Você está na página 1de 66
p Estratégia Aula 00 - Prof. Antonio Daud CNU (Bloco 4 - Trabalho e Satide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico 5 - Direito do Trabalho - 2024 (Pés-Edital) Autor: Antonio Daud, Mara Queiroga Camisassa de Assis, Equipe Mara Camisassa 18 de Janeiro de 2024 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mar Aula 00 - Prof. Antonio Daud 1) Apresentagio do curso ss . . . see 2) Aula demonstrativa. Jornada de Trabelho....... soe a a) 3) Aula demonstrativa - Jomada de Trabalho - Questoes comentadas - Cebraspe .. 4) Aula demonstrativa - Jornada de Trabalho - Lista de questoes comentadas - Cebraspe .. GB cnv Bl0c0 4 -Trabatho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico wine estrateglaconcursos.com.br Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud CoNSIDERAGOES INICIAI! 14, ai sla Sera um grande prazer podermos auxilis-los (las) na preparacio para este concurso. Este curso, como verso a seguir, € composto de teoria e centenas de questdes comentadas! 0 objetivo do nosso curso é apresentar as bases do direito do trabalho, com grande foco nas questées de concurso puiblico. Nossa metodologia se baseia na abordagem textual, de forma clara e objetiva, das disposigdes legais, da doutrina e jurisprudéncia mais relevantes e de muitas questées de prova comentadas. Vamos reunir tudo isto em um Unico material, para otimizar o tempo de estudo! Em resumo: O LO “wets” — APROVAGAO Os cursos online, como 0 Estratégia Concursos, possibilitam uma preparacao de qualidade, com flexibilidade de hordrios e contato com o professor da matéria, através do forum de duividas. Além disso, os principais assuntos do nosso curso também dispdem de videoaulas, para quem desejar iniciar 05 estudos pelos videos. Em relacao aos livros eletrénicos (PDFs), destaco que os principais temas possuirao faixas indicativas de incidéncia de questées em provas: GB cnv Bl0c0 4 -Trabatho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico oe 3 ho-20 \www.estrategiaconcursos.com.br 67 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud Apresentagao Pessoal Antes de explicar como vai funcionar nossa dinamica, peco licenga para apresentar- Fas) me. ze Meu nome é Antonio Daud, sou natural de Uberlandia (MG) e tenho 39 anos. Sou bacharel em Engenharia Elétrica e em Direito. Sou professor de direito administrativo e direito do trabalho no Estratégia Concursos. Iniciei minha vida de concurseiro, nos idos de 2007 =) Em 2008, consegui aprovac3o no concurso de Analista de Financas e Controle (hoje “Auditor Federal De Financas e Controle”) da entéo Controladoria-Geral da Unigo (CGU). No mesmo ano, fui aprovado para o cargo de Auditor Federal de Controle Externo (AUFC) do Tribunal de Contas da Unio (TCU), que exerco atualmente. Aproveito para divulgar meus contatos nas redes sociais: Instagram: @professordaud YouTube: Prof. Antonio Daud Telegram: https://t.me/trabalhocomdaud Nao deixe de se inscrever para receber noticias, questdes e mate concursos trabalhistas de modo geral. exclusivos, além de novidades sobre Agora, sim, vamos ao que interessa! Estrutura das aulas do curso Em linhas gerais nossas aulas terdo a seguinte estrutura: Ent one kes) = Introdugao ~ Desenvolvimento (parte tedrica) - Questdes comentadas de concursos anteriores - Lista das questées comentadas (para o aluno poder praticar sem olhar as respostas) NU (Bloco 4 - Trabalho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos -Eixo Temético 5-Direit6do 4 ho-20 www.estrategiaconcursos.com.br 67 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mar Aula 00 - Prof. Antonio Daud ~ Gabaritos das questées = Conclusao, com destaque para aspectos mais relevantes - Lista de artigos da legislacao e Stimulas do TST (relacionados ao tema da aula) GB cnv Bl0c0 4 -Trabatho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico winwestrateglaconcursos.com.br Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud CONSIDERAGOES INICIAIS 8, amigos(as)! Sera um grande prazer podermos auxilié-los (las) na preparaco para este Concurso. Este curso, como verdo a seguir, é composto de teoria e centenas de questées comentadas. 0 objetivo do nosso curso é apresentar as bases do direito do trabalho, com grande foco nas questées de concurso puiblico. Nossa metodologia se baseia na abordagem textual, de forma clara e objetiva, das disposicdes legais, da doutrina e jurisprudéncia mais relevantes e de muitas questées de prova comentadas. Vamos reunir tudo isto em um Unico material, para otimizar o tempo de estudo! Em resumo: 3 APROVAGAO Os cursos online, como 0 Estratégia Concursos, possibilitam uma preparacao de qualidade, com flexibilidade de hordrios e contato com o professor da matéria, através do férum de duividas. Além disso, os principais assuntos do nosso curso também dispdem de videoaulas, para quem desejariniciar 05 estudos pelos videos. Em relagao aos livros eletrdnicos (PDFs), destaco que os principais temas possuirdo faixas indicativas de incidéncia de questdes em provas: ee Yee EVE aay TaN eer ferent GB cnv (Bloco 4 -Trabatho e Saiide do Trabathador) Conhecimentos Especificos -Eixo Temético 5 -Direit6do 6 ho-20 wunw.estrateglaconcursos.com.br 67 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud DESENVOLVIMENTO Veremos nesta aula um dos assuntos mais exigidos em provas, que so duracao do trabalho, jornada de trabalho e descansos. E um assunto que cai em muitas questdes, além de ser extremamente importante no dia a dia, pois gera intimeras ages trabalhistas em curso nos Tribunais do Trabalho. Jornada de trabalho Antes de adentrar ao assunto jornada de trabalho vejamos a diferenciacao entre os conceitos relacionados. Jornada de trabalho é 0 tempo di permanece a disposicdo do mesmo. io em que o empregado presta servicos ao empregador ou entéo Exemplo: vamos imaginar 0 caso de um hospital veterinario pouco frequentado, no qual nenhum cliente entrou durante determinado dia. A recepcionista nao atendeu ninguém, mas permaneceu a disposic3o do empregador, entdo aquele periodo € contado como jornada de trabalho normalmente. Neste sentido, o artigo 42 da ConsolidacSo das leis do Trabalho (CLT): CLT, art. 42 Considera-se como de servico efetivo o periodo em que o empregado esteja 8 disposigo do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposiczo especial expressamente consignada. ‘Além do tempo efetivo de trabalho e do tempo & disposic¢ao