 8.310 8.310

46+4.717 7096566.032 736406.700 -9.904 13.010 13.010


7096571.329 736402.269 -2.999 6.105 11.863
7096585.133 736390.722 14.998 6.466 9.133
7096586.899 736389.244 17.301 8.769 8.769

47 7096551.841 736398.646 -15.621 15.561 15.561


7096553.853 736396.963 -12.999 12.939 14.977
7096556.154 736395.038 -9.999 12.969 14.216

AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS SISTEMA POSIÇÃO


AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data: 11/8/2006 Página 9 de 13
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Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
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Local: PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-01\GEO-08306-01-E.prj
Extensão: 1.350 km

ESTACA PONTO NORTE ESTE DIST.EIXO COTA GREIDE COTA PRIMITIVO COTA VERMELHA

7096561.523 736390.547 -2.999 5.969 12.810


7096563.823 736388.623 0.000 6.029 12.260 -6.231
7096566.123 736386.698 2.999 5.969 11.709 -5.740
7096570.725 736382.849 8.998 6.089 10.621 -4.532
7096575.326 736379.000 14.997 5.969 9.867
7096577.860 736376.880 18.301 9.273 9.273

47+16.275 7096541.064 736386.443 -16.058 15.852 15.852


7096543.410 736384.480 -12.999 12.793 15.693
7096545.711 736382.555 -9.999 12.823 15.537
7096551.080 736378.064 -2.999 5.823 14.456
7096564.884 736366.516 14.998 6.184 10.465
7096567.799 736364.078 18.798 9.984 9.984

48 7096538.749 736384.050 -16.257 16.018 16.018


7096541.195 736381.898 -12.999 12.760 15.654
7096543.448 736379.917 -9.999 12.790 15.563
7096548.703 736375.293 -2.999 5.790 14.446
7096562.216 736363.407 14.998 6.151 10.854
7096565.396 736360.609 19.233 10.386 10.386

49 7096523.601 736374.373 -20.087 19.581 19.581


7096523.658 736374.307 -19.999 19.582 19.597
7096528.253 736369.026 -12.999 12.582 18.493
7096530.222 736366.763 -9.999 12.612 18.116
7096534.817 736361.482 -2.999 5.612 17.394
7096546.630 736347.904 14.998 5.973 16.677
7096551.224 736342.623 21.998 12.973 15.194
7096553.193 736340.360 24.998 12.943 14.762
7096554.237 736339.160 26.588 14.533 14.533

50 7096501.557 736376.437 -35.093 28.436 28.436


7096502.709 736374.689 -32.999 26.343 28.041
7096504.360 736372.184 -29.999 26.373 27.495
7096508.212 736366.339 -22.999 19.373 26.283
7096509.863 736363.834 -19.999 19.403 25.778
7096513.714 736357.989 -12.999 12.403 24.291
7096515.365 736355.484 -9.999 12.433 23.443
7096519.217 736349.639 -2.999 5.433 21.229
7096520.867 736347.135 0.000 5.493 20.198 -14.705
7096522.518 736344.631 2.999 5.433 19.233 -13.800
7096525.819 736339.622 8.998 5.553 17.252 -11.699
7096529.587 736333.903 15.847 5.416 15.009
7096533.439 736328.058 22.847 12.416 14.818
7096535.090 736325.553 25.847 12.386 14.736
7096536.307 736323.705 28.060 14.599 14.599

50+8.027 7096494.946 736375.568 -37.844 31.117 31.117


7096497.392 736371.385 -32.999 26.272 29.934
7096498.906 736368.795 -29.999 26.302 29.334
7096502.440 736362.753 -22.999 19.302 27.938
7096503.954 736360.163 -19.999 19.332 27.363
7096507.488 736354.121 -12.999 12.332 25.962
7096509.002 736351.531 -9.999 12.362 25.389
7096512.536 736345.488 -2.999 5.362 22.880
7096514.050 736342.899 0.000 5.422 21.539 -16.117
7096515.564 736340.311 2.999 5.362 20.174 -14.812
7096518.592 736335.132 8.998 5.482 17.750 -12.268
7096523.654 736326.476 19.026 5.281 15.989
7096527.188 736320.433 26.026 12.281 15.714

