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CURSO DE FORMAÇÃO PARA O MINISTÉRIO DE LEITORES

A arte de falar em público requer aperfeiçoamento.


É possível trabalhar para superar o medo, os erros de leitura, os vícios de postura, a falta de
comunicação.
Precisamos ter “a Palavra” como um tesouro, que necessita de constante polimento, de
lapidação.
Sempre é bom refletir, não falamos para nós mesmos, temos um público nos ouvindo.
Temos a missão de passar a mensagem: “somos comunicadores do Reino de Deus”.
Nosso triunfo principal é quando a palavra que anunciamos atinge o coração do ouvinte e se
torna “semente plantada”.
É preciso preparação: Doutrinal (Bíblia – Igreja), espiritual, moral e preparação técnica
(prática).
Liturgia se faz com palavras e ações, gestos, ritos e símbolos.
Liturgia se faz com sinais sensíveis. (SC 7).

A PRESENÇA DE CRISTO NA LITURGIA


“7. Para realizar tal obra, Cristo está sempre presente à sua Igreja, especialmente nas ações
litúrgicas. Presente ao sacrifício da missa, na pessoa do ministro, pois quem o oferece pelo ministério
dos sacerdotes é o mesmo que então se ofereceu na cruz, mas, especialmente presente sob as
espécies eucarísticas.
Presente, com sua força, nos sacramentos, pois, quando alguém batiza, é o próprio Cristo que
batiza. Presente por sua palavra, pois é ele quem fala quando se lê a Escritura na Igreja. Presente,
enfim, na oração e no canto da Igreja, como prometeu ‘estar no meio dos dois ou três que se
reunissem em seu nome’ (Mt 18,20).
Cristo age sempre e tão intimamente unido à Igreja, sua esposa amada, que esta glorifica
perfeitamente a Deus e santifica os homens, ao invocar seu Senhor e, por seu intermédio, prestar
culto ao eterno Pai.
Com razão se considera a liturgia o exercício do sacerdócio de Cristo, em que se manifesta
por sinais e se realiza a seu modo a santificação dos seres humanos, ao mesmo tempo que o corpo
místico de Cristo presta culto público perfeito à sua cabeça.
Tal celebração litúrgica, pois, como obra de Cristo sacerdote e de seu corpo, a Igreja, é ação
sagrada num sentido único, não igualado em eficácia nem grau por nenhuma outra ação da Igreja”.

O QUE É LITURGIA?

Para entender o que é liturgia, devemos situá-la no contexto da história da salvação, onde
Cristo é o centro, e isto nós chamamos “Mistério Pascal”.
A liturgia da Igreja torna presente a obra salvífica e redentora de Cristo, mediante sinais
sagrados.
Tudo o que o Senhor Deus realizou através dos séculos em favor da salvação da humanidade
é atualizado, “Fazei isto em memória de Mim”.
A Liturgia Divina se comunica a nós pele memória que dela fazemos. Podemos chamar a
liturgia celebrada de momento histórico da salvação.
Podemos também dizer que a liturgia bem celebrada é a melhor evangelização.
Na liturgia tudo fala de Jesus, tudo deve levar a vê-Lo, ouvi-Lo, apalpá-Lo, levar a acreditar
Nele e entrar em comunhão com Ele e com o Pai (1Jo 1, 1-4).

“O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos olhos, o
que temos contemplado e as nossas mãos tem apalpado no tocante ao Verbo da vida porque a vida
se manifestou, e nós a temos visto; damos testemunho e vos anunciamos a vida eterna, que estava
no Pai e que se nos manifestou o que vimos e ouvimos nós vos anunciamos, para que também vós
tenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo.
Escrevemo-vos estas coisas para que a vossa alegria seja completa” (1Jo 1, 1-4).

CIC: “1097. Na liturgia da nova aliança, toda ação litúrgica, especialmente a celebração da
Eucaristia e dos sacramentos, é um encontro entre Cristo e a Igreja. A assembléia litúrgica tira sua
unidade da “comunhão do espírito Santo”, que congrega os filhos de Deus no único corpo de Cristo.
Ela ultrapassa as afinidades humanas, raciais, culturais e sociais”.

“1099. O Espírito Santo e a Igreja cooperam para manifestar o Cristo e a sua obra de salvação
na liturgia. Principalmente na Eucaristia, e analogicamente nos demais sacramentos, a liturgia é
memorial do Mistério da Salvação. O Espírito Santo é a memória viva da Igreja”.

“1103. A celebração litúrgica refere-se sempre às intervenções salvíficas de Deus na história.


‘A economia da revelação concretiza-se através de acontecimentos e palavras intimamente
interligadas. As palavras proclamam as obras e elucidam o mistério nelas contido’. Na liturgia da
palavra o Espírito Santo “recorda” à assembléia tudo o que Cristo fez por nós”.

“1104. A liturgia cristã não somente recorda os acontecimentos que nos salvaram, como
também os atualiza, torna-os presentes. O mistério pascal de Cristo é celebrado, não é repetido; o
que se repete são as celebrações; em cada uma delas sobrevém a efusão do Espírito Santo que
atualiza o único mistério”.

