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MÁRCIA AMANTINO
AMANTINO, Márcia
A EXPULSÃO DOS JESUÍTAS DA CAPITANIA DO RIO DE
JANEIRO E O CONFISCO DE SEUS BENS
R. IHGB, Rio de Janeiro, a. 170 (443): 169-192,
abr./jun. 2009
Rio de Janeiro
abr./jun. 2009
A expulsão dos jesuítas da Capitania do Rio de Janeiro e o confisco de seus bens
Márcia Amantino 2
Resumo: Abstract:
A partir da década de 1730 percebe-se que cada Starting from the decade of 1730 it is noticed that
vez mais aumentavam os questionamentos sobre more and more increased the questions about the
o papel desempenhado pelos jesuítas em todo o paper carried out by the Jesuits in whole the
reino português. Se antes eram vistos como alia- Portuguese kingdom. If before they were seen as
dos dos interesses reais, passaram gradativamen- allies of the real interests, they started to be iden-
te a ser identificados como perigosos inimigos. tified as dangerous enemies. The crucial point of
O ponto crucial deste embate foi a ordem de ex- this collision was the order of expulsion of them
pulsão deles de todo o Reino e áreas coloniais. of the whole Kingdom and colonial areas. This
Este momento é bastante complexo e envolve moment is plenty complex and it involves a series
uma série de fatores, mas esta comunicação pre- of factors, but this communication intends to just
tende analisar apenas seus aspectos econômicos. analyze your economical aspects. The objective
O objetivo é demonstrar como estava alicerçada is to demonstrate how the material base of the
a base material dos inacianos na Capitania do Rio Jesuits was found in the Captaincy of Rio de Ja-
de Janeiro através de sua movimentação finan- neiro through your financial movement. For so
ceira. Para tanto, serão utilizados diferentes do- much, different documents will be used produced
cumentos produzidos pelas autoridades coloniais by the colonial authorities when they needed to
no momento em que precisavam tomar posse dos take ownership of the properties, of the farms,
bens, das fazendas, dos engenhos, do dinheiro e of the mills, of the money and of the slaves that
dos escravos que pertenciam aos inacianos. belonged to the Jesuits.
cava o colégio dos padres jesuítas e lhes dava ordem de prisão. Lá dentro,
confiscou dinheiro, livros, papéis, peças de ouro e prata, roupas e alfaias.
Os papéis que tinham algum valor foram trancados na livraria; as louças
da Índia e as ferragens ficaram no cartório e os comestíveis intactos e
alguns cobres e vasilhas na despensa.
De acordo com o desembargador, alguns documentos foram apare-
cendo depois desta primeira busca, mas muita coisa havia se perdido por-
que:
Na ocasião em que se estava pondo o cerco presenciei e toda a
tropa, que tanto que foi sentida esta diligencia, começaram a voar
papeis em pedaços das janelas de alguns cubículos por algum tem-
po, dos quais mandando se apanhar parte deles, não se pôde fazer
juízo certo do que continham antes de lacerados e depois disto se
tem divulgado que dentro do colégio se queimaram grande cópia
de papéis e livros.4
4 – Carta do desembargador Agostinho Félix dos Santos Capelo, responsável pela dili-
gência de sequestro dos bens dos jesuítas no Rio de Janeiro para o Conde de Bobadela.
RJ, 10 março de 1760. IHGB - Arq 1,3-8 p. 197.
5 – “Ofícios ao Conde de Bobadela, tratando do sequestro dos bens, reclusão e expulsão
e demais providências tocantes aos Jesuítas” (período de 21/07/1759 a 19/10/1760) - Bi-
blioteca Nacional, manuscritos, I- 31,33,004.
Tabela n. 2 – Dinheiro arrecadado com os leilões dos bens dos jesuítas – 1760
23 porcos 24.000,00
Mantimentos da Terra 91.900,00
Mantimentos do reino 747.186,00
600 bois da Faz Santa Cruz 9.400,00 (cada um) = 5.640.000,00
Total 6.503.086,00
Fonte: Carta do desembargador Agostinho Félix dos Santos Capelo...
6 – Apud. FREITAS, Benedicto. Santa Cruz: fazenda jesuítica, real e imperial. Rio de
Janeiro: s/Ed. 1985, p. 254.
7 – ALDEN, Dauril. Aspectos econômicos da expulsão dos jesuítas do Brasil: notícia
preliminar. In: Conflito e continuidade na sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Civiliza-
ção Brasileira. 1970, pp. 31-78.
8 – Com os colonos os jesuítas mantinham quase sempre atitudes conflituosas por causa
de suas tentativas de manter os índios livres do cativeiro e devido ao poder fundiário que
exerciam na colônia.
9 – ALDEN, Dauril. Aspectos econômicos da expulsão dos jesuítas do Brasil: notícia
preliminar... op. cit. p. 39.