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Extensão: 1.350 km

ESTACA PONTO NORTE ESTE DIST.EIXO COTA GREIDE COTA PRIMITIVO COTA VERMELHA

7096528.702 736317.843 29.026 12.251 14.926


7096529.719 736316.105 31.040 14.265 14.265

51 7096482.139 736373.750 -42.741 35.905 35.905


7096487.056 736365.341 -32.999 26.165 33.125
7096488.571 736362.752 -29.999 26.195 32.207
7096492.104 736356.709 -22.999 19.195 30.041
7096493.619 736354.119 -19.999 19.225 29.264
7096497.152 736348.077 -12.999 12.225 27.530
7096498.667 736345.487 -9.999 12.255 26.765
7096502.200 736339.444 -2.999 5.255 24.745
7096503.714 736336.855 0.000 5.315 23.057 -17.742
7096505.228 736334.267 2.999 5.255 21.384 -16.129
7096508.257 736329.088 8.998 5.375 18.570 -13.195
7096517.669 736312.992 27.644 5.002 12.438
7096520.902 736307.464 34.048 11.406 11.406

52 7096463.785 736365.517 -44.898 37.884 37.884


7096469.792 736355.245 -32.999 25.987 35.258
7096471.306 736352.655 -29.999 26.017 34.218
7096474.840 736346.613 -22.999 19.017 31.706
7096476.354 736344.023 -19.999 19.047 30.704
7096479.888 736337.980 -12.999 12.047 28.132
7096481.402 736335.391 -9.999 12.077 26.943
7096484.936 736329.348 -2.999 5.077 24.244
7096486.450 736326.759 0.000 5.137 23.075 -17.938
7096487.964 736324.170 2.999 5.077 21.915 -16.838
7096490.992 736318.992 8.998 5.197 19.432 -14.235
7096513.467 736280.560 53.519 4.307 7.138
7096514.515 736278.767 55.596 6.384 6.384

53 7096448.482 736352.065 -41.011 33.819 33.819


7096452.527 736345.149 -32.999 25.808 31.693
7096454.041 736342.559 -29.999 25.838 30.894
7096457.575 736336.517 -22.999 18.838 28.624
7096459.089 736333.927 -19.999 18.868 27.489
7096462.623 736327.884 -12.999 11.868 25.409
7096464.138 736325.295 -9.999 11.898 24.355
7096467.671 736319.252 -2.999 4.898 21.523
7096469.185 736316.663 0.000 4.958 20.310 -15.352
7096470.699 736314.074 2.999 4.898 18.847 -13.949
7096473.727 736308.896 8.998 5.018 15.902 -10.884
7096500.714 736262.748 62.457 3.949 3.453
7096501.051 736262.171 63.125 3.281 3.281

54 7096434.091 736337.056 -35.320 27.951 27.951


7096435.262 736335.053 -32.999 25.630 27.285
7096436.777 736332.463 -29.999 25.660 26.395
7096440.310 736326.420 -22.999 18.660 24.235
7096441.825 736323.831 -19.999 18.690 23.307
7096445.358 736317.788 -12.999 11.690 21.160
7096446.873 736315.198 -9.999 11.720 20.165
7096450.407 736309.156 -2.999 4.720 17.751
7096451.920 736306.567 0.000 4.780 16.860 -12.080
7096453.434 736303.978 2.999 4.720 16.053 -11.333
7096456.463 736298.800 8.998 4.840 13.498 -8.658
7096482.652 736254.015 60.878 3.802 2.855
7096483.160 736253.147 61.883 2.797 2.797

55 7096419.689 736322.064 -29.648 25.130 25.130

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Extensão: 1.350 km

ESTACA PONTO NORTE ESTE DIST.EIXO COTA GREIDE COTA PRIMITIVO COTA VERMELHA

7096423.046 736316.324 -22.999 18.481 21.975


7096424.560 736313.735 -19.999 18.511 20.526
7096428.094 736307.692 -12.999 11.511 16.852
7096429.608 736305.102 -9.999 11.541 15.272
7096433.142 736299.060 -2.999 4.541 13.488
7096434.656 736296.471 0.000 4.601 12.799 -8.198
7096436.170 736293.882 2.999 4.541 11.981 -7.440
7096439.198 736288.703 8.998 4.661 9.703 -5.042
7096458.321 736256.002 46.880 3.903 3.051
7096458.732 736255.300 47.694 3.089 3.089