Novo Testamento: “Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes
vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos
conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais
discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito”(Rm 12,1-2).

“At 2,42. Perseveravam eles na doutrina dos Apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do
pão e nas orações”.

“At 4,32. A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas
as coisas que possuía: mas tudo entre eles era comum”.

ESPIRITUALIDADE LITÚRGICA

Existe um princípio básico em todo trabalho pastoral, “A Espiritualidade”.


A espiritualidade é a alma de qualquer pastoral, porque por meio dela o Espírito Santo mostra
o caminho e ilumina a ação.
A espiritualidade litúrgica tem como característica ser uma espiritualidade pascal. Significa
uma espiritualidade libertadora e comprometedora.

LIBERTADORA: libertados do mal e do pecado e de tudo o que nos impede de chegar a


Deus.
COMPROMETEDORA: é uma espiritualidade que traz conseqüências “colocar em prática
aquilo que se celebra”.

Alguém que recebe a vida divina precisa distribuí-la, esparramá-la, anunciá-la.

Quem celebra a liturgia torna-se ao mesmo tempo “canteiro e semeador”.


A espiritualidade litúrgica é uma espiritualidade geradora de vida, “frutifica no meio da
comunidade”, “árvore boa produz bons frutos”.

Você celebra e Deus se faz presente em você e através de você. “Eu vivo, mas já não sou eu,
é Cristo que vive em mim; a minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me
amou e se entregou por mim” (Gl 2,20).

“Quem se santifica passa a santificar”.

Deus Pai nos prestou esse grande serviço: “Ele nos deu o Filho”. A liturgia do Pai nos oferece
o Filho, o Filho vive a liturgia do Pai.

Nosso Deus é liturgia, é a perfeição da liturgia.

A liturgia é fonte e ápice de toda ação da Igreja. Promover a liturgia é fazer ação pastoral,
passando pelas linhas: comunitária, ministerial, catequética, missionária, ecumênica e
transformadora.

A liturgia propõe: “A glorificação de Deus e a santificação dos homens”.

Fé em ato: o leitor une a Escritura à vida, se compromete com a Palavra que anuncia.

É necessário esmerar-se no Ministério da Palavra na Liturgia. “A Palavra de Deus é um


Patrimônio Sagrado”.

A EUCARISTIA (A MISSA)

A missa é o maior culto que prestamos a Deus, é o culto completo. É o nosso encontro com
Deus e com os irmãos.

Na missa Jesus é o orante principal. Jesus age pessoalmente como mediador para nossa
salvação sem Jesus não existe salvação. Não há outro nome (At 4,12). Jesus é o Sumo Pontífice
(nossa ponte entre o Céu e a Terra).

Devemos entender e participar da missa como mistério de salvação. A Eucaristia é o memorial


do Senhor Jesus Ressuscitado, libertador do pecado e da morte. “Fazei isto em memória de Mim”
(Lc 22,19).

Memória não é só recordarmos o que Jesus disse e fez, mas é atualização do Mistério Pascal.

A Eucaristia une passado, presente e futuro. Jesus se torna presente sobre o Altar, enquanto
esperamos sua vinda gloriosa.

Participar da missa é como colocarmos os pés na eternidade (embora ainda estejamos neste
mundo) é sentirmos o sabor da Páscoa.

Lembremos que Eucaristia não é só Pão e Vinho consagrados, mas toda a celebração da
Missa.

Certamente quem conhece, celebra, participa melhor, porque sabe que o significa cada gesto,
cada oração cada rito...
Antes de celebrar com seus discípulos a Ceia Pascal onde instituiu a Eucaristia Jesus mandou
preparar uma sala ampla e mobiliada (Lc 22,12-13). A Igreja sempre julgou dirigida a si esta ordem,
estabelecendo como preparar as pessoas, os lugares, os ritos e os textos para a celebração da
santíssima Eucaristia.

Sendo a missa por natureza de índole comunitária assumem grande importância os diálogos
entre o presidente da celebração e a assembléia dos fiéis.

Na missa se encontra o ápice da ação pela qual Deus santifica o mundo em Cristo.

FORMAÇÃO DO LEITOR

Na liturgia a palavra constitui aspecto elevado. A palavra na liturgia tem uma série de
implicações com ela podemos: convocar a assembléia, acolher, receber, saudar, rezar, ler, aclamar,
cantar, cumprimentar, admoestar, convidar, informar, notificar, avisar.

Praticamente não existe celebração na liturgia cristã, onde não se proclame a Palavra de
Deus.
A Palavra de Deus na liturgia é mais do que uma instrução ou informação “é presença
salvífica”.

Deus sempre fala a mente e ao coração daqueles que o procuram. A Palavra de Deus é viva,
eficaz. “Porque a Palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes,
e atinge até à divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e
intenções do coração” (Heb 4,12).

O leitor é um ministro da Palavra, está a serviço de Deus e da comunidade, deve estar


consciente de está emprestando a sua voz ao próprio Deus.

O leitor precisa se preparar, não consegue ler corretamente nas assembléias litúrgicas quem
antes não treinou, não meditou, não penetrou no texto a ser proclamado.