do empregador, também se inclui no termo jornada de trabalho o tempo de prontidao e 0 tempo de sobreaviso, que so definidos, respectivamente, pelos §§ 22 e 32 do art. 244: CLT, art. 244. As estradas de ferro poderao ter empregados extranumerarios, de sobre- aviso e de prontidao, para executarem servicos imprevistos ou para substituigdes de outros ‘empregados que faltem 3 escala organizada. § 22 Considera-se de "“sobre-aviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua propria casa, aguardando a qualquer momento 0 chamado para o servigo. Cada escala de "sobre- aviso" seré, no maximo, de vinte e quatro horas, As horas de "sobre-aviso”, para todos os efeitos, sero contadas a razdo de 1/3 (um ter¢o) do salario normal. § 3° Considera-se de “prontidao" o empregado que ficar nas dependéncias da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidao ser4, no maximo, de doze horas. As horas de NU (Bloco 4 - Trabalho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico 5 - Diseito'do www.estrategiaconcursos.com.br <3 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud prontidao sero, para todos os efeitos, contadas a razdo de 2/3 (dois tergos) do saldrio- hora normal. Esquematizando os conceitos que acabamos de ver (“subconjuntos” integrantes do “conjunto” jornada de trabalho): Jornada de trabalho Tempo de trabalho efetivo ‘Tempo a disposico do empregador Sobreaviso Prontidao 14 a duragdo do trabalho é um conceito que envolve a jornada de trabalho, os hordrios de trabalho e os descansos trabalhistas, tanto é que o Capitulo II da CLT, intitulado “Da Duraco do Trabalho”, divide-se nas SegGes “Da Jornada de Trabalho”, “Dos Periodos de Descanso” e “Do Quadro de Horério”. Ohor: io de trabalho, por sua vez, limita o periodo entre o inicio ¢ o fim da jornada de trabalho didria. Feitas as distingdes, facamos agora uma andlise aprofundada das regras importantes para nossa prepara¢io para concursos ptblicos. Tempo a disposi¢do do empregador ay EM PROVA: MEDIA Em diversas circunstancias, pelos mais variados motivos, o empregado permanece no centro de trabalho, mas no pode realizar suas tarefas. Exemplo 1: a industria ndo tem a quantidade de pedidos necesséria e deixa de produzir em sua capacidade maxima, o que faz com que maquinas e empregados deixem de trabalhar durante parte do dia. Exemplo 2: em alguns casos, 0 empregador concede intervalo nao previsto em lei como, por exemplo, um intervalo para lanche de 15 minutos aos que laboram 8 horas por dia. Nestes periodos o empregado nio trabalha, mas permanece & disposic3o do empregador e, portanto, os periodos devem ser incluidos na jornada de trabalho. GB cnv Bl0c0 4 -Trabatho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico oe 8 ho-20 \www.estrategiaconcursos.com.br 67 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud Em relacdo 20 exemplo do intervalo, como foi concedido pelo empregador sem previsio em lei, é um tempo considerado & disposigao do empregador. Cuidado para no confundir os conceitos: os intervalos legais, como para almoso, tém previsio legal e por isso nao séo considerados a disposi¢ao do empregador. Vejamos um exemplo pratico envolvendo estes dois tipos de intervalo: O8hOOmin 14h0Omin 12h0Omin 18hoomin Neste caso acima, 0 intervalo de 2 horas—entre 12h0Omin e 14h00min - é para almo¢o (com previsio legal’), no computado na jornada de trabalho. Neste outro exemplo ha o mesmo intervalo de almoso e outro, nao previsto em lei — das 15h45min as 16h00min: ‘O8h0Omin 14h00min 16h00min Intervalo Intervalo 2h se 12h00min 15h45min 18h00min Neste 22 exemplo, o intervalo de 15 minutos concedido no periodo da tarde é considerado tempo a disposicao do empregador (e, portanto, integra a jornada de trabalho). Se a jornada fosse estendida até as 18h15min (para “compensar” o intervalo de 15’), a jornada didria seria de 08h15min, endo apenas de O8h00min. Neste exemplo, como a jornada superou as 08 horas, o periodo de 15 minutos deve ser remunerado como hora extraordindria. Segue a Stimula 118 do TST, que corrobora este entendimento: F'SUM-118 JORNADA DE TRABALHO. HORAS EXTRAS Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, ndo previstos em lei, representam tempo a disposi¢ao da empresa, remunerados como servigo extraordindrio, { se acrescidos ao final da jornada. Por outro lado, apés a reforma trabalhista, deixaram de ser computadas como jornada extraordinaria as variagées de jornada em que o empregado adentra/permanece dentro da empresa exercendo atividades particulares ou quando busca protecao pessoal (em caso de inseguranca nas vias publicas ou mas condicdes CLT, art. 71 - Em qualquer trabalho continuo, cuja duraco exceda de 6 (seis) horas, 6 obrigatoria a concessiio de um intervalo para repouso ou alimentaglo, o qual ser, no minimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletiva em contro, nfo poderd exceder de 2 (duas) horas GB cnv Bl0c0 4 -Trabatho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico oe 9 ho-20 \www.estrategiaconcursos.com.br 67 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud climéticas). Tal disposigao celetista® contraria 0 que vinha sendo entendido pelo TST, por meio da entéo SUM-366. Abaixo destacamos 0 §22 do art. 42 que foi inserido na CLT por meio da Lei 13.467/2017: CLT, art. 42, § 2° Por nao se considerar tempo a disposicio do empregador, nao sera computado como periodo extraordinario 9 que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse © limite de cinco minutos previsto no § 12 do art. 58 desta Consolidacdo [variagdes no registro de até 5 minutos € 10 minutos didrios], quando o empregado, por escolha prépria, buscar protecao pessoal, em caso de inseguran¢a nas vias puiblicas ou mds condigdes climaticas, bem como adentrar ou permanecer nas depend&ncias da empresa para exercer atividades particulares, entre outra I-- praticas religiosas; Il descan Ml -tazer; IV--estudo; V-alimentacao; VI-atividades de relacionamento social; VII - higiene pessoal; VIIL- troca de roupa ou uniforme, quando nao houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. Exemplo 1: se 0 empregado combina com seu empregador de chegar 1 hora mais cedo para ficar estudando para concursos publicos no trabalho, antes do inicio do expediente. Este tempo nao seré considerado & disposicdo do empregador (nao é computado como jornada). Exemplo 2: em virtude de um forte temporal, o empregado permanece 30 minutos no