56 7096402.322 736312.143 -29.851 25.155 25.155


7096405.781 736306.228 -22.999 18.303 22.482
7096407.296 736303.638 -19.999 18.333 21.376
7096410.829 736297.596 -12.999 11.333 17.750
7096412.344 736295.006 -9.999 11.363 15.900
7096415.877 736288.963 -2.999 4.363 11.722
7096417.391 736286.375 0.000 4.423 9.774 -5.351
7096418.905 736283.786 2.999 4.363 7.586 -3.223
7096421.933 736278.607 8.998 4.483 9.201 -4.718
7096429.741 736265.256 24.465 4.174 2.792
7096430.436 736264.067 25.842 2.798 2.798

56+7.099 7096397.024 736307.140 -28.207 23.448 23.448


7096399.653 736302.644 -22.999 18.240 21.337
7096401.167 736300.055 -19.999 18.270 20.001
7096404.701 736294.012 -12.999 11.270 15.813
7096406.215 736291.422 -9.999 11.300 13.897
7096409.749 736285.380 -2.999 4.300 9.726
7096411.263 736282.791 0.000 4.360 7.677 -3.317
7096412.777 736280.202 2.999 4.300 6.129 -1.829
7096415.805 736275.024 8.998 4.420 8.556 -4.136
7096421.105 736265.961 19.496 4.210 3.168
7096421.734 736264.885 20.743 2.963 2.963

57 7096396.800 736284.599 -7.927 9.112 9.112


7096398.572 736280.001 -2.999 4.184 6.765
7096405.045 736263.208 14.998 4.545 3.868
7096405.345 736262.429 15.834 3.709 3.709

58 7096376.996 736300.199 -27.989 22.936 22.936


7096377.583 736295.244 -22.999 17.946 20.640
7096377.936 736292.265 -19.999 17.976 19.192
7096378.759 736285.314 -12.999 10.976 15.691
7096379.112 736282.334 -9.999 11.006 13.694
7096379.936 736275.383 -2.999 4.006 10.999
7096382.053 736257.511 14.998 4.367 4.537
7096382.070 736257.361 15.149 4.518 4.518

59 7096365.346 736310.214 -37.998 29.737 29.737


7096364.688 736305.258 -32.999 24.738 28.393
7096364.292 736302.284 -29.999 24.768 27.611
7096363.370 736295.345 -22.999 17.768 23.110
7096362.975 736292.371 -19.999 17.798 21.174
7096362.053 736285.432 -12.999 10.798 19.264
7096361.658 736282.458 -9.999 10.828 18.554
7096360.736 736275.519 -2.999 3.828 17.256
7096358.366 736257.679 14.998 4.189 14.046
7096357.443 736250.740 21.998 11.189 12.382
7096357.048 736247.766 24.998 11.159 11.578

AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS SISTEMA POSIÇÃO


AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data: 11/8/2006 Página 12 de 13
NOTA DE SERVIÇO
Cliente: ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Obra: PROJETO DE ENGENHARIA RODOFEROVIÁRIA
Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODOFERROVIÁRIO - PERA (FERROVIA)
Local: PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-01\GEO-08306-01-E.prj
Extensão: 1.350 km

ESTACA PONTO NORTE ESTE DIST.EIXO COTA GREIDE COTA PRIMITIVO COTA VERMELHA

7096357.005 736247.443 25.325 11.486 11.486

60 7096356.217 736315.365 -40.680 32.240 32.240


7096353.353 736308.238 -32.999 24.559 29.443
7096352.234 736305.454 -29.999 24.589 28.715
7096349.624 736298.959 -22.999 17.589 27.230
7096348.506 736296.176 -19.999 17.619 26.593
7096345.896 736289.680 -12.999 10.619 25.459
7096344.777 736286.897 -9.999 10.649 25.322
7096342.167 736280.402 -2.999 3.649 24.651
7096335.456 736263.702 14.998 4.010 23.471
7096332.846 736257.207 21.998 11.010 22.751
7096331.728 736254.424 24.998 10.980 22.496
7096329.118 736247.928 31.998 17.980 20.662
7096327.999 736245.145 34.998 17.950 19.572
7096327.436 736243.743 36.509 19.461 19.461