Antes de proclamar o texto o leitor deve fazer como Ezequiel. “Filho do homem, falou-me,
come o rolo que aqui está, e, em seguida vai falar à casa de Israel. Abri a boca, e ele mo fez engolir.
Filho do homem, falou-me, nutre o teu corpo, enche o teu estomago com o rolo que te dou. Então o
comi, e era doce na boca, como o mel.” (Ez 3,1-4).

É preciso que o leitor saiba o texto com antecedência e procure aprofundar sua mensagem
para poder dar vida e calor a leitura.

É importante que o leitor acredite e viva o que anuncia. Deus pede testemunhas vivas e o
leitor deve ser uma dessas testemunhas. “Porém, como invocarão aquele em quem não tem fé?. E
como crerão naquele de quem não ouviram falar?. E como ouvirão falar, se não houver quem
pregue? Logo, a fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da palavra de Cristo” (Rom
10,14.17).

O leitor pleno de Deus, o comunica a todos. Se nos assemelhamos a Cristo aqueles que nos
viram ficarão pensando Nele.

O leitor não apenas lê, mas comunica.


A formação técnica do leitor também é muito importante. O leitor ao proclamar a Palavra de
Deus deve fazê-lo de tal forma que todos os presentes da assembléia “ouçam e entendam”.

Ao se formar tecnicamente é bom que o leitor se lembre:


1) Não é aluno de teatro (ator) ou candidato a locutor de rádio ou televisão;
2) Ter o cuidado para não assumir atitude de pose;
3) De acatar com humildade as observações de seu formador ou da coordenação.

A VOZ DO LEITOR:

Deve ser clara e firme. Deve acompanhar a expressar o momento vivido. A voz de pedir
perdão é diferente da voz que anuncia um glória. A voz da Páscoa é alegre, a voz do perdão é sóbria.
A voz do glória é animada, a voz da meditação é carinhosa. Quanto ao tom de voz podemos
classificar a voz em quatro espécies:

a) Voz de ouro = entusiasta, empolga, é alta e clara, leva o ouvinte a sentir pelo que anuncia
(Glória, Páscoa, Aleluia).
b) Voz de prata = é normal, descritiva, calma, carinhosa. Encaminha a meditação.
c) Voz de bronze = é misteriosa, sólida, sinistra: é a voz do perdão, da repreensão.
d) Voz de veludo = misto de ouro e prata, voz de amor, do entendimento, do carinho.

Na leitura, tudo deve ser bem pronunciado, bem articulado, observar as pausas, ponto final,
exclamação, interrogação, entonação.

Nas pausas longas, o leitor pode e deve olhar por uns instantes para a assembléia a fim de
aproximar-se dela.

A dicção é fundamental: o leitor deve olhar para a assembléia e dizer solenemente: “Palavra
do Senhor”.

Postura: o leitor deve ter cuidado com a postura junto ao ambão (mesa da Palavra). Nunca ler
com as mãos nos bolsos ou para traz ou na cintura.

Traje: devem ser decentes, discretos, cuidado com roupas muito curta, espalhafatosas,
excesso de jóias.

Lembre-se, escândalos no trajar, podem ser um sério obstáculo para que os demais aceitem a
mensagem da Palavra de Deus.

Não chegue atrasado, suando, afobado, com pressa, tudo isso influencia na celebração.

ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

EMISSOR: é aquele que transmite a mensagem ao receptor.


MENSAGEM: é o conteúdo transmitido.
RECEPTOR: é aquele que recebe a mensagem transmitida pelo emissor.
EMPECILHOS Á BOA COMUNICAÇÃO

Pressa.
Achar que já sabe o que o outro vai dizer (não ouvir).
Desinteresse.
Usar palavras que o ouvinte não conhece. (linguagem técnica, profissional, gíria).
Falta de clareza nas informações.

CUIDADOS NA COMUNICAÇÃO

Nunca achar que o que está claro para mim, também está para o outro.
Fazer perguntas ou fazer com que o outro pergunte.
Tom de voz (pelo tom da voz, transmitimos agressividade ou afeto).
Não decidir em cima de dúvidas (acho que...), buscar mais dados.
Evitar muitos intermediários (precisando dar recados, escreva).
Falar só o que é verdadeiro, o que é útil, o que interessa.
Não saber ouvir.

VER E OBSERVAR

De acordo com vários psicólogos, a fala tem um papel duplo ao determinar a personalidade. A
linguagem dos outros ajuda a criança a desenvolver suas formas de pensamento e reações ao que
“eles dizem”. Por outro lado, seu próprio linguajar revela aos que a cercam, o que ela quer que eles
saibam. A fala é um ingrediente básico no processo de socialização, é um meio de reação da
personalidade aos condicionantes externos, bem como uma forma de revelar-se a outros. Este
processo reside apenas parcialmente dentro de nós, pois ele também se dá ao mesmo tempo no
contexto social afetando e sendo afetado pelos julgamentos das outras pessoas.

Quando exercemos os nossos diversos papéis (estudante, coordenador, pais, filhos, marido,
mulher, patrão ou empregado), a linguagem é o nosso principal meio de estimular os outros, de
controlar as respostas dos outros e a nós mesmos.