local de trabalho (sem prestar servicos) ao final da sua jornada de trabalho usual. Assim, tal periodo no sera computado como Jornada de trabalho (e, portanto, o empregado no terd direito a horas extras em relacio a ele). Quanto ao inciso Vill do art. 42, § 2, da CLT (troca de roupa ou uniforme), percebam que o tempo despendido na troca de roupa/uniforme deixa de ser computado como jornada extraordindria apenas guando nao for obrigatéria a referida troca dentro das dependéncias da empresa. Ou seja, o tempo para troca de uniforme deixa de ser computado como jornada, caso a troca se dé por mera opcao do empregado {endo por imposi¢o do empregador). GB cnv Bl0c0 4 -Trabatho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico oe 10 ho-20 \www.estrategiaconcursos.com.br er Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud me, destaco que é 0 empregador quem define o padrao da vestimenta (CLT, art. 456-A). Abaixo uma comparacao com a redacdo anterior do art. 4° da CLT: om CLT, art. 42 - Considera-se como de servigo efetivo o perfodo em que o empregado esteja a disposigao do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposicdo especial expressamente consignada. ce inalterado CLT, art. 42, parégrafo Unico - Computar-se-é0, nna contagem de tempo de servico, para efeito de indenizagio e estabilidade, 05 periodos em que 0 empregado estiver afastado do trabalho prestando servigo militar ... (VETADO) ... e por motivo de acidente do trabalho. CT, art. a8, 612 Computar-se-Bo, na contagem de tempo de servigo, para efelto de indenizagao e estabilidade, os periodos ‘em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando servico militar e por motivo de acidente do trabalho CLT, art. 42, § 22 Por no se considerar tempo & disposiglio do empregador, néo seré computado como periodo extraordindrio 0 que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 12 do art. 58 desta Consolidacio [variagdes no registro de até 5 minutos e 10 minutos didrios|, quando 0 empregado, por escolha prépria, buscar proteco pessoal, em caso de inseguranca nas vias piblicas ou més condigSes climaticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependéncias da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: |- préticas religiosas; I1- descanso; Wl lazer; IV- estudo; V-alimentagio; VI -atividades de relacionamento social; VIl-higiene pessoal; Vill - troca de roupa ou uniforme, quando n&o houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa, & \www.estrategiaconcursos.com.br NU (Bloco 4 - Trabalho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico 5-Dirpit6do 11 ho-20 or Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud Tempo in itinere ACLT, apés a Lei 13.467/2017, nao mais prevé o cémputo do tempo de deslocamento. Portanto, foi extinta ahora in itinere, qualquer que seja a situacSo. Vejam abaixo um comparativo entre os dispositivos apés a reforma trabalhista: CLT, art. 58, § 22 O tempo despendido pelo empregado desde a sua residéncia até a efetiva cocupagao do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive 0 fornecido pelo empregador, ndo seré computado najornada de trabalho, por ndo ser tempo 2 disposicdo do empregador. ‘Mas a reforma trabalhista fol além da simples extingo da hora in itinere. Notem que 0 novo §22 do art. 58 menciona 0 deslocamento até o local da “efetiva ocupacio do posto de trabalho”. A partir d trabalho nao ser computado como jornada de trabalho. depreende-se que o tempo de deslocamento da portaria da empresa até o posto de Ou seja, a jornada de trabalho tem inicio no momento em que o empregado chega no seu efetivo posto de trabalho. Assim, pela redagao do dispositive acima, o cartéo de ponto comeca a ser registrado no local do posto de trabalho. Até ent3o, 0 entendimento do TST, cristalizado na SUM-429?, era no sentido de que tal deslocamento seria computado na dura¢io do trabalho caso ultrapasse 10 minutos didrios. Prontidao e sobreaviso \www.estrategiaconcursos.com.br NU (Bloco 4 - Trabalho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico or oe 12 ho-20 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud Os conceitos de prontidao e sobreaviso foram aplicados inicialmente a categoria dos ferrovidrios, tendo em vista as peculiaridades de organizacao do trabalho no setor. Posteriormente legislagdes especificas estenderam o regime de sobreaviso a aeronautas e petroleiros, e também houve extensio do sobreaviso aos eletricitarios por meio de entendimento do TST. Seguem abaixo 9s artigos da CLT respectivos: CLT, art. 244, § 22 Considera-se de "sobre-aviso" 0 empregado efetivo, que permanecer em sua prdpria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o servico. Cada escala de "sobre-aviso” ser, no maximo, de vinte e quatro horas, As horas de "sobre- aviso", para todos os efeitos, serio contadas & razdo de 1/3 (um terco) do saldrio normal. CLT, art. 244, § 3° Considera-se de "prontido" o empregado que ficar nas dependéncias da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidao sera, no maximo, de doze horas. As horas de prontidéo serdo, para todos os efeitos, contadas a razio de 2/3 (dois tercos) do salario-hora normal. A época da elaboragao da CLT nao existiam aparelhos como BIP, Pager, celular, etc., que podem ser utilizados para manter contato com o empregado casa haja necessidade do comparecimento do mesmo ao local de trabalho. Quanto & utilizag3o destes aparelhos na relago de trabalho e sua relacao com o regime de sobreaviso existe Stmula do TST com entendimento de que o uso de tais equipamentos, por si s6, ndo caracteriza o sobreaviso. E de se destacar, também, que o referido verbete foi alterado em 2012: & SUM-428 SOBREAVISO © uso de aparelho de intercomunicac3o, a exemplo de BIP, “pager” ou aparelho celular, pelo empregado, por si sé, ndo caracteriza o regime de sobreaviso, uma vez que 0 empregado ndo permanece em sua residéncia aguardando, a qualquer momento, convocacao para o servico. ‘SUM-428 SOBREAVISO. APLICACAO ANALOGICA DO ART. 244, § 2 DA CLT 1 - 0 uso de instrumentos teleméticos ou informatizados fornecidos pela empresa a0 ‘empregado, por si s6, no caracteriza regime de sobreaviso. Il = Considera-se em sobreaviso 0 empregado que, a distancia e submetido a controle patronal por instrumentos telemdticos ou informatizados, permanecer em regime de plantdo ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o servico i durante o periodo de