61 7096348.691 736321.553 -42.448 33.830 33.830


7096343.108 736313.930 -32.999 24.381 33.910
7096341.336 736311.509 -29.999 24.411 33.780
7096337.200 736305.862 -22.999 17.411 32.655
7096335.427 736303.441 -19.999 17.441 31.937
7096331.291 736297.794 -12.999 10.441 30.752
7096329.519 736295.374 -9.999 10.471 30.436
7096325.383 736289.726 -2.999 3.471 29.419
7096314.750 736275.206 14.998 3.832 28.344
7096310.614 736269.559 21.998 10.832 27.859
7096308.841 736267.138 24.998 10.802 27.640
7096304.705 736261.491 31.998 17.802 27.113
7096302.933 736259.070 34.998 17.772 26.849
7096298.797 736253.423 41.998 24.772 24.884
7096298.729 736253.330 42.113 24.771 24.771

61+6.961 7096346.264 736323.735 -42.633 33.953 33.953


7096339.918 736316.486 -32.999 24.319 34.341
7096337.942 736314.229 -29.999 24.349 34.230
7096333.331 736308.962 -22.999 17.349 34.154
7096331.355 736306.705 -19.999 17.379 33.897
7096326.744 736301.439 -12.999 10.379 31.940
7096324.767 736299.181 -9.999 10.409 31.534
7096320.156 736293.915 -2.999 3.409 31.106
7096308.301 736280.374 14.998 3.770 29.348
7096303.690 736275.107 21.998 10.770 27.471
7096301.714 736272.850 24.998 10.740 27.310
7096297.103 736267.583 31.998 17.740 25.187
7096295.127 736265.326 34.998 17.710 25.105
7096290.652 736260.215 41.791 24.503 24.503

62 7096336.876 736332.806 -43.274 34.475 34.475


7096330.108 736325.075 -32.999 24.202 35.771
7096328.131 736322.818 -29.999 24.232 35.472
7096323.520 736317.552 -22.999 17.232 32.835
7096321.544 736315.294 -19.999 17.262 31.622
7096316.933 736310.028 -12.999 10.262 30.319
7096314.957 736307.770 -9.999 10.292 29.468
7096310.346 736302.504 -2.999 3.292 26.588
7096308.371 736300.247 0.000 3.352 24.936 -21.584
7096306.395 736297.991 2.999 3.292 23.497 -20.205
7096302.443 736293.477 8.998 3.412 18.975 -15.563
7096298.492 736288.964 14.997 3.292 15.439

AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS SISTEMA POSIÇÃO


AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data: 11/8/2006 Página 13 de 13
NOTA DE SERVIÇO
Cliente: ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Obra: PROJETO DE ENGENHARIA RODOFEROVIÁRIA
Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODOFERROVIÁRIO - PERA (FERROVIA)
Local: PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-01\GEO-08306-01-E.prj
Extensão: 1.350 km

ESTACA PONTO NORTE ESTE DIST.EIXO COTA GREIDE COTA PRIMITIVO COTA VERMELHA

7096293.881 736283.697 21.997 10.292 11.412


7096291.905 736281.440 24.997 10.262 10.875
7096291.503 736280.981 25.606 10.871 10.871

63 7096321.261 736345.333 -42.413 33.437 33.437


7096315.060 736338.250 -32.999 24.024 31.498
7096313.084 736335.993 -29.999 24.054 30.680
7096308.473 736330.726 -22.999 17.054 28.172
7096306.496 736328.469 -19.999 17.084 26.890
7096301.885 736323.202 -12.999 10.084 22.574
7096299.909 736320.945 -9.999 10.114 19.512
7096295.298 736315.678 -2.999 3.114 12.974
7096293.323 736313.422 0.000 3.174 10.563 -7.389
7096291.347 736311.165 2.999 3.114 8.430 -5.316
7096287.396 736306.652 8.998 3.234 5.156 -1.922
7096283.444 736302.138 14.997 3.114 4.176
7096282.762 736301.359 16.033 4.150 4.150