Para uma boa comunicação, mais importante que falar bem, é extremamente necessário
aprender a ouvir bem e observar atentamente as coisas que nos rodeiam e discernir sobre aquilo que
nos é apropriado. Desse modo, você não estará simplesmente repetindo as coisas que ouviu e viu,
mas à luz de sua reflexão, transmitindo de fato o conteúdo dessas experiências. Refletir sobre o que
se vê ou ouve, é principalmente desvelar o conteúdo real da experiência vivida. Assim, sua
comunicação será mais clara e objetiva, facilitando o entendimento de quem o ouve.
Exercício:
Quantos quadrados há nesse quadrado?

EXPRESSÃO CORPORAL

POSTURA

Procure uma postura que ajude na comunicação sem perder a naturalidade. Evite uma
postura que desvie a atenção do receptor, como excesso de movimentos, de gestos, ficar dançando,
olhar fixo no infinito, para uma única pessoa, só para o papel, só para o teto ou para o chão, olhe
suavemente para uma pessoa que esteja atenta ao que você está falando, do lado direito, depois ao
centro e do lado esquerdo. Antes de começar a falar, acolha a assembléia com o olhar e com o
sorriso. Mostre satisfação e prazer em estar ali. Isso dá e passa segurança.

O CORPO FALA

Quando o emissor adquire a consciência de seu corpo, pode comunicar-se melhor através
dele. A postura deve ser ereta e descontraída, não coloque as mãos no bolso, nas costas ou cruzar
os braços. Deve-se distribuir bem o peso do corpo sobre as duas pernas. Observe bem as pessoas
para verificar se sua mensagem está sendo compreendida. Não deixe que a mensagem “negativa” de
seu corpo ganhe mais importância que o conteúdo de sua fala.
RESPIRAÇÃO

A respiração é a primeira e última relação direta que o ser humano tem com o mundo exterior.
Normalmente não damos a devida importância à nossa respiração, ao menos, como ela ocorre.
Esquecemos, dessa forma, que além do fornecimento de energia ao organismo e purificação do
sangue, é um dos elementos básicos da comunicação oral.

Apesar de ser um ato inconsciente de qualquer ser vivo, o homem perde a maneira natural de
respirar e acaba respirando errado. Perde toda a capacidade respiratória. Acaba tencionando e
retesando o corpo, os ombros e o pescoço, dificultando a fala e a expressão.

Quando praticada corretamente, a respiração:


a) Ajuda a aliviar a tensão;
b) Corrige alguns desvios de postura;
c) Faz o corpo repousar, relaxar;
d) Massageia órgãos internos;
e) Contribui para um melhor controle do nosso corpo.

Não é apenas a respiração em si, aspecto importante a ser trabalhado, é essencial também
observar a coordenação entre respiração e fonação.

Ex.: Você fala uma oração e ainda há ar contido nos pulmões para ser expirado.

Ao falar uma oração e ao final dela é quase inaudível por falta de ar. Este é o caso mais
comum.
Esses problemas além de ocorrerem durante uma conversação, podem ser registrados por
ocasião da leitura ou da música.

Para uma comunicação eficiente, é indispensável observar a pontuação. Assim, uma vírgula
(,), significa breve pausa, onde você deve inspirar rapidamente, a fim de dar continuidade à leitura, o
ponto final (.), ponto e vírgula (;) e dois pontos (:), representam pausas mais prolongadas onde você
pode efetuar um movimento de respiração completo antes de prosseguimento da leitura, ou seja:

INSPIRAR – ESPIRAR – INSPIRAR = LER

EXERCÍCIOS:

a) Respiração total: Imagine seu pulmão como um vaso, cuja base chega perto da cintura e que
vai enchendo de água até em cima. Uma maneira de experimentar esta respiração é deitar de
costas no chão, relaxar o corpo e respirar profundamente. Nesta posição respiramos mais
naturalmente, o que pode ser observado colocando a mão sobre o diafragma e sentindo seu
movimento. Seria conveniente que se treinasse para se ter uma respiração total,
normalmente.

b) Respiração em 4 tempos:
Inspiração: 1,2,3,4
Pausa: 1,2,3,4
Expiração: 1,2,3,4

c) Os ombros: Braços ao longo do corpo. Subir um braço de cada vez, levemente. Inspirar no
momento em que ele sobe até a orelha e expirar no momento em que ele desce, fazendo
movimentos circulares. Quatro ou cinco vezes cada braço. Em seguida, relaxar o tronco,
inclinando para a frente, soltando os braços.
RELAXAMENTO:

1- Pé: Erguer um pé movimente-o para frente, para trás, de lado e circular (fazer o
mesmo com o outro pé).
2- Joelhos: Por as mãos no joelho, abaixar um pouco e movimentá-los para dentro e em
forma circular.
3- Cabeça: movimentar lentamente para a direita, esquerda, frente, atrás, circular. Várias
vezes. Inspirar quando levantar e espirar quando abaixar a cabeça.
4- Ombros: Levantar levemente o ombro direito querendo chegar até a orelha. Fazer o
mesmo com o esquerdo. Elevar os dois e mantê-los elevados. Relaxar de uma vez.