11 – Idem.
12 – OFÍCIO ao Bispo do Rio de Janeiro [D. Frei Antônio do Desterro], ao [secretário de
Estado da Marinha e Ultramar], Tomé Joaquim da Costa Corte Real, remetendo a devassa
tirada aos crimes praticados pelo padre da Companhia de Jesus, José Vieira, a quem foi
mandado aplicar um castigo exemplar. Arquivo Ultramarino. Documento n. 5582, cx. 57,
10 de dezembro de 1759.
13 – Maxwell demonstra que “a prosperidade de Portugal metropolitano, em meados
do século XVIII, dependia diretamente das flutuações da economia colonial.” In: MA-
XWELL, Kenneth. Pombal e a nacionalização da economia lusa-brasileira. In: ____ .
Chocolate, piratas e outros malandros: ensaios tropicais. São Paulo: Paz e Terra, 1999, p.
92.
que quisessem continuar a viver por ali precisavam se tornar foreiros dos
inacianos.
As fazendas jesuíticas eram, portanto, gigantescas extensões de ter-
ras trabalhadas tanto por foreiros como por escravos negros e índios al-
deados. Reuniam, assim, centenas de trabalhadores, na maioria escravos
que produziam para abastecer os aldeamentos, a cidade do Rio de Janeiro,
ou mesmo outras localidades, mas, acima de tudo, eram responsáveis pela
geração de enormes lucros para os colégios.
Estes lucros eram ainda acrescidos com o dinheiro proveniente dos
aluguéis dos imóveis urbanos, da venda dos mesmos, dos arrendamentos
de parcelas de terras e dos foros recebidos anualmente. Isto sem contar
com os produtos que eram fabricados por negros escravos ou por índios
e que eram vendidos pelo colégio e com o aluguel cobrado por serviços
especializados realizados pelos cativos e índios.
Evidentemente nem todos os jesuítas concordavam com a legalidade
ou pelo menos com a moralidade desta riqueza. O reitor do colégio do
Rio de Janeiro, Antonio Forte, que depois foi visitador da ordem, afirmou
que possuíam muitas fazendas na capitania e que isto não era uma boa
coisa, pois,
Isto é abarcar muito com nosso crédito por que tudo é temporal e
espiritual quase nada aqui por ser colégio sem missões ao sertão,
e com a falta de sujeitos, que tenho dito. E também entendo que
é perda do colégio, porque quem abarca muito não pode sustentar
isso como a de ser, e as fazendas tão longe e espalhadas requerem
maiores gastos, e não se pode visitar amiúde, morre os negros sem
confissão.19
rendas dadas pela Coroa podia-se sustentar dois colégios iguais aos do
Rio de Janeiro.20 De qualquer forma, a opinião do reitor não foi ouvida
pelos religiosos e o crescimento econômico continuou nas variadas regi-
ões onde eles estavam presentes.
O sequestro dos bens dos jesuítas através da documentação
A partir da ordem de expulsão dos inacianos, as autoridades locais
começaram a elaborar uma série de inventários visando realizar o seques-
tro de seus bens. Através desta documentação pode-se ter uma ideia de
como estava organizada economicamente a existência destes religiosos
em terras da capitania do Rio de Janeiro.
Dentro do colégio, no momento do confisco dos bens, acharam ape-
nas quinhentos mil e duzentos e vinte réis. Como o restante do dinheiro
não havia seguido anteriormente na frota e nem estava com os religiosos,
acreditou-se que eles haviam entregado a pessoas de sua confiança ou
ainda que estivesse escondido dentro do colégio.21 Dias depois, identifi-
caram que além do dinheiro encontrado havia mais com o procurador do
colégio. A maior soma encontrada com ele foi de 1 conto 330 mil 970 réis
que estava em um saquinho que pertencia ao bispo de Mariana.22 Havia
também 768 mil que pertencia ao testamento do pedreiro Pedro do Lago,
que trabalhara nas obras do colégio. Com o padre Antônio Coelho havia
1 conto 329 mil 440 réis para entregar a Manoel Antônio de Carvalho, ho-
mem de negócios do Rio de Janeiro, por ordem de padre Sylvino Pinhei-
ro, reitor do colégio do Espírito Santo e mais 495.930 réis que tinha sido
entregue por Torcato Martinho de Araújo, morador na mesma capitania.
Foram encontrados neste colégio dois mil cruzados. Acreditaram que este
dinheiro pertenceria ao colégio do Rio de Janeiro porque o do Espírito
Santo era muito pobre. O do Rio de Janeiro era o “de maiores rendimen
20 – ARSI, 3 I Epp.Bras (1550-1660), pp. 216-217. Citado por ASSUNÇÃO, Paulo de.
Negócios Jesuíticos: o cotidiano da administração dos bens divinos. São Paulo: Edusp,
2004, p. 189.