64 7096281.564 736330.353 -4.993 4.929 4.929


7096280.250 736328.852 -2.999 2.935 4.894
7096278.275 736326.596 0.000 2.995 4.830 -1.835
7096276.299 736324.340 2.999 2.935 4.736 -1.801
7096272.348 736319.826 8.998 3.055 4.496 -1.441
7096268.396 736315.312 14.997 2.935 4.166
7096267.617 736314.423 16.180 4.118 4.118

65 7096265.865 736342.784 -4.005 3.763 3.763


7096265.203 736342.027 -2.999 2.757 3.726
7096263.227 736339.770 0.000 2.817 3.617 -0.800
7096261.252 736337.514 2.999 2.757 3.517 -0.760
7096257.300 736333.000 8.998 2.877 3.310 -0.433
7096253.348 736328.487 14.997 2.757 3.072
7096253.155 736328.266 15.291 3.051 3.050

66 7096250.790 736355.926 -3.962 3.541 3.541


7096250.155 736355.202 -3.000 2.579 3.492
7096248.179 736352.945 0.000 2.639 3.359 -0.720
7096246.203 736350.688 3.000 2.579 3.101
7096245.919 736350.363 3.432 3.011 3.011

67 7096235.522 736368.850 -3.629 3.029 3.029


7096235.108 736368.376 -3.000 2.400 2.988
7096233.132 736366.119 0.000 2.460 2.791 -0.331
7096231.155 736363.862 3.000 2.400 2.778
7096230.904 736363.575 3.382 2.782 2.782

67+10.000 7096228.044 736375.489 -3.699 3.010 3.010


7096227.584 736374.963 -3.000 2.311 3.002
7096225.608 736372.706 0.000 2.371 2.971 -0.600
7096223.632 736370.449 3.000 2.311 2.941
7096223.221 736369.980 3.623 2.934 2.934

AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS SISTEMA POSIÇÃO


R

Soluções em todos os sentidos. REL-08306-02-A

7.0–PLANILHA DE CUBAÇÃO DE VOLUME


7.1-Traçado Rodoferroviário

14
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data:11/8/2006 Folha:1

RELATÓRIO DE VOLUMES (SUAVIZAÇÃO DE GREIDE)


Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Microbacia: PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODOFERROVIÁRIO - PERA (FERROVIA)
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-01\GEO-08306-01-E.prj
Extensão: 1.350 km

ÁREAS ÁREA ACUMULADA SEMI VOLUMES VOLUME ACUMULADO


ESTACA CORTE ATERRO CORTE ATERRO DISTÂNCIA CORTE ATERRO CORTE ATERRO
0 7.708 0.000 7.708 0.000
10.000 179.060 0.000 179.060 0.000
1 10.198 0.000 17.906 0.000
10.000 284.780 0.000 463.840 0.000
2 18.280 0.000 36.186 0.000
8.308 358.091 0.000 821.931 0.000
2+16.616 24.822 0.000 61.008 0.000
1.692 84.248 0.000 906.179 0.000
3 24.970 0.000 85.978 0.000
10.000 474.040 799.380 1380.219 799.380
4 22.434 79.938 108.412 79.938
10.000 402.500 1655.480 1782.719 2454.860
5 17.816 85.610 126.228 165.548
10.000 589.750 1045.070 2372.469 3499.930
6 41.159 18.897 167.387 184.445
10.000 1061.220 204.100 3433.689 3704.030
7 64.963 1.513 232.350 185.958
10.000 1905.860 15.130 5339.549 3719.160
8 125.623 0.000 357.973 185.958
10.000 3476.580 0.000 8816.129 3719.160
9 222.035 0.000 580.008 185.958
10.000 4676.310 0.000 13492.439 3719.160
10 245.596 0.000 825.604 185.958
10.000 4916.150 0.000 18408.589 3719.160
11 246.019 0.000 1071.623 185.958
3.095 1535.476 0.000 19944.065 3719.160
11+6.190 250.096 0.000 1321.719 185.958
6.905 3440.106 0.000 23384.171 3719.160
12 248.109 0.000 1569.828 185.958
10.000 4319.520 0.000 27703.691 3719.160
13 183.843 0.000 1753.671 185.958
10.000 3302.170 0.000 31005.861 3719.160
14 146.374 0.000 1900.045 185.958
10.000 2660.290 0.000 33666.151 3719.160
15 119.655 0.000 2019.700 185.958
2.316 547.533 0.000 34213.684 3719.160
15+4.632 116.758 0.000 2136.458 185.958
5.197 1153.599 0.000 35367.283 3719.160
15+15.025 105.216 0.000 2241.674 185.958
2.488 518.352 0.000 35885.635 3719.160
16 103.125 0.000 2344.799 185.958
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS 10.000 1970.160 0.000 37855.795
SISTEMA 3719.160
POSIÇÃO
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data:11/8/2006 Folha:2