VOZ

Aprenda a usar a voz corretamente. Não concentre sua força, ao falar, na garganta. Não
confundir gritar com falar alto. Solte sua foz naturalmente, principalmente através do canto.

Os exercícios vocais podem ser repetidos com freqüência. Faça do treinamento uma rotina,
ainda que seja apenas alguns minutos por dia. Com os treinamentos, o resultado virá. Não basta
saber a técnica, é preciso exercitá-la intensamente.

Pronuncie bem as silabas. Fale firme. Não engolir os “S” nos finais das palavras. Pronuncie as
palavras com a parte da frente da boca (fale para fora).

Pronuncie o som: MMMMMMMMMMMM até vibrar a região dos lábios. Depois de vários
exercícios, acrescente sucessivamente as 5 vogais, assim:

MMMMMMMMMMMM AAAAAAAAAAA MMMMMMMMMMMM EEEEEEEEEEEE


MMMMMMMMMMMM IIIIIIIIIIII MMMMMMMMMMMM UUUUUUUUUUUUUU

Pronuncie cada vogal de modo diferente.

A- Com a boca aberta.


E- Com a boca entreaberta, como num leve sorriso.
I- Com os lábios não muito aproximados.
O- Com a boca arredondada.
U- Com os lábios pontudos, mas a boca inteiramente aberta.

RITMO

Para haver uma boa comunicação, é necessário ritmo, que surge da combinação de vários
elementos: volume, velocidade, entonação.

VOLUME. De acordo com o contexto, aprenda a alterar o volume de sua voz. Quando falar para um
grande público, sem microfone, projete sua voz para que atinja quem estiver sentado na última
cadeira.

VELOCIDADE. Evite falar devagar ou depressa demais. Alterne a velocidade sempre que possível.
ENTONAÇÃO. É aquilo que dá vida e movimento ao discurso. Às vezes, na leitura de um texto, a
entonação já vem indicada pela pontuação.

Ex.: Homem não chora. Homem não chora? Homem, não chora! Homem não chora! Seja homem,
não chore! Homem não chora... Homem... não! Chora? Homem, não. Chora.

Pronunciar as frases abaixo procurando enfatizar a palavra grifada:

Deus fez o mundo em seis dias e no sétimo descansou.


Deus fez o mundo em seis dias e no sétimo descansou.
Deus fez o mundo em seis dias e no sétimo descansou.
Deus fez o mundo em seis dias e no sétimo descansou.
Deus fez o mundo em seis dias e no sétimo descansou.
Deus fez o mundo em seis dais e no sétimo descansou.

Observação: Com a repetição, esses exercícios produzem excelentes resultados. Eles podem ser
feitos individualmente, mas quando realizados em grupo, o resultado ainda é melhor e mais rápido.
Grave sua voz e pouco a pouco, vá conferindo o progresso.

EXERCÍCIOS DE ARTICULAÇÃO

1- Ler o texto de maneira lenta e pausada.


2- Ler naturalmente.
3- Ler aceleradamente, o mais rápido que conseguir, como se fosse um locutor de corrida.
4- Ler naturalmente.

CORRIDA DE CAVALOS

Atenção, foi dada a partida para o 5º páreo, prova especial em 1.400 metros. Excelente
partida saindo todos emparelhados tomou a ponta o Alazão Lambari que vai livrando logo um corpo
inteiro de vantagem para Urutau, correndo em segundo, seguido de perto por Borboleta. Tangará que
já estava atrasado passa para a 3ª posição.

Continua na ponta Lambari ainda com um corpo inteiro para Urutau que tenta a 1ª colocação
agora junto com Borboleta que num estilo vigoroso passa já para o 2º lugar e vai alcançando Lambari
que resiste ao impetuoso ataque.

Borboleta avança livrando cabeça, pescoço, meio corpo e já corpo inteiro. Na frente Borboleta,
a grande favorita, em 2º, Lambari, em 3º Urutau, em 4º Vagalume e em 5º Tangará. Contornam a 1ª
metade da grande curva. Na ponta Borboleta que vem tinindo fortemente atacada por Lambari. Em 3º
Urutau que tenta desesperadamente reconquistar a 2ª colocação. Em 4º, emparelhados, Vagalume e
Tangará contornam a grande curva e entram na reta final. Urutau é agora atacado por Tangará que
passa de passagem para o 3º, deixando Urutau para trás. Três animais no mesmo pleno disputando
a 1ª colocação.

Pequena vantagem de Lambari sobre Borboleta, violenta investida de Borboleta que consegue
novamente livrar cabeça, pescoço, meio corpo e corpo inteiro, em alta velocidade, cruzam a reta final.
Borboleta, uma égua que surpreendeu na sua belíssima desempenho, derrotando o Alazão, foi a
grande vencedora do páreo, em 2º Lambari, em 3º Urutau, em 4º Tangará e em 5º Vagalume.
TRAVA-LÍNGUA
“B”

Bela baila boiava, boneca de bronze bailava, burlando e botando bufão, umbulesco bedeguê-
guedebê da Bahia.