descanso. or NU (Bloco 4 - Trabalho e Satide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico oe 13 ho-20 \www.estrategiaconcursos.com.br Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud Aatual redaco do item | tem o mesmo sentido da anterior, de modo que nao basta apenas 0 uso de meios de comunicagao fornecidos pela empresa para que se configure o sobreaviso. Sobre 0 instituto do sobreaviso e sua rela¢o com os meios de comunicagio é interessante conhecer a liao de Sérgio Pinto Martins*: 0 sobreaviso se caracteriza pelo fato do empregado ficar em sua casa (e ndo em outro local), aguardando ser chamado para o servico. Permanece em estado de expectativa durante o seu descanso, aguardando ser chamado a qualquer momento. Nao tem o ‘empregado condigées de assumir outros compromissos, pois pode ser chamado de imediato, comprometendo até os seus afazeres familiares, pessoais e até o seu lazer. (.. Em razo da evoluco dos meios de comunicago, o empregado tanto pode ser chamado pelo telefone ou pelo telégrafo (como ocorria nas estradas de ferro), como também por BIP, “pagers”, lap top ligado 4 empresa, telefone celular, etc. O artigo 244 da CLT foi editado exclusivamente para os ferrovidrios, pois os dltimos meios de comunicacdo na época ainda nao existiam. O Direito do Trabalho passa, assim, a ter de enfrentar essas novas situacdes para considerar se o empregado esta ou nao a disposic’o do empregador, rincipalmente quanto a liberdade de locomocao do obreiro”. Voltando 8 Simula 428, vejamos seu item II: I= Considera-se em sobreaviso 0 empregado que, a distancia e submetido a controle patronal por instrumentos teleméticos ou informatizados, permanecer em regime de plantdo ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o servico durante o periodo de descanso. Como frisamos ao comentar o item |, ndo basta que o empregado utilize meio de comunicac0 da empresa para configurar 0 sobreaviso: deve haver algum tipo de restri¢ao de locomocao, como o regime de plantio. ‘Seguem abaixo trés julgados cuja leitura ajuda a fixar este entendimento: HORAS DE SOBREAVISO. REGIME DE PLANTAO. USO DE APARELHO CELULAR. Nos termos da novel Stimula 428, item |, do TST- 0 uso de instrumentos telematicos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si s6, no caracteriza regime | de sobreaviso-. Ocorre que, na hipétese dos autos, a condenacio para pagamento das | ‘MARTINS, Sérgio Pinto. Comentarios ts SUmulas do TST. 11 ed. So Paulo: Atlas, 2012, p. 340. 5 CLT, art. 240. As estradas de ferro paderlo ter empregados extranumersries, de sobre-aviso e de prontidio, para executarem servicos Imprevistos ou para substituies de outros empregados que faltem a escala organizade, ws) § 28 Considera-se de “sobre-aviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua prépria casa, aguardando a qualquer momento 0 chamado para o servigo. Cada escala de "sobre-aviso" seri, no maximo, de vinte e quatro horas, As horas de "sobre-aviso", para todos os efeitos, sero contadas 8 raxdo de 1/3 (um terco) do salério normal GB cnv (loco 4 -Trabatho e Saiide do Trabathador) Conhecimentos Especificos -Eixo Tematico 5-Direit6do 14 ho-20 wunw.estrateglaconcursos.com.br 67 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud | horas de sobreaviso foi fixada em raz3o de haver prova de que o empregado ficava de ! planto desde a sexta-feira de uma semana até a sexta-feira subsequente. RR - 45400-34,2006.5.09.0072, Relator iro: Mauricio Godinho Delgado, Data de julgamento: 26/09/2012, 32 Turma, Data de Publicaco: 28/09/2012) HORAS DE SOBREAVISO. USO DE CELULAR. De acordo com o entendimento desta Corte, o simples uso de instrumentos telematicos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado nao caracteriza o regime de sobreaviso. Entretanto, considera-se em sobreaviso o empregado que é submetido a ‘ontrole patronal pelos referidos instrumentos, desde que permaneca em regime de planto ou equivalente. Essa é a diccdo da Simula n? 428 do TST, alterada pelo Tribunal Pleno desta Corte em sesso do dia 14/09/2012. Na presente hipdtese, ha registro de que o reclamante tenha permanecido em casa, aguardando eventual chamado do empregador. De fato, consta no acérdio regional que - 0 autor ficava a disposi¢ao da ré a noite e em inais de semana, em sua residéncia, a espera de chamados por telefone celular, para ealizar a manutengdo em transmissores e antenas da RBS TV (...) que, evidentemente, edundava em tolhimento de sua liberdade de locomocao. (..) RR - 7200-44,2009,5,04.0701, Relator Ministro: Pedro Paulo Manus, Data de Julgamento: 26/09/2012, 72 Turma, Data de Publicac3o: 28/09/2012) EMBARGOS REGIDOS PELA LEI N° 11.496/2007 HORAS DE SOBREAVISO - USO DE BIP OU APARELHO CELULAR - SUBMISSAO A ESCALA DE ATENDIMENTO - SUMULA N° 428 DO TST. acérdiio da Turma, transcrevendo a decisdo regional, dispés que a Corte de origem ‘onsiderou caracterizado o regime de sobreaviso, amparando-se no apenas na utiliza¢o jo uso do aparelho celular, mas na constataco, extraida do conjunto probatério, de que © reclamante permanecia, efetivamente, a disposi¢do do empregador fora do horario normal de trabalho, uma vez que estava submetido 3 escala de atendimento, devendo permanecer pronto para a chamada. (...) Destarte, a condenacdo do reclamado ao pagamento de horas de sobreaviso no decorreu unicamente da utiliza¢ao de bip ou celular pelo reclamante, mas do fato de que ele estava submetido a escalas de atendimento. (..). E-ED-RR - 3843800-92.2009.5.09.0651, Redator Ministro: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 23/08/2012, Subsesao | Especializada em Dissidios Individuais, Data ey, NEGOCIADO Por fim, destaco que 0 sobreaviso é um dos temas em que o Cy PREVALECE negociado ira se sobrepor 20 legislado (CLT, art. 611-A, Vill). NU (Bloco 4 - Trabalho e Satide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico oe 15 ho-20 or \www.estrategiaconcursos.com.br Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud Tempo residual a disposigao do empregador Este termo foi cunhado pela jurisprudéncia para caracterizar pequenos intervalos de tempo nos quais 0 empregado est adentrando ou saindo do local de trabalho. Este conceito se relaciona a pequenos intervalos de tempo em que o empregado, em tese, aguarda a marcaco do seu ponto. Exemplo: uma empresa possui 100 (cem) empregados e tem apenas 2 (dois) Registradores Eletrénicos de Ponto (REP) - 0 chamado “reldgio