RELATÓRIO DE VOLUMES (SUAVIZAÇÃO DE GREIDE)


Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Microbacia: PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODOFERROVIÁRIO - PERA (FERROVIA)
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-01\GEO-08306-01-E.prj
Extensão: 1.350 km

ÁREAS ÁREA ACUMULADA SEMI VOLUMES VOLUME ACUMULADO


ESTACA CORTE ATERRO CORTE ATERRO DISTÂNCIA CORTE ATERRO CORTE ATERRO
17 93.891 0.000 2438.690 185.958
10.000 1726.710 0.000 39582.505 3719.160
18 78.780 0.000 2517.470 185.958
10.000 1623.570 0.000 41206.075 3719.160
19 83.577 0.000 2601.047 185.958
4.579 659.843 0.000 41865.918 3719.160
19+9.157 60.525 0.000 2661.572 185.958
5.422 640.588 0.000 42506.506 3719.160
20 57.621 0.000 2719.193 185.958
10.000 1421.720 7.360 43928.226 3726.520
21 84.551 0.736 2803.744 186.694
10.000 2106.660 7.360 46034.886 3733.880
22 126.115 0.000 2929.859 186.694
10.000 2148.700 6.370 48183.586 3740.250
23 88.755 0.637 3018.614 187.331
3.668 600.580 23.890 48784.166 3764.140
23+7.336 74.980 5.876 3093.594 193.207
6.332 793.900 157.078 49578.066 3921.218
24 50.399 18.931 3143.993 212.138
10.000 615.060 743.660 50193.126 4664.878
25 11.107 55.435 3155.100 267.573
1.689 28.857 193.086 50221.983 4857.964
25+3.378 5.978 58.885 3161.078 326.458
8.311 56.241 978.471 50278.224 5836.435
26 0.789 58.847 3161.867 385.305
10.000 487.230 659.610 50765.454 6496.045
27 47.934 7.114 3209.801 392.419
10.000 1535.060 71.140 52300.514 6567.185
28 105.572 0.000 3315.373 392.419
10.000 2232.940 0.000 54533.454 6567.185
29 117.722 0.000 3433.095 392.419
0.162 38.165 0.000 54571.619 6567.185
29+0.323 117.867 0.000 3550.962 392.419
9.839 2159.434 0.000 56731.053 6567.185
30 101.610 0.000 3652.572 392.419
0.183 36.492 0.017 56767.545 6567.202
30+0.365 97.798 0.091 3750.370 392.510
9.818 968.192 65.653 57735.737 6632.855
31 0.816 6.596 3751.186 399.106
10.000 8.160 432.330 57743.897 7065.185
32 0.000 36.637 3751.186 435.743
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS 10.000 0.000 1400.270 57743.897
SISTEMA 8465.455
POSIÇÃO
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data:11/8/2006 Folha:3

RELATÓRIO DE VOLUMES (SUAVIZAÇÃO DE GREIDE)


Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Microbacia: PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODOFERROVIÁRIO - PERA (FERROVIA)
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-01\GEO-08306-01-E.prj
Extensão: 1.350 km

