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Lugares e Sentimentos

Andando pela praia, na vasta escuridão da noite sinto a brisa fria bater em meu rosto
e a sensação gelada aliviar o calor do meu corpo, observando as pessoas ao meu
redor que provavelmente estão fazendo a mesma coisa que eu nesta praia, dada a
hora que corresponde; pensando sobre a vida e querendo que o mundo pare apenas
por um momento pare apenas por um momento, ou desejando que meus pensamentos
pare, para que eu possa me auto entender.
Bem distante vejo uma menina sentada na areia, provavelmente por volta dos seus
dezenove anos de idade, seus cabelos cor de fogo ao vento - exalando liberdade -, sua
calça jeans rasgada e sua blusa preta comum. A avalio e percebo que está segurando
um colar em seus pescoço, como se estivesse lembrando de alguém a quem ama
muito, a forma como olha para a infinidade do mar me comove, como se pudesse ver
toda a sua vida e esperança ali, como se estivesse em paz e sem problemas, e
naquele momento eu desejei ser aquela menina.
Mas será que ela realmente é assim sem problemas, talvez ela só se pareça forte por
fora e por dentro estar confusa como todos, sentindo a pressão do mundo igual a todos
e estando ali apenas como um refúgio igual a mim, ela pode ser igual a mim.
Continuo observando-a com vontade de ir até ela e observar, ver se ela precisava
desabafar igual a mim, abraçá-la e conseguir fazer ela se sentir melhor, mas não vou
por medo, apenas saí dali rezando para que ela seja a garota que passou ser de
primeira impressão. Olho para trás e vejo que ela levantou parecendo determinada e
percebo que eu não consegui organizar meus pensamentos, mas assim como aquela
menina eu quereria sair daquela praia, decidida do que fazer e percebendo que eu sou
normal e tenho direito de estar confusa e com medo.

Eduarda Martins Borges

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