“T”; “TR”

Tavares tratava de tomar a tatuzinho, talvez porque triturasse seu ar triste. Trancou-se
triunfante quando viu tramontina tripudiando Tereza que trazia tâmaras. Carmela concentrava-se
como uma cobra, quando caboclo Carolino caminhando cansado depois de seu combate na guerra
do Coriolano correu para encontrá-lo. Carmela com o confeite na mão saltou de trás do pé da
catuqueira na frente de Carolino que estava conturbado e não conseguia cortar o caju cristalizado.

“C”

Carmela – Como você não come?


Carolino – Claro que como, como não?
Carmela – Come senão entra em coma.
Arolino - Então como correndo no canto.
Carmela – Não comente que come coma.
Carolino – Claro que como.
Carolino comeu.

Quem a paca cara compra, cara paca comprará.

No ninho de mafagafa, tinham sete mafagafinhos. Quando a mafagafa canta, cantam os sete
mafagafinhos.
No ninho de mafagafa, tinham sete mafagafinhos. Quem desmafagafa a mafagafa, bom
desmafagafador será.

Chico chutou a chave da chácara. A chave caiu. Chico chorou porque a chave perdeu. Não
chore Chico, a chave achei. Estava no chão, perto do cocho quando cheguei.

Vozes veladas, veludosas vozes; volúpia de violões, vozes veladas, vagam nos velhos
vórtices velozes dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.

TREINAMENTO PARA OBTER FÔLEGO: CAFÉ COM PÃO

Tentar falar este texto usando todo o ar que inspirou. Quanto menos inspirações você der,
mais fôlego estará desenvolvendo.

CAFÉ COM PÃO / CAFÉ COM PÃO / CAFÉ COM PÃO

Que foi com isso maquinista / agora sim / agora sim / café com pão / agora sim / agora sim / agora
sim / café com pão.

Voa fumaça / corre cerca / ai seu foguista / bota fogo / na fornalha / que eu preciso / muita força /
muita força / foge bicho / foge povo!
Passa ponte / passa poste / passa pasto / passa boi / passa boiada / passa galho / de ingazeira /
debruçada / no riacho / que vontade / de cantar!

Quando me prenderam / no canaviá / xada pé de cana / era um oficiá / menina bonita / do vestido
verde / me dá tua mão / vem me segurar!

Vou mimbora / vou mimbora / não gosto daqui / nasci no sertão / sou de Ouricuri / vou depressa / vou
correndo / vou na toda / que só levo / pouca gente / pouca gente / pouca gente.

“O SEGREDO DO SUCESSO É O TREINAMENTO”!

Repita várias vezes, até conseguir falar todo o texto num só fôlego!

Exercícios de articulação. Inicialmente pronunciar estas seqüências com calma. Em seguida, variar a
velocidade e a tonalidade.

ZAS XAS VAS VRAS TAS TRAS SAS RAS QUIAS PAS PRAS NAS MAS LAS JAS GAS
GRAS FAS FRAS DAS DRAS CAS CRAS BAS BRÁS

ZES XES VES VRES TES TRES SES RES GUES PES PRES NES MES LES JES GUES
GRES FES FRES DES DRES QUES CRES BES BRES

ZIS XIS VIS VRIS TIS TRIS SIS RIS QUIS PIS PRIS NIS MIS LIS JIS GUIS GRIS FIS
FRIS DIS DRIS QUIS CRIS BIS BRIS

ZOS XOS VOS VROS TOS TROS SOS ROS QUOS POS PROS NOS MOS LOS JOS
GUOS GROS FOS FROS DOS DROS QUOS CROS BOS BROS

ZUS XUS VUS VRUS TUS TRUS SUS RUS CUS PUS PRUS NUS MUS LUS JUS GUS
GRUS FUS FRUS DUS DRUS CRUS BUS BRUS

ZAR XAR VAR VRAR TAR TRAR SAR RAR QUIAR PAR PRAR NAR MAR LAR JAR
GAR GRAR FAR FRAR DAR DRAR CAR CRAR BAR BRAR

ZER XER VER VRER TER TRER SER RER QUIER PER PRER NER MER LER JER GER
GRER FER FRER DER DRER CER CRER BER BRER

ZIR XIR VIR VRIR TIR TRIR SIR RIR QUIR PIR PRIR NIR MIR LIR JIR GIR GRIR
FIR FRIR DIR DRIR CIR CRIR BIR BRIR

ZOR XOR VOR VROR TOR TROR SOR ROR QUOR POR PROR NOR MOR LOR
JOR GOR GROR FOR FROR DOR DROR COR CROR BOR BROR

ZUR XUR VUR VRUR TUR TRUR SUR RUR QUR PUR PRUR NUR MUR LUR JUR
GUR GRUR FUR FRUR DUR DRUR CUR CRUR BUR BRUR
ORIENTAÇÕES PARA SE FAZER UMA BOA LEITURA

O ministério de Leitor é um dos mais importantes na celebração eucarística. Antes de tudo, é


bom, lembrar que é um ministério, isto é, um serviço à Igreja. Ao proclamar a Palavra de Deus, você
não é um simples repetidor de palavras, mas é transmissor de uma mensagem de vida. Você torna-
se um instrumento que Deus usa para comunicar-se com as pessoas que estão ali, celebrando. Você
empresta sua boca, voz e todo o seu ser para que a mensagem de Deus possa chegar àquelas
pessoas. Já imaginou? Quando você diz “Palavra do Senhor”. A leitura será tanto mais bem feita
quanto melhor você deixar Deus falar por você.