21 – Carta do Desembargador Agostinho Félix dos Santos Capelo...
22 – O Bispo de Mariana foi, segundo Serafim Leite, um dos poucos religiosos que se
portou com dignidade e respeito aos jesuítas quando da ordem de expulsão. Teria ele re-
lações econômicas maiores com a ordem e daí seu interesse em manter a discrição? Seria
por causa do saquinho de dinheiro?
tos do reino e acaso da Europa”, não podia estar com tão pouco dinheiro,
pois não tinha obra há tempo e nem outros gastos extraordinários.23
Apesar dos colégios serem os recebedores e armazenadores das mer-
cadorias produzidas pelas fazendas e engenhos e possuírem o poder de
vendê-las quando fosse o melhor momento, pode ser que esta soma não
pertencesse a ele. De acordo com Cushner, os colégios também funciona-
vam como uma espécie de banco que recebia e guardava o dinheiro para
as pessoas interessadas na segurança das edificações jesuíticas.24
Ao longo de dias tormentosos, várias pessoas foram presas por es-
conderem os bens dos jesuítas a seus pedidos e, gradativamente, algumas
letras e objetos de ouro e prata foram encontrados. Na devassa aberta em
dezembro de 1759 para se identificar as pessoas que haviam escondido
bens que eram dos jesuítas, descobriu-se duas cartas escritas pelo padre
Manoel do Amaral, do colégio de Luanda. Nelas, ordenava não só que se
pagasse uma letra de 40 mil-réis, bem como o produto da venda de cinco
negros que ele tinha enviado ao senhor Manoel de Moura Brito. Segundo
Francisco Pereira da Silva, caixeiro e procurador dos padres, que acabou
preso por omissão de documentos e valores, a letra havia sido cobrada
do fiador José Leal, que já havia falecido. Vendeu três escravos a pessoas
diferentes. O último negro vendeu fiado a Luiz Manoel Pinto, porque ele
tinha crédito com o colégio. A negra ainda não tinha conseguido vender
porque ela estava com achaques. Percebe-se que como no momento da
devassa Francisco Pereira da Silva afirmou estar com o dinheiro: é sinal
de que Miguel Moura de Brito não havia recebido nada.25
Francisco Pereira da Silva estava envolvido em outro problema. Ele
e vários outros homens estavam envolvidos na devassa aberta por causa
da denúncia feita por Anselmo de Souza Coelho. Segundo Anselmo, na
noite do dia 2 de novembro do ano de 1759 estava chovendo muito. De
repente, ele ouviu um carro de boi parar perto da sua casa. Foi à porta e
viu que era o carro dos padres, “parecia vir bastantemente carregado e
coberto com uns couros”. Os escravos descarregavam o carro em uma
casa próxima.
Com base nesta denúncia prenderam o morador da casa onde foi
descarregado o carro, Manoel José Bernardes, mestre cabeleireiro. Ele
alegou que não estava em sua casa naquela noite e seu filho de 13 anos au-
torizou um vizinho a guardar ali duas caixas de açúcar. O vizinho, Manuel
Antunes da Silva Guimarães, ao ser interrogado, disse que não sabia de
onde vinham as caixas de açúcar. Continuando os interrogatórios, chega-
ram a João Antunes da Silva, caixeiro e irmão de Manuel Antunes da Sil-
va Guimarães, homem de negócios da cidade. João Antunes praticamente
repetiu tudo o que já se sabia: as caixas tinham sido colocadas na casa
de Manuel José Bernardes porque era mais perto do ponto de embarque.
Também não sabia de quem eram. Só sabia que o irmão vendia sempre
caixas de açúcar para a vila de Santos. Depois de ter dito que o tal carro
havia chegado à tarde e que não sabia se ele era dos jesuítas, teve que se
desmentir. Os interrogadores afirmaram que já sabiam que o carro teria
chegado à noite e que era do colégio. As caixas possuíam a marca “MA”,
mas ele não sabia de que engenho era.
A situação só ficou esclarecida com o depoimento do irmão, o Ma-
nuel Antunes da Silva Guimarães. Ele disse que o padre superior, Pe-
dro de Vasconcelos, “logo depois da partida da frota”, lhe pedira para
comprar umas caixas de açúcar que eram de um lavrador. Pouco tempo
depois, ele recebeu uma caixa com 36 arrobas e meia e 3 feixes com 30
arrobas de açúcar branco. Ele vendeu tudo e o dinheiro estava com ele.
Um mês depois, o padre lhe remetera mais duas caixas. Todas possuíam
a marca “MA”. No dia seguinte, o padre remeteu mais duas caixas com
36 arrobas e meia. Disse que o padre era filho de Cosme Velho Pereira e
como ele havia sido o caixeiro deles por um bom tempo, se conheciam
daquela época, por isto o religioso confiava nele. Pode-se perceber que o
padre enviou para Manuel Guimarães, aproximadamente, 210 arrobas e
meia de açúcar. A marca “MA” que todos disseram não saber o que sig-
nificava era muito provavelmente a identificação da fazenda jesuítica de
Macaé, uma das que produziam açúcar.