ponto”, onde os empregados registram as entradas e saidas. Como nao ¢ possivel que todos registrem simultaneamente o ponto (e a maioria chega 4 empresa no mesmo hordrio), e considerando a pratica jurisprudencial, foi inserida na CLT regra que permite desconsiderar pequenas variagdes no ponto do empregado, qual seja: CLT, art. 58, § 12 Nao serao descontadas nem computadas como jornada extraordinaria as. variagées de horério no registro de ponto nao excedentes de cinco minutos, observado 0 limite maximo de dez minutos diérios. Percebam, entdo, que a desconsideracdo do tempo residual somente tera lugar quando as variagées de registro ndo excederem de 05 (cinco) minutos e, além disso, sendo observado o limite maximo didrio de 10 (dez) minutos. Se algum destes requisitos for extrapolado, toda a variaco seré acrescentada na jornada de trabalho. Por outro lado, 0 §22 do art. 42 da CLT, inserido pela reforma trabalhista, excepciona o periodo de tempo em que o empregado, por escolha prépria, buscar prote¢ao pessoal, em caso de inseguranca nas vias publicas ou més condicées climaticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependéncias da empresa para exercer atividades particulares, como ja haviamos mencionado. Assim, se 0 empregado permanece no local de trabalho para tais atividades, este periodo de tempo nao é computado como tempo residual & disposico do empregador, mesmo se extrapolar a tolerancia de 5 ou 10 tos (e, portanto, nao seré remunerado). Além disso, antes da reforma trabalhista, j4 havia sido publicada a Simula 449 do TST (resultante da converséio da OJ n? 372 da SBDI-1), no sentido de que nao mais se pode elastecer a tolerancia de 5 minutos em cada trajeto por meio de negociacio coletiva. Vejamos: GB cnv Bl0c0 4 -Trabatho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico oe 16 ho-20 \www.estrategiaconcursos.com.br 67 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud |UM-449, ‘A partir da vigéncia da Lei n° 10.243, de 19.06.2001, que acrescentou o § 12 ao art. 58 da CLT, nao mais prevalece cldusula prevista em convencao ou acordo coletivo que elastece © limite de 5 minutos que antecedem e sucedem a jornada de trabalho para fins de jpura¢do das horas extras. \Vejamos uma questo sobre 0 assunto: SAF/MTE — Auditor Fiscal do Trabalho - 2010 Nao serdio descontadas nem computadas como jornada extraordindria as variacées de hordrio no registro de onto ndo excedentes de cinco minutos, observado 0 limite maximo de dez minutos di erta, conforme comentarios anteriores. jabari A questo abaixo também se relaciona a mesma regra: ‘CC/TRT14 - Analista Judicidrio - Area Judicidria - 2011 Consolidagéo das Leis do Trabalho prevé a possibilidade de uma variagéo de horério no registro de ponto jue néo seré descontado nem computado como jornada extraordindria. Esta variagao de hordrio possui o (E) quinze minutos. gabarito, no caso, é a alternativa (D). Considerando a regra, imaginemos as seguintes situagdes praticas de um empregado que labora das O8hOOmin as 18hOOmin, com intervalo de almogo das 12hO0min as 14h00min: en) Dia Entrada Saida do Retorno do Saida Motivo da intervalo intervalo variagao de horério bo) Terca- | O7ASSmin | 12hO2min 14hO2min 18hOimin | cumprimento de feira ordens Quarta- | 07hSSmin | 12hO2min 14hOimin| 18hO8min | cumprimento de feira ordens NU (Bloco 4 - Trabalho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos -Eixo Temético 5-Direitdo 17 ho-20 www.estrategiaconcursos.com.br 67 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud Quinta- | O7h53min | 12hOimin 13h59min ‘1sh0Omin | cumprimento de feira ordens Sexta- O7h59min | 11h59min 14h00min| 18h20min atividades feira particulares () Na terca-feira a jornada totalizou 08hO3min, e nao houve registro excedente de 05 (cinco) minutos, ento nao sera o caso de descontar nem computar tempo como jornada extraordinaria. Na quarta-feira a jornada totalizou O8h14min, entSo dever3o ser computados 14min como jornada extraordinaria, Na quinta-feira a jornada totalizou 08h09min, nao ultrapassando os 10min didrios. Entretanto, na entrada houve registro que excedeu de 05 (cinco) minutos (a entrada acorreu 8s O7hS3min), entio os 09min devem. ser computados como jornada extraordinaria. Ressalte-se que esta regra permite as mais diversas interpretacées, entdo caso haja cobranca em prova serd necessdrio analisar todas as alternativas. No caso da quinta-feira, por exemplo, hd entendimentos no sentido de que deveriam ser registrados com extraordinarios os 07 minutos da entrada (aplicaco direta da Stmula 366), mas nao deveriam ser registrados 05 outros 02 minutos das demais marcacées. No caso da sexta-feira, por outro lado, a jornada totaliza exatas O8hs, jé que os vinte minutos excedentes ao final da jornada se deram para o empregado exercer atividades particulares. Portanto, tal periodo nao seré computado como se jornada fosse. Resumindo os assuntos deste tdpico, chegamos no seguinte quadro: a cada registro: 5 minutos diaria: 10 minutos Q *oleranda® Tempo residual n&o computa ATIVIDADES PARTICULARES Modalidades de jornada de trabalho Apés estudarmos as regras gerais sobre a composico da jornada de trabalho, passemos agora a definicao do que seja uma jornada normal (padrao) e quais so as jornadas especiais de trabalho. GB cnv Bl0c0 4 -Trabatho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico oe 18 ho-20 \www.estrategiaconcursos.com.br 67 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud Jornada padrao (normal) de trabalho A jornada normal de trabalho € de 8 (oito) horas por dia, com fundamento na atual Constituic3o Federal: F/88, art. 7° Sao direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condicSo social: ) XIII - durac&o do trabalho normal nao superior a oito horas didrias e quarenta e quatro emanais, facultada a compensaco de horrios e a reducio da jornada, mediante acordo u convenco coletiva de trabalho; Como deve haver repouso semanal (assunto de outro tépico), chega-se ao limite maximo trabalho de 220 horas por més, pelo seguinte: Sendo o médulo semanal de 44 horas, respeitado um dia de descanso semanal, restam 6 dias por semana para 0 trabalho; dividindo-se 44 por 6, temos 7,33h/dia. AEE eee! euro) Multiplicando 7h20min por 30 dias = 20h (este é 0 divisor do salério, sobre o qual falaremos oportunamente). Por outro lado, se o empregado laborar 40 horas semanais, observa-se que seu divisor seré 200, nos termos