Procure tratar com muito respeito o livro santo da Palavra de Deus e tê-lo com fé e alegria.
Você é um verdadeiro profeta e evangelizador.

Nervos – Mais ou menos todo mundo tem. O que fazer? Prepare bem, respire antes de
começar, encoste a mão na estante para não tremer. O nervosismo só desaparece com o tempo.
Mas perder o nervo ainda não quer dizer que a leitura melhora. Se você entrar em pânico, respire
devagar e fundo. “Calma e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”.

Ler o texto antes – Leia antes o texto em voz alta e várias vezes, ouvindo a própria voz.
Assim, você entenderá bem o seu sentido e poderá dar a devida entonação a cada frase. Saber com
antecedência quais deve ressaltar, onde estão os pontos, as vírgulas, em quais palavras poderá
equivocar-se. Eventualmente, marque intervalos, respiração, palavras difíceis, acentos... A única
maneira de aprender a ler bem é ensaiar, de preferência ouvindo a si mesmo num gravador. Você
deve entender o que está lendo. Se nem você entender... e o povo, percebe!.

Convicção – O fundamental para uma boa leitura é a convicção. O leitor precisa passar a
convicção de que acredita naquilo que está lendo. Para isso, ele precisa rezar o texto antes. Se
quiser, faça antes esta oração: “Senhor, tome conta de mim, para que eu seja um instrumento seu na
transmissão de sua Palavra viva. Nossa Senhora Aparecida, fique ao meu lado. Amém”.

Ao aproximar-se do ambão – Faça-o com respeito e calma, caminhando lentamente e sem


chamar a atenção para si. Se passar pela frente do altar, faça reverência a ele. É importante a
maneira como você se veste para esse ministério. Faça tudo com humildade. Você não vai lá para se
projetar.

Postura digna – Quando você está diante do ambão, tome cuidado com a posição do corpo.
Não se trata de ficar rígido como uma estátua, mas também você não deve ler, por exemplo, com a
mão no bolso. Se você faz gestos fora, diferente, vai distrair a assembléia. É o que a gente chama de
“ruído” litúrgico. Evite coçar o nariz. Se o pé está doendo, deixe doer. Se não houver ambão, escolha
um lugar bem visível. Não se esconda.

Observe a acústica - Dependendo da acústica da igreja, o som ressoa muito alto e confuso.
Faz eco. Para que todos entendam, leia devagar e pausadamente.

O bom uso do microfone – Logo ao chegar, verifique com calma se seu microfone está
ligado (a chavinha deve estar para cima). Segure o microfone uns cinco centímetros abaixo da boca.
Não na frente da boca, para não sair o ruído do sopro e não encostar o microfone na boca. Regule o
microfone antes da celebração. Nunca bata nem sopre no microfone para experimentar. Use
somente a voz para testar. Se o microfone parar de funcionar, continue normalmente a leitura,
apenas fale mais alto.

Leia com boa velocidade – Não leia rápido demais. Se a sua dicção for diferente, será ainda
mais grave, já que dificilmente alguém conseguirá entendê-lo. Também não leia muito lentamente,
com pausas prolongadas, para não entediar os ouvintes. O principal defeito dos leitores é de ler muito
depressa. Se pronunciarmos bem, a pessoa pode entender tudo, mas a leitura não penetrará.
Devemos, portanto, evitar aquele tipo de leitor que vai depressa ao ambão, começa sem olhar para o
povo, lê depressa e volta mais depressa ainda para a cadeira. Ao chegar ao ambão, respire bem
antes de começar a ler, contemple a assembléia e a acolha com o olhar e com um suave sorriso.

Pronuncie bem as palavras – Pronuncie completamente todas as palavras. Principalmente


não omita a pronúncia dos “s” e “r” finais e dos “i” intermediários. Por exemplo: fale primeiro, janeiro,
terceiro, precisar, trazer, levamos, e não janero, tercero, precisa, traze, levamo... Pronunciando todos
os sons corretamente, a mensagem será melhor compreendida pelos ouvintes e haverá maior
valorização da imagem de quem lê. Faça exercícios para melhorar a dicção lendo qualquer texto com
o dedo (ou rolha) entre os dentes e procurando falar de forma mais clara possível.

Leia com boa intensidade – Se ler muito baixo, as pessoas que estiverem distantes não
entenderão as palavras e deixarão de prestar atenção. Também não deverá ler muito alto porque,
além de se cansar rapidamente, poderá irritar os ouvintes. Leia numa altura adequada para cada
ambiente ou serviço de som. Nunca deixe, entretanto, de ler com entusiasmo e vibração. Se não
demonstrar interesse por aquilo que transmite, não conseguirá também interessar os ouvintes.