O açúcar não era, contudo, o único meio de riqueza dos padres. Nireu
Cavalcante demonstrou a localização de alguns imóveis que pertenciam
ao colégio do Rio e quais eram os seus rendimentos26:
Por estes dados pode-se perceber que os imóveis urbanos eram fon-
tes de rendas para o colégio do Rio de Janeiro e que possuíam característi-
cas diferentes entre si. Em comum, o fato de que todos estavam no centro
da cidade, ou seja, na área de comércio e negócios. Portanto, na região
importante da cidade em termos de realizações econômicas.
Nas contas feitas pelo Desembargador Capelo a respeito dos rendi-
mentos do referido colégio no ano de 176127, constavam:
330 escravos cada uma. Engenho Novo vinha logo depois com 281 e, por
último, Macaé com 217 escravos.
Todavia, o elevado número de cativos não era uma característica
específica das fazendas inacianas situadas na Capitania do Rio de Janei-
ro no final do século XVIII. Em um relatório datado de 1701, o padre
Francisco de Matos informava que a província do Brasil possuía mais de
2.238 escravos, assim distribuídos:
Tabela n. 7 – Classificações de procedências e/ou cores dos escravos da fazenda de Macaé – 1776
Cor/procedência Homem Mulher Total
Cabra/cabrinha 13 14 27
Crioula 45 43 88
Mulata/mulatinha - 03 03
Mulato/mulatinho 07 - 07
Pardo 03 - 03
S/ identificação 44 45 89
Total 112 105 217
Fonte: Arrematação do terreno jesuítico...
28 – CUSHNER, Nicholas P. Farm and Factory: the Jesuits and the development of
Agrarian capitalism in colonial Quito. 1600-1767. Albany: State University of New York
Press. 1982. p. 121.
29 – Idem.
30 – TELESCA, Ignácio. Esclavos y jesuítas: el colégio de Assuncion del Paraguay. In:
Archivum Historicum Societatis Iesu. Vol. LXXVII, fasc. 153, jan.-jun. 2008.
31 – COUTO, Jorge. A venda dos escravos ... op. cit. p. 195.
32 – Arrematação do terreno jesuítico da fazenda de Macaé, 1776. Arquivo do Museu do
Ministério da Fazenda, códice: 81.20.23 e 23 A.
O casamento dos escravos era visto como um ato cristão, posto que
disciplinava as relações sexuais, mas era também uma maneira de manter
os cativos sob controle. Acreditavam que o escravo casado criaria laços
afetivos e sociais mais fortes que o impediriam de fugir e o incitariam a
procurar desempenhar melhor suas tarefas a fim de ser contemplado com
algumas benesses.
Esta preocupação dos jesuítas aponta para um dos pilares das jus-
tificativas encontradas por eles para legitimar a escravidão negra. Ela, a
escravidão, era redentora do pecado em que viviam na África. Todavia, os
cativos precisavam ser doutrinados e seguirem as condutas cristãs. O ca-
samento era essencial para refrear a suposta libidinagem dos cativos, bem
como, incutir neles a responsabilidade e a afetividade com a família.
Para Vainfas, haveria por parte dos jesuítas na América portuguesa
uma série de práticas visando à formação de um projeto escravista-cris-
tão, que era a “combinação entre o catolicismo tridentino e o escravismo
colonial”. Segundo o autor, o escravismo não era visto pelos religiosos
de Santo Inácio como contrário aos seus mandamentos. Os inacianos não
questionavam a legitimidade da escravização de negros; questionavam
a forma como eram tratados por seus senhores e como o escravismo se
desenrolava na colônia, ou seja, com violências exacerbadas por parte
dos senhores, gerando escravos indóceis, fugitivos, errantes e que não
aceitavam passivamente seus cativeiros. Para os inacianos, o bom senhor
seria aquele que doutrinava seus cativos, conseguia estabelecer condutas
cristãs, aceitava e impunha o casamento como forma de regulamentar as
práticas sexuais, enfim, que transformava seres eminentemente pecadores
em cristãos.
O projeto inaciano para o ordenamento social na colônia era o de
“um cativeiro de estilo cristão. Cativeiro moderado, justo, racional, ren-
tável, equilibrado. Cativeiro perfeitamente adequado às regras e dogmas
do Concílio de Trento e completamente imune às rebeliões”.36
Pelas listas dos inventários, o padrão de formação de famílias entre
os cativos dos jesuítas fica evidente. Em todos os inventários onde este
tipo de informação apareceu há um grande destaque à formação das fa-
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