da SUM-431 do TST: |UM-431 Para os empregados a que alude o art. 58, caput, da CLT, quando sujeitos a 40 horas semanais de trabalho, aplica-se o divisor 200 (duzentos) para o calculo do valor do salario- hora. Hé categorias com jornadas diferenciadas, que serao objeto de estudo em tépico especifico. Antes de passar as jornadas especiais, ¢ importante destacar a possibilidade de negociacao coletiva a respeito da pactuacdo da jornada de trabalho. g NEGOCIADO PREVALECE NU (Bloco 4 - Trabalho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos -Eixo Temético 5-Direitdo 19 ho -20 www.estrategiaconcursos.com.br er Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud A respeito desse assunto, o negociado pode se sobrepor ao legislado, porém, a negociacio fica limitada & jornada constitucional que acabamos de estudar: CLT, Art. 611-A. A convencao coletiva e 0 acordo coletivo de trabalho tém prevaléncia sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: | pacto quanto jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; Jornadas especiais de trabalho MEE Ne CUMIN Diversas categorias possuem jornadas distintas do padrdo estudado no tépico anterior. Veremos abaixo os exemplos que possuem vinculaco mais estreita com a CLT. Tumos ininterruptos de revezamento Os turnos ininterruptos de revezamento (TIR) possuiram tratamentos diferenciados ao longo do tempo, € atualmente esto regrados pela Constituicdo Federal da seguinte forma: CF/88, art. 72 Sao direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que melhoria de sua condi¢So social: (od) xiv - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos it 7 3 Para caracterizacao do turno ininterrupto de revezamento nao basta que a jornada seja de 06 horas. E imprescindivel que haja significativa alternancia de hordrios de trabalho compreendendo dia e noite: ‘OJ-SDI1-360 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. DOIS TURNOS. HORARIO DIURNO. E NOTURNO. CARACTERIZACAO Faz jus a jornada especial prevista no art. 72, XIV, da CF/1988 o trabalhador que exerce suas atividades em sistema de alternancia de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que compreendam, no todo ou _em parte, o horério diurno e 0 noturno, pois submetido & prejudicial satide, sendo irrelevante que a atividade da empresa iS Para a caracterizacao da alternancia de horarios é necessario que o empregado labore em periodos alternados que cubram todas as 24 horas do dia? NU (Bloco 4 - Trabalho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos -Eixo Temético 5-Direit'do 20 ho-20 www.estrategiaconcursos.com.br 67 <3 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud Resposta: ainda nao ha definicio precisa por parte da doutrina, mas a OJ exposta acima tende a aceitar como alternancia os hordrios que nao cubram as 24 horas do dia. Como explicado por Mauricio Godinho Delgado®: {(-) enquadra-se no tipo legal em exame o sistema de trabalho que coloque o empregado, alternativamente, em cada semana, quinzena, més ou periodo relativamente superior, em contato com as diversas fases do dia e da noite, cobrindo as horas da composi¢do dia/noite ‘ou, pelo menos, parte importante das fases diurnas e noturnas. (...) De toda maneira, é evidente que o contato com os diversos hordrios da noite e do dia ha que ser significativo = ainda que ndo integral -, sob pena de se estender demasiadamente o tipo juridico destacado pela Constituicdo. Exemplo: um empregado que trabalha na cémara fria de um frigorifico, cumprindo horérios de trabalho alternados nos dias da semana de O8h0Omin as 14h00min, 17hOOmin as 23hOOmin e 01h0Omin as O7HOOMin, de acordo com a necessidade da empresa. Neste caso, 0 empregado tem evidentes prejuizos a sua satide e convivio social, pois tal organizacéo do trabalho afeta seu ritmo bioldgico (os hordrios de sono sempre variam) e prejudica sua insercdo na sociedade (tem dificuldades para frequentar uma faculdade ou realizar cursos, por exemplo, visto que a alterndncia de hordrios nao Ihe permite acompanhar as turmas). Caso 0 empregado laborasse em turno fixo (somente de manh3, somente de tarde ou somente de noite, sem alternancia), nao seria 0 caso de aplicabilidade das regras atinentes ao turno ininterrupto de revezamento (TR). Seguindo adiante no assunto precisamos destacar outro aspecto relevante para fins de prova: ‘Se a empresa parar de funcionar um dia por semana (aos domingos, por exemplo) isto prejudica a tipificacdo do TIR? Resposta: Nao. Parte da doutrina entende que isso seria necessario, mas o TST ja possui entendimento quanto ao fato de as interrup¢des da atividade empresarial no descaracterizarem o regime de turno ininterrupto de revezamento; vejamos o verbete relacionado ao tema: E NOTURNO. CARACTERIZACAO Faz jus a jornada especial prevista no art. 72, XIV, da CF/1988 0 trabalhador que exerce suas atividades em sistema de alternancia de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que E compreendam, no todo ou em parte, o horério diurno e 0 noturno, pois submetido a | DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Diceita do Trabalho.12 Ed. So Paulo: Tr, 2013, p. 930, GB cnv Bl0c0 4 -Trabatho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico oe 21 ho-20 \www.estrategiaconcursos.com.br 67 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud alternncia de horrio prejudicial & satide, sendo irrelevante que a ati se desenvolva de forma ininterrupta. idade da empresa Outra questo que pode ser exigida em provas: ‘Se 0 empregador concede um intervalo intrajornada (15 minutos para lanche, por exemplo), isso descaracteriza o regime de TIR? Resposta: Nao, visto que o termo “ininterrupto” se refere a alternancia dos turnos em si, e ndo impede que haja intervalo intrajornada (durante o turno) para descanso dos empregados: ‘SUM-360 TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. INTERVALOS INTRAJORNADA E : SEMANAL, i A interrup¢ao do trabalho destinada a repouso e alimentago, dentro de cada turno, ou 0 intervalo para repouso semanal, nao descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto no art. 72, XIV, da CF/1988. Corrobora o entendimento a posi¢do do Ministro Godinho’: (..) a ideia de falta de interrup¢ao dos turnos centra-se na circunstancia de que eles se ‘sucedem ao longo das semanas, quinzenas ou meses, de modo a se encadearem para cobrir todas as fases da noite e do dia — nao tendo relacdo com o fracionamento