Leia com bom ritmo – Alterne a altura e a velocidade da leitura para construir um ritmo
agradável de comunicação. Quem lê com velocidade e altura constantes acaba por desinteressar os
ouvintes, pela maneira “descolorada” com que se apresenta.

Expressividade – Colocar expressão e sentimento na leitura. Observe que o tom de voz é


diferente quando se está narrando alguma coisa e quando se está pronunciando a palavra de
alguém. Por exemplo, ao ler Lc 10, 38-42, a assembléia deve sentir a afobação de Marta e a
serenidade de Jesus. Leia de acordo com o tipo de texto: poesia, comentário, história, oração,
salmo... A leitura deve ter ritmo! Mais que ler, procure proclamar a Palavra de Deus.

Olhar para o povo – Os olhos não devem estar o tempo todo fixos no livro, mas de vez em
quando, levantá-los e dirigi-los com tranqüilidade aos que o(a) escutam. Em missa transmitida pela
TV, esse olhar deve ser dirigido ao povo e à câmara que está transmitindo. Isso prende a atenção
dos ouvintes e ajuda-os a destacar as frases mais importantes. Olhar os ouvintes em uma frase
importante fá-los penetrar mais. Além disso, ajuda o clima da leitura, faça uma pausa, fite as pessoas
para então dizer: “Palavra do Senhor”. E não saia do ambão antes da resposta do povo.

O começo da leitura – Você começa dizendo: “Leitura dos Atos dos Apóstolos”. Não precisa
dizer Capitulo e Versículos.

LEITURA NA LITURGIA

1- O Leitor é o porta-voz de Deus e ministro da Igreja;


2- O Leitor integra uma equipe de Celebração e “mastiga” a Palavra;
3- Ler é para si, em silêncio e proclamar é para os outros;
4- O Leitor personaliza o texto e proclama a Palavra na sua interpretação;
5- Evitar proclamação teatral (falsa), impessoal e monótona;
6- Ler olhando para a assembléia, com ritmo, expressão e ênfase;
7- Tenha o mínimo de técnica, dicção, articulação, pausa e ritmo.

DICÇÃO: Pronunciar com clareza e precisão.


ARTICULAÇÃO: Pronúncia nítida da silaba, consoantes e vogais.

ACENTUAÇÃO: Levantar ou abaixar a voz para dar maior sentido à palavra ou frase.

ENTONAÇÃO: Subindo ou descendo para dar ênfase à idéia.

PAUSA: É o intervalo de uma palavra à outra para dar sentido ou para respirar, conforme
a acentuação gráfica.

RITMO: É a velocidade com que se lê. Cria interesse, chama a atenção ou dispersa os
ouvintes.

Observações: Pronunciar 150 palavras por minuto está muito rápido. Pronunciar 130
palavras por minuto, está devagar. O ideal está em pronunciar por volta de 140 palavras
por minuto. Cada um deve criar o seu ritmo ideal.

Calma e dignidade sempre... Exemplos: texto errado, barulho de avião, falta de energia,
coroinha que cai no fio do microfone, erro de leitura, espirro, chora de crianças...

DICAS DE BOA EDUCAÇÃO VOCAL

(Serviço à Pastoral da Comunicação).

1- Tomar pelo menos 8 copos de água diariamente;


2- Não respirar de boca aberta se o ambiente for úmido, com mofo;
3- O nariz tem função de purificar o ar. Sempre que não estiver falando, respire pelo
nariz;
4- Não sair com voz aquecida na friagem (se fizer, usar cachecol e não respirar pela
boca);
5- Tomar cuidado com gelado, ele baixa a resistência do corpo;
6- Doces e derivados de mel fazem salivar muito;
7- Chá, sem açúcar, é uma boa opção;
8- Inimigos da voz: Chocolate, café e fumo;
9- Maçã é ótimo para cortar a salivação excessiva;
10- Gengibre é uma boa opção ou chá de menta, antes de ir dormir. Não sair na friagem
após tomar estes produtos;
11- Cansaço físico (estafa) afeta a voz. O repouso vocal é importante, usar ressonância;
12- Não sussurrar (é o mesmo que falar alto). Para sussurrar é preciso usar ressonância
baixa;
13- Usar taponagem (batidas leves para soltar o catarro, melhor nas costas) e inalação
quando estiver com o peito cheio de catarro;
14- Sauna é ótimo;
15- Quando acordamos, nosso corpo está em estado basal, portanto é preciso diminuir o
esforço vocal. Quanto mais frouxa a garganta, mais a voz fica densa. Quando se usa
tencionar a garganta, a voz afina. Não gritar ao acordar;
16- Não gritar em ambiente ruidoso.

FONTES DE CONSULTA:
- A Missa Parte por Parte – Pe. Luiz Cechinato
- Animação da Vida Litúrgica no Brasil – CNBB – 43
- Curso de Liturgia – Pe Joãozinho
- Catecismo da Igreja Católica
- Preparação para Leitor – Escola Diaconal Santo Antonio

Jamais se dê por vencido!

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