ÁREAS ÁREA ACUMULADA SEMI VOLUMES VOLUME ACUMULADO


ESTACA CORTE ATERRO CORTE ATERRO DISTÂNCIA CORTE ATERRO CORTE ATERRO
33 0.000 103.390 3751.186 539.133
10.000 0.000 2581.930 57743.897 11047.385
34 0.000 154.803 3751.186 693.936
10.000 0.000 3224.820 57743.897 14272.205
35 0.000 167.679 3751.186 861.615
2.150 0.000 714.634 57743.897 14986.839
35+4.300 0.000 164.709 3751.186 1026.324
7.850 0.000 2040.380 57743.897 17027.219
36 0.000 95.212 3751.186 1121.536
4.847 21.511 654.011 57765.408 17681.230
36+9.693 4.438 39.719 3755.624 1161.255
5.154 97.576 450.135 57862.984 18131.365
37 14.494 47.618 3770.118 1208.873
10.000 304.460 1015.060 58167.444 19146.425
38 15.952 53.888 3786.070 1262.761
10.000 1373.580 538.880 59541.024 19685.305
39 121.406 0.000 3907.476 1262.761
10.000 4490.730 0.000 64031.754 19685.305
40 327.667 0.000 4235.143 1262.761
10.000 8679.270 0.000 72711.024 19685.305
41 540.260 0.000 4775.403 1262.761
10.000 10565.290 0.000 83276.314 19685.305
42 516.269 0.000 5291.672 1262.761
10.000 8341.810 0.000 91618.124 19685.305
43 317.912 0.000 5609.584 1262.761
10.000 4421.200 22.040 96039.324 19707.345
44 124.208 2.204 5733.792 1264.965
10.000 1383.680 397.610 97423.004 20104.955
45 14.160 37.557 5747.952 1302.522
10.000 923.170 375.570 98346.174 20480.525
46 78.157 0.000 5826.109 1302.522
2.359 408.418 0.000 98754.592 20480.525
46+4.717 94.975 0.000 5921.084 1302.522
7.642 1761.634 0.000 100516.22 20480.525
47 135.545 0.000 6056.629 1302.522
8.138 2516.953 0.000 103033.17 20480.525
47+16.275 173.739 0.000 6230.368 1302.522
1.863 658.848 0.000 103692.02 20480.525
48 179.910 0.000 6410.278 1302.522
10.000 5326.490 0.000 109018.51 20480.525
49 352.739 0.000 6763.017 1302.522
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS 10.000 8885.370 0.000 117903.88
SISTEMA20480.525
POSIÇÃO
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data:11/8/2006 Folha:4

RELATÓRIO DE VOLUMES (SUAVIZAÇÃO DE GREIDE)


Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Microbacia: PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODOFERROVIÁRIO - PERA (FERROVIA)
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-01\GEO-08306-01-E.prj
Extensão: 1.350 km