interno de cada | turno de trabalho.” Este tema foi exigido no concurso de AFT 2009/2010: ESAF/MTE — Auditor Fiscal do Trabalho - 2010 De acordo com a jurisprudéncia do Tribunal Superior do Trabalho, a concessdo do intervalo para repouso e alimentacdo, dentro de cada turno, ou 0 intervalo para descanso semanal, descaracteriza o sistema de turnos interruptos de revezamento previsto na Constituicdo. Pelo que estudamos, a alternativa é incorreta. Continuando no assunto precisamos analisar a viabi lade da existéncia de turno ininterrupto de revezamento com jornada acima de 06 horas. Pelo disposto na CF/88 isto é possivel, desde que pactuado por meio de negociacao coletiv: DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit, p. 915 GB cnv Bl0c0 4 -Trabatho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico oe 22 ho-20 \www.estrategiaconcursos.com.br 67 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud F'CF/88, art. 7° Sao direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem melhoria de sua condi¢ao social: (2 XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociacio coletiva; Deste modo, é permitido que haja turnos de revezamento com jornadas de até 08 horas. Caso no haja tal previsdo na negociagio coletiva as horas excedentes a 6? deverdo ser remuneradas como extraordinarias. Entretanto, se houver previséo no acordo ou convengao, as horas excedentes a 62 (no caso, a 7? e 82) no serdo remuneradas como extra: ‘SUM-423 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAGAO DE JORNADA DE TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAGAO COLETIVA. VALIDADE. Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociacao coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento no tem direito ao pagamento da 72 e 82 horas como extras. No caso de empregado horista que labore em turnos iterruptos de revezamento, do mesmo modo caberé © pagamento da hora e seu respectivo adicional caso a jornada seja prorrogada para além da sexta hora. Este é 0 entendimento da do seguinte verbete do TST: OU-SDI1-275 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. HORISTA. HORAS EXTRAS E ADICIONAL. DEVIDOS Inexistindo instrumento coletivo fixando jornada diversa, o empregado horista submetido ‘a turno ininterrupto de revezamento faz jus ao pagamento das horas extraordinarias laboradas além da 62, bem como ao respectivo adicional. ‘Segue abaixo trecho de julgado do TST que corrobora este entendimento: “Esta Corte tem reiteradamente decidido que, no caso de trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, as horas extras excedentes a sexta didria, devem ser pagas de forma integral, com o respectivo adicional, independentemente de o empregado ser horista ou mensalista, pois a contraprestacdo remunera apenas as seis primeiras horas trabalhadas”. NU (Bloco 4 - Trabalho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos -Eixo Temético 5-Direitdo 23 ho -20 www.estrategiaconcursos.com.br 67 <3 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud (RR - 41700-69.2008.5.15.0086, Relatora Ministra: Katia Magalhaes Arruda, Data de Julgamento: 29/08/2012, 62 Turma, Data de Publicado: 31/08/2012) Se houver previsio em negociag3o coletiva, por exemplo, de jornada de 07 (sete) horas em turnos ininterruptos, haveria 0 pagamento da 72 hora, mas nao caberia o pagamento do adicional (minimo de 50%) desta hora, pois o sindicato concordou em que a jornada fosse de 07 (sete) horas, ou seja, esta 72 hora ndo serd extraordinaria. Para encerrar 0 topico sobre turnos ininterruptos é necessario comentar a Stimula 110 do TST, que trata dos casos em que nao sao respeitados o descanso semanal e o intervalo interjornada. Como veremos durante esta aula, 0 descanso semanal é de 24 horas consecutivas, enquanto o intervalo entre duas jornadas de trabalho (chamado de intervalo interjornada) é de no minimo 11 (onze) horas. Assim, do término de uma jornada do turno ininterrupto até o inicio da préxima jornada que sucede 0 descanso semanal deve haver 35 horas de intervalo (24 + 11). Caso nao se respeite esse intervalo de descanso deve haver o pagamento das horas, inclusive com o respectivo adicional: ‘SUM-110 JORNADA DE TRABALHO. INTERVALO No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuizo do intervalo minimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordindrias, inclusive com o respective adicional. Exemplo: a jornada de sbado encerrou-se 4s 22h00min, e 0 descanso semanal é domingo. Somando 0 Intervalo interjornada e 0 descanso semanal, a jornada de segunda-feira somente poderia iniciar as oshoomin. Segue abaixo a visualizagdo do exemplo na linha do tempo: Jornada encerrada as 7 EAU — Inicio da jornada as 22h00min de sdbado ‘ Pics 08h0Omin de segunda Se a jornada de segunda-feira tivesse iniciado as 08h0Omin, de acordo com a Stimula 110, dever-se-ia pagar 1 (uma) hora como extraordinaria, inclusive com o respectivo adicional. Vejamos uma questo sobre o tema: GB cnv Bl0c0 4 -Trabatho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico oe 24 ho-20 \www.estrategiaconcursos.com.br 67 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud CESPE/TRT21 — Técnico Judiciario — Area Judicidria - 2010 Considere que Jacinto esteja sujeito ao turno ininterrupto de revezamento e tenha trabalhado das 16 horas 4s 22 horas do sdbado e retornado ao trabalho na segunda-feira seguinte para cumprir jornada das 6 horas 4s 12 horas. Nessa situacéio, Jacinto nao tem direito ao pagamento de hora extra. J f 3hi Observando nosso quadro, podemos ver que Jacinto somente poderia ter iniciado seu labor na segunda-feira &s 09h0Omin, e como comecou antes nao foi respeitado o intervalo minimo, Trabalho intermitente Como jd comentamos em outro momento do curso, intermitente é 0 contrato de trabalho escrito no qual a prestagio de servicos nao é continua. Nesta modalidade de contrato de trabalho, ha alternancia de periodos de trabalho e inatividade, independentemente do tipo de atividade do empregador ou da funcdo do empregado. Assim, 0 empregador pactua com o empregado uma remuneracio, todavia ela seré devida apenas nas situagdes em que o empregado for convocado a trabalhar. Tal jornada vinha sendo implantada pelas grandes redes de fast food, por meio da chamada “jornada de trabalho mével e varidvel”, e condenada pelo TST, jd que F'sujeito ao arbitrio do empregador, 0 empregado nao pode programar a sua vida ! profissional, familiar