ÁREAS ÁREA ACUMULADA SEMI VOLUMES VOLUME ACUMULADO


ESTACA CORTE ATERRO CORTE ATERRO DISTÂNCIA CORTE ATERRO CORTE ATERRO
50 535.798 0.000 7298.815 1302.522
4.014 4797.384 0.000 122701.27 20480.525
50+8.027 659.365 0.000 7958.180 1302.522
5.987 8738.314 0.000 131439.58 20480.525
51 800.183 0.000 8758.363 1302.522
10.000 17672.980 0.000 149112.56 20480.525
52 967.115 0.000 9725.478 1302.522
10.000 16824.210 25.820 165936.77 20506.345
53 715.306 2.582 10440.784 1305.104
10.000 11540.430 208.760 177477.20 20715.105
54 438.737 18.294 10879.521 1323.398
10.000 6605.850 551.070 184083.05 21266.175
55 221.848 36.813 11101.369 1360.211
10.000 4204.620 452.620 188287.67 21718.795
56 198.614 8.449 11299.983 1368.660
3.550 1203.578 38.177 189491.25 21756.972
56+7.099 140.422 2.305 11440.405 1370.965
6.451 1078.059 26.688 190569.31 21783.660
57 26.693 1.832 11467.098 1372.797
10.000 1572.120 18.320 192141.43 21801.980
58 130.519 0.000 11597.617 1372.797
10.000 5743.360 0.000 197884.79 21801.980
59 443.817 0.000 12041.434 1372.797
10.000 13725.200 0.000 211609.99 21801.980
60 928.703 0.000 12970.137 1372.797
10.000 22836.570 0.000 234446.56 21801.980
61 1354.954 0.000 14325.091 1372.797
3.481 9588.345 0.000 244034.90 21801.980
61+6.961 1399.526 0.000 15724.617 1372.797
6.520 15190.466 0.000 259225.37 21801.980
62 930.300 0.000 16654.917 1372.797
10.000 13357.710 0.000 272583.08 21801.980
63 405.471 0.000 17060.388 1372.797
10.000 4371.590 0.000 276954.67 21801.980
64 31.688 0.000 17092.076 1372.797
10.000 431.760 0.000 277386.43 21801.980
65 11.488 0.000 17103.564 1372.797
10.000 163.980 0.000 277550.41 21801.980
66 4.910 0.000 17108.474 1372.797
10.000 75.660 0.000 277626.07 21801.980
67 2.656 0.000 17111.130 1372.797
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS 5.000 34.380 0.000 277660.45
SISTEMA21801.980
POSIÇÃO
AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS Data:11/8/2006 Folha:5

RELATÓRIO DE VOLUMES (SUAVIZAÇÃO DE GREIDE)


Município: SÃO FRANCISCO DO SUL
Microbacia: PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
Trecho: ANEL RODOFERROVIÁRIO - PERA (FERROVIA)
Arquivo: C:\OBSOLETOS\08306\GEO-01\GEO-08306-01-E.prj
Extensão: 1.350 km

ÁREAS ÁREA ACUMULADA SEMI VOLUMES VOLUME ACUMULADO


ESTACA CORTE ATERRO CORTE ATERRO DISTÂNCIA CORTE ATERRO CORTE ATERRO
67+10.000 4.220 0.000 17115.350 1372.797

TOTAL ÁREA DE ATERRO: 1372.797 m2. TOTAL VOLUME DE ATERRO: 21801.980 m3.
TOTAL ÁREA DE CORTE: 17115.350 m2. TOTAL VOLUME DE CORTE: 277660.45 m3.

AZIMUTE - SOLUÇÕES EM TODOS OS SENTIDOS SISTEMA POSIÇÃO


Soluções em todos os sentidos.

REL-08306-03-A

PROJETO BÁSICO DE ENGENHARIA

ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE SÃO


FRANCISCO DO SUL

• PÊRA RODOFERROVIÁRIA

Volume 03: Projeto de Execução

JOINVILLE-SC
Agosto/2005.

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ÍNDICE

1.0-MAPA DE SITUAÇÃO ................................................................................................................................................................................................................................ 3


2.0-MAPA DE LOCALIZAÇÃO ......................................................................................................................................................................................................................... 5
3.0-QUADRO DE QUANTIDADES ................................................................................................................................................................................................................... 7
4.0-PROJETO GEOMETRICO ....................................................................................................................................................................................................................... 12
5.0-PROJETO DE TERRAPLENAGEM.......................................................................................................................................................................................................... 30
6.0-PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO ............................................................................................................................................................................................................. 32
7.0-PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL ..................................................................................................................................................................................................... 40
8.0-PROJETO DE SINALIZAÇÃO VIÁRIA ..................................................................................................................................................................................................... 55
9.0-PROJETO DE OBRA DE ARTE ESPECIAL ............................................................................................................................................................................................ 65

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REL-08306-03-A

1.0-MAPA DE SITUAÇÃO

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2.0-MAPA DE LOCALIZAÇÃO

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3.0-QUADRO DE QUANTIDADES

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4.0-PROJETO GEOMETRICO

12

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5.0-PROJETO DE TERRAPLENAGEM

30

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6.0-PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO

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7.0-PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL

40

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8.0-PROJETO DE SINALIZAÇÃO VIÁRIA


55

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9.0-PROJETO DE OBRA DE ARTE ESPECIAL

65

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