e social, pela falta de certeza do seu horério de trabalho e sua exata | femuneracdo mensal”” Vejam que os periodos de inatividade do empregado nao sio considerados tempo & disposigéo do empregador. Assim, nao se aplicam a tals periodos o disposto no art. 42 da CLT?. Rememorando o funcionamento desta modalidade contratual: Surgindo a necessidade, 0 empregador convoca o empregado para a prestacao de servicos. O empregado deve ser convocado com antecedéncia de, no minimo, 3 dias (corridos) e ser informado acerca da jornada de trabalho, Recebida 2 convocac3o, o empregado pode optar por aceitar ou ndo 0 chamado. O obreiro tem o prazo de para responder ao chamado, presumindo-se como recusa o siléncio. A exemplo do decidido no RR-851800-16,2005.5,09.0008. "CLT, art. 49 - Considera-se como de servo efativo 0 periodo em que o empregado esteja a disposigdo do empregador, aguardando ou ‘executando ordens, salvo disposicio especial expressamente consignada GB cnv Bl0c0 4 -Trabatho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico oe 25 ho-20 \www.estrategiaconcursos.com.br 67 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud Caso aceite e comparega ao local de trabalho, o empregado tera sua jornada de trabalho computada e, portanto, remunerada. Por outro lado, o periodo de inatividade nao sera considerado tempo & disposicdo do empregador e, portanto, ndo haverd remuneracao. CLT, art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que ndo pode ser inferior ao valor horario do salério minimo ou aquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exercam a mesma fungao em contrato intermitente ou nao. § 12.0 empregador convocard, por qualquer meio de comunicaco eficaz, para a prestacio de servigos, informando qual sera a jornada, com, pelo menos, trés dias corridos de antecedéncia. § 22 Recebida a convocacao, o empregado terd o prazo de um dia itil para responder ao chamado, presumindo-se, no siléncio, a recusa. § 32 A recusa da oferta no descaracteriza a subordinacao para fins do contrato de trabalho intermitente. Agora, se 0 empregado aceita a convocacao e, posteriormente, ou o empregado ou o empregador desistem, sem justo motivo, hé previsiio de pagamento de multa de 50% da remuneraco que seria devida: CLT, art. 452-A, § 4° Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagar a outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneraco que seria devida, permitida a compensacio em igual prazo. § 52 0 periodo de inatividade nao sera considerado tempo a disposic’o do empregador, podendo 0 trabalhador prestar servigos a outros contratantes. Por exemplo: o empregado aceita a convocacao do empregador para laborar em determinado periodo pelo valor contratual de RS 400,00. Todavia, ao comparecer no local de trabalho, o empregador informa que mudou de ideia nao ird mais precisar dos servicos daquele trabalhador. Neste caso, o empregador deve Aquele trabalhador uma multa de 50% do que seria devido (isto é, RS 200,00). Este valor deve ser pago em 30 dias a0 empregado, permitindo-se compensacao em igual periodo. Sobre a alternancia com periodos de inatividade, desconsiderados da jornada de trabalho, o Ministro Godinho relembra que”: *© DELGADO, Mauricio Godinho. DELGADO, Gabriela Neves. A Reforma Trabalhista no Brasi com os comentérios Lei n.13.467/2017. 18 ed. So Paulo: Tr, 2017. P.154 GB cnv Bl0c0 4 -Trabatho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico oe 26 ho-20 \www.estrategiaconcursos.com.br 67 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud Fix nogio de duracao do trabalho envolve o tempo de disponibilidade do empregado em face de seu empregador, prestando servicos efetivos ou no (caput do art. 42 da CLT). A Lei 13.467/2017, entretanto, ladinamente, tenta criar conceito novo: a realidade do tempo Assim, interpretando sistematicamente a legisiacdo trabalhista, 0 Ministro Godinho conclu que o empregado intermitente faz jus a, pelo menos, 0 salario minimo mensal, mesmo que suas convocagdes ndo tenham totalizado tal quantia, pois trata-se de direito constitucional”?: (0 que os preceitos legais fazem é, nada mais nada menos, do que criar mais uma modalidade de salario por unidade de obra, ou, pelo menos, de salario-tarefa: 0 salario contratual sera calculado em funcdo da produc do trabalhador no respectivo més, produco a ser estimada pelo ntimero de horas em que se colocou, efetivamente, a disposicao do empregador no ambiente de trabalho, segundo convocacio feita por esse ‘empregador. Tratando-se, pois, de salario por unidade de obra ou de salério-tarefa, tem o empregado garantido, sem divida, 0 minimo fixado em lei (salério mi mensal imo legal), em periodici lade NEGOCIADO Por fim, destaco que o trabalho intermitente é um dos temas em Ca PREVALECE que o negociado ird se sobrepor ao legislado (CLT, art. 611-A, Vill). Como esta é nossa aula demonstrativa, vamos encerrar 0 assunto por aqui. Em aula propria ao longo do curso, este tema sera abordado de forma completa. 1 DELGADO, Mauricio Godinho. DELGADO, Gabriela Neves. Reforma Trabalhista no Brasi: com os comentarios 3 Lei n.13.467/2047. 18 ed. Sto Paulo: LTr, 2017. P. 155 "CF, ar. 79, Vil-garantia desalétl, unea inferior 20 minima, para os que percebem remuneracso variével; \www.estrategiaconcursos.com.br er GB cnv Bl0c0 4 -Trabatho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos - Eixo Tematico oe 27 ho-20 Antonio Daud, Mara Quelroga Camisassa de Assis, Equipe Mi Aula 00 - Prof. Antonio Daud Aspectos gerais TRAB. EFETIVO ou A DISPOS. DO EMPREGADOR maximo de 24 hs 1/3 do salério normal { sopreaviso |—~=“° Serie neva negociado prevalece sobre legislado -——_____ maximo de 12 hs_ —{ PronTrDAo | _ 2/3 do salario norm JORNADA DE TRABALHO an ATIVIDADES PARTICULARES ou PROTEGAO PESSOAL T \_NAO é jornada > Segundo a CLT, o tempo gasto no deslocamento da residéncia do empregado até o local da efetiva ocupacao do posto de trabalho: nao sera computado na jornada de trabalho (qualquer que seja o meio de transporte). a cada registro: 5 minutos didria: 10 minutos Q Tempo residual “tolerancia” nao computa ATIVIDADES PARTICULARES (an no excedente de 2 hs didrias o_- Fegra || _200Fdo individual OU negociagdo coletiva JORNADA GE acionat de, no minimo, 50% EXTRAORDINARIA NU (Bloco 4 - Trabalho e Saiide do Trabalhador) Conhecimentos Especificos -Eixo Temético 5-Direitdo 28 ho -20 www.estrategiaconcursos.com.br 67

Você também pode gostar